Em 2020, o Rotterdam terá 22 anos de serviço, ou seja, mais cinco anos do que o Siroco tinha há dois anos, por isso, duvido que os holandeses peçam 100 milhões por ele; 50 milhões já seria demasiado, quanto a mim. Até porque estando o MLU previsto para 2018 e se eles pensam vendê-lo a Portugal, é possível que cancelem o MLU e deixem essa tarefa para os novos donos, i.e. nós, o contribuinte português. Mas como estes gajos do norte gostam de apoiar a sua indústria pode ser que tenhamos sorte.
Sempre encarei o Rotterdam como o LPD ideal para a Marinha, mas quando os actuais donos preveem o seu limite operacional até 2030, pergunto-me quanto tempo irá este navio operar na Marinha Portuguesa — até 2040, 2050? Sendo a idade média da nossa frota já tão elevada, a última coisa que precisamos é de mais sucata.
Não esquecer que provavelmente não virá com o equipamento completo, como quase sempre acontece, quando compramos algo em segunda mão, logo fica por matade do preço.
Plenamente de acordo caro Daniel. Mas a diminuição de equipamento não será tão substancial como isso. O essencial, pelo que sei, está garantido mas não pretendo me alongar porque posso induzir em erro.
Em todo o caso não dispondo de informação sobre o valor, apenas sabendo que a concretizar-se será por um preço de oportunidade. Este navio é a nossa maior necessidade há vários anos após a compra dos submarinos. Neste aspecto dou razão ao LM, ao contrário do que aconteceu com os submarinos, esta necessidade é facilmente justificada e todos entenderão a sua urgência.
As visitas que ocorreram por parte dos elementos da MGP que levaram à luz verde desta futura aquisição foram realizadas há algum tempo atrás no seu país de origem. O facto de estar a ser visitado agora é apenas uma coincidência. Claro que parte deles visitam com conhecimento pleno da aquisição mas não foram rectificar alguma decisão já anteriormente tomada.
Posso adiantar que apesar de ter sido uma decisão tomada no passado, foi muito posterior à decisão de declinar na compra do Siroco L9012.
Relativamente à guarnição deste navio nunca será um problema, ainda para mais tem uma guarnição relativamente reduzida para a dimensão do navio.
Adicionalmente acredito que ao contrário do que acontece no presente, existirão estímulos para atrair uma maior percentagem de marinheiros nos próximos anos, apesar de tímido, o crescimento a partir de 2019/2020 existirá e será suficiente.
Relativamente à idade do navio discordo totalmente do que o Tenente diz, não é compreensível para um país como o nosso com uma realidade económica austera possa adquirir navios recentes, os valores envolvidos são Dantescos e incompreensíveis. Esta é a minha forma de pensar, tal como não estou de acordo com a aquisição de "canhões" nos classe Tejo. Não são navios combatentes e não vão ser colocados em locais hostis onde esse equipamento seja necessário.
Em caso de guerra convencional, meus amigos, Portugal e Espanha não duram mais do que umas horas, só a partir da França é que super-potencias como a Rússia ou China começariam a sentir resistência. Uma boa força Aérea arruma com os barquinhos em segundos. Não tenham dúvidas.
Antes que o Tenente ou o Mafets comecem a criticar, deixem que eu coloque um vídeo do nosso menino (ponham o som no máximo):
Sejam felizes e positivos!!!!
V. exma ou não percebe, ou não quer perceber ou trata-se de arriscar a ficar com o menino nos braços (olhe que não era o primeiro
), mas vejamos:
A MGM tem actualmente 5 navios e 2 submarinos minimamente modernos. E digo minimamente, porque caso v.exma não tenha reparado as nossas M ou VDG ao pé de uma Alvaro de Bazan ou de uma Fremm, são o que se sabe, mas coloco em imagens para o impacto:
Retomando o raciocínio, as M vão ser modernizadas, pelo menos com sensores e ESSM, as VDG não. Aumenta o fosso relativamente às outras unidades da NATO. Mas já que as acusações de criticar por criticar parece ser a ordem do dia, os Holandeses avançaram com um JSS e fragatas xpto para acompanharem os LPD. Nós é LPD, duas fragatas dignas desse nome e duas para cenários de intensidade média/baixa:
Portanto, o nosso menino nos países baixos está muito bem acompanhado, cá se vier, é com a ternura dos 30 e 40. Mania de fazer tudo ao contrário...
Já agora, não sei se reparou que somos uma marinha sem draga minas e sem navio balizador. Eis os defuntos:
Já reparou na nossa ZEE (e ainda foi pedido o seu alargamento)? E no número de navios que existem para a patrulhar? Agora tem 2 npo mais 2 em construção, os Tejo (serão 5) e o resto são intenções, assim como a aquisição de um LPD, de mais NPO e das LFC, pelo menos...
E acha que o Trident e Arpão não têm de ser modernizados?
Quantos Lynx? Nem para as fragatas dão. E espera-se que cheguem aos 40 anos...
Com o LPD, os Fuzos continuam de Zebro. Nem uns Anfíbios?
Resumindo. Se v.exma ler com atenção por esse forum fora, sou um defendor de um LPD, mas para ser usado, não para enfeitar o Alfeite e muito menos colocar a Marinha ainda com menos navios e menores capacidades. E não tenho problemas nenhums em criticar a vinda de um LPD com o Upgrade miserável das VDG, com 4 NPO, com os 5 atamancados Tejo, 5 Lynx, duas corvetas de 40 aos e com um abastecedor que com 20 milhões mais IVA alocados para um substituto ou muito me engano ou vai chegar aos 50 anos. Se vier um LPD garantido um reforço de meios de patrulha, pelo menos mais 2 a 3 Lynx, 5 Tejo bem equipados (inclui os módulos de desminagem e balizagem) , um Upgrade decente às 5 fragatas e 2 submarinos (não é o ideal mas já não seria mau), os tais 8 a 10 npo e as LFC, então venha ele. Mas como cá no burgo, só arranjam os 360 milhões para os Kc390, sendo o resto a conta gotas e com verbas entre os 20 milhões mais IVA até aos 50 milhões, minimamente percebe-se o cepticismo. Além de que LPDs e afins que vinham para cá e depois ficaram-se, dou-lhe só o exemplo de alguns:
Saudações
P.S. V.exma sobre os Tejo não entende o que, concretamente? Acha difícil que no mediterrâneo algum grupo de refugiados venham com qualquer coisa a mais, como um RPG ou uma 12,7mm? É que andar a fazer fiscalização e SAR até o Schultz Xavier fazia e não precisava daquele penduricalho à proa (depressa se fosse preciso surgiam as HK-21 de 7,62mm). Ou que um FLIR e um radar de maior alcance, não dão jeito para SAR na Madeira ou salvar refugiados no mediterrâneo. Ao que parece a potencia naval Letónia também usa os Sf300 como "navios não combatentes" e é ver os deles e os nossos, só em termos de sensores que nem falo nas armas...