Guerrilha na Bolívia

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Carlos Rendel

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Guerrilha na Bolívia
« em: Março 08, 2014, 01:08:02 am »
É raro na História contemporânea que um personagem de segundo plano se torne num ídolo lendário como foi o caso de Che Guevara.

Ernesto Guevara Serna nasceu na Argentina em 1928. Com 27 anos juntou-se aos combatentes de Fidel Castro e bateu-se activamente

contra o regime de Batista em Cuba. Após a vitória de Castro foi designado Presidente do Banco Nacional  de Cuba e assumiu de seguida

o lugar de Ministro da Indútria,não sem se tornar responsável pela execução de algumas dezenas de opositores.Este facto por si só,de-

monstra a "grandeza" do Ché. Em 1965 decidiu escrever uma carta a Fidel manifestando o desejo de  voltar à guerrilha e espalhar o ide-

ário  da Revolução por todo o continente sul americano. Foi escolhida a Bolívia para a estreia,atendendo  às disparidades sociais, e às

reformas que marcavam passo. O presidente boliviano,general Ortuno chegou ao poder por um golpe de Estado e aspirava ao apoio  dos

E.U.A. O ché  lançou o seu movimento,mas depressa  se desiludiu ao constatar  a falta de apoio dos rurais,ao invés dos mineiros.

Os camponeses  não aderiram como esperado, sem assumirem a doutrina exposta, e deixaram o grupo  do Ché sem  uma retaguarda

fiável e como tal, perigosa. Entretanto,os americanos  treinaram  para a guerra de guerrilhas  uns centos de militares bolivianos desti-

nados à contra-guerrilha. Após semanas de luta,o grupelho de Guevara foi  cercado,e o seu chefe ferido e prontamente executado.

E assim morreu o homem e nasceu a lenda.                                                                                                                                cr
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papatango

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Re: Guerrilha na Bolívia
« Responder #1 em: Março 09, 2014, 07:00:21 pm »
Faltou falar na passagem por África, pelo Congo, durante quase dois anos.

Ali, Che Guevara desenvolveu teorias sobre a impossibilidade de a revolução triunfar em África, porque os «pretos» eram burros.
As teorias da conspiração dizem que os russos deram todas as indicações aos americanos para o matarem.

Che, foi um criminoso durante toda a sua vida e uma demonstração do ponto a que pode chegar a hipocrisia comunista, ao transformar um assassino num heroi.
Mais uma vez, os russos terão passado a perna nos americanos.

Viram-se livres de um tarado sexual maluco e genocida e criaram um Deus, glorioso e revolucionário, ainda que ligeiramente morto.

Em Portugal os estalinistas também criaram um mito parecido na figura de uma camponesa alentejana chamada Catarina Eufemia.
Tudo indica que nunca foi comunista.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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PereiraMarques

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Re: Guerrilha na Bolívia
« Responder #2 em: Março 10, 2014, 09:57:44 am »
Já agora um pequeno pormenor cultural-linguístico, nos países de língua espanhola, o apelido a seguir aos nome(s) próprio(s) é que é o apelido do pai e portanto o apelido mais importante. Neste caso o General René Barrientos Ortuño, deverá ser referido como General Barrientos e não General Ortuño.
 

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Carlos Rendel

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Re: Guerrilha na Bolívia
« Responder #3 em: Março 16, 2014, 05:39:02 pm »
Agradeço a correcção e aditamento de Pereira Marques e papatango no texto supra. A problemática de um foro é resumir os acontecimentos até

ao limite.Uma questão histórico militar detalhada e minuciosa,ainda que escrita com rigor corre o risco de não ser lida.                                cr
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