Suíços aprovam referendo limites aos salários dos executivos

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Malandros!!!! :twisted:
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Suíços aprovam em referendo limites aos salários dos executivos

Publicado ontem
, actualizado ontem

Os suíços aprovaram, este domingo, uma das leis mais restritivas em termos mundiais no que toca ao pagamento dos executivos, de acordo com as projeções dos resultados do referendo deste domingo avançadas pela estação televisiva SF1.

A iniciativa contra os 'fat cats' (gatos gordos, numa tradução livre), proposta por Thomas Minder, presidente de uma companhia suíça que produz pasta de dentes, foi apoiada por 68% dos votantes,
segundo as projeções da SF1, citadas pela agência de informação financeira Bloomberg.

De resto, outras sondagens realizadas antes da votação, como a da consultora GFS já apontavam para este desfecho.

A proposta dá aos acionistas das empresas do país helvético o direito de votarem anualmente a remuneração que deve ser paga à gestão, eliminando os bónus de assinatura, bem como pacotes de indemnização e incentivos extra em operações de fusão.

Em resumo, o texto reforça os direitos dos acionistas para impedir o pagamento de salários e bónus muito altos, como os 15 milhões de francos suíços (12 milhões de euros) pagos em 2011 ao diretor da farmacêutica Novartis, os 10 milhões para o chefe da Lindt & Sprüngli, Ernst Tanner; os 12,5 milhões para o chefe da Roche, Severin Schwan; ou os 11,2 milhões para o patrão da Nestlé, Paul Bulcke.

Pelo menos cinco dos 20 presidentes executivos de empresas europeias mais bem pagos trabalham para companhias suíças, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.

Entre eles, encontram-se o presidente do Credit Suiss, Brady Dougan, da Nestlé, Paul Bulcke, ou das farmacêuticas Novartis e Roche, Joe Jimenez e Severin Schwan, respetivamente.

Segundo Thomas Minder, os excessos salariais dos grandes executivos explicam-se pela falta de ação dos conselhos de administração, que são "incapazes de controlar os salários da direção", como declarou em entrevista ao jornal "Le Temps".

Esta ação ganhou um impulso importante quando, no mês passado, foi noticiado que a Novartis planeia pagar ao seu 'chairman' (presidente do Conselho de Administração) demissionário, Daniel Vasella, até 60 milhões de euros para prevenir a possibilidade de o gestor ir trabalhar para uma farmacêutica rival.

Face à ira que a notícia causou junto da opinião pública suíça, a maior farmacêutica europeia decidiu anular o acordo.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/In ... 69&page=-1
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Edu

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Re: Suíços aprovam referendo limites aos salários dos execut
« Responder #1 em: Março 04, 2013, 05:59:59 pm »
Por algum motivo a Suíça foi eleita como o melhor país para nascer por diversas vezes consecutivas.

Já o referi noutros posts e volto a dizer, a Suíça é o exemplo que toda a Europa deveria seguir.