Dentro de pouco tempo passarei a receber o apelido de Dremanu "O carniceiro"...
Quando eu digo que:"O que o mundo árabe precisa é de levar uma lição...", não estou a falar usando um tom de raiva, de ódio, ou vingança, mas sim como quando se tem uma criança rebelde que necessita de levar um tabefe para aprender a se comportar como deve ser.
Não tenho um conhecimento aprofundado do involvimento dos E.U. no médio oriente, mas do pouco que eu conheço, dá-me a impressão que todas as medidas que adotaram, resolveram alguns problemas a curto-prazo, mas a longo-prazo piorarm a situação do médio-oriente. Vejámos alguns exemplos:
Irão:
Deram armas e suporte ao xá de Pérsia que senão me engano era um ditador. O resultado foi a revolução islãmica, e a República Islãmica do Irão. Tiveram aquele episódio que tentaram salvar uns refêns Americanos onde a operação falhou por completo, foram humilhados, e é claro os iranianos saíram da situação a serem uns heroís da causa islãmica.
Líbano:
Deram suporte aberto aos Israelitas para que atacassem os palestinianos dentro deste território. O resultado foi uma guerra cívil, 200 "marines" mortos por um carro armadilhado, e uma nova retirada humilhante para a América. 1a instância em que o exército do "great satan" foi forçado a se retirar devido a um bando de fanáticos suícidas.
Iraque:
Como o Saddam era anti-Irão, deram-lhe helis para que ele pudesse atacar o vizinho. O Saddam a 1a coisa que fez foi gasear os Curdos e matar um monte de gente. Fez guerra contra o Irão e perdeu. Depois invadiu o Kuwait porque pensou que o mundo ocidental(U.S.A.), não iria fazer nada para se opór. Os Americanos fizeram a guerra, expulsaram os Iraquianos, mas deixaram o Saddam ficar no poder, e ainda por cima deixaram-no ficar com os helis de ataque, que prontamente ele usou contra os Shias revoltosos. Em seguida imposeram sanções económicas que martrizaram ainda mais o povo Iraquiano, e afetaram em nada o Saddam. Agora tiveram que voltar para resolver o problema que foi completamente criado por eles, e mais ninguém.
Afeganistão:
Deram armas aos "Mujahedin" para lutarem contra a U.S.S.R., e treinaram os guerrelheiros em táticas de combate militar, etc. No meio daquela gente que treinaram estava lá o Bin Laden. Quando os soviéticos se retiraram, prontamente se esqueceram do Afeganistão e deixaram o país cair na guerra cívil, e auto-destruição. Resultado, grupos terroristas fizeram daquele pobre país, uma nação terrorista. Trágico!
Somália:
Não sei se sabem mas a Somália há mais de 10 anos que não tem um governo central, é administrada por "chefes" tribais, ou "warlords", que se matam uns aos outros para poderem controlar o pedacinho de território de cada um. Esta situação se desenvolveu porque os Americanos durante 20 anos deram armas a um ditador qualquer que estava disposto a lutar contra a Etiópia, que se tinha tornado um estado marxista. Todos nós sabemos o desastre que foi, e é, a Somália. E toda a gente viu a forma como o exército do "great satan" teve que se retirar depois que morreram aqueles soldados todos no meio de Mogadishu. De novo os Americanos a voltarem para resolver os problemas que eles criaram, e no processo a sairem humilhados, e a deixaram a situação por se resolver por completo. (Se quiserem ler mais sobre a Somália tem aqui um link com info:
http://www.alternet.org/story.html?StoryID=12253)
Arábia Saudita:
Construiram bases militares no centro geográfico da religião Islãmica. Para quê? De novo, falta de visão, entendimento cultural, incrível. Uma das razões que os fanáticos tanto odeiam os Americanos é precisamente por eles terem esta presença militar na Arábia Saudita.
Estes são alguns dos casos que eu conheço, provavelmente existem outros. De novo estamos a ver que os Americanos estam a fazer cagada atrás de cagada no Iraque. Porque não interessa o que eles fazem de bom(que com certeza é muito mais do que aquilo que eles fazem de mau), isso é algo que as pessoas não vêm, ou preferem não ver. O que interessa é o que eles fazem de errado, é isso é que fica gravado na memória dos fanáticos.
E de novo os Americanos estam a deixar o trabalho pela metade, porque nem o Afeganistão, nem o Iraque estam pacificados, nem a caminho da prosperidade. E o Iraque é uma situação que avança aos trambulhões, e sem ter uma paz real, estável, e com prospectos de ser duradora a longo-prazo.
Por isso eu defendo uma tomada de postura decisiva, através de uma ação, ou ações que demonstrêm ao mundo arábe que desta vez a América está disposta a usar todos os meios ao seu dispor para instaurar a páz no médio oriente. E que deixe bem claro que as consequências de não se aderir aos desejos da América para o médio oriente, serão graves para quem se atrever a não cumprir com essa vontade.
E o Ricardo está correto ao falar de ética e valores morais, o pior é que não creio que os nossos valores morais e éticos sejam de forma alguma entendidos, ou respeitados pelos árabes. De novo eu digo, os árabes só respeitam quem têm poder, e coragem de utilizar esse poder a seu favor. Os povos que vivem na região do médio-oriente sempre foram desta forma. Em todas os livros de história que li sobre os reinos da antiquidade, e depois os califados, sempre foi brutalidade, matança, imposição à força, etc...nunca houve nada de delicadezas com ninguém, nem soluções intermédias.
Os Americanos já estam a falar em se retirarem do Iraque, e depois o que vai aconteçer? Quantos anos se vão passar até que de novo se levante outro Saddam? E não será que os radicais se vão sentir mais fortes ainda, porque conseguiram que a América desista de uma presença a longo-prazo no Iraque devido aos ataques terroristas, e à resistência dos fanáticos das milicias?
Os Americanos envolveram-se numa região que sempre foi volátil, perigosa, e para qual se têm que ter muito estômago para lidar com aquela gente. Agora eles têm que resolver a situação de uma forma que sejá eficaz, e que produza resultados que durem a longo-prazo. Senão ou piora, ou então continua tudo na mesma, e aquela gente continua ignorante, atrasada, e fanática.
Tomara que as decisões dos Americanos sejam acertadas, e que as conseguências das ações que eles tomarem, não acabem por arrastar o mundo ocidental para uma guerra ainda mais séria do que esta.