Base das Lajes (BA4) - 65th Air Base Wing

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pmdavila

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Base das Lajes (BA4) - 65th Air Base Wing
« em: Setembro 10, 2008, 11:40:14 am »
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Armas nucleares na Base das Lajes
Publicado: 2008-09-10 10:44:58 | Actualizado: 2008-09-10 10:44:58
Por: Luciano Barcelos
 

Uma comissão do Senado dos Estados Unidos terá estado nos anos noventa na Base das Lajes a investigar a passagem pelos Açores de armas nucleares.

A vinda da comissão foi despoleta por militares americanos doentes que se queixaram de terem sido expostos a radiações.

Não foi possível encontrar documentos sobre o assunto, mas fontes militares portuguesas, que preferiram manter o anonimato, e antigos trabalhadores civis da base confirmam os factos.

É normal que se trate de um dossier classificado por trinta anos, conforme as normas americanas.

No livro "Portugal Classificado - documentos secretos norteamericanos, 1974-1975", o investigador Nuno Simas revela que o governo português autorizou a passagem de armas nucleares pelos Açores nos anos cinquenta.

Estudos americanos independentes confirmam, por outro lado, que alguns aviões P3 Orion, de luta anti-submarina estavam equipados com armas nucleares.

A Base das Lajes foi, até ao fim da guerra fria, um ponto de apoio a esses aviões que vigiavam a presença de submarinos soviéticos no Atlântico.

O investigador Félix Rodrigues, da Universidade dos Açores, confirma a presença na Terceira de materiais como urânio e tritio, sobretudo no interior, o que pode indiciar terem existido depósitos nucleares em locais isolados da ilha.


Notícia: Armando Mendes, Antena 1-Açores.

Fonte
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pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"
 

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pmdavila

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« Responder #1 em: Novembro 04, 2008, 09:00:23 pm »
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Revela o embaixador João Hall Themido na sua biografia
EUA usam as Lajes como bem entendem


O antigo embaixador português nos EUA garante, na sua biografia, que os norte-americanos usam a Base das Lajes como se ela fosse sua. “E para sempre”, escreve.
 
O embaixador João Hall Themido faz um balanço negativo do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os Estados Unidos (que garante ao acesso americano à Base das Lajes) em termos de benefícios para Portugal. A posição é assumida pelo diplomata na sua biografia, lançada recentemente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

João Hall Themido – um dos embaixadores portugueses com maior currículo, que esteve em Washington entre 1971 e 1981 – assume nas suas memórias que os americanos beneficiam mais da Base das Lajes do que Portugal usufrui da sua presença em território nacional.

Além disso, o diplomata (já reformado) sublinha que “a experiência recente mostra que os americanos actuam como se a base fosse sua, e para sempre”.

João Hall Themido (segundo o semanário Expresso) entrou para o MNE em 1947, sendo director-geral dos Negócios Políticos, secretário-geral e embaixador em Roma e Londres, onde terminou a carreira em 1989.

Mas o período de maior acção ocorreu na década de 70, altura em que assumiu funções como embaixador português nos Estados Unidos da América.

E foi nessa altura, em 1973, que a Base das Lajes assumiu um papel importante na ponte aérea criada pelos EUA para ajudar o estado de Israel, que vira atacados pelos estados árabes (liderados pela Síria e pelo Egipto) os Montes Golan e Sinai.

Na sua biografia, em que dedica um capítulo à Base das Lajes, João Hall Themido assegura que os Estados Unidos apenas deram conta a Portugal que iam usar a infra-estrutura na ponte aérea para Israel e que nem perguntaram se Lisboa aceitava.

“Em termos rudes, foi-nos dado a entender que os Estados Unidos utilizariam a Base das Lajes (...) com a nossa concordância ou sem ela. Compreendendo o alcance da comunicação americana, Marcello Caetano, sem alternativa, respondeu autorizando o uso dos Açores para aquele fim”, recorda o diplomata.

Meses depois, foi recebido na Casa Branca por Nixon: “a diligência teve a finalidade de, formalmente, me serem apresentados agradecimentos pela atitude cooperante de Portugal na guerra de Yom Kippur. Chega a ser irónico agradecer uma cooperação não desejada e até imposta (...)”, escreve João Hall Themido.

A sua biografia - intitulada “Uma Autobiografia Disfarçada” - tem a chancela do MNE.


in Diário Insular, 4 de Novembro de 2008
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

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legionario

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« Responder #2 em: Novembro 05, 2008, 08:16:56 pm »
Ja era altura de os americanos desampararem a loja ! Que é que eles estao la a fazer ? e que ganhamos nos com isso ? ainda se pagassem uma boa renda...era caso para reflectir ! mas de borla e ainda por cima com diktat's...isso NAO !
 

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Edu

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« Responder #3 em: Novembro 05, 2008, 08:38:23 pm »
Caro legionario, estou totalmente de acordo consigo. Como já referi em mensagens anteriores penso que para a continuação dos americanos na base das lages deveria haver o pagamento de uma renda anual, agora isto que se está a passar é ultrajante, eles tratam-nos como se fossemos uma colonia deles, até parece que somos um país invadido... Enfim, e ainda há Portugueses que defendem os estados unidos a todo o custo...
 

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Daniel

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« Responder #4 em: Novembro 06, 2008, 09:20:09 am »
Pois mas  é o medo de nossos politicos que fala mais alto, e creio que este sempre foi um problema de verdade, os nossos politicos não se sabem impor pelas causas de Portugal, por isso sempre lembramos a salazar, na suas palavras, que Portugal não estava a venda, para estes novos politicos é tudo ao contrario, vende-se tudo, depois vem com o assunto de postos de trabalho, tem muitas familias que dependem dos americanos, pois pois, a história de sempre continuemos baixando as calças que eles gostam. :roll:
 

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TOMSK

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« Responder #5 em: Novembro 06, 2008, 11:27:39 am »
Que melhor oportunidade para discutir este problema, que agora, com um novo presidente nos EUA? :wink:

Outra problemática que também se queria resolvida era a de Olivença...mas só estou a ver isso acontecer quando a Espanha se dividir toda em regiões independentes...
 

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Ataru

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« Responder #6 em: Novembro 06, 2008, 12:55:00 pm »
Sem dúvida TOMSK, é importante termos uma excelente relação com Obama e pedir lhe contributos pela estadia americana nas lajes, talvez umas armas de nova tecnologia á borla lol

E em relação a Olivença, também estou á espera de uma guerra civil em Espanha para retomarmos o que é nosso e Marrocos o que é deles...
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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papatango

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« Responder #7 em: Novembro 07, 2008, 02:51:24 pm »
Citação de: "Daniel"
os nossos politicos não se sabem impor pelas causas de Portugal, por isso sempre lembramos a salazar, na suas palavras, que Portugal não estava a venda, para estes novos politicos é tudo ao contrario,
Eu gostaria de lembrar que quem autorizou os americanos a ir para os Açores foi... Adivinhem...
Oliveira Salazar.
As razões também são conhecidas, mas não podemos fazer acusações vãs. A realidade geoestratégica é a que é e nós não temos como modifica-la com facilidade.



Citação de: "Embaixador Hall Themido"
EUA usam as Lajes como bem entendem


Sobre  esta afirmação, gostaria de alertar para o facto de ela estar incorrecta e retirada do contexto.

Eu não li essa biografia do embaixador Hall Themido, mas li o livro dele «10 anos em Washington» em que refere a experiência dele durante o período final da ditadura até à vitória de Sá Carneiro nas eleições.

O embaixador faz referência à crise de 1973, em que os egípcios e os sírios atacaram Israel de surpresa, na que ficou conhecida como «guerra do Yom Kippur».

As notícias em Israel tornavam-se dramáticas e nos primeiros dias dos combates os comandantes israelitas chegaram a achar que a guerra estava definitivamente perdida.
Naturalmente que isso implicou que Israel lançasse mão de toda a sua capacidade de pressão sobre os Estados Unidos para que os ajudassem.

Na altura, Portugal encontrava-se em negociações com os americanos para tentar adquirir equipamentos que os embargos de armamentos não permitiam que fossem fornecidos a Portugal.

Marcelo Caetano, tentou aproveitar a situação, para exigir que os americanos fornecessem os mísseis anti-aéreos Redeye, que se julgava serem necessários para utilização na Guiné, onde o governo da Guiné Konakri tinha recebido aviões MiG-21, que Portugal não tinha como enfrentar.

Mas o governo português queria compromissos firmes e escritos por parte dos americanos, coisa que eles não podiam fazer e mesmo que pudessem não tinham tempo para fazer, enquanto os tanques egípcios avançavam no deserto.

Os americanos, foram - como é aliás normal - muito pouco diplomáticos e avisaram Marcelo Caetano de que não era hora para estar com negociações. Ficou claro na mensagem de Nixon, que os Estados Unidos utilizariam a base com ou sem autorização portuguesa.

Ficou também implícita a ideia de que ou Portugal autorizava a passagem dos aviões ou Washington cessaria qualquer tipo de apoio ao governo português, nomeadamente ao nível da ONU.

O embaixador Hall Themido, criticou a resposta de Marcelo Caetano, que foi contemporizadora, afirmando que Portugal aceitava que os americanos utilizassem a base, para evitar outros problemas.
Achou o embaixador que Caetano não deveria ter referido as supostas ameaças dos americanos.

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É no entanto como resultado desta pressão americana, que é encontrada uma forma de fornecer a Portugal os mísseis anti-aéreos.
Esses mísseis foram fornecidos a Israel, que posteriormente conforme acordado os forneceria a Portugal, mais ou menos pela porta-do-cavalo.

Quando ocorreu o 25 de Abril de 1974, os mísseis estavam a caminho, encontrando-se numa base na Alemanha.

=======================================

Não sei se o embaixador tem mais alguma razão para afirmar que os americanos fazem o que querem.

Mas pelo que o próprio embaixador escreveu no seu livro acima referido, parece-me que se refere ao que aconteceu há 35 anos atrás e não à situação actual.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Daniel

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« Responder #8 em: Novembro 07, 2008, 06:22:39 pm »
papatango
Citar
A realidade geoestratégica é a que é e nós não temos como modifica-la com facilidade.


Vc se refere a realidade geoestratégica que é para os USA, não entendo, quando diz que não temos como modifica-la facilmente, como assim, em tirar USA da base é essa mudança que se refere  c34x
 

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papatango

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« Responder #9 em: Novembro 07, 2008, 08:08:06 pm »
A realidade geoestratégica diz-nos que a nossa segurança depende desde o século XVI do poder da potência naval dominante.

Quem controla o Atlântico são os Estados Unidos. E nós possuimos algo que os Estados Unidos têm vantagem em que esteja do seu lado.

Os Açores são por isso um argumento que podemos utilizar para em caso de necessidade pressionar os americanos.
SE eles se retirarem, o que é que nós ganhamos com isso ?

Ganhamos umas centenas de desempregados nas ilhas, perdemos o nosso principal aliado, e perdemos o nosso argumento de maior peso e que ainda nos dá alguma margem de manobra em termos geoestratégicos.

Alguém me explica que vantagem nós ganhariamos se os americanos se fossem embora ?

Quando os americanos se forem embora, ou estamos preparados para aumentar os nossos gastos em defesa (coisa que não vai acontecer nem que a vaca tussa), ou outro país terá que se responsabilizar pela segurança daquela área do Atlântico.

Considerando a geografia, e os interesses geoestratégicos europeus, creio que não é difícil perceber que país será esse.

Mas gostaria de saber quais são os argumentos realistas em favor da saída dos americanos...
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legionario

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« Responder #10 em: Novembro 07, 2008, 08:34:49 pm »
podemos alugar a base das Lajes à China ou à Russia...:):)
 

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papatango

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« Responder #11 em: Novembro 07, 2008, 09:35:27 pm »
Considerando que a marinha dos Estados Unidos é mais poderosa que as cinco ou seis marinhas seguintes juntas, qual seria a vantagem em estar do lado que se opõe aos americanos ?  :roll:  :roll:
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Lightning

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« Responder #12 em: Novembro 07, 2008, 10:17:22 pm »
Citação de: "papatango"
Quando os americanos se forem embora, ou estamos preparados para aumentar os nossos gastos em defesa (coisa que não vai acontecer nem que a vaca tussa), ou outro país terá que se responsabilizar pela segurança daquela área do Atlântico.


Mas os Americanos não possuem nenhuma força permanente de combate ou vigilancia permanente na BA4, o 65ABW é uma unidade de apoio às aeronaves americanas e aliadas em transito sobre o Atlântico é uma especie de super bomba de gasolina com um parque de estacionamento mesmo grande, quartos, restaurante, piscina, cinema, burger king, lojas, segurança, centro de saude, igreja, etc :wink: e em como ninguém vai atacar a ilha porque pode provocar baixas americanas.
 

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Miguel

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« Responder #13 em: Novembro 07, 2008, 10:21:56 pm »
Citação de: "papatango"
Considerando que a marinha dos Estados Unidos é mais poderosa que as cinco ou seis marinhas seguintes juntas, qual seria a vantagem em estar do lado que se opõe aos americanos ?  :roll:  :roll:


Qual marinha poderosa??? a US Navy ??? aquilo é um club do YMCA do village people....

Os EUA como poder militar estao acabados....

Nos Portugueses conseguimos fazer melhor que eles em Africa.

Com G3,Unimogs,Alouettes... contra as AK47 e RPG7 e SAM7 etc....

Todo o poder militar Yankee fez o que de melhor contra as AK47 e RPG7 ?? imaginem se eles ainda tinham Stingers ou SAM?
 

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Lightning

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« Responder #14 em: Novembro 07, 2008, 10:29:10 pm »
Citação de: "Miguel"
Qual marinha poderosa??? a US Navy ??? aquilo é um club do YMCA do village people....

Os EUA como poder militar estao acabados....

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_cu ... tates_Navy

There are currently 13 aircraft carriers, 22 cruisers, 63 destroyers, two littoral combat ships, 31 frigates, 11 amphibious assault ships, two amphibious command ships, 13 amphibious transport docks, 12 dock landing ships, 61 attack submarines, 18 ballistic missile submarines, 14 mine countermeasures ships, eight patrol boats, and one technical research ship.

Support ships include two hospital ships, four salvage ships, two submarine tenders, four ammunition ships, five combat stores ships, four fast combat support ships, nine dry cargo ships, 15 replenishment oilers, four Fleet Ocean Tugs, four ocean surveillance ships, four container ships, 16 cargo ships (used for pre-positioning of Marine and Army materiel), and seven vehicle cargo ships.

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Nos Portugueses conseguimos fazer melhor que eles em Africa.

O que é que os Americanos fizeram em África?

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Com G3,Unimogs,Alouettes... contra as AK47 e RPG7 e SAM7 etc....

Todo o poder militar Yankee fez o que de melhor contra as AK47 e RPG7 ?? imaginem se eles ainda tinham Stingers ou SAM?


O que é que isso tem a ver com dominio naval?