O Haiti que se vire

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Guilherme

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O Haiti que se vire
« em: Novembro 20, 2004, 04:46:03 pm »
08/11/2004

O Haiti que se vire

O Brasil já fez a sua parte. Foi lá e jogou futebol. Agora, o melhor é se livrar do enrosco

Por Kaíke Nanne

O que você e eu temos a ver com o Haiti? Que laços históricos e culturais nos unem àquele arremedo de país atolado em corrupção, miséria e bandidagem? O Brasil foi lá e jogou futebol. Seis a zero na seleção local. Um show grandioso para a multidão de desvalidos. Ótimo. Missão cumprida. Nossa solidariedade até pode se converter em remessas de latas de leite Ninho, sandálias Havaianas e calças jeans. E está bom demais.

Mas o presidente Lula acha que temos o dever de salvar o Haiti. De lutar para que o povo haitiano tenha uma nação decente. De trabalhar pela inclusão econômica do Haiti na América Latina. O governo brasileiro chefia uma missão de paz no país, enviou para lá 1200 soldados, e agora está claro que se meteu num enrosco dos diabos. A prometida cooperação internacional não apareceu, ao menos na medida em que se esperava. Os vizinhos latino-americanos mantêm-se cautelosos em relação à crise, num esperto distanciamento. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, que deve favores ao governo Lula, considera “ilegítima” a presença brasileira no país. Nosso contingente militar revelou-se insuficiente para garantir o mínimo de segurança. E a bandidalha local continua agindo, atacando soldados brasileiros.

Estamos no Haiti por pura vaidade. Lula já disse que vai “mudar o mapa geopolítico do mundo”. Acredita que sua eleição representou “um marco na história da humanidade”. Com o ego inflado por seu assessor para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, o presidente quer se tornar o líder supremo da América Latina. É por isso que não hesitou em meter o Brasil no furdunço haitiano. Lula pretende exibir sua capacidade de negociador, quer se apresentar como referência de liderança e reescrever a história do terceiro mundo.

Não há esforço militar ou diplomático capaz de fazer o Haiti sair do estado pré-civilizatório em que se encontra. Lá, quando uma facção toma o poder, seus adversários são vistos como inimigos mortais que têm de ser eliminados o mais rápido possível. E assim os banhos de sangue se sucedem à posse de cada novo governo. Independente há 200 anos, o país registra 33 golpes de Estado. Um golpe a cada seis anos e pouco. Não há instituições sólidas, a burocracia é completamente corrompida e a roubalheira entranhou-se na precária máquina oficial. Por isso as organizações humanitárias relutam em enviar dinheiro – é quase certo que será desviado.

Se ao menos houvesse no país reservas petrolíferas ou a possibilidade de futuros investimentos em infra-estrutura, algum sentido poderia ter a presença brasileira. Mais tarde, Petrobras, Andrade Gutierrez e Norberto Odebrecht fariam bons negócios por lá. E aí, ponto pra nós. Mas nem isso. A economia haitiana é inexistente, 95% do país foi devastado, a terra é uma titica, as sucessivas queimadas comprometeram a fertilidade do solo. O desemprego chega a insolúveis 70% e a expectativa de vida é de apenas 51 anos.

Nossos recrutas seriam melhor utilizados em patrulhas nas fronteiras, combatendo o narcotráfico. As tropas brasileiras correm sério risco de sofrer baixas e não haverá explicação satisfatória para as famílias dos mortos. O exibicionismo de Lula pode ter um custo muito alto.

http://noticias.aol.com.br/colunistas/kaike_nanne/2004/0018.adp
« Última modificação: Novembro 24, 2004, 02:37:42 pm por Guilherme »
 

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fgomes

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« Responder #1 em: Novembro 21, 2004, 05:03:22 pm »
Realmente, salvaguardadas as devidas proporções, existem algumas semelhanças com os americanos. É ir levar a democracia a países que não sabem o que isso é, juntamente com auxílio humanitário e depois os tipos "agradecem" começando aos tiros aos soldados que os iam ajudar. O melhor exemplo disso foi a Somália. O problema é que com a intervenção exterior, a banditagem local vê-se ameaçada e reage mal.
 

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dremanu

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« Responder #2 em: Novembro 21, 2004, 05:10:40 pm »
Estou completamente de acordo com esse artigo. Essa ida do Brasil para o Haiti é um desperdício total.

O Brasil tem tantos problemas internos, praticamente há uma guerra civil no Rio de Janeiro, e agora estam a mandar tropas para resolver os problemas de um país que não tem nada a oferecer ao Brasil. Que vão para lá os Francêses, pois foram eles que criaram essa "nação", então agora eles que resolvam os problemas.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Luso

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« Responder #3 em: Novembro 21, 2004, 05:26:14 pm »
Não foram os franceses que criaram o Haiti mas sim os "naturais".
Vendo bem a história, é difícil não cair em tentações racistas.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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J.Ricardo

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« Responder #4 em: Novembro 22, 2004, 12:35:41 pm »
Discordo deste artigo, aliás é um artigo bem típico de nossas "elites intelectuais", pode ser que não tenhamos nenhum laço histórico com o Haíti mas para um país que almeja uma cadeira no CS da ONU não seria nada inteligente negar um convite dos EUA para liderar uma missão de paz naquele país. Além do mais o que se vê no Rio não é uma guerra civil, é uma crise de autoridade daquele Estado, o que deve ser feito no Rio é simplesmente a polícia fazer o trabalho dela sem pressões politicas vindas de deputados populistas que infelizmente atuam por interesses próprios, o exército nada pode fazer pelo Rio a não ser manter-se longe daquela bagunça. O problema do Rio não se ressolve com armas mas sim com educação e empregos! Duvido que se o Haiti fosse um país habitado por brancos, a participação do Brasil fosse tão criticada.
 

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Paisano

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« Responder #5 em: Novembro 22, 2004, 01:17:57 pm »
Citação de: "João Ricardo"
Discordo deste artigo, aliás é um artigo bem típico de nossas "elites intelectuais", pode ser que não tenhamos nenhum laço histórico com o Haíti mas para um país que almeja uma cadeira no CS da ONU não seria nada inteligente negar um convite dos EUA para liderar uma missão de paz naquele país. Além do mais o que se vê no Rio não é uma guerra civil, é uma crise de autoridade daquele Estado, o que deve ser feito no Rio é simplesmente a polícia fazer o trabalho dela sem pressões politicas vindas de deputados populistas que infelizmente atuam por interesses próprios, o exército nada pode fazer pelo Rio a não ser manter-se longe daquela bagunça. O problema do Rio não se ressolve com armas mas sim com educação e empregos! Duvido que se o Haiti fosse um país habitado por brancos, a participação do Brasil fosse tão criticada.


Concordo com você João. :G-Ok:
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J.Ricardo

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« Responder #6 em: Fevereiro 01, 2005, 03:59:19 pm »
Citar
Haiti deve ter eleições gerais em novembro
 
 
O Haiti marcou eleições para o final do ano, para preencher o vácuo deixado no ano passado após a queda do presidente Jean-Bertrand Aristide.
O Conselho Eleitoral Interino haitiano marcou as eleições parlamentares e presidenciais para 13 de novembro.

Antes disso, o primeiro teste para os organizadores do pleito será em
9 de outubro, data das eleições municipais.

Boicote

Simpatizantes de Aristide prometem boicotar a eleição caso o país continue a assistir o que eles chamam de "ataques políticos".

A ONU deve mandar uma equipe para avaliar a situação e ajudar na organização do pleito.

O governo interino do Haiti deve ratificar as datas definidas pela comissão nesta semana.

Canadá, Estados Unidos, a ONU e a União Européia prometeram US$ 38,5 milhões para as despesas com as eleições.


Alguma semelhança com um país lá do Oriente Médio?
 

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J.Ricardo

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« Responder #7 em: Fevereiro 04, 2005, 12:41:00 pm »
"MANTENDO A PAZ

Haitianos abraçam forças da O.N.U. Forças de Paz da ONU adentraram a volátil favela de Bel Air na capital haitiana, Port-au-Prince, para remover o lixo e distribuir alimento e prover assistência médica, um movimento que a população recebeu com alegria.

POR JOE MOZINGO

PORT-AU-PRINCE - A Força de Paz da ONU fez a segurança da favela quarteirão a quarteirão, casa a casa. Atiradores de elite faziam a varredura das vielas do alto dos prédios. Tratores fechavam as valas e removeram carcaças queimadas de veículos que tinham sido usadas como barricadas para afastar as autoridades.

Até quinta-feira, essa parte da vizinhança de BelAir próxima ao palácio presidencial no centro de Porto Príncipe era uma zona proibida - um labirinto tortuoso e sanguinário dominado por gangues armadas leais ao presidente deposto Jean-Baaptiste Aristide.

Mas os 700 soldados da paz da ONU, que chegaram aos montes antes do amanhecer, foram ansiosamente saudados por residentes felizes de serem libertados - pelo menos naquele dia - dos membros das gangues que constantemente os aterrorizam.

"É bom, é bom, é bom", disse Jocelyn Timouche, de 25 anos, vendendo sapatos na calçada. Seis metros à frente, um trator da ONU escavava montes de lama sulfurosa e lixo empilhados na altura de uma pessoa. "A gente não podia nem comer, de tão mal que cheirava".
Mais que tudo, a calorosa recepção refletia a insatisfação crescente dos residentes com os "ratazanas", como os marginais são conhecidos.

"Eles vêm aqui com seus brincos e suas calças frouxas lambendo o chão, obrigando as pessoas a darem dinheiro para eles. Às vezes, fazem as pessoas saírem correndo e ateiam fogo em tudo", disse Timuche.

Ao redor dela, as ruas estavam cheias de curiosos e estudantes e ambulantes se movendo entre as tropas dos capacetes azuis que patrulhavam e limpavam a vizinhança. Alguns até se juntaram com vassouras e pás.

MUITO IMPRESSIONADO

Julius Crespac, de 72, sentado na varanda de casa admirando o pouco instante de paz e cores de aquarelas de praias e telhados de sapê - cenas marcadamente diferentes da distopia urbana na qual seu bairro havia se tornado nos últimos meses.

"Eles estão fazendo um belo trabalho", disse ele sobre os soldados da paz. "Há duas semanas, os ratazanas estavam na rua. Eles estavam atirando. Em ninguém, só atirando."

Hoje não. O fato de ninguém ter aberto fogo contra os soldados da paz foi um sinal de boas-vindas de que eles estão gradualmente sendo aceitos mesmo nas comunidades mais pró-Aristide. Simpatizantes de Aristide, deposto 11 meses atrás, chamavam as tropas da ONU de uma força de ocupação que deveria sair para que Aristide pudesse voltar do exílio na África do Sul.

Liderada pelos brasileiros, a Missão da ONU de Estabilização no Haiti tem, agora, 6003 soldados e 1400 policiais civis e, recentemente, iniciou operações mais ousadas em redutos pró-Aristide como Bel Air.

Embora a multidão estivesse as recepcionando bem, as tropas não correram riscos.

Na escuridão antes das 6 da manhã, grupos de combate brasileiros ressoaram vizinhança adentro em urutus. Tomaram de assalto os topos dos edifícios que os atiradores antes costumavam usar para atirar contra eles e contra a polícia. Velhos estojos deflagrados de metralhadora se empilhavam em um dos terraços.

Com os pontos dominantes em segurança, os soldados se espalharam pelas ruas enlameadas, batendo nas portas, procurando armas, estabelecendo postos em cada esquina.
As ladeiras de Bel Air são mais apavorantes para tropas que as partes violentas de favelas planas como La Saline e Cité Soleil.

LUGAR DE PERIGO

''Bel Air é muito problemática'', disse o Coronel Carlos Barcellos. "As ruas são tão tortuosas e os prédios têm uns 5 andares de altura".

A fumaça de fogueiras de lixo cobria a área como uma mortalha sinistra.

Uma vez segura a área de seis quarteirões, as tropas começaram a montar tendas e a desembarcar tratores para a parte humanitária da operação.

Na Praça da Paz, uma praça pública construída por Aristide, médicos e dentistas da ONU começaram a atender a população. Por volta das 9 da manhã, as pessoas faziam filas às centenas. O Haiti tem um dos piores sistemas de saúde do mundo e as pessoas de áreas pobres como Bel Air raramente vêem médicos. As tropas distribuíram comida a diversas escolas e começaram a transferir as pilhas gigantescas de lixo para os caminhões caçamba.

Lus Porcenar, de 65 anos, viu o esforço deles e calçou seus chinelos cor-de-rosa e pegou sua vassoura. Sem se importar com a lama entre seus dedos, ela meticulosamente varria o lixo para fora da sarjeta para que o trator pudesse recolhê-lo.

"Achei que devia apoiá-los", disse ela, "Eles estão fazendo uma coisa boa para nós".

Ela disse que era a primeira vez em meses que ela saía para vender sua comida na calçada. Sem os soldados da ONU, ela sentia muito medo. Ela aponta para uma pochete contendo seus lucros. "Eu jamais poderia usar isso se eles [os soldados] não estivessem aqui" disse ela."
 

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alfsapt

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« Responder #8 em: Fevereiro 04, 2005, 02:40:18 pm »
Citação de: "dremanu"
O Brasil tem tantos problemas internos, praticamente há uma guerra civil no Rio de Janeiro, e agora estam a mandar tropas para resolver os problemas de um país que não tem nada a oferecer ao Brasil.


Com isso o Brasil "apenas" consegue uma maior exposição no mundo, e revela-se além de capaz como tambem um potencial parceiro para futuras questões mundiais. Ao fim e ao cabo algo que Portugal, assim como outros países na europa, almejam conseguir.
Chama-se a isso política externa.

Na minha opinião acho que as congratulações estão na ordem do dia: parabéns Brasil.
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma."
Padre Antonio Vieira
 

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Paisano

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« Responder #9 em: Janeiro 07, 2006, 03:00:47 pm »
Comandante militar no Haiti morre em acidente com arma de fogo, diz Exército

Fonte: www.oglobo.com.br

Citar
BRASÍLIA - O general Urano Teixeira da Matta Bacellar, chefe militar da Missão da ONU para a Estabilização no Haiti (Minustah), encontrado morto neste sábado, em Porto Príncipe, morreu em um "acidente com arma de fogo", segundo informou o assessor de informações públicas da força brasileira, tenente coronel Fernando da Cunha Matos.
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« Responder #10 em: Janeiro 07, 2006, 03:35:32 pm »
Nota à Imprensa

Fonte: www.exercito.gov.br

Citar
Falecimento de Oficial General

O Exército Brasileiro lamenta profundamente o falecimento do General-de-Brigada Urano Teixeira da Matta Bacellar ocorrido, nesta manhã, na cidade de Porto Príncipe - Haiti.

O General Bacellar exercia a função de Comandante da Força da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH).

A Organização das Nações Unidas, por intermédio do seu componente policial, está apurando as circunstâncias que envolveram o fato.

O Exército Brasileiro está acompanhando o trabalho de investigação policial.
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« Responder #11 em: Janeiro 08, 2006, 09:38:14 am »
Citação de: "Paisano"
Nota à Imprensa

Fonte: www.exercito.gov.br

Citar
Falecimento de Oficial General

O Exército Brasileiro lamenta profundamente o falecimento do General-de-Brigada Urano Teixeira da Matta Bacellar ocorrido, nesta manhã, na cidade de Porto Príncipe - Haiti.

O General Bacellar exercia a função de Comandante da Força da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH).

A Organização das Nações Unidas, por intermédio do seu componente policial, está apurando as circunstâncias que envolveram o fato.

O Exército Brasileiro está acompanhando o trabalho de investigação policial.

Paisano segundo noticias a circular por aqui na imprensa, o primeiro relatório sobre a morte do comandante da Força de Paz da ONU no Haiti,
aponta para a tese de suicídio.

Citar
O primeiro relatório interno da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH) afirma que o oficial barsileiro "foi encontrado morto no seu quarto" e que "aparentemente" ele se suicidou disparando contra si próprio.

"Disparou uma bala na boca", disse à agência noticiosa France Press uma fonte militar da MINUSTAH que pediu o anonimato.
...


Entretanto, segundo a agância espanhola EFE, foi nomeado para o lugar o general chileno Eduardo Aldunate Herman, que foi acusado no ano passado de violações dos direitos humanos, embora um juíz o tenha absolvido.
Foi acusado de ter integrado a DINA (Direcção de Inteligência Nacional), a polícia secreta de Pinochet.
Outra das acusações contra ele foi o seu envolvimento na Brigada  Mukchén acusada do assassinato em 1976 do espanhol Carmelo Soria, funcionário da Comissão Económica para a América Latina (CEPAL) e
de ter estado envolvida na morte do conservador chileno, Renato león.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein