LPD- Navio Polivalente Logístico

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Major Alvega

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2580 em: Abril 21, 2017, 09:13:40 am »
Eh pá! Se é por mim, não vale a pena desenvolver nenhuma azia. Porque só estamos exclusivamente a desenvolver pontos de vista. Abraço
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2581 em: Abril 21, 2017, 11:08:59 am »
A malta queixa-se muito do estado das FFAA's — eu próprio me incluo nesse grupo — no entanto, esquecem-se que há 30 ou 40 anos atrás, apesar de números mais impressionantes no papel, estávamos tecnologicamente muito mais distanciados dos nossos aliados do que estamos hoje. Exemplos: 7 fragatas e 10 corvetas sem mísseis nem helicópteros; dezenas de caças ultrapassados e com armamento desadequado; ausência total de mísseis antiaéreos, terrestres ou navais; aviões de patrulhamento marítimo/ASW completamente desadequados; submarinos novos, mas longe de serem 'state of the art', como os actuais; carros de combate e blindados do tempo da guerra da Coreia, artilharia da Segunda Guerra. E a lista podia continuar. Estamos mal, mas já estivemos bem pior.

A revolução tecnológica nas FFAA's iniciou-se com a chegada dos A-7, P-3, radares HADR + SICCAP e M109 nos anos 80 e, posteriormente, com as VdG, F-16, M60A3 nos anos 90. O Exército, como já é habitual, não da saltos tecnológicos tão grandes como a FAP ou Marinha, mas ainda assim também está melhor tecnologicamente do que há 30 ou 40 anos atrás.

Não sei onde foi arranjar esse "paradigma" da revolução tecnológica?! Acho que está a exagerar. Mas pronto!
Nos anos 50 (antes do eclodir da Guerra Colonial) estávamos relativamente a par (embora com alguma limitações) com outras nações congéneres e não com o atraso que estamos hoje. Já tinhamos helicópteros, aviões patrulha actualizados PV-2 e P-2V, treinadores a jacto modernos F-84 e T-33. Caças actualizados como o F-86 Sabre. Durante a Guerra colonial estivemos bastante limitados devido ao embargo de armas, mas mesmo assim tinhamos um dispositivo de guerra adequado ás especificidades desse conflicto.

Falando dessa "revolução tecnológica", os A-7 eram aeronaves da US Navy abatidas que foram usadas na guerra do Vietnam e estavam "armazenadas" ao relento num deserto do Arizona. Um negócio ruinoso para os contribuintes mas acredito que excelente para alguns. Os P-3 ex-RAAF quando vieram para cá já estavam nas cascas, levaram apenas um ligeiro "refurbishment" na Lockheed em Palmdale. Os radares HADR foram cá colocados 3 e pagos integralmente pela NATO, não houve qualquer investimento do estado português. Hoje estão obsoletos, apesar de a SAAB Defence ter efectuado algumas modernizações há poucos anos. Os outros países da NATO já os substItuiram. E meu caro amigo na altura que vieram os M-60A3 e os obus M-109, este material "surplus" já era considerado sucata. Revolução tecnológica?

Não necessariamente. Quando recebemos os F84 e F86, já outros países operavam com a versão thunderstreak e Sabre Dog, os quais eram muito superiores aos modelos originais. Nós nunca tivemos estes modelos.


Os T33 podiam estar actualizados na formação mas os RT33 já tinham sido completamente ultrapassados pelos Rf84F Thunderflash, bastante diferentes. Talvez o P2V (O PV2 ditava dos tempos da guerra), ainda assim seria dos mais modernos, mas no início da década de 60 já os EUA usavam o P3A Orion.
 

Os A7 vieram porque mais uma vez faltou dinheiro para a FAP, a qual até queria o F5. Eram relativamente modernos para a altura, tanto mais que além dos EUA, gregos e tailandeses também os usaram. As células dos A e B armazenadas na AMARG foi novamente uma opção financeira assim como a segunda esquadra de F16 que por cá anda, sem problemas de maior.  Talvez o maior problema fosse mesmo passarmos do Fiat para o Corsair (se calhar deveríamos ter adquirido o A4). Quanto ao P3, tendo em conta que já não existiam aeronaves ASW e de patrulha marítima da FAP, talvez tenha sido a melhor opção, até porque serviram bem e sem acidentes, mas não existia muita coisa disponivel entre Tracker e Atlantic.


Relativamente aos tanques, muitos países usavam o M60A3 e inclusive o USMC foi com o dito para o Golfo e ainda o usou por uns tempos. Cá, também tem operado sem problemas, sendo o maior a falta de investimento, já que por esse mundo fora têm sido bastante modernizados ao ponto de lhe colocarem até uma peça de 120mm e sensores de ultima geração (como o A3 de Israel). Mas nós preferimos deixar como está, assim como os M113...


Resumindo e sem azias. Não diria que estávamos no passado bem, como digo que actualmente não estamos mal (dou o exemplo dos F16 MLU, EH101, Fragatas BD ou Leopard 2A6, praticante ao nível de parte dos outros países com F.A. tecnológicamete relevantes) embora seja o primeiro a reconhecer que podíamos estar bem melhor. Agora, se calhar é bom analisar outras variáveis, como as recusas de adquirirmos navios como os Transportes de Carros Britânicos Sir Tristan (ainda hoje usado para treinos) ou recebermos com custos reduzidos mais um Submarino alemão (aparentemente ninguém quis ir aprender grego, já por exemplo os egípcios não tiveram esse problema com os Mistral Russos  http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?nrnot=906 ), ou porque por exemplo não se investe numa série de material por cá (é certo que os Leopard 2 vieram em saldo, mas com o que foi pago fazia-se o upgrade de cerca de 50 M60A3, que para andarem por Santa Margarida chegavam e sobravam). Ou seja, mais uma vez o problema começa nos nossos políticos e acaba na nossa população, passando pelo jornalismo tipo CM e por variáveis desde a corrupção à mal avaliação das situações tão típica do português (basta ver a UALE e o número de aviões/helicópteros que deixamos apodrecer ou vendar por preço da chuva. Mas o que por exemplo para o US Army é banal como o uso do aviocar, cá é um bicho de 7 cabeças por esta ou aquela razão... http://www.johncnyren.com/uploads/processed/1213/1203301904341nyl_15.jpg  )   
   


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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2582 em: Abril 21, 2017, 12:32:16 pm »
A malta queixa-se muito do estado das FFAA's — eu próprio me incluo nesse grupo — no entanto, esquecem-se que há 30 ou 40 anos atrás, apesar de números mais impressionantes no papel, estávamos tecnologicamente muito mais distanciados dos nossos aliados do que estamos hoje. Exemplos: 7 fragatas e 10 corvetas sem mísseis nem helicópteros; dezenas de caças ultrapassados e com armamento desadequado; ausência total de mísseis antiaéreos, terrestres ou navais; aviões de patrulhamento marítimo/ASW completamente desadequados; submarinos novos, mas longe de serem 'state of the art', como os actuais; carros de combate e blindados do tempo da guerra da Coreia, artilharia da Segunda Guerra. E a lista podia continuar. Estamos mal, mas já estivemos bem pior.

A revolução tecnológica nas FFAA's iniciou-se com a chegada dos A-7, P-3, radares HADR + SICCAP e M109 nos anos 80 e, posteriormente, com as VdG, F-16, M60A3 nos anos 90. O Exército, como já é habitual, não da saltos tecnológicos tão grandes como a FAP ou Marinha, mas ainda assim também está melhor tecnologicamente do que há 30 ou 40 anos atrás.

Não sei onde foi arranjar esse "paradigma" da revolução tecnológica?! Acho que está a exagerar. Mas pronto!
Nos anos 50 (antes do eclodir da Guerra Colonial) estávamos relativamente a par (embora com alguma limitações) com outras nações congéneres e não com o atraso que estamos hoje. Já tinhamos helicópteros, aviões patrulha actualizados PV-2 e P-2V, treinadores a jacto modernos F-84 e T-33. Caças actualizados como o F-86 Sabre. Durante a Guerra colonial estivemos bastante limitados devido ao embargo de armas, mas mesmo assim tinhamos um dispositivo de guerra adequado ás especificidades desse conflicto.

Falando dessa "revolução tecnológica", os A-7 eram aeronaves da US Navy abatidas que foram usadas na guerra do Vietnam e estavam "armazenadas" ao relento num deserto do Arizona. Um negócio ruinoso para os contribuintes mas acredito que excelente para alguns. Os P-3 ex-RAAF quando vieram para cá já estavam nas cascas, levaram apenas um ligeiro "refurbishment" na Lockheed em Palmdale. Os radares HADR foram cá colocados 3 e pagos integralmente pela NATO, não houve qualquer investimento do estado português. Hoje estão obsoletos, apesar de a SAAB Defence ter efectuado algumas modernizações há poucos anos. Os outros países da NATO já os substItuiram. E meu caro amigo na altura que vieram os M-60A3 e os obus M-109, este material "surplus" já era considerado sucata. Revolução tecnológica?

Não necessariamente. Quando recebemos os F84 e F86, já outros países operavam com a versão thunderstreak e Sabre Dog, os quais eram muito superiores aos modelos originais. Nós nunca tivemos estes modelos.


Os T33 podiam estar actualizados na formação mas os RT33 já tinham sido completamente ultrapassados pelos Rf84F Thunderflash, bastante diferentes. Talvez o P2V (O PV2 ditava dos tempos da guerra), ainda assim seria dos mais modernos, mas no início da década de 60 já os EUA usavam o P3A Orion.
 

Os A7 vieram porque mais uma vez faltou dinheiro para a FAP, a qual até queria o F5. Eram relativamente modernos para a altura, tanto mais que além dos EUA, gregos e tailandeses também os usaram. As células dos A e B armazenadas na AMARG foi novamente uma opção financeira assim como a segunda esquadra de F16 que por cá anda, sem problemas de maior.  Talvez o maior problema fosse mesmo passarmos do Fiat para o Corsair (se calhar deveríamos ter adquirido o A4). Quanto ao P3, tendo em conta que já não existiam aeronaves ASW e de patrulha marítima da FAP, talvez tenha sido a melhor opção, até porque serviram bem e sem acidentes, mas não existia muita coisa disponivel entre Tracker e Atlantic.


Relativamente aos tanques, muitos países usavam o M60A3 e inclusive o USMC foi com o dito para o Golfo e ainda o usou por uns tempos. Cá, também tem operado sem problemas, sendo o maior a falta de investimento, já que por esse mundo fora têm sido bastante modernizados ao ponto de lhe colocarem até uma peça de 120mm e sensores de ultima geração (como o A3 de Israel). Mas nós preferimos deixar como está, assim como os M113...


Resumindo e sem azias. Não diria que estávamos no passado bem, como digo que actualmente não estamos mal (dou o exemplo dos F16 MLU, EH101, Fragatas BD ou Leopard 2A6, praticante ao nível de parte dos outros países com F.A. tecnológicamete relevantes) embora seja o primeiro a reconhecer que podíamos estar bem melhor. Agora, se calhar é bom analisar outras variáveis, como as recusas de adquirirmos navios como os Transportes de Carros Britânicos Sir Tristan (ainda hoje usado para treinos) ou recebermos com custos reduzidos mais um Submarino alemão (aparentemente ninguém quis ir aprender grego, já por exemplo os egípcios não tiveram esse problema com os Mistral Russos  http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?nrnot=906 ), ou porque por exemplo não se investe numa série de material por cá (é certo que os Leopard 2 vieram em saldo, mas com o que foi pago fazia-se o upgrade de cerca de 50 M60A3, que para andarem por Santa Margarida chegavam e sobravam). Ou seja, mais uma vez o problema começa nos nossos políticos e acaba na nossa população, passando pelo jornalismo tipo CM e por variáveis desde a corrupção à mal avaliação das situações tão típica do português (basta ver a UALE e o número de aviões/helicópteros que deixamos apodrecer ou vendar por preço da chuva. Mas o que por exemplo para o US Army é banal como o uso do aviocar, cá é um bicho de 7 cabeças por esta ou aquela razão... http://www.johncnyren.com/uploads/processed/1213/1203301904341nyl_15.jpg  )   
   


Saudações

Só duas notas, completamente off-topic, a acrescentar ao excelente post do mafets: a questão dos A-7 e a da UALE.

Como escreveu, e muito bem, o mafets, talvez a escolha ideal para novo caça da FAP no final da década de 1970 tivesse sido o A-4 Skyhawk/Skyhawk II ou o F-5A Freedom Fighter. Teria sido um passo menos comprido e que adaptaria tripulações e voo e de terra a uma aeronave mais complexa que Fiats e Sabres.

Quanto aos Corsairs, pese embora as células fossem de A-7A's que andaram pelos céus do Vietname do Norte e do Sul, e sujeitas a inúmeros lançamentos e recuperações a partir de porta-aviões, os aviónicos e sensores eram do padrão A-7E que a U.S. Navy usava na altura. Isso trouxe um enorme salto tecnológico da era F-86/Fiat onde, por exemplo, muitas vezes a navegação ainda se fazia com mapa e cronómetro. Daí que os primeiros acidentes fatais com o A-7P derivaram sobretudo da falta de preparação para operar este novo sistema de armas. A isso se juntou a ausência de um simulador, que só chegaria nos anos 90, e a cadeia de sobressalentes, TO's e manuais de voo serem da USN enquanto a FAP estava, e sempre esteve, indelevelmente ligada à USAF. Ainda assim os 18 anos que operou em Portugal marcaram para sempre a Força Aérea e tornaram o salto para os F-16A mais fácil.

A UALE. A UALE nos moldes actuais é um fenómeno só explicável pela existência de quintinhas, interesses pessoais, tiques e manias no Exército. Peço desculpa se o que acabei de dizer ofende alguém, mas é o que eu penso e sempre tenho vindo a ouvir. É uma unidade que até hoje nunca teve os meios para a qual foi formada, se é que algum dia os virá a ter, e que recusou por mais de que uma vez aeronaves que a Força Aérea ia dispensar, é certo, mas que permitiriam ter a capacidade de transporte aéreo que sempre lhes faltou. Queriam aparelhos novos como o EC635 e NH90, uma aspiração perfeitamente legítima, mas quando Paulo Portas lhes retirou o tapete sob os pés no Governo do Durão Barroso já não se importavam de ficar com 9 UH-60A que estavam no AMARG há quase uma década, recusando a proposta da FAP de ficar com os Puma, e com tudo o que era dessa frota, dado que os EH-101 estavam prestes a chegar.

Mais tarde recusariam também os Aviocar a partir do momento em que a FAP começou a receber o C-295M, e hoje a UALE é um zero absoluto. Pergunta: estariam os Puma e Aviocar demasiado envelhecidos para poderem ser operados em segurança? Talvez. Porém, com a existência das OGMA e a passagem dos meios da FAP para o Exército, toda a cadeia de manutenção, logística, e mesmo humana, levaria consigo o know-how necessário para a sua operação e seria, acima de tudo, o início oficial das operações aéreas no Exército desde o fim da Aeronáutica Militar. Sendo que inicialmente o novo helicóptero ligeiro seria adquirido tanto para a FAP como para o Exército, nesta altura de vacas anoréticas irá apenas e em números ridículos para a Força Aérea... e a UALE? Lá ficará em Tancos e muito provavelmente a torcer para que com o aeroporto complementar de Lisboa no Montijo o Ministério da Defesa e a FAP decidam deslocar as Esqs. 501 e 502 para o Ribatejo pois assim esbater-se-á muito mais o ridículo que é ter uma unidade no activo e que não tem meios.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2583 em: Abril 21, 2017, 02:21:51 pm »
Só um pequeno aparte sobre os Aviocar, que por lapso esqueci-me. Quando falo dos mesmos é sobretudo dos dois C212-300, os quais tinham sido adquiridos já nos anos 90 e ainda tinham umas boas horas de voo, tanto que foram vendidos ao Uruguai por 900 000 euros a unidade. Seria retirar o equipamento usado na patrulha marítima e pouco mais.

Relativamente aos restantes, estes esgotaram as horas de voo e teriam que passar por uma extensa revisão o que para uns tesos como nós seria sempre um problema. Eventualmente e face ao facto de a UALE já na altura "ver por um canudo" os helicópteros poder-se-ai ter deixado alguns, nomeadamente o de Guerra Electrónica e talvez uns dois dos C212-100 para transporte e para serem usados no lançamento de cargas e para-quedistas, criando assim um know how como no US Army (que sem problemas usa o aviocar), ou que no caso do Exercito Brasileiro, estes querem voltar a ter. Mas enfim, por cá é sempre uma complicação para tudo...
 

http://tecnodefesa.com.br/portugal-vende-dois-avioes-c212-300-para-uruguai/

http://www.operacional.pt/ate-sempre-aviocar/

Relativamente ao LPD, existiram duas ofertas para Portugal além do Siroco. Terá sido um LST da classe Newport  (recusado devido aos custos de operação  e tripulação que exigia) e o HMAS Trobuk, o qual foi para a Austrália (serviu até 2015) e que não faço ideia porque foi recusado cá no burgo, já que para transportar uns fusos, viaturas e aterrar um heli, chegava perfeitamente. Mas mais uma vez foi não e agora vamos de AOR Bérrio.  ;D ;)
Citar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Navio_Polivalente_Log%C3%ADstico

https://en.wikipedia.org/wiki/HMAS_Tobruk_(L_50)








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« Última modificação: Abril 21, 2017, 02:34:08 pm por mafets »
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2584 em: Abril 21, 2017, 03:11:17 pm »
Eu acho que a UALE já morreu, se forem ver o site do exército aquilo agora chama-se Unidade de Apoio da Brigada de Reacção Rápida, e nas competências já não diz aprontar um Grupo de helicopteros, só diz operar o aerodromo militar de Tancos, além de outras coisas.
https://www.exercito.pt/pt/quem-somos/organizacao/ceme/cft/brigrr/unap
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2585 em: Abril 21, 2017, 04:02:02 pm »
LST por LST, então uma coisa mais em conta tanto a adquirir e especialmente a manter.


http://products.damen.com/pt-pt/ranges/landing-ship/landing-ship-transport-120

« Última modificação: Abril 21, 2017, 04:10:00 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2586 em: Abril 23, 2017, 11:44:39 am »
Houve aqui em tempos um visionário que jurava que um dias destes íamos ter uma surpresa quanto a LPDs... que é feito dele e dessa profecia biblíca de um dia vermos a entrar pela barra do Tejo, por entre o nevoeiro, esse navio tão ansiado? Ah, esperem, isso era o D. Sebastião.  :jok:

Só uma profecia divina por cumprir é que pode justificar um tópico com 172 páginas sobre um navio que não existe. É melhor que o da UALE.  :nice:

Se calhar se imprimíssemos as 172 páginas já dava para um LPD

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2587 em: Abril 23, 2017, 06:40:45 pm »
Sempre que há um post novo neste tópico, penso: será que é desta que o 'tio' nos vem comunicar a novidade em primeira mão? Infelizmente, a maioria das vezes são notícias de aquisições por parte de outras marinhas, ou de mais um bote embarcado num NPO, ou exemplos do bom humor tuga que fazem os dias parecer menos difíceis. Quem sabe um dia...  :G-beer2: 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2588 em: Abril 26, 2017, 10:55:00 am »
Já agora: http://www.naval.com.br/blog/2017/04/24/turquia-incorpora-novo-navio-de-desembarque-anfibio/
Citar
A Turquia apresentou seu novo navio anfíbio de desembarque Bayraktar, construído no âmbito do projeto Landing Ship Tank (LST), informou a agência turca Anadolu.

O Bayraktar é o primeiro dos navios construídos no contexto deste projeto, sendo que ele é capaz de fazer frente a ataques atômicos, biológicos e químicos. A embarcação mede 139 metros de cumprimento, 19,6 metros de altura e pesa 7.254 toneladas. Vale assinalar que 71% das tecnologias usadas na construção do navio são turcas, comunicou a Anadolu.

O navio é capaz de transportar cerca de 1.200 toneladas de carga ou vários tanques, veículos blindados e outros meios de transporte. A autonomia do Bayraktar é de 30 dias, em outras palavras, a embarcação pode percorrer mais de 5 mil milhas náuticas (cerca de 9 mil quilômetros) sem reabastecer.

A Turquia é um dos 10 países no mundo capazes de desenhar e construir os navios militares, assegurou o ministro da Defesa turco, Fikri Isik, durante sua intervenção na cerimônia de lançamento à água da embarcação.

A Secretaria da Indústria Militar turca celebrou um acordo com a empresa Havelsan sobre a realização do projeto LST de construção de navios anfíbios para a Marinha do país.




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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2589 em: Abril 26, 2017, 01:37:40 pm »
 Observando o LST turco, reparamos que posssui um radar Smart-S Mk.2 que tem o dobro da capacidade de detecção e processamento dos radares das fragatas BD. Para não falar dos radares MW08 das VdG (radar de corveta) que aí a diferença ainda é mais acentuada.

 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2590 em: Abril 26, 2017, 05:10:44 pm »
As 'corvetas' coreanas não parecem dar-se mal com o MW08. A Thales até já tinha descontinuado este modelo de radar, mas acabou por produzir mais umas unidades para a Marinha coreana. Mas como está na moda fazer MLU's a meio da vida dos navios, vão substituir o modelo holandês por um radar desenvolvido localmente. Vejo com muita pena que a nossa Marinha não faça o esforço de substituir os radares 3D das duas classes de fragatas pelo Mk2, ou outro modelo semelhante, mais moderno e com maior capacidade que os actuais, especialmente tendo em consideração que as fragatas vão ficar em serviço até 2035 :-\ Os franceses, por exemplo, instalaram recentemente os Mk2 nas Cassard, mesmo sabendo que estes navios vão ser substituídos dentro de poucos anos.





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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2591 em: Abril 26, 2017, 09:59:50 pm »
 Os LHD Dodko têm o MW08 mas se reparar também possui ao lado um SMART-L que é o radar de busca aérea mais avançado do mundo. Não funcionando como sensor principal, mas como auxiliar.
 O MW08 é um "mini" SMART-S Mk.1 (que tem as BD) que apesar de ser um 3D é muito limitado, sendo concebido especialmente para corvetas ou como um "budget radar 3D". Mas deu como exemplo uma das poucas excepções que não são a regra.

O radar SMART-S Mk.2 é quase um standard em todas as marinhas (até Marrocos e a Argélia usam-no nas corvetas). Também o podemos ver nas Gazentep (OHP) e MEKO turcas, nas MEKO da NZ, nas Halifax canadianas e por aí a fora.

 Obviamente seria a escolha natural para a modernização das VdG. Mas a palavra de ordem nas nossas FA's é DESINVESTIMENTO e pagar bem ás chefias para eles não levantarem muitas ondas, isto até atingirmos o grau zero. A "modernização" das VdG irá ser um faz-de-conta. Hoje até as IVECO Eurocargo que transportam o radares do sistema VTS da BF têm um radar mais avançado que os "bacalhoeiros" Viana do Castelo.

« Última modificação: Abril 26, 2017, 10:49:19 pm por Major Alvega »
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2592 em: Abril 26, 2017, 11:57:04 pm »
A true general purpose "frigate" if there ever was one. Wonderfully flexible, cheap. FREMM sensors, + Aster 15 in 8000 ton mini-LHD hull.

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2593 em: Abril 27, 2017, 05:27:34 am »
Os LHD Dodko têm o MW08 mas se reparar também possui ao lado um SMART-L que é o radar de busca aérea mais avançado do mundo. Não funcionando como sensor principal, mas como auxiliar.
 O MW08 é um "mini" SMART-S Mk.1 (que tem as BD) que apesar de ser um 3D é muito limitado, sendo concebido especialmente para corvetas ou como um "budget radar 3D". Mas deu como exemplo uma das poucas excepções que não são a regra.

O radar SMART-S Mk.2 é quase um standard em todas as marinhas (até Marrocos e a Argélia usam-no nas corvetas). Também o podemos ver nas Gazentep (OHP) e MEKO turcas, nas MEKO da NZ, nas Halifax canadianas e por aí a fora.

 Obviamente seria a escolha natural para a modernização das VdG. Mas a palavra de ordem nas nossas FA's é DESINVESTIMENTO e pagar bem ás chefias para eles não levantarem muitas ondas, isto até atingirmos o grau zero. A "modernização" das VdG irá ser um faz-de-conta. Hoje até as IVECO Eurocargo que transportam o radares do sistema VTS da BF têm um radar mais avançado que os "bacalhoeiros" Viana do Castelo.

Excepções, diz o caro Major? Então vejamos os factos: uma classe de LPH (não tem doca), duas classes de contratorpedeiros, duas classes de fragatas, duas classes de corvetas e duas classes de patrulhas. Qual a excepção e qual a regra? Presumo que o TRS-3D, que equipava os Tejo na sua vida anterior se pode designar como um radar de patrulhas?

São sensores dos anos 80/90, relativamente ultrapassados? Sem dúvida! Podíamos ter melhor? Absolutamente! Designá-los como sensores típicos de classes de navios menores traz algum benefício à discussão e é formalmente correcto? Não me parece. Misturar factos com opiniões, ou fazer opiniões passarem por factos — apesar de estar na moda —  não enriquece necessariamente o debate, mas o impacto é inegável.

Já agora, nem o MW08, nem o SMART-S Mk1 são os radares principais das nossas fragatas. [Como pequeno aparte, o Mk1 tem fama de gerar muitos falsos contactos]. Quanto ao MW08 não é mini coisa nenhuma, trata-se, isso sim, do primeiro radar da família SMART, que culminou nos actuais SMART-L, SMART-S Mk2, NS100 e NS200.
Talent de ne rien faire
 

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Major Alvega

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2594 em: Abril 27, 2017, 11:32:40 am »
"Já agora, nem o MW08, nem o SMART-S Mk1 são os radares principais das nossas fragatas. [Como pequeno aparte, o Mk1 tem fama de gerar muitos falsos contactos]. Quanto ao MW08 não é mini coisa nenhuma, trata-se, isso sim, do primeiro radar da família SMART, que culminou nos actuais SMART-L, SMART-S Mk2, NS100 e NS200."

Você neste parágrafo disse tantas "imprecisões" juntas que nem faz ideia . Aconselho antes de dizer as coisas, respire e pense um bocadinho antes e vá primeiro consultar antes de escrever. É apenas um conselho e espero que não me leve a mal isto que lhe estou a dizer.