EUA desenvolvem armas nucleares do futuro

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EUA desenvolvem armas nucleares do futuro
« em: Fevereiro 08, 2005, 10:22:15 pm »
EUA desenvolvem armas nucleares do futuro

Fonte: O Globo

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NOVA YORK. Preocupados com o envelhecimento e a fragilidade do arsenal nuclear dos EUA, cientistas americanos começaram a desenvolver uma nova geração de armas — mais robustas, confiáveis e duráveis, revelaram fontes do governo e do setor privado.

O objetivo do programa é reduzir o arsenal e os custos de manutenção. Mas críticos dizem que a iniciativa poderá dar lugar a uma nova corrida armamentista. Até agora, o esforço envolve apenas US$ 9 milhões para redesenho de ogivas nucleares nos três laboratórios de armas atômicas do país — Los Alamos, Livermore e Sandia.

Relativamente pequeno, o programa inicial envolve menos de cem pessoas, mas deverá crescer e desenvolver projetos nos próximos cinco a dez anos. Se ele obtiver sinal verde do governo, os protótipos das novas ogivas representarão uma mudança fundamental em design e filosofia.

Durante décadas, os criadores de bombas nucleares procuravam usar os mais avançados métodos e tecnologias. Como resultado, as ogivas se tornaram leves, muito poderosas e, em alguns casos, tão pequenas que uma dúzia delas podia ser instalada num míssil. O estilo americano era o mais avançado. A maioria das outras potências nucleares, com menos tecnologia e especialistas, se contentava com menos. Suas armas nucleares estavam mais para um carro de série do que para um bólido de corrida.

Agora, os cientistas americanos estão estudando como fazer armas mais robustas, de algum modo estimulando os rivais num esforço para evitar a incerteza e a deterioração da velha ordem nuclear. Especialistas temem que peças críticas do arsenal, se algum dia tiverem de ser usadas, falhem.

Testes subterrâneos estão proibidos em todo o mundo

Inicialmente, as 10 mil ogivas nucleares do arsenal americano tinham uma expectativa de cerca de 15 anos de duração. Hoje, a idade média delas é de 20 anos, e algumas são muito mais antigas. Especialistas dizem que um dispendioso programa federal para verificar a confiabilidade das armas não pode ser mais usado porque um acordo internacional proibiu os testes nucleares subterrâneos.

Resume John R. Harvey, diretor de planejamento da Administração Nacional de Segurança Nuclear:

— Nosso objetivo é fazer ogivas mais práticas e baratas, cuja confiabilidade possamos verificar sem a necessidade de testes nucleares.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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