Fogos Florestais

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Re: Fogos Florestais
« Responder #315 em: Agosto 14, 2016, 02:01:22 pm »
Eu ja não pedia mais, se isto fosse respeitado:


Pelo menos acabava o drama humano!
vão dar uma volta aí pelas vossa vizinhança e contem pelos dedos quem realmente se preocupa.
em caso de incendeo na foto acima não ha meios aereos bombeiros o o diabo que salvve a situação!

Em portugal contamos com um cocktail de fatores ideais para nascer a perfect storm.
 
Calor acima  de 30 graus,
humidade relativa abaixo dos 30%,
ventos acima de 30 nós,
 intersses economicos instalados em redor do negocio do fogo.
Piromanos que não se importam de atear fogo por simples parvalheira ou pagos por alguem, floresta abandonada sem limpar e com excesso de combustível. território desordenado e com construção em zonas de risco.

O unico ingrediente do cocktail sobre o qual temos poder é a retirada do combustivel em excesso das matas e florestas
E a gestão da orla das habitações.

Nos incendeos florestais desta semana em viana do castelo perante a gravidade da situação o Comandante das operaçoes de socorro de viana do castelo ordenou aos meios no terreno a defesa casa a casa, era impossível fazer mais alguma coisa. deixar  arder  ate atingir as habitações e ai proteje-las uma a uma. não havia outra alternativa. parar o incendeo era impossível.
Assim  não dá! 
« Última modificação: Agosto 14, 2016, 02:32:58 pm por ICE 1A+ »
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #316 em: Agosto 14, 2016, 05:04:02 pm »
Mais uma vez, volto a frisar que o 'pitch' da prevenção é muito bonito, mas neste país limita-se a ser utilizado para justificar a não aquisição de meios de combate e o adiamento da tomada de decisões. Obviamente que a prevenção iria obviar muitas das situações e resultar numa diminuição do número e magnitude dos FF, mas pensar na quase eliminação dos FF, a ponto de não ser necessária a utilização de meios pesados de combate é, no mínimo, naïf.

Precisamos apostar na prevenção? Sem dúvida! É o primeiro e o mais importante passo a dar! Precisamos de mais profissionais treinados no combate a FF e de meios médios/pesados terrestres e aéreos? Claro que sim, porque quando a prevenção não chega, deixar arder não é uma opção.
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Re: Fogos Florestais
« Responder #317 em: Agosto 14, 2016, 07:31:15 pm »
Entretanto os dois aviões russos sofreram acidentes quase em simultãneo
desta destacados para o Geres, um  bateu numa arvore.
ao efetuar uma descarga.
O outro teve problemas a reabastecer provavelmente chque com alguma coisa submersas e teve um princípio de incendeo!
Caso para dizer: pilotos Russos malucos
Estiveram a ser reparados em monte real , um ja esta operacional o outro ainda nao tem praso para voltar a voar.
« Última modificação: Agosto 14, 2016, 07:34:34 pm por ICE 1A+ »
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #318 em: Agosto 14, 2016, 08:12:53 pm »
Alguém mencionou anteriormente, neste ou noutro tópico relacionado, que o Estado era o maior proprietário de floresta nacional. Apesar de a minha intuição/memória me dizer o contrário, na altura, não tive paciência para pesquisar e não intervim. Eis que, nem a propósito, sai este artigo interessantíssimo na Visão:

http://visao.sapo.pt/ambiente/opiniaoverde/joaocamargo/eucaliptugal-2-a-invasao=f755700

Portugal tem a menor área pública florestal da Europa, a maior área de eucaliptal da Europa e é o país com maior área ardida da Europa. Podemos dizer que não existe nenhuma relação entre estes factos?

Em Março de 2009 o Ministério do Ambiente preparou um decreto-lei para classificar o eucalipto como planta invasora, impondo restrições ao seu uso. Mas subitamente, essa proposta desapareceu. Poucos anos depois, o mundo mudou e o Ministério do Ambiente fundiu-se com o Ministério da Agricultura. Antes de voltar a separar-se em dois, o Ministério da Agricultura e do Ambiente enviou para o Conselho de Ministros uma proposta que não só já não queria qualificar o eucalipto como planta invasora, como abria a porta à liberalização de facto da plantação de eucaliptos.

Em Espanha, o eucalipto é classificado como uma espécie invasora. Na África do Sul, nos Estados Unidos (Califórnia) e na Nova Zelândia também. Tanto em habitats mediterrânicos como o nosso, como em habitats muito próximos do habitat original do Eucalyptus globulus, este é classificado como uma invasora, tomando-se as devidas providências para evitar a sua difusão. Mas comecemos pelo princípio.

A floresta nacional aumentou constantemente de área no último século e meio. Um dos maiores crescimentos em termos absolutos ocorreu entre 1875 e 1938, em que a área terá aumentado mais de 1 milhão e meio de hectares, com a promoção do montado no Sul e do pinhal no Norte. Em 1938 o governo do Estado Novo implementou o Plano Florestal Nacional, que em contraste com a perspetiva florestal governamental anterior, da estratégia da conservação, começou a voltar-se para a produção (principalmente na fileira da resina).

Os pinheiros eram também encarados como espécie pioneira para desenvolver formas mais evoluídas de florestas, como as espécies autóctones tradicionais. Este plano expandiu a floresta em cerca de 400 mil hectares, principalmente pinhal. Enquanto até 1938 era aos privados que cabia a principal fatia de plantação e orientação estratégica, a partir de então passou a ser o Estado a dominar a plantação, embora a propriedade continuasse a ser avassaladoramente privada (os Serviços Florestais plantavam em terrenos públicos e privados).

Até 1989 o Estado foi o principal encarregado das plantações, com parcerias dos Serviços Florestais com a Portucel, na altura uma empresa pública. A área florestal máxima atingida em Portugal ocorreu perto de 1995, a seguir ao pico de área máxima de pinhal, que terá ocupado uma área de quase 1 milhão e 300 mil hectares. Desde então a área ocupada pela floresta tem decaído ligeiramente.

Até à década de 1970 os incêndios florestais, embora frequentes e normais nas regiões do Mediterrâneo, não eram uma preocupação que dominasse o planeamento e a estratégia do setor florestal. Além da mudança da composição florestal que se verificou nas últimas décadas (havendo finalmente nos últimos anos uma troca do pinheiro-bravo pelo eucalipto como espécie dominante na floresta), a acumulação de contínuos de combustível passou a ser uma constante, pela redução do pastoreio, pelo abandono em massa do meio rural e da agricultura de pequena escala e pela invasão do eucalipto.

A subida acentuada do número de incêndios começou principalmente a partir de metade da década de 80, acompanhando o declínio do pinheiro e o início da subida do eucalipto (tendo o número de ocorrências em média subido de menos de 100.000 por ano até ao final dos anos 80 para mais de 250.000 a partir de 1995).

Portugal é o país da Europa com menor área florestal pública. A Europa tem em média 58,65% da sua área florestal sob propriedade e gestão pública, enquanto Portugal tem menos de 2%. A nível mundial, só há registo de três países com menor área pública florestal do que o nosso: as Ilhas Cook, Barbados e o Uruguai. Mais de 85% das propriedades florestais em Portugal têm menos de 5 hectares.

No Norte e no Centro do país predominam os proprietários de áreas pequenas (1 a 5 ha) e muito pequenas (menos de 1 ha), nas quais estão plantados sobretudo pinheiros e eucaliptos. Esta dimensão mínima é agravada pelo sistema da propriedade "indivisa" que retalha as propriedades por vários coproprietários. Estima-se que a área do território nacional abandonada e de dono desconhecido seja mais de 2 milhões de hectares, perto de 20% do território nacional e maioritariamente floresta. É na zona de minifúndio do Centro e Norte e no Algarve que se encontra a maioria desta área abandonada.

O abandono é o maior promotor da entrada do eucalipto na floresta portuguesa. E esta invasora, instalada maioritariamente em pequenos terrenos privados, de donos desconhecidos e abandonados, ocupa esses terrenos não tanto pelas suas modestas características naturais de planta exótica invasora, mas porque é plantada em largas extensões de floresta de forma desregrada e intensiva, seja pela fileira da celulose diretamente ou pelos pequenos privados que recebem as árvores da fileira da celulose.

Esta invasão constitui a transferência de todo o risco de negócio da plantação de eucaliptal das empresas da fileira da celulose para os pequenos proprietários e para as suas propriedades, assim como para todo o país. E esse risco materializa-se sempre. Sempre que as temperaturas aumentam, que a humidade cai e que o vento sopra, é o país que paga a fava. E a floresta arde, regride, recua em termos de evolução ecológica, empobrece, é abandonada e degradada. O ciclo do abandono - eucaliptização - incêndio - eucaliptização - abandono, tem de ser travado.

Podemos escolher ignorar os dados e discutir as vírgulas. Podemos dizer que a composição de uma floresta, o seu estado de má gestão e abandono nada têm que ver com os incêndios. Podemos dizer que não há nenhuma relação entre a mudança da composição predominante da floresta no país do pinhal para o eucaliptal e o "coincidente" aumento dos incêndios. E podemos até dizer que não existe nenhuma relação entre os factos de Portugal ter a menor área pública florestal da Europa, de ter a maior área de eucaliptal da Europa e de ser o país com maior área ardida da Europa, ano após ano. Mas convém não dizê-lo em voz alta, porque alguém pode estar a ouvir.

Este Verão o Conselho de Ministros aprovou um decreto-lei sobre Ações de Arborização e Rearborização que nem sequer foi debatido no Parlamento. Este decreto tem um impacto potencial de dimensão equivalente ao Plano Florestal Nacional do Estado Novo ou à Campanha do Trigo. Onze pessoas, sentadas numa sala, aprovaram uma lei que desarma o Estado da sua própria capacidade de ação e intervenção sobre o território, promovendo a continuação e o aumento dos incêndios florestais no país e a continuação da instalação de uma espécie exótica como a principal espécie florestal do país.

É necessário travar este decreto. É necessário travar esta invasão. E esse é apenas o primeiro passo para termos a mínima hipótese de conseguir parar as sequelas de má qualidade do filme de terror que ano após ano se produz na floresta nacional.

 

João Camargo

Engenheiro Zootécnico

Engenheiro do Ambiente

Técnico de Intervenção da Liga para a Protecção da Natureza
« Última modificação: Agosto 14, 2016, 08:49:45 pm por HSMW »
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Re: Fogos Florestais
« Responder #319 em: Agosto 14, 2016, 09:46:59 pm »
Ora aí está uma das principais razões deste tema que já queria abordar à algum tempo.

A loucura desorganizada das plantações de eucalipto!!
É por todo o lado! Em extensões continuas a perder de vista, em pequenos terrenos nas serras e nas suas encostas inacessíveis. É eucalipto por todo o lado!!
E é isso mesmo que tem ardido e vai voltar a arder enquanto a floresta não for reorganizada.
Esqueçam Pumas com peças do Yamato a disparar agua.

Esta semana fui enviado para uma operação de rescaldo a 200Km. Só via eucaliptal de uma celulose qualquer...

As prioridades devem ser:

Fim do negócio dos fogos ( Meios aéreos apenas operados pela FA, mais maquinas de rastos para o Exercito para evitar o aluguer de meios.)
Mais vigilância por parte das FA
Reorganização da floresta nacional
 

Mas o que mais me irritou este ano foi esta noticia de 29 de Julho:
Citar
Inverno e Primavera chuvosos explicam ausência de grandes incêndios

Mariana Oliveira

29/07/2016 - 08:13

Números oficiais mostram que até 15 deste mês a área ardida era a mais baixa dos últimos 20 anos. Especialistas atribuem louros à chuva.

Citar
Os termómetros têm teimado em subir nas últimas semanas, mas, mesmo assim, Portugal ainda não registou nenhum incêndio com uma duração superior a 24 horas. Os números oficiais mostram que até 15 deste mês a área ardida era, pelo menos, a mais baixa dos últimos 20 anos. Mas os especialistas não vêem razões para triunfalismos e atribuem os bons resultados essencialmente ao Inverno e à Primavera “extremamente chuvosa” e fria, que atrasou o crescimento da vegetação e impediu que secasse tão rapidamente.

https://www.publico.pt/sociedade/noticia/inverno-e-primavera-chuvosos-explicam-ausencia-de-grandes-incendios-1739726?frm=ult
Passado uma semana começou o descalabro.
Mas para quê estas noticias?!? Não sabiam estar calados?!
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Fogos Florestais
« Responder #320 em: Agosto 14, 2016, 09:53:07 pm »
Esta e a segunda vez que os Beriev 200  batem nas copas das árvores em Portugal. em 2006 ao 3° dia de operação um embateu tambem nas copas das árvores e esteve uma semana parado a reparar um motor.
Talvez seja a adaptação dos pilotos ao terreno.
Talvez a querer efectuar boas descargas se aproximem demasiado do solo. 
Largar a agua alto demais, aquela velocidade, inutiliza a descarga,  metade da agua não chega ao solo  :star: :conf: talvez a geografia de algumas zonas não seja a mais adquada para um avião a jato e por conseguinte mais rapido. os dois acidentes  acidentes aconteceram  em zonas montanhosas

Ou então foi  vodka e loucura natural.
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #321 em: Agosto 14, 2016, 10:03:37 pm »
Ora aí está uma das principais razões deste tema que já queria abordar à algum tempo.

A loucura desorganizada das plantações de eucalipto!!
É por todo o lado! Em extensões continuas a perder de vista, em pequenos terrenos nas serras e nas suas encostas inacessíveis. É eucalipto por todo o lado!!
E é isso mesmo que tem ardido e vai voltar a arder enquanto a floresta não for reorganizada.
Esqueçam Pumas com peças do Yamato a disparar agua.

Esta semana fui enviado para uma operação de rescaldo a 200Km. Só via eucaliptal de uma celulose qualquer...

As prioridades devem ser:

Fim do negócio dos fogos ( Meios aéreos apenas operados pela FA, mais maquinas de rastos para o Exercito para evitar o aluguer de meios.)
Mais vigilância por parte das FA
Reorganização da floresta nacional
 

Mas o que mais me irritou este ano foi esta noticia de 29 de Julho:
Citar
Inverno e Primavera chuvosos explicam ausência de grandes incêndios

Mariana Oliveira

29/07/2016 - 08:13

Números oficiais mostram que até 15 deste mês a área ardida era a mais baixa dos últimos 20 anos. Especialistas atribuem louros à chuva.

Citar
Os termómetros têm teimado em subir nas últimas semanas, mas, mesmo assim, Portugal ainda não registou nenhum incêndio com uma duração superior a 24 horas. Os números oficiais mostram que até 15 deste mês a área ardida era, pelo menos, a mais baixa dos últimos 20 anos. Mas os especialistas não vêem razões para triunfalismos e atribuem os bons resultados essencialmente ao Inverno e à Primavera “extremamente chuvosa” e fria, que atrasou o crescimento da vegetação e impediu que secasse tão rapidamente.

https://www.publico.pt/sociedade/noticia/inverno-e-primavera-chuvosos-explicam-ausencia-de-grandes-incendios-1739726?frm=ult
Passado uma semana começou o descalabro.
Mas para quê estas noticias?!? Não sabiam estar calados?!

Há vários motivos para a plantação de eucaliptos. Dou-te um exemplo concreto, no ano passado o sogro do meu irmão perdeu metade do pinhal que tinha! Ficou desolado, a única fonte de rendimentos dos terrenos desapareceu!!!! Esteve a explicar-me que e "se voltar a reflorestar", provavelmente vai plantar eucaliptos! É que estatisticamente há incêndios no mesmo terreno a cada 20 anos e enquanto o pinhal demora 14 anos a crescer para tornar o corte árvores no único rendimento do terreno, com eucaliptos conseguem obter rendimento em metade do tempo e conseguem fugir à tendência dos fogos!

No entanto, o estado é quem dá as devidas licenças de plantação, para plantar pinheiros, teve de obter a licença para pinheiros, para eucaliptos é necessário nova licença, projecto agrícola, etc......
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #322 em: Agosto 14, 2016, 10:09:37 pm »
NVF, concordo, mas faço só um reparo. Há muitos terrenos baldios no país, que até 1974 pertenciam ao estado e que agora na realidade não têem dono. Costumam ser as Juntas de Freguesia a tomar conta dos baldios (o que não deixa de ser uma instituição pública).

Depois há um "abandono" da terra devido à descendência dos donos das terras. Trabalham nas grandes cidades, não estão virados para regressarem ao interior do país (ou até o regresso dos que emigraram) e também é difícil rentabilizar terrenos florestais, principalmente se forem pequenos...... a consequência mais evidente é o abandono das terras. Porque é necessário investir para mais tarde terem alguma rentabilidade e nem todos têem capacidade financeira para tal ou os apoios comunitários só são possíveis para uma área considerável!
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #323 em: Agosto 14, 2016, 10:21:16 pm »
E so Eucaliotos porque eles agradecem o fogo!!! depois de um incendeo às primeiras chuvas onde havia um, rebentam dezenas, ao monte! e ninguem vai la para os cortar e deixar espaço  entre eles, lembro me de ir todos os anos com o meu avô ao monte "mondar"  os eucaliptos. cortava-se tudo. so ficavam os melhores a uma boa distancia uns dos outros.
Hoje ninguem faz isso!   
Por falar em invasoras
Temos aqui na região fe viana do castelo um caso que se esta a tornar alarmante e é pior que os eucaliptos! de seu nome "haquea espinhosa"
uma especie australiana que esta a cobrir por completo a serra D'arga, e a propagar-se de forma descontrolada.
O maior  problema deste arbusto e que ele se reproduz pelo fogo ou quando é contado
quando é queimado  ou cortado liberta  as sementes  que acomulou ao
longo de toda a vida.
É um arbusto que tem espinhos  como agulhas de aço! não serve para nada, nem os animais a usam para abrigos. 
O terreno fica impenetrável para qualquer ser vivo.




 E como todas as australianas é polvora autentica a arder! 
E não ha forma de o destruirem, porque  cada  vez que é morto propaga a  centenas de metros em redor! ha rebentos a aparecer a mais de um quilometro de alguma planta adulta. Esta planta vai dominar as serras do norte do Pais
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/florestas-do-litoral-ameacadas-por-praga-do-arbusto-haqueapicante-1474212
« Última modificação: Agosto 14, 2016, 10:26:10 pm por ICE 1A+ »
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #324 em: Agosto 14, 2016, 10:27:09 pm »
A questão das chuvas tardias é interessante; por um lado os incêndios começaram mais tarde, por outro há mais vegetação rasteira e arbustos, i.e., mais massa combustível disponível para arder.  Com a subida das temperaturas e a diminuição da humidade relativa, tem-se aquilo que em inglês se designa por 'perfect storm'.
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Re: Fogos Florestais
« Responder #325 em: Agosto 15, 2016, 07:07:06 am »
Esta e a segunda vez que os Beriev 200  batem nas copas das árvores em Portugal. em 2006 ao 3° dia de operação um embateu tambem nas copas das árvores e esteve uma semana parado a reparar um motor.
Talvez seja a adaptação dos pilotos ao terreno.
Talvez a querer efectuar boas descargas se aproximem demasiado do solo. 
Largar a agua alto demais, aquela velocidade, inutiliza a descarga,  metade da agua não chega ao solo  :star: :conf: talvez a geografia de algumas zonas não seja a mais adquada para um avião a jato e por conseguinte mais rapido. os dois acidentes  acidentes aconteceram  em zonas montanhosas

Ou então foi  vodka e loucura natural.

Desculpa que te diga mas tú não sabes do que estás a falar ICE 1A !!!

Se, os CL215/415 não são adequados á nossa orografia, isto dito por especialistas que agora há muitos..........................as tripulações dos beriev que estão a operar em Portugal, foram contactadas por outros especialistas, ou se calhar os mesmos, para fazer estas encenações, papadas e raspagem de algumas arvores, de modo, a que a escolha do  " novo "avião bombardeiro recaia no C390, que até é construido cá, TOSSE, MUITA TOSSE , e fica tudo bem e em família, só, não sabemos é de quem é que são as casas para onde vai o guito das futuras transacções aeronauticas !!!!!

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #326 em: Agosto 15, 2016, 12:55:28 pm »
Esta e a segunda vez que os Beriev 200  batem nas copas das árvores em Portugal. em 2006 ao 3° dia de operação um embateu tambem nas copas das árvores e esteve uma semana parado a reparar um motor.
Talvez seja a adaptação dos pilotos ao terreno.
Talvez a querer efectuar boas descargas se aproximem demasiado do solo. 
Largar a agua alto demais, aquela velocidade, inutiliza a descarga,  metade da agua não chega ao solo  :star: :conf: talvez a geografia de algumas zonas não seja a mais adquada para um avião a jato e por conseguinte mais rapido. os dois acidentes  acidentes aconteceram  em zonas montanhosas

Ou então foi  vodka e loucura natural.

Desculpa que te diga mas tú não sabes do que estás a falar ICE 1A !!!

Se, os CL215/415 não são adequados á nossa orografia, isto dito por especialistas que agora há muitos..........................as tripulações dos beriev que estão a operar em Portugal, foram contactadas por outros especialistas, ou se calhar os mesmos, para fazer estas encenações, papadas e raspagem de algumas arvores, de modo, a que a escolha do  " novo "avião bombardeiro recaia no C390, que até é construido cá, TOSSE, MUITA TOSSE , e fica tudo bem e em família, só, não sabemos é de quem é que são as casas para onde vai o guito das futuras transacções aeronauticas !!!!!

Abraços

  :feliz:
Não  vou entrar em especulações.
Os acidentes apenas demonstram o nível de dificuldade e exigencia do combate aereo  aos incendeos florestais!
E muito bonito fazer umas descargas num festival aereo com um lindo céu azul, mas depois a prática e muito, muito diferente.
Fumo, visibilidade reduzida, alta turbulencia provocada pelas massas de ar quente do incendeo,  terreno descconhecido dos pilotos......
O primeiro acidente demonstrou a perícia dos pilotos, que poderiam ter-se despenhado. O avião perdeu um dos motores e  os pilotos libertaram o combustível para perder peso e ter empucho suficiente para subir e conseguir passar por cima das copas das arvores, ainda assim bateram em alguma, mas conseguiram trazer o avião de regresso á base. uns segundos de reação mais tarde e tinham perdido o avião.
A Questão da Orografia é simples: 
O avião precisa  de  visibilidade e espaço para manobrar.
quando não ha espaço nem visibilidade não atua.
Os beriev ontem de manha  foram desviados  de S.Pedro do sul para o Gerês  por não terem visibilidade soficiente  para manobrar. 
Quanto mais espaço um meio precisa,  mais limitado é
Se a altura óptima da descarga de um beriev   sao 50  metros da copa das arvores,  ele não vai la fazer nada se so conseguir descarregar a 300 ou 400  metros.

PS: a vodka foi so brincadeira!
« Última modificação: Agosto 15, 2016, 01:18:24 pm por ICE 1A+ »
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #327 em: Agosto 15, 2016, 01:43:05 pm »
Esta e a segunda vez que os Beriev 200  batem nas copas das árvores em Portugal. em 2006 ao 3° dia de operação um embateu tambem nas copas das árvores e esteve uma semana parado a reparar um motor.
Talvez seja a adaptação dos pilotos ao terreno.
Talvez a querer efectuar boas descargas se aproximem demasiado do solo. 
Largar a agua alto demais, aquela velocidade, inutiliza a descarga,  metade da agua não chega ao solo  :star: :conf: talvez a geografia de algumas zonas não seja a mais adquada para um avião a jato e por conseguinte mais rapido. os dois acidentes  acidentes aconteceram  em zonas montanhosas

Ou então foi  vodka e loucura natural.

Desculpa que te diga mas tú não sabes do que estás a falar ICE 1A !!!

Se, os CL215/415 não são adequados á nossa orografia, isto dito por especialistas que agora há muitos..........................as tripulações dos beriev que estão a operar em Portugal, foram contactadas por outros especialistas, ou se calhar os mesmos, para fazer estas encenações, papadas e raspagem de algumas arvores, de modo, a que a escolha do  " novo "avião bombardeiro recaia no C390, que até é construido cá, TOSSE, MUITA TOSSE , e fica tudo bem e em família, só, não sabemos é de quem é que são as casas para onde vai o guito das futuras transacções aeronauticas !!!!!

Abraços

  :feliz:
Não  vou entrar em especulações.
Os acidentes apenas demonstram o nível de dificuldade e exigencia do combate aereo  aos incendeos florestais!
E muito bonito fazer umas descargas num festival aereo com um lindo céu azul, mas depois a prática e muito, muito diferente.
Fumo, visibilidade reduzida, alta turbulencia provocada pelas massas de ar quente do incendeo,  terreno descconhecido dos pilotos......
O primeiro acidente demonstrou a perícia dos pilotos, que poderiam ter-se despenhado. O avião perdeu um dos motores e  os pilotos libertaram o combustível para perder peso e ter empucho suficiente para subir e conseguir passar por cima das copas das arvores, ainda assim bateram em alguma, mas conseguiram trazer o avião de regresso á base. uns segundos de reação mais tarde e tinham perdido o avião.
A Questão da Orografia é simples: 
O avião precisa  de  visibilidade e espaço para manobrar.
quando não ha espaço nem visibilidade não atua.
Os beriev ontem de manha  foram desviados  de S.Pedro do sul para o Gerês  por não terem visibilidade soficiente  para manobrar. 
Quanto mais espaço um meio precisa,  mais limitado é
Se a altura óptima da descarga de um beriev   sao 50  metros da copa das arvores,  ele não vai la fazer nada se so conseguir descarregar a 300 ou 400  metros.

PS: a vodka foi so brincadeira!

Não sei não essa do Vodka foi muito forte ainda vão a tua casa prender-te por falares mal dos pilotos do Putin................ :nice: :nice: :nice: :nice: :nice: :nice:

para que uma operação desta natureza corra menos mal, isto é sem incidentes de maior, é necessário que o equipamento, esteja nas melhores condições, todas as mnt efectuadas, os pilotos conhecam bem os TO's, os circuitos para atacar os FF e respectivas saídas, exista excelente coordenação entre os meios aéreos, frizo esta alinea porque sei a dificuldade de comunicação que existe entre nós ocidentais com o nosso Inglês e o Inglês macarronico, que as tripulações do Leste arranham, é-nos muito dificil entender o que querem pois em geral apenas um el da tripulação fala um Inglês comestivel, o flt engineer é o entalado quase sempre, e saibam as localizações das forças no terreno,

As limitações das aeronaves são inerentes a cada equipamento, sempre diferentes de acft para acft, assim como as suas mais valias, as tripulações de cockpit, essas conseguem fazer a diferença nas situações mais peritlitantes caso dos beriev, e isso deve-se de certeza ao número de horas de voo que tem nos equipamentos para que estão qualificadas.

Eu nem quero imaginar as dificuldades diárias, nos ataques por ar aos FF, durante um dia, fiz parte de uma tripulação portuguesa de um CL215 Espanhol, destacado para Portugal, na decada de 90 e, quando a aeronave mergulha nos fumos e afins para efectuar as largadas, durante uns instantes, não se vê porra nenhuma, os ditos cujos, ficam mais pequenos que azeitonas e as mãos começam a suar em bica, e isto é visto do cockpit só vos digo que é preciso uma CORAGEM ENORME, para combater os FF por ar mas quem os combate no solo não fica atrás das tripulações, nem um cm !!!!!!!

Abraços
« Última modificação: Agosto 15, 2016, 01:46:55 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #328 em: Agosto 15, 2016, 02:15:12 pm »
Mas às  vezes o nivel de improviso chega a pontos que pode originar a catastrofe! no acidente de 2006 ficou provado que foi causado pelas cartas que os pilotos Russos estavam a usar, e que tinham sido retiradas pelas tripulaçoes do GOOGLE. e qu estavam erradas, na carta deles mostrava a barragem com 3500 metros de lençol de agua, quando na realidade so tinha 2300, os pilotos quando se aperceberam que nao tinham espaço para sair dalí descarregaram a agua, tentaram subir á esquerda numa manobra aprertada mas os motores comeram ums ramos de pinheiro. ........... desligaram o que estava em pior estado e conseguiram chegar a monte real com apenas um motor danificado a trabalhar.   
Estes Beriev parecem os A10 dos incendeos!
ja tinha acontecido alguma desgraça se nao fossem tão resistentes.


 mais tarde foram distribuidas cartas do exercito as tripulaçoes Russas.
« Última modificação: Agosto 15, 2016, 02:22:53 pm por ICE 1A+ »
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #329 em: Agosto 15, 2016, 04:50:28 pm »

Beriev Be-200 em Monte Real - Portugal
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