Zimbabwe: Um exemplo de totalitarismo de esquerda

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Snowmeow

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Re: Zimbabwe: Um exemplo de totalitarismo de esquerda
« Responder #60 em: Setembro 04, 2011, 07:42:11 pm »
Boa notícia para o povo Zimbabuano  :twisted:
Wikileaks diz que Robert Mugabe tem câncer e pode morrer antes de 2013

Harare, 4 set (EFE).- O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, sofre um câncer de próstata e pode morrer antes de 2013, segundo um documento diplomático americano filtrado pelo site Wikileaks e divulgado neste domingo pelo jornal zimbabuano "Sunday Mail".

A transcrição do documento revela uma conversa de 2008 entre o governador do Banco Central do Zimbábue, Gideon Gono, e o então embaixador dos Estadaos Unidos em Harare, James McGee.

"O presidente Robert Mugabe tem um câncer de próstata que se propagou por metástases e que, segundo os médicos, causará sua morte dentro de três ou cinco anos", comentou Gono a McGee, de acordo com a nota.

"O médico de Mugabe lhe recomendou que reduzisse suas atividades", acrescenta o documento. No entanto, o governador do Banco Central do Zimbábue negou ter feito esses comentários.

Mugabe, de 87 anos, viajou este ano pelo menos cinco vezes à Ásia acompanhado de sua esposa, Grace, por motivos médicos.

Segundo o porta-voz presidencial, George Charamba, o casal fez essas viagens para uma operação de cataratas à qual Mugabe se submeteu em janeiro e por problemas nas costas de sua esposa por causa de uma queda sofrida em sua mansão de Harare.

Até o momento, o partido de Mugabe, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF), se negou a admitir que o octogenário chefe de Estado tem problemas de saúde.

Mugabe governou o país sozinho e de forma autoritária desde a independência do Reino Unido, em 1980, até a aliança, em um Governo de coalizão, com o Movimento por Mudança Democrática do primeiro-ministro, Morgan Tsvangirai, em 2009.

Desde novembro de 2010, jornais influentes de vários países tiveram acesso a centenas de milhares de documentos do Departamento de Estado americano filtrados pelo Wikileaks.

O site, dedicado a revelar documentos oficiais secretos, publicou no final de agosto 134 mil notas da diplomacia americana nas quais, ao contrário do que fazia em divulgações anteriores, revela a identidade de fontes protegidas.
EFE
"Não corte uma árvore no Inverno; pois sentirás falta dela no Verão." Jairo Navarro Dias
 

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Lusitano89

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Re: Zimbabwe: Um exemplo de totalitarismo de esquerda
« Responder #61 em: Fevereiro 17, 2012, 10:57:42 pm »
Mugabe vai gastar cerca de 800 mil euros no aniversário


No Zimbabwe, a comida está a acabar, as escolas carecem de livros e a febre tifóide propaga-se. Mas o presidente Robert Mugabe prepara-se para gastar cerca de uma milhão de dólares (766 mil euros) na festa do seu 88:º aniversário.

Ao tornarem-se conhecidos os detalhes da festa de Mugabe, muitos desabafaram em tom insultuoso "Let Them Eat Cake (deixem-nos comer bolo)". E a verdade é que o presidente do Zimbábue prepara-se para apagar 88 velas num bolo gigante.

A luxuosa festa dedicada ao líder africano está a ser organizada por um grupo de jovens do seu partido Zanu-PF, conhecidos como o "Movimento 21 de fevereiro".

Segundo o jornal inglês The Guardian, três workshops de culinária, um concerto musical com os melhores artistas do Zimbabwe, um "Miss 21 Movimento" - concurso de beleza - e um torneio de futebol apelidado de "Bob 88 Super Cup", estão agendados para o grande evento que se celebra na próxima semana.

Durante dois meses, apoiantes de todo o país angariaram fundos para a festa de aniversário que irá realizar-se em Mutare. Existem rumores de que irão ser gastos cerca de um milhão de dólares, tanto quanto custou a conferência de três dia da Zanu-PF realizada em dezembro passado.

Mas nem todos estão a comemorar o aniversário do presidente. A generosidade de muitos está ser bastante criticada pelo Movimento para a Mudança Democrática (MDC), que vive constantemente em fricção com a Zanu-PF.

"É um total desperdício de dinheiro dos contribuintes e típico da postura da Zanu-PF", disse Douglas Mwonzora, um porta-voz do MDC, adiantando: "Estamos perante uma situação de escassez de alimentos em algumas partes do país. E enquanto isso, eles estão a gastar um milhão de dólares para festejar o aniversário do presidente"

"O dinheiro poderia ser gasto em alimentação e livros. Mugabe está totalmente fora da realidade. Ele tem um ego inchado e acha que os zimbabuanos não se importam com o que está a fazer", frisa Douglas Mwonzora. O porta-voz aproveita para comparar o que se está a passar no seu país com outros. "Acho que ele (Mugabe) é o único presidente no mundo que gasta tanto dinheiro no seu aniversário. Não me parece que o presidente Barack Obama ou o primeiro-ministro David Cameron o façam. Mugabe é o presidente de um país africano pobre e a sua atitude deve ser condenada."

DN
 

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Lusitano89

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Re: Zimbabwe: Um exemplo de totalitarismo de esquerda
« Responder #62 em: Maio 20, 2012, 05:12:09 pm »
Mugabe está cansado de governar e quer deixar o poder


O presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, disse ao ex-ministro da Defesa Enos Nkala que está cansado do cargo e quer retirar-se do poder, mas acha que, se o fizer, as lutas internas no seu partido - União Nacional Africana do Zimbabué-Frente Patriótica, Zanu-PF - podem desembocar numa guerra civil, informou este domingo o jornal The Standard. Em declarações ao jornal, Nkala afirmou que Mugabe comentou, durante um encontro privado, que não pode deixar o cargo «enquanto o partido estiver neste estado».

«O que o faz manter-se (na Presidência) é administrar a Zanu-PF para prevenir a sua desintegração», assinalou o ex-ministro, que se definiu como um «bom amigo» de Mugabe.

Nkala, que se reuniu com Mugabe na sexta-feira passada na cidade de Bulawayo (sudoeste do Zimbabué), destacou que o presidente lamenta a fragmentação do partido. «A Zanu-PF já não está unida», teria dito o líder.

«A julgar pela nossa conversa, é um assunto um tanto incerto. Poderia desembocar num final complicado, se não for tratado de forma adequada. Pode provocar caos e, inclusive, uma guerra civil», indicou o ex-ministro.

Mugabe, de 88 anos, no poder desde que o Zimbabué obteve independência do Reino Unido em 1980, afirmou que concorrerá novamente às eleições presidenciais que quer realizar este ano, apesar dos rumores de que estaria com a saúde debilitada.

Desde 2009, o líder viu-se obrigado a partilhar o poder num governo de coligação com o seu até então rival, o líder do Movimento pela Mudança Democrática (MDC) e actual primeiro-ministro, Morgan Tsvangirai, que também acredita que Mugabe está cansado e quer retirar-se.

As lutas internas na Zanu-PF, antigo partido da guerrilha independentista, aumentaram nos últimos meses. O apoio dos seus membros está dividido entre os seguidores da vice-presidente Joyce Mujuru (cujo marido morreu no ano passado em estranhas circunstâncias) e o actual ministro da Defesa, Emmerson Mnangagwa, que disse abertamente que quer a presidência.

Lusa
 

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Re: Zimbabwe: Um exemplo de totalitarismo de esquerda
« Responder #63 em: Janeiro 04, 2013, 05:25:30 pm »
Zimbabué diz que vai deixar de confiscar terras de estrangeiros


O governo do Zimbabué afirmou hoje que não vai confiscar mais nenhuma propriedade estrangeira, depois de perder reivindicações de compensações de milhões de dólares no âmbito de um tratado que visa proteger investimentos estrangeiros.O presidente Robert Mugabe começou a dar fazendas de proprietários brancos aos negros sem terra há mais de uma década, uma política que teve o resultado não intencional de devastar a produção de alimentos num país que era um celeiro regional.

Cerca de 4.000 agricultores foram expulsos das suas terras sem indemnização e, enquanto os esforços para obter reparação legal no Zimbabué falharam, alguns processos por compensação tiveram sucesso nos tribunais internacionais.

O ministro das Terras, Herbert Murerwa, disse que ações judiciais movidas por investidores estrangeiros no Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos, em Washington, provocaram uma mudança nessa política.

Um grupo de 40 agricultores holandeses venceu uma reivindicação de 25 milhões de euros contra o Zimbabué em 2009, já que as suas fazendas eram cobertas pelo Acordo de Proteção e Promoção do Investimento Bilateral (BIPPA).

«Nós adquirimos muitas fazendas ao BIPPA, mas não vamos tomar mais nenhuma fazenda no futuro», disse Murerwa à Reuters.

Um documento apresentado pelo partido ZANU-PF, de Mugabe, na sua conferência anual em Dezembro, mostrou que de um total de 153 fazendas protegidas pelos tratados, 116 já tinham sido confiscadas pelo governo.

O governo já tinha prometido não tomar mais fazendas protegidas pelo BIPPA mas continuou a expulsar os agricultores citando a constituição do Zimbabué, que permite às autoridades tomarem qualquer terreno adequado para a agricultura.

O grupo Justiça para a Agricultura (JAG), que representa os agricultores expulsos, demonstrou cepticismo sobre a mudança na política do governo. «Está bem falar, mas onde está a ação? Eles já se comprometeram anteriormente a parar com as expropriações  das fazendas, mas não o fizeram. Eles já tomaram mais de dois terços das fazendas BIPPA», disse o presidente-executivo do JAG, John Worsley-Worswick, à Reuters.

«Eles só querem criar uma falsa percepção de que agora irão respeitar os direitos de propriedade, a fim de atrair investimentos. Se fossem sinceros, teriam compensado os agricultores holandeses lá em 2009, quando se comprometeram a pagar em 28 dias, mas não o fizeram», acrescentou.

Worswick contou que no mês passado um fazendeiro holandês foi baleado e ferido em uma fazenda protegida pelo BIPPA.

Lusa
 

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Re: Zimbabwe: Um exemplo de totalitarismo de esquerda
« Responder #64 em: Fevereiro 21, 2013, 12:27:10 pm »
Mugabe faz 89 anos e considera permanência no poder uma tarefa divina


O presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, que está no poder desde 1980, completa hoje 89 anos e considera que a sua permanência à frente do país africano é um «dever divino».
 
Em declarações publicadas hoje pelo jornal estatal The Herald, Mugabe afirmou: «Esta é a tarefa que o Senhor me encomendou entre a minha gente, e aceito-a. É um dever divino».
 
Com um aspecto cada vez mais deteriorado, o líder do Zimbabué também lamentou que muitos dos seus contemporâneos mais próximos tenham morrido.
 
«O Senhor quis que eu continuasse. Por que é que todos os meus amigos e familiares se foram e eu persisto? Não é minha escolha. É Sua escolha. Uma dolorosa escolha», afirmou Mugabe.
 
«O Senhor quis que sejamos zimbabuanos no nosso próprio país com direitos de propriedade sobre os nossos próprios recursos, com capacidade de defender esses direitos dos quais alguns nos querem privar», disse Mugabe, referindo-se à polémica política de «indigenização» iniciada há mais de uma década e que representou a desapropriação de muitas terras e empresas, incluindo minas, que até então estavam em poder da população branca.
 
O presidente zimbabuano falava durante uma festa no Palácio Presidencial onde os membros do governo lhe deram vários presentes, como 89 cabeças de gado (uma por ano vivido) entregues pelo chefe do Banco Central do Zimbabué, Gideon Gono.
 
Nos dias anteriores ao aniversário presidencial, o Zimbabué não registou o mesmo entusiasmo que nessa mesma época noutros anos, quando emissoras de rádio transmitiam músicas como «Parabéns a você» vários dias antes da data, e muitos pensam que estaserá a sua última comemoração.
 
Em Setembro de 2011, um documento divulgado pelo site Wikileaks e publicado pela imprensa zimbabuana revelou que Mugabe sofria de um cancro e poderia morrer em 2013. Segundo o documento, que se refere a uma conversa registada em 2008, Gideon Gono, que já estava no seu actual cargo, falou ao então embaixador norte-americano em Harare, James McGee, sobre a doença, e que Mugabe tinha mais cinco anos de vida.
 
No entanto, o líder máximo zimbabuano está resolvido a concorrer a mais um mandato em disputa contra o actual primeiro-ministro, Morgan Tsvangirai, líder do Movimento por uma Mudança Democrática (MDC), numa eleição ainda sem data estabelecida, mas que se espera que seja realizada em Julho.
 
Uma pesquisa divulgada ontem no país africano indicou que o partido de Mugabe, a União Nacional Africana do Zimbabué-Frente Patriótica (Zanu-PF), tem 33% das intenções de voto, contra 32% do MDC.
 
A festa oficial de aniversário de Mugabe será realizada a 2 de Março na cidade de Bindura, no nordeste do país, e nela a ala jovem da Zanu-PF espera arrecadar 700 mil dólares.
 
No entanto, para o analista político Pedzisai Ruhanya, «não há nada a comemorar», já que Mugabe «destroçou o futuro do país».
 
O MDC de Tsvangirai partilha o poder - num governo de união nacional - com a Zanu-PF de Mugabe há quase quatro anos. Após as violentas eleições de 2008, nas quais morreram 200 seguidores do MDC, os dois partidos assinaram um tratado para a formação de um governo de coligação.
 
Mugabe governou o país sozinho e de forma autoritária desde a independência do Reino Unido, em 1980, até à criação do citado governo de coligação, em 2009.
 
Porém, apesar do pacto de governo, Mugabe e a Zanu-PF mantiveram o controlo das Forças Armadas, da polícia, do sistema judicial do país e da imprensa estatal.

Lusa
 

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Re: Zimbabwe: Um exemplo de totalitarismo de esquerda
« Responder #65 em: Agosto 11, 2013, 09:41:06 pm »
Polícia do Zimbabué procura Jornalistas do The Times por difundirem noticias falsas


A polícia do Zimbabué procura dois correspondentes do jornal britânico The Times que escreveram um artigo segundo o qual Harare teria secretamente prometido vender urânio ao Irão, em violação das sanções internacionais, noticia hoje a imprensa oficial.

Segundo o semanário governamental zimbabueano Sunday Mail, a polícia procura os jornalistas do The Times Jan Raath e Jerome Starkey, que acusa de "difundirem notícias falsas".

"Ui! Os polícias zimbabueanos lançaram uma 'caça ao homem' contra os jornalistas @jeromestarkey e @Jan_Raath após o artigo sobre o Irão (...) Esperemos para ver", escreveu hoje Jerome Starkey na sua conta do Twitter, remetendo para o site do Sunday Mail.

O The Times citava no sábado o vice-ministro cessante das minas do Zimbabué, Gift Chimanikire, segundo o qual o país teria assinado um protocolo com o Irão para vender urânio necessário para a construção de armamento nuclear.

O acordo terá sido assinado no ano passado, quando os EUA e a União Europeia impuseram sanções ao Irão devido ao seu polémico programa nuclear.

A comunidade internacional suspeita que o Irão quer construir a bomba atómica a coberto de um programa nuclear civil, algo que Teerão nega veementemente.

O Zimbabué está também sob sanções internacionais que visam uma dezena de personalidades, entre as quais o presidente Robert Mugabe, que foi reeleito a 31 de julho para um novo mandato de cinco anos. Mugabe já apoiou publicamente o programa nuclear iraniano.

Gift Chimanikire, que faz parte da oposição com quem Mugabe coabitava há quatro anos, não pôde ser contactado pela AFP, mas o Sunday Mail escreve hoje que o político considerou que o artigo do The Times estava enviesado.

"Nenhuma licença (de exploração mineira) foi emitida. Nunca disse uma coisa tão estúpida. (...) Nós estamos a fazer prospeção, não estamos a fazer exploração (de urânio no Zimbabué). Ele (jornalista do Times) pensou vender o seu jornal escrevendo essas mentiras e é uma história especulativa e perigosa", terá dito o responsável, citado pelo jornal oficial zimbabueano.

A AFP perguntou à porta-voz da polícia Charity Charamba se as forças de segurança estão à procura dos jornalistas do The Times, mas a representante mostrou-se surpreendida: "Não ouvi falar desse assunto (...) Tenho de verificar com o nosso departamento de investigação".

Contactado pela AFP, o The Times disse desconhecer a notícia do Sunday Mail e afirmou que iria preparar uma resposta.

Lusa