OS CAMINHOS QUE ESCOLHEMOS!

  • 0 Respostas
  • 1449 Visualizações
*

ANASP-UPS

  • 17
  • +0/-11
    • http://sites.google.com/site/agentesdesegurancaprivada
OS CAMINHOS QUE ESCOLHEMOS!
« em: Julho 09, 2009, 04:43:18 pm »
OS CAMINHOS QUE ESCOLHEMOS

A Jornalista e Correspondente da ANASP no Brasil, efectuou um trabalho na sequência da prisão do Governador do Estado de Tocantins no Brasil e que foi Casso num processo de corrupção. Embora directamente pouco diga à Segurança Privada, desperta-nos para uma realidade das sociedades e dos valores pelos quais estas se devem reger.
Deixamos o artigo em causa  e que consideramos de grande valor, para que possam verificar o profissionalismo deste trabalho.      



“ Marcelo Miranda e Michael Jackson juntos no mar da mídia
 
Enquanto cominha, a humanidade tem encontros no mínimo curiosos.
Quem teria agendado para estampar nas mesmas manchetes nomes de pessoas que viveram tão distantes, em funções diferentes e nem se conheciam? Da mesma forma como foram juntados os destinos dos passageiros do avião que caiu. O Air Bus francês conduzia pessoas de origens diferentes, que nem imaginavam que cairiam juntos no mesmo mar. Nestes dias, no mar da mídia, duas “explosões”: Morre Michael Jackson; Cassam Marcelo Miranda.
A madrugada da quinta-feira negra trouxe para estes dois homens, momentos decisivos. Michael Jackson e Marcelo Miranda compareceram ao involuntário encontro nos jornais da manhã de sexta-feira, dia 27 de junho. Ao amanhecer muita gente já estava acordada, outros nem dormiram. Durante a madrugada uma equipe médica tentou corrigir as falhas das batidas do coração de Michael Jackson; uma equipe de ministros tentou corrigir as falha das ações de Marcelo Miranda.
A televisão transmitiu os olhares perplexos que pareciam brotar de todos os cantos do mundo. “Acabou”, diz o povo em uma, em outra, e mais outra emissora. Mas... de qual homem estão falando? Dos dois. Um deles deu o último suspiro biológico, enquanto o outro deu o último suspiro político.
O que teria determinado os resultados na vida desses dois homens que conjugaram naquele dia verbos quase sinônimos (morrer, cassar)? Em comum eles têm a fama, o poder, as oportunidades que a vida lhes deu, os escândalos, as polêmicas. Ambos tinham o hábito de gastar dinheiro com extravagâncias; ambos viveram por traz das máscaras. Enquanto um deles tinha a ilusão de viver na “Terra do Nunca” o outro acreditava viver na “Terra de Ninguém”.
Quando o homem silencia o que fica dele? O que fica do homem depois da última batida do seu coração, ou... de assinar o último ato? Neste caso um continuará ascendente, o outro se “apagará”. Michael Jackson certamente continuará fabricando altos números com o “terror” (Thriller); Marcelo Miranda deixará de fabricar o terror com altos números.
Não importa para que lado se empurre o homem, ele vai sempre trilhar o caminho que ele próprio escolheu. Esses dois, por exemplo, em algum momento trocaram de papel. Enquanto o cantor gritava “nós somos o mundo, nós somos as crianças...” (We are world, we are a children....) tentando diminuir as fomes da humanidade, o governante fazia o povo dançar.
O que sentem agora os seguidores de Michael Jackson? Se ele deixou um vazio é porque conseguiu cumprir sua missão. A mistura dos sons, dos passos e dos gritos o fizeram eterno ídolo.
O que sentem os eleitores que votaram em Marcelo Miranda? Se ele deixou um vazio é porque agora alguém terá como missão reequilibrar as contas públicas. Houve uma mistura de notas, recibos e outros documentos...
Michael Jackson demonstrou o que é ser artista completo, mas foi Confúcio quem definiu o homem: ”Aquele que ante a possibilidade do lucro pensa no correto; que ante o perigo está preparado para dar a vida; e que não esquece um compromisso antigo, não importa há quanto tempo o tenha assumido – tal homem deve ser visto como completo.”
Mas... e aquele que ante a possibilidade do correto pensa no lucro; que ante o preparo significa perigo para as vidas; que esquece um compromisso ainda que há tão pouco tempo o tenha assumido – tal homem, como deve ser visto?”

Rosimeire de Morais
(Jornalista e Correspondente da ANASP no Brasil)