Tecnologia Portuguesa

  • 624 Respostas
  • 197723 Visualizações
*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #255 em: Novembro 12, 2008, 08:13:16 pm »
Portugueses desenvolvem tecnologia para missão da ESA a Marte



Citar
HPS Portugal, empresa detida pelo instituto português INEGI e pela empresa alemã HPS – High Performance Space Structure Systems, GmbH, vai coordenar o desenvolvimento de um novo material para sistemas de protecção térmica para veículos de reentrada atmosférica a serem usados na próxima missão da ESA ao planeta Marte. O consórcio integra ainda a EADS-Astrium e a Lockheed Martin INSYS e envolve verbas na ordem dos 400 mil euros.



A HPS Portugal assinou com a European Space Agency (ESA) o seu primeiro projecto enquanto líder de um consórcio internacional. O projecto, que envolve ainda a EADS-Astrium (França) e a Lockheed Martin INSYS (Reino Unido), tem como objectivo desenvolver um material novo para sistemas de protecção térmica para veículos de reentrada atmosférica. O material, que será usado na próxima missão da ESA ao planeta Marte e durante a qual vão ser recolhidas amostras do solo marciano e enviadas para a Terra, é um material resistente a muito altas temperaturas.

Segundo o antigo investigador do INEGI e actual gestor de negócios e de projectos da HPS Portugal, Pedro Portela, de momento “não existe tecnologia na Europa que permita proteger o veículo das temperaturas de reentrada. Nesse sentido vamos desenvolver alternativas diferentes, mas só uma é que vai ser seleccionada para desenvolvimento final e ensaios em túnel de vento de plasma”. Sobre os materiais a serem usados, Pedro Portela esclarece que estes “já existem, mas precisam de ser adaptados de forma a resistirem a temperaturas muito altas e fluxos de calor muitíssimo elevados e, como tal, permitirem que os veículos a serem usados pela ESA na reentrada atmosférica o possam fazer em segurança”.

HPS Portugal
A HPS - High Performance Structures, Gestão e Engenharia Lda, com sede no Porto, nas instalações do INEGI, foi criada pelo INEGI e a PME alemã HPS-GmbH e desenvolve a sua actividade focalizada em projectos aeroespaciais, estudos científicos e tecnológicos e em vários serviços de engenharia.

O recente projecto com a ESA, que envolve verbas na ordem dos 400 mil euros, tem “uma grande importância para a HPS Portugal, pois é o primeiro com a ESA em que somos líderes. Além disso, é importante para nós sermos reconhecidos pelos nossos parceiros do consórcio, entre os quais a EADS-Astrium e a Lockheed Martin INSYS, como a referencia na coordenação e gestão deste tipo de projectos com a ESA”, salienta Pedro Portela.

A ESA e Marte
De acordo com a ESA só em 2020 é que a primeira viagem a Marte para recolha de amostras de solo será possível, estando, actualmente, em fase de desenvolvimento de toda a tecnologia para que isso seja possível. A missão a Marte envolverá cinco naves: uma primeira para fazer a ponte entre os dois planetas; uma segunda para a órbita de Marte; um módulo de descida e um de saída do planeta; e por fim um veículo de reentrada no planeta Terra (e onde os materiais desenvolvidos pela HPS Portugal serão aplicados).

Todas as informações da missão da ESA a Marte podem ser consultadas através deste link: http://www.esa.int.
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #256 em: Novembro 12, 2008, 08:19:44 pm »
Projecto português distinguido pela Universidade do Texas


Citar
O projecto Ion Jelly alcançou o segundo lugar no Cockrell School of Engineering Chalenge da Idea to Product (I2P) Global Competition, prestigiada competição internacional realizada na Universidade do Texas em Austin (UT Austin), em representação do Programa COHiTEC.

“O lugar obtido no I2P resulta da combinação do potencial da tecnologia apresentada com a qualidade do plano de comercialização desenvolvido pela equipa no âmbito do Programa COHiTEC. Para além disso, a preparação da apresentação do plano de comercialização da tecnologia obriga a uma forte interacção entre os investigadores e os MBAs de cada um dos grupos participantes, para que consigam uma comunicação efectiva do potencial da tecnologia e da dimensão dos mercados alvo num reduzido espaço de tempo”, afirmou o Professor Pedro Vilarinho, coordenador do Programa COHiTEC.
 


Segundo Pedro Vilarinh disse ao Ciência Hoje, em termos de competitividade empreendedora, “é importante ver o que é produzido cá ser reconhecido a nível internacional”.

A equipa portuguesa ficou melhor classificada (arrecadando o segundo lugar) do que outras provenientes de instituições com grande reputação internacional, como a Universidade do Texas em Austin, do Michigan, a Stockholm School of Entrepreneurship e a RWTH Achen, o que, na perspectiva do representante da COTEC, é “uma demonstração de que algumas das tecnologias com potencial de comercialização desenvolvidas em instituições de investigação nacionais são competitivas a nível global”.

O projecto

O Projecto Ion Jelly resultou de investigação efectuada no Instituto Superior Técnico e na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e visa a comercialização de baterias de filme-fino para dispositivos electrónicos, baterias essas que são extremamente finas (<1mm) e flexíveis, podendo ser impressas em diferentes tipos de materiais. Este ano, a COTEC foi representada por uma equipa constituída pelos investigadores Pedro Vidinha e Nuno Lourenço e pelos MBAs Emilie Gaudet e João Nascimento, que apresentaram a tecnologia inovadora em Austin.

“O segredo do nosso sucesso foi trabalharmos com forte espírito de equipa, tanto nas questões de definição de mercado como nas questões de definição tecnológica. E é nestas competições internacionais que a nossa competitividade é avaliada e este segundo lugar é prova de que estamos no caminho certo”, realçou o investigador Pedro Vidinha.

O Projecto Ion Jelly participou na edição de 2008 do COHiTEC, iniciativa da COTEC que pelo segundo ano consecutivo é convidada a fazer-se representar na competição da UT Austin e é distinguida neste prestigiado concurso de ideias na área do empreendedorismo de base tecnológica.

As competições Idea to Product são um conjunto de concursos de planos de comercialização de tecnologia “early-stage”, disputados em diferentes regiões do globo, que visam a identificação de oportunidades de negócio suportadas em conceitos de produtos únicos obtidos a partir de tecnologia inovadoras e dirigidos a mercados claramente definidos. O objectivo destas competições anuais é o de incentivar os participantes a criar ligações entre as tecnologias emergentes e as necessidades do mercado, essencial para apoiar etapas posteriores da sua comercialização. Pelo menos uma equipa em cada uma das 13 anteriores competições locais e globais realizadas na Universidade do Texas em Austin conseguiu financiamento para a investigação ou criou um negócio.
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #257 em: Novembro 15, 2008, 12:34:35 am »

 
Jovens portugueses são os mais interessados sobre ciência
 



Citar
Os jovens portugueses são os europeus mais interessados em notícias relacionadas com ciência e tecnologia, revela um inquérito sobre a atitude dos jovens face à ciência divulgado hoje em Bruxelas pela Comissão Europeia.
Quase nove em cada 10 jovens portugueses (86 por cento) afirmam-se interessados em acompanhar o noticiário sobre ciência e tecnologia, o valor mais elevado na União Europeia, onde em média o interesse atinge 67 por cento dos jovens.

Relativamente aos temas científicos que mais atraem a atenção dos jovens europeus, Portugal é o país onde se verifica maior interesse pelas «descobertas médicas e corpo humano», com 53 por cento dos inquiridos a revelarem «muito interesse» e 37 por cento «algum interesse».

Os jovens portugueses são os segundos mais interessados em «novas invenções e tecnologias» (que suscita «muito interesse» em 66 por cento dos inquiridos, valor apenas suplantado pelos lituanos), «tecnologias da informação e comunicação» (60 por cento, também ligeiramente atrás da Lituânia) e «Terra e ambiente» (61 por cento, valor que fica apenas atrás da Grécia).


O tópico científico que suscita menos entusiasmo entre os jovens portugueses é «o universo, o espaço e as estrelas», de «muito interesse» para apenas 29 por cento dos inquiridos, ainda assim o quarto valor mais elevado na União Europeia (UE), depois de Lituânia, Eslovénia e Hungria.

Em contrapartida, os jovens portugueses são dos europeus menos interessados em seguir notícias sobre política (35 por cento, o quinto valor mais baixo da UE) e economia (41 por cento, o sexto valor mais baixo).

O inquérito foi realizado em Setembro junto de 25.000 jovens da UE, com idades entre 15 e 25 anos, tendo em Portugal sido inquiridos 1.001 jovens pela Consulmark.

Diário Digital / Lusa

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #258 em: Novembro 15, 2008, 12:42:07 am »
Portugueses desenvolvem localizadores com GPS

Como localizar carros e crianças com o telemóvel
2008/11/13

Nova tecnologia a partir da próxima semana

Citar
Vai ser possível localizar carros e crianças através do seu telemóvel. Uma nova tecnologia que está a ser desenvolvida por portugueses, refere o «Diário Económico».

O telemóvel vibra a meio de uma reunião, abre a mensagem e descobre que o seu carro está a dirigir-se para fora do parque de estacionamento onde o tinha deixado. Pormenor: as chaves estão no seu bolso do casaco. Decide então accionar a imobilização do veículo, o que significa que se tiver sido furtado não irá muito longe.

Este é um cenário que passará a ser possível na próxima semana, quando a tecnológica portuguesa Inosat colocar no mercado os seus primeiros produtos de consumo: «car locator» e «child locator». Tal como o nome indica, são tecnologias de localização que funcionam com base em GPS (sistema de posicionamento global por satélite), integralmente concebidas pela equipa de engenharia da Inosat em Portugal.


 

*

nelson38899

  • Investigador
  • *****
  • 5350
  • Recebeu: 728 vez(es)
  • Enviou: 730 vez(es)
  • +509/-2608
(sem assunto)
« Responder #259 em: Novembro 15, 2008, 10:44:35 pm »
Citar
Self-Repairing Aircraft Becoming a Reality

An aircraft that can repair itself is the stuff of science fiction, isn't it? Well, not anymore as work is already dedicated to making science fiction science fact in the not-too-distant future.
"Engineers from the University of Bristol in the UK have developed a self-healing composite material."

Engineers from the University of Bristol in the UK hit the headlines during the summer of 2008 by developing a self-healing composite material. Furthermore, in Portugal, a company is working on putting intelligence into materials to enable a monitoring system to detect faults and fatigue in aircraft material.

Professors behind the project

Two professors, Gustavo Dias and Júlio Viana, working at the University of Minho (UM), which is located in northern Portugal, formed Critical Materials SA in 2008.

Today, Dias and Viana are CEO and product manager, and CFO and product architect of Critical Materials respectively.

Dias, who has been working on research and development at UM with Lockheed Martin, Embraer and others, says that the inspiration for the company came from the work that he and Viana were doing at the university. "We deal with a lot of problems in critical materials; Things connecting materials with software and materials with hardware and the way they react with material. We wanted to put some intelligence into those material systems," he says.

Dias says the formulation of Critical Materials was more like a process rather than a eureka moment. Through their work with the university, they already had contact with the company Critical Software. "Things appeared naturally and were getting to the point that there were obvious connections between the materials, software knowledge and hardware knowledge," says Dias. Initial conversations took place with Critical Software in mid 2007 and just eight months later Critical Materials with the backing of Critical Software became a reality. "Critical Materials has the same values, the same vision and shares a lot of the same points as Critical Software. It was not so difficult to do," says Dias.

Critical Materials' first project is an aircraft monitoring system capable of detecting problems in materials and reporting them, thus potentially saving on maintenance schedules while enhancing safety. "Materials, even when they are smart, are actually dumb," says Dias. "The way to put intelligence into materials is to have the right combination of materials with some properties that we can work with. Some hardware, some type of saturisation and software that will give the connection between the two worlds and give some kind of intelligence to the system."

Dias explained that the system under development will have a kind of intelligence that will react with material systems and report their status. "The answer is not only for metals or only for plastics but we starting really with composites, in specific critical applications, in applications that the loss of that part can be catastrophic. That's our definition of critical," says Dias.

Describing the system as like an early warning, he says it was not reasonable to consider that all parts of a working aircraft could be monitored.

However, critical and expensive parts as well as those which are hard to get at and maintain would work well for the system and perhaps allow certain maintenance schedules to be extended.

There is both commercial and military interest in the work that Critical Materials is doing. Dias could not be too specific but says: "We are working now with a company with fixed-wing civil and military aircraft." The company is primarily taking the military route because of the lengthy certification process with agencies such as the Federal Aviation Administration (FAA) and the European Aviation Safety Agency (EASA). "If this works in a military aircraft like a transportation aircraft, it will pass easily to a civilian transport aircraft," says Dias.

The company is in early stage talks with EASA but there are no concrete developments yet. For military use of Critical Material's system there are a couple of ways to enter the market. "There are two ways in the military. The first one is to try and integrate this into some kind of new programme that will start in 2009 or 2010. The other way is major reconstructions of aircraft that are in very heavy maintenance. Perhaps we can use those aircraft as platforms just to test the system," says Dias, adding: "That's the way that we are starting to go."

Self-healing material

So, what of the self-healing material itself? Well, the pair already have some self-healing materials in the university lab. "We are starting to work with material that is bio-inspired. It can be a composite or a polymer."

He adds: "We have very small channels that work like veins. Inside those channels you have a special kind of material. If you have a defect that is propagating inside the material within the vascular system, then when that material enters contact with the base material system it will react chemically. It will then try to stop it propagating. That's the concept."

It is early days yet and of course, self-healing materials will not be able to deal with sudden, massive damage, such as an explosion. However, it is expected that the material will be able to initiate a report to maintenance crews for targeted inspection and heal a small defect in-flight and stop or slow down its progress to a more dangerous state. Dias says that the material should be able to heal an area two or perhaps three times before replacement may become necessary.

In terms of development, Dias says that the system is more software driven and will slot in with self-sensing with the first upgrade. Dias says that COTS sensors would not be part of the self-sensing concept and explained that the company was working with putting some kind of electro conductivity into materials so that any deformation would result in the material itself acting as a sensor.

The monitoring system should be out first with another four or five years needed before the interactivity between monitoring and materials will be able to take place. However, because Critical Materials is not developing new hardware its vision should be a shorter path to military and commercial reality. With the ability to work with avionics that are already in place, science fiction does not seem so far away.

http://www.airforce-technology.com/feat ... ture43086/
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

*

Chicken_Bone

  • 488
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #260 em: Novembro 15, 2008, 11:11:01 pm »
Noticia muito fixe! Chatice, pois desconhecia a empresa.

Trabalhas nela Nelson?

Bem, ao menos deixo aqui o site da http://www.critical-materials.com/about-us.html e de uma empresa relacionada, que o pessoal tv já conheça  http://www.criticalsoftware.com/
"Ask DNA"
 

*

nelson38899

  • Investigador
  • *****
  • 5350
  • Recebeu: 728 vez(es)
  • Enviou: 730 vez(es)
  • +509/-2608
(sem assunto)
« Responder #261 em: Novembro 15, 2008, 11:26:24 pm »
Eu não trabalho nessa empresa, mas para quem quiser trabalhar nessa empresa ela está à procura de pessoas para os quadros, ela foi constituída no ano passado e tem alguns projectos interessantes, para quem trabalha na área dos elementos finitos, programação, materiais, mecânica electrónica e programação.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1632 vez(es)
  • +8537/-4167
(sem assunto)
« Responder #262 em: Novembro 16, 2008, 01:12:14 am »
O professor Gustavo é um porreiro, que tenha sorte neste seu projecto.  :wink:
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #263 em: Novembro 16, 2008, 07:02:05 pm »
Portuguesa desenvolve nova vacina revolucionária
11-11-2008
Investigação pretende evitar infecções nos recém-nascidos como pneumonias, septicemias e meningites



Citar
Uma investigadora portuguesa está a desenvolver, com sucesso, uma vacina que evitará infecções nos recém-nascidos, dando-lhes total imunidade a pneumonias, septicemias e meningites. Quer isto dizer que, uma vez concretizada, esta vacina impedirá problemas que poderão ir desde uma pequena infecção até à morte dos bebés.

Estas infecções dos recém-nascidos são provocadas pela bactéria que é o centro desta investigação, os estreptococos do grupo B, que se pode manifestar de forma precoce (nos seis primeiros dias após o parto) ou de forma tardia (do sétimo até aos 90 dias).

«Hoje, utiliza-se a profilaxia por método de antibióticos, quatro horas antes do parto. Isso diminuiu a forma precoce, mas não a forma tardia, pelo que se tornou necessário desenvolver esta vacina», explicou a professora do Instituto de Ciência Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), Paula Ferreira, responsável pela investigação, ao PortugalDiário.

Vacina será dada às mães

A vacina poderá vir a ser ministrada às grávidas e dará total imunidade aos recém-nascidos. Citando um estudo deste ano, Paula Ferreira adiantou que «0,44 por mil nados-vivos» têm problemas com esta bactéria, sendo que «50 por cento tem danos neurológicos posteriores».

«Executámos o modelo experimental com os ratinhos e concluímos que, se vacinássemos as fêmeas antes da gravidez, os recém-nascidos ficavam totalmente protegidos, o que não acontecia naqueles cuja mãe não tinha sido vacinada», garantiu a especialista, acrescentando que também se verificaram resultados positivos em diabetes e algumas doenças do fígado.

Meningite: crianças receberam vacina ineficaz

A Universidade do Porto já registou a patente desta vacina e a terapêutica está a ser avaliada a nível internacional. No entanto, Paula Ferreira alertou para a necessidade de alguma empresa farmacêutica se interessar pelo financiamento dos estudos que ainda são necessários.

A responsável pela investigação conta com a ajuda de vários alunos de doutoramento do ICBAS e com um investigador do Instituto Pasteur. A Fundação para a Ciência e a Tecnologia financiou o projecto científico.

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #264 em: Novembro 16, 2008, 07:04:19 pm »
Portugal realiza feira tecnólogica com mais de 200 empresas

Citar
Lisboa, 16 nov (Lusa) - Mais de 200 empresas e entidades vão estar na feira Portugal Tecnológico, considerada uma oportunidade para as pequenas e médias empresas, por privilegiar a oferta nas áreas da tecnologia, inovação e conhecimento em detrimento da dimensão das companhias.

"Esta feira quer mostrar que a oportunidade que existe em Portugal, não decorre da dimensão das empresas, ou seja, não é só para as multinacionais ou para as grandes empresas, mas também para as pequenas e médias empresas", disse à Agência Lusa o coordenador do Plano Tecnológica, Carlos Zorrinho.

Esta é a primeira edição do evento, que acontece entre 18 a 23 de novembro, com entrada gratuita, e vai juntar mais de 100 empresas tecnológicas e 150 entidades com projetos inovadores.

Numa área superior a 20 mil metros quadrados, o "Portugal Tecnológico" vai mostrar as melhores soluções nos setores de energia, telecomunicações, educação, saúde, turismo, mobilidade, segurança e automovel.

"Os portugueses que visitarem esta feira vão perceber por que é que Portugal passou a ter balança tecnológica positiva", ressaltou Carlos Zorrinho.

Segundo o comunicado, o evento "Portugal Tecnológico 2008" trará a Portugal vários formadores de opinião, compradores internacionais de tecnologia e acolherá diversas conferências e seminários promovidos pela organização e pelos expositores.

A iniciativa é um projeto co-financiando pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e pela União Européia, por meio do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

 

*

nelson38899

  • Investigador
  • *****
  • 5350
  • Recebeu: 728 vez(es)
  • Enviou: 730 vez(es)
  • +509/-2608
(sem assunto)
« Responder #265 em: Novembro 18, 2008, 09:33:42 am »
Citar
Empresa portuguesa está a desenvolver tecnologia para próxima missão a Marte

Uma empresa portuguesa está a desenvolver tecnologia para a próxima missão a Marte. A HPS Portugal vai coordenar o desenvolvimento de um material para protecção térmica dos veículos a serem utilizados na próxima missão da Agência Espacial Europeia (European Space Agency-ESA) ao planeta vermelho.

A próxima missão da ESA a Marte tem como objectivo recolher amostras do solo marciano, que posteriormente serão enviadas para a Terra. Durante a reentrada atmosférica, a sonda necessita de material resistente às altas temperaturas.

A empresa portuguesa que está com este projecto é detida pelo Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI) e pela empresa alemã HPS – High Performance Space Structure Systems, GmbH.

Segundo Pedro Portela, o gestor de negócios e de projectos da HPS Portugal, de momento “não existe tecnologia na Europa que permita proteger o veículo das temperaturas de reentrada. Nesse sentido vamos desenvolver alternativas diferentes, mas só uma é que vai ser seleccionada para desenvolvimento final e ensaios em túnel de vento de plasma”.

Sobre os materiais que vão ser utilizados, Pedro Portela esclarece que estes “já existem, mas precisam de ser adaptados de forma a resistirem a temperaturas muito altas e fluxos de calor muitíssimo elevados e, como tal, permitirem que os veículos a serem usados pela ESA na reentrada atmosférica o possam fazer em segurança”.

Segundo a ESA, só em 2020 é que a missão poderá acontecer. Vão ser necessárias cinco naves para ir até Marte e trazer material do planeta, uma que faz a ponte entre os dois planetas, uma segunda para a órbita de Marte, um módulo de descida e um de saída do planeta, e por fim um veículo de reentrada terrestre.

O consórcio do projecto integra ainda a EADS-Astrium, de França, e a Lockheed Martin INSYS, do Reino Unido. O custo do projecto está estimado na ordem dos 400 mil euros.

http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=13
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #266 em: Novembro 18, 2008, 08:26:42 pm »
Portugueses descobrem novo mecanismo regulador

Cientistas do Instituto Português de Oncologia descobrem mecanismo que regula a formação dos vasos sanguíneos.

Citar
Uma equipa de investigadores do Instituto Português de Oncologia (IPO) liderada por Sérgio Dias, acaba de descobrir um novo mecanismo molecular que poderá permitir regular a formação de novos vasos sanguíneos e a cicatrização de feridas, incluindo as feridas crónicas em doentes diabéticos ou com obesidade mórbida.

Os cientistas do Centro de Investigação e Patobiologia Molecular do IPO descobriram que as células que formam os vasos sanguíneos são estimuladas por um mecanismo de sinalização intracelular envolvendo a proteína Notch (presente nas células da medula óssea), que tem capacidade de mediar um sinal entre células vizinhas e induzir mudanças na actividade de genes.

Desde que foi identificada, em 1919, esta proteína tem-se revelado decisiva em muitos processos de formação e manutenção de células, tecidos e órgãos.

A formação de novos vasos sanguíneos é uma etapa fundamental para a cicatrização das feridas, porque permite a chegada de nutrientes essenciais à reestruturação dos tecidos, a sua melhor oxigenação e a chegada de proteínas anti-inflamatórias.

Este projecto de investigação foi financiado pela Fundação Gulbenkian, Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela empresa Crioestaminal. A descoberta agora divulgada vai ser publicada na próxima edição da revista científica de referência internacional 'PlosOne'.
 
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #267 em: Novembro 18, 2008, 09:08:30 pm »
Universidades analisadas à luz da Estratégia de Lisboa


Portugal fica «surpreendentemente bem» quando comparado com outros países da OCDE

Citar
Um estudo do «think tank» Lisbon Council elogia Portugal pelos desenvolvimentos no ensino superior e na relação que os seus programas têm com o mercado de trabalho. O documento, conhecido hoje, revela que são as universidades que aceitam estudantes em larga escala e as que oferecem possibilidades de aprendizagem ao longo da vida - como acontece na Austrália, Reino Unido e Dinamarca - as ter os melhores sistemas de ensino superior no que toca aos desafios económicos e sociais das populações.



O Lisbon Council, sedeado em Bruxelas, refere no comunicado de apresentação do estudo que a performance de Portugal é "surpreendentemente boa" de entre os 17 países da OCDE referenciados. O ensino superior português fica à frente do francês e alemão em termos de Inclusão e à frente dos Estados Unidos no indicador Acesso (que mede o número de estudantes do ensino secundário com notas baixas admitidos no ensino superior). "Na era do conhecimento, a educação é um objectivo-chave de qualquer política, que comporta dividendos sociais e económicos de monta", afirmou o presidente do Lisbon Council, Paul Hofheinz, em comentário ao estudo.

O documento indica que aqueles três países levam a liderança, de entre os examinados, porque as suas universidades aceitam uma larga franja de estudantes (locais ou estrangeiros), sem descer os padrões educacionais estabelecidos. A capacidade de inclusão atrai os estudantes estrangeiros, o que permite às universidades obter vantagens competitivas na corrida global pelo talento, dizem os autores do estudo.

As universidades desses mesmos países, Austrália, Reino Unido e Dinamarca, destacam-se "no esforço oferecer uma instrução aos adultos depois de estes sairem do sistema de ensino", permitindo que um grande número de pessoas aceda ao que chama aprendizagem ao longo da vida, paralelamente à sua presença no mercado de trabalho.

Este é principal factor negativo nos resultados de Portugal. No médio prazo, aconselham os autores do estudo, seria necessário trabalhar no acesso à aprendizagem ao longo da vida (que no estudo é contabilizado pelo rácio da idade nos alunos do superior). Outra deficiência ainda notada: Portugal deve atrair mais alunos estrangeiros.

Os autores referem, em geral, que "mesmo que esta performance se deva a factores exógenos - nomeadamente o rápido crescimento económico do país desde 1985 - ela ilustra o que refere o estudo": "Portugal é um bom exemplo de como um crescimento económico pode encorajar e melhorar a performance educativa".

Em contraste, a Alemanha e a Áustria, que ficam em 15.º e 16.º lugar, sofrem de um sistema demasiado restritivo "o que afasta um elevado número de pessoas do processo de aprendizagem e dá instrução completa apenas a um reduzido número de pessoas", revela o relatório. Em último lugar ficou a Espanha, a cujas autoridades o relatório sugere uma maior aproximação entre os currículos escolares a nível universitário e a necessidades do mercado laboral.

Em conclusão, um dos autores do relatório afirma que os sistemas de ensino superior avaliados são demasiado "elitistas" e "exclusivos", alertando que não estão a responder às necessidades das economias modernas, baseadas no conhecimento. Uma conclusão defendida na Estratégia de Lisboa, em 2005.



Portugal a meio da tabela de países da OCDE

 O Ensino Superior português está em 8º lugar num ranking divulgado hoje sobre universidades de 16 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Citar
O relatório foi elaborado pelo Lisbon Council, um centro de estudos sobre assuntos europeus, que fica em Bruxelas.

Portugal aparece à frente da França e da Alemanha no que diz respeito à "inclusão", que avalia quantos jovens em idade universitária frequentam, de facto, a universidade.

Relativamente ao “acesso” - índice que mede a capacidade do Ensino Superior receber e ajudar estudantes do Secundário com notas menos positivas – o nosso país ocupa o segundo lugar, atrás da Polónia e à frente dos Estados Unidos.

Portugal está também na segunda posição no item "ensino efectivo", só que em "ensino atractivo" está a três lugares do fim.

A meio da tabela estamos ainda no número de licenciados por idade e também na capacidade de mudança e de adaptação dos estabelecimentos ao novo Processo de Bolonha.

Nos lugares da frente deste estudo do Lisbon Council estão a Austrália, o Reino Unido e a Dinamarca, por outro lado, no pelotão de trás encontram-se a Alemanha, a Áustria e a Espanha.
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #268 em: Novembro 20, 2008, 10:25:16 pm »
Cidades: sistema português revoluciona condução

Universidade de Coimbra desenvolveu sistema que «avisa» condutores de acidentes, congestionamentos do trânsito e condições climatéricas

Citar
Um sistema desenvolvido pela Universidade de Coimbra vai permitir que, no futuro, os condutores de uma cidade tenham um «piloto» de mobilidade que indica em tempo real o trajecto mais rápido, seguro ou descongestionado, anunciou esta quarta-feira a instituição, noticia a agência Lusa.

Carlos Bento, coordenador do projecto, explicou que o «sistema se vai basear numa quantidade de dados de mobilidade fornecidos por operadoras de telecomunicações, transportes públicos, táxis e veículos pilotos, que permitem criar uma radiografia dinâmica da cidade».

«Essa informação será útil para o cidadão comum que todos os dias se desloca, dando a indicação do caminho que o leva a chegar ao destino mais depressa, com menor consumo de energia ou por um percurso mais saudável», adiantou o professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Por outro lado, acrescenta o investigador, o sistema, designado por City Motion, vai permitir «comparar trajectos, acompanhar os horários dos transportes públicos e sugerir alternativas de mobilidade», podendo adaptar a oferta de acordo «com os padrões de mobilidade dos utilizadores».

Segundo uma nota da FCTUC, este sistema «poderá revolucionar a mobilidade nas grandes cidades do país e do mundo» devido à sua capacidade de avisar o utilizador de que vai «deparar-se com uma estrada em obras, enfrentar uma longa fila de trânsito imprevista, esperar por um transporte público que não chega porque avariou ou entrar numa zona altamente insegura».


City Motion: um sistema mais completo que o GPS

O investigador Carlos Bento afirma que o City Motion é um sistema muito mais completo do que, por exemplo, os GPS que indicam o trajecto mais curto, «o que às vezes é um engano muito grande, porque não têm em conta acidentes, condições climatéricas adversas ou congestionamentos».

«O City Motion centraliza todas as bases de dados da cidade para o cidadão numa única interface: faz a fusão da informação fornecida por operadoras de telemóveis, sensores das estradas, gestão de frotas dos autocarros, metro, comboios, entre outros, disponibilizando um único sistema fiável e seguro», sintetiza a nota da FCTUC.

O projecto, inicialmente idealizado pelo investigador Francisco Câmara Pereira, em parceria com colegas do Instituto Superior Técnico e da Universidade do Porto, teve início em 2007 no âmbito do programa MIT Portugal, envolvendo uma dezena de investigadores - cinco portugueses e outros tantos do MIT (Massachusetts Institute of Technology, Estados Unidos da América), apoiados por sete alunos de doutoramento.

Citando o autor do projecto, Francisco Pereira, a nota de imprensa da FCTUC salienta que «o sistema em desenvolvimento permitirá a construção de serviços simples que informem o utilizador para não circular em zonas complicadas, como, por exemplo, vias associadas à prática de carjacking».

Em Portugal, numa primeira fase, o sistema City Motion vai ser aplicado nas cidades de Lisboa e Porto.

Para já, os investigadores estão a criar duas ferramentas: um planeador de rotas multimodal através de um sistema informático gratuito para o acesso do cidadão e um sistema de apoio aos decisores políticos que «mostre a dinâmica da cidade, o comportamento diário e a evolução do espaço urbano para, caso seja necessário e adequado, poderem adoptar medidas de prevenção e correcção».
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #269 em: Novembro 22, 2008, 10:27:45 pm »
Portugueses abrem caminho a antibióticos mais eficazes

Novas armas na luta contra a tuberculose

Citar
Investigadores portugueses fizeram o retrato tridimensional da enzima GpgS, fundamental para a sobrevivência do bacilo da tuberculose, permitindo agora definir um novo alvo a abater com o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes.


'Trata-se da primeira vez que a enzima GpgS, essencial para a sobrevivência do bacilo da tuberculose, mas para a qual não existe equivalente nos seres humanos, é caracterizadaestruturalmente', explicou Sandra Ribeiro, coordenadora da equipa de investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, responsável pelo trabalho que é publicado hoje na revista científica norte-americana ‘PLoS ONE’.

A enzima agora retratada tem um papel fundamental na construção da parede da célula causadora da tuberculose que, como outras bactérias patogénicas, tem a capacidade de criar resistência a novos antibióticos. 'Conhecida, com um detalhe atómico, a forma da molécula, torna-se num alvo possível para um futuro tratamento à tuberculose', sublinhou a investigadora portuguesa.

Num futuro próximo, a esperança passa pela descoberta de tratamentos mais eficazes: 'Os compostos direccionados contra aquela enzima poderão revelar-se agentes antituberculosos eficazes e potencialmente sem toxicidade ou efeitos secundários.'

São conhecidos os efeitos adversos dos antibióticos actualmente utilizados no tratamento clínico da tuberculose, além de que o seu uso inadequado, devido à interrupção dos tratamentos ou a dosagens inapropriadas, levou ao aparecimento de estirpes resistentes a esses compostos e de difícil tratamento.

Segundo explicou a investigadora, 'é urgente a identificação de novos alvos moleculares no bacilo da tuberculose e o concomitante desenvolvimento de novos compostos, direccionados especificamente para essas moléculas, que conduzem a uma nova geração de antibióticos.