Açores

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Lancero

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Açores
« em: Maio 31, 2007, 06:34:15 pm »
Como não encontrei nenhum tópico na área para os Açores, fica este...

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Açores: Destacamento dos EUA nas Lajes gasta 16,7 ME no comércio local

Angra do Heroísmo, 31 Mai (Lusa) - O destacamento norte-americano da  Base das Lajes gastou, no último ano, 16,7 milhões de euros na aquisição  de serviços, mercadorias e construção civil ao comércio local, mais 2,2  milhões de euros do que em 2005.  

   Filomena Meneses, da secção de contratos do comando dos EUA, justificou  hoje o aumento no volume de serviços e compras com a disponibilização de  variedade de materiais com elevada qualidade.  

   Segundo disse, "o comando norte-americano faz 76,1 por cento das suas  aquisições de serviços, mercadorias e construção civil no mercado local,  contra os 23,9 por cento nos EUA".  

   Os dados foram revelados no VI Encontro Comercial promovido pelo destacamento  norte-americano da Base das Lajes, ilha Terceira, que recebeu 42 empresários  locais para debaterem as oportunidades de negócio do próximo ano fiscal.  

   No global, os americanos gastaram mais de 77 milhões de euros, incluindo  os ordenados dos trabalhadores portugueses ao seu serviço, uma redução de  7,9 milhões de euros em relação ano anterior, justificada pelo decréscimo  das obras de construção civil.  

   No entanto, a remodelação do parque habitacional norte-americano está  a ser realizado por uma firma local por 10,2 milhões de euros.  

   Para além desta, as despesas mais significativas destinaram-se à Estação  de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), 1,4 milhões de euros, à reparação  de um edifício do comando, 817 mil euros, e ao sector da lavandaria com  177 mil euros.  

   Os seguros para acidentes de trabalho (574 mil euros), uma estufa de  pintura (327 mil euros), o serviço de estiva (137 mil euros) e as viagens  em companhias de aviação portuguesas (135 mil euros) foram, também, significativos  nos gastos dos norte-americanos.  

   O sector da Marinha, onde prosseguem as obras de reconstrução do molhe  do porto americano, gastou 13,2 milhões de euros, e o sector alimentar 73  mil euros.  

   Os contratos de serviços temporários, em regra por um período de um  ano, diminuíram de 4,2 para 4,2 milhões de euros.  

   Os gastos dos norte-americanos abrangem os serviços de limpeza, jardinagem  e estiva, aquisição de águas minerais, frutas, ovos, vegetais, peixe, flores,  plantas e pão, bem como mobiliário, material de escritório e informático.  

   O coronel Robert Winston, comandante do destacamento norte-americano  da Base das Lajes, garantiu um interesse crescente na aquisição de produtos  regionais, sublinhando que estão muito satisfeitos com a qualidade de alguns  deles bem como com os serviços de estiva.  

   "Estamos a trabalhar em equipa com os açorianos e não posso deixar de  referir que, ao comprar no comércio local, conseguimos poupar dinheiro",  sublinhou.  

   Quanto a um aumento da compra dos bens alimentares, o comandante norte-americano  destacou que o problema já não se situa no patamar da qualidade, mas nos  critérios de qualidade que são diferentes entre a Europa e os EUA".  

   "A manteiga dos Açores é melhor que a americana, tanto que estou mais  gordo", exemplificou Robert Winston.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #1 em: Junho 04, 2007, 05:42:14 pm »
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Expresso divulga documento interno da base
Estados Unidos quebram acordo das Lajes
Micael Pereira
Americanos abrem 40 vagas na base aérea para as quais não podem concorrer portugueses, violando o acordo de cooperação e defesa com Portugal.

13:59 | segunda-feira, 04 JUN 07

Pela primeira vez na história da base aérea das Lajes, as USFORAZORES (as forças militares americanas na ilha Terceira) decidiram abrir um concurso para trabalhadores civis onde, preto no branco, colocam como requisito prévio o facto de não poderem concorrer portugueses.
O documento interno da base, a que o Expresso teve acesso em primeira-mão, diz explicitamente: "Only military and civilians dependents and off-duty military may apply. Aplicants must be US citizens or citizens of other NATO countries (except Portugal)". Ou seja: "Apenas dependentes (familiares) de pessoal militar e civil ou militares que não estejam em serviço podem concorrer. Os candidatos têm de ser cidadãos americanos ou cidadãos de outros países da NATO (excepto Portugal)".
A exclusão dos portugueses viola, ao que tudo indica, o acordo de cooperação e defesa entre Portugal e os Estados Unidos (conhecido como acordo das Lajes), que na parte respeitante às relações laborais determina que "as USFORAZORES não colocarão cidadãos dos Estados Unidos da América, quer a tempo inteiro quer a 'part-time', em postos de trabalho anteriormente ocupados por trabalhadores portugueses apenas com a finalidade de evitar o recrutamento e colocação destes últimos, excepto se não houver candidatos portugueses convocados devidamente qualificados".
No anúncio posto a circular pelos Lajes Services – um de vários a ser emitidos pelos recursos humanos americanos – são descritas oito funções de apoio social ao pessoal do 65.º esquadrão da força aérea americana, estacionado nos Açores. As funções incluem um nadador-salvador, um empregado de piscina, um tratador de animais e assistentes do programa de juventude para os filhos dos militares.
A polémica já inundou a imprensa local com reacções dos sindicados. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores (SABCES-Açores), "este concurso é no mínimo estranho, porque todas as relações laborais na base das Lajes estão regulamentadas no acordo laboral e no regulamento de trabalho, não existindo nenhuma norma que exclua o acesso de portugueses aos postos de trabalho".
Cada vez menos portugueses
Desde 1992 que o peso dos trabalhadores civis portugueses tem vindo a diminuir na base aérea da ilha Terceira, passando de 1.206 funcionários nesse ano para 856 em 2006, o número mais baixo de sempre. E que arrisca um novo recorde negativo em 2007, com a dispensa a partir de Setembro de mais 48 trabalhadores.
Num esclarecimento enviado às redacções açorianas, o governo regional de Carlos César reproduz a justificação dada pelos responsáveis americanos da base, dizendo que "se trata de um programa especial do Departamento de Defesa, dotado de fundos próprios, que visa a criação de postos de trabalho ditos de 'qualidade de vida', destinados a dependentes de civis e de militares norte-americanos estacionados nas bases americanas espalhadas por todo o mundo e que, no caso da base das Lajes, abrange exclusivamente 30 a 40 vagas no total".
Uma justificação que não convence os representantes sindicais dos trabalhadores, apesar de o esclarecimento do gabinete de Carlos César incluir um recado tímido às autoridades dos Estados Unidos: "O governo regional reafirma claramente a sua defesa intransigente do princípio da estabilidade do contingente global de trabalhadores portugueses na Base das Lajes, pugnando pela garantia dos postos de trabalho existentes e pela respectiva qualificação e remuneração justa. A importância laboral da base no contexto da ilha e regional, bem como o acordo laboral vigente, implicam necessariamente um dever de responsabilidade do comando norte-americano, o que passa também por uma gestão clara e adequada dos programas de emprego existentes no quadro da actuação do Departamento de Defesa".
O assunto vai ser discutido amanhã pela direcção da CGTP, em Lisboa, com vista a decidir que acções poderão ser tomadas.

Fonte
Documento interno relativo ao concurso para trabalhadores civis na Base das Lajes
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Get_It

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« Responder #2 em: Junho 05, 2007, 03:00:27 am »
Duvido que alguém do governo se vá importar muito se isso viola ou não o acordo. Não podemos esquecer que presença norte-americana nas Lajes já se tornou em algo importante para a economia local e que se a base sair da ilha vai provocar danos a essa mesma economia.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #3 em: Junho 05, 2007, 10:23:06 am »
Já foi mais do que é neste momento, tenho familia na ilha Terceira e noto que nas gerações mais novas já não há aquela mistica pelos Americanos e pela América.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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comanche

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« Responder #4 em: Junho 05, 2007, 12:59:07 pm »
Citação de: "Lancero"
Expresso teve acesso em primeira-mão, diz explicitamente: "Only military and civilians dependents and off-duty military may apply. Aplicants must be US citizens or citizens of other NATO countries (except Portugal)". Ou seja: "Apenas dependentes (familiares) de pessoal militar e civil ou militares que não estejam em serviço podem concorrer.   Os candidatos têm de ser cidadãos americanos ou cidadãos de outros países da NATO (excepto Portugal)".
 

Além dos portugueses serem preteridos em relação aos americanos, parecem ser também em relação a outros países da NATO, o governo português tem de estar atento na salvaguarda dos interesses de Portugal e dos seus cidadãos, explicações devem ser pedidas ao governo dos USA.
 

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Lancero

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« Responder #5 em: Junho 08, 2007, 07:13:21 pm »
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Amado diz que concurso nas Lajes é problema menor2007/06/08 | 18:55
Portugueses proibidos de concorrerem a postos de trabalho na base

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que a decisão dos militares norte-americanos da Base das Lajes de proibirem portugueses de concorrer a postos de trabalho é um «problema menor», mas que será levantado em «sede própria», noticia a Lusa.

«É um problema menor. Naturalmente que é sempre objecto das negociações que decorrem sobre a utilização da Base das Lajes, no âmbito dos grupos técnicos que estão criados para esse efeito», adiantou Luís Amado, em declarações à rádio TSF.

Por essa razão, o ministro português salientou que este «problema não deixará de ser levantado em momento próprio e em sede própria».

Luís Amado recusou, ainda, que esteja a desvalorizar a questão, alegando que este assunto será apreciado no quadro «dos mecanismos que estão previstos de acompanhamento do acordo da Base das Lajes», localizada na ilha Terceira.

As relações laborais dos portugueses que estão ao serviço do destacamento norte-americano das Lajes estão reguladas por um acordo, que é acompanhado por uma comissão composta por representantes dos dois países e em que tem assento um representante dos Açores.

Além disso, o Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os Estados Unidos, que prevê a presença militar norte-americana na ilha Terceira, é também acompanhado por um comissão bilateral.

Recentemente, um sindicato açoriano acusou os militares norte-americanos sedeados nas Lajes de discriminação de estarem a proibir que portugueses possam concorrer a cerca de 40 postos de trabalho na estrutura da ilha Terceira.

Contactada pela Lusa, a cônsul dos Estados Unidos em Ponta Delgada recusou, na altura, que o concurso esteja a violar o Acordo que rege as relações laborais entre os norte-americanos e os portugueses.


Fonte
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Luso

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« Responder #6 em: Junho 09, 2007, 05:14:27 pm »
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #7 em: Junho 09, 2007, 05:29:50 pm »
:?

Não percebi!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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« Responder #8 em: Junho 09, 2007, 06:04:27 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
:?

Não percebi!


Era uma graçola retirado de um suplemento muito velho do Independente. :wink:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #9 em: Junho 11, 2007, 10:57:11 am »
Viram a reportagem que deu na SIC sobre as Lages?

Não sei se devo chorar ou se devo rir!  :shock:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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« Responder #10 em: Junho 11, 2007, 10:42:21 pm »
que queria ver e acabei por me esquecer de tal coisa  :?
 

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Luso

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« Responder #11 em: Junho 11, 2007, 11:17:56 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Viram a reportagem que deu na SIC sobre as Lages?

Não sei se devo chorar ou se devo rir!  :shock:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #12 em: Junho 12, 2007, 10:48:21 am »
As diferenças entre Portugueses e Americanos são gritantes, um PA Português ganha 600 e tal euros um Americano 1900 e tal. O Americano dorme num quarto privado os Portugueses ainda dormem em grupos de 5. As casas, os direitos e regalias, os meios... :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lancero

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« Responder #13 em: Junho 20, 2007, 04:32:32 pm »
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Açores: Lajes são "porta de saída para a liberdade", diz general norte-americano

   Lajes, 20 Jun (Lusa) - O tenente-general norte-americano, Robert Bishop,  comandante da Terceira Força Aérea da Base Aérea de Ramstein (Alemanha),  disse hoje que a base portuguesa das Lajes "é a porta de saída para a liberdade".  

   Robert Bishop, que falava na cerimónia da rendição de comando no destacamento  norte-americano sedeado na base portuguesa nº.4 das Lajes, realçou a "importância  que a base continua a ter para a projecção das forças militares norte-americanas".  

   O novo comandante do destacamento norte-americano é o coronel Jack Briggs,  de 48 anos, substituindo naquelas funções o coronel Robert Winston que deverá  ocupar uma posição no departamento das Operações Especiais no Pentágono,  em Washington D.C..  

   Jack Briggs, que passou a ser o 37º comandante das forças do destacamento  norte-americano das Lajes, abandonou as funções vice-comandante da Base  Aérea de Ramsthein, na Alemanha, no 38.º Combat Support Wing.  

   Robert Winston sublinhou a importância que teve na sua carreira o comando  que exerceu nas Lajes e aproveitou a ocasião para agradecer aos trabalhadores  portugueses a colaboração que prestaram, garantindo que "são fundamentais  para o êxito das missões americanas".  

   O comando americano possui ao seu serviço 1024 militares dos três ramos  das forças armadas, 93 civis americanos, que em caso de necessidade, e tendo  em conta o acordo de defesa com Portugal, podem aumentar até aos 6.500 efectivos.  

   Residem ainda no perímetro externo da base das Lajes cerca de 1.155  familiares ou dependentes dos militares americanos.  

   O comando norte-americano tem também ao seu serviço 933 trabalhadores  portugueses colocados em todas as áreas dos serviços civis, militares e  de abastecimento da base.  



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O novo comandante do destacamento norte-americano sedeado na base portuguesa nº.4 das Lajes, coronel Jack Briggs, discursa na cerimónia de rendição de comando, 20 de Junho de 2007, na Terceira, Ilhas dos Acores. JOAO ARANDA/LUSA
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pmdavila

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« Responder #14 em: Junho 29, 2007, 01:37:03 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
As diferenças entre Portugueses e Americanos são gritantes, um PA Português ganha 600 e tal euros um Americano 1900 e tal. O Americano dorme num quarto privado os Portugueses ainda dormem em grupos de 5. As casas, os direitos e regalias, os meios... :roll:


Sim, uma coisa é certa: não há comparação possível entre o que é português e o que é americano lá na BA4... e basta ver as obras que os americanos continuam a fazer, tanto a nível da pista, como das infraestruturas para o seu pessoal, para ver quem é que tem dinheiro e quem é que "manda" lá... :roll:
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"