Eu sou dono de uma grande incultura.
E sou um completo e total inculto.
Quem diz a verdade não merece castigo
No entanto, temo que seja verdade que o sistema educativo é muito pouco exigente.
Os exames fazem todo o sentido, quanto mais não seja, para mostrar os "podres".
De nada serve taparmos o Sol com a peneira, e passar a canalhada toda, apenas porque assim ficamos com melhores estatísticas.
Acho preocupante que as associações de pais, se venham a colocar contra esta medida.
A ideia com que fico é que essas associações não se estão a preocupar com o que os filhos sabem, mas sim com o facto de os filhos passarem de ano. Ou seja, o que importa é que pase de ano, isso do saber não é importante, porque ninguém vai precisar disso na vida a sério.
Infelizmente era a mesma linha de ideias do tempo do sr. Doutor Salazar.
Ous seja: Para quê saber ler escrever e contar?
Desde quando para cavar couves e pegar numa enxada foi preciso ler e escrever?
Vejam no que deu.
Uma das coisas que mais me impressionam nos emigrantes do leste é, além da facilidade de aprender das crianças (que é até normal nas crianças) a facilidade de aprender dos adultos.
Um russo ou um ucrâniano chegam a Portugal, muitos deles já na casa dos quarenta e cinquenta e aprendem a falar português.
Óra o português não é exactamente uma lingua fácil, mas eles aprendem.
Depois comparo com a quantidade de portugueses que emigrou para França e para a Alemanha e fico espantado com a quantidade de portugueses que não conseguem comunicar em francês ou alemão, muitos deles, mesmo depois de bastantes anos.
A razão desta diferênça tem a ver com o sistema educativo.
Os russos também tinham que aprender quimica para ir para a força aérea (se quisessem) e a quimica também nunca lhes deve ter servido de nada. Mas deu-lhes uma coisa que nos falta a nós, ou seja: capacidade de aprender.
Por isso o russo ou o ucraniano chegam aqui e seis meses depois já falam a lingua, porque aprenderam como fazer para aprender. O português, vai tentando desenrascar-se, ouvindo os outros, mas não tem método.
Por tudo isto, o factor mais importante na Defesa Nacional, consiste em preparar os jovens para aprender a aprender. Não se faz isso sem exigência e para se ser exigente é preciso testar, testar e testar.
Cumprimentos