Fim das BT e BF pode comprometer missões

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Migas

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Fim das BT e BF pode comprometer missões
« em: Outubro 10, 2006, 01:22:25 pm »
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O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda da GNR, José Manageiro, considera que o fim das Brigadas de trânsito e fiscal, defendido num estudo pedido pelo Governo, poderia "comprometer a eficácia das missões" da Guarda.

Um estudo encomendado pelo Ministério da Administração Interna a uma em presa de consultadoria, divulgado hoje pelo Público, aponta para o fim das Briga das de Trânsito e Fiscal da GNR, das brigadas territoriais Nº 2 (área de Lisboa) , Nº 3 (Alentejo/Algarve), Nº 4 (Porto) e Nº 5 (Coimbra), bem como dos regimento s de Cavalaria e Infantaria.

Em declarações à agência Lusa, fonte do Ministério da Administração Int erna disse que o estudo é um "documento de trabalho" e integra-se na II fase do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), no âmbito das reformas orgânicas.

O estudo propõe uma diminuição dos quadros relativos ao apoio geral e s erviço administrativo e um aumento da área operacional, pelo que sugere a integr ação dos efectivos das oito forças da GNR em grupos.

Assim, ao contrário do que acontece actualmente, os efectivos dependeri am do Comando-Geral, o que significa que "muitos dos 11 generais existentes na G NR deixariam de ter funções efectivas de chefia" dado que os grupos seriam coman dados por uma patente máxima de coronel, adianta o Público.

Para o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda da GNR, Jos é Manageiro, "é desejável uma reestruturação na Guarda", nomeadamente na estrutu ra orgânica e de recursos humanos.

Contudo, José Manageiro considera que "extinguir as brigadas especiais como a de Trânsito e Fiscal e integrá-las em grupos territoriais é destruir o po liciamento de proximidade", além de anular o investimento na especialização dos agentes das duas brigadas.

"Não pode haver polivalências porque comprometem a especialização", ref eriu.

O presidente da Associação explica igualmente que não se pode um dia "a poiar uma idosa para no dia a seguir lhe multar o carro ou condená-la por fuga a o fisco".

José Manageiro concorda com o fim das brigadas territoriais com vista a um aumento da operacionalidade, justificando também que há "um conjunto de serv iços acessórios" que podem ser diminuídos.

Na sua opinião é também positivo a diminuição da estrutura orgânica - o estudo sugere que os agentes das brigadas territoriais fiquem dependentes do Co mando Geral - pondo fim à duplicação de tarefas.

O presidente da Associação contesta que o estudo tenha avaliado os recu rsos humanos como se a GNR se tratasse de uma empresa, quando esta "não visa o l ucro mas a qualidade na segurança da população".


Agência LUSA
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Fim das BT e BF pode comprometer missões
« Responder #1 em: Outubro 10, 2006, 01:55:20 pm »
Citação de: "Migas"
Assim, ao contrário do que acontece actualmente, os efectivos dependeriam do Comando-Geral, o que significa que "muitos dos 11 generais existentes na GNR deixariam de ter funções efectivas de chefia" dado que os grupos seriam comandados por uma patente máxima de coronel, adianta o Público.


Tá tudo dito!   :roll:  :wink:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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lecavo

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« Responder #2 em: Outubro 10, 2006, 04:15:49 pm »
É exactamente aí que bate o ponto, nos generais que terão de ir para o desemprego!

Mas alguma coisa vai ter de ser feita. Com 90% do orçamento das forças de segurança a ser gasto pelos vencimentos do pessoal e com apenas 10% para despesas de funcionamento, aquisição de equipamentos, etc., não há dinheiro que chegue para fazer face ás constantes solicitações (em crescendo) a que as forças de segurança são sujeitas. Com a criminalidade a subir em flecha, essas despesas tendem a aumentar. É urgente fazer alguma coisa. Assim como está é que não pode ser. A GNR tem em Lisboa cerca de 8 mil homens – não são meia dúzia, são oito mil, o mesmo número que a PSP, que faz a segurança da cidade. Estamos a pagar o ordenado a estes homens, que não fazem segurança. Acho muito bem que os distribuam pelos postos. Não é aceitável, acho mesmo que é pornográfico, ter postos da GNR com 15 ou 16 elementos (há uns três anos conhecia um que tinha apenas 11!!!!! – já o fecharam). Alguém já pensou que escala é possível fazer com 15 elementos? Enquanto esses tais que estão em Lisboa entram de serviço às 09H00 e saem às 17H00, com 37 horas semanais, estes desgraçados dos postos territoriais chegam a fazer 80 horas. É desumano e injusto, já que no fim do mês ganham exactamente o mesmo.

Já afirmei por diversas vezes aqui neste forum, que não compreendo como é possível manter a existência de uma corporação do género da GNR e com a organização da GNR. Para mim é absurdo. A GNR tem 26 mil elementos. No entanto os postos territoriais estão todos às moscas, porque grande parte do efectivo não faz segurança. Não é aceitável que o cidadão tenha de pagar o vencimento de polícia a um tipo que é empregado de mesa, barista, mecânico, cozinheiro, etc. Não faz sentido.
Um abraço.

--Lecavo
 

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Creoula

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« Responder #3 em: Outubro 10, 2006, 07:40:15 pm »
Acabando-se com a Brigada Fiscal da GNR o que irá acontecer à sua componente marítima? Será absorvida pela Policia Marítima? É que o que se tem vindo a falar é exactamente o contrário. max1x1
 

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PereiraMarques

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« Responder #4 em: Outubro 10, 2006, 07:50:38 pm »
Citação de: "Creoula"
Acabando-se com a Brigada Fiscal da GNR o que irá acontecer à sua componente marítima? Será absorvida pela Policia Marítima? É que o que se tem vindo a falar é exactamente o contrário. max1x1


O desenvolvimento da notícia no jornal Público, afirma precisamente que o único serviço que vai aumentar o número de efectivos será o "novo" "Serviço Costeiro" «que actualmente tem um quadro de 350 efectivos, será aumentado para mais do dobro». Agora como é que esse aumento será feito, se será com a integração dos cerca de 500 efectivos da Polícia Marítima :?:
 

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vaz_f

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« Responder #5 em: Outubro 10, 2006, 08:51:09 pm »
Pois.. isso agora de se integrar a BF na PM ou a PM na BF é que tem de ser bem pensado. No meu intender, a Policia do Mar é a POLÍCIA MARITIMA, que se deve manter, pois é uma policia muito especifica, assim se alguem tem de integrar alguem é a BF na PM. A PM tem funções que nenhuma policia pode ou sabe fazer, e era muuito bem visto colocar tudo e todos os da BF's na PM tornam a patrulha da costa em algo efectivo. Acabava-se com o financiamento de duas policias do mar como até agora tem sido, policias estas que concorrem uma contra a outra e lutam pela sobervivencia com se pode constatar.
Vaz_F
 

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Yosy

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« Responder #6 em: Outubro 10, 2006, 08:58:27 pm »
Citação de: "Creoula"
Acabando-se com a Brigada Fiscal da GNR o que irá acontecer à sua componente marítima? Será absorvida pela Policia Marítima? É que o que se tem vindo a falar é exactamente o contrário. max1x1


Concordo absolutamente. A Polícia Marítima deve absorver a componente marítima da GNR, e até aumentar o seu número de efectivos. É uma polícia cada vez mais importante em Portugal, por razões sobejamente conhecidas.
 

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ricardonunes

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« Responder #7 em: Outubro 10, 2006, 09:03:44 pm »
Concordo absolutamente com o fim da BT, são uns "caloteiros".
Há uns anos enviaram-me uma carta a pedir um "emprestimo" de 125€, até á data nada, não os devolveram  :lol:
Potius mori quam foedari
 

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Creoula

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« Responder #8 em: Outubro 11, 2006, 03:59:41 pm »
Citação de: "PereiraMarques"

O desenvolvimento da notícia no jornal Público, afirma precisamente que o único serviço que vai aumentar o número de efectivos será o "novo" "Serviço Costeiro" «que actualmente tem um quadro de 350 efectivos, será aumentado para mais do dobro». Agora como é que esse aumento será feito, se será com a integração dos cerca de 500 efectivos da Polícia Marítima max1x1
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #9 em: Outubro 11, 2006, 04:27:04 pm »
Citação de: "ricardonunes"
Concordo absolutamente com o fim da BT, são uns "caloteiros".
Há uns anos enviaram-me uma carta a pedir um "emprestimo" de 125€, até á data nada, não os devolveram  :oops:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lancero

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« Responder #10 em: Outubro 11, 2006, 04:38:46 pm »
Está-se a esquecer da componente Fiscal, que é só a mais importante da Brigada Fiscal. Então e quem iria fazer a prevenção, descoberta e repressão das infracções fiscais e aduaneiras (crimes até 500 mil euros que mais que isso já e da competência da PJ?). É que a BF não actua apenas na costa/zona marítima que lhe respeita/portos... E a PM não está em toda a costa (acho...) nem investiga crimes como o tráfico de droga.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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PereiraMarques

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« Responder #11 em: Outubro 11, 2006, 06:14:37 pm »
Citação de: "Lancero"
Está-se a esquecer da componente Fiscal, que é só a mais importante da Brigada Fiscal. Então e quem iria fazer a prevenção, descoberta e repressão das infracções fiscais e aduaneiras (crimes até 500 mil euros que mais que isso já e da competência da PJ?)

Provavelmente a neófita ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica :?:

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A ASAE é a autoridade administrativa nacional especializada no âmbito da segurança alimentar e da fiscalização económica.
3 - A ASAE é a autoridade nacional de coordenação do controlo oficial dos
géneros alimentícios e o organismo nacional de ligação com outros Estados membros, sendo responsável pela avaliação e comunicação dos riscos na cadeia alimentar, bem como pela disciplina do exercício das actividades económicas nos sectores alimentar e não alimentar, mediante a fiscalização e prevenção do cumprimento da legislação reguladora das mesmas.

Fonte: http://www.asae.pt/pdf/lei_organica.pdf
 

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Lancero

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« Responder #12 em: Outubro 11, 2006, 06:24:17 pm »
Não me parecem concorrentes. A ASAE trata de qualidade e promove e fiscaliza o cumprimento da legislação reguladora no âmbito da restauração, supermercados, etc. Fecham os restaurantes etc. que não cumprem em qualidade.
Isso não é, por exemplo, contrabando de bebida ou tabaco, contrafacção de roupa e outros...
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Akagi

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« Responder #13 em: Outubro 11, 2006, 06:47:08 pm »
A GNR nao tem 11 generais, este numero sera o efectivo de generais do Exercito, e nunca da GNR.
A GNR tem somente dois oficiais generais ao seu servico, que sao o Comandante e o Segundo Comandante, as Brigadas e os Regimentos de Infantaria e de Cavalaria sao comandados por Coroneis.
 

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Lancero

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« Responder #14 em: Outubro 11, 2006, 07:03:48 pm »
Todos os comandantes de brigada (2, 3, 4 e 5) na GNR são major-general, os antigos brigadeiros. Assim como o comandante da Escola Prática da GNR, chefe de Estado Maior da GNR, BT, BF. Assim, claro, como os 1.º e 2.º comandantes da GNR

A Inspecção Geral da GNR está vaga e aguarda que seja para lá nomeado mais um general do Exército  :wink:

Tudo somado dá 11

Tome lá a lista:

Comandante-geral Tenente-general Mourato Nunes
2-º comandante-geral Major-general Augusto Cabrita
Chefe do Estado-Maior Major-general Brás Marcos
Inspector-geral da Guarda Aguarda nomeação
Brigada de Trânsito Major-general Meireles Carvalho
Brigada Fiscal Major-general Samuel Marques Mota
Brigada 2 – Lisboa Major-general Newton Parreira
Brigada 3 – Évora Major-general Pires Nunes
Brigada 4 – Porto Major-general Morais de Medeiros
Brigada 5 – Coimbra Major-general João Apolónia
Escola Prática da Guarda Major-general Carlos Pinheiro Chaves

Em 2004 o Exército tinha 63 generais - http://www.mdn.gov.pt/Publicacoes/anuar ... lo%204.pdf
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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