"A Força da Razão"

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ricardonunes

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« Responder #45 em: Janeiro 15, 2007, 12:15:04 am »
Citação de: "Duarte"
Citação de: "ricardonunes"
Bastante claro, no fim do conflito (se é que algum dia isso vai acontecer) a rapaziada vai á sua vida, como se nada tivesse passado.

Sim, aqules que não cometeram crimes, vão livres. Os que cometeram crimes, serão julgados.


Só não percebo a demora para a acusação dos ditos crimes, ou será que estão á espera de uns relatórios da CIA tipo "armas de destruição maciça no Iraque".
Potius mori quam foedari
 

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Duarte

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« Responder #46 em: Janeiro 15, 2007, 12:17:25 am »
Citação de: "ricardonunes"
Só a titulo de curiosidade :wink:

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A importância do DIH no contexto do terrorismo
Os acontecimentos nos últimos anos aumentaram o interesse em saber como o Direito Internacional Humanitário é aplicado no contexto dos confrontos violentos de hoje. Em um novo trabalho, o CICV fornece respostas para algumas das questões colocadas com mais freqüência sobre o Direito Internacional Humanitário e o terrorismo.


1. O termo “guerra mundial contra o terrorismo” tem significado jurídico?

O Direito Internacional Humanitário (conjunto de leis que regem os conflitos armados) reconhece duas categorias de conflitos armados: internacionais e não internacionais. O conflito armado internacional envolve o uso das forças armadas de um Estado contra o outro. O conflito armado não internacional diz respeito às hostilidades entre as forças armadas do governo e grupos armados organizados ou entre esses grupos dentro de um Estado. Quando e onde a “guerra mundial contra o terrorismo” se manifesta sob qualquer dessas formas de conflito armado, o Direito Internacional Humanitário é aplicado, da mesma forma que tópicos do Direito Internacional dos Direitos Humanos e do direito doméstico. A título de exemplo, as hostilidades armadas que tiveram início no Afeganistão em outubro de 2001, ou no Iraque, em março de 2003, são conflitos armados.

Quando a violência armada é usada fora do contexto de conflito armado no sentido jurídico do termo, ou quando uma pessoa suspeita de atividades terroristas não é detida em função de qualquer conflito armado, o direito humanitário não se aplica. Ao invés disso, as leis domésticas, como também o Direito Penal Internacional e os direitos humanos são aplicados.

Determinar se um conflito armado internacional ou não internacional faz parte da “guerra mundial contra o terrorismo” não é uma questão de cunho legal, mas político. A designação “guerra mundial contra o terrorismo” não inclui a aplicação do direito humanitário para todos os acontecimentos relacionados a esta noção, mas apenas àqueles que envolvem conflito armado.



2. Quem é combatente?

O Direito Internacional Humanitário permite que os membros das forças armadas de um Estado Parte de um conflito armado internacional e as milícias associadas que preenchem os critérios adotados como requisito possam se engajar diretamente em hostilidades. Geralmente os membros das forças armadas são considerados legais ou privilegiados, combatentes que podem não ser processados por participar das hostilidades, enquanto respeitarem o Direito Internacional Humanitário (DIH). Se forem capturados, têm direito ao status de prisioneiros de guerra.

Se os civis se engajarem diretamente nas hostilidades, são considerados combatentes ou beligerantes “ilegais” ou “sem privilégios” (os tratados de direito humanitário não contêm expressamente esses termos). Podem ser processados de acordo com o direito doméstico do Estado que os deteve em virtude desta ação.

Tanto os combatentes legais quanto os ilegais podem ser internados em período de guerra, podem ser interrogados e processados por crimes de guerra. Ambos têm direito a um tratamento humano nas mãos do inimigo.



3. Quem é um “combatente inimigo”?

Em sentido genérico, um “combatente inimigo” é uma pessoa que, seja de forma legal ou ilegal, se engaja em hostilidades do lado oposto em um conflito armado internacional.

Atualmente, o termo é usado – por aqueles que entendem a “guerra mundial contra o terrorismo” como conflito armado, no sentido legal do termo – para designar pessoas que se acredita pertencer a, ou que supostamente estão associadas a grupos terroristas, não importa quais as circunstâncias da sua captura.

Como mencionado acima, um membro das forças armadas de um Estado engajado em um conflito armado internacional ou que pertença a uma milícia associada que preencha os critérios adotados como requisito é um combatente, e, como tal, têm o direito ao status de prisioneiro de guerra caso seja capturado pelo inimigo.

No conflito armado não internacional, o status de combatente ou de prisioneiro de guerra não é fornecido porque os Estados não desejam que os membros dos grupos armados de oposição estejam imunes de serem processados de acordo com o direito doméstico, pelo fato de se sublevarem armados.

Desde uma perspectiva do DIH, o termo “combatente” ou “combatente inimigo” não tem sentido legal fora de um conflito armado.

Na medida que as pessoas designadas “combatentes inimigos” tenham sido capturadas em conflitos armados internacionais ou não internacionais, as disposições e as proteções do Direito Internacional Humanitário continuam aplicáveis a despeito de como essas pessoas sejam chamadas. Da mesma forma, quando indivíduos são capturados fora de um conflito armado suas ações e sua proteção são dispensadas pelo direito doméstico e pelos direitos humanos, a despeito de como elas são chamadas.



4. Quem tem o direito ao status de “prisioneiro de guerra”? Qual é a conseqüência de não se conseguir obter o status de prisioneiro de guerra?


a. Em um conflito armado internacional

Como mencionado anteriormente, em um conflito armado internacional os membros das forças armadas dos Estados envolvidos (e das milícias associadas) são combatentes legais. Deve ter-se em mente que neste tipo de conflito existem combatentes legais em dois (ou mais) lados: as forças armadas de um Estado combatendo as forças armadas de outro Estado.
As quatro Convenções de Genebra se aplicam a situações de conflito armado internacional. A Terceira Convenção de Genebra é a que determina as normas para a proteção dos combatentes ilegais quando eles são capturados pelo inimigo. Seus procedimentos para a determinação do status de prisioneiro de guerra por parte de um “tribunal competente”, em caso de dúvida, são obrigatórios.

Combatentes ilegais não se qualificam para o status de prisioneiro de guerra. A situação deles, em caso de captura pelo inimigo, está prevista pela Quarta (Civil) Convenção de Genebra, se eles preenchem o critério de nacionalidade e pelas disposições referentes do Protocolo Adicional I, caso ele seja ratificado pela potência detentora desta pessoa hipotética.

Esta proteção não é a mesma que aquela dispensada aos combatentes legais. Ao contrário, as pessoas sob a proteção da Quarta Convenção e pelas disposições do Protocolo I podem ser processadas de acordo com o direito doméstico por participarem diretamente das hostilidades. Elas podem ficar detidas enquanto representarem uma séria ameaça à segurança, e, enquanto estiverem detidas, podem, sob condições específicas, terem certos privilégios negados, de acordo com a Quarta Convenção de Genebra. Elas também podem ser processadas por crimes de guerra e outros crimes e condenadas a penas que excedem a duração do conflito, incluindo a série de penalidades previstas de acordo com o direito doméstico.

As pessoas que não estão sob a proteção nem da Terceira e nem da Quarta Convenção de Genebra no caso de conflito armado internacional têm direito às garantias básicas previstas pelo Direito Internacional Consuetudinário (tal como refletido no Artigo 75 do Protocolo Adicional I), como também pelo direito doméstico aplicável nesses casos e pelos direitos humanos. Todas essas fontes legais prevêem os direitos dos detidos em relação ao tratamento, às condições e ao devido processo legal.

Portanto, ao contrário de algumas declarações, o CICV nunca afirmou que todas as pessoas que participaram de hostilidades em um conflito armado internacional têm direito ao status de prisioneiro de guerra.


b. Em um conflito armado não internacional

O status de combatente não existe em um conflito armado não internacional. O status de prisioneiro de guerra ou de civil sob a proteção da Terceira e da Quarta Convenção de Genebra, respectivamente, não se aplica. Os membros de grupos armados organizados não têm direito a nenhum status especial de acordo com as leis de conflito armado não internacional e podem ser processados de acordo com o direito criminal doméstico caso tenham tomado parte das hostilidades. No entanto, as disposições do Direito Internacional Humanitário que regem o conflito armado não internacional – tal como refletido no Artigo 3°, comum às Convenções de Genebra, no Protocolo Adicional II das Convenções de Genebra nos casos em que é aplicável, e o Direito Internacional Humanitário Consuetudinário – como também as normas aplicáveis do Direito Internacional dos Direitos Humanos e do direito doméstico provêem os direitos dos detidos no que diz respeito ao tratamento, às condições e ao devido processo legal.


5. Quais são o papel e as atividades do CICV em relação ao Direito Internacional Humanitário?

A comunidade internacional reconheceu há muito tempo o papel do CICV no trabalho para a compreensão e a difusão do Direito Internacional Humanitário. A instituição também trabalha em prol da aplicação fiel, lembrando, entre outras maneiras, as partes no conflito armado a respeito de suas obrigações legais tal como refletido nos tratados dos quais elas são signatárias, tal como as Convenções de Genebra, e de acordo com o Direito Internacional Consuetudinário. Dois outros tratados que dizem respeito ao conflito armado são o Protocolo Adicional I das Convenções de Genebra, de 1949, e o Protocolo Adicional II das Convenções de Genebra, de 1949, que foram negociados pelos Estados entre 1974 e 1977 em uma Conferência Diplomática Internacional.

Os Protocolos I e II são tratados internacionais dos quais a grande maioria dos Estados são Parte (164 Estados são signatários do Protocolo Adicional I e 160 são signatários do Protocolo Adicional II). O CICV não sustenta e nunca sustentou que qualquer Estado que não seja Parte desses tratados deva obedecê-los. No entanto, trechos significativos desses Protocolos são considerados pelos Estados por refletir o Direito Internacional Consuetudinário, que deve ser seguido por todos os Estados, quer ele esteja ou não contido em qualquer tratado do qual o Estado é signatário.

O CICV sozinho não pode garantir a aplicação do Direito Internacional Humanitário (DIH), mas exorta os Estados e as Partes nos conflitos armados a respeitar e a fazer respeitar as normas do DIH.



6. O Protocolo Adicional I das Convenções de Genebra trata os “terroristas” da mesma forma como os soldados?

Uma das grandes conquistas do Protocolo Adicional I diz respeito às limitações nos métodos e meios de guerra introduzidos para proteger melhor os civis. Proíbe de forma inequívoca, por exemplo, os atos de terrorismo, tal como os ataques contra civis ou objetivos civis. O tratado também proíbe explicitamente os atos ou as ameaças de violência, cujo objetivo básico é de disseminar o terror entre a população civil. Nem é preciso dizer, as pessoas suspeitas desses atos são passíveis de serem processadas criminalmente.

O Protocolo Adicional I não dá o status de prisioneiro de guerra às pessoas que participam das hostilidades de forma ilegal. Reserva este status aos membros das forças armadas de uma Parte em um conflito armado internacional como definido no Protocolo. Essas forças armadas devem ser organizadas, estar sob um comando responsável daquela Parte e ser sujeitas a um sistema disciplinar interno que impõe a obediência ao direito humanitário. Além disso, os membros das forças armadas devem se distinguir da população civil a fim de terem direito ao status de prisioneiros de guerra no caso de serem capturados. Enquanto, tradicionalmente, o uso de um uniforme ou de um sinal distintivo e o porte visível de armas foram necessários, os Estados Partes do Protocolo concordaram que em circunstâncias muito excepcionais, tais como guerras de libertação nacional, esta exigência poderia ser menos rigorosa. O porte visível de armas seria suficiente como forma de distinguir os membros das forças armadas.

O Protocolo, portanto, fornece o reconhecimento e a proteção apenas para as organizações e indivíduos que agem em prol de um Estado ou uma entidade que está sujeita ao Direito Internacional. Exclui as “guerras particulares”, sejam elas conduzidas por indivíduos ou grupos, da mesma forma que o fizeram as Convenções de Genebra de 1949 e os Regulamentos de Haia, de 1907. Portanto, grupos “terroristas” que agem em seu próprio benefício e sem o requisito de ligação com um Estado ou uma entidade similar estão excluídos das proteções dos prisioneiros de guerra.




O problema é que se trata de fanáticos, for da lei. Eles estão-se borrifando para o direito internacional. A sua causa não tem a menor chance de vencer, mas eles acreditam que sim, e estão dispostos a morrer por ela. Até ao ponto de suicídio. Querem ser mártires e gozarem as suas 70 virgens.

Em qualquer confilto, o lado vencido chega a conclusão que não vale a pena continuar a lutar, e rende-se ou foge, esconde-se no meio civil.
Os líderes da Al-Qaeda assim fizeram, e deixaram estes parvos para lutar atá a morte defender a sua retirada, para se protegerem.

Concordo que haja um enquadramento legal para esta situação, mas de facto ele ainda não existe, ou no mínimo está pouco definido. Há que criá-lo. Até lá eles ficam detidos. Os EU não tiveram outra solução.

Esta história dos Paquistaneses também está mal contada. Então eles estavam lá a fazer o quê? Férias? Não acredito... No mínimo davam apoio moral, se não mesmo logístico ou de combatentes. Quem brinca com fogo, queima-se..

Quando um confilto corre mal a uma parte, muitos abandonam as armas e tentam misturar-se com civis inocentes. Acho mais provável que tenha sido esta a situação.

Não vejo outra solução senão continuar a mantê-los em Guantanamo.
Não seria pelo facto dos EU libertarem estes presos e deixarem de detê-los em Gunatanamo que os fanáticos Islâmicos iriam passar a gostar dos americanos ou abandonarem os actos de trerrorismo. É uma teoria um pouco simplista.

Não é por acaso que não tem havido grandes ataques terroristas há já algum tempo. As estruturas da Al-Qaeda foram abaladas, e muitos dos seus membros foram ou mortos ou detidos. Terão que se re-agrupar e treinar novos operativos.
« Última modificação: Janeiro 15, 2007, 12:37:22 am por Duarte »
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« Responder #47 em: Janeiro 15, 2007, 12:25:19 am »
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Já se perguntaram de aonde surge o ódio islâmico aos EUA? Ele não surge no nada. Tem origens no passado (embora agora o fanatismo é tal que tá tudo cego).

Permita-me fazer um acrescento: O ódio islâmico aos EUA não é aos EUA "per si" mas ao símbolo que os EUA, como força maior que são, representam. Não será já justificação suficiente a desastrada política externa americana. Tudo o que é ocidental "leva" (como diria o Jorge Coelho). Até os "amigos" franceses estão sujeitos:

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Grupo Salafista para a Predicação e Combate

O chefe do Grupo Salafista para a Predicação e Combate (GSPC), membro da Al-Qaida desde Setembro de 2006, lançou um novo apelo à guerra santa contra os fraceses: «Combatei os pertencentes à França e os agentes dos cruzados que ocupam a nossa terra. Os nossos pais e os nossas antepassados combateram a França cruzada, que expulsaram humilhantemente». Esta ameaça obrigou os organizadores do Lisboa-Dakar a anular a etapa entre Néma (Mauritânia) e Tombouctou (Mali). O GSPC possui entre 500 e 800 activistas e está implantado em Marrocos e na Europa. Representa a principal ameaça contra a França e está na origem do atentado anti-americano cometido em 10 de Dezembro a oeste de Argel do qual resultou um morto e nove feridos, oito dos quais são estrangeiros.
in Valeurs Actuelles, nº 3659


E não só: também os budistas do Sul da Tailândia sofrem com essa violência. A raça também não é justificação: nas Flores (Indonésia) é tradicional a caça ao cristão (descendente de portugueses e aos quais não damos atenção nenhuma).

Ou seja: tudo o que não é muçulmano está sujeito às flutuações de humor dos adoradores de Maomé. Porquê agora?

- Explosão Demográfica;
- Emigração facilitada, tolerada ou comparada (!)
- Dinheiro fácil proveniente do petróleo;
- Poder Político resultante do controlo ao acesso a esse bem;
- Políticos ocidentais fracos e corruptos;
- Povos Ocidentais com as suas referências minadas pelo políticamente correcto;
- Aliados Políticos no Ocidente que se odeiam a si próprios e que servem de caixa de ressonância das exigências dos emigrantes muçulmanos ou os dos seus países patrocinadores (ver o caso deputado inglês).
- Uma igreja católica cobarde e "boazinha", ecuménica, capaz de renegar os seus princípios a bem da "paz", da "concórdia" e que apenas faz concessões e nada exige.

É uma frente de muita gente, financiada por muito dinheiro que se abate sobre uma presa que agora julgam enfraquecida, confusa. E que talvez seja verdade.

O que vale é que lentamente - a medo - alguns europeus já se vão dando conta disso. Nó snão teremos muitos problemas com a imigração árabe e por isso a ideia do perigo não se faz sentir.

Mas imaginem agora o que seria construir uma Chelas para alojar exclusivamente muçulmanos, com Mesquita mais alta que todos os outros edifícios, com os muezins a orar mais alto que os sinos das igrejas (as que ainda tocam os sinos), com tribunais e polícias islâmicos, matadouros islâmicos, escolas islâmicas e ninguém entra e ninguém compra nada nas lojas dos cristãos, nas redondezas?

Isto começa a acontecer em Itália...

Também em Itália, a Extrema Esquerda lá vai matando um ou outro polícia. Segundo eles, a luta do "proletariado islâmico é também a sua."

Daí querer alertar para a 5.ª Coluna em potência que aqui temos.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Duarte

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« Responder #48 em: Janeiro 15, 2007, 12:30:27 am »
Citação de: "ricardonunes"
Citação de: "Duarte"
Citação de: "ricardonunes"
Bastante claro, no fim do conflito (se é que algum dia isso vai acontecer) a rapaziada vai á sua vida, como se nada tivesse passado.

Sim, aqules que não cometeram crimes, vão livres. Os que cometeram crimes, serão julgados.

Só não percebo a demora para a acusação dos ditos crimes, ou será que estão á espera de uns relatórios da CIA tipo "armas de destruição maciça no Iraque".


Eu acho que a maior razão desta demora deve-se ao facto de julgamentos deste tipo porem em causa operações clandestinas que podem estar a decorrer, baseadas em informações recolhidas destes detidos. Julgá-los agora poria em causa e neutralizava a utilidade das informações colhidas e as hiópteses de sucesso destas operações.
Olhe que Al-Qaeda não sabe quem é que foi morto no campo de batalha, ou quem foi preso. Quem fugiu de certo que já se juntou de novo ao grupo ou está em contacto.

Qual a razão que os EU teriam em manter estes presos indefindamente?
Para hostilizar o mundo Islâmico?  Julgo que não. Devem haver muitas razões, algumas podemos deduzir, e outras serão mais dificís de descobrir, mas existem. Também serve de símbolo e de forte disuasor a potenciais terroristas, não acha?
É uma situação completamente nova, que requere métodos novos de fazer a guerra. Na situação vejo pouca alternativas eficazes.
« Última modificação: Janeiro 15, 2007, 12:42:44 am por Duarte »
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ricardonunes

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« Responder #49 em: Janeiro 15, 2007, 12:42:16 am »
Citação de: "Luso"
O que vale é que lentamente - a medo - alguns europeus já se vão dando conta disso. Nós não teremos muitos problemas com a imigração árabe e por isso a ideia do perigo não se faz sentir.

Atenção à comunidade islamica da margem Sul, estão bastante organizados, e ao nível dos mais radicais que habitam em Londres.

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Qual a razão que os EU teriam em manter estes presos indefindamente?
Para hostilizar o mundo Islâmico? Julgo que não.

Julga que não, é a sua opinião.
Mas para os recrutadores de mártires, não será esse o pretexto ideal?
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Duarte

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« Responder #50 em: Janeiro 15, 2007, 12:49:42 am »
Citação de: "ricardonunes"
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Qual a razão que os EU teriam em manter estes presos indefindamente?
Para hostilizar o mundo Islâmico? Julgo que não.
Julga que não, é a sua opinião.
Mas para os recrutadores de mártires, não será esse o pretexto ideal?


O pretexto seria outro, a Palestina, ou o Iraque, ou o Irão, etc.. qualquer pretexto serviria tão bem.

Tenho que dizer que admiro o seu altruísmo e desejo de ver a situação resolvida dentro dum enquadramento legal, mas o facto é que, se vivesse numa teocracia islâmica, não receberia estes mesmos direitos, nem haveria possibilidade de questionar o que quer que seja..

Estes terroristas não hesitariam em destruir-nos todos, degolar, decapitar ou rebentar com armas nucleares se as tivessem.
Não se tratam de cidadões apanhados em excesso de velocidade ou a fugir a impostos. São perigosíssimos pelo facto do que são capazes, e já temos amplas provas disso.
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ricardonunes

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« Responder #51 em: Janeiro 15, 2007, 01:13:18 am »
Não nutro qualquer tipo de simpatia, admiração por extremismos, sejam eles islamicos de esquerda ou de direita.
Todos eles são uma ameaça para o comum do cidadão civilizado, vejam o caso do recente apoio dos mouros ao Le Pen, as perseguições aos católicos na India e em África.
O que eu acho é que o que se passa em Guantanamo só dá mais motivos para extremismos, se os EUA são um país democratico e defensor da liberdade, que conceda aos detidos a liberdade de serem julgados.
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Marauder

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« Responder #52 em: Janeiro 15, 2007, 11:27:09 am »
Citação de: "Luso"
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Já se perguntaram de aonde surge o ódio islâmico aos EUA? Ele não surge no nada. Tem origens no passado (embora agora o fanatismo é tal que tá tudo cego).

Permita-me fazer um acrescento: O ódio islâmico aos EUA não é aos EUA "per si" mas ao símbolo que os EUA, como força maior que são, representam. Não será já justificação suficiente a desastrada política externa americana. Tudo o que é ocidental "leva" (como diria o Jorge Coelho)


Caro Luso, temos que concordar que este ódio ao Ocidente é mais recente. Estou a referir-me à altura em que começa a surgir o ódio à Àmerica..uns 20 anos atrás.

Ou vai-me dizer que já naquela altura a Europa era vista como um alvo a abater? É claro que agora em tempos mais recentes, extremismos e também um alinhamento parcial das políticas europeias com as americanas levaram a que agora estejamos também no lote dos alvos a abater. Mas olhe que eu me lembro que ainda à 20 anos...10 anos...não se ouvia quase nada relativamente à europa. Somente secalhar algum rancor devido a um problema resultante do colonialismo mal sarado (que não tem muito a ver com países islâmicos)
 

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Marauder

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« Responder #53 em: Janeiro 15, 2007, 11:40:25 am »
Citação de: "Duarte"
Esta história dos Paquistaneses também está mal contada. Então eles estavam lá a fazer o quê? Férias? Não acredito... No mínimo davam apoio moral, se não mesmo logístico ou de combatentes. Quem brinca com fogo, queima-se..

Quando um confilto corre mal a uma parte, muitos abandonam as armas e tentam misturar-se com civis inocentes. Acho mais provável que tenha sido esta a situação.


Mas então em Guantanamo só podem existir criminosos segundo você?

É algo que a probabilidade é reduzida, mas ainda os há.

Segundo o filme, um deles foi-se casar ao paquistão..casamento tradicional com famelga, levou alguns amigos. Já que lá estavam e visto que provavelmente nunca iriam visitar aquela parte do mundo outra vez, e visto que havia muita oferta de transporte para o Afeganistão, eles decidiram ir lá visitar o sítio. E somente quando lá estavam é que a guerra começou.

É claro que podiam ter tido um pouco mais de cabeça e terem acreditado nas informações de um futuro ataque americano ao A-stan, mas pronto. Somente quem não conhece a mente humana é que não aceita decisões estúpidas por parte das pessoas. E basta só ver nas nossas estradas o quão estúpidos podemos ser.

E quem diz este dizem mais.
Houve um canadiano, que tinha nome arabe e era muçulmano, residia no Canada, houve um stress muito esquisito na fronteira com os EUA e foi levado para Guantanamo, agora foi libertado e foi para tribunal. Não me lembro bem dos contornos deste caso, ou se os EUA pediram a extradição ao Canada e estes aceitaram.

Mas efectivamente pessoas que não tem nada a ver com o terrorismo e a Alqaeda conseguem ir para a Guantanamo, e não reconhecer isto é reconhecer um sistema perfeito, que não existe. Tal como se formos às nossas prisões, principalmente aos que estão em prisão preventiva, existe ainda um número razoável de pessoas que são inocentes. Depois quando saiem metem o Estado em Tribunal.

É sem dúvida algo complicado muito complicado..terrorismo e como combater eficientemente..

Eu pessoalmente sou céptico do combate pela via militar no longo prazo..organizações terroristas e outras forças armadas assimétricas muito facilmente sobrevivem no longo prazo, atingindo por vezes a vitória (em casos de forças de guerrilha pela independencia, golpes de estado). Portanto não sei se será um problema completamente resoluvel pela via militar. Mata-se uma cabeça, aparecem 1 ou 2 para a substituir..passado algum tempo.
 

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Viriatuga

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« Responder #54 em: Janeiro 16, 2007, 04:38:58 pm »
Citação de: "Luso"
Para ser sucinto, Viriatuga, a sua ortografia (sem falar do resto) demonstra o resultado da aplicação das políticas que defende.
Imagine que se tem que dirigir a uma repartição pública ou apresentar o seu currículo e fazer uma prova de selecção para conseguir um emprego, e expressar-se como o faz aqui.

Desculpe a minha ortografia mas sai de portugal no sexto ano porque a minha familia nao tinha dinheiro suficiente para ai ficarem como voce.E acho isso um argumento muito pobre para deitar a baixo a esquerda.
6ºMandamento: O Pára-quedista não se rende. Vencer ou morrer constitui para ele ponto de honra.
 

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Luso

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« Responder #55 em: Janeiro 16, 2007, 09:45:57 pm »
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Caro Luso, temos que concordar que este ódio ao Ocidente é mais recente. Estou a referir-me à altura em que começa a surgir o ódio à Àmerica..uns 20 anos atrás.

Tenho dúvidas. Não sei se a "coisa" RE-começou com a ingerência britânica no Egipto de Faisal ou depois da Crise do Suez em 56. Pergunto-me se é que alguma vez parou realmente, desde o Séc. VII DC.

Em todo caso deixo-lhe aqui umas linhas interessantes:

http://en.wikipedia.org/wiki/Houari_Boum%C3%A9dienne

Citar
In 1974, Boumedienne said in a U.N. speech: "One day, millions of men will leave the Southern Hemisphere to go to the Northern Hemisphere. And they will not go there as friends.

Because they will go there to conquer it. And they will conquer it with their sons. The wombs of our women will give us victory."


Em 1974, Boumedienne afirmou num discurso nas Nações Unidas:

"Um dia, milhões de homens deixarão o Hemisfério Sul para irem para o Hemisfério Norte. E eles não irão para lá como amigos. Porque eles irão para lá para o conquistar. E eles vão conquistá-lo com os seus filhos. Os ventres das nossas mulheres dar-nos-ão a vitória"
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« Responder #56 em: Janeiro 16, 2007, 10:31:11 pm »
Uma coisa é encontrar alguns comentários, outra coisa são sentimentos generalizados.

Relativamente a essa ocasião, isso enquadra mais no que referi do ódio resultante da colonização que ficou em águas de bacalhau / diminuiu..até agora de repente volta tudo contra o ocidente!

É normal que nessa altura o mundo árabe estivesse contra os ingleses e franceses...pudera..invadiram o Egipto por causa de um canal. Se fosse hoje em dia seria muito pior.

Mas indo ao cerne da questão, o ódio que certamente alguns nutriam pelos países europeus nessa altura provinha mais em função do colonialismo. Em situação pós-colonial o pessoal não morre de amores.

No entanto, regra geral, agora com o passar do tempo as opiniões ficaram mais para o amenas, ou mesmo quase empáticas entre antigos colonizadores e colonizados.

O que me faz pensar que os extremistas islâmicos, ao verem que uma nação cristã era uma superpotência e que interferia em qualquer parte do mundo, encontraram um inimigo muito apetecível..e infiel!!

É claro que depois seria uma questão de tempo, até que nós fossemos englobados no demónio infiel, mas eu sempre tive a impressão de ver somente bandeiras americanas a serem queimadas e "Morte à America" ao mesmo tempo que a Europa ainda era fraca, a nível militar não realizava nada..pronto..no passado.

Mas isto é a minha opinião pessoal...era também pequinito nessa altura e tal.

Cumprimentos
 

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Luso

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« Responder #57 em: Janeiro 16, 2007, 10:51:00 pm »
Marauder, quanto mais pegamos no novelo da História nunca mais paramos. Tentar encontrar o motivo chave será errado. Julgo que o problema está na essência.

Continuemos: Quando é que Boudiamenne falou?
74?
Quando começou a Crise Petrolífera?
Quando acabou?
Quando começaram as vagas de emigrantes muçulmanos?

Só para ponderar, atenção.

Quanto ao colonialismo: quantos jovens nascidos ontem se sentem humilhados pelo "colonialismo" que "praticaram" sobre os "pretos"?
(Porque africanos há-os de várias raças). O "fardo do homem branco" é uma doença transmíssivel, tal como o racismo (espero que o meu anti-racismo se revele com o tempo mais uma ingenuidade. A minha fé no "humanismo" só vem levando pancada ao longo dos anos.  

Ricardo: não sabia que havia muçulmanos marotos em Portugal. Sempre tive a ingénua ideia (outra, da juventude) que os "nossos Muçulmanos" eram Portugueses e não se davam a essas coisas. Pelo menos nunca tive notícia de qualquer tipo de hostilidades em casa "nostra"... até recentemente. Modas?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Marauder

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(sem assunto)
« Responder #58 em: Janeiro 16, 2007, 10:55:55 pm »
Citação de: "Luso"
Marauder, quanto mais pegamos no novelo da História nunca mais paramos. Tentar encontrar o motivo chave será errado. Julgo que o problema está na essência.

Continuemos: Quando é que Boudiamenne falou?
74?
Quando começou a Crise Petrolífera?
Quando acabou?
Quando começaram as vagas de emigrantes muçulmanos?

Só para ponderar, atenção.


Não estou a ver bem essa associação, podes a desenvolver melhor, por favor.

A meu ver os emigrantes começaram a vir após a descolonização, e , com um mundo mais globalizado, onde era possível saber mais informações sobre o que se passa no outro lado do mundo, pela perspectiva de uma vida melhor, tal como fizeram os antepassados dos actuais americanos. Aliás, ainda é por isso que eles veem...pelas condições de vida.
 

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Re: "A Força da Razão"
« Responder #59 em: Janeiro 17, 2007, 11:36:52 am »
Citação de: "Yosy"
Citação de: "JLRC"
Citação de: "Luso"
Um livro que recomendo vivamente a todos os que se dizem portugueses.

Na sua opinião claro. Ou será que o Luso é que sabe quem são os bons portugueses? Deus nos livre de tal  :lol:, muito, muito pequena, um grupelho usando a sua finissima linguagem aristocrática   :!:


Luso,
Essa fixação já está doentia!!!

Extremismo do mais baixo e demagógico!

Que saudades tenho eu do Luso de outros tempos que conseguia raciocinar....
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas