Saudações guerreiras
Caro Spectral, pouco tempo depois do desanuviamento entre potências, de uma maneira geral, todas as forças dos países da NATO (e não só) no continente europeu, sofreram reestruturações. Os contingentes de uma maneira geral foram reduzidos. Por isso não creio que neste momento a justificação da guerra fria tenha lógica suficiente para que haja então ainda contingentes na Europa de fazer inveja a qualquer um. (pelo menos aos portugueses).
Porque razão então todas as forças aéreas que operam os F-16 na Europa optaram pelo programa MLU em vez de fazerem atualizações menos ambiciosas ou até mesmo adquirirem outros aviões com mais capacidades?
A Holanda está a desfazer-se de material que considera excedentário. A Bélgica optou por uma atualização parcial da frota de F-16 e alguns estão encostados ás boxes. A Dinamarca julgo não ter tido tantos F-16, como a Holanda, mas já operou outras aeronaves igualmente credíveis, para além dos seus F-16. Todas elas estão a reduzir, mas repare que de uma maneira geral têm quantidades OPERACIONAS que encostam os tugas a um lado.
Troque o lugar da Dinamarca com Portugal. Será que dada a posição muito mais próxima que se teria da ex-URSS, não teríamos que ter aquilo que eles tinham no passado? O que eles têm, tal como outras forças aéreas é suficiente (no mínimo), e operam tão bem, ou melhor ainda, como se da guerra fria se tratasse, acrescida a vantagem de pouparem muito mais dinheiro com a desativação de meios e outras reestruturações.
Já não vou tão longe e dizer que teríamos que operar várias frotas diferentes ao mesmo tempo. Isso nós nunca conseguimos fazer com aviões de reconhecido valor militar e não outros de treino ou aqueles que nem eram carne nem peixe.
Olhe a Suíça. Para além daquilo que numa força aérea tem que se ter, aviões de transporte, etc., operaram os Mirage III S/RS, F-5E/F, e F-18C ao mesmo tempo, e mais algum que me escape, logo depois de terem comprado os F-18, até há relativamente pouco tempo.
Aquela força aérea que talvez não tenha mudado muito, deva ser ainda a da Suécia. Já não operam mais que 1 tipo de aviões diferentes, mas a quantidade é impressionante, tendo em conta a quantidade de JAS 39 Gripen encomendadas(204 unidades) e tendo em conta a atualidade.
Durante a guerra fria os JA 37 Viggen (339 unidades) e os J35 Draken (540 unidades só na suécia) não deixaram de serem usados em simultâneo mas não todos claro, porque íam-se substituindo. Contar também com os J 32 Lansen (450 unidades) que até 1995 ainda operavam (poucas quantidades, é certo), mas como caça principal até a entrada do Viggen. Numa era pós queda Muro de Berlim e pós guerra do Golfo, cerca de 150 Viggen não deixaram de serem atualizados.
Não me ademiraria nada, que no auge da guerra fria, teriam no mínimo só uns 250/300 aviões prontos a entrarem em ação.
Para um país que nunca teve mais população que Portugal… UPA, UPA!!
Cumprimentos