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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Exército Português => Tópico iniciado por: JPMM em Dezembro 11, 2011, 08:01:31 pm

Título: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 11, 2011, 08:01:31 pm
Estive a ler um artigo sobre a US Light Infantry BCT (Brigade Combat Team) e uma vês que o modelo geral organizativo adaptado por nós é o dos Estados Unidos (conforme mencionado pelo CEME quando chegaram os Leopard 2A6), quero identificar as diferenças em relação aos BIPara.

Na BCT as Companhias de Atiradores têm:
- Cmd CAt (14) (2of+3sar+9cb/sol)
             Secção de Comando (8) (2of+2sar+4cb/sol) (7 M16A2+2 M9 Pist)
             Secção de Morteiros Ligeiros (6) (1sar+5cb/sol) (2 M224 60mm+2 M16A2+4 M9 Pist)
- 3 Pelotões de Atiradores (39) (1of+5sar+33cb/sol)
            Cmd PlAt (3) (1of+1sar+1sol) (3 M16A2+1 M9 Pist)
             3 Secções de Atiradores (9) (1sar+8cb/sol) (2 M249 SAW+2 M203+5 M16A2)
             Secções de Apoio (9) (1sar+8cb/sol) (2 M240+2 Javelin ATGM+5 M16A2+4 M9 Pist)
- Totais:
131 Homens (5of+18sar+108cb/sol)
2 Morteiros Ligeiros M224 60mm
6 SLMAC Javelin
6 Metralhadoras M240 7,62mm
18 Metralhadoras Ligeiras M249 SAW 5,56mm
18 Espingardas M16A2 5,56mm c/Lançadores de Granadas M203 40mm
78 Espingardas M16A2 5,56mm
21 Pistolas M9 9mm

Nos BIPara as Companhias de Atiradores têm? (quem serve nelas que corrija PF)
- Cmd CAt (34) (2of+11sar+21cb/sol)
             Secção de Comando (8) (2of+3sar+3cb/sol) (7 Galil AR+2 P38)
             Secção de Morteiros Ligeiros (17) (7sar+10cb/sol) (3 LR 60mm+10 Galil AR+7 P38)
             Secção Anti-carro (9) (1sar+8cb/sol) (4 M2 Carl Gustav+5 Galil AR+4 P38)
- 3 Pelotões de Atiradores (34) (1of+4sar+29cb/sol)
            Cmd PlAt (3) (1of+1sar+1sol) (3 Galil AR+1 P38)
             3 Secções de Atiradores (9) (1sar+8cb/sol) (2 Galil ARM+2 HK79+5 Galil AR)
             2 Esquadras MetL (4) (4cb/sol) (1 MG3+1 Galil AR+1 P38)
- Totais?
136 Homens (5of+23sar+108cb/sol)
3 Morteiros Ligeiros Soltam LR 60mm
4 CSR M2 Carl Gustav 84mm
6 Metralhadoras MG3 7,62mm
18 Espingardas de Apoio Galil ARM 5,56mm
18 Espingardas G3A4 7,62mm c/Lançadores de Granadas HK79 40mm
82 Espingardas Galil AR 5,56mm
22 Pistolas P38 9mm

Alguem ajude!
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Portucale em Dezembro 18, 2011, 11:18:34 pm
Caro JPMM,

Onde obteve esta organização de uma 'CAT' US Light Infantry BCT?

Segundo este site as CAT têm 141 Homens;
http://www.globalsecurity.org/jhtml/jfr ... toe.gif||| (http://www.globalsecurity.org/jhtml/jframe.html#http://www.globalsecurity.org/military/agency/army/images/bct-infantry-toe.gif|||)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 20, 2011, 11:28:18 am
:arrow: viewtopic.php?p=146943#p146943 (http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?p=146943#p146943)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: joaosilvadelemos em Dezembro 22, 2011, 02:02:46 am
Caros amigos:

Depois de ler a questão sobre a organização (que me parece pertinente), gostaria de contribuir com dois aspetos:

1 - Os BIPara são Infantaria Ligeira aerotransportada, pelo que me parece lógica a comparação  com os batalhões das brigadas aerotransportadas americanas, uma vez que, desde 2006, a 82ª e a 101ª divisões adotaram a organização modular. É siggnificativo verificar se, mesmo sendo modulares, os batalhões das divisões americanas mantêm a estrutura prevista para as unidades de manobra das IBCT;
2 - A BRR portuguesa não foi criada para atuar como uma brigada, mas sim para projetar unidades de escalão batalhão. Por conseguinte, um exercício interessante seria observar que componentes existem (ou deveriam existir) nos batalhões portugueses, que não são necessários nos americanos, uma vez que estes últimos foram construídos para trabalhar sempre enquadrados na sua BCT.

Cumprimentos e bom trabalho!

Lemos
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 22, 2011, 11:06:12 am
Viva camaradas! Os efectivos indicados são os correctos, o batalhão tem 683 homens dos quais 46 oficiais e 637 sargentos e praças. A composição é HHC com 211 homens, incluindo 25 oficiais e 186 sargentos e praças, uma Weapons Company de 79 homens, incluindo 6 oficiais e 73 sargentos e praças e 3 Rifle Companies de 131 homens, incluindo 5 oficiais e 126 sargentos.

Está disponível para consulta no FM3-21-12.

Quanto ao tópico para onde me direccionou o Martelo, não acredito nas Secções de Atiradores com 2 Galil AR, 2 Galil ARM e 2 G3A4. Eu também estive no Exército durante 5 Anos (1994, 1995, 1996, 1997 e 1998). Metade desse tempo no Batalhão de Infantaria do ADTA (RG1) e a outra metade no GCC da BMI (RC4). Sei muito bem como funcionam tanto um BI como o GCC.

Sobre a questão do Lemos, os nossos BIPara têm uma CCA (Companhia de Comando e Apoio) onde estão presentes:
- Secção de Transmissões
- Pelotão de Reconhecimento
- Pelotão de Morteiros Médios
- Pelotão Anti-carro
- Secção Sniper
- Secção VCB
- Pelotão Sanitário
- Secção de Reabastecimento e Transportes

Na IBCT a HHC tem:
- Secção de Transmissões
- Pelotão de Reconhecimento
- Pelotão de Morteiros Médios
- Pelotão Apoio de Fogo (incluindo Anti-carro)
- Secção Sniper
- Pelotão Sanitário

A diferença está exactamente no facto de nós termos a Secção de Reabastecimento e Transportes no BIPara e os US têm a logística concentrada em companhias a nível de Brigada. Esta Secção é que permite movimentar Alimentação, Munições, Combustíveis, Lubrificantes e alguns sobressalentes para as viaturas do BIPara, dando-lhe assim alguma autonomia.

A SecVCB no caso dos US está concentrada no RSTA Cavalry Squadron tal como eu defendo para nós.

Obrigado
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 22, 2011, 04:05:22 pm
Citação de: "joaosilvadelemos"
Caros amigos:

Depois de ler a questão sobre a organização (que me parece pertinente), gostaria de contribuir com dois aspetos:

1 - Os BIPara são Infantaria Ligeira aerotransportada, pelo que me parece lógica a comparação  com os batalhões das brigadas aerotransportadas americanas, uma vez que, desde 2006, a 82ª e a 101ª divisões adotaram a organização modular. É siggnificativo verificar se, mesmo sendo modulares, os batalhões das divisões americanas mantêm a estrutura prevista para as unidades de manobra das IBCT;

Desculpe-me, mas discordo, realmente os batalhões "Airborne" Norte-Americanos são meras unidades Infantaria Ligeira aerotransportada, já os Pára-quedistas Portugueses são Infantaria Ligeira de Assalto, são Pára-quedistas na sua verdadeira palavra (tal como grande parte das unidades congéneres na Europa, Brasil, etc). Há uma grande diferença entre um militar que recebe uma formação especifica desde o dia 0 da sua formação militar, de um militar que faz um curso de Pára-quedismo e pouco mais. Houve realmente vontade do Exército de tornar os Pára-quedistas  em algo como a 82ª Divisão, mas felizmente o bom senso imperou (isso e o facto de ter havido um oficial Pára-quedista que foi para uma posição chave neste tipo de assuntos). Durante uns 2 anos (?) a sub-especialidade era tirada na EPI e isso fez com que a qualidade final baixa-se claramente.

Citar
2 - A BRR portuguesa não foi criada para atuar como uma brigada, mas sim para projetar unidades de escalão batalhão. Por conseguinte, um exercício interessante seria observar que componentes existem (ou deveriam existir) nos batalhões portugueses, que não são necessários nos americanos, uma vez que estes últimos foram construídos para trabalhar sempre enquadrados na sua BCT.

Cumprimentos e bom trabalho!

Lemos

A BrigRR foi criada para unificar sobre o mesmo comando as Tropas Especiais do Exército, mas desde aí a coisa evoluiu e agora há toda uma série de sub-unidades que não fazem sentido numa brigada com esse propósito. Eu diria que actualmente a BrigRR está pensada para operar através de agrupamentos levantados de acordo com as necessidades.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 22, 2011, 04:11:17 pm
Citação de: "JPMM"
Viva camaradas! Os efectivos indicados são os correctos, o batalhão tem 683 homens dos quais 46 oficiais e 637 sargentos e praças. A composição é HHC com 211 homens, incluindo 25 oficiais e 186 sargentos e praças, uma Weapons Company de 79 homens, incluindo 6 oficiais e 73 sargentos e praças e 3 Rifle Companies de 131 homens, incluindo 5 oficiais e 126 sargentos.

Está disponível para consulta no FM3-21-12.

Quanto ao tópico para onde me direccionou o Martelo, não acredito nas Secções de Atiradores com 2 Galil AR, 2 Galil ARM e 2 G3A4. Eu também estive no Exército durante 5 Anos (1994, 1995, 1996, 1997 e 1998). Metade desse tempo no Batalhão de Infantaria do ADTA (RG1) e a outra metade no GCC da BMI (RC4). Sei muito bem como funcionam tanto um BI como o GCC.

Sobre a questão do Lemos, os nossos BIPara têm uma CCA (Companhia de Comando e Apoio) onde estão presentes:
- Secção de Transmissões
- Pelotão de Reconhecimento
- Pelotão de Morteiros Médios
- Pelotão Anti-carro
- Secção Sniper
- Secção VCB
- Pelotão Sanitário
- Secção de Reabastecimento e Transportes

Na IBCT a HHC tem:
- Secção de Transmissões
- Pelotão de Reconhecimento
- Pelotão de Morteiros Médios
- Pelotão Apoio de Fogo (incluindo Anti-carro)
- Secção Sniper
- Pelotão Sanitário

A diferença está exactamente no facto de nós termos a Secção de Reabastecimento e Transportes no BIPara e os US têm a logística concentrada em companhias a nível de Brigada. Esta Secção é que permite movimentar Alimentação, Munições, Combustíveis, Lubrificantes e alguns sobressalentes para as viaturas do BIPara, dando-lhe assim alguma autonomia.

A SecVCB no caso dos US está concentrada no RSTA Cavalry Squadron tal como eu defendo para nós.

Obrigado

Eu servi depois de si e EU não faço menor idéia como aquilo está. Pelo que eu ouvi quando fui em 2010 à ETP, aquilo está às moscas, neste momento não há voluntários em quantidade nem em qualidade suficiente. Sei que à relativamente pouco tempo (2006?) houve uma grande restruturação nos BIParas, por isso só sabe quem lá está (o forista em questão pelo que escreveu é/era oficial QP).
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 22, 2011, 05:06:24 pm
Martelo, acredito que sim mas o que estamos aqui a debater é o QOPM (Quadro Orgânico de Pessoal e Material) e não os efectivos reais atribuídos. Acredito na falta de pessoal, sempre faltou seja em 1994, em 1998, em 2006 ou em 2011. Essa é outra história.

Eu peguei em duas Revistas Boina Verde nº154 e 155 de Setembro e Dezembro de 1990. Nesta altura os teus adorados Paras ainda eram da FAP. Foi uma temporada de reorganização onde foram questionados os QOPM tal como estamos a fazer hoje. Foram comparados os dos nossos BParas com os US Airborne e US Light Infantry, tal como estamos a fazer.

Nessa altura os BPara tinham duas CAt com 2 PlAt e 1 PlAp, não existiam CCS levantadas, apenas um destacamento de Serviços de 7 homens, e um destacamento de Comando de 9 homens. A logística era concentrada no GOAS e este apoiava directamente os BParas. Ao todo os BParas tinham 210 homens (BP11), 244 homens (BP21) e 194 homens (BP31). O GOAS tinha 184 homens, o GOAT tinha 48 homens, a CMP tinha 103 homens e a ACAr tinha 69 homens. A CCom tinha 66 homens e o Comando da BRIPARAS tinha 67 homens. Algumas destas reduzidas CAt não tinham o seu PlAp. Este era constituído por uma SecMoMed com 3 Morteiros de 81mm e uma SecACar com 6 M2 Carl Gustav. Foi com esta organização que os Paras saltaram no Júpiter 90. Os BParas recebiam uma Companhia de Convocados com 107 homens e uma Companhia de Pára-quedistas Espanhola com 120 homens. Durante o Exercício o Comando do mesmo contava com mais 192 homens e as forças do Bloco Castanho com 81 homens.

Durante 1989 a organização testada e os seus resultados foram:

- As SecAt foram organizadas com 9 homens e foi atribuída uma FN MAG; o resultado foi incapacidade de operações de fogo e movimento, como tal foi aconselhado o uso da Galil ARM como é ainda habitual e sua substituição por uma Metralhadora que pudesse ser transportada e operada apenas por um elemento. A questão continua a ser actual e espero que haja dinheiro para comprar mais MG4 para os Paras. Estas deverão ser atribuídas uma por EqAt (Esquadra de Atiradores), 18 por BIPara.

- Foram concentradas as duas SecMoMed num PlMoMed da CCS com 6 armas. Desta forma extinguiram-se os PlAp das CAt e a SecACar ficou sob comando directo do Capitão. Esta alteração foi bem aceite porque o comandante de BPara passou a ter uma base de apoio de fogos directamente sob o seu comando. No ano seguinte, para sua substituição nas CAt foram comprados os LR 60mm, 3 armas por CAt. As SecMoMed do Exército eram e continuam a ser de 3 armas, por isso eu estava a questionar o Martelo sobre o tópico onde o Voador fala de 4 armas.

- Foram criados PlRec com 16 homens e 5 viaturas equipadas com FN MAG, esta ideia também foi bem aceite e no ano seguinte chegaram as viaturas FAV com Mk19 40mm e M2HB 12,7mm. Quando transitaram para o Exército estas viaturas eram em número reduzido e foram reequipados com os UMM Alter, o número também subiu bastante porque no Exército os PlRec têm 2 SecRec de 4 viaturas cada mais o comando. Assim os FAV passaram para o BOAT.

- Foi activada em permanência a CCS com 90 homens e o comando do BPara com todas as suas secções de EM com 12 homens e 3 viaturas. A CCS tinha um comando com 3 homens, um PlSan com 14 homens e 2 Auto-macas, um PlReabTp com 12 homens, uma SecMan com 3 homens e um PlTm com 12 homens, mais os referidos PlRec com 16 homens e PlMoMed com 30 homens e 8 viaturas. Depois da experiencia foi solicitado o reforço da CCS ainda com mais meios humanos e materiais como viaturas para possibilitar uma autonomia logística do BPara em relação ao GOAS.

- Foi referido que os Milan da CACar deveriam estar atribuídos aos BPara e não concentrados na CACar. Quando passaram para o Exército primeiro foi activado o PACar em cada BPara e depois desactivada a CACar e reforçados os números de Milan em cada BPara.

Espero ter fornecido boa informação.
 :)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 22, 2011, 05:51:16 pm
Os camaradas que observarem a minha primeira mensagem, devem estar a questionar os 17 homens da SecMoLig, estes desdobram-se em 3 Equipas de Observadores Avançados para direcção de tiro de morteiros e artilharia, cada uma com um Furriel de Morteiros e um OpTm (Operador de Transmissões). Normalmente cada EqOAv acompanha um PlAt. Os restantes 11 são e EqMoLig com 3 homens cada, mais o comandante de SecMoLig e o Cabo PCT (Posto de Comando de Tiro).

Na nossa CAt as armas Anti-carro estão concentradas na Companhia e não distribuídas pelos Pelotões.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Trafaria em Dezembro 22, 2011, 08:20:39 pm
Citar
Eu servi depois de si e EU não faço menor idéia como aquilo está. Pelo que eu ouvi quando fui em 2010 à ETP, aquilo está às moscas, neste momento não há voluntários em quantidade nem em qualidade suficiente. Sei que à relativamente pouco tempo (2006?) houve uma grande restruturação nos BIParas, por isso só sabe quem lá está (o forista em questão pelo que escreveu é/era oficial QP).
É isso, às moscas, chega a dar uma sensação de morbidez. O camarada que me acompanhou aquando da minha ultima visita (há uns 2 anos atrás), e que lá tinha cumprido o SMO (na CAI) no inicio da década de 80, de vez em quando olhava para mim e em resposta ao desalento que eu ia embutindo nos meus comentários, respondia ele "rosnando" e a entre-dentes dizendo: "Realmente isto está tudo murcho, murcho demais!"  :D
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Trafaria em Dezembro 22, 2011, 08:32:44 pm
Penso que sensações idênticas experimentará a maioria dos ex-militares que tenha cumprido o serviço militar há duas ou três décadas.
Mas ao menos a ETP mantém a sentinela na porta-de-armas, coisa rara hoje em dia.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 23, 2011, 11:45:01 am
Citação de: "JPMM"
Martelo, acredito que sim mas o que estamos aqui a debater é o QOPM (Quadro Orgânico de Pessoal e Material) e não os efectivos reais atribuídos. Acredito na falta de pessoal, sempre faltou seja em 1994, em 1998, em 2006 ou em 2011. Essa é outra história.

Mas nunca como agora, acredita!

Citar
Eu peguei em duas Revistas Boina Verde nº154 e 155 de Setembro e Dezembro de 1990. Nesta altura os teus adorados Paras ainda eram da FAP. Foi uma temporada de reorganização onde foram questionados os QOPM tal como estamos a fazer hoje. Foram comparados os dos nossos BParas com os US Airborne e US Light Infantry, tal como estamos a fazer.

Estruturalmente sim, os "states" sempre foram uma fonte de inspiração para muita gente. Um exemplo disso são as mudanças que os Comandos fizeram que mudaram por completo a organização das suas Companhias e a forma como estruturaram o Batalhão.

Citar
- Foi referido que os Milan da CACar deveriam estar atribuídos aos BPara e não concentrados na CACar. Quando passaram para o Exército primeiro foi activado o PACar em cada BPara e depois desactivada a CACar e reforçados os números de Milan em cada BPara.

Espero ter fornecido boa informação.
 :G-beer2:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 23, 2011, 03:45:04 pm
A Companhia Anti-carro foi oficialmente extinta em 2004. Julgo que nessa ocasião terão passado mais 2 SLM MILAN c/MIRA para cada BIPara e terá permanecido um PlACar no BOAT (sujeito a confirmação) juntamente com um PlMoPes (6 unidades). :)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: joaosilvadelemos em Dezembro 23, 2011, 04:47:29 pm
Caro Cabeça de Martelo:

Muito obrigado pela sua resposta! Já não vinha há mais de um ano a este fórum, mas tenho que convir que é mesmo para isto que ele serve: é da contraposição de perspetivas antagónicas que se evolui. Por conseguinte, admito que não me tenha expressado bem no primeiro post:
1 – O regulamento de Operações em vigor no Exército Português, é o RC Operações de 2005. Neste documento, entre muitos outros assuntos, estão previstas as operações envolvendo transporte por meios aéreos, que são (aqui e em qualquer parte do mundo) as operações aeromóveis (Parte III, Cap 7) e as operações aerotransportadas (Parte III, Cap 8). Não entrando em mais detalhes, a projeção de força terrestre por intermédio de vetor aéreo ocorre, no caso das operações aerotransportadas, de duas maneiras: desembarque aéreo e aterragem de assalto. O salto do paraquedista enquadra-se na primeira. Percebo perfeitamente o que me diz da diferença entre “paraquedistas” e “aerotransportados”. Há muitas coisas em causa, envolvendo vertentes desde a tipologia de treino e a própria mística. A resiliência que o paraquedista tem de ter para, encontrando-se isolado, após o salto, no espaço de batalha, durante a noite, conseguir manter a calma, reagrupar e cumprir a missão não surge do nada. Mais do que o treino de topografia, ou preparação física, é imperioso haver um cimento moral que confira a esses homens (e mulheres) a certeza de que vão conseguir (sim, porque o ponto crítico do paraquedista não está no salto em si, mas na aterragem e nos momentos seguintes).
No entanto, o assunto que JPMM trouxe dizia respeito a organização militar, nomeadamente quanto a quadros orgânicos que, normalmente, têm subjacentes imperativos de ordem tática e não mística. Ele próprio referiu que lhe parecia que o nosso modelo era baseado no modelo americano, o que também não é totalmente verdade. O que se passa é que os quadros orgânicos têm que ser elaborados de forma a que a força, assim constituída, possa aplicar os conceitos táticos que estão previstos na doutrina em vigor. No âmbito da NATO, a doutrina operacional conjunta tem de ser comum. E esta não pode diferir muito das doutrinas de operações conjuntas das potências com mais capacidades. Neste caso, todos nós, no ocidente, estamos confinados a seguir as tendências norte-americanas, com algumas variações que derivam das particularidades de cada país.
Em resumo, no que diz respeito a organização militar, a doutrina em vigor di-lo claramente: paraquedistas ou não, o que estas forças executam são operações aerotransportadas. E os quadros orgânicos não são elaborados de acordo com os lugares disponíveis no avião, mas sim de acordo com o que a força tem de executar no ªâmbito do plano tático terrestre.

2 – O nível de Ambição para o Exército, ainda em vigor, foi definido em 2007. Este nível de ambição traduziu-se por várias transformações organizacionais e foi definido no Plano de Médio e Longo Prazo, que se trata de um documento confidencial. No entanto, parte da materialização deste plano é do domínio público, nomeadamente, no que aqui se trata, que são as três brigadas. As três fazem parte daquilo que se chama a Força Operacional Permanente do Exército (FOPE), cujo nível de ambição é ter uma Brigada completa projetada, ao abrigo dos compromissos internacionais, ou, em alternativa, ter até três unidades de escalão batalhão (UEB) projetadas em Teatros diferentes. Até hoje, foi sempre esta segunda opção que se executou (e nunca atingindo o limite dos três batalhões). Na génese das brigadas, admitiu-se que as suas únicas que poderiam ser projetadas enquanto brigadas, seriam a BrigMec e a BrigInt, sendo que a BRR projetaria, como diz – e bem – subunidades constituídas de acordo com o requerido. É por essa razão que a BRR carece da maioria das unidades de apoio de combate de uma Brigada, pois acaba por ser uma Brigada mais para fins administrativos do que operacionais. Significa, também, que a tendência dos batalhões paraquedistas (e as companhias de comandos), é incorporarem o máximo de capacidades de apoio de combate aos mais baixos escalões, entrando-se, aqui, numa dialética entre se aumentar o armamento (especialmente coletivo) aos mais baixos escalões lhes incrementa ou retira capacidade de combate.
São os batalhões paraquedistas que apresentam maiores dificuldades nesta matemática: por um lado, as forças congéneres de outros países encontram-se “encaixadas” em unidades de maior escalão, que lhes proporcionam apoio de combate; por outro lado, a nossa especificidade aponta para a necessidade de concentrar apoio de combate aos mais baixos escalões. Ora, isto interfere claramente na tática e na interoperabilidade quando em operações combinadas. É um assunto longe de ser consensual, desde logo a nível interno, no Exército, mas um aspeto é certo: o mundo está em constante transformação e, hoje em dia, a busca não deve ser a de uma estrutura que seja solução definitiva, mas sim de uma estrutura flexível o suficiente para dar resposta a todo o espetro das operações militares.

Cumprimentos e muito obrigado pelo seu post!

Lemos
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 23, 2011, 11:20:28 pm
Viva Lemos, a razão da minha afirmação de que a nossa organização tem como base o US Army, deve-se ao seguinte:

- Os nossos manuais de instrução são traduções dos manuais US Army, inclusive em referências à organização aparecem os esboços exactamente desses manuais.

- Essa organização (segundo me foi explicado na Instrução) sofreu depois adaptações á realidade do Exército Português, essas adaptações são de devidas a:
1ºLimitações financeiras na compra de armamentos e equipamentos
2ºClara preferência por equipamentos de fabrico Europeu (nomeadamente Alemão)
3ºLições próprias tiradas na Guerra do Ultramar e Grande Guerra
4ºTradição Militar de um Exército que serve o País há quase 1000 anos.

Ainda tenho o meu bloquinho de apontamentos do CGM (Curso Geral de Milicianos) onde explica que temos as duas EqMetL nos PlAt porque quando montamos posições defensivas elas são montadas nos flancos do Pelotão e disparam na diagonal, não efectuando fogos frontais e esse triângulo formado pela junção das duas linhas é a LPF (Linha de protecção final), a partir do momento em que o IN passa-se a LPF devia-se dar início ao fogo directo por parte dos Atiradores. As CAt tinham 3 Morteiros m/937 de 81mm porque em fogo de barragem cada morteiro batia uma zona de 35x35m e assim os 3 batiam uma frente de 100m de frente por 35m de profundidade. Estas barragens eram pedidas para acções ofensivas e também para impedir o IN de se deslocar através da nossa posição defensiva. A SecACar tem duas armas porque estas são o meio operativo mínimo e indivisível para fogos ACar. Claramente devido ás nossas limitações financeiras.

Em operações defensivas, cada PlAt ocupa uma PComb (Posição de Combate) de 400m de frente por 200m de profundidade, e bate uma frente de 750m em frente da PComb até uma profundidade de 400m em frente da PComb. A isto chama-se sector de tiro e estas distâncias devem-se á G3 cujo alcance útil é 400m (posição 4 do Diopter).
A PComb é instalada na Zona de Resistência, à sua retaguarda é a Zona de Reserva e em frente a Zona de Segurança. A PComb inclui nos seus 200m de profundidade uma posição alternativa para a deslocação de Pelotão. Em boas posições defensivas o BI pode colocar 8 PlAt na Zona de Resistência e um na Zona da Retaguarda. Os atiradores são colocados em abrigos duplos (tenho o meu desenho com as medidas) espaçados 20m entre eles e por cada MetL são acrescidos 25m de frente. Na zona de segurança são montados PO (Postos de Observação), na quantidade de 1 por PlAt em terreno aberto e 1 por SecAt em terreno fechado ou com más condições climatéricas.

A SecAt tem 2 EqAt para possibilitar que em operações ofensivas se assalte com lances de sobre-apoio, uma faz fogo enquanto a outra se desloca por lance. A razão de não termos MetL nas SecAt é porque as duas esquadras devem ser idênticas (mesma mobilidade e poder de fogo) para alternarem em lanços.

E muito mais! Escrito a lápis!

Durante a Especialidade tínhamos uma escala diária para os 24 homens CGM do 1ºPelotão (Cadetes e Instruendos), a equipa de 1 Cadete e 2 Instruendos dava instrução todos os dias ao restante do Pelotão. Tínhamos que ler os manuais e preparar a instrução para o dia seguinte entre o final da tarde e o jantar, porque depois do jantar tínhamos instrução nocturna (geralmente táctica, progressão e instalação de posições defensivas).

Como podem ver, existe uma base ideológica para a atribuição de x homens o x armas para uma organização.

Obrigado :D
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Portucale em Dezembro 24, 2011, 12:08:43 am
Caro Lemos,

O que refere sobre a transformação de 2007 é verdade, no entanto, já foram introduzidas alterações à orbat da BRR.
Foram recuperadas as unidades 'perdidas', companhia de Engenharia, Bateria Anti Aérea, Grupo de Artilharia de Campanha e Batalhão de Comando e Serviços.
Na teoria ficou uma Brigada com capacidade para actuar como tal.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Portucale em Dezembro 24, 2011, 12:13:14 am
Caro JPMM,

Obrigado por partilhar a informação.
Se tiver disponível mais por favor partilhe.
 :D
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Duarte em Dezembro 24, 2011, 12:45:11 am
Citação de: "Portucale"
Caro JPMM,

Obrigado por partilhar a informação.
Se tiver disponível mais por favor partilhe.
 :G-beer2:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: joaosilvadelemos em Dezembro 24, 2011, 03:12:55 am
Bom, pelo que li, parece-me que estamos de acordo. Acaba por ser uma questão de linguagem e nada mais, senão, vejamos:

Os nossos manuais de instrução são traduções dos manuais US Army. Era verdade até ao final da década de 90 para a generalidade dos manuais e continua a sê-lo para alguns. Com efeito, muitos manuais de instrução foram atualizados pelo Comando da Instrução e Doutrina (CID), com base em trabalhos desenvolvidos principalmente nas Escolas Práticas de Infantaria e Cavalaria.
Desde 2005 que a Formação no Cargo tem fichas próprias que, nalguns casos são significativamente diferentes do preconizado no anterior MC-110-10. É aqui fundamental referir que os manuais de instrução do antigo CGM, mais tarde CFO/CFS, bem como o Manual do Graduado do SMO e o MTIC (Manual de Técnica Individual de Combate) são praticamente insubstituíveis enquanto a tecnologia utilizada não obrigar a tal. Estamos a falar de manuais de técnica e de tática dos baixos escalões (neste caso, secção e pelotão).
A partir do escalão companhia, existem manuais próprios sobre a CAt e a CAtMec, bem como o BI e o BIMec e, ainda para aprovação, sobre o Agrupamento Mecanizado. Continuam a ser muito semelhantes aos americanos, é verdade.

Voltando aos manuais US Army, não sei se esteve colocado numa unidade operacional, onde, por princípio teórico, não ocorre “instrução”, mas sim “treino operacional”. A nossa tradição é que leva a que chamemos “instrução” a tudo (esse termo já saiu de grande parte do léxico formativo do Exército a partir da regulamentação da abordagem sistémica da formação). O treino operacional na BrigMec, e em algumas unidades da BrigInt é conduzido, uma vez mais, aos baixos escalões, com base nos ARTEP (Army Training and Evaluation Program), existentes até ao escalão batalhão. Desde 2007 que o Exército americano tem transformado o sistema de ARTEP em MTP (Mission Training Procedures).
Em ambos os casos tratam-se de check lists de tarefas críticas a realizar em operações. Quanto a este procedimento, nada está regulamentado, sendo que os comandantes de companhia e as secções de operações dos batalhões implementam o que entendem mais adequado, recorrendo ao que está preconizado doutrinariamente nos manuais dos batalhões (ou grupos) da Arma respetiva e ao RC-Operações em vigor (de 2005), que fornece os princípios gerais para cada tipologia de operação.

A NATO, que enforma a maioria (senão a totalidade) da nossa doutrina conjunta (e a NATO não são os EUA), define este tipo de treino como sendo do âmbito das TTP (Tactics, Techniques and Procedures). A NATO define TTP em todas as áreas em que existe suscetibilidade de existência de forças combinadas, ou seja, procura definir como se faz, até ao mais baixo escalão, nas organizações em que há probabilidade de estarem dois elementos de nações diferentes a trabalhar em conjunto. É o que acontece, por exemplo, na área CIMIC (cooperação civil-militar), em que as equipas que estão no terreno podem ser multinacionais.
Na maioria das áreas relacionadas com técnica individual de combate ou de combate dos baixos escalões na função de combate manobra (na qual se incluem a maioria das unidades de infantaria e cavalaria), bem como no apoio de fogos, a NATO não interfere, por se tratarem problemas das nações.


Algumas notas em relação à posição defensiva do pelotão de atiradores:
A linha de proteção final (LPF) é estabelecida ao escalão pelotão e ao escalão companhia. No caso do pelotão, está presente o emprego das armas coletivas (metralhadoras ligeiras), mas não só. No caso da companhia, o modo de emprego dos apoios de combate disponíveis. Em ambos os casos, o único significado que tem (e muito importante, claro) é que, uma vez ultrapassada pelo inimigo, desencadeiam-se fogos de proteção final.
Esta linha está relacionada com o lançamento do assalto por parte do inimigo e a designação de proteção final indica, por vezes, que a utilização dos fogos de barragem pode estar delegada nos comandantes dos pelotões (Manual do BI, 2001: V-24).
Os fogos de barragem são importantes porque os meios próprios da companhia (morteiros) estão, normalmente apontados a uma barragem, mas o comandante de companhia tem também atribuída, pelo menos, uma barragem dos morteiros do batalhão. Se estiver no esforço, pode-lhe ser atribuída uma barragem de artilharia. Em função das barragens que tem, deve articular com os comandantes de pelotão os procedimentos para proteção final pelo que estes poderão ver-se condicionados a fazer coincidir a LPF do pelotão com as indicações que recebem do comandante de companhia e não o contrário (ser a linha de tiro das ML que determina a LPF).

Mais: os fogos são maximizados quando direcionados para Áreas de Empenhamento (AE). Numa situação ideal, em terreno regular, não há problema em ter as ML nos extremos do pelotão, mas caso não seja vantajoso para a maximização dos fogos, elas podem e devem ser colocadas noutro local. Elas podem, por exemplo, bater zonas mortas às médias distâncias, sabia? A maior parte das metralhadoras, bem agarradas ao solo (calçadas), quando fazem fogo com uma ligeira elevação, provocam um efeito no projétil tipo “remate de pingue-pongue”, ou seja, há um alcance em que elas se precipitam violentamente para o solo. Na HK-21, por exemplo, consegue-se isso aos 1100 metros. A  MG-3 também o permite.
Ou seja, não são as ML que determinam a LPF, mas sim o Plano de Operações da companhia. Estas integram-se nos fogos de proteção final da melhor maneira que, em situação ideal, é como descreveu.

Uma nota quanto às distâncias entre abrigos duplos e a tática. Talvez não tenha detetado, mas tocou aqui num dos maiores problemas quando se mexe em quadros orgânicos. É que os manuais táticos estão feitos para um PelAt ter uma frente de 400m, mas isto só é possível com SecAt a 11 elementos em que todos (ou pelo menos 10, vá lá), são atiradores que podem fazer uso da sua espingarda. Quando os quadros orgânicos sobrecarregam as secções com armas coletivas, podem até aumentar o poder de fogo (o que é discutível, dependendo da arma), mas reduzem claramente a frente possível, porque numa ML têm de operar 2 ou 3 elementos numa só posição para servir uma mesma arma e na maioria das outras para se obter o máximo rendimento, esgotam-se também 2 elementos. Em 2005 surgiram uns quadros orgânicos que pretendiam uniformizar o efetivo dos batalhões das três brigadas, pelo que, nalguns casos, as secções de atiradores passavam a ter 7 elementos, ou seja, 3 abrigos duplos e cerca de 50 metros de frente… ao reduzir 4 homens por secção, estava-se a reduzir a frente do pelotão para metade, a das companhias para metade e assim por diante. Com essa matemática, nenhuma tática resiste. Tudo estava empenhado à medida que se subiam os escalões. Os quadros orgânicos já foram retificados, desde 2009 e refira-se que na maioria das unidades, por se ter constatado isto, cumpriu-se formalmente a ordem, treinou-se a sete, mas manteve-se a noção de que tinha de ser alterado.
Quando fala dos lanços com sobreapoio das secções de atiradores, também há algumas notas interessantes. O que diz é completamente verdade para as secções de infantaria apeada, mas não para a mecanizada, nem para as Pandur. Na mecanizada, uma esquadra é a da viatura e a outra é a de manobra. Não pode haver mais assimetria entre as esquadras. Por isso, os lanços com sobreapoio são feitos de modo diferente. A esquadra de viatura coloca-se numa posição ou em posições sucessivas de onde possa apoiar a esquadra de manobra. A esquadra de manobra pode marchar para o contacto e inclusive assaltar, por lanços, ou de esquadra ou de equipas dentro da esquadra. Ainda outra nota curiosa reside no termo sobreapoio: se reparar bem, não há nenhuma outra situação do português em que aplique este termo. É que se trata de uma tradução à letra do inglês “overwatch” dos manuais americanos… Aconteceu no passado esta gaffe de tradução e entrou para ficar no léxico português. Teria exatamente o mesmo significado se dissesse “lanços com apoio”.

Quando termina com o termo base ideológica, percebo o que quer dizer. No entanto o termo “ideológico” tem conotações políticas e não é disso que se trata. O que sabemos é que o racional para o estabelecimento de quadros orgânicos deve respeitar a tática estabelecida para todos os escalões, ou então provocar a alteração dessa tática. Se as secções se tivessem mantido a 7 elementos, ou os pelotões de carros de combate passassem para 3 carros, ao comandante de companhia não se lhe podia ordenar que defendesse uma frente de 1000 a 1200 metros nem o esquadrão de carros podia cobrir uma frente de 1500 metros. Por conseguinte, o batalhão não podia ter um setor de 3000 a 5000 metros, nem a brigada podia ter o seu de 10000 a 15000 metros. Pegando, agora, no caso da brigada, esta poderia aspirar, mesmo atribuindo ao seu Esquadrão de Reconhecimento um setor na frente, a um máximo de 8000 ou 9000 metros. Ficaria tudo reduzido a metade. Isto traria implicações no apoio de fogos e na proteção aérea, que nem sempre seriam desvantajosas. Quanto à artilharia, os seus alcances não estariam maximizados, mas aumentava a flexibilidade quanto à escolha de posições de tiro. Quanto à antiaérea, seriam necessários menos recursos para gerar o “chapéu” à brigada ou então, aumentava-se a redundância dos sistemas, etc., etc..

Todas estas coisas têm muito que se lhe diga e é bom o confronto de ideias. Na realidade, mais do que discutir os assuntos, é importante que percebamos que, enquanto portugueses, estamos todos no mesmo barco. A ideia de que a tropa do passado é que era e que hoje em dia já não se fazem as coisas como antigamente (sei que não disse nada disto, no seu post, sou eu a extrapolar…) tem validade em muitos campos, mas noutros não.
 Há que considerar que as pessoas que servem hoje nas fileiras são igualmente responsáveis e têm de gerir um manancial de informação e uma quantidade monstruosa de mudanças diárias no ambiente envolvente, que não têm mãos a medir. Tal como a NATO, que tem um comando para a transformação desde 2002, temos de ter bem presente que o que precisamos é de estar prontos a transformar-nos de modo a anteciparmos a mudança.
Estamos no bom caminho quando pensamos “modularmente”.


Cumprimentos e muito obrigado por esta oportunidade de escrever umas coisas sobre estes assuntos.

Lemos
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 24, 2011, 05:49:54 pm
Bom Natal a todos os membros do Fórum!

Lemos, eu já passei à disponibilidade em 1998, depois do Strong Resolve 98. Não tive mais contacto nenhum com o Exército e não voltei mais nem a Santa Margarida nem aos Açores. Não voltei a comunicar com nenhum militar que prestou serviço comigo, mas tenho visto reportagens, vídeos e artigos das revistas militares escritos por uma quantidade gigantesca deles. Não sabia que os manuais tinham sido actualizados em 2005. No meu tempo da 1ªBMI o nosso manual era de Brigada, era o RC-80-5 (1991) Brigada de Infantaria Independente do Departamento de Operações do EME Português. Esta era a Bíblia da 1ªBMI. Definia como tipos de Brigada:
- Brigada de Infantaria Independente
- Brigada Mecanizada Independente
- Brigada Aerotransportada Independente
- Brigada Aeromóvel Independente

Quando referi “Instrução” estava mesmo a referir-me ao meu CGM e ao meu período de instrução, durante o tempo no BI/ADTA já tinha treino operacional, inclusive OPEVAL (Operacinal Evaluation) e exercícios com os SA330 Puma da Força Aérea e Corvetas da Marinha para desembarques/transporte aéreo e naval. Tudo a um ritmo muito baixo, o de um quartel com fortes bases territoriais. Quando fui para a BMI em 1996, tudo mudou. O treino operacional era constante e desgastante, estávamos ainda com o SEN em vigor e era necessário efectuar o dito treino com tropas muito frescas e muito pouco especializadas. Tínhamos muito pouco tempo para criar rotinas de procedimentos nesses efectivos para os colocar à-vontade no mato, quando já sabiam o mínimo das suas tarefas em combate (lembro que no máximo estavam três meses nas unidades operacionais), iam embora e recebíamos mais uma fornada para olear e instruir. Enquanto durante os três meses de instrução tudo era dado à base de tratamento de choque, quando eles chegavam ao GCC/BMI tinha que ser eu a colmatar toda essa informação e levar a rapaziada mesmo para o campo, durante os exercícios e ensinar a montar a AApSvc do GCC, preparar o estacionamento, cavar latrinas, enterrar o gerador, cavar os abrigos duplos para defesa imediata, instalar as armas pesadas HK21 e M2HB, reforçar e camuflar as posições, etc. Antes no hangar tinha já que preparar as viaturas que ia enviar para o campo (eu sou SMat, MecViatRodas, ECS/GCC/BMI), canibalizar o que fosse necessário (expressamente proibido), preparar o meu M816 e o meu U1300L com o seu atrelado médio, carregar todo o equipamento para estar 1 mês no campo, dar as instruções necessárias para os procedimentos de transmissões durante os exercícios e em colunas, e só então estávamos prontos.

Quanto à LPF eu sei que sim, mas quando tive instrução como deve imaginar o objectivo á que fiquemos com a ideia de procedimentos o mais simples possível e o mais simples é marcar a LPF na linha de fogo das MetL e depois permitir o fogo á vontade dos atiradores. Fiz fogo de HK21 com tripé e acho bem mais funcional maximizar o seu potencial em tiro directo e quando o IN estiver atrás de uma elevação ou obstáculo, pedir fogos de morteiro, principalmente de noite. Nunca daria ordem de tiro com as MetL a 1100m em fogo indirecto, acho um desperdício de munições, preferia pedir fogos de morteiro ou deixar aproximar mais e abrir fogo de HK21 e de LG40 (os nossos velhos M79 já substituídos) em conjunto.

Quanto aos abrigos duplos já tinha dado conta do que se passou, e da influência que essas directivas e cortes tinham nas nossas unidades elementares em frente ao IN. A minha resposta para esses senhores que cortam as SecAt e mantêm o RI1, RI3 e RI19 com uma CCS ás moscas é que vão vestir o camuflado levem 6 Atiradores consigo para segurarem a frente no Afeganistão.

Eu sei como funciona nas SecAtMec porque nós formávamos Sub-agrupamentos Tácticos Blindados e Mecanizados com o GCC e tinha alguns camaradas que vieram comigo do BI/ADTA para a BMI e ficaram colocados no 1ºBIMec. Por isso também sou crítico sobre o tempo que estão a demorar a comprar as MG4 e colocar as duas EqAt idênticas nos M113 e nas Pandur com 4 homens cada, o Cabo com uma G36 (vou vender o meu peixe) o Atirador de Apoio com uma MG4, o Granadeiro com uma AG36 e o Batedor-Atirador Especial (de 1ª conforme a nossa tradição da Grande Guerra, qualificado para tiro acima dos 400m) com uma G3 modificada com a Hensoldt e Bipé.
No Caso das Pandur falta um lugar, o comandante de Secção teria que acumular funções com o de comandante de Esquadra ou uma Esquadra não ter o Batedor-Atirador Especial. Fazer lanços com uma MetL na SecAt é mostrar ao IN o nosso dispositivo através do fogo seja de dia ou de noite e isso não me agrada. Só com o número de MetL a disparar, consigo identificar a quantidade do IN e como se está a tentar deslocar. A tendência natural dessas Secções é desaparecer e serem substituídas por normais quando tivermos as armas novas, as MetL tipo HK21 ou MG42 irão para a viatura do comandante de Pelotão.

Se há uma lição que trago é de que o Exército Português é uma escola de homens com as mais longas tradições do mundo, muitas coisas boas e muitas más, mas é essa a nossa tradição, e certamente é essa tradição que nos dá uma identidade tal como deu aos nossos pais e espero que dê aos nossos filhos. Para mim não é “hoje em dia já não se fazem as coisas como antigamente”, é precisamente hoje ontem e amanha teremos o Exército Português de sempre com a mesma matéria-prima que é o combatente Português que já derrotou com valentia todos os que nos cobiçaram ou acharam que podiam explorar de alguma forma. A minha confiança nos que actualmente servem a bandeira é 100% e nós que actualmente somos civis sabemos muito bem que os militares contêm a nata da juventude, só aquele sangue bruto dos nossos 20 anos é que pode atingir qualquer objectivo e derrubar qualquer obstáculo.

Um Abraço :G-bigun:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: joaosilvadelemos em Dezembro 25, 2011, 12:52:53 am
Muito obrigado pela resposta!

Concordo com o que disse. Há gente melhor e gente pior, mas continua-se a transportar o estandarte à frente.

Já que os meios de percecionar as sensibilidades civis sobre a Instituição são escassos (infelizmente, e não interessa agora verificar de quem é a culpa), instrumentos como o Fórum Defesa são essenciais para percecionar a sensibilidade dos civis e da populaçºão em geral sobre o que se passa nas fileiras. Sabemos que grande parte desses civis, de gerações que já não são bem a nossa, continuam a ser militares no coração: se há alguma marca bem diferente do nosso Exército em relação ao resto da Península e à generalidade da Europa é que, desde sempre, fomos um Exército de cidadãos, a nossa força de combate foi sempre à custa do povo, que muitas vezes se subordinava diretamente ao soberano, sem uma nobreza de sangue intermediária.

Um abraço e Feliz Natal!

Lemos
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 25, 2011, 05:19:48 pm
Caro Lemos, no meu tempo as EqMetL eram de tres homens, e o Completo da HK21 (lista de tralha) era se não me falha a memória:
- Metralhadora Ligeira HK21 com Bipé
- Bolsa Porta Cano de Reserva com o respectivo
- Estojo de Limpeza
- Tripé para tiro terrestre
- 4 Tambores circulares ccom fitas metálicas para 50 tiros cada
- 4 Cunhetes metálicos para 200? Tiros com fitas metálicas e munições ensacadas

Os três homens tinham 2 P38 (apontador e municiador) e 1G3 (remuniciador).

Como é que conseguem agora com 2 homens muvimentar esta tralha com as respectivas munições e entrar combate com a MetL?

Não deve sêr nada facil!
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 25, 2011, 06:41:23 pm
Já agora, gostava de saber a opinião do ACADO sobre manter a Esquadra de 4 homens equipada com uma MG4, uma G36, uma AG36 e uma G3A4 com as modificações já aprovadas e em serviço no Afeganistão (com Hensoldt, Bipé, lanterna e guarda-mão com punho) para o Batedor-Atirador Especial. Pergunto-lhe a ele porque a Esquadra passava a têr dois calibres, predominando o 5,56mm que eu tambem defendo. Reservava o 7,62mm para uma arma que na minha opinião consegue tirar melhor partido da munição sem atrasar através do peso o movimento da Esquadra. O ACADO defende bem o 5,56mm, lá por agora no Afeganistão estarem a surgir situações de combate em que nos deparamos com o IN a 1000m e superiores, sem uma arma de 5,56mm que o possa atingir, não iremos trocar todas as armas da Esquadra para 7,62mm e desperdiçar todas as vantagens que nos ofereceu o 5,56mm. Podemos sem aproveitar tal como os Alemâes e utilizar as nossas G3 para solucionar essa lacuna. Os Inglêses tiveram que comprar essas armas 7,62mm nos Estados Unidos e choraram já não terem disponíveis as suas FN FAL para a tarefa.

Cumprimentos
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: joaosilvadelemos em Dezembro 26, 2011, 01:53:30 am
Caro JPMM,

A questão que coloca é muito pertinente nas secções de atiradores apeadas. No momento atual, quer na BrigInt, quer na BrigMec, que usam HK-21, não é cumprido dessa forma. Na BrigMec nunca foi assim e na BrigInt já não tem necessidade de o ser. Os Quadros Orgânicos de Material (QOM), contemplam todo o material à carga das companhias. Cabe ao comandante de companhia, em coordenação com a secção de operações, estabelecer o plano de carregamento da sua companhia. Em princípio, este deve ser uniforme para companhias congéneres e para uma mesma função, mesmo em subunidades diferentes e por isso é fundamental a participação do escalão batalhão no estabelecimento dos planos de carregamento. No entanto, este trabalho é responsabilidade do comandante de companhia. Toda esta introdução para dizer que, tanto os M113 e as Pandur são excelentes “burros de carga” no que respeita a munições. O remuniciador deixou de existir, mas o material que este elemento transportaria permanece na viatura. De acordo com o material à carga da companhia, a dotação em carregamento é algo como:
Apontador: ML HK-21 e um cano de reserva. Desembarca com 100 munições em tambor (80 N e 20T). Transporta uma GM ofensiva, bússola prismática e AN/PVS4. Não tem P38 (a walther da secção está com o cabo, apontador de MP e comandante da esquadra de viatura);
Municiador: G3 com AN-PVS 5 ou 7. GM ofensiva. Desembarca com as 100 munições da sua espingarda e com parte da dotação de munições para a HK que se encontra na viatura. O total da viatura são 2900 munições, sendo que 900 estão em tambores e as restantes 2000 estão em cunhetes. O “ratio” de tracejantes para normais é de 20%.

O tripé vai na viatura, porque só é necessário na defensiva. No desembarque, a ML ocupa sempre a posição mais afastada da viatura. No caso apeado, o remuniciador, mais do que apoiar a operação da arma, servia para garantir o transporte de mais munições. Com viaturas esse problema fica colmatado.

O procedimento nas unidades comandos e paraquedistas, que talvez seja o que mais lhe interessa, por ter por base o conceito de infantaria apeada, não estou em posição de lhe responder por agora, mas mais tarde posso fazê-lo, embora acredite que, entre os participantes do fórum existam “executantes” desta atividade.

Pode haver variações em relação ao que escrevi, uma vez que o plano de carregamento pode ser diferente, mas não muito, porque as companhias têm material à carga que faz com que a matemática seja mais ou menos esta.

Cumprimentos,

Lemos
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: HSMW em Dezembro 26, 2011, 02:12:42 am
Fantástico!
Está aqui tudo. Sem tretas.
 :G-beer2:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 30, 2011, 06:06:06 pm
Obrigado pelo esclarecimento Lemos!

Não te esqueças é que a Arma de Infantaria neste momento tem a seguinte componente operacional:

1ºBIMec / BrigMec
2ºBIMec / BrigMec
1ºBI / BrigInt
2ºBI / BrigInt
1ºBIPara / BrigRR
2ºBIPara / BrigRR
BCmds / BrigRR
FOpEsp / BrigRR
1ºBI / ADTA
2ºBI / ADTA
1ºBI / ADTM

Destes 11 Batalhões, só 4 operam motorizados. Os 3 BI das Ilhas só estão parcialmente levantados, mas os recursos humanos existentes lá para mobilização são enormes e a possibilidade de trazer um BI do ADTA para reforçar a defesa do Continente é uma oportunidade a não esquecer.

Quando vi a organização dos Esquadrões de Auto-metralhadoras da BrigInt com PlAM de 3 Viaturas e uma SecCa com 2 Pandur 30mm, cheirou-me logo a esturro. Já agora existe uma arma ACar transportada por essas 2 Pandur 30mm, qual é? Uma CSR 84mm M3 Carl Gustav ou um MILAN?

Boas entradas para todos os que compõem o Fórum Defesa!!!!
 :G-beer2:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Duarte em Dezembro 30, 2011, 06:18:50 pm
Citação de: "JPMM"
Já agora existe uma arma ACar transportada por essas 2 Pandur 30mm, qual é? Uma CSR 84mm M3 Carl Gustav ou um MILAN?

Segundo dados do MDN de 2008, temos 155 Carl Gustav, mas na BriRR apenas..

Temos 62 Milan, 28 na BriRR e provavlemente outros 28 na BrigInt (BIParas/ BI, e ERec das respectivas brigadas..). os retsantes 6 na EPI e EPC..

A ser Milan, deverá ser material novo, visto não ser provável que se retirem Milan aos BI e ERec para dar ao GAM. Ainda mais provavel será a tal arma AC ser mais Carl Gustav novos...

Quanto ao GAM, não gosto da orbat proposta, nem da designação do Grupo  :twisted:

Duvido que o GAM venha a ser completo como está previsto. Provavlemente será um GRec com 2 ERec, usando as Pandur 30mm, VCB, A/Carro, etc.. Não haverá MGS tão depressa...
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 30, 2011, 06:46:18 pm
Uma vez que o Portucale e o Duarte ainda percebem que a organização tem muita influencia na maneira como combatemos, e não podemos desperdiçar a contribuição que o Lemos nos está a dar em relação às Organizações (e já percebi que a sua vertente é BrigMec e BrigInt), vamos então tentar esclarecer qualquer coisa sobre a organização destas duas unidades.

Sem tretas:

Desde 1998 já alteraram as SecCC para 2 Leopard 2A6, juntaram uma SecVCB, juntaram um M578 (que deve ter substituído o M816) e as Viaturas Tácticas Ligeiras foram substituídas pelos Land Cruiser (corrija-me pf)

ERec/BrigMec 1998 (206) (5of+40sar+161cb/sol)

"PlCmd" (58) (1of+13sar+44cb/sol)

SecCmd (16) (1of+5sar+10cb/sol)
(1 M577A1+1 M113A2+2 M151A2+1 U1300L+1 AtrMed)

SecMan (20) (5sar+15cb/sol)
(1 M88A2+1 M816+1 M151A2+1 U1300L+1 AtrMed+1 AtrLig)

SecReabTpt (14) (2sar+12cb/sol)
(2 MB1222A+1 M49A1+2 U1300L+1 AtrCoz+1 AtrAg)

SecSan (8) (1sar+7cb/sol)
(1 M113A2 Amb+1 Auto-maca)

"1º, 2º e 3º PlRec" (3x38) (1of+6sar+15cb+16sol)

Cmd (3) (1of+1cb+1sol)
(1 M113A2+1 G3A3+2 P38)

SecCC (12) (3sar+6cb+3sol)
(3 M60A3TTS+6 G3A4+12 P38)

SecAt (11) (1sar+2cb+8sol)
(1 M113A2+1 HK21+2 HK79+1 G3A3 c/Bipé+5 G3A3+3 P38)

SecExpl (12) (2sar+6cb+4sol)
(2 M113A2 TOW+2 M113A2+4 HK21+4 HK79+4 G3A3+4 P38)

"PlMoPes" (34) (1of+9sar+6cb+18sol)

Cmd (8) (1of+2sar+2cb+3sol)
(1 M577A1+1 M151A2+1 HK79+6 G3A3+1 P38)

1ª, 2ª, 3ª e 4ª SecMoPes (5) (1sar+1cb+3sol)
(1 M106A1+1 HK79+2 G3A3+2 P38)

SecOAv (6) (3sar+3sol)
(3 M151A2+6 G3A3)

 Próximo!!!
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 30, 2011, 06:50:32 pm
Duarte, neste momento só devemos estar a operar Milan na BrigRR, 8 em cada BIPara e BOAT, mais uns 6 no ERec, dá 30. A arma que questiono está atribuída a todas as SecCa da BrigInt, seja nos BI, GAM e ERec, ainda são bastantes! :2gunsfiring:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 30, 2011, 07:08:57 pm
Desde 1998 já alteraram as SecCC para 2 Leopard 2A6, e as Viaturas Tácticas Ligeiras foram substituídas pelos Land Cruiser (corrija-me pf)

ECC/GCC/BrigMec 1998 (110) (5of+23sar+46cb+36sol)

PlCmd (50) (2of+11sar+16cb+21sol)

SecCmd (14) (2of+4sar+2cb+6sol)
(1 M113A2+2 M151A2+1 U1300L+2 Motas+1 AtrMed+2 HK79+6 G3A3+6 P38)

SecCC (8) (2sar+4cb+2sol)
(2 M60A3TTS+4 G3A4+8 P38)

SecSeg (10) (1sar+1cb+8sol)
(1 M113A2+2 HK79+2 G3A3 c/Bipé+5 G3A3+1 P38)

SecMan (18) (4sar+9cb+5sol)
(1 M88A2+1 M151A2+2 U1300L+1 AtrMed+15 G3A3+3 P38)

1º, 2º e 3º PlCC (3x20) (1of+4sar+10cb+5sol)

SecPesCC (12) (1of+2sar+6cb+3sol)
(3 M60A3TTS+6 G3A4+12 P38)

SecLigCC (8) (2sar+4cb+2sol)
(2 M60A3TTS+4 G3A4+8 P38)

Próximo!!!
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Dezembro 30, 2011, 07:18:42 pm
Desde 1998 as Viaturas Tácticas Ligeiras foram substituídas pelos Land Cruiser (corrija-me pf)

EAC/GCC/BrigMec 1998 (113) (4of+27sar+34cb+48sol)

PlCmd (45) (2of+13sar+14cb+16sol)

SecCmd (14) (2of+4sar+1cb+7sol)
(1 M113A2+1 M151A2+1 U1300L+2 Motas+1 AtrLig)

SecVCB (12) (4sar+4cb+4sol)
(4 M113A2)

SecVBLP (4) (2sar+2cb)
(2 M60A1 AVLB)

SecMan (15) (3sar+7cb+5sol)
(1 M816+2 U1300L)

“PlExpl” (34) (1of+5sar+14cb+14sol)

1ª e 2ª SecExpl (14) (2sar+6cb+6sol)
(2 M901A2 TOW+2 M113A2)

"PlMoPes" (34) (1of+9sar+6cb+18sol)

Cmd (8) (1of+2sar+2cb+3sol)
(1 M577A1+1 M151A2+1 HK79+6 G3A3+1 P38)

1ª, 2ª, 3ª e 4ª SecMoPes (5) (1sar+1cb+3sol)
(1 M106A1+1 HK79+2 G3A3+2 P38)

SecOAv (6) (3sar+3sol)
(3 M151A2+6 G3A3)

Próximo!!!
 :2gunsfiring:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Duarte em Dezembro 30, 2011, 07:23:07 pm
Citação de: "JPMM"
Duarte, neste momento só devemos estar a operar Milan na BrigRR, 8 em cada BIPara e BOAT, mais uns 6 no ERec, dá 30. A arma que questiono está atribuída a todas as SecCa da BrigInt, seja nos BI, GAM e ERec, ainda são bastantes! :2gunsfiring:

Caro JPMM
Antes da vinda dos Paras para o Exécito, já este operava Miss. A/C Milan. Julgo que foram comprados 42 lançadores em meados/ fim anos 80? approx. Tenho revistas Azimute desta época que falam nestes Milan, nesta altura um avanço significativo para a Infa.

Segundo o Anuário Estatísta de Defsa de 2008 do MDN temos 62 distribuidos pela BriRR (28) e CLog (18? em manutenção ou estado adminsitrativo indefinido??), 10 na BrigInt, e 6 no CID (EPI/ EPC?). Suponho que estes Milan mais antigos estejam em fim de vida útil, pois devem ter 25-27 anos?
Título: Batalhão ISTAR
Enviado por: Duarte em Dezembro 31, 2011, 08:09:11 am
Alguém sabe alguma coisa sobre o futuro batalhão ISTAR? A revista Azimute No. 190 tem um artigo sobre o pel. UAVs proposto para o Batalhão, e os mini-UAVs para a secc. mini-UAV dos BI e ERec, mas não fala das restantes sub-unidades do Batalhão. Apenas tem este pequeno e ilegível gráfico..

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ffarm8.staticflickr.com%2F7005%2F6605284787_0a622e4d34.jpg&hash=be313d774a6d2622eab3f786c3c62716)

Vejo uma Comp. de Guerra Electrónica, mas as sub-unidides não dá para ler..

Um Pel. Reconhecimento com VB lagartas?

Uma segunda Companhia de ?? CCS?  :conf:

Duas secções de? uma parece de HumInt?

mais 4 pelotões de ?? sensores e radares VCB?? e ?

elementos de C2

e o pelotão de UAVs LAME (low altitude, medium endurance) referido no artigo da Azimute.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 31, 2011, 05:27:38 pm
Artigo em http://www.exercito.pt/sites/EPI/Public ... 0Dez10.pdf (http://www.exercito.pt/sites/EPI/Publicacoes/Documents/AZ_190%20Dez10.pdf)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Duarte em Dezembro 31, 2011, 06:41:36 pm
Um dos Pelotões deve ser de Aquisição de Objectivos..
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 01, 2012, 12:07:40 pm
Viva Duarte!

A informação de que disponho relativa ao BatISTAR é:

ISTAR (Intelligence, Surveillance, Target Acquisition and Reconnaissance), em Português Informações, Vigilância, Aquisição de Objectivos e Reconhecimento.

Abre o Google e escreve “Boletim da EPA”, vão-te aparecer 4 pdf nas 4 primeiras linhas, são os boletins de 2007, 2008, 2009 e 2010, lá tens toda a informação necessária sobre a Artilharia Portuguesa e seu uso em combate. O Boletim de 2009 explica tudo sobre o BatISTAR.

Entras no ano em grande!
 :G-beer2:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Duarte em Janeiro 01, 2012, 05:56:11 pm
Obrigado caro JPMM!  :G-beer2:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Portucale em Janeiro 03, 2012, 11:38:52 pm
Caro JPMM,

Obrigado pela informação.
Os quadros do GCC já tinham sido descritos, originalmente pelo 'esmaga'.
Mas estas informações, apesar de datadas, são muito interessantes.

Tenho alguma curiosidade em saber os quadros de um BIMec, por acaso me pode esclarecer......!

:)

 Um abraço
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 06, 2012, 07:38:20 pm
Eu tambem sou o Esmaga, vou vêr a informação que tenho da BMI (BrigMec) para poder enviar, depois pedimos ajuda ao Lemos para a completar!

Vou preparar o ECS/GCC
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 06, 2012, 09:33:15 pm
Agora o ECS/GCC (o meu!) devidamente detalhado por viatura (como manda o Lemos!)

ECS/GCC/BrigMec 1998 (174) (7of+38sar+40cb+89sol)

SecCmd (11) (2of+3sar+2cb+4sol)
1 M151A2+AtrLig=1 Capitão+1 Sold RTL/CAR (1 Rádio)
1 Motociclo= 1 Sold Estafeta-Moto (1 Rádio)
1 VTM-P=1 Subalterno+1 Sar Ajud+1 Sar+1 Cb Escrit+1 Sold RTL/CAR (1 Rádio)
1 VTM-P+AtrMed=1 Sar Reab+1 Sold MecArmLig+1 Cb Escrit-CAR

SecCC (12) (3sar+6cb+3sol) (3 M60A3TTS c/Rádio)
(Apoia o Cmdt GCC+Of Operações+Of Apoio de fogos)

PlTms (16) (1of+3sar+5cb+7sol)
1 M151A2=1 Subalterno Cmdt PlTms+1 Sold RTL+1 Cb RTL/CAR (1 Rádio)
1 M151A2=1 Sar Cmdt EqTPF+1 Sold Guarda-fios+1 Sold RTL/CAR
1 VTM-P=1 Cb Op Central Telef+1 Sold Op Central Telef +1 Sold RTL/CAR
1 M577A1=1 Sar Tms+1 Sar Rádio-montador +1 Cb Op Mensagens+1 Cb RTL+
                    +1 Cb Rádio-montador+1 Sold RTL+1 Sold CondVComb (2 Rádios)

PlMan (31) (2of+7sar+12cb+10sol)
1 M151A2=1 Cap SMat+1 Cb MVA/CAR (1 Rádio)
1 VTM-P=1 Subalterno Cmdt PlMan+1 Cb MVA/CAR
1 VTM-P=1 Sar Ajud MVL+1 Cb Electricista Auto+1 Sold MVA/CAR
1 VTM-P+AtrMed=1 Sar MVA+1 Cb MVA+1 Sold MVA/CAR
1 VTM-P+AtrMed=1 Sar MVL+1 Cb Op Mat Geradora Elect+1 Cb Mec Radar+
                                 +1 Cb Electricista Auto+1 Sold MVA/CAR
1 VTM-P+AtrMed=1 Cb MVL+3 Sold MVL+1 Sold MVL/CAR
1 VTM-P+AtrMed=1 Sar Mec Torre+1 Cb Mec Torre+1 Sold MVL+1 Sold Soldador+
                                 +1 Sold MVA/CAR
1 M88A1=1 Sar MVL+1 Cb Op VBRecup (1 Rádio)
1 M88A1=1 Sar MVL+1 Cb Op VBRecup (1 Rádio)
1 M816=1 Sar MVA+1 Cb MVA/CAR (1 Rádio)

PlReabTpt (70) (1of+11sar+9cb+49sol)

Cmd (2) (1of+1sol)
1 M151A2=1 Subalterno Secretariado+1 Sold RTL/CAR (1 Rádio)

SecReab (7) (2sar+3cb+2sol)
1 VTM-P=1 Sar Cmdt SecReab+1 Cb Escrit Reab+1 Sold CAR
1 VTM-P=1 Sar Comb Lub+2 Cb Escrit Reab+1 Sold CAR

SecTpt (25) (3sar+1cb+21sol)
4 VTM-P+AtrAg=1 Sar Cmdt SecTpt+4 Sold CAR+2 M2HB 12,7mm
4 M49A2=1 Sar Cmdt SecReab+4 Sold CAR
4 VTM-P=1 Sar Reab Mat+4 Sold Munições+4 Sold CAR
3 M49A2C=3 Sold CAR
1 VTM-P=2 Sold Munições+1 Cb CAR

SecAlim (36) (6sar+5cb+25sol)
1 VTM-P+AtrCoz=1 Sar Adm Mil+1 Sar Alim+1 Cb Coz+4 Sold Coz+1 Sold CAR+1 M2HB 12,7mm
4 VTM-P+AtrCoz=4 Sar Alim+4 Cb Coz+16 Sold Coz+4 Sold CAR+4 M2HB 12,7mm

PlSan (23) (1of+8sar+2cb+12sol)

SecPS (Posto Socorros) (10) (1of+4sar+1cb+4sol)
1 M577A1 Amb=1 Of Subalt+1 Sar Pel +1 Sar Enf+1 Cb Socor+1 Sold CondVComb (1 Rádio)
1 VTM-P+AtrMed=2 Sar Socor+2 Sold Socor+1 Sold CAR

SecEvac (Evacuação) (13) (4sar+1cb+8sol)
1 Amb Rodas=1 Sar Socor+1Cb Socor+1 Sold Socor+1 Sold CAR
3 M113A1 Amb=3 Sar Socor+3 Sold Socor+1 Sold CondVComb (3 Rádios)

SecMan/ECS (11) (3sar+4cb+4sol)
1 M151A2+AtrLig=1 Sar Ajud MVR+1 Sold MVA/CAR (1 Rádio)
1 VTM-P=1 Sar MVA+1 Cb MVA+1 Cb Escrit Reab+1 Sold MVA/CAR
1 VTM-P=1 Sar MVL+1 Cb MVL+1 Sold MVA+1 Sold MVL/CAR (1 Rádio)
1 M816=1 Cb MVA/CAR

Próximo!!!
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 06, 2012, 09:49:37 pm
Comando do GCC (34) (9of+6sar+6cb+13sol)

S1 (Secção de Pessoal)
S2 (Secção de Informações)
S3 (Secção de Operações)
S4 (Secção de Logística)

1 M151A2=1 Ten-Cor+1 Cb RTL/CAR (2 Rádios)
1 M151A2+AtrLig=1 Maj 2ºCmdt+1 Cb RTL/CAR (1 Rádio)
1 M151A2+AtrLig=1 Maj S3+1 Sold RTL/CAR (2 Rádios)
1 M151A2+AtrLig=1 Maj S4+1 Sold RTL/CAR (1 Rádio)
1 M113A1=1 Subalt (Of Lig) +1 Sold CondVBTP (2 Rádios)
1 VTM-P+AtrMed=1 Sar S3+1 Sold Escrit +1 Sold RTL/CAR
1 M577A1=1 Cap (Adj Op Apoio Aéreo) +1 Sar S3+1 Cb Escrit+1 Cb CondVComb (2 Rádios)
1 M577A1=1 Cap S2 +1 Cap Tms+1 Sar S2+1 Cb Escrit+1 Sold CondVComb (1 Rádio)
1 M577A1=1 Cap S1 +1 Sar-Chefe+1 Sar S1+1 Fur Amanuense+1 Sold Escrit+1 Sold CondVC (1 Rád)
1 Motociclo=1 Cb Estafeta-Moto (1 Rádio)
5 Motociclos=5 Sold Estafeta-Moto (5 Rádio)

Ok GCC/BMI
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 06, 2012, 10:05:03 pm
Assim o GCC tinha:

Comando (34) (9of+6sar+6cb+13sol)
ECS (174) (7of+38sar+40cb+89sol)
EAC (113) (4of+27sar+34cb+48sol)
1ºECC (110) (5of+23sar+46cb+36sol)
2ºECC (110) (5of+23sar+46cb+36sol)
3ºECC (110) (5of+23sar+46cb+36sol)

Total (651) (35of+140sar+218cb+258sol)

ERec (206) (5of+40sar+161cb/sol)

No RC4 em 1998 tínhamos ainda:
GI (Grupo de Instrução) com 2 EI (Esquadrão de Instrução) e
ECS/RC4 (ECS só do Regimento com 150 homens)
GRec/ICE(--) (Grupo de Reconhecimento do 1ºCorpo de Exército) só em ordem de batalha, teria depois de mobilizado 1 ECC/RC4 (17 carros), 1 ERec/RC4 (9 carros), 1 ERec/EPC (9 carros) e o ECS/RC4 a dar apoio. Existiam cerca de 12 Sargentos para o ECC e ERec a mobilizar no RC4.

Imaginem a messe de Sargentos do RC4 em 1998 á hora de almoço!
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 06, 2012, 10:46:48 pm
O RC-80-5 (1991) era a Bíblia da BMI, do qual passo a escrever algumas passagens.
Lembro que este manual foi escrito para a 1ªBrigada Mista Independente com 1 Grupo de Carros de Combate + 1 Batalhão de Infantaria Mecanizada + 2 Batalhões de Infantaria Motorizada. Devem ter essa orgânica em conta.

A BII (Brigada Independente de Infantaria) é equilibrada, com limitado grau de Auto-suficiência, normalmente conduz operações como parte de uma força de escalão superior (geralmente Corpo de Exército, mas extraordinariamente também a Divisão).

É uma unidade de armas combinadas e equilibrada, conduz operações independentes durante períodos curtos, ou longos quando é reforçada com meios de apoio de combate (Artilharia de Campanha, Anti-aérea, Engenharia, Informações e Guerra Electrónica) e apoio de serviços.

Algumas dicas de organização:

Comando

Estado-maior
Estado-maior Pessoal
Estado-maior Coordenador
Estado-maior Especial

CCS (Companhia de Comando e Serviços)
PCTact (Posto de Comando Táctico)
(localiza-se bem na frente, geralmente junto a uma unidade Táctica para sua segurança)
(organiza o GrCmd (Grupo de Comando), que opera em viaturas blindadas mesmo na frente de combate)

PCPrinc (Posto de Comando Principal)
(localiza-se mais à retaguarda para fugir aos fogos de Artilharia)

EscRc (Escalão Recuado)
(geralmente localiza-se na AApSvc (Área de Apoio e Serviços))

PlPE (Pelotão de Polícia do Exército)
(pode estabelecer e accionar até 9 PFC (Posto de Fiscalização de Circulação), para apoio nomeadamente á AApSvc, e 1 LRPG (Local de Reunião de Prisioneiros de Guerra).

CTm (Companhia de Transmissões)
Pl Centro de Transmissões
Pl TSF (Rádio)
Pl TPF (Construção de Cabos)
Pl FH (Feixes Hertzianos)
SecGE (Guerra Electrónica)
SecTm da Brigada
(garante á Brigada o serviço de Fotografia)

Organiza com estes elementos 2 Centros de Comunicações, o Avançado que opera junto ao PCTact e o Recuado que opera junto ao PCPrinc. A ligação é efectuada por meio de 2 Terminais Multicanal, Rádio FM e Teleimpressor RATT.
Cada Centros de Comunicações terá Serviço Cripto, Serviço de Mensageiros, Serviço Telefónico, Serviço Telegráfico, Serviço de Centro de Mensagens, Equipa de Teleimpressor RATT, Estação de Integração Rádio-Fio e uma Secção de Construção TPF. No que se refere á SecGE, conforme já questionaram aqui no Fórum, dispõe de equipamento de pesquisa e empastelamento, com o objectivo de juntamente com o GAC w os Morteiros da Brigada, privar o IN de 50% do seu sistema de C2 (Comando e Controle), teoricamente os restantes 50% irão se desmoronar. A introdução do Pl FH permitiu á Brigada ter Transmissões permanentes mesmo durante operações móveis de ataque.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: HSMW em Janeiro 06, 2012, 10:51:42 pm
Muito bom!
Parece que estou novamente nas aulas de OTL!
 :G-beer2:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 06, 2012, 11:11:28 pm
ERec (Esquadrão de Reconhecimento)
1ºPlRec (Pelotão de Reconhecimento)
2ºPlRec (Pelotão de Reconhecimento)
3ºPlRec (Pelotão de Reconhecimento)
PlMoPes (Pelotão de Morteiros Pesados)

Desempenha missões de Reconhecimento, Vigilância do Campo de Batalha e Segurança. Caso seja necessário pode ser empregue como medida de economia de forças, em operações ofensivas defensivas e retrógradas por períodos limitados. Dispõe de elevada mobilidade operacional e riqueza em meios de C2, o que lhe permite caso seja devidamente reforçado, desencadear acções independentes. Tem 2 radares com alcance de cerca de 10km. Está organizado como uma equipa de armas combinadas, com grande mobilidade, grande flexibilidade e elevado e diversificado poder de fogo, sendo o seu sistema de armas mais importante o Carro de Combate. Não deve ser misturado com outras unidades e deve ser usado, sempre que possível, como um todo. Pode reconhecer 3 Itinerários para a Brigada. Em reconhecimento de zona pode reconhecer a largura total da ZA (Zona de Acção) da Brigada. Também pode reconhecer zonas específicas, como sejam uma pequena cidade. Em missões de Vigilância pode manter 9 PO (Posto de Observação) por períodos longos, ou 18 PO por períodos curtos. Tem capacidade para em operações de Guarda, proteger a frente, a retaguarda ou o flanco da Brigada.

Tenho a comentar que por vezes, durante operações ofensivas, colocavam 1 PlCC atrás de cada um dos PlRec, os PlRec avançavam na frente e quando tinham contacto com o IN, abrandavam, abriam fogo de CC e SLMisACar TOW, enquanto o PlCC á sua retaguarda faziam uma passagem pelo PlRec e assaltavam directamente o IN. Mais a trás seguia uma CAtMec, que também se aproximava se o ERec fosse entrar numa povoação em que tivesse contacto provável com o IN. Então a CAtMec entava na povoação desmontava os atiradores, e estes batiam a zona para garantir a passagem do ERec e do ECC. Era uma boa equipa para operações rápidas ofensivas, chamada GAv (Guarda Avançada),

No apoio em missões de Vigilância era apoiado pelos PlRec ou PlExpl dos BIMec e GCC, podendo estes manter 4 PO (Posto de Observação) por períodos longos, ou 8 PO por períodos curtos. Estes postos eram assegurados pelas SecExpl (Secção de Exploração) com 4 viaturas cada. Cada PlRec ou PlExpl tem 2 SecExpl.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 06, 2012, 11:14:43 pm
Ainda tas acordado? HSMW?

Parece que não gostas da informação?
 :D
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: HSMW em Janeiro 06, 2012, 11:21:29 pm
Antes pelo contrário!

Muito obrigado pela excelente leitura.
 :G-Ok:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: HSMW em Janeiro 06, 2012, 11:27:15 pm
Citação de: "JPMM"
ERec (Esquadrão de Reconhecimento)
1ºPlRec (Pelotão de Reconhecimento)
2ºPlRec (Pelotão de Reconhecimento)
3ºPlRec (Pelotão de Reconhecimento)
PlMoPes (Pelotão de Morteiros Pesados)

Morteiro de 107mm certo? Se esse é o pesado o de 120mm é o quê?

 
Citar
Tem 2 radares com alcance de cerca de 10km. Está organizado como uma equipa de armas combinadas, com grande mobilidade, grande flexibilidade e elevado e diversificado poder de fogo, sendo o seu sistema de armas mais importante o Carro de Combate.

Sendo este um Erec de lagartas estamos a falar de que radares?
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 06, 2012, 11:39:28 pm
O PlMoPes tem o M106 com o morteiro 107mm, tanto o morteiro de 107mm como o de 120mm são classificados de “Pesados”. Os dois radares estão na SecVCB, não sei dizer qual o seu tipo.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 07, 2012, 12:09:36 am
Chegaram nos anos 90 e parece ser o AN/PPS-5B MSTAR, que permite identificar homens isolados a 5000km, grupos homens ou veículos imobilizados a 10km e veículos em movimento a uns 20km. Equipa as 4 SecVCB da BrigMec (GCC/ERec/1ºBIMec e 2ºBIMec), o GAC e a BAAA têm modelos diferentes.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 07, 2012, 12:32:48 am
Sobre o BIMec a sua organização não era muito diferente do GCC, não tenho os seus quadros orgânicos, mas acho que podemos atirar uma linha geral:

Comando e Estado-Maior; muito semelhante, tanto o GCC como os BIMec podiam comandar e controlar Agrupamentos e constituir Subagrupamentos Tácticos. O nosso exército oficialmente classifica estes Agrupamentos e Subagrupamentos como, “fortes em Carros de Combate” e “fortes em Infantaria Mecanizada”, mas nós chamamos Blindados e Mecanizados.

CCS; Terá uma SecCmd idêntica ao ECS/GCC, não tem SecCC, o PlTms é semelhante ao ECS/GCC, no PlMan em vês de M88A1 tem os M578, o PlReabTpt é semelhante, e o PlSan tem mais uma secção de Socorristas.

CAC; Não tem a SecVBLP, tem um PlRec com 10 M113A1 em vês do PlExpl, este não conta com os M901 ITV, só M113 VBTP. O PlMoPes e a SecVCB são iguais. Tem um Placar com 6 M113A1 TOW+1 M113A1.

CAtMec; são constituídas por:

"PlCmd"
SecCmd (1 M113A2+2 M151A2+1 U1300L+2 Motas+1 AtrMed)
SecMan (1 M578+1 M151A2+2 U1300L+1 AtrMed)

"1º, 2º e 3º PlAtMec" (41)
Cmd (5) (1 M113A1)
1ª, 2ª e 3ª SecAtMec (12)
(1 M113A1+1 HK21+2 HK79+2 G3A3 c/Bipé)

PlApMec
Cmd (5) (1 M113A1)
SecACar (6) (2 M113A1 TOW)
SecMoMed (15) (3 M125A1)

Devia ser algo como isto!
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Duarte em Janeiro 07, 2012, 01:06:31 am
Excelente informação!

E a antiga BriFEspeciais? BLI?  As Brigadas de Defesa Territorial?


Brigada de Forças Especiais

2 BCmds  (1 CCmds destinava-se a reforçar a ZMA, e 1 BCmds a reforçar a ZMM)
1 BI do RI Quleuz (reforço para a ZMA)
1 BI / RI Porto (reforço para a ZMA)
ERec (encargo do RCEstremoz) Ferret/ Chaimite?
GAC (encargo do RASP) com Oto melara Pack de 105mm
CEng (?)
CTrms (?)
Btr AAA encargo dp CIAAC (bitubo 20mm)
BApSvcs (encargo do BCS do RCmds)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: sergio21699 em Janeiro 07, 2012, 04:34:09 pm
Citação de: "JPMM"
Chegaram nos anos 90 e parece ser o AN/PPS-5B MSTAR, que permite identificar homens isolados a 5000km, grupos homens ou veículos imobilizados a 10km e veículos em movimento a uns 20km. Equipa as 4 SecVCB da BrigMec (GCC/ERec/1ºBIMec e 2ºBIMec), o GAC e a BAAA têm modelos diferentes.
Será metros e não Km, certo?
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: nelson38899 em Janeiro 07, 2012, 04:54:03 pm
Citação de: "sergio21699"
Citação de: "JPMM"
Chegaram nos anos 90 e parece ser o AN/PPS-5B MSTAR, que permite identificar homens isolados a 5000km, grupos homens ou veículos imobilizados a 10km e veículos em movimento a uns 20km. Equipa as 4 SecVCB da BrigMec (GCC/ERec/1ºBIMec e 2ºBIMec), o GAC e a BAAA têm modelos diferentes.
Será metros e não Km, certo?

yep

Citar
The AN/PPS -5 is a battlefield surveillance radar. The system is designed to detect and locate individuals up to 5,468 yds (5,000 m)

http://www.periscope.ucg.com/mdb-smpl/weapons/sensors/grdradar/w0003502.shtml

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.mauenvios.com%2Ftrujillo2001%2FAschaffenburgWebPages%2FAN-PPS-5B_GSR_CSC464_files%2Fan-pps-5.jpg&hash=120958c6c456ffd8f6bca57c30c8c03f)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Miguel em Janeiro 07, 2012, 07:46:05 pm
Exelente trabalho Esmaga :|
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Portucale em Janeiro 08, 2012, 10:26:40 pm
Caro JPMM / Esmaga

Mais uma vez obrigado por partilhar a informação e contribuir com informação válida.

:)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: joaosilvadelemos em Janeiro 09, 2012, 01:40:08 am
Citação de: "JPMM"

CAC; Não tem a SecVBLP, tem um PlRec com 10 M113A1 em vês do PlExpl, este não conta com os M901 ITV, só M113 VBTP. O PlMoPes e a SecVCB são iguais. Tem um Placar com 6 M113A1 TOW+1 M113A1.

CAtMec; são constituídas por:

"PlCmd"
SecCmd (1 M113A2+2 M151A2+1 U1300L+2 Motas+1 AtrMed)
SecMan (1 M578+1 M151A2+2 U1300L+1 AtrMed)

"1º, 2º e 3º PlAtMec" (41)
Cmd (5) (1 M113A1)
1ª, 2ª e 3ª SecAtMec (12)
(1 M113A1+1 HK21+2 HK79+2 G3A3 c/Bipé)

PlApMec
Cmd (5) (1 M113A1)
SecACar (6) (2 M113A1 TOW)
SecMoMed (15) (3 M125A1)

Devia ser algo como isto!

Boa noite, Caríssimos:

Tenho estado a seguir, a espaços, a troca de informações e ideias sobre a organização e entendi válidas duas notas em relação ao que citei, de JPMM. Faço aqui a ressalva de que não tenho presente a data ou época a que se refere. No entanto, aqui vão as notas:

1 - O PelRec das CAC dos BIMec passou de 12 viaturas (eram 6 secções, 3 de reconhecimento, a 2 viaturas e 3 ACar, a 2 viaturas cada) para umas escassas 4, atuais (2 SecRec a 2 viaturas), no QO de 2009. Pelo meio ainda houve um QO de 2005 que previa um PelRec a 5 viaturas. Isto é altamente discutível porque é um PelRec que tem muita dificuldade em cumprir a maioria das suas atribuições;

2 - As companhias de atiradores (e a maioria das companhias em Portugal, seja de que arma ou serviço) não possuem um pelotão de comando, mas sim um comando. Isto é não é só uma questão de terminologia. Cada escalão tático tem o seu comandante e se houvesse um pelotão de comando tinha de haver um comandante de pelotão. As motos também já não existem, desde 2005, bem como os estafetas-moto. A SecMan também está um pouco diferente. O que é facto é que os QO de 2009 reduzem alguma coisa ao efetivo e aos meios, mas as companhias continuam a ter à carga os meios correspondentes aos QOM antigos.

Cumprimentos,

Lemos
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 11, 2012, 09:20:29 pm
Viva a todos!

Obrigado Lemos, já me tinha apercebido que actualmente só seriam 4, porque os dados publicados sobre a organização dos PlRec/CAC dos BI/BrigInt deixavam-me no PlRec com 2 VBR Porta Canhão 30mm e 2 VBR TP. Não me devo ter enganado.

O Pelotão de Comando é um mau hábito que ainda tenho presente do RC4. Nas nossas formaturas diárias de Esquadrão, o primeiro Pelotão que formava era o constituído pelo pessoal das secções independentes, ao qual chamávamos (não sei se ainda chamam) o “Pelotão de Comando”.

As motos já estavam podres e encostadas em 1998, conforme na altura expliquei no FMC (Fórum Militar Conjunto). Quando tínhamos que enviar informações por estafeta, utilizávamos um M151A2 a todo o gás, num exercício cheguei a malhar de um em andamento, partiu-se o parafuso que serve de apoio oscilante para o bando da frente. Aterrei de cu e não parti nada. Não pude reclamar porque eu é que era o responsável pela manutenção!
 :lol:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 11, 2012, 10:04:06 pm
Não sei se os camaradas já se aperceberem de que os QOM de 2009 vão ao contrário de algumas lições retiradas dos conflitos mais recentes. Os Marines estão a experimentar uma organização em que as próprias Companhias de Atiradores têm uma Secção de Reconhecimento (eles aumentam os recursos de Reconhecimento e nós diminuímos), as suas Secções de Atiradores têm 13 homens em 3 Esquadras de 4 homens mais o Sargento comandante da Secção. Se as nossas SecAt estão em 7 homens, então temos 50% dos Atiradores dos Marines. Assim o poder de fogo em Atiradores de um Batalhão de Marines é equivalente à BrigMec ou BrigInt.

Ainda estou com dúvidas sobre os 7 homens, estive a ver fotografias da BrigInt e vejo que são 10 homens por cada SecAt, incluindo o Condutor e o Apontador da Browning, sobram 8 para desmontar, 1 Sargento que comanda a SecAt, uma Esquadra de 4 como é tradição e a Esquadra que contêm a MetL com 3 homens. Se assim for, quando desmontada e na defensiva, colocando o Sargento num abrigo duplo com o terceiro elemento da EqMetL, a SecAt ocupa 4 abrigos duplos, a 20m por cada mais os 10m laterais temos 80m de frente por cada SecAt da BrigInt. A BrigMec deve ter acompanhado o mesmo processo e os M113 devem estar a utilizar o mesmo tipo de doutrina para o combate que os Pandur!

A frente a bater na defensiva deste PlAt será 640m, menos mal do que com os 7 homens. É pena o Sargento ir para um abrigo na linha de fogo, assim tem que comandar e estar atento ao seu cabedal.
 :|
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 11, 2012, 10:46:45 pm
O facto de eu estar sempre a analisar a Infantaria Mecanizada a combater desmontada, tem uma razão. Os nossos M113 e Pandur são apenas táxis de batalha. Existem actualmente dois tipos de Infantaria Mecanizada no mundo, uma é com táxis de batalha e outra é com viaturas de combate de Infantaria. Não se deixem enganar! qualquer uma delas contra uma unidade de Carros de Combate é tiro aos patos. Nem o melhor VCI resiste a uma unidade com o CC mais ridículo que imaginem. A vantagem dos VCI é o facto de poderem destruir unidades de Infantaria Mecanizada que não disponham de CC, como sejam os Belgas, Holandeses e outros tristes que os seguem. O conceito antigo era de que os VCI com TOW destruíam os CC a longo alcance, antes de estes se aproximarem da Infantaria, com CC modernos como os nossos Leopard 2A6 essa teoria já caiu por terra. Um só Esquadrão de Leopard 2A6 pode destruir um Agrupamento Táctico sem carros a longo alcance, com uma velocidade que desafiará as capacidades de reacção de qualquer comandante que se depare com ele. Só com muito Reconhecimento terrestre e aéreo e Helicópteros de Ataque é que pode haver qualquer tipo de esperança de sobrevivência para este tipo de unidades.

Voltando á Infantaria Mecanizada, a que viaja em táxis de batalha, terá sempre que desmontar dos veículos para poder sobreviver, quer em operações ofensivas quer defensivas. Actualmente a maioria dos combates são por zonas edificadas, uma CAtMec ao aproximar-se de uma povoação, basta receber o impacto de 2 ou três mísseis anti-carro, que rapidamente o Capitão vai mandar desmontar, instalar e de seguida manda recuar os táxis para uma posição com cobertura. Os Apontadores de Browning dos M113 e Pandur são mais fáceis de acertar do que os alvos que temos nas carreiras de tiro. Depois de desmontar em frente á povoação, os Atiradores estão por sua conta, têm que utilizar as velhas tácticas de fogo e movimento, granas de fumos, pedir fogos de morteiros, etc, enfim voltar aos princípios básicos do combate com Infantaria apeada. Num combate destes, rapidamente esgotam as munições e então terão que ser reabastecidos debaixo de fogo, porque as munições estavam na VBTP, tal como os tripés das MetL, que muita falta vão fazer quando cair a noite e tiverem que as montar nos tripés e desenhar uma carta de tiro para poderem bater as zonas que identificaram de dia. Terão que tentar cavar minimamente posições de onde possam bater o IN com fogos de uma maneira mais segura. Então e agora?

É prioritário para o nosso Exército adquirir os restantes Leopard 2A6 e as Pandur 105mm. O falhanço das Pandur com canhão 105mm é um falhanço de toda uma doutrina de emprego de forças do nosso Exército e que levou á aquisição das Pandur. Com apenas 4 viaturas no PlRec e 3 no PlACar, os BI/BrigInt têm que recorrer excessivamente aos Atiradores para Explorarem e combaterem contra CC. Só os magníficos 8 CARDON 120mm vão trazer um apoio de fogo decisivo. Sem as Pandur 105mm, não acredito que consigam desempenhar 50% das missões que lhes seriam confiadas como brigada média.
 :?
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: joaosilvadelemos em Janeiro 12, 2012, 06:28:29 pm
Caros:

Depois de ler alguns dos posts, entendi pertinente contribuir com as capacidades e limitações que a doutrina portuguesa prevê para os Agrupamentos Mecanizados:


CAPACIDADES

Os Bat/Agr aplicam o seu potencial de combate para:
   
- Conduzir operações ofensivas e defensivas em todo o tipo de conflito, em todo o tipo de terreno e sob todas as condições meteorológicas.

- Conquistar e manter a posse de terreno importante e pontos sensíveis ou impedir a sua utilização por parte do inimigo.

- Destruir, neutralizar, suprimir, fixar e canalizar forças inimigas.

- Reconhecer, negar, ultrapassar, limpar e isolar terreno ou inimigo.

- Explorar o sucesso e perseguição do inimigo derrotado como parte de uma grande formação.

- Participar em operações aeromóveis e anfíbias.

- Conduzir operações integrando subunidades ligeiras, pesadas ou especiais.

- Conduzir operações de combate continuado até 72 horas.

- Conduzir operações de vigilância e guarda em proveito de unidades amigas.

- Conduzir operações de estabilização e apoio e outras operações de resposta a crises (CRO).

- Participar em operações de combate ao terrorismo e de contra-insurreição.

A organização da força aumenta as capacidades dos Agrupamentos. O Cmdt da Brigada organiza os Bat/Agr cruzando CAtMec com ECC. Este cruzamento é executado, por norma, ao nível de Batalhão porque os Batalhões têm a capacidade de comando, controlo, e de apoio para empregar formações de armas combinadas. O Cmdt da Brigada determina a composição e articulação dos Bat/Agr. Do mesmo modo, o Cmdt do Bat/Agr cruza PelAtMec com PelCC para cumprir missões específicas.

LIMITAÇÕES

Os Bat/Agr têm as seguintes limitações:
   
- Exigências de elevado valor estratégico reduzem a velocidade e o desenvolvimento de forças mecanizadas a partir dos Postos de Comando.

- A grande quantidade de viaturas limita a manobra e o poder de fogo dos Bat/Agr, particularmente em áreas urbanas, selvas densas e florestas, terreno íngreme e áspero e cursos de água.
 
- O consumo dos artigos é elevado, especialmente das classes III, V e IX.


Cumprimentos,

Lemos
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 12, 2012, 08:56:34 pm
RC-80-5 (1991)
Operações em Áreas Edificadas

A) Operações Ofensivas

Características:
- O combate é travado próximo, quase à queima-roupa, por Infantaria apeada apoiada por Carros de Combate;
- Os campos de tiro são limitados;
- A Observação é limitada;
- Os movimentos de viaturas são limitados;
- O Combate evolui lentamente;
- O Comando e o Controle são difíceis de exercer;
- O consumo de munições é muito elevado;
- As baixas são muito pesadas.

Fases:
- 1ªFase, as forças que defendem a área edificada são cercadas, e o terreno que a circula é ocupado ou controlado;
- 2ªFase, procede-se à conquista de uma base firme no dispositivo de defesa, procurando a rotura da sua coesão e a criação de uma bolsa. Este ataque é de preferência, dirigido contra o flanco ou retaguarda da defesa;
- 3ªFase, realiza-se a redução sistemática da área edificada.

A Brigada articula-se em uma Força de Assalto e uma de Envolvimento.
Tarefas da Força de Assalto:
- Conquistar a área edificada;
- Efectuar a sua limpeza;
- Efectuar a junção com a força de envolvimento.

Tarefas da Força de Envolvimento:
- Impedir a fuga ou o reforço do IN;
- Apoiar pelo fogo a Força de Assalto;
- Proteger a Força de Assalto de contra-ataques inimigos dirigidos do exterior.

Execução:
1ªFase – A força atacante garante o isolamento da área edificada, conquistando os incidentes de terreno que dominam os eixos de aproximação que a ela conduzem, assim como todos os edifícios ou posições exteriores à área urbanizada, donde possa apoiar o lançamento da Força de Assalto.
2ªFase – A força de ataque, organizada em destacamentos de assalto, constituídos por Pelotões de Atiradores reforçados com Carros de Combate e Sapadores, avança sobre a orla da área edificada e apodera-se de uma base. Os Carros vão á frente, e a Infantaria progride numa frente estreita perto deles. Estas unidades são apoiadas por Morteiros e Artilharia, que pode usar tiro directo. Podem ser usados fumos para encobrir o ataque. A Engenharia levanta as minas, limpa as barricadas e destrói os obstáculos (devem dispor de lança-chamas).
3ªFase – É uma acção de limpeza. Tem que se limpar a área casa a casa, quarteirão a quarteirão, para o qual se divide a área em zonas de acção de Batalhão. Geralmente uma Companhia limpa um ou dois quarteirões, e um Batalhão limpa três a seis. Devem-se sempre manter reservas, para contrariar qualquer reacção inimiga e para substituir rapidamente uma unidade de limpeza que tenha sido exterminada. Os objectivos para as companhias não devem ser maiores que um a dois quarteirões de distancia.
 :G-bigun:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 12, 2012, 09:15:24 pm
RC-80-5 (1991)
Operações em Áreas Edificadas

A) Operações Defensivas

Frentes a atribuir a Companhias, 300 a 1000m, estas não devem defender ombro a ombro, devem existir espaços entre as unidades cobertos só por patrulhas e sensores, as forças devem se poder deslocar rapidamente de um local para o outro para contrariarem o IN.

Bases da Defesa:
- Instalação de posições defensivas, em apoio mútuo, no perímetro da área edificada, as quais serão abandonadas logo que deixem de ter capacidade de influenciar o combate;
- Instalação de pontos fortes, em profundidade e em apoio mútuo, dispondo de reservas locais;
- Uma reserva móvel localizada num ponto central;
- O terreno circundante deve ser integrado na defesa para evitar que a área seja cercada;
- A orla da defesa deve estar nos últimos edifícios, de forma a não deixar nenhum deles à disponibilidade do IN;
- Os edifícios mais resistentes devem ser considerados Pontos Fortes, e preparados para resistirem depois de ultrapassados;
- As áreas edificadas, são sempre bons locais para instalar as AApSvc (Áreas de Apoio e Serviços).
 :G-bigun:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 12, 2012, 09:27:58 pm
RC-80-5 (1991)
Operações de transposição de cursos de água

É considerada uma operação ofensiva, e como tal é rápida e envolve um assalto à margem oposta. Os sectores são de 2 a 3km de largura em cada margem.

Os procedimentos são os normais para operações ofensivas.

As áreas na margem de cá que as forças ocupam são 4 a 5 km2 para um Batalhão, e 20 a 25km2 para uma Brigada.

Meios do Escalão de Assalto:
- Barcos pneumáticos de assalto;
- Barcos a remos ou a motor;
- Veículos anfíbios;
- Passadiços;
- Helicópteros.

Quem controla as operações no terreno é a Polícia de Exército em conjugação com a Engenharia.

Geralmente para a Brigada existem no mínimo 2 LTN (Local de Trem de Navegação) e um LP (Local de Ponte) da classe 60. Cada Batalhão em 1ºEscalão tem 1 LTN.

As Forças Mecanizadas assaltam directamente nas VBTP se isso for possível, senão usam barcos como a Infantaria Apeada.
 :G-bigun:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 12, 2012, 09:50:37 pm
Viva!

Coloquei aqui estes últimos posts, para lembrar os colegas do fórum de que as novas HBCT (Heavy Brigade Combat Team) do US Army, têm um Batalhão de Engenharia em vez de uma Companhia. Foi mais um resultado da experiencia de combate no Iraque, em que nestes dois tipos de operações a Engenharia pode e terá certamente um papel cada vez mais importante. A Engenharia é muito solicitada no apoio a Forças Mecanizadas/Pesadas em operações em áreas edificadas. Serão uma mais valia. Actualmente o nosso Exército dispõe de algumas unidades chamadas FAG (Forças de Apoio Geral), eu sou da opinião de que algumas dessas forças deveriam ser utilizadas em proveito da BrigMec e BrigInt, estando directamente sob o seu comando e treinando nas Brigadas. Estou a falar mais concretamente do Batalhão de Engenharia, que tem o comando e as 1ª e 3ª Companhia de Engenharia de Apoio Geral no RE1 e que tem a 2ª Companhia de Engenharia de Apoio Geral no RE3. A sua dissolução, tal como as Companhias de Pontes e NBQ, e criação de um Batalhão de Engenharia para cada uma das BrigMec e BrigInt são uma ideia. Cada um poderia ter 2 Companhias de Engenharia de Apoio Geral, uma Companhia de Pontes e um Pelotão NBQ. Claro que fecharíamos o RE1 e poupávamos mais uma CCS para termos mais homens onde são necessários.
 :G-bigun:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Duarte em Janeiro 13, 2012, 12:41:24 am
Excelente ideia! Todas as forças de apoio geral deveriam pertencer às brigadas. Elas existem em proveito delas, por esta razão integrá-las nas brigadas faz muito sentido.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: quimbolas em Janeiro 13, 2012, 11:20:45 pm
Citação de: "JPMM"
Viva!

Coloquei aqui estes últimos posts, para lembrar os colegas do fórum de que as novas HBCT (Heavy Brigade Combat Team) do US Army, têm um Batalhão de Engenharia em vez de uma Companhia. Foi mais um resultado da experiencia de combate no Iraque, em que nestes dois tipos de operações a Engenharia pode e terá certamente um papel cada vez mais importante. A Engenharia é muito solicitada no apoio a Forças Mecanizadas/Pesadas em operações em áreas edificadas. Serão uma mais valia. Actualmente o nosso Exército dispõe de algumas unidades chamadas FAG (Forças de Apoio Geral), eu sou da opinião de que algumas dessas forças deveriam ser utilizadas em proveito da BrigMec e BrigInt, estando directamente sob o seu comando e treinando nas Brigadas. Estou a falar mais concretamente do Batalhão de Engenharia, que tem o comando e as 1ª e 3ª Companhia de Engenharia de Apoio Geral no RE1 e que tem a 2ª Companhia de Engenharia de Apoio Geral no RE3. A sua dissolução, tal como as Companhias de Pontes e NBQ, e criação de um Batalhão de Engenharia para cada uma das BrigMec e BrigInt são uma ideia. Cada um poderia ter 2 Companhias de Engenharia de Apoio Geral, uma Companhia de Pontes e um Pelotão NBQ. Claro que fecharíamos o RE1 e poupávamos mais uma CCS para termos mais homens onde são necessários.
 :G-bigun:

Se não me engano o comando desse batalhão de engenharia e respectiva CCS estão no RE3.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 14, 2012, 11:43:09 am
Tens razão, o comando do BEng é no RE3.

As unidades de Engenharia das FAG são:

BEng (Batalhão de Engenharia)
Com e EM (Comando e Estado-maior) /RE3 (Regimento de Engenharia), Espinho
1ªCEngAG (Companhia de Engenharia de Apoio Geral) /RE1 (Regimento de Engenharia), Lisboa
2ªCEngAG (Companhia de Engenharia de Apoio Geral) /RE3 (Regimento de Engenharia), Espinho
3ªCEngAG (Companhia de Engenharia de Apoio Geral) / RE1 (Regimento de Engenharia), Lisboa
CPon (Companhia de Pontes) /EPE (Escola Prática de Engenharia), Tancos
CDefNBQ (Companhia de Defesa NBQ) /EPE (Escola Prática de Engenharia), Tancos
CGerCIMIC (Companhia Geral CIMIC) /RE1 (Regimento de Engenharia), Lisboa
GrEqEOD (Grupo de Equipas de EOD) /EPE (Escola Prática de Engenharia), Tancos
 :G-beer2:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 14, 2012, 11:55:00 am
Camarada Duarte, nem todas as FAG são em apoio ás Brigadas, algumas têm âmbito nacional, e outras são tão dispendiosas de equipar, que só poderemos ter uma unidade com essa função. Assim a nossa doutrina é atribuir essa unidade em apoio de uma das Brigadas que tenha que ser empregue numa missão. Para já o exemplo é a Companhia CIMIC ou o Batalhão ISTAR. :)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: joaosilvadelemos em Janeiro 14, 2012, 12:21:13 pm
A acrescentar que tanto a companhia CIMIC como o batalhão ISTAR servem para apoiar escalões superiores a brigada pelo que em princípio, uma brigada recebe um pelotão e/ou um centro CIMIC e as capacidades ISTAR ao escalão batalhão podem servir uma Divisão ou Corpo. Como as forças são modulares podem-se escolher as capacidades "a la carte".

Cumprimentos
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 14, 2012, 08:30:41 pm
Confirmo o AN/PPS-5B MSTAR na BrigMec, está uma fotografia no site do Exército, página da BrigMec, seleccionam ACTIVIDADES na esquerda e na parte 7.Outras Actividades lá está ele. :wink:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 14, 2012, 09:33:24 pm
Parece que o Duarte acertou, os GAC da BrigRR e BrigInt parece que estão a operar com apenas 2x BBF de 8 peças cada, quanto a BrigMec ainda não sei! :(
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 14, 2012, 09:49:20 pm
No GAM do RC6 só está activado o 1ºEAM com 9 V150 e o ERec só tem 2 PelRec activados com 2 V150 cada, total 13 V150, os outros 2 estão 1 no CLog (deve estar no RMan) e outro no CID (deve estar na EPC)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: tsahal em Janeiro 14, 2012, 10:42:25 pm
JPMM, queres dizer que cada GAC tem duas BBFs (total 4), cada uma com o 8 peças ou cada GAC tem uma BBF que perfaz no total 16 peças?

A BrigMec deve ter duas BBFs visto que existem 18 M109A5s. Acredito que possa haver um ou dois M109A5s na EPA para instrução mas não me parece muito sensato caso sim.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 14, 2012, 10:57:48 pm
Informação actualizada:

GAC / BrigMec = 3 BBF de 6 M109A5 cada

GAC / BrigRR = 2 BBF de 8 M119 cada

GAC /BrigInt = 2 BBF, uma no RA5 e outra na EPA de 6 M114A1 cada, tem mais 6 M114A1 em Santa Margarida para efeitos de instrução.
 :wink:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: tsahal em Janeiro 15, 2012, 01:02:04 pm
Precisam de substituir asap os M114A1s e adquirir sistema de navegação e posicionamento para os LGs! Veículos 4x4 bem militarizados para o reboque das peças tb davam jeito!

No entanto o M109A5 é quase topo de gama e com o AFADTS, PRC 525 e o Firefinder, são conseguidos bons resultados.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: JPMM em Janeiro 24, 2012, 10:42:49 pm
Atenção a todos os interessados, depois de ouvir bocas por criticar o facto dos Exércitos do Canadá, Holanda e Bélgica, terem desistido dos Carros de Combate, tenho a anunciar que a DSI (Défense & Sécurité Internationale) de Janeiro 2012 tem um artigo sobre o Exército do Canadá.

-Estão e reverter para a opção 3 ramos das Forças Armadas, depois de já terem desde 1964 um sistema logístico conjunto;
-Mantêm os helicópteros todos sob o comando da Força Aérea;
-Voltaram a introduzir os Carros de Combate, e compraram ainda mais;
-Estão a pensar em substituir os LAV por VCI pesados como o Puma Alemão ou o CV90 Sueco, mais pesados e de lagartas;
-Escolheram o M777 155mm para a artilharia,
-Têm um Batalhão de Engenharia em cada Brigada;
-Vão aumentar o número de homens que são transportados em cada VBTP e como tal cada SecAt;
-As únicas unidades sob comando do Exército e não das Brigadas ou do Comando de Operações Especiais, são um Regimento de Engenharia, um Regimento de Artilharia Anti-aérea e um Esquadrão de Guerra Electrónica;
-Estão a comprar Camiões Mercedes Blindados para distribuir a logística das Brigadas;
-Dão prioridade ao equipamento e armamento individual do Soldado Atirador;
-Têm uma reserva activa organizada em 10 Brigadas com 51 Batalhões de Infantaria, 17 Unidades de Reconhecimento, 17 Unidades de Artilharia, 12 Unidades de Engenharia, 19 Unidades Logísticas, 4 Unidades de Polícia Militar e 4 Unidades de Inteligência;
-Estão a modernizar os M113 para M113A3 e a emprega-los como veículos de apoio aos LAV.

Os combates no Afeganistão estão a revolucionar os pacíficos Exércitos Ocidentais (Todos menos um que anda a dormir)!

CHAMEM-ME TOLO!  :mrgreen:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 25, 2012, 12:05:21 pm
Tudo é ciclico, agora volta-se às lagartas, daqui a uns 30 anos volta-se às rodas and so on...
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: tsahal em Janeiro 25, 2012, 02:04:00 pm
JPPM, Não me parece que o Canada esteja a modernizar os M113s mas…!
Estão sim a modernizar os LAV, querem adquirir IFVs ao abrigo do programa CCV (CV90 ou VBCI) e querem comprar MRAPs ao abrigo do programa TAPV.
Os camiões MB com cabine blindados foram adquiridos (e já entregues) para a missão na ISAF e os M777 já foram recebidos.
Título: Propostas para o Exercito
Enviado por: Miguel em Novembro 24, 2013, 01:29:44 pm
Mudar o nome de
CTOE para Regimento Operacoes Especiais ROE
CTCmds para Regimento Comandos

 :idea:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Miguel em Novembro 24, 2013, 03:01:12 pm
Podemos ver a demagogia dos nossos generais.

Como um pequeno país pode querer a mesma organizacao que os US ?

Deviamos sim ter uma organizacao tipo Uk , muito mais adequada para nos.

Uma companhia US sao no minimo 6 Javelin, 2 metrelhadoras pour seccao etc..

Nos utilizamos Carl Gustav em vez dos Javelin, etc....

Agora fazem os pelotoes morteiros com 4 pecas em vez de 6? Temps o poder aereo do US
Estes tipos tao malucos.

 :mrgreen:
Título: Re: Propostas para o Exercito
Enviado por: Duarte em Novembro 25, 2013, 01:35:21 am
:G-beer2:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Miguel em Novembro 25, 2013, 09:12:25 am
Se o estado quer EU e o Duarte reorganizamos o Exercito, e nao precisamos de fundos nem ordenados.

 :lol:  :mrgreen:

Nao temos Miniguns,AT4 etc....

O que temos e nao vale a pena pensar comprar, porque nao temos $, em caso de conflito podemos ter, mas isso é outra historia!
Olhando para o que temos:

G3 e Galil
MG3,MAG,HK21
Carl Gustav, e CSR90,Laws
Morteiros 60mm,81mm
Milan/TOW

Precisamos de 6 Batalhoes de Infantaria(2 light,2 medium/Pandur,2 heavy/M113)
Nota: deviamos acabar com um BPara e transformar o BCmds em verdadeiro Bat Combate como o BPara, como fazem os belgas. Igualmente acabar com os RGs, a defesa das ilhas deve ser da Armada e FAP.E em caso de emergencia intervençao de unidades da BRR.

Portanto com 6 Batalhoes = 18 companhias
temos perto de 160 carl gustav

Podemos atribuir assim a cada seccao de atiradores de 9 elementos : 1 MG
A secçao ficaria assim distribuida:
Sargento G3
equipa apoio: 4 elementos com 1 MG
equipa atiradores: 4 elementos
O sargento fica sempre perto da equipa de apoio o Cabo lidera a equipa de atiradores
Ao nivel do pelotao para o assalto de um objetivo, pode o tenente modular as seccoes assim por exemplo
1 secçao em apoio com 2 MG
1 secçao de assalto
1 seccao de cobertura/reserva com 1 MG  

Por cada companhia no pelotao comando e apoio:
uma seccao anticarro 12 elementos e 6 carlgustav
uma seccao morteirol 12 elementos e 3 morteiros60mm

Sendo assim podemos organizar: Companhias com cada uma 9 MGs e 6 Carl Gustav, 3 morteiros 60mm

 Ao nivel do Batalhao :
Pelotao com 6 morteiros 81mm
Pelotao AC com 6 Milan
Pelotao Recce com 6 M12,7 e 6 LG40
Pel Logistica,Medical,Transmissoes e Comando

 :idea:
Título: Re: Propostas para o Exercito
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 27, 2013, 11:55:55 am
Citação de: "Miguel"
Mudar o nome de
CTOE para Regimento Operacoes Especiais ROE
CTCmds para Regimento Comandos

 :G-beer2:

Os UK utilizam pelotoes de morteiros de 6 peças, e NOS os portugueses como temos o poder de Fogo dos US pelotoes de 4 :lol:
Temos centenas de F16s para CAS e dezenas de drones :idea:

Estás a misturar tudo, uma unidade Pára-quedista, é diferente de uma unidade de Comandos ou de Infantaria Mecanizada. Cada unidade tem especificidades e por isso deve ser equipada e armada de acordo.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Miguel em Novembro 27, 2013, 01:19:00 pm
O termo Centro, contraria me para uma unidade militar de elite.

Centro de ferias ou automoveis etc...OK

Fica e toca melhor Régimento comandos ou de operacoes especiais de que centro.
Se e por falta de efetivos, temos muitos régimentos fantasmas :|
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 27, 2013, 05:39:45 pm
Centro ou Escola... é tudo igual, o que interessa é o produto final.

FOEsp;
BCdm;
1.º BIPara;
2.º BIPara;
etc.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Novembro 27, 2013, 09:27:06 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Centro ou Escola... é tudo igual, o que interessa é o produto final.

Concordo, em relação à organização uma vez também andava ai pessoal zangado porque enquanto cá tínhamos Regimentos (territoriais), com Batalhões (operacionais), na França só havia Regimentos.

Mas a França também não envia Regimentos para lado nenhum pois lá o Regimento também é territorial, o que eles fazem é agrupar companhias de um ou mais Regimentos e formam um GTIA, que é a mesma coisa que cá os Agrupamentos.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: nelson38899 em Maio 10, 2014, 09:07:18 pm
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A UNIDADE LOGÍSTICA DE EMERGÊNCIA DO EXÉRCITO

Deste modo, e de acordo com o despacho do General Chefe do Estado-Maior do Exército (Gen CEME), de 3 de Junho de 2011, a ULE foi levantada, tendo em consideração os seguintes pressupostos:
– O Exército não dispunha, à data, de nenhuma capacidade desta natureza;
– Tratava-se de uma Unidade de escalão companhia, com um grau de prontidão de 4 a 6 horas, que deveria estar à ordem do Gen CEME;
– Considerava-se que seria uma Unidade resultante da agregação de capacidades existentes, guarnecida exclusivamente por pessoal em acumulação de funções, e em ordem de batalha (OB);
– Os meios e equipamentos necessários ao preenchimento do respectivo quadro orgânico de material encontravam-se ao serviço, nomeadamente, nas Unidades e Órgãos do Comando da Logística;
– Após solicitação ao Exército para colaborar nas acções de protecção civil, esta Unidade poderia conduzir a sua acção, caso necessário, sob o comando operacional do Comando das Forças Terrestres (CFT).
Como possibilidades, a ULE, através dos seus meios, podia garantir a montagem de um campo de desalojados com uma capacidade base de alojamento, alimentação, serviços e apoio sanitário para quinhentas pessoas, nas primeiras 24 horas, após activação, e com possibilidades de expansão até mil pessoas a instalar de forma faseada, após aquele período de tempo, em qualquer ponto do TN, da seguinte forma:
Numa primeira fase, 24 horas após activação, garante:
– Capacidade inicial de alojamento, alimentação (ração de reserva) e serviços para quinhentos desalojados, bem como o respectivo transporte;
– Avaliação de infra-estruturas e apoio geográfico na área sinistrada;
– Triagem, reanimação, retenção limitada e evacuação de indisponíveis e doentes críticos.
Numa segunda fase, decorridas as primeiras 24 horas, e até 48 horas após a activação, assegura:
– Capacidade intermédia de alojamento, confecção e distribuição de alimentação quente, bem como serviços de lavandaria e banhos para quinhentos desalojados;
– Fornecimento de energia e iluminação no campo de desalojados;
– Triagem, reanimação, retenção acrescida e evacuação de doentes críticos.
Após as primeiras 72 horas, depois da activação, e numa terceira fase, garante a totalidade das suas restantes capacidades na zona sinistrada, e o reforço do apoio em alojamento, alimentação e serviços até mil desalojados.
Com um total de 180 militares (20 Oficiais, 45 Sargentos e 115 praças), a estrutura da ULE foi desenhada de forma a garantir as funções logísticas de reabastecimento e transportes, manutenção, evacuação e hospitalização, e serviços.
Sendo constituída à custa dos meios e equipamentos das Unidades e Órgãos, na dependência do Comando da Logística, e ainda, pelos módulos de comunicações e de segurança do CFT, a ULE assumia, desta forma, características modulares, com um grau de prontidão adequado à exigência da sua missão.

mais info:

http://www.revistamilitar.pt/artigo.php?art_id=885
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: PereiraMarques em Junho 27, 2014, 11:27:43 pm
Nova estrutura orgânica do RA5 (em Vendas Novas?)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.exercito.pt%2Fsites%2FEPA%2FHistorial%2FPublishingImages%2FOrganiza%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg&hash=dadabfc71a563b17c8d8bea0ce0065cb)

Aparentemente o GAC/BrigInt fica reduzido a apenas uma BBF (com 155mm M114).
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 01, 2014, 02:01:17 pm
Aguiar-Branco: "As Forças Armadas não são sustentáveis"

Ministro da Defesa defende a realização de reformas estruturais e deixa um apelo a altas patentes militares e serviços de informações para que façam parte da mudança

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/aguiar-branco-a ... z36Dmy6FND (http://expresso.sapo.pt/aguiar-branco-as-forcas-armadas-nao-sao-sustentaveis=f702478#ixzz36Dmy6FND)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Duarte em Julho 03, 2014, 12:29:43 am
A classe política que temos não é sustentável...  :G-bigun:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: PereiraMarques em Julho 29, 2014, 03:49:12 pm
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Exército vai criar Regimento de Emergência em Abrantes
O quartel militar de S. Lourenço, em Abrantes, onde nos últimos anos esteve instalada a Escola Prática de Cavalaria (EPC) vai acolher ainda durante este ano o novo Regimento Militar de Apoio e Emergência do Exército Português.

O novo regimento vai ser uma força militar de apoio civil, ou seja, uma unidade para prestar apoio às populações em caso de catástrofes, ou à Protecção Civil, sempre que seja accionado para um qualquer teatro de operações em qualquer ponto do país.

Para lá da estrutura base, vai ter ainda uma companhia de engenharia, uma companhia de reabastecimento e serviços e um hospital de campanha.

Ao que Rede Regional conseguiu apurar, o novo regimento está em fase de criação através de um pacote legislativo no Ministério da Defesa que deverá ainda ser publicado em Diário da Republica, sendo depois a sua activação da responsabilidade do Chefe do Estado Maior do Exército.

Embora o regimento ainda não esteja oficialmente criado, já está em curso o concurso público para levar a cabo um conjunto de obras nas instalações militares, e que passam pela renovação as infraestruturas básicas, pela requalificação de casernas no sentido de dar melhores condições de habitabilidade aos militares, e ainda a construção de um hangar que possa acolher todo o material da nova estrutura.

http://www.rederegional.com/index.php/s ... m-abrantes (http://www.rederegional.com/index.php/sociedades/9623-exercito-vai-criar-regimento-de-emergencia-em-abrantes)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Outubro 09, 2014, 02:48:52 pm
Soube que a DCSI (Direcção de Comunicações e Sistemas de Informação) foi transferida para o quartel onde estava o Regimento de Transmissões.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: HSMW em Outubro 09, 2014, 08:43:17 pm
A DCSI e a unidade de apoio do Estado Maior.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Outubro 09, 2014, 11:24:31 pm
Citação de: "HSMW"
A DCSI e a unidade de apoio do Estado Maior.

Ah ok, já é mais alguma coisa.

Só por curiosidade, e por desconhecimento meu, este quartel por acaso fica perto do Estado-Maior?
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: HSMW em Outubro 10, 2014, 12:03:07 am
950 metros em linha recta. O EM é em Santa Apolónia e o RT é para Norte deste. Nota-se bem a parada nas imagens de satélite.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Outubro 10, 2014, 12:55:53 am
Citação de: "HSMW"
950 metros em linha recta. O EM é em Santa Apolónia e o RT é para Norte deste. Nota-se bem a parada nas imagens de satélite.

Certo, só para perceber se realmente pode dar apoio ao Estado-Maior ou não, Lisboa é grande, o Regimento de Transportes e o de Engenharia 1 (não sei se já mudou de nome) também são em Lisboa e são bem longe :G-beer2: .
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: HSMW em Abril 29, 2016, 08:11:24 pm
Um excelente trabalho dividido em 5 partes sobre todas as antigas unidades do Exército português!

Fábrica de soldados
https://heportugal.wordpress.com/2014/07/02/fabricas-de-soldados-episodio-1/
https://heportugal.wordpress.com/2014/07/02/fabricasdesoldados-parte2/
https://heportugal.wordpress.com/2014/07/02/fabricas-de-soldados-parte-3/

4 e 5 em construção.
 :G-beer2:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Nuno Chaves em Maio 07, 2016, 04:38:06 pm
Um excelente trabalho dividido em 5 partes sobre todas as antigas unidades do Exército português!

Fábrica de soldados
https://heportugal.wordpress.com/2014/07/02/fabricas-de-soldados-episodio-1/
https://heportugal.wordpress.com/2014/07/02/fabricasdesoldados-parte2/
https://heportugal.wordpress.com/2014/07/02/fabricas-de-soldados-parte-3/

4 e 5 em construção.
 :G-beer2:

Muito Obrigado, pela partilha e interesse neste artigo que irá abarcar a organização do Exército entre 1961 e 1974
Já agora o trabalho no geral será dividido em 6 partes (1 de introdução) a parte 4 será dedicada apenas à cidade de Lisboa, dado a sua extensão.
Ja agora aproveito para partilhar as restantes Unidades que já por lá estão disponíveis:
https://heportugal.wordpress.com/uep-ajuda/unidades-a-a-z/

Um Abraço
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: nelson38899 em Maio 19, 2016, 01:23:40 pm
Sistema NRBQ, capacidade de resposta Exército Português

https://prezi.com/302ljjdkib5c/sistema-nrbq-capacidade-de-resposta-exercito-portugues/ (https://prezi.com/302ljjdkib5c/sistema-nrbq-capacidade-de-resposta-exercito-portugues/)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: PereiraMarques em Maio 27, 2016, 11:16:51 am
Despacho n.º 6996/2016
Distribuição dos efetivos de militares dos quadros permanentes do Exército por quadros especiais e postos no ano de 2016

https://dre.pt/application/file/74539209
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: nelson38899 em Junho 17, 2016, 10:07:46 am
Despacho n.º 3 706/2016
Publicado na Ordem do Exército nº 03/2016 (1ª Série) – pp. 40 a 43

https://heportugal.wordpress.com/2016/06/16/distribuicao-territorial-do-exercito-2016/ (https://heportugal.wordpress.com/2016/06/16/distribuicao-territorial-do-exercito-2016/)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Outubro 17, 2016, 08:37:55 pm
Citar
Lanceiros. Calçada da Ajuda pode vir a ter o primeiro “Quartel de Cultura” do mundo

Até 1 de julho de 2015, esta foi a casa do Regimento de Lanceiros n.º 2. Agora, a Associação de Turismo Militar quer aproveitar o espaço desativado – a meio da Calçada da Ajuda – e dar-lhe uma nova vida.
Uma vida onde a cultura entra em todas as salas.

http://ionline.sapo.pt/artigo/527891/lanceiros-calcada-da-ajuda-pode-vir-a-ter-o-primeiro-quartel-de-cultura-do-mundo-?seccao=Mais_i
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Miguel em Outubro 19, 2016, 10:28:00 am
O 2°BIMec da BriMec foi oficialmente desativado
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: saojorgexercito em Outubro 19, 2016, 09:54:45 pm
O 2°BIMec da BriMec foi oficialmente desativado
:G-beer2:
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Julho 08, 2017, 01:46:01 pm
Como se viu com o roubo dos paióis de Tancos, o Exército tem muitas unidades, e cada vez menos pessoal, além de que passa muita gente pelo Exército mas são poucos os que ficam no quadro. Acho que antes que um dia seja preciso contratar securitas para fazer rondas, preferia que o Exército se adiantasse e "criasse" a sua força securitas, isto é uma unidade militar ou militarizada, criada a partir dos militares contratados que até gostariam de continuar no Exército mas não conseguiram entrar no quadro. Uma força semelhante ao que a Marinha tem com a Policia dos Estabelecimentos da Marinha.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Camuflage em Julho 08, 2017, 02:08:48 pm
Em vez de terem unidades tão dispersas e quartéis vazios, se calhar está na altura de se adaptarem à realidade. O tempo não volta para trás e o conceito de exércitos gigantes de homens já foi ultrapassado.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Get_It em Julho 08, 2017, 03:11:06 pm
Como se viu com o roubo dos paióis de Tancos, o Exército tem muitas unidades, e cada vez menos pessoal, além de que passa muita gente pelo Exército mas são poucos os que ficam no quadro. Acho que antes que um dia seja preciso contratar securitas para fazer rondas, preferia que o Exército se adiantasse e "criasse" a sua força securitas, isto é uma unidade militar ou militarizada, criada a partir dos militares contratados que até gostariam de continuar no Exército mas não conseguiram entrar no quadro. Uma força semelhante ao que a Marinha tem com a Policia dos Estabelecimentos da Marinha.

Sou mais apologista de fazer uma reorganização como deve ser das Forças Armadas e das de Segurança e acabar com as polícias militares e passar a GNR a fazer essa tarefa (passaria a ser uma gendarmerie mais ao estilo da holandesa), obviamente deixando outras missões que actualmente tem para a PSP e outras entidades.

Cumprimentos,
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 08, 2017, 05:17:52 pm
Sabes a diferença salarial entre um soldado das Forças Armadas e um Guarda da GNR? Vai aumentar a despesa só porque é fashion?!
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Julho 08, 2017, 07:24:14 pm
Sou mais apologista de fazer uma reorganização como deve ser das Forças Armadas e das de Segurança e acabar com as polícias militares e passar a GNR a fazer essa tarefa (passaria a ser uma gendarmerie mais ao estilo da holandesa), obviamente deixando outras missões que actualmente tem para a PSP e outras entidades.

Já estive em bases aéreas na Holanda e não é bem assim, lá quem faz controlo de acessos e segurança são civis. A marechaussee tem um posto fora das instalações da Base Aérea mas entram quando querem e fazem operações STOP dentro do perímetro da Base iguais às que vemos na rua com controlo de alcoolemia, documentação, etc aos militares e todo o género de operações tipo Policia Militar, a marechaussee tem poder de policia igual à GNR, mas acho que eles não tem área territorial atribuída, lá é a policia civil que faz o policiamento de patrulhamento em todo o território, a marechaussee faz as áreas militares e tem unidades especiais de reserva.
https://en.wikipedia.org/wiki/Royal_Marechaussee

Em Itália é que acho que os Carabinieri fazem tudo, mas não tenho a certeza.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: FoxTroop em Julho 08, 2017, 07:37:06 pm
Em vez de terem unidades tão dispersas e quartéis vazios, se calhar está na altura de se adaptarem à realidade. O tempo não volta para trás e o conceito de exércitos gigantes de homens já foi ultrapassado.

Sim, era o que deveria ter sido feito já à bastantes anos, mas depois como justificar tanto "comandante"? O que fazer a esse pessoal todo? Mexer nos tachos e chafaricas não pode.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Camuflage em Julho 09, 2017, 03:12:36 am
Sim, era o que deveria ter sido feito já à bastantes anos, mas depois como justificar tanto "comandante"? O que fazer a esse pessoal todo? Mexer nos tachos e chafaricas não pode.

Cabe a quem está no sistema começar a vir para as ruas e criticar as chefias, saber apontar o dedo e deixar de se acovardar. Se é preciso denunciar que se faça sem pudores em vez de se cooperar. O sistema só pode ser desmontado de dentro para fora, não podemos continuar a ter tanto descontentamento nas forças armadas e sempre que aparecem câmaras apresentam o seu sorriso amarelo.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: nelson38899 em Julho 09, 2017, 12:28:35 pm
Sim, era o que deveria ter sido feito já à bastantes anos, mas depois como justificar tanto "comandante"? O que fazer a esse pessoal todo? Mexer nos tachos e chafaricas não pode.

Cabe a quem está no sistema começar a vir para as ruas e criticar as chefias, saber apontar o dedo e deixar de se acovardar. Se é preciso denunciar que se faça sem pudores em vez de se cooperar. O sistema só pode ser desmontado de dentro para fora, não podemos continuar a ter tanto descontentamento nas forças armadas e sempre que aparecem câmaras apresentam o seu sorriso amarelo.

Como já foi dito, exercito de milhões de homens, já não faz muito sentido!

Eu continuo a defender o fim dos micro quartéis que existem e Portugal!

Para mim era fechar tudo e dividir os 32 mil homens, por quatro bases (A norte brigada de reacção rápida, centro Brigada de intervenção e Brigada logística, a  sul a brigada mecanizada)

Madeira e Açores passavam para responsabilidade os fuzileiros
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: FoxTroop em Julho 09, 2017, 01:20:38 pm
Sim, era o que deveria ter sido feito já à bastantes anos, mas depois como justificar tanto "comandante"? O que fazer a esse pessoal todo? Mexer nos tachos e chafaricas não pode.

Cabe a quem está no sistema começar a vir para as ruas e criticar as chefias, saber apontar o dedo e deixar de se acovardar. Se é preciso denunciar que se faça sem pudores em vez de se cooperar. O sistema só pode ser desmontado de dentro para fora, não podemos continuar a ter tanto descontentamento nas forças armadas e sempre que aparecem câmaras apresentam o seu sorriso amarelo.

Boa parte do pessoal que está lá dentro são os acomodados. Quando, por algum motivo ou ocasião, aparecem na praça publica a criticar ou a denunciar algo, o assunto roda sempre à volta do mesmo. Os salários!

Estive nada mais, nada menos que 11 anos nas fileiras, sempre em unidade operacional e, quando saí por opção e de acordo com a minha consciência, tinha mais de 1/3 da minha vida passada lá dentro e toda uma série de missões "no cinturão". E saí porque não podia nem aceitava continuar a pactuar com o rumo que as coisas levavam nem com a forma como os camaradas reduziam tudo a uma questão de "quanto chove ao final do mês". (havia e há muitas excepções a esse tipo de comportamento)

Quando nas conversas se falava de estarem a levar aquilo ao ponto de ruptura total, a maior parte da malta seguia a linha do "desde que me paguem", quando em conversa se falava que estávamos a caminho de ser meros funcionários públicos, muitos assim queriam que fosse e, muitos entre os que não queriam, comportavam-se como tal. (uma vez tive de o dizer mesmo a um Sr. Comandante que ao expressar que não éramos funcionários públicos e que tinhamos de fazer o Povo compreender isso respondi-lhe que ajudaria bastante se deixasse-mos de nos comportar como tal, talvez o tal de Povo, compreendesse melhor).

Como tal e já tive sério desaguisados com antigos camaradas, digo e torno a afirmar, se o descontentamento dentro das fileiras é assim tão grande, em Democracia resta apenas uma opção a quem é militar, demitir-se em protesto. Protestar como eu vejo, mas sem largar a "mamadeira" é simplesmente porco e abjecto para mais que em toda e qualquer empresa por onde tenho trabalhado, vir para as redes sociais falar mal das mesmas dá direito a um bilhete para a fila do IEFP com justa causa.

Para finalizar este desabafo, boa parte dos que ainda por lá andam, a ultima coisa que querem é uma FA funcionais, com sistemas e controlos de progressão de carreira baseados em capacidades e méritos, que os obrigue a serem militares de corpo e alma e não simples funcionários que vão lá fazer uma perninha à base ou quartel nos tempos livres dos seus trabalhos em part-time (na realidade o part-time é a função militar). Simplesmente não querem e as chefias, enfiadas em negociatas e trocas de favores para vacaturas e promoções forçadas (quem se lembra da forma manhosa como se promovel uma tonelada de oficiais superiores que estavam encalhados com a jogada da missões em que se mandavam CFr/TCor e CTen/Majores de propósito para os promover "forçadamente" durante as missões pois o organograma exigia que as funções fosse a do posto acima), sabem o que a maioria quer é sopas e descanso, um ordenado ao fim do mês e um posto ou função que lhes permita ir mantendo os seus part-times e negócios cá fora.
Tudo o resto é treta.

Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: tenente em Julho 09, 2017, 01:49:24 pm
Sim, era o que deveria ter sido feito já à bastantes anos, mas depois como justificar tanto "comandante"? O que fazer a esse pessoal todo? Mexer nos tachos e chafaricas não pode.

Cabe a quem está no sistema começar a vir para as ruas e criticar as chefias, saber apontar o dedo e deixar de se acovardar. Se é preciso denunciar que se faça sem pudores em vez de se cooperar. O sistema só pode ser desmontado de dentro para fora, não podemos continuar a ter tanto descontentamento nas forças armadas e sempre que aparecem câmaras apresentam o seu sorriso amarelo.

Como já foi dito, exercito de milhões de homens, já não faz muito sentido!

Eu continuo a defender o fim dos micro quartéis que existem e Portugal!

Para mim era fechar tudo e dividir os 32 mil homens, por quatro bases (A norte brigada de reacção rápida, centro Brigada de intervenção e Brigada logística, a  sul a brigada mecanizada)

Madeira e Açores passavam para responsabilidade os fuzileiros

Onde foste encontrar o fectivo de 32.000 almas do nosso Exército ??
Nem o total de efectivos das FFAA chegam a esse número quanto mais o desflacadissimo Exército .
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Julho 09, 2017, 02:34:12 pm
Sim, era o que deveria ter sido feito já à bastantes anos, mas depois como justificar tanto "comandante"? O que fazer a esse pessoal todo? Mexer nos tachos e chafaricas não pode.

Cabe a quem está no sistema começar a vir para as ruas e criticar as chefias, saber apontar o dedo e deixar de se acovardar. Se é preciso denunciar que se faça sem pudores em vez de se cooperar. O sistema só pode ser desmontado de dentro para fora, não podemos continuar a ter tanto descontentamento nas forças armadas e sempre que aparecem câmaras apresentam o seu sorriso amarelo.

Como já foi dito, exercito de milhões de homens, já não faz muito sentido!

Eu continuo a defender o fim dos micro quartéis que existem e Portugal!

Para mim era fechar tudo e dividir os 32 mil homens, por quatro bases (A norte brigada de reacção rápida, centro Brigada de intervenção e Brigada logística, a  sul a brigada mecanizada)

Madeira e Açores passavam para responsabilidade os fuzileiros

Onde foste encontrar o fectivo de 32.000 almas do nosso Exército ??
Nem o total de efectivos das FFAA chegam a esse número quanto mais o desflacadissimo Exército .

Era o que eu ia dizer, até podem ter 32000 militares no organograma das Forças Armadas, pelo que vi na TV, devemos ter 29.000, dos quais 17.000 exército, 7.000 marinha e 5.000 força aérea.

O problema dos mini-quarteis é que eles já existem e criar outras "Santa Margaridas" custa dinheiro, pelo menos se criassem verdadeiros batalhões de 600 homens e fechassem os que ficassem vazios, já era um bom passo. Não concordo com a colocação de fuzileiros como tropa de guarnição nas ilhas, eles são uma força de intervenção.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: tenente em Julho 09, 2017, 04:58:55 pm
Sim, era o que deveria ter sido feito já à bastantes anos, mas depois como justificar tanto "comandante"? O que fazer a esse pessoal todo? Mexer nos tachos e chafaricas não pode.

Cabe a quem está no sistema começar a vir para as ruas e criticar as chefias, saber apontar o dedo e deixar de se acovardar. Se é preciso denunciar que se faça sem pudores em vez de se cooperar. O sistema só pode ser desmontado de dentro para fora, não podemos continuar a ter tanto descontentamento nas forças armadas e sempre que aparecem câmaras apresentam o seu sorriso amarelo.

Como já foi dito, exercito de milhões de homens, já não faz muito sentido!

Eu continuo a defender o fim dos micro quartéis que existem e Portugal!

Para mim era fechar tudo e dividir os 32 mil homens, por quatro bases (A norte brigada de reacção rápida, centro Brigada de intervenção e Brigada logística, a  sul a brigada mecanizada)

Madeira e Açores passavam para responsabilidade os fuzileiros

Onde foste encontrar o fectivo de 32.000 almas do nosso Exército ??
Nem o total de efectivos das FFAA chegam a esse número quanto mais o desflacadissimo Exército .

Era o que eu ia dizer, até podem ter 32000 militares no organograma das Forças Armadas, pelo que vi na TV, devemos ter 29.000, dos quais 17.000 exército, 7.000 marinha e 5.000 força aérea.

O problema dos mini-quarteis é que eles já existem e criar outras "Santa Margaridas" custa dinheiro, pelo menos se criassem verdadeiros batalhões de 600 homens e fechassem os que ficassem vazios, já era um bom passo. Não concordo com a colocação de fuzileiros como tropa de guarnição nas ilhas, eles são uma força de intervenção.

O Exército actualmente, não possui 15.000 efectivos e mesmo desses 14.000 e qq coisa, o Nosso Exército :

A) nem cinco Batalhões de Infantaria, com três Cat's cada, consegue aprontar, ( dois dos Batalhões (-) que formamos, são Oriundos dos Paras ),

B) Nem um Grupo de CC, a três Esquadrões;

C) Nem dois Grupos de Artilharia de Campanha, GAC's completos, quando na realidade deveríamos possuir três GAC's completos;

Ou seja, nem  consegue formar, oito UNIDADES tipo batalhão, que juntas não tem efectivo suficiente para constituir uma simples divisão Infª !!!
Mas em contrapartida o Exército:
Tem a BriInt composta por dois batalhões infª a duas Cat's !!
Tem a BriRR com três batalhões Paras e Comandos, também Incompletos !!
Tem a BriMec a dois Batalhões/Grupos de Manobra sendo um deles equipado com M113 ainda originais !!!
Tem não sei onde, a Unidade de DCA, á espera de adquirir o seu equipamento, "Missilzinho " portátil, de DCA !!!!!

Mas, para ter isto tudo, muito bem Organizado/Enquadrado.......................... Tem apenas 25 Generais, Rácio 01 Oficial General para 580 efectivos !!!

Deixemo-nos de pantomineirices, a realidade é esta e só esta, andamos a tapar o SOL, com uma Peneira para Inglês ver, mais nada, se de um efectivo de, digamos, 14.500, não conseguimos formar oito Bat/Grupos de 600 homens/mulheres cada, ou seja cerca 4800 combatentes, 33% do total, para mim está tudo dito, isto é uma farsa, uma fantochada completa !!!

Abraços
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: perdadetempo em Julho 09, 2017, 08:25:08 pm
Apenas para ajudar à discussão o quadro de efectivos atribuídos aos três ramos para 2017 segundo o DL 84/2016
https://dre.pt/application/file/a/105583449 (https://dre.pt/application/file/a/105583449)
                                                                   
                                            EXÉRCITO                                 FORÇA AÉREA                             MARINHA
                                QP               RV & RC                      QP               RC & RV                   QP                RC&RV
OFICIAIS              2097                   355                     1418                    267                    1328                  156
SARGENTOS       2987                   575                     2264                      66                    2280                       0
PRAÇAS                     0                 8886                            0                 1519                     3069                  843

QP-Quadro permanente RV&RC-Regime voluntariado e Regime contracto

Não inclui os 2104 efectivos a exercerem funções no EMGFA ou os 792 que exercem funções fora da instituição militar.

Cumprimentos,
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Julho 09, 2017, 10:32:38 pm
Assim de cor, aquela reorganização do defesa 2020, acho que incluia mudar o efectivo do exército de 60% apoio 40% operacional para o oposto, 40% apoio e 60% operacional, ainda não devem ter conseguido.

Mas para não ser só dizer mal, Lembro-me que ainda não há muitos anos o exército tinha um centro de recrutamento por distrito e acho que agora já só tem dois, um na zona do Porto e outro na zona de Lisboa.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: night_runner em Julho 10, 2017, 12:55:37 am
Já que se fala em descontentamento... ninguém arranja fotos dos muros da escola de fuzileiros antes de serem repintados? ::)
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Grumete em Julho 23, 2017, 04:15:42 pm
Qual é vossa opinião em relação a uma possível/hipotética reforma do exército?
Ao ler este post pareceu-me que o exército está a precisar de uma reorganizado.
Para que se torne um exército mais moderno e simples, em que os recursos sejam utilizados naquilo que é mesmo necessário.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 25, 2017, 12:03:26 pm
Qual é vossa opinião em relação a uma possível/hipotética reforma do exército?
Ao ler este post pareceu-me que o exército está a precisar de uma reorganizado.
Para que se torne um exército mais moderno e simples, em que os recursos sejam utilizados naquilo que é mesmo necessário.

É fácil dizer do que fazer, e as idéias são como os traseiros... todos têm o seu. SE o Exército pouco mudou no tempo da Troika, dúvido muito que se vá fazer algo de substâncial agora que já não temos que cortar a eito.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Setembro 24, 2017, 03:55:43 pm
Com esta história do Comando da Brigada de Reacção Rápida ir para Évora, se tem lógica ou não, isso levou-me ao seguinte raciocínio.

Acredito que do ponto de vista financeiro tenha lógica, se forem instalações do Exército já prontas a serem utilizadas e que estejam disponíveis, tem lógica, mas do ponto de vista geográfico eu tenho outra opinião.

Se o Exército realmente conseguisse reunir toda a estrutura superior (Direcções e Comandos) na Amadora, isso iria permitir que o Comando da Brigada de Intervenção fosse para o Porto e o Comando da Brigada de Reacção Rápida fosse para Coimbra, estas posições é que me parecem mais lógicas geograficamente se analisarmos a posição das unidades territoriais que elas comandam, a Brigada de Intervenção tem quase tudo no norte e a Brigada de Reacção Rápida tem quase tudo no centro.

Na Brigada de Intervenção esse raciocínio tem a falha da artilharia, pois a Artilharia de Campanha está em Vendas Novas e a Artilharia Anti-Aérea está em Queluz, o RAAA1 sempre estranhei estar atribuído à BrigInt pois é um Regimento que apoia todas as Brigadas, penso que deveria estar na Forças de Apoio Geral como o RL2 e o RE1, o RE1 também apoia a BrigRR e não pertence a esta. O GAC quando estava em VN de Gaia tornava esta Brigada praticamente toda no norte, mas depois foi transferido para Vendas Novas, mas penso que não seria por isso que o meu raciocínio fica sem sentido.

A BrigRR tem o RI1 em Beja e o RC3 em Estremoz mais a sul, não me tinha lembrado destas unidades, pois praticamente não tem capacidade operacional.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: HSMW em Setembro 24, 2017, 07:40:58 pm
O RC3 ainda fornece o ERec da BRR. Panhard M11.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 24, 2017, 10:00:19 pm
Mas afinal o que é que o Exército tem em Évora? Faz-me espécie sabendo que há um Regimento em Beja que está às moscas e pertence à Brigada. Também faz-me espécie saber que falam em separar o Estado-Maior da Brigada da companhia de Transmissões...
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Setembro 24, 2017, 10:31:40 pm
Mas afinal o que é que o Exército tem em Évora? Faz-me espécie sabendo que há um Regimento em Beja que está às moscas e pertence à Brigada. Também faz-me espécie saber que falam em separar o Estado-Maior da Brigada da companhia de Transmissões...

A Brigada de Intervenção também tem o Comando em Coimbra e as Transmissões no Porto.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Setembro 24, 2017, 10:48:28 pm
Mas afinal o que é que o Exército tem em Évora?

Descobri que tem isto.
https://www.exercito.pt/pt/quem-somos/organizacao/ceme/cmdpess/df

E o edifício é este
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fstatic.panoramio.com%2Fphotos%2Flarge%2F100315683.jpg&hash=55c09ed285a1ffdb758847013dfd7139)

Citar
Faz-me espécie sabendo que há um Regimento em Beja que está às moscas e pertence à Brigada.

Acho que o RI1 deve servir para apoio a exercícios na região, por exemplo com a FAP na Base Aérea de Beja, no Alqueva dos Comandos, etc. Talvez não seja compatível conciliar isso com a presença do Comando da BrigRR, ou é simplesmente para não largar as instalações de Évora.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: NVF em Setembro 25, 2017, 02:03:35 am
Não esquecer que Évora fica mais perto de Lisboa que Beja e, quase de certeza, que esse palácio é muito mais catita que o quer que seja que existe em Beja. Também é preciso não esquecer a dignidade inerente a um general comandante de divisão e respectivo estado-maior. Ah porra, esqueci-me que não temos divisões mas devemos ter o único exército em que as brigadas são comandadas por major-generais!
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Setembro 25, 2017, 03:28:20 am
Ah porra, esqueci-me que não temos divisões mas devemos ter o único exército em que as brigadas são comandadas por major-generais!

Eu acho que já temos brigadeiros a comandar as brigadas, mas num passado recente foi verdade.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: PereiraMarques em Setembro 25, 2017, 10:24:27 am
Ah porra, esqueci-me que não temos divisões mas devemos ter o único exército em que as brigadas são comandadas por major-generais!

Eu acho que já temos brigadeiros a comandar as brigadas, mas num passado recente foi verdade.

Neste momento até temos uma excentricidade maior, a BrigRR é comandada por um COR TIR (em suplência), a BrigMec por um MGEN e a BrigInt por um BGEN!
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: rato em Setembro 25, 2017, 11:02:19 am
O Exercito tem em Évora muitas instalações sub aproveitadas. O Quartel da foto era o antigo Quartel General da Região Militar do Sul, que mais recentemente foi o Comando de Instrução e Doutrina e com a última alteração Orgânica passou a ser a Direcção de Formação. Para além deste quartel, têm na cidade, outro quartel de dimensões mais reduzidas que acho que actualmente apenas é utilizado para Recrutamento, o Centro de Saúde Militar de Évora e a Messe dos Oficiais. Instalações distintas espalhadas no centro histórico da cidade. Edifícios fechados, encontram-se mais duas instalações, a antiga messe dos sargentos e a antiga Manutenção Militar, cujo quartel tem umas dimensões consideráveis.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Miguel em Setembro 25, 2017, 06:40:01 pm
Podem colocar o comando da BRR aonde quiseram, isto nao passa agora de uma palhaçada para manter tachos para amigos.

A realidade é que as FFAA apenas servam para manter edificios militares sobredimensionadas. e justificar postos para algums.

Ou seja, podiam extinguir as FFAA.

Nunca na Historia desta naçao estivemos tao perto da capacidade de defesa ZERO, ou seja excepto as FOes e o equivalente a 2 batalhoes de combate reais, uma duzia de caças com 40 anos, 2 submarinos e 5 fragatas dos anos 90,, nao temos NADA

Tinha talvez mais capacidade de combate a extinta BriParas da FAP que o actual Exercito completo, alias a BriParas até conseguia chamar reservistas para o seu exercicio anual.

E entao a palhaçada para manter Regimentos fantasmas e o maximo.

Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: paraquedista em Setembro 26, 2017, 01:23:27 am
Podem colocar o comando da BRR aonde quiseram, isto nao passa agora de uma palhaçada para manter tachos para amigos.

A realidade é que as FFAA apenas servam para manter edificios militares sobredimensionadas. e justificar postos para algums.

Ou seja, podiam extinguir as FFAA.

Nunca na Historia desta naçao estivemos tao perto da capacidade de defesa ZERO, ou seja excepto as FOes e o equivalente a 2 batalhoes de combate reais, uma duzia de caças com 40 anos, 2 submarinos e 5 fragatas dos anos 90,, nao temos NADA

Tinha talvez mais capacidade de combate a extinta BriParas da FAP que o actual Exercito completo, alias a BriParas até conseguia chamar reservistas para o seu exercicio anual.

E entao a palhaçada para manter Regimentos fantasmas e o maximo.

Acho que nao podia ter sido mais bem explicado, do que isto...nem mais nem menos...perfeito !!!

Mas caro Miguel isto ja vem assim de a muito tempo...desde que eu la andei 1994-1999 que vinha o Exercito a implodir-se ao manter  centenas de chafaricas...para que os Senhores da Academia tivessem postos de Comando e direito a Mercedes com condutor...e por outro lado o Produto Operacional era quase "0".
Os Paras eram a grande excepcao porque tinham acabado de chegar da Forca Aerea, onde eram totalmente independentes, e por isso e pela qualidade dos seus quadros se tinham tornado numa Forca Formidavel...o Exercito tratou de acabar com isso. Havia que nivelar tudo...POR BAIXO !!!

Mas todos os dias esta gente no Exercito, mostra que nao sabe mesmo o que anda a fazer...mesmo agora com a aquisicao de viaturas blindadas novas que vao ao entrar ao servico em quase 2020, vamos equipa-las com misseis anti-carro Milan (O CMDT da companhia Anti-Carro tinha proposto a sua substituicao em meados dos anos 90) de 2@ Geracao...os Exercitos modernos, vao agora equipar as suas Forcas com misseis anti-carro de 5@ Geracao...    ;D
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Clausewitz em Setembro 26, 2017, 04:51:05 am
Se o comando da BRR for para Évora, as unidades desta Brigada passarão a estar dispersas por nove (!) localidades diferentes: Beja, Évora, Estremoz, Carregueira, Leiria, Tomar, Tancos, São Jacinto, Lamego. E formalmente há ainda Tavira. Todos estes quartéis estão, no mínimo, a meio gás. Não vale a pena procurar lógica nisto, porque a única “lógica” que existe é conseguir colocação para o contingente de quadros permanentes do Exército, inventando “Regimentos” e afins. Depois existe falta de pessoal e de meios, pudera! Já alguém pensou quanto se gasta em despesas de funcionamento e manutenção de todas estas instalações? E em deslocações? E quanto pessoal de apoio de serviços é sugado para manter esta estrutura desproporcional? Depois não há meia dúzia de gatos pingados para guardar um paiol na zona com mais quartéis do país... Como é que é possível pensar em investir a sério na melhoria das instalações e áreas de treino se não se cria escala em lado nenhum? Quase 15 anos após o fim do serviço militar obrigatório (de jure, porque de facto são uns 25 anos...) o Exército ainda não se conseguiu reinventar. Se a ideia é não alienar completamente os quartéis espalhados pelo país para um hipotético regresso do velho SMO (que voltaria pelos piores motivos, note-se), não seria melhor alugar alguns quartéis a outras entidades, com clausulas que impedissem alterações significativas nos espaços, de maneira a salvaguardar a possível utilização militar se necessário?
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: Lightning em Junho 23, 2021, 08:26:05 pm
Mais uma reorganização fictícia  :mrgreen:,

De vez em quando lá vem a conversa que temos que nos virar para o mar, extensão da plataforma continental, bla, bla, bla, (ultimamente não se tem falado nada sobre isto...) e fiquei com a ideia que nas Forças Armadas ainda nem todos fizeram essa mudança, se para a Marinha sempre foi o seu ambiente natural, a Força Aérea efectuou essa mudança depois da guerra em África (antes era T-6, Fiats, Alouettes e depois passou a aviões de vigilância marítima, helis SAR, mesmo os caças vão fazendo exercícios nos arquipélagos de vez em quando), o exército parece-me, que continua muito "terrestre", carros de combate, etc, o, melhor que vejo são os RG que treinam com os NPO, o que para mim é muito pouco para uma nação maritima, eu propunha duas hipóteses, uma mais radical e outra mais conservadora.

Hipótese Radical
Exército fica a duas Brigadas novas

Brigada de Mobilidade Maritima (pode ser à francesa, tudo do exército, ou à inglesa, conjunto fuzos da Marinha + exército)
1° Batalhão - Alfeite (ou algures por Lisboa)
2° Batalhão - São Jacinto
3° Batalhão - Algarve (Portimão, Tavira)
Outras unidades em Quartéis do exército.

Para isto seria necessário a Marinha possuir navios de transporte género LPD, LST, ou algo com rampa género USNS Spearhead. Para podermos treinar com forças mais capazes a, projecção para os arquipélagos, e até Cabo Verde e São Tomé, para termos umas verdadeiras FA capazes de operar no Atlântico.

Brigada de Mobilidade Aérea
1° Batalhão - Tomar
2° Batalhão - Viseu (?)
3° Batalhão - Beja
Outras unidades em Quartéis do exército.

Estas duas Brigadas não têm que ser todas constituídas por Fuzileiros e paraquedistas, mas pelo menos um dos Batalhões sim, o resto pode ser Infantaria e outras especialidades.

Campo Militar de Santa Margarida
Poderia manter a Cavalaria com os Leopard 2, em caso de necessidade ou exercícios, juntava-se um dos Batalhões de Infantaria com Pandur para formar um Battlegroup Mecanizado.
Artilharia Anti-Aerea toda para aqui, e fundia a Artilharia de Campanha dos GAC de Vendas Novas e Santa Margarida, mas o novo GAC seria equipado com CAESAR ou similar para poder actuar melhor na manobra terrestre do que a artilharia rebocada.

Hipótese Conservadora

Brigads Mecanizada extinta excepto as mesmas unidades de acima.
Brigada de Reacção Rápida fica como está.
Brigada de Intervenção fica na mesma, mas fazendo mais exercícios de projecção via maritima com a Marinha /Fuzileiros.

Se parece pouca mudança, pelo menos poderia ser uma mudança de mentalidade.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: typhonman em Junho 23, 2021, 08:45:47 pm
Mais uma reorganização fictícia  :mrgreen:,

De vez em quando lá vem a conversa que temos que nos virar para o mar, extensão da plataforma continental, bla, bla, bla, (ultimamente não se tem falado nada sobre isto...) e fiquei com a ideia que nas Forças Armadas ainda nem todos fizeram essa mudança, se para a Marinha sempre foi o seu ambiente natural, a Força Aérea efectuou essa mudança depois da guerra em África (antes era T-6, Fiats, Alouettes e depois passou a aviões de vigilância marítima, helis SAR, mesmo os caças vão fazendo exercícios nos arquipélagos de vez em quando), o exército parece-me, que continua muito "terrestre", carros de combate, etc, o, melhor que vejo são os RG que treinam com os NPO, o que para mim é muito pouco para uma nação maritima, eu propunha duas hipóteses, uma mais radical e outra mais conservadora.

Hipótese Radical
Exército fica a duas Brigadas novas

Brigada de Mobilidade Maritima (pode ser à francesa, tudo do exército, ou à inglesa, conjunto fuzos da Marinha + exército)
1° Batalhão - Alfeite (ou algures por Lisboa)
2° Batalhão - São Jacinto
3° Batalhão - Algarve (Portimão, Tavira)
Outras unidades em Quartéis do exército.

Para isto seria necessário a Marinha possuir navios de transporte género LPD, LST, ou algo com rampa género USNS Spearhead. Para podermos treinar com forças mais capazes a, projecção para os arquipélagos, e até Cabo Verde e São Tomé, para termos umas verdadeiras FA capazes de operar no Atlântico.

Brigada de Mobilidade Aérea
1° Batalhão - Tomar
2° Batalhão - Viseu (?)
3° Batalhão - Beja
Outras unidades em Quartéis do exército.

Estas duas Brigadas não têm que ser todas constituídas por Fuzileiros e paraquedistas, mas pelo menos um dos Batalhões sim, o resto pode ser Infantaria e outras especialidades.

Campo Militar de Santa Margarida
Poderia manter a Cavalaria com os Leopard 2, em caso de necessidade ou exercícios, juntava-se um dos Batalhões de Infantaria com Pandur para formar um Battlegroup Mecanizado.
Artilharia Anti-Aerea toda para aqui, e fundia a Artilharia de Campanha dos GAC de Vendas Novas e Santa Margarida, mas o novo GAC seria equipado com CAESAR ou similar para poder actuar melhor na manobra terrestre do que a artilharia rebocada.

Hipótese Conservadora

Brigads Mecanizada extinta excepto as mesmas unidades de acima.
Brigada de Reacção Rápida fica como está.
Brigada de Intervenção fica na mesma, mas fazendo mais exercícios de projecção via maritima com a Marinha /Fuzileiros.

Se parece pouca mudança, pelo menos poderia ser uma mudança de mentalidade.

Há uns tempos postei aqui uma ideia semelhante, minimização da BM, e reforço substancial da BRR e BLI, apostando na mobilidade aérea, (KC-390,A-400M,C-295, AW-101, UH-60,Chinook por ex), aposta em armas anti carro modernas (Spike), aposta em sistemas modernos CI3, EW, e SAM a baixa/média altitude, adquirindo também helis de apoio CAS (AH-1Z) por exemplo, e adquirir LPD e AOR.
E como disseram e bem, não faz sentido tanta chafarica aberta pelo país fora.
abraço.
Título: Re: Ainda a organização
Enviado por: dc em Junho 24, 2021, 02:46:45 am
Acho que de forma generalizada, não tem havido grandes mudanças no que diz respeito ao virar para o mar. Geralmente é QB e pouco mais. Ao fim destes anos todos, continuamos com F-16 sem mísseis anti-navio, grande parte da Marinha desactualizada e/ou encostada, e de forma generalizada, uma estratégia de defesa do mar praticamente inexistente e inteiramente assente em "não temos ameaças". Caso as coisas corram mal, já vamos reagir tarde, o que é sinónimo de perda de vidas e quiçá território.

Mas acho que grandes mudanças no Exército para ganhar uma maior capacidade de operação a partir do mar, não traria grandes vantagens. Ora se queremos ter maior mobilidade do Exército por via marítima, é fazer como os Espanhóis, e arranjar 1 Ro-Ro, mesmo isto, pode ser feito com recurso a navios civis. Se tivéssemos LPD, também creio que seria burrice não tirar partido do navio para treinar manobras conjuntas entre os 3 ramos. No fim de contas, os Fuzos são uma unidade demasiado pequena e "leve", para um TO de alta de intensidade, precisariam sempre de ser complementados pelo Exército, seja em número, seja pelas capacidades que este ramo tem.

Mesmo assim, podemos ter toda a mobilidade marítima do mundo, mas sem real capacidade de combate no mar e no ar, de nada adianta. Na minha óptica, a melhor maneira que o EP pode contribuir para a "estratégia do mar", é através de baterias de mísseis anti-navio, e baterias AA de curto e médio alcance. De resto, pede-se é mais investimento na Marinha e FAP.

Quanto à organização do EP, é essencial cortar nas gorduras. É também necessário dar prioridade à qualidade e não quantidade. Os meios são poucos, e o efectivo idem, então há-que potenciar o que temos. Quando há RWS que podem disparar mísseis anti-tanque, para que é que andamos com versões especializadas ACar? Se há torres para blindados médios/pesados com capacidade ACar, AA e anti-pessoal (IM SHORAD, ou outras das variantes da torre RIwP), para quê comprar mais uma vez meios especializados? Para quê continuar com uns 150 ou mais M-113, quando 30 a 50 IFVs modernos chegavam, apoiados por algumas versões especializadas do M-113 (ambulância, SHORAD, PM, etc)? Porque não uniformizar a frota de viaturas tácticas médios/pesadas, tudo o que for veículos logísticos?