Combate a fogos pela F.A.P.

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Stalker79

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #660 em: Outubro 25, 2017, 03:42:06 pm »
50 + 25 milhões de euros já dava para aquisição de alguns meios para a FAP. nem que fossem só os helicopteros...
 

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mafets

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #661 em: Outubro 25, 2017, 04:43:50 pm »
E lá vão mais 560 mil euros... https://www.dinheirovivo.pt/economia/protecao-civil-gasta-mais-de-meio-milhao-um-dia-depois-dos-incendios/
Citar
ANPC assinou um contrato por ajuste direto de mais de 500 mil euros com a Babcock Mission Critical no dia 16, um dia depois dos fogos trágicos.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) assinou um contrato de aquisição dos serviços de manutenção, operação e locação de oito helicópteros médios por 553,8 mil euros um dia depois dos incêndios que vitimaram 45 pessoas.

64 milhões desde 2015

 Uma pesquisa efetuada pelo Dinheiro Vivo só aos contratos de aquisição de meios áereos para combate aos incêndios publicados pela ANPC permite concluir que a Proteção Civil já gastou um total de 64,9 milhões de euros, mais os pagamentos respetivos em sede de IVA, em seis contratos. O maior contrato (46 milhões) foi, assinado em fevereiro de 2015, após concurso público, com a empresa Everjets, empresa com quem a ANPC assinou em julho desse ano, mais um contrato de dois milhões de euros, para a reparação de dois helicópteros Kamov. Em maio de 2015, a Proteção Civil celebrou dois contratos. Um no dia 15 no valor de 4,9 milhões com a empresa Agro-Montiar para dois aviões anfíbios pesados, e outro no dia 22 com a Inaer Helicopteros no montante de 11,1 milhões para dois aviões anfíbios médios. No caso dos Kamov, recorde-se que foram comprados em 2006 pelo governo de José Sócrates, eram António Costa ministro da Administração Interna. Mas a empresa escolhida para trazer os seis helicópteros da Rússia por 50,9 milhões de euros, a Heliportugal não os entregou dentro do prazo estabelecido no contrato. Os atrasos variaram entre 997 e 1240 dias. Estes atrasos obrigaram a gastos adicionais com o aluguer de outras aeronaves, segundo uma auditoria do Tribunal de Contas à Empresa de Meios Aéreos (EMA), criada em 2007 para gerir a frota de helicópteros. Em 2014, o anterior governo determinou a extinção da EMA, tendo transferido as suas competências para a ANPC. Um artigo da revista Visão publicado em setembro de 2016 dava conta que a fatura dos Kamov já ía em pelo menos 348 milhões de euros, entre aquisição, gestão, manutenção e reparação. Só em manutenção são sete milhões por ano. Mas dos seis Kamov comprados só três têm estado operacionais desde 2008. Um caiu num parque de merendas em Ourém e nunca mais voou. E dois têm estado parados. Um mês antes da tragédia em Pedrógão Grande, onde morreram 64 pessoas devido aos incêndios, o secretário da administração interna Jorge Gomes anunciou que os dois Kamov parados seriam reparados e estariam em funcionamento em Outubro ou Novembro.


Saudações
« Última modificação: Outubro 25, 2017, 04:48:40 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #662 em: Outubro 26, 2017, 10:15:21 am »
Força Aérea tem de comprar mais helicópteros para combater fogos

Com o Governo a atribuir a gestão dos meios aéreos de combate a incêndios à Força Aérea, este ramo vai precisar de adquirir mais do que os cinco helicópteros que estava previsto comprar, escreve o Diário de Notícias.

A Força Aérea deverá precisar de adquirir mais do que os cinco novos helicópteros que estavam previstos. Com o Governo a passar a gestão dos meios aéreos de combate a incêndios para este ramo militar, a Força Aérea vai informar o Governo de que o referido concurso para novos helicópteros, no valor de 20,5 milhões de euros, terá de ser inevitavelmente alargado para comprar mais aparelhos, escreve hoje o Diário de Notícias.
 
A Força Aérea deve entregar até à próxima segunda-feira um relatório ao ministro da Defesa onde vai identificar as condições necessárias para assumir a missão de combate a fogos e, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal, o alargamento do referido concurso é dado como inevitável. O concurso, lançado em Maio, recebeu candidaturas da italiana Leonardo (que engloba a Agusta Westland, que forneceu os helicópteros Merlin EH-101) e a Airbus Defense and Space (construtora da aeronave C-295, operada pela Força Aérea).
 
Esta última tem ainda 300 milhões de euros de contrapartidas por executar em Portugal, precisamente associados à compra dos 12 aviões C-295, de fabrico espanhol (sete de transporte táctico e cinco de vigilância marítima), adquiridos em 2008 por 274 milhões de euros com contrapartidas de 460 milhões.
 
Neste momento, prossegue o DN, não se sabe o que vai acontecer ao actual dispositivo de combate a incêndios. Entre as dúvidas por esclarecer estão o futuro dos seis helicópteros pesados russos Kamov, geridos pela ANPC, e o que vai acontecer ao contrato com a Everjets que garante 25 meios aéreos, que termina no próximo ano. No Orçamento do Estado do próximo ano surge uma verba de 270 milhões para a Lei de Programação Militar, o que deverá ser suficiente para satisfazer as exigências adicionais colocadas pelas novas atribuições em matéria de combate a fogos.
 
Os cinco novos helicópteros vão substituir os 18 velhinhos Alouette (na foto), em operação na Força Aérea portuguesa desde 1963, do tempo da Guerra Colonial, que esgotam no próximo ano a sua vida útil. Esta aeronave deixou de ser produzida em 1985 e já não há peças para ela no mercado. O problema é que o primeiro novo helicóptero só deve chegar a Portugal na segunda metade de 2019.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/defesa/detalhe/forca-aerea-tem-de-comprar-mais-helicopteros-para-combater-fogos?ref=DET_ultimas
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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asalves

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #663 em: Outubro 26, 2017, 11:03:11 am »
Força Aérea tem de comprar mais helicópteros para combater fogos

 No Orçamento do Estado do próximo ano surge uma verba de 270 milhões para a Lei de Programação Militar, o que deverá ser suficiente para satisfazer as exigências adicionais colocadas pelas novas atribuições em matéria de combate a fogos.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/defesa/detalhe/forca-aerea-tem-de-comprar-mais-helicopteros-para-combater-fogos?ref=DET_ultimas

Ora fui só eu que reparei que a bandalheira já começou? é que já falam nos 270 Milhões da LPM, que pode servir para comprar meios e suportar os custos para o combate aos incêndios. Mas se estes 270 Milhões estão inseridos na LPM então já deviam estar destinados as outras coisas, se vão usar esse dinheiro para o combate a incêndios o que é que vai ficar sem esse dinheiro?
 

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Charlie Jaguar

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #664 em: Outubro 26, 2017, 11:27:05 am »
A notícia original do DN de hoje e que está a ser veiculada por esta altura por toda a comunicação social.  ;)

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Força Aérea obrigada a comprar mais helicópteros para combater os incêndios
26 DE OUTUBRO DE 2017 00:48
Manuel Carlos Freire

Governo equaciona alterar concurso lançado em maio, de 20,5 milhões de euros, como solução para adquirir mais unidades.

O Governo ainda não sabe como adaptar o Orçamento de Estado para 2018, a fim de financiar as reformas da floresta, mas uma coisa é já certa: a Força Aérea vai ter de comprar mais do que os cinco novos helicópteros ligeiros agora a concurso para cumprir a nova missão de combater os fogos. Esta deverá ser uma das condições que devem constar do documento que o ramo entrega dentro de dias à tutela, soube o DN. Com aquele ramo das Forças Armadas a entrar em força no combate aos fogos, assumindo a gestão, operação e manutenção dos meios aéreos da Proteção Civil, essa é uma das questões que o Governo também está a equacionar - assim como se os aparelhos do INEM devem ser integrados nessa gestão centralizada por parte da Força Aérea, admitiu uma das fontes.

Com o ramo a preparar o documento - que deve entregar segunda-feira ao ministro da Defesa - com as condições necessárias para assumir a nova missão de vigiar e combater os incêndios, anunciada sábado pelo primeiro-ministro, várias fontes dão como inevitável o alargamento do atual concurso de aquisição de cinco helicópteros ligeiros militares.

O concurso foi lançado em maio passado e com um custo de 20,5 milhões de euros. Candidataram--se a Leonardo (antiga Agusta Westland, fabricante dos helicópteros EH-101) e a Airbus Defense and Space (construtora das aeronaves C-295) - a qual já recorreu para o ministro da Defesa do processo conduzido pela Força Aérea, confirmaram diferentes fontes. Algumas fontes interpretaram o recurso da Airbus Defense and Space como querendo dar um sinal de vida em Portugal, com quem o construtor europeu tem ainda um caso para resolver: 300 milhões de euros de contrapartidas por realizar e cujo contrato termina dentro de um ano - devendo ser então executadas as garantias bancárias na posse do Estado.

O número de helicópteros adicionais para a Força Aérea é neste momento uma incógnita, dada a multiplicidade de dúvidas por esclarecer - como sejam o futuro dos helicópteros Kamov (incluindo pilotos e mecânicos), de fabrico russo, ou se o atual contrato de aluguer de 25 meios aéreos com a Everjets, que termina no próximo ano, vai ser substituído por outro semelhante (em detrimento da compra de aparelhos para o Estado).

Optando o Estado por ter meios aéreos próprios em permanência durante todo o ano - cujos custos têm de ser equacionados face aos do modelo de aluguer -, outra dúvida admitida ao DN diz respeito à integração de todos os novos helicópteros no dispositivo militar da Força Aérea ou, pelo contrário, se alguns ficam de fora para serem empregues só em missões civis. Associado a este ponto está o recurso aos fundos comunitários para financiar esse projeto, uma vez que Bruxelas não comparticipa a compra de meios militares. Daí que helicópteros a adquirir por essa via devam ter uma cor - leia-se estarem identificados - diferente da que têm os militares, como sucede com os meios aéreos da Unidade Militar de Emergência (UME) espanhola.

Independentemente do recurso a essa fonte de financiamento, a revisão no próximo ano da Lei de Programação Militar (LPM) - que tem disponíveis 270 milhões de euros no próximo orçamento de Estado, mais 20 milhões do que este ano - permite também incorporar, desde, já as alterações impostas no reequipamento militar das Forças Armadas com as novas missões de apoio (pelo Exército e pela Marinha) e combate aos fogos.

Note-se que os novos helicópteros da Força Aérea vão substituir os velhos Alouette III do tempo da guerra colonial, cujo limite de vida útil máximo está definido para o final de 2018. Tendo em conta as adaptações decorrentes do relatório da Comissão Técnica Independente e que o Governo adotou, esses futuros aparelhos deverão chegar no segundo semestre de 2019, admitiu uma das fontes.

Ora isto deixa em aberto outra interrogação: como evitar que a Força Aérea fique vários meses sem helicópteros para dar instrução aos seus pilotos e para as missões de salvamento, resgate no mar ou patrulhamento. Faz novos investimentos? Aluga por alguns meses? Os concorrentes disponibilizam helicópteros até à entrega dos aparelhos comprados? "Sabe-se onde chegar, ainda não se sabe como lá chegar", sintetizou uma das fontes do setor da Defesa.

A compra dos KC-390

Outro relatório que o ministro Azeredo Lopes recebe esta semana diz respeito às negociações para a compra de cinco aeronaves de transporte militar KC-390 ao fabricante brasileiro Embraer, com opção por um sexto aparelho. Os KC-390 são as aeronaves que vão substituir os Hércules C-130 e virão equipadas para combater fogos. Fontes ouvidas pelo DN garantiram que elas são adequadas a essa missão num território cheio de vales e serras como o português, apesar de serem movidas a jato.

https://www.dn.pt/portugal/interior/forca-aerea-obrigada-a-comprar-mais-helicopteros-para-combater-os-incendios-8872386.html

Boa oportunidade também para alterar o concurso e passar o heli ligeiro de monomotor para bimotor, e aproveitar o dinheiro empatado da Airbus para se comprarem talvez uns H145M.

« Última modificação: Outubro 26, 2017, 11:34:36 am por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #665 em: Outubro 26, 2017, 11:35:41 am »
Depois de baralhar e tornar a baralhar há o risco de as FAs (e, neste caso, a FAP) avançar um pouco mais na direção de "menos militar" e "mais bombeiros"... desviar os poucos meios militares existentes para serem primariamente para uso civil; ou seja, não é reforçar as FAs com novos meios mas sim retirar algo do bolo para uso civil...

Depois de NPO com sensores civis para missões policiais, agora meios aéreos - a novela dos KC para fogos (e os submarinos para combate ao trafico) mostra falta e coragem em adquirir meios para missões apenas militares. 
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Stalker79

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #666 em: Outubro 26, 2017, 12:31:31 pm »
"Os cinco novos helicópteros vão substituir os 18 velhinhos Alouette " , só mesmo em Portugal, contado ninguem acredita....
 

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Luso

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #667 em: Outubro 26, 2017, 12:38:45 pm »
Fontes ouvidas pelo DN garantiram que elas são adequadas a essa missão num território cheio de vales e serras como o português, apesar de serem movidas a jato.

Sem comentários. As fontes "ouvidas" pelo DN devem ser os nossos amigos que costumavam vir para aqui dizer que os "KáCê" era a melhor coisa desde a invenção do queijo fatiado.
Patético e nojento também, porque este tipo de imprensa é como propaganda feita por um inimigo.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #668 em: Outubro 26, 2017, 01:02:09 pm »
"Os cinco novos helicópteros vão substituir os 18 velhinhos Alouette " , só mesmo em Portugal, contado ninguem acredita....

Eles na verdade já só voavam 6, os outros eram pra peças...
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #669 em: Outubro 26, 2017, 01:12:11 pm »
A notícia original do DN de hoje e que está a ser veiculada por esta altura por toda a comunicação social.  ;)

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Força Aérea obrigada a comprar mais helicópteros para combater os incêndios
26 DE OUTUBRO DE 2017 00:48
Manuel Carlos Freire

Governo equaciona alterar concurso lançado em maio, de 20,5 milhões de euros, como solução para adquirir mais unidades.

O Governo ainda não sabe como adaptar o Orçamento de Estado para 2018, a fim de financiar as reformas da floresta, mas uma coisa é já certa: a Força Aérea vai ter de comprar mais do que os cinco novos helicópteros ligeiros agora a concurso para cumprir a nova missão de combater os fogos. Esta deverá ser uma das condições que devem constar do documento que o ramo entrega dentro de dias à tutela, soube o DN. Com aquele ramo das Forças Armadas a entrar em força no combate aos fogos, assumindo a gestão, operação e manutenção dos meios aéreos da Proteção Civil, essa é uma das questões que o Governo também está a equacionar - assim como se os aparelhos do INEM devem ser integrados nessa gestão centralizada por parte da Força Aérea, admitiu uma das fontes.

Com o ramo a preparar o documento - que deve entregar segunda-feira ao ministro da Defesa - com as condições necessárias para assumir a nova missão de vigiar e combater os incêndios, anunciada sábado pelo primeiro-ministro, várias fontes dão como inevitável o alargamento do atual concurso de aquisição de cinco helicópteros ligeiros militares.

O concurso foi lançado em maio passado e com um custo de 20,5 milhões de euros. Candidataram--se a Leonardo (antiga Agusta Westland, fabricante dos helicópteros EH-101) e a Airbus Defense and Space (construtora das aeronaves C-295) - a qual já recorreu para o ministro da Defesa do processo conduzido pela Força Aérea, confirmaram diferentes fontes. Algumas fontes interpretaram o recurso da Airbus Defense and Space como querendo dar um sinal de vida em Portugal, com quem o construtor europeu tem ainda um caso para resolver: 300 milhões de euros de contrapartidas por realizar e cujo contrato termina dentro de um ano - devendo ser então executadas as garantias bancárias na posse do Estado.

O número de helicópteros adicionais para a Força Aérea é neste momento uma incógnita, dada a multiplicidade de dúvidas por esclarecer - como sejam o futuro dos helicópteros Kamov (incluindo pilotos e mecânicos), de fabrico russo, ou se o atual contrato de aluguer de 25 meios aéreos com a Everjets, que termina no próximo ano, vai ser substituído por outro semelhante (em detrimento da compra de aparelhos para o Estado).

Optando o Estado por ter meios aéreos próprios em permanência durante todo o ano - cujos custos têm de ser equacionados face aos do modelo de aluguer -, outra dúvida admitida ao DN diz respeito à integração de todos os novos helicópteros no dispositivo militar da Força Aérea ou, pelo contrário, se alguns ficam de fora para serem empregues só em missões civis. Associado a este ponto está o recurso aos fundos comunitários para financiar esse projeto, uma vez que Bruxelas não comparticipa a compra de meios militares. Daí que helicópteros a adquirir por essa via devam ter uma cor - leia-se estarem identificados - diferente da que têm os militares, como sucede com os meios aéreos da Unidade Militar de Emergência (UME) espanhola.

Independentemente do recurso a essa fonte de financiamento, a revisão no próximo ano da Lei de Programação Militar (LPM) - que tem disponíveis 270 milhões de euros no próximo orçamento de Estado, mais 20 milhões do que este ano - permite também incorporar, desde, já as alterações impostas no reequipamento militar das Forças Armadas com as novas missões de apoio (pelo Exército e pela Marinha) e combate aos fogos.

Note-se que os novos helicópteros da Força Aérea vão substituir os velhos Alouette III do tempo da guerra colonial, cujo limite de vida útil máximo está definido para o final de 2018. Tendo em conta as adaptações decorrentes do relatório da Comissão Técnica Independente e que o Governo adotou, esses futuros aparelhos deverão chegar no segundo semestre de 2019, admitiu uma das fontes.

Ora isto deixa em aberto outra interrogação: como evitar que a Força Aérea fique vários meses sem helicópteros para dar instrução aos seus pilotos e para as missões de salvamento, resgate no mar ou patrulhamento. Faz novos investimentos? Aluga por alguns meses? Os concorrentes disponibilizam helicópteros até à entrega dos aparelhos comprados? "Sabe-se onde chegar, ainda não se sabe como lá chegar", sintetizou uma das fontes do setor da Defesa.

A compra dos KC-390

Outro relatório que o ministro Azeredo Lopes recebe esta semana diz respeito às negociações para a compra de cinco aeronaves de transporte militar KC-390 ao fabricante brasileiro Embraer, com opção por um sexto aparelho. Os KC-390 são as aeronaves que vão substituir os Hércules C-130 e virão equipadas para combater fogos. Fontes ouvidas pelo DN garantiram que elas são adequadas a essa missão num território cheio de vales e serras como o português, apesar de serem movidas a jato.

https://www.dn.pt/portugal/interior/forca-aerea-obrigada-a-comprar-mais-helicopteros-para-combater-os-incendios-8872386.html

Boa oportunidade também para alterar o concurso e passar o heli ligeiro de monomotor para bimotor, e aproveitar o dinheiro empatado da Airbus para se comprarem talvez uns H145M.

Concordo contigo e também te digo que se forem adquiridos os monomotor o concurso de cinco passará para uns dez ou doze nunca mais que uma dúzia e é um pau, se se decidirem pelos 145, se forem uns oito já serão muitos pois pelo que vi andam á volta dos oito milhões P/U.

https://en.wikipedia.org/wiki/Eurocopter_EC145

Continuo a preferir o AW109M desculpem mas acho que é um pássaro melhor, também bimotor e a um pouco menos de 6 milhões cada !
Sei que o 109 tem menor capacidade de carga suspensa cerca de 1 ton enquanto que o 145 pode suspender 1,5 Ton, mas mesmo assim acho que o 109 poderia ser usado com elemento aéreo embarcado nos NPO's, NPL e AOR, se querem polivalência o que me dizem meus senhores ?

http://www.leonardocompany.com/documents/63265270/69071306/body_BROCHURE_AW109M.pdf

Abraços
« Última modificação: Outubro 26, 2017, 01:22:23 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #670 em: Outubro 26, 2017, 01:34:36 pm »
50 + 25 milhões de euros já dava para aquisição de alguns meios para a FAP. nem que fossem só os helicopteros...

Já davam para mais de uma dúzia de Helis monomotores, ou 8 a 10 bimotores quer fossem H145M ou AW109M, respectivamente !!

É só baralhar e dar a escolher de novo, com tanta oferta de mercado, vamos acabar por nada comprar pois andamos sempre  " a encanar a perna á râ " AKA a engonhar, que é a especialidade dos nossos ditos responsáveis !!

Abraços
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #671 em: Outubro 26, 2017, 01:37:37 pm »
O AW 109 é boa maquina, mas as versões maritimas tem os seus requisitos e as do exercito os seus, isso não causaria conflitos entre os ramos!?
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #672 em: Outubro 26, 2017, 01:44:51 pm »
O AW 109 é boa maquina, mas as versões maritimas tem os seus requisitos e as do exercito os seus, isso não causaria conflitos entre os ramos!?

Os ramos unidos nunca serão vencidos,     ;)  :rir: :rir:  !!!!
Com a tesura de meios que vamos tendo nas FFAA, os diversos Ramos das ditas tem de se começar a entender, não acho que as diferenças no equipamento sejam assim tão acentuadas, vê o caso dos Kiwis tem helis embarcados os Seasprite mas quando é necessário vão catar alguns dos oito NH90 ao Exército para missões mais musculadas !

Temos de aprender a adquirir equipamento sempre que possivel que possa ser usado para várias finalidades, esqueçam os KC's e outros para os FF, e, se querem duplo uso e polivalência fogo á peça, ou é só a MdG que tem de possuir navio duplo uso ???!
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Charlie Jaguar

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #673 em: Outubro 26, 2017, 03:16:33 pm »
Concordo contigo e também te digo que se forem adquiridos os monomotor o concurso de cinco passará para uns dez ou doze nunca mais que uma dúzia e é um pau, se se decidirem pelos 145, se forem uns oito já serão muitos pois pelo que vi andam á volta dos oito milhões P/U.

https://en.wikipedia.org/wiki/Eurocopter_EC145

Continuo a preferir o AW109M desculpem mas acho que é um pássaro melhor, também bimotor e a um pouco menos de 6 milhões cada !
Sei que o 109 tem menor capacidade de carga suspensa cerca de 1 ton enquanto que o 145 pode suspender 1,5 Ton, mas mesmo assim acho que o 109 poderia ser usado com elemento aéreo embarcado nos NPO's, NPL e AOR, se querem polivalência o que me dizem meus senhores ?

http://www.leonardocompany.com/documents/63265270/69071306/body_BROCHURE_AW109M.pdf

Mencionei o H145M por considerar ser mais capaz de desempenhar convenientemente as missões que a FAP quer atribuir ao novo helicóptero ligeiro, e obviamente por causa das verbas empatadas referentes às contrapartidas da Airbus, se bem que não saiba até que ponto isso poderá ser conversível na compra de material militar. O H145M, ao contrário do UH-72 Lakota que é baseado na versão civil H145 (EC145), tem capacidade de ser armado, porém essa missão não está contemplada nos requisitos para já ainda em vigor, e vem ainda melhor equipado para aquelas que estão:

Citar
The H145M is a state-of-the-art rotary-wing platform offering superior performance, endurance and high payload capacity. It is capable of operating in 6K/95 high / hot conditions (minimum 6,000ft altitude in a day temperature of 95°F).

The multirole capabilities allow the helicopter to perform armed scout, special operations, light attack, search-and-rescue (SAR), command and control, MEDEVAC/CASEVAC and maritime missions.

Hipoteticamente, poder-se-iam ficar com os B3 da ANPC e adquirir mais uns quantos para instrução e missões ligeiras, e adquirir então um heli mais capaz para o vasto leque de missões que é suposto a aeronave desempenhar, sem o risco de ser monomotor. Desde o abate do Puma que as nossas Forças Armadas não possuem um helicóptero médio, e de facto isso faz falta pois passamos dos ligeiros Alouette e Lynx para o pesado EH-101.

Pessoalmente, optaria sempre pelo AW109LUH que é um velho amor português desde o final da década de 1970, mas nunca concretizado. No entanto também gosto bastante do AW119Kx Koala, monomotor é verdade, contudo mais possante que o cinquentão monomotor polivalente que substituiria, o Alouette III. ;)


P.S. Acerca da possível gestão por parte da FAP também dos meios aéreos do INEM, não estou enganado quando penso que o Instituto está sob a alçada do Ministério da Defesa, ou é só a Cruz Vermelha?
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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PereiraMarques

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #674 em: Outubro 26, 2017, 03:35:46 pm »
O INEM não tem nada a ver com o MDN...


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O INEM

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) é o organismo do Ministério da Saúde responsável por coordenar o funcionamento, no território de Portugal Continental, de um Sistema Integrado de Emergência Médica, de forma a garantir aos sinistrados ou vítimas de doença súbita a pronta e correta prestação de cuidados de saúde. A prestação de cuidados de emergência médica no local da ocorrência, o transporte assistido das vítimas para o hospital adequado e a articulação entre os vários intervenientes do Sistema, são as principais tarefas do INEM. Através do número europeu de emergência - 112, o INEM dispõe de múltiplos meios para responder com eficácia a situações de emergência médica.

http://www.inem.pt/category/inem/o-inem/