Sector da Saude - Hospitais, etc..

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Lusitano89

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #45 em: Junho 16, 2011, 09:10:58 pm »
Despesa com fármacos cai 20% e estado poupa 150 Milhões de €€€ até Maio


As despesas do Estado com medicamentos nas farmácias desceram mais de 20% nos primeiros cinco meses deste ano, o que representa uma poupança de cerca de 150 milhões de euros em relação ao ano passado, revelou hoje o Ministério da Saúde. O secretário de Estado da Saúde demissionário, Óscar Gaspar, revelou que, em termos comparáveis, este redução de Janeiro a Maio é superior a 170 milhões de euros, uma vez que este ano o Ministério está a assumir as despesas com a ADSE, o que não acontecia em 2010.

Estes dados foram revelados por Óscar Gaspar aos jornalistas no final de uma "visita de cortesia" à associação da indústria farmacêutica (Apifarma).

O governante demissionário acredita que estes números e o protocolo assinado com a Apifarma no início deste ano fazem com que não venha a ser necessário tomar medidas adicionais para reduzir a despesa com medicamentos.

Em Março, o Governo decidiu suspender por dois anos a revisão dos preços dos medicamentos, medida através da qual espera que o Estado poupe já este ano mais 100 milhões de euros.

Agora, o Executivo em fim de mandato vem reafirmar junto da indústria que, mesmo com as medidas da troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia), o acordo com a indústria se mantém e será suficiente para a redução da despesa.

Aliás, em declarações aos jornalistas, Óscar Gaspar assumiu as razões da visita de hoje: "Entendi que numa fase em que já passou algum ruído sobre o que está no documento da troika, valia a pena falarmos sobre os pressupostos e sobre as perspectivas".

Aproveitou ainda para sublinhar que "a própria troika saudou o acordo" assinado com o Ministério da Saúde e com a indústria, considerando que "não haverá necessidade de medidas adicionais".

Também o presidente da Apifarma, João Almeida Lopes, sublinhou que "os objectivos expressos no memorando de entendimento com a troika estão a ser plenamente atingidos".

No memorando da troika, está ainda estabelecido uma alteração das margens de lucros das farmácias e grossistas, que permitirá uma poupança de 50 milhões de euros, lembrou o ainda secretário de Estado.

No próximo ano haverá contudo um novo critério para a fixação dos preços dos medicamentos, que terá de ser definido pelo novo Governo, alterando os países com os quais Portugal se compara.

"Não está previsto que haja revisão de preços em 2012, mas sim um novo critério", explica Óscar Gaspar.

Num comentário global às medidas da troika para o sector, considera que o documento "em nada abalou os alicerces do Serviço Nacional de Saúde".

"Antes pelo contrário. Obriga-nos a ganhar competitividade, eficiência, mas em nada abalou os alicerces. Não há nenhum intuito de privatização em Portugal, nem de passar a haver co-pagamentos, nem de emagrecimento da estrutura do SNS", concluiu.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #46 em: Junho 20, 2011, 07:30:29 pm »
DGS: Não há em Portugal mosquitos com malária ou dengue


O subdiretor geral da Saúde garantiu hoje que nunca foram detetados mosquitos com vírus de malária ou dengue desenvolvidos em Portugal mas admitiu que o aquecimento geral do clima levou à criação de uma rede de vigilância permanente. “Temos alguns casos [de transmissão de malária ou dengue] que são ‘importados’ de doentes que apanharam a doença fora do país, mas dentro do nosso país não temos conhecimento de nenhuma situação que seja exclusivamente nossa”, afirmou à Lusa José Robalo.

O subdiretor da Direção Geral de Saúde (DGS) reagia às declarações do presidente do Instituto Português do Sangue que afirmou no domingo que doenças como a malária ou o dengue podem mesmo chegar a Portugal.

“Não temos essa certeza”, replicou José Robalo, sublinhando que existe “uma rede nacional de vigilância de vetores (mosquitos)” que apanha e identifica os mosquitos que andam a circular no país e, até hoje, “não temos nenhuma situação que seja autóctone”.

Segundo o presidente do Instituto Português do Sangue, Álvaro Beleza, “Portugal está a ter um clima cada vez mais tropical e isto é ótimo para os mosquitos. Calor e humidade”.

Alerta com que José Robalo concorda, lembrando que a criação, há três anos, da rede de vigilância nacional em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde, de deveu precisamente ao facto de o clima em Portugal estar a tornar-se mais quente.

“Temos esta rede vetorial exatamente por isso, para ver se existe introdução no país de mosquitos que possam estar infetados e transmitir doenças”, concluiu.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #47 em: Agosto 03, 2011, 04:52:45 pm »
INEM conta poupar 1 milhão de euros


O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) conta poupar um milhão de euros reorganizando da escala de serviço dos seus técnicos, afirmou esta quarta-feira Miguel Soares Oliveira, presidente do instituto, na comissão parlamentar de Saúde. «O INEM vai poupar um milhão de euros só pelo exercício da redução de horas extraordinárias», afirmou Miguel Soares de Oliveira.

Segundo os dados do INEM, em 2011 conseguiu-se travar a tendência de crescimento anual das horas extraordinárias, e obter uma redução de 17 por cento comparativamente a 2010.

O presidente do INEM fez ainda uma referência às contratações de pessoal, afirmando que estas «contribuirão para a poupança de horas extraordinárias».

Ao mesmo tempo Soares Oliveira revelou que o número de chamadas para o INEM aumentou 5,2% no primeiro semestre de 2011, comparativamente a período homólogo, enquanto as chamadas desligadas antes de serem atendidas baixaram 17,5%.

O tempo de chegada dos meios de emergência ao local situou-se nos oito minutos nos meios urbanos e de 10 minutos nos meios rurais, dentro dos tempos recomendados internacionalmente.

A Bola
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #48 em: Agosto 16, 2011, 01:10:44 am »
Novo hospital de Lamego deverá abrir portas em Janeiro


O Hospital de Lamego, um projecto “inovador” que assenta nos serviços de ambulatório e representa um investimento de 42 milhões de euros, deverá entrar em funcionamento em Janeiro de 2012, disse hoje fonte hospitalar.

O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), Carlos Vaz, afirmou à Lusa que a obra de construção civil está praticamente concluída e que já foram abertos os concursos públicos internacionais para a aquisição dos equipamentos.

Este hospital, que fica situado junto ao nó da auto-estrada A24, vai dispor de cirurgia de ambulatório (três salas operatórias), além de consulta externa (14 gabinetes), urgência básica, hospital de dia e visitas domiciliárias.

A unidade vai assegurar a prestação de cuidados à população dos dez concelhos do Douro Sul. No que respeita às áreas de cirurgia de ambulatório, dará resposta a toda a área de influência do CHTMAD.

Segundo Carlos Vaz, as grandes áreas de desenvolvimento serão a “oftalmologia, ortopedia e cirurgia geral”, com aposta ainda para a ginecologia e otorrinolaringologia.

Este conceito, assente no reforço da prestação de serviços predominantemente em ambulatório, é considerado “inovador” e tem como objectivo reduzir o impacto do internamento na vida dos doentes e das suas famílias.

Em vez do internamento tradicional, terá uma unidade de cuidados continuados de convalescença, com capacidade para 30 camas.

Mas é precisamente este um dos factos que está a gerar descontentamento entre autarcas e a população de Lamego, que subscreveu uma petição que será entregue ao Ministério da Saúde.

O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, reuniu recentemente com o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, para expor preocupações relativas ao modelo funcional deste novo hospital e pedir à tutela para reequacionar o tipo de internamento.

O autarca não quer que as camas de cuidados continuados sejam incluídas na rede nacional, mas que sejam geridas directamente pelo CHTMAD “como uma unidade de internamento normal”.

“Entendemos que as 30 camas são insuficientes e que deviam ter pelo menos 50 a 60 polivalentes, mas isso aí já obriga a alterações que nós entendemos que são possíveis e que se podem fazer no futuro”, disse hoje à Lusa.

Francisco Lopes teme ainda que a concentração de todo o internamento na unidade de Vila Real possa causar “inúmeros problemas e dificuldades aos pacientes”.

Problemas esses que considerou que são agravados pela inexistência de transportes públicos que garantam a ligação do todo o Douro Sul e Vila Real e pela introdução, em breve, de portagens na A24.

Carlos Vaz apenas reiterou que, em relação ao Hospital de Lamego, “está a ser cumprido o projecto ministerial”.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #49 em: Agosto 25, 2011, 09:43:45 pm »
Governo prevê gastar 28 M€ na Linha Saúde 24


O Governo prevê gastar 28 milhões de euros nos próximos quatro anos de exploração da Linha Saúde 24, menos 16,6 milhões do que no contrato anterior, tendo autorizado hoje a abertura do concurso público internacional. O futuro contrato para exploração do Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde (Saúde 24) terá a duração de quatro anos e o montante máximo disponível é de 28.353.500 euros, determinou hoje o Conselho de Ministros.

No contrato anterior, com a empresa Linha de Cuidados de Saúde (LCS) e que termina hoje, o Ministério da Saúde previa gastar até 45 milhões de euros.

Até ao concurso público estar concluído, a LCS continuará a garantir o funcionamento do serviço, mas o Estado beneficiará de uma redução de 10% nos encargos.

Já esta semana, o director-geral da Saúde, Francisco George, tinha garantido à agência Lusa que o serviço público prestado pela Linha Saúde 24 não iria ser interrompido".

"Foi feita uma avaliação à produção e à satisfação dos utentes e todos os indicadores revelaram o sentido de oportunidade da continuação da Linha Saúde 24", disse.

A Linha Saúde 24 pretende responder às necessidades dos utentes, contribuindo para ampliar e melhorar a acessibilidade aos serviços e racionalizar a utilização dos recursos existentes através do seu encaminhamento para as instituições integradas no Serviço Nacional de Saúde mais adequadas.

A funcionar 24 horas por dia, os serviços contemplam a triagem, aconselhamento e encaminhamento dos utentes, aconselhamento terapêutico, assistência em saúde pública e informação geral de saúde e são assegurados por 346 enfermeiros e 24 enfermeiros supervisores.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #50 em: Agosto 30, 2011, 09:20:41 pm »
SNS deixa de entregar exames em papel em 2012


Os resultados de análises, radiografias e outros exames pedidos pelos médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão passar, no próximo ano, a ser enviados para os clínicos e utentes apenas por via electrónica, disse hoje fonte oficial.

Ainda sem data para vigorar, a alteração será a segunda fase do processo de requisição daqueles meios de diagnóstico apenas por via electrónica, que começa na quinta-feira, disse à agência Lusa o vice-presidente da Administração Central dos Sistemas de Saúde, Fernando Mota.

A alteração vai acabar com a necessidade de os utentes se deslocarem para irem “levantar” o resultado dos exames, podendo a eles aceder através de computador, tal como sucede com os médicos, que deixam de ter que transcrever as conclusões dos exames para o processo do doente, já que poderão anexá-lo informaticamente, especificou aquele responsável.

Ao contrário do que sucedeu com a prescrição electrónica de medicamentos, agora com os exames a situação deverá decorrer com menos sobressaltos, já que o universo de médicos envolvidos é constituído apenas pelos clínicos que trabalham no SNS, considerou Fernando Mota.

Além das vantagens para utentes e médicos, as inovações permitem um maior controlo sobre a prescrição de exames e funcionarão com dissuasor para eventuais fraudes, acrescentou. O bastonário da Ordem dos Médicos disse estar “menos preocupado” com eventuais problemas com o alargamento da prescrição electrónica aos exames do que quando se tratou dos medicamentos, já que agora só estão envolvidos os médicos do SNS.

“Trata-se de uma imposição do Estado a si próprio”, considerou José Manuel Silva. Salientou, no entanto, que o processo não irá funcionar a 100 por cento no início, tal como sucedeu com os medicamentos, mas disse esperar que o Ministério da Saúde salvaguarde forma de ultrapassar as situações em que o recurso aos meios informáticos não seja possível.

Fernando Mota disse que eventuais falhas no sistema informático serão ultrapassadas com o preenchimento manual das requisições para os exames em modelo oficial e específico para o efeito.

Ciência Hoje
 

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Lusitano89

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #51 em: Setembro 05, 2011, 11:43:03 pm »
Bastonário da OM defende imposto sobre «fast-food»


O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defendeu hoje a criação de um imposto sobre «fast-food» e «dezenas de variedades de outro lixo alimentar» para financiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo a edição online do Público. «Um duplo cheeseburger e um pacote de batatas fritas equivalem a 2200 calorias e é preciso uma maratona» para queimar este nível de calorias, afirmou José Manuel Silva, que incluiu também o sal nos produtos a taxar.

Falando na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação entre a Direcção-Geral de Saúde (DGS) e a Ordem dos Médicos (OM) com o objectivo de assegurar a colaboração entre estas duas entidades no âmbito da qualidade no sistema de saúde, o bastonário afirmou não ter dúvidas que esta medida irá ter a oposição da indústria agro-alimentar mas defendeu que este «imposto selectivo» seria uma alternativa a mais cortes no sector.

«Sabemos que é preciso poupar mas não é possível mais cortes sem pôr a qualidade dos serviços», afirmou. José Manuel Silva teceu ainda duras críticas à classe política e aos governantes.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, não se pronunciou sobre esta ideia, preferindo destacar o «esforço concertado entre o Governo e os profissionais de saúde» para «garantir a sustentabilidade do SNS e a melhoria da qualidade» da prestação dos cuidados.

Lusa
 

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miguelbud

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #52 em: Setembro 06, 2011, 09:00:21 am »
Portugueses fazem nova descoberta na leucemia infantil

Uma equipa liderada por investigadores portugueses fez novas descobertas na área da leucemia linfoblástica aguda infantil, um cancro do sangue que atinge sobretudo crianças entre os dois e os quatro anos.

Os cientistas do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, detectaram, em cerca de nove por cento dos doentes estudados, uma causa inédita para o crescimento tumoral nos casos de leucemia linfoblástica aguda de células T, isto é, quando os linfócitos T (tipo de glóbulos brancos do sistema imunitário) se reproduzem sem controlo.

Num artigo publicado na «Nature Genetics», os portugueses identificaram um novo conjunto de mutações genéticas. «Considerados no seu conjunto, os nossos resultados indicam que [estas mutações são] um evento oncogénico envolvido nas leucemias linfoblásticas agudas de células T», diz o comunicado do IMM, citado pelo «Público».

O gene dos linfócitos T é essencial no processo de ligação de uma proteína instruída por este gene a um receptor, uma molécula que circula na corrente sanguínea chamada interleucina 7.

Este receptor, ao captar o sinal químico vindo do exterior da célula, impele a sua multiplicação. Agora, com a nova descoberta, percebeu-se que, quando este receptor é afectado pelas mutações agora identificadas, os linfócitos deixam de precisar do estímulo da interleucina 7 para se multiplicarem.

«Descobrimos que, apesar de ser essencial para o desenvolvimento e funcionamento das células T, o receptor da interleucina 7 também pode ter um lado obscuro», explica o investigador João Barata.

«Em particular, descobrimos que existem mutações que levam à activação permanente do receptor da interleucina 7 numa percentagem razoável de doentes com leucemia T pediátrica [e] identificámos o mecanismo que leva a que o receptor esteja sempre activado nestes doentes [...]. Estas observações dão-nos a esperança de poder vir a aumentar ainda mais a eficácia e selectividade dos tratamentos actualmente existentes», acrescenta.

A investigação, onde participaram, entre outros, cientistas brasileiros e norte-americanos, também apresentou a possibilidade de medicamentos já testados contra outras doenças, como a artrite reumatóide, poderem neutralizar os efeitos prejudiciais destas mutações.

http://www.tvi24.iol.pt/tecnologia/leuc ... -4069.html
 

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Lusitano89

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #53 em: Setembro 15, 2011, 07:30:48 pm »
Ministério da Saúde extingue 73 cargos dirigentes e 8 entidades


O Ministério da Saúde reduziu em 20 por cento o número de cargos de dirigentes e extinguiu oito entidades, de um total de 24 avaliadas para este efeito, uma decisão hoje aprovada em Conselho de Ministros. Do universo das entidades tratadas pelo Ministério da Saúde, excluindo serviços e entidades integrados no Serviço Nacional da Saúde, foram extintas duas direções-gerais, cinco estruturas atípicas e uma estrutura de missão.

A Lusa tentou esclarecer junto do ministério quais são os organismos em causa, mas até ao momento ainda não obteve resposta.

Relativamente aos cargos dirigentes, a tutela reduziu-os de 363 para 290, 44 dos quais dirigentes superiores e 246 dirigentes intermédios. No total passa a haver menos 73 dirigentes do que os previstos.

Este número está ainda aquém do anteriormente anunciado pelo ministro da Saúde.

No início do mês, Paulo Macedo anunciou na comissão parlamentar de Saúde que iria reduzir em 30 por cento os cargos de dirigentes do ministério.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #54 em: Setembro 28, 2011, 09:10:37 pm »
Médico português descobre possível "antídoto" para a obesidade


Uma investigação realizada por um médico português revela a possibilidade de conseguir que os humanos percam peso sem recorrer a intervenções cirúrgicas. Com o trabalho, Albino Oliveira-Maia, 33 anos, conseguiu provar que existe algo semelhante a um sensor no abdómen dos ratos usados na experimentação que interfere directamente nas quantidades de açúcar que chegam ao cérebro.

Injectando glicose na veia-porta, situada no abdómen dos animais, demonstrou-se que o seu cérebro reagia mais ao estímulo dos açucares, libertando mais dopamina (molécula do prazer) do que se a administração fosse feita, por exemplo, na veia jugular, como foi o caso, relatou o cientista à Lusa.

Este é o mecanismo pelo qual poderá vir a ser possível interferir no processo de reacção do cérebro ao açúcar e, consequentemente, poder evitar a sensação de prazer proporcionada pela ingestão de alimentos que potencia a obesidade.

Albino Oliveira-Maia sustenta que faz sentido que exista uma espécie de sensor na veia-porta que reporte para o cérebro o aumento de açúcar no sangue, incrementando a resposta cerebral aos nutrientes que consumimos, já que é por ela que se encaminha o resultado do processo digestivo para a rede sanguínea.

Trata-se de “um pequeno passo” que ajuda a conhecer um mecanismo de funcionamento do organismo, mas até agora só testado em laboratório com ratos, afirmou o cientista.

O médico, a trabalhar actualmente na Fundação Champalimaud e no Hospital S. Francisco Xavier, também em Lisboa, sublinhou que “a investigação biomédica é feita com base em pequenos passos” que têm que ser confirmados.

O resultado desta investigação desenvolvida ao longo de dois anos na Universidade de Duke, EUA, foi divulgado na publicação internacional electrónica PLoS ONE.

Ciência Hoje
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #55 em: Outubro 02, 2011, 01:01:15 pm »
Hospitais aumentaram prazo de pagamento a fornecedores


A esmagadora maioria dos hospitais com gestão empresarial está a demorar cada vez mais tempo a pagar aos fornecedores, alguns com atrasos no pagamento cinco vezes superiores aos 90 dias recomendados, segundo dados oficiais.
Segundo o indicador do Prazo Médio de Pagamentos (PMP) divulgado pela Autoridade Central do Sistema de Saúde (ACSS), relativo ao segundo trimestre deste ano, entre as 35 hospitais entidades públicas empresariais (EPE) incumpridoras, 32 aumentaram o prazo de pagamento, uma manteve e apenas duas conseguiram baixar.

Comparativamente com o primeiro trimestre, os dois Hospitais EPE que conseguiram reduzir o PMP foram o Centro Hospitalar do Nordeste, de 450 para 432 dias, e a Unidade Local de Saúde Alto Minho, de 148 para 138 dias.

Entre a esmagadora maioria que atrasou ainda mais os pagamentos, o Hospital do Litoral Alentejano lidera com 499 dias de PMP, seguindo-lhe o Centro Hospitalar de Setúbal (441 dias) e o Centro Hospitalar do Nordeste (432).

No fim da tabela surgem os Institutos de Oncologia do Porto e de Lisboa, com, respectivamente, 133 e 99 dias de PMP, e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, com 96 dias.

A Unidade Local de Saúde da Guarda não sofreu qualquer alteração no seu prazo médio de pagamento do primeiro para o segundo trimestre, mantendo os 170 dias de PMP.

No universo do Sector Público Administrativo (SPA), o maior incumpridor – com mais dias de PMP – foi o centro Hospitalar do Oeste Norte, com 387 dias no primeiro trimestre, que ascenderam a 391 no segundo trimestre deste ano.

Segue-se na tabela a Maternidade Alfredo da Costa, com um atraso de 322 dias, e o Centro Hospitalar de Torres Vedras, o único dos SPA que manteve os mesmos dias em ambos os trimestres (319).

O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e o Instituto Português do Sangue conseguiram reduzir os dias de atraso nos pagamentos, de 272 para 229 e de 189 para 183, respectivamente.

No fim da tabela, com menor atraso, está o Centro de Histocompatibilidade Norte, mas que ainda assim registou um aumento de dias de atraso para pagamento aos fornecedores, de 82 (abaixo dos 90 de referência) no primeiro trimestre, para 104 no segundo trimestre.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #56 em: Outubro 12, 2011, 10:33:27 pm »
Hospital de Braga tem cirurgia pioneira à coluna em que paciente sofre menos


Uns 'furinhos' nas costas, necessários para a introdução de seis parafusos e de uma barra metálica, são os únicos 'vestígios' da cirurgia à coluna a que hoje foi submetida uma mulher de 44 anos, no hospital de Braga. A mulher, que sofreu uma queda de cerca de três metros e fracturou duas vértebras lombares, foi a 15ª paciente que aquele hospital operou à coluna através da cirurgia minimamente invasiva, que foi lançada internacionalmente em finais de 2008 e que em Braga começou a ser praticada em Novembro de 2010.

O médico Pedro Varanda, responsável pela intervenção, explicou que a cirurgia minimamente invasiva, além de ter um risco de infecção muito inferior à cirurgia convencional, em que o corpo do paciente é aberto, também implica uma perda de sangue «mínima».

Menos dias de internamento, muito menos dores após a operação e uma recuperação mais rápida são outras das vantagens do novo método.

Para a concretização da cirurgia, foram abertos pequenos orifícios nas costas da doente, por onde foram introduzidos seis parafusos, com 5,5 milímetros de diâmetro e 4 centímetros de comprimento, necessários para «reparar» as vértebras partidas.

De seguida, pelos mesmos orifícios entraram duas barras metálicas para fixar os parafusos.

Todo o processo é conduzido através do raio X, ou seja, o cirurgião «penetra» no corpo do paciente e conduz a operação através das imagens que lhe são disponibilizadas no momento, num ecrã.

«Tudo isto da forma menos invasiva possível, para acelerar todo o processo de recuperação», frisou Pedro Varanda.

Segundo o cirurgião, no final da tarde de hoje ou quinta de manhã a paciente já poderá levantar-se, sexta-feira terá alta e dentro de oito a dez dias estará apta a conduzir e a fazer «a vida quotidiana normal».

Esta operação decorreu em plena Semana de Sensibilização para a Coluna, que decorre de 10 a 16 de Outubro, sob o lema “Olhe pelas suas costas”.

Lusa
 

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« Responder #57 em: Outubro 19, 2011, 11:22:49 pm »
Hospital de Braga condenado a pagar 450 mil euros por negligência em parto realizado há 16 anos


O Hospital de São Marcos, em Braga, foi condenado a pagar uma indemnização de 450.000 euros, acrescida de juros, por negligência num parto realizado há 16 anos e que deixou o jovem num estado vegetativo para o resto da vida.
O acórdão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, proferido a 12 de Outubro e que a agência Lusa teve hoje acesso, condenou em primeira instância o hospital a pagar aos pais da vítima 450 mil euros, acrescidos de juros à taxa legal (o que dá mais cerca de 118.000 euros), para estes «proporcionarem a Pedro uma qualidade de vida diferente da que possui».

O Tribunal considerou, com base nos factos provados, que o serviço prestado pelo Hospital «não é compatível com uma regular e sã prática de nascimentos» e julgou como «merecedor de censura» o facto de não ter sido usada diligência que uma unidade hospitalar especializada em partos «não deixaria de ter adoptado», por forma a assegurar que o menor não sofresse quaisquer danos na sua integridade física.

O Tribunal diz que é de assinalar «a existência de culpa do serviço», considerando que houve uma prática irregular por parte do Hospital, determinante na «existência de facto ilícito e culposo, que não sendo imputável em concreto a um qualquer funcionário [do hospital], tem de ser reputada como falta grave no funcionamento dos serviços prestados» à parturiente.

Pedro, actualmente com 16 anos, ficou com uma Incapacidade Permanente Total de 100 por cento, é detentor de um nível de inteligência de 10 por cento, não reage visualmente, mas reage ao som, tem um encefalopatia refractária grave que lhe impede o controlo dos movimentos, necessitando ao longo da sua vida de um terceiro que o acompanhe e cuide.

Na sua contestação, o Hospital de São Marcos rebateu os argumentos imputados pelos pais da criança, considerando que a actuação do hospital e dos seus médicos «se pautou sempre pelo total cumprimento de todas as regras da legis artis».

O arguido concluiu que a acção devia ser considerada improcedente e defendeu que a existir alguma responsabilidade essa já teria prescrito, uma vez que só foi citado a 13 de Março de 2005, quase 10 anos depois do acontecimento.

O caso remonta a 18 de Dezembro de 1994, quando, pelas 17h49, Maria dos Anjos deu entrada no Serviço de Urgência do Hospital de S. Marcos, em início de trabalho de parto. Foi enviada de seguida para o Serviço de obstetrícia e após mais de 16 horas de dores intensas e muita ansiedade foi dada às 10 horas de 19 de Dezembro de 1994 ordem médica para que fosse submetida a uma cesariana.

Logo após o nascimento, o pequeno Pedro, com 3.490 gramas, tinha gemidos de dor e foi enviado para a Urgência de Neonatalogia. Com duas horas de vida foi transferido pelo INEM para o hospital de Vila Nova de Gaia, com «diagnóstico de asfixia perinatal, sofrimento fetal, convulsões e apneias».

Durante o internamento na Unidade de Cuidados Intensivos de Neonatologia de Gaia, o bebé manteve convulsões durante os primeiros três dias, hipotonia (tonicidade muscular abaixo do normal) e fraca reacção aos estímulos, revela o acórdão.

Pedro foi submetido a muitos exames especializados e medicado, mas ao 13.º dia de vida recebeu alta hospitalar, sem qualquer prescrição de medicação e foi enviado para a consulta externa.

Contudo, o bebé mostrava-se irritado, com gemidos constantes e sem reacção a nível dos quatro membros, pelo que ao mês e meio foi enviado para a consulta de pediatria, com orientação posterior para consulta de neuropediatria, tendo-lhe sido efectuados vários exames neurológicos «onde ficaram demonstradas alterações compatíveis com paralisia cerebral».

Vários exames vieram a comprovar que Pedro tinha sofrido de esfixia perinatal, que lhe provocou uma incapacidade de 100 por cento, que o afecta para toda a vida e totalmente para o trabalho.

A decisão do Tribunal Administrativo de Braga é passível de recurso para o Supremo Tribunal Administrativo.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #58 em: Dezembro 01, 2011, 06:15:29 pm »
Maus gestores hospitalares serão penalizados, garante Governo


O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Leal da Costa, advertiu hoje que os gestores hospitalares vão ser escrutinados e serão penalizados em caso de má gestão, o que pode passar pela sua substituição.

 Falando no final de uma conferência sobre «Os desafios no financiamento hospitalar», Fernando Leal da Costa garantiu que «neste momento o Estado tem condições para, através de uma gestão muito exigente e rigorosa, controlar as derrapagens financeiras».

Questionado sobre o facto de a troika ter mostrado preocupação com o descalabro financeiro dos Hospitais EPE, o secretário de Estado explicou que essa situação tem a ver com «sucessivas suborçamentações» e nalguns casos «clamorosa má gestão» que levaram a que os hospitais fossem acumulando prejuízos, uma situação que, garante, não ocorrerá mais.

«Acima de tudo, queremos lançar claramente um aviso a quem é responsável pela gestão desses hospitais, de que eles vão ser escrutinados e que os maus resultados terão necessariamente consequências», afirmou.

Questionado sobre quais as penalizações para esses gestores, o responsável disse que poderá passar pelo que é habitual fazer em qualquer sociedade: «quando um gestor não é capaz de desempenhar a sua função, o que os accionistas fazem é mudar o gestor».

Respondendo a uma afirmação feita durante a conferência pelo presidente da ACSS, João Carvalho das Neves, segundo o qual os hospitais EPE funcionariam como um saco azul, Fernando Leal da Costa garantiu que «não há dinheiro mal parado no Ministério da Saúde», porque o que é gasto é controlado e verificado por organismos internacionais, como é o caso da troika.

Por isso considerou que a expressão diria respeito aos hospitais e reconheceu que estes «não têm sido submetidos a prestar contas suficientemente rigorosas, o que levou a que fosse sistematicamente despejado dinheiro dentro dos hospitais sem que depois os resultados financeiros fossem cotejados com resultados clínicos e operacionais».

«É desse ponto de vista que os hospitais acabam por corresponder, não a um saco azul, mas a entidades nas quais foi drenado muito dinheiro sem os resultados mais desejáveis. É isso que vamos monitorizar e estar particularmente atentos», sublinhou.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #59 em: Dezembro 05, 2011, 11:50:19 pm »
Hospital de Beja com controlo de doentes à distância


O Hospital de Beja tornou-se esta segunda-feira o primeiro do Alentejo a disponibilizar um novo sistema de monitorização cardíaca, que permite controlar à distância e em permanência o estado clínico de doentes com insuficiência cardíaca.

De acordo com a Lusa, o primeiro aparelho do sistema «latitude» disponibilizado no Alentejo foi hoje entregue pelo Hospital de Beja a um doente de 66 anos, residente no concelho de Odemira, no litoral alentejano, que tem insuficiência cardíaca e é portador de um desfibrilhador, disse hoje à Lusa o médico cardiologista da unidade hospitalar Luís Moura Duarte.

O sistema, indicado para doentes com insuficiência cardíaca e portadores de pacemakers ou desfibrilhadores (aparelhos para prevenir a morte súbita), permite ao médico «monitorizar, controlar e avaliar à distância o estado clínico do doente e intervir rapidamente se for necessário», nomeadamente alterar a medicação, disse.

«Há uma série de vantagens em termos de capacidade de responder logo no momento a qualquer alteração no estado clínico do doente e sem que tenha que se deslocar ao hospital», o que «pode fazer toda a diferença» no caso de um doente cardíaco, frisou.

O sistema é «especialmente indicado para regiões com características como as do Alentejo, uma região muito grande, com baixa densidade populacional e onde muitos doentes vivem a grandes distâncias do hospital de referência», sublinhou.

O Baixo Alentejo «é uma das regiões de eleição para este tipo de sistema, indicado para doentes que vivem em zonas isoladas» e que permite aos médicos fazerem «uma monitorização diária do estado clínico dos doentes, que de outra forma não poderia ser feita», sublinhou.

Por outro lado, frisou, «é possível evitar os custos das deslocações ao hospital dos doentes cardíacos, que geralmente são pessoas de meia-idade ou idade avançada e que têm dificuldades em deslocarem-se para uma consulta devido às distâncias».

O sistema, disponibilizado gratuitamente pela empresa fabricante, é composto por um comunicador colocado em casa do doente e que, através de uma tecnologia sem fios, recolhe dados clínicos transmitidos pelo aparelho e por sensores externos, como uma balança e um monitor de pressão para avaliar o peso a pressão arterial.

Os dados recolhidos são depois transmitidos pelo comunicador por telefone, diariamente ou em intervalos programados segundo o tipo de informação, para um servidor, que grava os dados e disponibiliza-os continuamente aos médicos através da internet.

Cerca de 300 mil pessoas morrem por ano na Europa devido a insuficiência cardíaca e calcula-se que 20 por cento das pessoas estão em risco de desenvolver a doença ao longo da vida.

A insuficiência cardíaca é uma doença grave em que a quantidade de sangue que o coração bombeia por minuto é insuficiente para satisfazer as necessidades de oxigénio e de nutrientes do organismo.

O «aumento constante» da prevalência da doença é «uma consequência do tratamento das doenças cardiovasculares agudas e do aumento da esperança média de vida».

Lusa