Os heróis esquecidos da nossa história

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Cabeça de Martelo

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Re: António da Silveira
« Responder #15 em: Outubro 21, 2005, 10:17:42 am »
Citação de: "Benny"
Em 1537 António da Silveira escreveu assim ao turco Suleimão Paxá, em resposta a uma proposta de rendição da fortaleza de Diu, onde um exército de 25.000 homens defrontava 600 Portugueses (note-se que Suleimão Páxá era um eunuco):

"Muito honrado capitão Paxá, bem vi as palavras da tua carta. Se em Rodes tivessem estado os cavaleiros que aqui estão neste curral podes crer que não a terias tomado. Fica a saber que aqui estão Porugueses acostumados a matar muitos mouros e têm por capitão António da Silveira, que tem um par de tomates mais fortes que as balas dos teus canhões e que todos os Portugueses aqui têm tomates e não temem quem os não tenha".

Diu permaneceu em mãos Portuguesas até 1961...


Fonte: Rainer Daehnhardt "Homens, espadas e tomates"


Á GANDA HOMEM!
Já não se fazem homens assim!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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André

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« Responder #16 em: Julho 08, 2007, 09:43:05 pm »

DUARTE PACHECO PEREIRA
  :Soldado2:  :G-clever:

Duarte Pacheco Pereira (Lisboa, ? — 1533) foi um navegador, militar e cosmógrafo português.
Filho de João Pacheco e Isabel Pereira nasceu em Lisboa (afirma-se ainda que em Santarém) entre 1443 e 1450. O mais antigo dos seus antepassados conhecidos foi Diogo Lopes Pacheco, senhor de Ferreira de Aves, um dos carrascos de Inês de Castro. Tendo fugido para Espanha, retornou à época da Crise de 1383-1385, apoiando o Mestre de Avis, com quem conseguiu recuperar todos os seus bens, tornando-se um dos conselheiros do novo monarca.

Em 1455 encontra-se Duarte Pacheco letrado, recebendo uma bolsa de estudos do monarca. Cavaleiro da casa de D. João II (1481-1495), contrariamente à tradição é pouco provável que tenha ido em 1482 a São Jorge da Mina, onde Diogo de Azambuja iniciava a construção da Feitoria de São Jorge da Mina. De acordo com a obra Décadas da Ásia, do cronista João de Barros, na viagem de retorno do cabo da Boa Esperança, em 1488, Bartolomeu Dias, encontrou-o gravemente doente na ilha do Príncipe e levou-o para Portugal.

Reconhecido geógrafo e cosmógrafo, em 1490 viveu em Lisboa da pensão real a que o seu título lhe dava direito. Em 7 de junho de 1494 assinou, na "qualidade de contínuo da casa do senhor rei de Portugal", o Tratado de Tordesilhas.

Em 1498 D. Manuel I encarregou-o de uma expedição secreta, organizada com o objectivo de reconhecer as zonas situadas para além da linha de demarcação de Tordesilhas, expedição que, partindo do Arquipélago de Cabo Verde, se acredita teria culminado com o descobrimento do Brasil, em algum ponto da costa entre o Maranhão e o Pará, entre os meses de novembro e dezembro desse mesmo ano. Dali, teria acompanhado a costa Norte, alcançando a foz do rio Amazonas e a ilha do Marajó.

Em 1503 comandou a nau Espírito Santo, integrando a frota de Afonso de Albuquerque (este sim um grande português) à Índia. Ali guarneceu a Fortaleza de Cochim com 150 homens e alguns indianos onde sustentou vitorioso o cerco do Samorim de Calecute que dispunha de 50.000 homens. Tendo exercido os cargos de Capitão-general da Armada de Calicute e de Vice-rei e Governador do Malabar na Índia, retornou a Lisboa em 1505 quando foi recebido em grande triunfo. Em Lisboa e em todo o lado os seus feitos da Índia foram divulgados e um relato dos mesmos foi enviado ao Papa e a outros reis da cristandade. Foi como uma espécie de herói internacional que, nesse ano iniciou a redacção do Esmeraldo de situ orbis,revela-se um dos melhores representantes da escola naútica portuguesa, ao mesmo tempo que, no espírito desassombrado de um verdadeiro cientista, afirma o primado da experiência como fonte do conhecimento, contra o saber livresco tradicionalmente aceite.

 Obra que ele interrompeu nos primeiros meses de 1508, Nesse ano foi encarregado pelo soberano de dar caça ao corsário francês Mondragon que actuava entre os Açores e a costa portuguesa, onde atacava as naus das especiarias vindas da Índia. Duarte Pacheco localiza-o, em 1509, ao largo do cabo Finisterra, onde o derrotou e capturou.

Em 1511 comandou uma frota enviada em socorro a Tânger, sob cerco das forças do Rei de Fez. Desposou no ano seguinte a D. Antónia de Albuquerque que recebe do Rei um dote de 120.000 reais, que lhe será entregue em fracções, até 1515.

Em 1519 foi nomeado capitão e governador de São Jorge da Mina, onde serviu até 1522. Veio sob prisão para Portugal por ordem de D. João III pela acusação de contrabando de ouro, embora atualmente ainda não se conheçam os reais motivos de tal decisão do monarca.

Quando libertado por ordem do Rei, recebeu 300 cruzados a título de parte de pagamento por jóias que tinha trazido de São Jorge da Mina e havia confiado à Casa da Mina para serem fundidas.

Faleceu nos primeiros meses de 1533 e, pouco depois, o monarca concedeu a seu filho, João Fernandes Pacheco, uma pensão anual de 20.000 reais. Como as pensões reais frequentemente eram pagas com atraso, mãe e filho passaram dificuldades, o que os levou a recorrer a um empréstimo.

A lenda de Duarte Pacheco Pereira desenvolveu-se após a sua morte. Luís de Camões, n'Os Lusíadas chama-lhe Grão Pacheco Aquiles Lusitano. Mais tarde, no século XVII, Jacinto Cordeiro consagrou-lhe duas comédias bastante longas em castelhano e, Vicente Cerqueira Doce, um poema em dez cantos, de que se perdeu o rasto.

De acordo com um de seus mais importantes biógrafos, o historiador português Joaquim Barradas de Carvalho, que viveu exilado no Brasil na década de 1960, Duarte Pacheco foi um gênio comparável a Leonardo da Vinci. Com a antecipação de mais de dois séculos, o cosmógrafo foi o responsável pelo cálculo do valor do grau de meridiano com uma margem de erro de apenas 4%.
« Última modificação: Julho 09, 2007, 02:37:33 am por André »

 

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PereiraMarques

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« Responder #17 em: Julho 08, 2007, 11:13:02 pm »
" a experiência é a madre das coisas; por ela soubemos radicalmente a verdade." in Esmeraldo de Situ Orbi"
 

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Luso

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« Responder #18 em: Julho 08, 2007, 11:40:51 pm »
http://www.ancruzeiros.pt/anchistoria-comb-1504.html

A não perder "Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa" de Saturnino Monteiro.
Num número da desaparecida "Grande Reportagem", Duarte Pacheco Pereira teria arribado em 148? ao Brasil.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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zocuni

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« Responder #19 em: Agosto 11, 2007, 03:13:28 pm »
Tudo bem,

Não sei se chegou a ser herói,mas sem dúvida foi um grande vulto da nossa história.


Comemorações dos 150 anos de Wenceslau de Morais

"Sou português. Nasci em Lisboa no dia 30 de Maio de 1854. Estudei o curso de marinha e dediquei-me a official da marinha de guerra. Em tal qualidade fiz numerosas viagens, visitando as costas da África, da Ásia, da América, etc. Estive cerca de cinco annos na China, tendo ocasião de vir ao Japão a bordo de uma canhoneira de guerra e visitando Nagasaki, Kobe e Yokoama.

Em 1893, 1894, 1895 e 1896 voltei ao Japão, por curtas demoras, ao serviço do Governo de Macao, onde eu estava comissionado na capitania do porto de Macao. Em 1896, regressei a Macao, demorando-me por pouco tempo e voltando ao Japão (Kobe). Em 1899 fui nomeado cônsul de Portugal em Hiogo e Osaka, logar que exerci até 1913.

Em tal data, sentindo-me doente e julgando-me incapaz de exercer um cargo publico, pedi ao Governo portuguez a minha exoneração de official de marinha e de cônsul, que obtive, e retirei-me para a cidade de Tokushima, onde até agora me encontro, por me parecer logar apropriado para descançar de uma carreira trabalhosa e com saúde pouco robusta.

Devo acrescentar que, em Kobe e em Tokushima, escrevi, como mero passatempo, alguns livros sobre costumes japoneses, que foram benevolamente recebidos pelo publico de Portugal."

(Excerto de uma carta íntima, escrita por Wenceslau de Moraes em Fevereiro de 1928, a um japonês, Yanazi Wara, que lhe tinha solicitado uma autobiografia).

No pequeno texto atrás reproduzido, resume Wenceslau de Moraes (1854-1929) as principais etapas da sua longa vida.

Quando convidado pelo Instituto Camões para planear e dirigir as comemorações do seu 150° aniversário, o comissário propôs como forma de o fazer o seguimento dessas diversas fases, que passariam a ser outros tantos componentes ou núcleos.

Criou assim nove núcleos temáticos e procurou para cada um a forma de melhor o ilustrar.

Basicamente, as comemorações estão centradas numa grande exposição sobre "Wenceslau de Moraes, as Vidas e a Obra", em que se tentará fazer passar a mensagem da grande figura moderna que foi Wenceslau de Moraes, cujo pensamento político e económico antevia as alterações que se vieram a verificar ao longo do século XX e a emergência dos Estados Unidos da América, da Rússia, da China e do Japão para a liderança da comunidade de países.

Na sua obra e na sua correspondência, Wenceslau de Moraes sublinha constantemente a necessidade de grande compreensão mútua entre o Ocidente e o Oriente e revela um Japão real, não como até então chegava à Europa, depois de cerca de 200 anos de isolamento, envolto em bruma e mistério, de samurais cruéis, "geishas" de faces de porcelana e sangrentos "hara-kiris".

Insiste na necessidade da aproximação dos dois pólos civilizacionais, o europeu, ocidental e cristão, e o oriental, representado não só pelo Japão, mas também pela China, quer no aspecto comercial e económico, quer na área sócio-cultural e artística.

Grande observador das qualidades do povo japonês, consegue perceber perfeitamente que as mesmas irão projectar o país para um lugar preponderante, uma vez que, com a era Meiji, ou "do Brilhantismo", como ficou conhecido para a História o reinado do Imperador Mutsuhito, o Japão cortara de vez com o seu passado feudal.

Assim, é fundamental que, nas "comemorações", apareça ao público um Wenceslau de Moraes com essa dimensão moderna e não como um cronista das tradições folclóricas do Japão, como muitas vezes tem sido tratado.

Como afirma na carta reproduzida na introdução, Wenceslau de Moraes, ao contrário do que muitos afirmaram, nunca deixou de se considerar português.

Conhecedor da alma do povo japonês, é evidente que percebeu que nunca poderia metamorfosear-se, transformar-se em japonês.

O que provou foi a viabilidade de uma boa convivência, entre ele com a "longa barba hirsuta que lhe encobria meia cara" e os japoneses de "caras frescas, quase imberbes".

Essa boa convivência, provada à escala do indivíduo, seria também possível, a nível macro, a nível Ocidente/ Oriente, resultante de uma boa compreensão mútua.

A grande exposição programada para Novembro na Sociedade de Geografia será compartimentada nos núcleos atrás referidos e em que intervirão directamente os diversos parceiros, que desde logo aderiram à iniciativa proposta pelo Instituto Camões.

Com a mesma base programática dessa grande exposição, decidiu-se criar a possibilidade de a replicar em outra dimensão, em outras cidades, com maior ou menor ligação a Wenceslau de Moraes, no Japão, na China (Macau, Hong-Kong, Shangai) em Portugal (geminadas com cidades japonesas) e, eventualmente, em outros países através dos Centros Culturais Portugueses/ICA.

Para a realização destas exposições-réplica foram criados "posters" de cada um dos núcleos temáticos, (colecção de 18 "posters" de 100 x 140 cm) bem como um vídeo didáctico (produzido pela Universidade Aberta) que podem assim enquadrar e servir de denominador comum a essas mostras mais pequenas, realizadas por responsáveis de cada sítio com espólios e temas por eles mesmos pensados.

Durante o tempo de permanencia da grande exposição, e nos dias de inauguração das exposições-réplica, serão promovidos vários eventos relacionados com os diversos aspectos da vida e da obra de Wenceslau de Moraes.

Foi criado dentro do portal do Instituto Camões uma página dedicada às comemorações de Wenceslau de Moraes.

O que já foi realizado e o que está programado para as Comemorações

Depois de uma palestra a 28 de Abril na Casa Veva de Lima em Lisboa e de uma série de acções na Livraria "Garfos e Letras" no Porto, que incluíram uma montra evocativa, uma conferência sobre "O que comiam os marinheiros portugueses no Sec. XIX" e um curso de cozinha de Macau, acções essas integradas no núcleo Gastronomia, as comemorações iniciaram-se propriamente no Japão.

Em 13 e 14 de Maio, integrou-se a exposição de cartazes do Instituto Camões nas comemorações que a Sociedade Luso-Nipónica e a Associação Moraes de Tokushima celebraram no Museu de Literatura e Caligrafia daquela cidade, escolhida por Moraes para viver os últimos anos de vida. No dia 14 de Maio o comissário proferiu uma palestra "A Lisboa de Wenceslau de Moraes":

Em 17 de Maio, na Universidade para Estudos Estrangeiros de Quioto (Kyoto Gai Dai), o Comissário proferiu a mesma palestra para professores e alunos da mesma, seguida de debate.

Em 22 de Maio, foi inaugurada a exposição de Tóquio, no Espaço Cultural Manabu Mabe, Embaixada do Brasil, e, no mesmo espaço, decorreu um ciclo de conferências, muito participado, que contou com a presença, como palestrantes, do Comissário Pedro Barreiros, de Helmut Feldmann, de Takiko Okamura, de Daniel Pires, de Rui Zink, e de Kol de Carvalho. Foi apresentado nesta exposição o vídeo didáctico produzido pela Universidade Aberta e Instituto Camões.

A 24 de Maio o Instituto Camões, o IPOR e a Embaixada de Portugal no Japão promoveram um concerto pelo Duo NI-TOKI (piano a quatro mãos) com música clássica e folclórica portuguesa e japonesa, incluindo no programa a primeira audição mundial de uma peça inédita do compositor Vianna da Mota. Este concerto foi repetido a 28 de Maio em Osaka.

Na semana de 24 a 28 de Maio, no Restaurante "Manuel", decorreu uma semana gastronómica sob o signo de Moraes, com cozinha de Angola, Moçambique, Goa, Macau e Timor.

Entretanto, a 20 de Maio o Instituto Camões associou-se ao Dia da Marinha numa exposição alusiva àquele dia, em Viana do Castelo, em que foram expostos os cartazes produzidos pelo Instituto referentes a Wenceslau de Moraes e a Marinha.

Em Macau, no dia 30 de Maio, aniversário de Moraes, foi lançado um envelope comemorativo e um carimbo pelos correios de Macau (no mesmo dia, em Lisboa, era lançado pelo "Público" o CD-ROM "Fotobiografia de Wenceslau de Moraes", da autoria de Daniel Pires e editado pela Fundação Oriente).

Em 31 de Maio, o Instituto Camões e o IPOR inauguraram na Livraria Portuguesa em Macau uma exposição que, para além dos "posters", continha algumas peças reunidas naquele território pelo IPOR e outras que tinham sido trazidas pelo Comissário. Nos dias seguintes, 1 e 2 de Junho, nas mesmas instalações, houve um ciclo de conferências proferidas pelo comissário, por Daniel Pires, Teresa Senna e Carlos Morais José.

Em 28 de Junho o Comissário proferiu uma palestra sobre Wenceslau de Moraes na Casa de Macau em Lisboa. Em 12 de Julho foi inaugurada no Espaço Memória dos Exílios no Estoril, pela Câmara Municipal de Cascais e o Instituto Camões, a Exposição "Armando Martins Janeira nos 150 Anos de Wenceslau de Moraes", que junta o espólio deixado por aquele ilustre embaixador e biógrafo de Moraes aos cartazes produzidos pelo Instituto Camões.

No dia 15 de Julho, no Forum FNAC - Almada, o Comissário proferiu uma palestra sobre "Haikai-Poesia Japonesa" e no dia 16 de Julho, no Espaço Memória dos Exílios, uma outra, "Relances da Alma de Wenceslau de Moraes":

Estas exposições espalhadas por várias cidades do país (Vila do Bispo, Porto, Maia, Sintra, Aveiro, Viana do Castelo e Coimbra) estender-se-ão até ao fim de Dezembro.

Paralelamente às exposições e conferências, o Instituto Camões, em parceria com diversas entidades, está a promover uma série de edições de livros no âmbito das comemorações.

A INCM editará "O Essencial sobre Wenceslau de Moraes", da autoria de Ana Paula Laborinho, "Fernão Mendes Pinto no Japão", com introdução daquela mesma autora, e "O Yoné e Ko-Haru", com introdução de Teresa Sena.

A Editora COD (de Macau) começa em Julho uma edição em dez volumes das Obras de Wenceslau de Moraes, a ser vendida conjuntamente com o jornal "Hoje Macau":

A Comissão Cultural da Marinha vai lançar em Outubro o livro "Wenceslau de Moraes e a Marinha" da autoria do comandante Rodrigues Pereira.

A Fundação Oriente tem em preparação "O Poeta do Orvalho", poema que José Jorge Letria dedicou a Moraes, uma edição de luxo fac-similada dos postais que Moraes enviou a uma das irmãs e está a ponderar a publicação de um álbum de banda desenhada inspirada no autor do "Dai-Nippon".

O Instituto Camões lançou no dia 22 de Julho "Wenceslau de Moraes o Diplomata", da autoria do Embaixador Luís Gonzaga Ferreira e tem em preparação nas edições D. Quixote um livro de contos de autores modernos sobre Wenceslau de Moraes, coordenado por Rui Zink. Está ainda em fase de produção o CD do Duo NI-TOKI de música portuguesa e japonesa homenageando o escritor.

Helmut Feldmann, da Universidade de Colónia, está a preparar a publicação do díptico que inclui as duas obras mais autobiográficas de Moraes: "Fora da Pátria" e o "Bon Odori em Tokushima".

Em parceria com o canal A2, o Instituto Camões produzirá ainda um documentário sobre Wenceslau de Moraes, a ser exibido durante a exposição de Novembro.

Fonte:Instituto Camões
zocuni
 

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Duarte

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« Responder #20 em: Agosto 11, 2007, 08:33:28 pm »
Citação de: "André"

DUARTE PACHECO PEREIRA

Com este nome, só podia ser  c34x
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Mueda

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O último heroi do Império Português
« Responder #21 em: Agosto 20, 2007, 03:14:40 am »

Comandante Roxo


Transmontano de boa cepa, rumou novo para Moçambique onde se tornou um conhecido caçador e um português de Africa, casando com uma natural da Provincia com quem teve filhos.

Com o surgimento da Guerrilha da FRELIMO a guerra veio até ele que com os seus pisteiros e vários naturais do territorio criou a mais eficaz unidade de contra-guerrilha de Moçambique.

Esta formação não respondia perante o Exercito mas perante a estrutura da Administração e actuava com pequenos grupos liderados pelos seus "Capitães" / Chefes.

Com o 25 de Abril tentou obter a independencia de um Moçambique de vários matizes realizando inclusivé uma ousada tomada da Rádio Local.

Com o fracasso deste movimento entra quase com 40 anos nas Forças Especiais da Africa do Sul e contribui decisivamente para o nascimento do conhecido Batalhão Bufalo, muito à imagem das forças lideradas por si em Moçambique.

Tal como aconteceu em Moçambique é também condecorado na Africa do Sul.

A combater em Angola, e após a explosão de uma mina que voltou a sua viatura sobre si, aguardou calmamente pela morte rodeado pelos seus homens e fumando um cigarro.
« Última modificação: Agosto 21, 2007, 08:48:28 pm por Mueda »
 

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Duarte

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Re: O último heroi do Império Português
« Responder #22 em: Agosto 20, 2007, 05:08:06 am »
Citação de: "Mueda"

Comandante Roxo


Transmontano de boa cepa, rumou novo para Moçambique onde se tornou um conhecido caçador e um português de Africa, casando com uma natural da Provincia com quem teve filhos.

Com o surgimento da Guerrilha da FRELIMO a guerra veio até ele que com os seus pisteiros e vários naturais do territorio criou a mais eficaz unidade de contra-guerrilha de Moçambique.

Esta formação não respondia perante o Exercito mas perante a estrutura da Administração e actuava com pequenos grupos liderados pelos seus "Capitães" / Chefes.

Com o 25 de Abril tentou obter a independencia de um Moçambique de vários matizes realizando inclusivé uma ousada tomada da Rádio Local.

Com o fracasso deste movimento entra quase aos 40 nas Forças Especiais da Africa do Sul e contribui decisivamente para o nascimento do conhecido Batalhão Bufalo, muito à imagem das forças lideradas por si em Moçambique.

Tal como aconteceu em Moçambique é também condecorado na Africa do Sul.

A combater em Angola, e após a explosão de uma mina que voltou a sua viatura sobre si, aguardou calmamente pela morte rodeado pelos seus homens e fumando um cigarro.




http://uk.geocities.com/sadf_history2/operator.html
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Cabecinhas

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« Responder #23 em: Agosto 20, 2007, 11:35:48 am »
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Esta formação não respondia perante o Exercito mas perante a estrutura da Administração e actuava com pequenos grupos liderados pelos seus "Capitães" / Chefes.


Quem é que era esta estrutura da administração? O governo da província?
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Duarte

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« Responder #24 em: Agosto 20, 2007, 12:39:14 pm »
Citação de: "Cabecinhas"
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Esta formação não respondia perante o Exercito mas perante a estrutura da Administração e actuava com pequenos grupos liderados pelos seus "Capitães" / Chefes.

Quem é que era esta estrutura da administração? O governo da província?

Se não me engano, o governador do distrito, neste caso, do distrito do Tete. Acho que houve um evolução ao longo da guerra, e várias fórmulas e estruturas de comando.
Citar
"The militia took a wide range of organisational shapes, from very informal schemes of village forces acting under the authority of village chiefs, as happened in Angola, to more institutionally militarised groups assuring the defence of the aldeamentos, the protected villages formed along the lines of what the British had practiced in their counter-insurgency war in Malaysia, or the North-Americans in Vietnam.
As the war situation aggravated, and with the corresponding difficulties
experienced by the armed forces, the militia contingents were brought into more active roles exceeding the traditional defensive ones. Paradigmatic in this respect was the case of Guinea, where, besides the normal militias, special ones were created for offensive operations in their home areas. This new concept, which led to the emergence of very efficient troops, mixed the old colonial tradition with new counter-insurgency theories. These theories, to which the Portuguese
high military commanders were systematically exposed from the second half of the 1950s onward, had as one of their core concepts the so-called “same element theory,” according to which the guerrillas could be fought more efficiently by troops mirroring their organisation, weaponry, knowledge of the terrain, and even race—i.e., by African combat units. These theories became more extensively absorbed at a time when the need to adapt and to reinforce the Portuguese troops became more pressing."

in African Troops in the Portuguese Colonial Army, 1961-1974:
Angola, Guinea-Bissau and Mozambique1
João Paulo Borges Coelho
Eduardo Mondlane University, Maputo, Mozambique

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Mueda

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« Responder #25 em: Agosto 21, 2007, 09:28:29 pm »
Respondia perante a estrutura da administração colonial, penso que a administradores como o Intendente e mais tarde Governador Borges de Brito.

Claro que existia articulação com o exercito, muito embora alguns dos seus Oficias não se sentissem confortáveis com esta "inovação hierárquica". :)

A operacionalidade e a eficácia das suas tropas não tiveram rival em toda a guerra e inspiraram e contribuiram para a criação do multilinguistico e multicolorido Batalhão Bufalo !
 

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André

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« Responder #26 em: Janeiro 26, 2008, 08:20:00 pm »
Reabilitação de Barros Basto

Citar
Mais de 2.800 pessoas já subscreveram a petição online lançada há um mês para a reabilitação do nome do capitão Barros Basto, herói da implantação da República expulso do Exército em 1943 por defender o Judaísmo.

Os signatários da petição (http://www.petitiononline.com/benrosh/petition.html) pedem ao Presidente da República, primeiro-ministro e Assembleia da República que nomeiem uma comissão para reanalisar o processo de expulsão de Barros Basto, que adoptou como nome judaico Ben-Rosh (filho do chefe).

Jorge Neves, primeiro subscritor da petição, disse hoje à agência Lusa que o documento só deverá ser enviado àquelas entidades depois de 12 de Fevereiro, dia em que a Comunidade Judaica do Porto terá uma reunião para preparar novas iniciativas em defesa da reabilitação de Barros Basto.

A Comunidade Judaica do Porto pretende enviar a petição também à Comissão da Liberdade Religiosa, agora presidida por Mário Soares.

«Estamos a preparar várias iniciativas ao longo do ano, para assinalar os 70 anos da Sinagoga do Porto, inaugurada em 16 de Janeiro de 1948», disse Jorge Neves.

Uma das iniciativas será a edição de uma brochura sobre a Comunidade Judaica do Porto, referiu.

Jorge Neves considerou natural a visita, prevista para domingo, do Presidente da República, Cavaco Silva, à Sinagoga de Lisboa, atendendo ao comportamento «correcto» que as autoridades portuguesas têm tido relativamente ao Judaísmo e restantes religiões.

«Do ponto de vista oficial, os responsáveis políticos têm sido correctos com o Judaísmo, nomeadamente desde a aprovação da Lei da Liberdade Religiosa. Não há nada a apontar», sublinhou.

A Comunidade Israelita do Porto assinalou em Dezembro de 2007 os 120 anos do nascimento do capitão Barros Basto com o lançamento de um novo apelo à reabilitação do nome deste herói da implantação da República, expulso do Exército em 1943.

Jorge Neves disse então à agência Lusa que o objectivo deste novo apelo é «que seja feita justiça», porque o único «crime» que Barros Basto cometeu foi ter-se convertido ao Judaísmo e ajudado centenas de pessoas a retornarem à fé dos seus antepassados, forçados pela Inquisição a converterem-se ao Catolicismo.

«Achamos que é um assunto que não pode ficar eternamente adiado», afirmou Jorge Neves, lamentando que não tenham resultado as várias tentativas de reabilitação feitas desde o 25 de Abril de 1974.

A mais forte tentativa, disse Jorge Neves, foi em 1996, quando o então Presidente da República, Jorge Sampaio, recebeu a família de Barros Bastos e «disse-lhe que o assunto seria resolvido em coisa de 15 dias».

Contudo, esta diligência também falhou, o que levou as comunidades judaicas do Porto, de Portugal, de Israel e dos Estados Unidos a lançarem novos apelos nos anos seguintes.

Em 2003, a organização judaica «Amishav» lançou uma campanha para a reabilitação pelo governo português do capitão Barros Basto, com a entrega de uma petição ao embaixador de Portugal em Israel.

No mesmo ano, a Conferência das Organizações Judaicas Americanas (COJA) entregou uma carta ao embaixador português em Washington, pedindo que «a verdade dos factos e a justiça sejam repostas».

Em 2005, o 1º Congresso dos Marranos, no Porto, foi palco de redobrados apelos à reabilitação do capitão Barros Basto.

«Gostávamos que o governo pedisse desculpas à família de Barros Basto e esperamos que em breve seja feita justiça», disse no congresso o director da Organização Shavei Israel, Michael Freund.

Jorge Neves admitiu que o obstáculo poderá estar na eventual relutância do Exército em reintegrar formalmente Barros Basto, pelo facto dessa decisão poder implicar o pagamento à família de indemnizações e pensões pelo que o capitão deixou de ganhar.

«O Exército não é uma estrutura fácil a admitir estas situações», disse.

Jorge Neves salientou que foi Barros Basto quem hasteou a bandeira da República, no Porto, em 1910 e que foi condecorado pela sua participação na I Grande Guerra Mundial, comandando um batalhão em França.

«Foi vítima de um certo anti-semitismo, de um processo que hoje sabemos que foi forjado. Foi condenado por ser judeu», realçou.

Jorge Neves, fundador da produtora independente Alfândega Filmes, disse à Lusa que está a preparar um documentário sobre Barros Basto, que espera ter concluído em 2008, caso obtenha financiamento.

«Estamos em negociação com uma televisão de Israel», referiu, acrescentando que já reuniu «grande parte do material», nomeadamente fotografias e documentos cedidos pela família.

A história de Barros Basto já foi compilada pela professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Elvira de Azevedo Mea e pelo jornalista Inácio Steinhardt no livro biográfico «Ben-Rosh», publicado em 1997 pelas Edições Afrontamento.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #27 em: Fevereiro 13, 2008, 08:31:45 pm »
Comunidade Judaica do Porto pede audiência ao PR para reabilitar capitão Barros Basto

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A Comunidade Judaica do Porto vai pedir uma audiência ao Presidente da República, Cavaco Silva, para apelar à reabilitação do nome do capitão Barros Basto, herói da implantação da República expulso do Exército em 1943 por defender o Judaísmo.

Jorge Neves, um dos membros da comunidade, disse hoje à agência Lusa que os judeus do Porto pretendem expor ao Presidente da República todo o processo tendente à reabilitação do nome de Barros Basto e decidiram também convidar Cavaco Silva a visitar a Sinagoga da cidade na primeira quinzena de Maio.

"Por ocasião dos 60 anos da fundação do estado de Israel, pretendemos fazer uma celebração evocando os 120 anos do nascimento de Barros Basto e os 70 anos da Sinagoga do Porto", disse Jorge Neves.

Cavaco Silva visitou recentemente a Sinagoga de Lisboa, atitude que Jorge Neves considerou natural, atendendo ao comportamento "correcto" que as autoridades portuguesas têm tido nos últimos anos relativamente ao Judaísmo e restantes religiões.

"Do ponto de vista oficial, os responsáveis políticos têm sido correctos com o Judaísmo, nomeadamente desde a aprovação da Lei da Liberdade Religiosa. Não há nada a apontar", sublinhou.

A comunidade judaica do Porto decidiu também pedir audiências ao Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, e aos grupos parlamentares.

Jorge Neves referiu que a petição online para reabilitar o nome de Barros Basto, de que é primeiro subscritor, será enviada aos órgãos de soberania logo que atinja as 4.000 subscrições.

Os signatários da petição http://www.petitiononline.com/benrosh/petition.html, que reuniu até hoje cerca de 3.200 subscrições, pedem ao Presidente da República, primeiro-ministro e Assembleia da República que nomeiem uma comissão para reanalisar o processo de expulsão de Barros Basto, que adoptou como nome judaico Ben-Rosh (filho do chefe).

A Comunidade Judaica do Porto pretende enviar a petição também à Comissão da Liberdade Religiosa, agora presidida por Mário Soares.

A Comunidade Israelita do Porto assinalou em Dezembro de 2007 os 120 anos do nascimento de Barros Basto com o lançamento de um novo apelo à reabilitação do nome do capitão.

Jorge Neves disse então à agência Lusa que o objectivo deste novo apelo é "que seja feita justiça", porque o único "crime" que Barros Basto cometeu foi ter-se convertido ao Judaísmo e ajudado centenas de pessoas a retornarem à fé dos seus antepassados, forçados pela Inquisição a converterem-se ao Catolicismo.

"Achamos que é um assunto que não pode ficar eternamente adiado", afirmou Jorge Neves, lamentando que não tenham resultado as várias tentativas de reabilitação feitas desde o 25 de Abril de 1974.

A mais forte tentativa, disse Jorge Neves, foi em 1996, quando o então Presidente da República, Jorge Sampaio, recebeu a família de Barros Bastos e "disse-lhe que o assunto seria resolvido em coisa de 15 dias".

Contudo, esta diligência também falhou, o que levou as comunidades judaicas do Porto, de Portugal, de Israel e dos Estados Unidos a lançarem novos apelos nos anos seguintes.

Jorge Neves salientou que foi Barros Basto quem hasteou a bandeira da República, no Porto, em 1910 e que foi condecorado pela sua participação na I Guerra Mundial, comandando um batalhão em França.

"Foi vítima de um certo anti-semitismo, de um processo que hoje sabemos que foi forjado. Foi condenado por ser judeu", realçou.

Jorge Neves, fundador da produtora independente Alfândega Filmes, está a preparar um documentário sobre Barros Basto, que espera ter concluído em 2008, caso obtenha financiamento.

"Estamos em negociação com uma televisão de Israel", referiu, acrescentando que já reuniu "grande parte do material", nomeadamente fotografias e documentos cedidos pela família.

A história de Barros Basto já foi compilada pela professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Elvira de Azevedo Mea e pelo jornalista Inácio Steinhardt no livro biográfico "Ben-Rosh", publicado em 1997 pelas Edições Afrontamento.

Lusa

 

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Nitrox13

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« Responder #28 em: Fevereiro 14, 2008, 03:42:19 pm »
Aqui proponho para distinção todos os COMANDOS Africanos que foram fuzilados por terem apoiado a causa errada!!!!
A necessidade aguça o engenho !!!!

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« Responder #29 em: Fevereiro 14, 2008, 03:51:26 pm »
Citação de: "Nitrox13"
Aqui proponho para distinção todos os COMANDOS Africanos que foram fuzilados por terem apoiado a causa errada!!!!


E eu proponho para distinção todos os COMANDOS Africanos que foram fuzilados por terem apoiado a causa certa.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...