Ingresso no SIS

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legeainvicta

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Ingresso no SIS
« em: Fevereiro 24, 2008, 08:15:05 pm »
Olá a todos.Estou altamente interessado em servir o SIS, já enviei várias candidaturas as quais não obtive resposta.Embora eu saiba, que quando necessitam de pessoal põem no diário da republica mas tudo muito camuflado.Sou um dos muitos a querer servir os serviços de informação no entanto gostaria de saber se me encontro mais prejudicado por não ter curso superior.Agradeço a vossa atenção.
 

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RicP

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Fevereiro 25, 2008, 02:47:13 pm »
Uma agência como o SIS não insere no diário da republica um aviso de recrutamento.

Por motivos de segurança isso é óbvio que não pode acontecer,o que acontece é que todos os candidatos devem preencher a folha de recrutamento no respectivo lugar no site oficial.

A sua candidatura fica armazenada com eles por um período de 2 anos e no caso de eventualmente precisarem de pessoal são chamados a partir daí,obtém uma resposta apenas para ser recrutado.

O facto de não ter curso superior não o impede de ingressar no SIS visto eles terem cargos e postos para pessoal desde a escolaridade mínima até á licenciatura.
« Última modificação: Março 05, 2008, 11:24:41 pm por RicP »
 

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Runa

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« Responder #2 em: Março 05, 2008, 08:02:09 pm »
Penso que o melhor que tenha a fazer é deslocar-se à sede do SIS e obter informações, ou em outro caso tentar o contacto telefónico ou por e-mail.

Cumprimentos,
Ricardo Runa
Para PQ tudo farei!
 

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quintanova

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« Responder #3 em: Março 09, 2008, 09:26:41 am »
Os SI portugueses são organismos essencialmente políticos (na boa tradição do nacional-porreirismo, cunhista e clientelar/caciquista), isto é, ou se tem cartão político, ou se entra por cunha "familiar".
Na boa tradição das informações, quem se candidata é menosprezado desde logo. Há quem afirme, aliás, que as inscrições são o primeiro impedimento ou critério definitivo de exclusão.

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legeainvicta

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« Responder #4 em: Março 11, 2008, 04:43:27 pm »
Citação de: "Runa"
Penso que o melhor que tenha a fazer é deslocar-se à sede do SIS e obter informações, ou em outro caso tentar o contacto telefónico ou por e-mail.

Cumprimentos,
Ricardo Runa


 Sr Ricardo Runa agradeço a sua atenção e assertividade.obrigado e saudações.
 

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pn

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« Responder #5 em: Março 12, 2008, 07:01:34 pm »
Citação de: "quintanova"
Os SI portugueses são organismos essencialmente políticos (na boa tradição do nacional-porreirismo, cunhista e clientelar/caciquista), isto é, ou se tem cartão político, ou se entra por cunha "familiar".
Na boa tradição das informações, quem se candidata é menosprezado desde logo. Há quem afirme, aliás, que as inscrições são o primeiro impedimento ou critério definitivo de exclusão.


Com todo o respeito que tenho pela opinião contrária, mas este é um dos maiores disparates que ouço desde há muito tempo.

É este tipo de pensamento que pode incentivar a continuação de alguns maus hábitos, em algumas organizações. Felizmente, hoje, este tipo de pensamento é um já um equívoco em muitas organizações e, segundo julgo saber, também no seio das instituições em causa.
 

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quintanova

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« Responder #6 em: Março 13, 2008, 04:56:50 pm »
Citação de: "pn"
Citação de: "quintanova"
Os SI portugueses são organismos essencialmente políticos (na boa tradição do nacional-porreirismo, cunhista e clientelar/caciquista), isto é, ou se tem cartão político, ou se entra por cunha "familiar".
Na boa tradição das informações, quem se candidata é menosprezado desde logo. Há quem afirme, aliás, que as inscrições são o primeiro impedimento ou critério definitivo de exclusão.

Com todo o respeito que tenho pela opinião contrária, mas este é um dos maiores disparates que ouço desde há muito tempo.

É este tipo de pensamento que pode incentivar a continuação de alguns maus hábitos, em algumas organizações. Felizmente, hoje, este tipo de pensamento é um já um equívoco em muitas organizações e, segundo julgo saber, também no seio das instituições em causa.


Caro PN,

O primeiro parágrafo que me cita é a minha opinião pessoal, enquanto cidadão. O segundo é um procedimento de qualquer serviço de informações para o recrutamente tanto de oficiais de informações como de agentes.

Se falarmos de recrutar administrativos, então tudo bem, faz-se por concurso. Agora, para oficiais de informações, voluntários são a primeira forma de descarte. O processo de recrutamento tem de ser dominado inteiramente pelo recrutador. Se não, arrisca-se o serviço a ser infiltrado por pessoas com objectivos ulteriores.

Os SI não devem ser mais uma repartição do Estado, mas indivíduos totalmente cmprometidos com a segurança e defesa nacional, e isso não se obtém por colocar o nome numa lista, vai-se buscar às universidades, e aos conhecidos.

Agora, uma outra questão deve ser, será que o SIS é uma SI eficaz e competente?

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pn

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« Responder #7 em: Março 14, 2008, 01:01:53 pm »
Boa tarde!

Como eu disse, não pretendo que interprete mal a minha observação, pois considero que cada um tem direito à sua opinião.

No entanto, posso-lhe dizer de fonte bastante segura, a admissão para os SI portugueses é a que se encontra plasmada na legislação. Isto, para qualquer categoria e tanto no SIS como no SIED.
Não falo na DIMIL, que é outra história. Nos primeiros falamos em intelligence estratégica e no último é intelligence puramente táctica.

Também posso adiantar que, segundo sei, o processo de selecção é bastante demorado (chega a durar 18 meses) e passa pelo crivo de vários júris (constituídos por elementos de áreas diferentes). Este processo funciona para todas as categorias, volto a referir.

Já no que respeita o tipo de selecção que indicou, esta é uma outra história. Estamos a falar do recrutamento de elementos para operações esporádicas ou missões mais demoradas. Alguns SI referem-se-lhes como fontes, outros utilizam-nos activamente e integram-nos parcialmente, dando-lhes uma sensação de pertencerem.

No entanto, as diferenças entre as situações que descrevi nos parágrafos anteriores diferem em: vínculo efectivo, grau de credenciação e o tipo de acompanhamento dado. No primeiro caso estamos a falar de funionários dos SI e no segundo caso, de "instrumentos de missão". Em Portugal, a legislação não prevê o segundo caso, à semelhança do que se refere à utilização de "escutas" ou a permissão para a execução de missões como: "extracção", "infiltração" ou "eliminação". Somos os tais "parentes pobres" de que se fala tanto...

Se me perguntar se concordo como é feita a selecção para os SI portugueses, concordo. É feita desta forma por várias razões de peso, que me dispenso a enumerar aqui.

Se me perguntar se os SI portugueses deveriam ter possibilidade de executar o tipo de missões a que me referi anteriormente, tenho de dizer que sim. Contudo, penso que estas apenas se deveriam processar em solo estrangeiro, nunca em TN. Os nossos SI não devem ser utilizados como um Centro de Estudos Estratégicos pois a defesa dos nossos Interesses Nacionais (pessoas e bens) exige a capacidade máxima de resposta e de possibilidade de prevenção.

Posso ainda dizer-lhe que conheço elementos que tentam entrar para os SI há 5/10 anos e não conseguiram. Têm enviado CV todos os anos. Alguns são excelentes académicos e há de tudo: Licenciados, Mestrados, Doutorados... Outros tentaram e conseguiram à primeira...

Portugal já não é o que era, em algumas coisas. E hoje, precisam-se excelentes profissionais, não primos e tias... Sempre se disse e é verdade: "Quem quer bolota, trepa!". É preciso é trepar de forma legítima e com base em capacidades reais...

Um abraço.

pn
 

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quintanova

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« Responder #8 em: Março 14, 2008, 01:58:25 pm »
Não crendo que os procedimentos se tenham alterado assim tanto, os Oficiais de Informações são o elemento central de qualquer SI, são os ditos elementos operacionais.

São exactamente aqueles que o Ministro Veiga Simão expos e inutilizou há uns anos, no SIEDM.

Não há nada que um bom operacional possa montar, que um político não consiga destruir. O SIS é um bom exemplo, quando quase sempre é dirigido por magistrados, expoentes mínimos da politiquice corriqueira, ao invés de ser dirigido por profissionais competentes.

O caro amigo está decerto a abarcar os Agentes, esses sim utilizados para operações esporádicas e específicas.

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pn

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« Responder #9 em: Março 14, 2008, 03:13:46 pm »
Citação de: "quintanova"
Não crendo que os procedimentos se tenham alterado assim tanto, os Oficiais de Informações são o elemento central de qualquer SI, são os ditos elementos operacionais.

São exactamente aqueles que o Ministro Veiga Simão expos e inutilizou há uns anos, no SIEDM.

Não há nada que um bom operacional possa montar, que um político não consiga destruir. O SIS é um bom exemplo, quando quase sempre é dirigido por magistrados, expoentes mínimos da politiquice corriqueira, ao invés de ser dirigido por profissionais competentes.

O caro amigo está decerto a abarcar os Agentes, esses sim utilizados para operações esporádicas e específicas.


Concordo, quando se refere aos Oficiais de Informações. No entanto, a lista ("Veiga Simão") a que se refere abarcava (segundo me lembro) não só os Operacionais mas todos os elementos do SIEDM.

Quanto aos interesses políticos ou interferências que possa haver, não me vou pronunciar. Confio que as estruturas (refiro-me ao Estado) acabam por começar a ser impermeáveis a esse tipo de situações, designadamente partidarizações, não obstante ser um facto de que é um hábito muito português, o facilitismo e a "mão que lava a outra". No entanto, também isto já se começa a revelar mais complicado, pelo nível de alerta/consciencialização na população.

No que respeita os Oficiais de Informações (impossível confundir com Agentes), actualmente já não são só os Operacionais. Existe agora o Analista-Operacional (conceito norte-americano, já adoptado mundialmente), que se enquadra numa nova forma de estar no mundo da Intelligence.

Apenas quero acrescentar, no que respeita o recrutamento, que essa competência agora é do SIRP. A ideia é seleccionar os melhores para as funções que melhor se adequam aos perfis. É uma ideia...

Quanto à seriedade do processo de selecção, reafirmo que se deve conhecer bem (ou tentar conhecer) as instituições de que falamos, correndo o risco de desrespeitar o esforço de muitos profissionais que tanto esforço têm feito e tanto têm dado a Portugal.

Um abraço.
 

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quintanova

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« Responder #10 em: Março 14, 2008, 10:07:18 pm »
Tudo bem, mas a mim faz-me comichão que o director de um SI venha de um quadrante político. Talvez seja uma visão militarista, embora uma perspectiva organizacional, mas eu acho que só após sair do serviço é que deve demonstrar a sua simpatia partidária.

Infelizmente falamos de um problema português, onde a partidocracia estende o seu poder e influência sobre todo o aparelho de Estado, reproduzindo-se ciclicamente, negando o serviço público desinteressado e estritamente apartidário que já houve noutros tempos.

Não é mal estritamente português, como aquela oficial de informações loira americana que também foi recentemente exposta pela administração Bush poderá provar. Infelizmente, aqui o mal é próximo e pode custar a nossa segurança nacional.

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Magnifico

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Dúvidas...
« Responder #11 em: Março 16, 2008, 08:14:41 pm »
Senhores cidadãos PN e QuintaNova

Li a vossa dialéctica mas qual dos dois terá razão...
 

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Elgeninho

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« Responder #12 em: Março 30, 2008, 04:37:03 am »
Boa Noite

Será que é preferível mandar o currículo por email ou ir pessoalmente entregar?



abraço
 

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RicP

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« Responder #13 em: Março 30, 2008, 05:47:32 am »
Citação de: "Elgeninho"
Boa Noite
Será que é preferível mandar o currículo por email ou ir pessoalmente entregar?
abraço


Será mais correcto mandar por email.
 

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Elgeninho

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« Responder #14 em: Março 31, 2008, 12:54:50 pm »
Citação de: "RicP"
Citação de: "Elgeninho"
Boa Noite
Será que é preferível mandar o currículo por email ou ir pessoalmente entregar?
abraço

Será mais correcto mandar por email.


Que fundamento baseias para ser por email e não pessoalmente?