Finalmente um artigo que aborda assuntos pertinentes!
O modelo de rondas aos paióis do Exército em Tancos tinha "vulnerabilidades muito grandes", as quais continuariam a existir mesmo com o dobro dos soldados ou mais viaturas,
O espaço onde estão sediadas as duas dezenas de paióis e paiolins tem um perímetro aproximado de 2500 metros e uma área próxima dos 350 mil metros quadrados, para o qual era destacada "uma seção mais" (uma dezena de militares) em vez do efetivo para o qual foi construído: um pelotão (cerca de 30 soldados)
Mais uma vez a falta de pessoal leva a isto, a estrutura do Exército ainda está pensada para viver da tropa obrigatória.
Os militares para ali enviados "não tinham a mínima noção" do que é fazer segurança a locais sensíveis - desde logo por falta de treino específico para essa missão
E lá se iam desenrascando. Incompetência das chefias que nunca se preocuparam dar formação adequada. E que prontamente se descartam de responsabilidades se acontecer alguma coisa!
o facto de não haver qualquer acompanhamento ou controlo dos trabalhadores civis que tinham estado a substituir parte das vedações dos paióis - que "não são suspeitos, mas se quisessem tinham levado" o que lhes apetecesse sem que alguém notasse.
outra fonte evocou o exemplo da Força Aérea: todas as bases do ramo estão a cargo dos militares de uma mesma especialidade, a Polícia Aérea, e não dos que estão destacados em cada uma dessas infraestruturas (e com outras especialidades).
O exemplo daquele que para mim é o melhor ramo das FA.
Acresce que, em Tancos, "mesmo com jipes as rondas eram mínimas porque o serviço era feito da mesma forma e qualquer que fosse a unidade" encarregada de o fazer, entre as cinco que partilhavam essa responsabilidade: as unidades de Apoio da Brigada de Reação Rápida (BRR) e de Apoio Geral de Material do Exército (Benavente), os regimentos de Paraquedistas, de Infantaria n.º 15 (Tomar) e de Engenharia n.º 1.
Páras incluídos.
Falta de jipe é uma falsa questão
Aliás, o facto de não haver uma viatura para fazer rondas motorizadas nos dias que antecederam a descoberta do furto - que as fontes do DN estimam ter ocorrido entre a noite de dia 26 e a tarde do dia 28, quando se viram os cortes na vedação - também foi qualificado como uma falsa questão.
Tretas. O que não falta são viaturas. Os comandantes também têm uma viatura ("jipe") atribuida para uso quando necessário.
Podiam cede-la para o serviço se estivem preocupados.
Ou a responsabilização hierárquica ficará ao nível dos sargentos da guarda, como admitiu uma das fontes? Outra dúvida diz respeito às regras de empenhamento dos militares destacados para as rondas: estavam autorizados a disparar e em que condições?
Ora aí está... Daqui a pouco é do cão que não ladrou...