Guerra contra o terrorista Kadafi

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papatango

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #270 em: Junho 14, 2011, 10:48:30 am »
As declarações de Gates, são relativas à NATO na sua globalidade, nos seus objectivos, nas suas missões.
Esta «notícia» dá a impressão de que a NATO será irrelevante na Líbia.
Gates referiu-se a um contexto muito mais vasto. A NATO pode tornar-se irrelevante a nível global.

Mas isto não tem absolutamente nada a ver com a guerra na Líbia.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #271 em: Junho 15, 2011, 09:03:43 pm »
Responsáveis da Embaixada da Líbia em Lisboa contra Kadhafi


O pessoal diplomático da embaixada da Líbia em Lisboa manifestou esta quarta-feira a sua ruptura com o regime de Muammar Kadhafi e o apoio ao Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão político dos rebeldes líbios. Numa ampla sala da representação diplomática ainda com uma fotografia do contestado líder Muammar Kadhafi – em pose de oração e ladeado por dois imãs –, o major-general Ibrahim Guma Elwafi, adido militar líbio em Portugal e Espanha leu uma declaração solene, fardado, e enquadrado por uma bandeira da independência da Líbia, o símbolo mais conhecido da rebelião.

Após prestar homenagem aos «mártires líbios, netos e filhos de Omar Almuktar», o herói nacional que resistiu à colonização italiana e foi enforcado em 1931, Ibrahim Guma Elwafi anunciou a sua «integração e apoio à revolução dos livres, à digna revolução de 17 de Fevereiro», e ainda «o apoio ao Conselho Nacional de Transição (CNT), único representante legítimo do povo líbio».

«Que Deus nos ajude. Viva a Líbia», concluiu o adido militar.

Na declaração comum, subscrita por Guma Elwafi, pelo cônsul, Omran Asharedi; pelo conselheiro para a comunicação social, Saoud Eltayari e pelo conselheiro financeiro, Tamim Elbakshishi, os membros diplomáticos da embaixada líbia em Portugal anunciam o corte com o actual regime «no sentido da sua integração e solidariedade com o Conselho Nacional de Transição», definido como «o único representante legal do povo líbio para o estabelecimento da liberdade, democracia e estado de direito».

Em finais de Fevereiro, o embaixador da Líbia em Lisboa, Ali Ibrahim Emdored, na carreira diplomática há 40 anos, tinha já anunciado a sua demissão em protesto contra o uso da «força brutal» contra os manifestantes pelo regime de Kadhafi.

«Demiti-me porque a situação no meu país é muito má, contactei com diplomatas líbios em todo o mundo na sequência da revolta da juventude em 17 de Fevereiro e estão a usar a força contra os manifestantes civis… De acordo com as minhas informações prosseguem os massacres e o sangue continua a correr», referiu na ocasião.

SOL
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #272 em: Junho 16, 2011, 05:45:43 pm »
NATO vai manter pressão para a saída de Kadhafi



A NATO tem impedido um massacre na Líbia e vai manter a pressão militar sobre Muamar Kadhafi com o objectivo de preparar o caminho para uma solução política, afirmou hoje em Madrid o secretário-geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen.
«A nossa mensagem ao povo líbio é clara. Vamos proteger-vos todo o tempo que for necessário. A nossa mensagem ao regime de Kadhafi é clara. A sua época terminou. Deve ir-se embora», disse Rasmussen num discurso no Senado espanhol.

«E a nossa mensagem para a comunidade internacional é clara. Vamos manter a pressão militar, de acordo com o nosso mandato, para preparar o caminho para uma solução política rápida na Líbia», sublinhou.

«A nossa operação tem o apoio político e militar de vários países da região», destacou, acrescentando: «juntos, temos impedido um massacre. Salvámos muitas vidas».

Rasmussen reuniu-se mais cedo com o chefe de Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.

«Ambos concordaram que é preciso manter a pressão militar, política e econômica (sobre Kadhafi) e apoiar o Conselho Nacional de Transição, contribuindo assim para propiciar a emergência de uma Líbia unida», afirma um comunicado do governo espanhol.

A NATO assumiu a 31 de Março a direcção da intervenção internacional na Líbia, sob mandato da ONU, para proteger a população civil, cuja revolta foi reprimida pelas tropas do governo.

Mas algumas divergências começaram a surgir recentemente dentro da coligação relacionados com o orçamento da Defesa.

O secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, afirmou na quarta-feira que a diferença entre os gastos destinados à defesa na Europa e nos Estados Unidos constituem um «grave problema» que ameaça provocar, em longo prazo, o afastamento de Washington da Aliança Atlântica.

Rasmussen também se declarou preocupado com o «baixo nível dos gastos em defesa, em particular na Europa», e defendeu uma «cooperação multinacional» na área.

O ex-primeiro-ministro dinamarquês afirmou ainda que a comunidade internacional deve começar a preparar a era pós-Kadhafi, e que a NATO pode ajudar neste sentido.

«Uma vez finalizada a crise, será necessário reformar os sectores militares e de segurança. A NATO tem uma grande experiência neste âmbito. Devemos estar preparados para responder a qualquer pedido de ajuda», concluiu.

Lusa
 

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HSMW

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Lightning

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #274 em: Junho 17, 2011, 11:43:11 pm »
Citação de: "papatango"
As declarações de Gates, são relativas à NATO na sua globalidade, nos seus objectivos, nas suas missões.
Esta «notícia» dá a impressão de que a NATO será irrelevante na Líbia.
Gates referiu-se a um contexto muito mais vasto. A NATO pode tornar-se irrelevante a nível global.

Mas isto não tem absolutamente nada a ver com a guerra na Líbia.

O que entendo desse artigo é que a NATO sem o poder militar dos Estados Unidos é muito fraquinha, isto é, apesar dos paises europeus no papel terem muitas unidades militares, eles tem pouca capacidade de colocar essas unidades em combate, e se for num teatro de operações expedicionário anda pior, um bom exemplo disso somos nós, Portugal, no papel o nosso Exército possui 3 Brigadas, nos exercicios que o Exército efectua vemos um conjunto de diversos Batalhões o que dá 1 Brigada, e na hora da verdade só conseguimos mandar 1 Batalhão para uma missão expedicionária, isto é, de um valor teórico de 3 Brigadas obtemos um valor real de 1 Batalhão, e isso é o que acontece com a maioria dos paises europeus da NATO.

No dia em que a NATO já não interessar aos EUA, esta irá se tornar praticamente irrelevante pois os paises europeus não se entendem, é o tal ditado, todos ralham e ninguém tem razão.
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #275 em: Junho 18, 2011, 05:27:59 pm »
Obama continua ataques sem aprovação do Congresso



O presidente norte-americano, Barack Obama, decidiu dar continuidade aos ataques aéreos na Líbia sem a aprovação do Congresso e apesar de os advogados do departamento de Justiça e do Pentágono terem dado parecer negativo.

Obama baseou-se antes nas opiniões de outros advogados seniores da sua administração segundo as quais a participação dos Estados Unidos nas operações aéreas contra o regime de Muammar Kadhafi não constitui "hostilidade", não necessitando, por isso, da aprovação do Congresso no âmbito da Resolução sobre Poderes de Guerra, refere a edição eletrónica de sexta-feira à noite do jornal The New York Times.

Entre os que apoiam a decisão de Obama encontram-se o conselheiro da Casa Branca, Robert Bauer, e o conselheiro legal do departamento de Estado, Harold H. Koh, e entre os opositores estão o conselheiro geral do Pentágono, Jeh C. Johnson, e a diretora do gabinete de aconselhamento legal do departamento de Justiça, Caroline Krass, acrescenta o jornal.

A lei de 1973 proíbe o envolvimento dos Estados Unidos em operações militares por mais de 60 dias sem a autorização do Congresso, podendo esse prazo ser prolongado por outros 30 dias.

O prazo de 60 dias terminou em Maio com a Casa Branca a defender que estava a cumprir a lei. No domingo completam-se 90 dias da participação dos Estados Unidos nas operações militares na Líbia sem a aprovação do Congresso.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #276 em: Junho 20, 2011, 07:00:27 pm »
A Líbia, três meses depois
Alexandre Reis Rodrigues



Dentro de dias, completam-se três meses sobre o início da intervenção da NATO na Líbia (Operação Unified Protector); tendo em conta a recente decisão de estender a intervenção até ao final de Setembro a Aliança tem pouco mais de outros três meses para resolver a situação (até ao final de Setembro).

O registo histórico de intervenções baseadas apenas no poder aéreo não nos permite ser optimista. Na II Guerra Mundial, a única intervenção aérea que sozinha conseguiu alterar o rumo dos acontecimentos, pondo fim à guerra, foi a do lançamento da bomba atómica no Japão, que levou directamente à sua rendição. Em todas as outras situações, só a subsequente intervenção de tropas no terreno, conseguiu a rendição.

Há, porém, uma excepção, um exemplo de sucesso, no passado recente: o caso de Kosovo, resolvido ao fim de 11 semanas de campanha aérea, incluindo cerca de 10.500 missões e o lançamento de 12.000 toneladas de bombas. A actual intervenção da NATO vai, aproximadamente, pelo mesmo número de missões (10.000 a 13 de Junho), decorrido um período de tempo semelhante, mas, ao contrário do que sucedeu no Kosovo, não há ainda qualquer sinal de cedência da parte da Kadhafi.

Porque terá resultado no caso do Kosovo e não está a resultar na Líbia? A resposta a esta pergunta pode situar-se em dois planos: na forma como a campanha aérea está a ser conduzida, eventualmente de forma menos eficaz no caso da Líbia, ou na forma como o regime local pondera as suas opções e avalia a sua capacidade de resposta. Provavelmente, as explicações situar-se-ão nos dois campos, mas saber em que medida cada um está a impedir o sucesso da NATO ainda não é possível.

No caso do Kosovo, Milosevic terá concluído que para salvar o regime talvez fosse melhor dispor-se a perder a província; na Líbia, Kadhafi já sabe que não vai conseguir salvar o regime e dificilmente escapará ao seu julgamento, principalmente agora que o Tribunal Criminal Internacional emitiu um mandato para a sua captura e que a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas o acusa de crimes contra a humanidade (entre 10.000 e 15.000 mortos, em resultado de ataques contra a população).

O que está em jogo, na Líbia, é, de facto, totalmente diferente do que estava na Sérvia. Neste segundo caso, era uma pequena província, fonte de problemas muito sérios para o regime sérvio, um território sem quaisquer recursos e reduzidas possibilidades de sobrevivência sem ajuda maciça da comunidade internacional. No caso da Líbia, os interesses em jogo têm uma dimensão muito maior e completamente diferente. Não é apenas por se tratar de um país produtor de petróleo; é a continuação do próprio país, tal como existe desde a sua independência em 1951, que está em causa.

Kadhafi tem vários trunfos por seu lado. O mais importante de todos talvez seja a sua capacidade de resistência e nunca hesitar em recorrer à mais brutal violência para atingir os seus objectivos políticos; quebrar o seu círculo próximo tem-se mostrado muito difícil, não obstante várias deserções importantes. A última foi a do ministro do Petróleo e, ao que tem constado na imprensa internacional, mais oito oficiais do Exército, incluindo cinco generais. Outro trunfo também relevante é saber que a NATO continuará a confiar apenas no emprego de meios aéreos; mesmo que decidisse incluir uma intervenção terrestre, contra o que se encontra permitido pelas Resoluções do Conselho de Segurança, Kadhafi, sabe que a população líbia, sempre desconfiada de intervenções externas, estará contra e não colaborará, seja qual for a sua nacionalidade.

Kadhafi também avalia como improvável um assalto das forças da oposição a Tripoli; estas, de facto, estão longe dessa possibilidade, quer por questões de organização, quer por falta de equipamento e armamento. O mais que a oposição consegue, e mesmo assim apenas com o apoio aéreo da NATO, é resistir na parte do território que mantém sob controlo. Nestas circunstâncias, se a Aliança não conseguir atingir directamente o refúgio de Kadhafi, então podemos estar perante um impasse de duração imprevisível.

É verdade que há aspectos da situação que parecem já irreversíveis; por exemplo, Kadhafi já não pode esperar conseguir a reunificação do País, conforme tentou de início ao atacar os bastiões da oposição. No entanto, ainda pode continuar a apostar, pelo menos como objectivo mínimo, na partilha territorial com o Governo Nacional de Transição de Benghazi, ficando o País como que dividido ao meio, o que, aliás, é a situação actual.

Resta saber a favor de quem o factor tempo vai jogar. Na actual situação, agora que a Aliança conseguiu atingir o objectivo de evitar o massacre que se temia, será a favor desta porque permite, por um lado, continuar a pressão militar e, por outro lado, dar oportunidade à tentativa de negociações que Moscovo concordou liderar. Uma saída de Kadhafi para um país que não participe do Tribunal Criminal Internacional, logo não obrigado a fazer a sua detenção, seria a melhor solução.

Se não for conseguida, dada a obstinação de Kadhafi em resistir, não resta senão esperar que a capacidade de resistência dos “fiéis” ao ditador acabe por se esgotar, não obstante a sua reduzida margem de manobra. Mas para que isso aconteça, a Aliança terá que intensificar a pressão militar.

Jornal Defesa
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #277 em: Junho 24, 2011, 04:43:26 pm »
Governo líbio usou minas terrestres brasileiras


A organização de proteção dos direitos humanos Human Right Watch (HRW) divulgou um relatório no qual afirma que o governo líbio de Muammar Kadafi está a utilizar minas terrestres de fabrico brasileiro.

"As minas encontradas são do tipo T-AB-1, de fabricação brasileira, e foram colocadas nas montanhas de Khusha a cerca de 10 milhas ao norte da cidade de Zintan", diz o relatório divulgado esta semana.

Segundo a Human Rights Watch, os explosivos foram posicionados para defender posições do governo no norte da Líbia. A ONG observa ainda que as T-AB-1 são um tipo de mina de difícil localização por serem feitas de plástico, com baixo teor de metais.

O Brasil deixou de produzir e exportar minas terrestres antipessoais em 1989.

Brasília é uma das signatárias do Tratado de Proibição de Minas Terrestres que proíbe o uso, produção e transferência de todos os tipos de minas antipessoais.

A assessoria do Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro alegou que, pelas fotos, não é possível comprovar que as minas tenha de fato sido produzidas no Brasil, pela impossibilidade de se identificar o número de série ou o selo "Made in Brazil", que eram exigidos pela legislação da época em que eram fabricadas.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #278 em: Junho 27, 2011, 08:52:53 pm »
Questão é saber como Kadhafi deixará o poder, diz Juppé


O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, considerou hoje que a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de emitir um mandado de prisão contra Muammar Kadhafi confirma que «a questão não é saber se ele deve deixar o poder, mas como e quando».
A apresentação desse mandado de prisão «é a confirmação de que hoje a questão não é saber se Kadhafi deve deixar o poder, mas como e quando ele vai deixá-lo», declarou Juppé durante uma conferência de imprensa em Bordeaux (sudoeste), cidade na qual é o presidente da Câmara.

«Juntos com os nossos parceiros da coligação, da União Europeia, da União Africana, com os países árabes, estamos a buscar esta solução, que será uma solução política que permita estabelecer um cessar-fogo e o fim da intervenção militar», acrescentou Alain Juppé.

Para Bernard Valero, porta-voz do Quai d´Orsay, «esta decisão, de grande significado, representa a confirmação de que Kadhafi perdeu toda a legitimidade e que está totalmente isolado».

«A França pede o pleno respeito das obrigações internacionais ligadas ao TPI», acrescentou o porta-voz em comunicado.

O Tribunal Penal Internacional anunciou hoje ter emitido um mandado de prisão por crimes contra a Humanidade contra o coronel Muammar Kadhafi, segundo chefe de Estado a ser indiciado por esta instância depois do presidente sudanês Omar al-Bashir.

Os juízes também emitiram mandados de prisão por crimes contra a Humanidade contra o filho do coronel Kadhafi, Seif al-Islam, e contra o chefe dos serviços de inteligência líbios, Abdallah al-Senussi, como tinha sido solicitado pelo procurador Luis Moreno-Ocampo.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #279 em: Junho 29, 2011, 06:22:56 pm »
Rebeldes líbios receberam 70 Milhões de €€€ em ajuda internacional e armas




Os rebeldes líbios receberam os primeiros 100 milhões de dólares (cerca de 70 milhões de euros) dos fundos prometidos pelas potências internacionais no início de Junho, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague. As Forças Armadas de França confirmaram, entretanto, ter enviado armas leves aos insurrectos no começo de Junho.

«Na última semana eles receberam os primeiros 100 milhões de dólares (70 milhões de euros) de fundos internacionais através do Mecanismo de Temporário de Financiamento», declarou hoje Hague numa audiência na Câmara dos Comuns, explicando que tal permitiria aos rebeldes comprar «combustíveis» e pagar «salários».

O Grupo de Contacto, como é designada a comissão integrada pelos países aliados na ofensiva contra o regime de Muamar Kadhafi, aprovou no começo de Junho em Abu Dhabi o financiamento e estabelecer este mecanismo para que o Conselho Nacional de Transição (CNT, aparelho político da rebelião) pudesse receber.

Os rebeldes, que controlam o leste da Líbia, fizeram no dia 14 um pedido aos países doadores para que desbloqueiem urgentemente os fundos prometidos, afirmando não ter recebido nada desde que começaram a campanha contra Kadhafi, em Fevereiro.

Enquanto isso, o Estado-Maior das forças armadas de França confirmou, em Paris que aviões franceses lançaram, de páraquedas, armas leves aos rebeldes líbios no início de Junho nas montanhas de Yebel Nafusa, no sudeste de Trípoli.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #280 em: Junho 30, 2011, 03:17:28 pm »
França defende envio aéreo de armas para os rebeldes líbios



A França disse que não violou o embargo de armas da Organização das Nações Unidas ao enviar por via aérea armas aos rebeldes líbios, já que tais armas eram necessárias para proteger civis ameaçados. Paris tornou-se na quarta-feira o primeiro país da NATO a admitir abertamente que tinha armado os rebeldes que tentam derrubar o regime de Muammar Kadhafi, alvo de três meses de bombardeamentos da aliança militar ocidental.

A campanha militar está apoiada numa resolução do Conselho de Segurança da ONU que autoriza o uso da força para proteger civis, mas Grã-Bretanha, França e EUA dizem que não vão parar até que Kadhafi caia.

Citando fontes não-identificadas, o jornal Le Figaro disse esta semana que a França usou este mês páraquedas para lançar lançadores de foguetes, metralhadoras e mísseis anti-tanque para os rebeldes nas Montanhas Ocidentais da Líbia.

Um porta-voz militar francês confirmou relato, o que levou alguns diplomatas na ONU a questionarem se o envio de armas sem o consentimento do comité de sanções do Conselho de Segurança não representaria uma violação ao embargo armamentista em vigor.

«Decidimos fornecer armas autodefensivas às populações civis porque consideramos que essas populações estavam sob ameaça», disse o embaixador francês junto da ONU, Gerard Araud, a jornalistas.

«Em circunstâncias excepcionais, não podemos implementar o parágrafo 9 quando se trata de proteger civis», disse Araud, referindo-se ao artigo da resolução 1970 do Conselho de Segurança, adotada em Fevereiro, que impôs um amplo embargo armamentista à Líbia.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #281 em: Julho 04, 2011, 07:11:24 pm »
Kadhafi pode ficar na Líbia se renunciar, diz líder rebelde


Muammar Kadhafi poderá viver a sua aposentadoria na Líbia se abdicar de todos os poderes, disse o líder dos rebeldes que tentam depô-lo, na mais clara concessão oferecida até agora ao homem que está há quatro décadas no comando do governo. Kadhafi tem resistido à pressão internacional pela sua renúncia, mas membros do regime dão sinais de que estão dispostos a negociar com os rebeldes, e que isso incluiria as regras para o futuro do líder líbio.

Há cinco meses que Kadhafi combate os rebeldes, além de ser alvo de bombardeamentos da NATO contra as suas forças e de um mandado internacional de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional, que o acusa de crimes contra a humanidade.

«Como solução pacífica, oferecemos que ele possa renunciar e ordenar aos seus soldados que deixem os seus quartéis e posições, e então poderá decidir se fica na Líbia ou no exterior», disse o líder rebelde Mustafa Abdel Jalil. «Se ele desejar permanecer na Líbia, vamos determinar o lugar... e haverá supervisão internacional de todos os seus movimentos», disse o chefe do Conselho Nacional de Transição.

Abdel Jalil, que foi ministro da Justiça de Kadhafi e actualmente se encontra em Benghazi, a «capital» dos rebeldes no leste do país, disse ter feito a proposta há cerca de um mês, por intermédio da ONU, mas que não recebeu resposta de Trípoli.

As declarações de Abdel Jalil causaram certa indignação em Benghazi, onde houve um pequeno protesto em frente a um hotel contra a possibilidade de diálogo com Kadhafi. O conselho rebelde negou que haja divergências entre os seus líderes, mas Abdel Hafiz Ghoga, vice-presidente do conselho, disse a jornalistas que o mandado de prisão do TPI contra Kadhafi torna nula qualquer proposta de diálogo e permanência dele na Líbia.

Enquanto isso, a Turquia, que tinha estreitas relações económicas com Kadhafi antes da rebelião, prometeu uma ajuda de 200 milhões de dólares aos rebeldes. Em Junho, Ancara já tinha decidido dar 100 milhões.

Os rebeldes dizem precisar de outros 3 mil milhões de dólares para pagar salários e outros gastos nos próximos seis meses. «A exigência pública por reformas deve ser atendida, Kadhafi deve sair, e a Líbia não deve ser dividida», afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Ahmet Davutoglu, em Benghazi.

Acrescentou que a Turquia via o conselho rebelde como legítimo representante do povo.

Lusa
 

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HaDeS

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #282 em: Julho 09, 2011, 06:46:33 pm »
Citar

Berlusconi corta apoio a ação militar na Líbia
A Itália anunciou ontem que reduzirá sua participação na operação militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Líbia, colocando em evidência a falta de sintonia entre os aliados europeus em sua campanha contra o ditador Muamar Kadafi.

O volume de dinheiro destinado à guerra na Líbia por Roma será cortado. Nos três primeiros meses do conflito, foram gastos 142 milhões de euros. Até setembro, o governo italiano destinará 58 milhões de euros. O porta-aviões Garibaldi será substituído por um navio menor, o que significará o uso de mil soldados a menos. Os aviões serão substituídos por jatos que farão operações a partir das bases italianas.

"Eu era contra e sou contra a intervenção que terminará de uma forma que ninguém sabe", declarou o premiê italiano, Sílvio Berlusconi, que por anos manteve uma boa relação com Kadafi e o estimulou a investir na Itália. Ele disse que a pressão para que se unisse à operação na Líbia "não foi dos Estados Unidos, mas de um grande país europeu", referindo-se à França. "Fizemos perguntas muito precisas aos protagonistas da iniciativa - ou seja, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o premiê britânico, David Cameron", disse. "A resposta foi que a guerra terminaria quando houvesse uma revolta da população de Trípoli contra o regime", disse Berlusconi.

O premiê tem sido pressionado pela Liga Norte, partido que garante sua maioria no Parlamento, a sair do combate. Tanto por causa dos custos quanto pela onda de imigração para o território italiano. Berlusconi está sendo criticado desde que a Líbia decidiu dar contratos que estavam nas mãos de empresas italianas no setor do petróleo a companhias de China e Rússia, países que se opõem à guerra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 2323,0.htm
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #283 em: Julho 11, 2011, 02:35:15 pm »
Paris envia mensagens a Kadhafi mas não há contacto directo


França envia "mensagens" ao regime líbio de Muammar Kadhafi mas "não há negociações diretas", afirmou hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Valero. Valero respondia a uma questão sobre declarações de um dos filhos de Kadhafi e porta-voz oficial do regime, Seif al-Islam, que afirmou estarem em curso "verdadeiras negociações" entre Paris e Tripoli sobre o conflito na Líbia.

"França é favorável a uma solução política, como sempre disse. Não há negociações diretas entre França e o regime de Kadhafi, mas nós enviamos-lhes mensagens, em ligação com o Conselho Nacional de Transição (CNT, órgão político dos rebeldes) e os nossos aliados", disse Bernard Valero.

"São mensagens simples e sem ambiguidade: qualquer solução política passa pela retirada de Kadhafi do poder e a sua renúncia a qualquer papel político", acrescentou.

Seif al-Islam Kadhafi afirmou ao jornal argelino El Khabar que o regime de Tripoli tinha contactos diretos com o Presidente francês, Nicolas Sarkozy.

"Recebemos, por intermédio de um enviado especial que se encontrou com o presidente francês, uma mensagem clara de Paris. O presidente francês disse muito francamente ao nosso emissário: fomos nós que criámos esse conselho (CNT) e, sem o apoio, o dinheiro e as armas de França, ele não existia", disse o filho do líder líbio.

"O Presidente Sarkozy insistiu no facto de que era ele próprio o interlocutor de Tripoli e não os rebeldes", acrescentou.

Lusa
 

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #284 em: Julho 20, 2011, 05:37:34 pm »
Renúncia Kadhafi não está na agenda de Trípoli


O ministro dos Negócios Estrangeiros da Líbia, Abdelati Obeidi, afirmou hoje que a renúncia do líder Muammar Kadhafi não está na agenda de negociações para a solução do conflito no país norte-africano. «A saída de Kadhafi nem sequer está em causa. Este ponto também não figura nas propostas de regra que foram apresentadas pela União Africana (UA)», declarou Obeidi, citado pelas agências de notícias russas, depois de se reunir com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov.

O ministro líbio lembrou que a UA propôs um cessar-fogo, o fim dos bombardeamentos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e também o início de um diálogo político com a participação de todas as partes em conflito.

«Defendemos encontrar uma solução que seja aceitável para todos os líbios, inclusivamente a oposição em Benghazi», destacou.

A visita do emissário do líder líbio à capital russa ocorre após os Estados Unidos e outros países reconhecerem o Conselho Nacional de Transição (CNT) como o «representante legítimo do povo líbio».

Lavrov tinha dito justamente na terça-feira que a Rússia reconhece os rebeldes como interlocutores, mas não como único poder legítimo na Líbia, e criticou o Ocidente por tentar isolar as forças leais ao regime de Trípoli.

A Rússia, que nos últimos meses manteve contatos tanto com Trípoli como com os rebeldes de Benghazi, insiste em acusar as forças da NATO de violar o mandato autorizado pela ONU ao realizar bombardeamentos no país norte-africano e por manifestar apoio diplomático e logístico aos insurrectos.

Lusa