Suporte aéreo de combate

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Luso

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« Responder #30 em: Outubro 14, 2005, 04:13:18 pm »
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O mais fácil, embora complicado para as nossas cabeças (ou as cabeças dos oficiais do Exército e da Força Aérea) é coordenar operações. Se os senhores da F.A. e do Exército não são capazes, então se calhar devem demitir-se e arranjar quem seja capaz, em vez de andarem a criar GALES e GALINHOS, que só servem para desbaratar o dinheiro dos nossos impostos, mas que deixam o país indefeso.


Em cheio!
E isto aplica-se a muitas outras situações da administração pública.
As capelinhas são o resultado de incapacidade de coordenação de de autoridade interarmas e nós não nos podemos dar ao luxo disso.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Spectral

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« Responder #31 em: Outubro 14, 2005, 06:37:13 pm »
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O Espaço Aéreo em que a Força Aérea se debaterá em caso de conflito que envolva directamente Portugal, será sempre condicionado pela nossa realidade geográfica. Logo, o Oceano Atlântico, será sempre um teatro de operações. Pelo menos assim deveria ser, no meu entendimento do que é uma defesa eficaz.

É tão importante a coordenação entre uma fragata e um avião, como o é entre uma unidade do exército e os aviões de apoio de fogo.

Evidentemente que eu considero que devemos ter aviões equipados com capacidade para efectuar ataques navais. Ora este é mais um argumento em favor da transferência dos F-16 para a Marinha.

Nem as missões TASMO são as mais importantes ou muito menos as únicas para a FAP. Aliás, se virmos num cenário até daqui a 20 anos são muito mais prováveis missões de ataque ao solo/ apoio aéreo numa intervenção internacional do que a defesa pela FAP das nossas costas contra uma frota inimiga. Um pouco de realismo sff...

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Aliás, estariam apenas a voltar à base:
Em 1949, antes de se criar a Força Aérea, os ramos aéreos do exército e da marinha tinham alguma dimensão:

A Aviação do Exército tinha quase 300 aviões, entre os quais destaco:
Caça-Bombardeiro Hurricane Mk II: 103 unidades
Caça Spitfire-Mk V: 76 unidades
Junkers JU-52: 10 unidades
Douglas C-54: 2 unidades
Douglas C-47: 5 unidades
Boeing B-17: 1 unidade

A Aviação Naval, tinha muito menos aviões – Entre 50 e 60 - mas eram os mais sofisticados, e dos quais se destacam:
Hidroaviões para vigilância Grumman G21 e G44: 12 unidades
Aviões torpedeiros Bristol Beaufighter: 15 unidades

Os Beaufighter começaram a ser substituídos na marinha por 24 aviões Helldiver, que permitiam atacar navios inimigos nas águas dos Açores e da Madeira.

A marinha tinha os seus Helldiver num estado de prontidão de tal forma elevado, que os próprios americanos chegaram a considerar estudar o sistema de manutenção da marinha para o adaptarem às necessidades americanas.

A marinha era o ramo das F.A. com mais capacidade para operar aeronaves. Embora tivesse muito menos aviões, batia o exército aos pontos.

No entanto, a realidade é que a totalidade de aeronaves, se aproximava das 400, ora quatrocentos aviões, era de facto muita fruta. E para um país como Portugal, começava a fazer sentido ter uma Força Aérea, a qual acabou sendo criada por decreto em 1952, tendo o seu principal defensor sido o general Humberto Delgado (que todos conhecemos por outras razões).

E o que tem isto tudo a ver com a realidade actual ? Apenas que a operação de aviões sofisticados de uma maneira eficaz exige uma estrutura tal que implica uma Força Aérea autónoma. Não é preciso estarmos sempre a reinventar a pólvora.


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Quando vejo que o numero de aeronaves operados, descendeu vertiginosamente. Que o numero de unidades combatentes passa praticamente por 30 aeronaves, às quais se juntarão umas vinte aeronaves de transporte, e no futuro uns 20 ou 30 helicópteros, fico com a impressão de que estamos mais para 1940 que para 2010, e que por isso as razões que estiveram na origem da criação da Força Aérea, cada vez são menos.

Quando se fala na volta de corpos aéreos do exército, quando a marinha pode operar não só os Lynx, mas também EH-101 que poderão ser utilizados a partir de um eventual NavPol, o que começo a ver é que cada vez a Força Aérea, que foi criada para juntar tudo o que tínhamos, e que já era bastante, acabará por ficar absolutamente reduzida.

Faria muito mais sentido passar os F-16 para a marinha, que voltariam a ser (como no passado) o ramo a operar as unidades mais sofisticadas, e os aviões de ataque, helicópteros e aviões de transporte para o exército.

A razão de existência da Força Aérea como ramo independente deve-se às suas missões diferentes, não a ter o nº x ou y de aparelhos para operar.


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Não há em Portugal lugar para três corpos aéreos diferentes. Ou se dá as asas à Força Aérea, ou então devia acabar-se com o ramo “Força Aérea” e criar a Força Aérea do Exército e a Aviação Naval.

Corpos aéreos ? Mas quem falou nisso ? A dimensão da esquadrilha de Lynxs ou do futuro GALE será sempre muito diminuta.


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O mais fácil, embora complicado para as nossas cabeças (ou as cabeças dos oficiais do Exército e da Força Aérea) é coordenar operações. Se os senhores da F.A. e do Exército não são capazes, então se calhar devem demitir-se e arranjar quem seja capaz, em vez de andarem a criar GALES e GALINHOS, que só servem para desbaratar o dinheiro dos nossos impostos, mas que deixam o país indefeso.

Fácil? Coordenar operações entre-ramos é e sempre será o mais dificil na guerra Veja-se os problemas americanos com o fogo inimigo no Iraque e Afeganistão.


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Um dos nossos problemas, é a dificuldade que temos em aceitar mudanças radicais, por muito necessárias e óbvias que elas pareçam.


Outro problema é adorarmos sempre atitudes ou personagens messiânicas/sebastianicas que num golpe de magia com uma grande mudança resolvem todos os nossos problemas.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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p_shadow

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« Responder #32 em: Outubro 14, 2005, 09:15:14 pm »
F-16 na Marinha?! :lol:


E qual é o problema em relação ao GALE?!

Se tudo tivesse corrido como se esperava, o GALE, que na altura tinha outro nome que não me recordo, estaria operacional no inicio dos anos noventa (tal como a Esquadrilha de Helicópteros da Marinha). De certeza que hoje ninguem estaria aqui a pôr em causa a sua existência.


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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Miguel

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« Responder #33 em: Outubro 14, 2005, 09:18:47 pm »
Citação de: "p_shadow"
F-16 na Marinha?! :lol:


E qual é o problema em relação ao GALE?!

Se tudo tivesse corrido como se esperava, o GALE, que na altura tinha outro nome que não me recordo, estaria operacional no inicio dos anos noventa (tal como a Esquadrilha de Helicópteros da Marinha). De certeza que hoje ninguem estaria aqui a pôr em causa a sua existência.


Cumptos


Bem não concordo com o PT sabre desactivação da FAP
eu julgo que os F16 e a nossa 1° arma dissuasiva portanto deve ser independente da Armada ou Exército...

Sobre o GALE eu sou a favor da sua extinção pura e simples, e colocar na Esquadra 552 todos os Meios de Hélis Ligeiros
 

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papatango

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« Responder #34 em: Outubro 15, 2005, 10:26:24 pm »
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Nem as missões TASMO são as mais importantes ou muito menos as únicas para a FAP. Aliás, se virmos num cenário até daqui a 20 anos são muito mais prováveis missões de ataque ao solo/ apoio aéreo numa intervenção internacional do que a defesa pela FAP das nossas costas contra uma frota inimiga. Um pouco de realismo sff...

Considero que as aeronaves da marinha deveriam ter duas funções:
1 - Controlo do espaço aéreo do continente
2 - Controlo do espaço aéreo nas regiões autónomas
3 - Controlo do espaço aéreo no triangulo estratégico.

As restantes missões, devem passar para o exército.
Para o efeito o exército seria provido de:

-Aeronaves de ataque (de asa fixa ou rotativa)
-Aeronaves de transporte e ligação
-Aeronaves de treino

Aliás, se colcarmos as unidades de ataque ao solo de asa rotativa e os helicopteros e aviões de transporte no Exército, o que é que resta?

Deveriamos ter uma Força Aérea por causa dos 20 F-16?

A Força Aérea Portuguesa foi criada para uma realidade que já não existe, quando Portugal operava quase quatrocentas aeronaves. Mesmo durante a guerra em África, operávamos uma grande quantidade de aeronaves, embora se tratasse praticamente de uma Força Aérea de avionetas, mas hoje nada disso existe.

Citação de: "Spectral"
E o que tem isto tudo a ver com a realidade actual ? Apenas que a operação de aviões sofisticados de uma maneira eficaz exige uma estrutura tal que implica uma Força Aérea autónoma. Não é preciso estarmos sempre a reinventar a pólvora.
A Marinha sempre foi o ramo mais avançado das Forças Armadas. Logo, se há necessidades do ponto de vista tecnológico, então é na Marinha que deveriam estar as armas mais sofisticadas.

Citação de: "Spectral"
A razão de existência da Força Aérea como ramo independente deve-se às suas missões diferentes, não a ter o nº x ou y de aparelhos para operar.
A unica função da Força Aérea que não tem nada a ver com o exército é a garantia de superioridade aérea. E essa é dada por uma esquadra de 20 aeronaves. O resto, pode perfeitamente ser de responsabilidade da Força Aérea do Exército, como aliás ocorría antes da criação da Força Aérea Portuguesa.

Citação de: "Spectral"
Outro problema é adorarmos sempre atitudes ou personagens messiânicas/sebastianicas que num golpe de magia com uma grande mudança resolvem todos os nossos problemas.
Isso é verdade, mas não vejo o que é que isso tem a ver com as poupanças que teriamos com a extinção da Força Aérea


Citação de: "p_shadow"
Se tudo tivesse corrido como se esperava, o GALE, que na altura tinha outro nome que não me recordo, estaria operacional no inicio dos anos noventa (tal como a Esquadrilha de Helicópteros da Marinha). De certeza que hoje ninguem estaria aqui a pôr em causa a sua existência.

Se tudo tivesse corrido como se esperava, nós tinhamos já neste momento GALE, duas esquadras de F-16, A-400 operacionais, seis fragatas modernas na marinha, o Navpol prestes a ser entregue à marinha e por aí fora.

O problema é exactamente esse p_shadow: Nada correu como se esperava.
E é por isso que a situação é a que é. E é por isso que há que há que tomar medidas corajosas. Acabar com a Força Aérea, daría ao país uma ideia do ponto a que as coisas chegaram.
A maioria das pessoas está-se lixando para as questões de Defesa Nacional. E vai continuar assim, se nada for feito.


===========
A possibilidade de extinguir a Força Aérea, é para mim, mais uma questão académica, resultante de achar que é possível manter todos os meios aéreos sob uma mesma estrutura e coordena-los de forma a que operem em conjunto.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Miguel

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« Responder #35 em: Outubro 15, 2005, 10:44:43 pm »
Melhor seria acabar com as forças armadas

ficavamos com a Guarda Costeira,(acabava a Armada)

metia-se os EH101 e C130  ao serviço do SNPCB (acabava a FAP)

acabava o exercito e ficavamos com a GNR

e depois podia-se então acabar com os politicos, porque finalmente seriamos uma provincia da Iberia
 

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papatango

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« Responder #36 em: Outubro 15, 2005, 10:49:40 pm »
Se você soubesse quais são os planos para a Ibéria que o Mario Soares  já tem escritos na gaveta, não dizia essas coisas engraçadas Miguel...  :twisted:  :twisted:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Miguel

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« Responder #37 em: Outubro 16, 2005, 08:42:21 am »
Citação de: "papatango"
Se você soubesse quais são os planos para a Ibéria que o Mario Soares  já tem escritos na gaveta, não dizia essas coisas engraçadas Miguel...  :twisted:  :wink:

eu conheco perfeitamente os planos do Soares, deve ser qualquer coisa como entregar Portugal a Espanha em troca de UM posto de Vice REY de Portugal :evil:

alias aquilo que ele fez no ultramar .......
 

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papatango

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« Responder #38 em: Outubro 17, 2005, 10:54:49 am »
Por acaso, não acho que seja isso.
Seria demasiado óbvio, e a população rejeita-la-ía.

Os planos são (Ou pelo menos tudo o indica) muito mais maquiavélicos.

Cumprimentos
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