Projecto Embraer/OGMA para Novo Avião de Transporte

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Mar Verde

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Projecto Embraer/OGMA para Novo Avião de Transporte
« em: Fevereiro 09, 2007, 08:29:41 am »
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EXPRESSO 09 FEV 07

OGMA quer fabricar aviões na Opel da Azambuja
 
Construção de parte do novo avião militar de transporte da Embraer pode levar à compra da ex-fábrica de automóveis

A OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal está a posicionar-se para comprar as antigas instalações da fábrica da Opel, na Azambuja, com o objectivo de assegurar a expansão da sua área de fabricação de aeronaves. A empresa, participada pela brasileira Embraer, equaciona construir naquelas instalações parte de um novo avião de transporte militar táctico.

As negociações para a aquisição da fábrica da Opel já passaram pela Câmara Municipal da Azambuja, cujo presidente, Joaquim Ramos, foi convocado esta semana para uma reunião na API (Agência Portuguesa de Investimento). “Ainda não há dados concretos sobre a matéria, mas as negociações estão a decorrer”, frisou o autarca. O mesmo responsável confirmou estar em contacto permanente com a administração da Opel sobre o processo de desmantelamento da fábrica, que terá de estar concluído até ao dia 30 de Março.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #1 em: Fevereiro 19, 2007, 12:31:19 am »
Está notícia passou um pouco ao lado da comunicação social, mas acho-a de uma importância extrema.

A notícia na íntegra:

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Expresso Economia, 9 de Fevereiro de 2007

Aeronáutica
OGMA quer Opel da Azambuja

Participada da empresa brasileira Embraer estuda a expansão da sua actividade em Portugal

A OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal) está a posicionar-se para comprar as antigas instalações da Opel, na Azambuja, com o fito de assegurar a expansão da sua área de fabricação de aeronaves. Por detrás deste objectivo da empresa, participada pela brasileira Embraer, estaria a construção de um novo avião de transporte militar táctico, situado entre o CASA C-295 e o Lockheed Martin C-130, revelou ao Expresso uma fonte próxima do processo.

"Em Agosto de 2006 (por ocasião da visita do primeiro-ministro, José Sócrates, à Embraer), o Estado português (representado pela API), a Embraer e a OGMA assinaram um protocolo de intenções em decorrência do qual têm sido feitos vários estudos e avaliações", afirmou o presidente da Embraer, Maurício Botelho. "Os estudos e avaliações estão a ser desenvolvidos para que se possa oportunamente tomar decisões", acrescentou o director-presidente da OGMA, António Mosteiro. Escusando-se a prestar mais declarações, nenhum dos responsáveis da empresa brasileira refutou a informação apurada pelo Expresso.

As negociações para a aquisição da fábrica da Opel por parte da OGMA já passaram pela Câmara Municipal da Azambuja, cujo presidente, Joaquim Ramos, foi convocado esta semana para uma reunião na API (Agência Portuguesa de Investimentos). "Ainda não há dados concretos sobre a matéria, mas as negociações estão a decorrer", frisou Joaquim Ramos. O mesmo responsável confirmou estar contacto permanente com a administração da Opel sobre o processo de desmantelamento da fábrica, que terá de estar concluído até ao dia 30 de Março. No entanto, a General Motors Portugal optou por não fazer comentários, informando que a venda da fábrica está a ser tratada directamente pela GM Europe que, por sua vez, confiou as negociações à empresa imobiliária Richard Ellis.

Desde a tomada de participação de 65% no capital da OGMA, em Março de 2005, a Embraer procedeu à remodelação dos hangares afectos à fabricação, investiu numa nova sala limpa para materiais compósitos e criou um hangar específico para a assistência a jactos executivos. No entanto, a falta de espaço em Alverca para a construção de aviões de maior dimensão levou a empresa a estudar a possibilidade de adquirir a fábrica da Opel, na Azambuja. Além da proximidade geográfica, dispõe de uma área superior a 40 mil metros quadrados (acrescida dos terrenos da antiga Ford Lusitana) e é servida por uma linha de caminho-de-ferro, o que facilita a ligação entre as duas unidades industriais. Uma alternativa à solução de comprar a fábrica da Opel passaria pela cedência dos terrenos contíguos às instalações da OGMA, em Alverca, ainda ocupadas pela Força Aérea Portuguesa (com a qual, aliás, a empresa compartilha a pista de aterragem).

O novo avião militar que a Embraer projecta construir em Portugal será mais pequeno que o Hercules C-130, embora possa transportar a mesma tonelagem de carga (25 a 30 toneladas) e cobrir as mesmas rotas em menos tempo e a uma velocidade máxima superior (800 contra 610 km/h). As opções de motorização apontam para turbinas Pratt & Whitney ou Rolls-Royce. A confirmar-se a sua produção, o protótipo do novo avião não deverá voar antes de 2009, estando as primeiras entregas previstas para 2010, por um preço de 50 milhões de dólares (41,6 milhões de euros), superior ao do C-130, mas inferior ao do novo Airbus A400M.

Alexandre Coutinho




Numa altura em que o projecto do C-130 J está constantemente a ser abalado, e o do A-400 M começa a dar problemas, este suposto avião viria na altura certa.

Alguém tem mais informações sobre este projecto?
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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« Responder #2 em: Fevereiro 19, 2007, 03:40:30 am »
A FAB sempre foi o "cliente de lançamento" de todas as aeronaves militares da EMBRAER, mas com a compra do C-295 não vejo como este novo avião se poderá encaixar na FAB.
Porque não acredito muito na possibilidade de "O novo avião militar que a Embraer projecta construir em Portugal será mais pequeno que o Hercules C-130, embora possa transportar a mesma tonelagem de carga (25 a 30 toneladas) e cobrir as mesmas rotas em menos tempo e a uma velocidade máxima superior (800 contra 610 km/h)."

Seja como for, que venha de lá essa construção aqui pr'á Azumbuja!


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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Tiger22

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« Responder #3 em: Fevereiro 19, 2007, 04:44:07 pm »
Duas possíveis opções do aparelho em causa retiradas do Fórum Defesa Brasil:






Ninguém quer tentar pô-los com as cores portuguesas? c34x
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Fireman Sam

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« Responder #4 em: Fevereiro 19, 2007, 05:16:38 pm »
Caro Tiger

O segundo desenho é a versão de patrulhamento marítimo e é baseado na versão civil do Embraer 190 já produzido, não tem nada a ver com o projecto a que a notíca se refere :)
Cumprimentos

Sandro Magalhães

Litografia Asas de Portugal 30 Anos (1977-2007)

Em produção: Esq. 103, Esq. 201, Esq. 301, Esq. 501, Esq. 552, Asas de Portugal e Rotores
 

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Tiger22

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« Responder #5 em: Fevereiro 19, 2007, 05:36:45 pm »
Citação de: "Fireman Sam"
Caro Tiger

O segundo desenho é a versão de patrulhamento marítimo e é baseado na versão civil do Embraer 190 já produzido, não tem nada a ver com o projecto a que a notíca se refere :G-Ok: pensei que fosse uma transformação do mesmo para a versão de transporte.
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-George W. Bush-
 

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typhonman

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« Responder #6 em: Fevereiro 20, 2007, 12:12:21 am »
Seria uma opção interessante para substituir os C130H, mas sem esquecer a necessidade de uma aeronave do tipo A400 ou C17.
 

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Fireman Sam

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« Responder #7 em: Fevereiro 20, 2007, 11:43:25 am »
A meu ver a aquisição de uma aeronave de transporte estratégico tipo C-17  não fará qualquer sentido para a FAP, vou mais na doutrina de uma possível força conjunta da NATO como já se faz para os E-3 na base de Geilenkirchen.
Cumprimentos

Sandro Magalhães

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Jorge Pereira

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« Responder #8 em: Março 10, 2007, 01:11:12 pm »
Citar
Defesa arrisca investimento da Embraer
 
Instalação de concorrente da OGMA em Portugal pode levar à suspenção de investimentos superiores a 200 milhões de euros
 


Alguém pode desenvolver esta notícia de hoje do expresso? :wink:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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« Responder #9 em: Março 10, 2007, 01:40:28 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
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Defesa arrisca investimento da Embraer
 
Instalação de concorrente da OGMA em Portugal pode levar à suspenção de investimentos superiores a 200 milhões de euros
 

Alguém pode desenvolver esta notícia de hoje do expresso? :?:
 

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TaGOs

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« Responder #10 em: Abril 19, 2007, 07:19:13 pm »
Uma imagem do aparelho.



e a noticia que a acompanha:


Brazilian manufacturer Embraer has confirmed it is studying a military airlifter, the C-390, first revealed exclusively by Flight International last year.

The medium-size military transport uses technology from the Embraer 190 small airliner, but has a high wing and rear loading ramp.

Embraer says the C-390 has fly-by-wire flight controls and can be equipped for aerial refueling, both as a receiver and a tanker.
The artist’s impression released by the Brazilian manufacturer shows the high-mounted wing, raised tail and prominent sponsons for high-flotation landing gear.

The C-390, if developed, would be the heaviest aircraft ever produced by Embraer, carrying up to 19t (41,890lb) of cargo including wheeled armoured vehicles.

This places the aircraft between the twin-turboprop Alenia C-27J, with an 11.5t payload, and the Lockheed Martin C-130J, with a 21.7t payload.

“Our analyses indicate that there is a potential market for this type of aircraft worldwide, especially to substitute older models that will reach the end of their useful life over the coming decade, says Luiz Carlos Aguiar, vice-president, defence and government market.

“We have discussed with other specialised mainline companies jointly sharing the development,” he says. Embraer says it plans to release more information on the study “in good time”.

Embraer has only a small defence business, building the EMB-314 Super Tucano turboprop trainer and intelligence, surveillance and reconnaissance (ISR) variants of its ERJ-145 regional jet family, as well as performing upgrades of combat aircraft operated by the Brazilian air force.

Fonte: http://www.flightglobal.com/articles/20 ... ifter.html
 

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« Responder #11 em: Abril 19, 2007, 07:59:16 pm »
Esse avião será para substituir alguns modelos russos no mercado internacional? É que na Europa não vejo grande mercado para ele.

Cumprimentos,
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« Responder #12 em: Abril 19, 2007, 08:59:36 pm »
Citação de: "Get_It"
Esse avião será para substituir alguns modelos russos no mercado internacional? É que na Europa não vejo grande mercado para ele.

Cumprimentos,


Como reabastecimento aéreo para uma pequena força aérea como a FAP, que por impossibilidades económicas ou logisticas não possa ( ou não necessite de operar ) aviões cisternas maiores como o A-310 MRTT ou o KC-135 ?
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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« Responder #13 em: Abril 19, 2007, 10:29:50 pm »
Citação de: "Bravo Two Zero"
Como reabastecimento aéreo para uma pequena força aérea como a FAP, que por impossibilidades económicas ou logisticas não possa ( ou não necessite de operar ) aviões cisternas maiores como o A-310 MRTT ou o KC-135 ?

Mmm hmm. Só se utilizar o sistema flying boom para os reabastecer, ou seja à "girly way", agora se utilizar o sistema por sondas mais vale comprar o A400M que também têm capacidade para isso e maior autonomia e capacidade de carga.

Pessoalmente acho que comprar um avião especializado (mesmo que tenha capacidade para transporte de passageiros) só para reabastecimento aéreo para uma pequena força aérea como a FAP um bocado exagerado, e provavelmente é só mesmo para ser utilizado como motivo para componentes dos aviões serem produzidos cá. Continuo a achar que mais valia comprar uns oito ou dez A400M ao longo dos próximos anos e assim a FAP ficava com apenas um modelo de avião para transporte táctico, de passageiros, e de reabastecimento aéreo - e que podia ter tido componentes construídos cá se o governo não tivesse desistido do projecto.

Cumprimentos,
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typhonman

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« Responder #14 em: Abril 19, 2007, 10:42:37 pm »
Os F16 não podem ser reabastecidos pelo A400M, a menos que sejam modificados.