O Relatório do FMI e as FAs e Policias

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O Relatório do FMI e as FAs e Policias
« em: Janeiro 09, 2013, 05:28:47 pm »
não sabia bem onde colocar isto.


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Militares e polícias indignados com relatório do FMI

RTP com Lusa 09 Jan, 2013, 15:54 / atualizado em 09 Jan, 2013, 16:41


Militares e polícias não estiveram com meias palavras sobre o relatório do FMI hoje vindo a público: a Associação Nacional de Sargentos (ANS) qualificou-o de "incendiário", a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) chamou-lhe "uma verdadeira afronta" e a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) considerou-o "estranho" e "ridículo".

O presidente da ANS, António Lima Coelho, lembrou em declarações à Lusa que aparentemente "isto não passa de uma opinião, de uma proposta". O dirigente da associação de sargentos foi, contudo, recomendando "que quem de direito, o senhor ministro da Administração Interna, o senhor ministro da Defesa, o senhor primeiro-ministro ou o senhor ministro da Segurança Social clarificassem a situação e dissessem aos cidadãos o que pensam destas atoardas".

De outro modo, o relatório "posto como está, mais não é do que uma peça para incendiar os ânimos numa altura de grandes sacrifícios para todos". Segundo Lima Coelho, o relatório mostra desconhecer o país a que se refere: "Quando se fala de privilégios excessivos tem de se falar das contrapartidas senão está-se a iludir os cidadãos, importa conhecer a realidade, as obrigações e o empenhamento dos militares".

O dirigente associativo considerou "curioso que o relatório apareça nesta altura", atribuindo ao Governo responsabilidades no seu lançamento para a imprensa: "É uma forma manipuladora de atuar dos nossos governantes, numa prática de pôr portugueses contra portugueses".

Por seu lado, a APG/GNR considerou em comunicado que o documento do FMI é "uma ameaça à segurança" e, para os profissionais da GNR, "uma verdadeira afronta", que merece a "repulsa" destes.

Segundo o comunicado, o relatório revela "total desconhecimento do défice de elementos afetos à atividade operacional". O FMI, acrescenta, "anda longe de ter em conta os melhores interesses da segurança pública nacional e a tranquilidade das populações, por isso, só isso explica que se considere que há elementos em excesso nas forças de segurança".

A associação respondia desse modo à tese do relatório, segundo a qual "as forças de segurança representam [em Portugal] cerca de 17 por cento do emprego público e a densidade das forças policiais (470 por cada 100 mil habitantes) está entre as mais altas da Europa".

Enfim, o presidente da associação policial ASPP, Paulo Rodrigues, afirmou, segundo citação da Lusa, que a reforma de um polícia ronda, em média, os 1.000 e os 1.200 euros, pelo que "o FMI descobriu regalias que os polícias não têm".

Segundo Paulo Rodrigues, "o relatório do FMI é estranho e propõe medidas ridículas. Diz que temos uma boa segurança pública, mas ao mesmo tempo propõe medidas que vão destruir essa qualidade". Sobre estas medidas, afirmou nomeadamente que "ter polícias nas ruas com mais de 50 anos que não conseguem satisfazer as necessidades".

O presidente da ASPP manifestou ainda a expectativa de que "o Governo não vá na onda das orientações do FMI", o que, em sua opinião, poria "em causa a capacidade de resposta e de reação da Polícia" e viria "criar instabilidade na instituição.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49
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Re: o Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #1 em: Janeiro 09, 2013, 07:01:28 pm »
Acima de tudo acho que se está a criar muito alarido à volta de um simples relatório.
 

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Re: o Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #2 em: Janeiro 09, 2013, 07:37:14 pm »
Claro que criam alarido, começa-se a falar em quintais estremecem logo "ai no meu quintal mando eu!", o que não faltam são generalecos neste país.
 

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Re: o Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #3 em: Janeiro 09, 2013, 10:49:33 pm »
Bom, há que distinguir aqui duas coisas. A primeira é se estamos a falar de um excesso de efectivos das FA's, ou apenas a nível de oficiais. Em relação à primeira parte, parece-me (opinião, digo-o desde já, apenas empírica) que a dimensão das FA's é adequada. Onde me parece de facto ser não só possível como recomendável cortar é ao nível de quadros superiores. Como a maioria dos frequentadores do forum saberão melhor do que eu, quanto mais se sobe na hierarquia, menor deve ser o numero de oficiais nesse posto. Como é óbvio, não podem chegar ao posto máximo todos os oficiais. O problema é que nos anos recentes, em que a tropa se tornou um carreira progressivamente menos atraente, se tirassem o "incentivo" da promoção, então é que seria o descalabro. Assim, foram promovidos a hierarquias superiores pessoas para as quais não havia necessidade. Apenas nesta medida me parece ser possível falar em excesso, pois não me parece que de resto haja mordomias ou grandes despesismos.
 

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Re: o Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #4 em: Janeiro 10, 2013, 09:08:50 am »
Presidente do Instituto Sá Carneiro exige demissão de Moedas após elogios ao FMI

Carlos Santos Neves, RTP 10 Jan, 2013, 08:04 / atualizado em 10 Jan, 2013, 08:52


O abandono da orgânica do Governo é, para o dirigente do PSD Carlos Carreiras, a única “atitude” a tomar pelo secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, depois de Carlos Moedas ter feito a apologia do relatório em que o Fundo Monetário Internacional propõe cortes transversais na despesa do Estado. O presidente social-democrata da Câmara Municipal de Cascais recorreu nas últimas horas às redes sociais para sugerir a Moedas o caminho da demissão e sublinhar que “não há dinheiro, mas também não há paciência”. Uma posição entretanto reforçada pelo ex-autarca António Capucho.

Depois de ter avaliado como “muito bem feito” e “muito trabalhado” o relatório sobre os cortes de quatro mil milhões de euros na despesa pública comissionado ao Fundo Monetário Internacional, Carlos Moedas deve deixar o Governo e mesmo a vida política. É o que defende o autarca de Cascais Carlos Carreiras, que preside também ao Instituto Sá Carneiro, por convite do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

“Um membro de um qualquer Governo que tem a ‘inteligência’ de produzir uma afirmação desta natureza, perante um relatório com este teor, só pode ter uma atitude – abandonar as funções governativas, deixar a política e assumir que aspira a ser consultor técnico”, escreveu ontem na sua página do Facebook o presidente social-democrata da Câmara de Cascais.

Para ilustrar o texto, Carlos Carreiras fez uma hiperligação para um artigo da edição online do semanário Sol que reeditava uma notícia da agência Lusa com o título “Relatório é muito bem feito e envolveu consultas ao Governo”.

Numa outra entrada, o presidente do Instituto Sá Carneiro deixa uma pergunta: “É legítimo pensarmos que se o FMI afirma que as medidas agora propostas são as “mudanças inteligentes’ todas as outras que sugeriram até agora foram as ‘estúpidas’? Não Há dinheiro, mas também não há paciência”.

“Intervenção do secretário de Estado é indecorosa”

A Antena 1 procurou obter mais esclarecimentos por parte de Carlos Carreiras, mas o autarca não quis acrescentar nada ao texto publicado na Internet. Já António Capucho, um histórico social-democrata há muito incompatibilizado com a direção de Pedro Passos Coelho, subscreveu as críticas a Carlos Moedas, notando que a erosão de apoios ao Governo está a agudizar-se dentro do próprio partido do primeiro-ministro.

“A intervenção, de facto, do secretário de Estado adjunto é indecorosa, como é indecorosa a encomenda do Governo ao FMI de um relatório, em lugar de ser ele a, digamos, liderar o processo de discussão e de debate sobre a reestruturação do Estado”, começou por avaliar o antigo conselheiro de Estado.

“Aquilo que me parece é que até um indefetível deste Governo, o senhor presidente da Câmara de Cascais, doutor Carlos Carreiras, que chegou a falar deste Governo como o verdadeiro governo de salvação nacional, que foi sempre alguém colado ao senhor primeiro-ministro, enquanto presidente do PSD e primeiro-ministro, vem fazer essas declarações públicas. Revela o estado a que este Governo chegou”, afirmou Capucho à rádio pública.

Na origem destas críticas está o tom da conferência de imprensa protagonizada na tarde de quarta-feira pelo secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro. Na sequência da publicação do relatório do Fundo Monetário Internacional no portal do Governo, Carlos Moedas desdobrou-se em elogios ao trabalho dos técnicos da instituição, que fora já desvendado nas páginas do Jornal de Negócios, e apelou à participação de forças sociais e políticas na reforma do Estado.

“A importância deste relatório é que realmente é um relatório quantificado, é um relatório muito bem feito, muito bem trabalhado, e que eu espero que seja lido por todos, pelos partidos políticos, pela sociedade civil em geral, porque ele é muito importante”, sustentou Moedas. Para acrescentar: “Obviamente, poderá ter erros factuais ou não, esperemos que não, mas ele é um trabalho muito completo, um trabalho que demorou muito tempo, que foi feito através de consultas ao Governo português, que é um olhar exterior, mas um olhar informado”.
Uma conferência de imprensa “patética”

A intervenção de Carlos Moedas deixou patente, por outro lado, uma aparente dissensão no seio do próprio Executivo a propósito do conteúdo do trabalho do FMI. Na antecâmara da conferência de imprensa do secretário de Estado, o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, afirmava que o relatório apresentava “sugestões” e não “decisões”. E que “algumas dessas sugestões partem de pressupostos que estão errados”.


“Estão a falar de um documento que não é um documento final nem é um documento oficial do FMI, por isso mesmo não foi sujeito a uma avaliação por parte do Governo Português”, disse o governante e dirigente do CDS-PP, questionado pelos jornalistas à margem de uma deslocação a Seia.

O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro alegaria, mais tarde, que o ministro ter-se-ia referido “a alguma versão preliminar ou a algum ponto que não faz parte da versão final que é agora pública”. Carlos Moedas argumentaria também que o trabalho discutido ao longo da manhã de quarta-feira não correspondia à “versão final do relatório que foi entregue” ao Governo.

Entre a Oposição, não tardaram as críticas quer ao documento do FMI, quer às palavras de Moedas. Se o PS, através do secretário-geral António José Seguro e em seguida do líder parlamentar Carlos Zorrinho, declarou total indisponibilidade para dar luz verde aos cortes, o PCP disse esperar uma versão do documento em Português e o Bloco de Esquerda denunciou “um brutal ataque” ao Estado social e à Constituição da República.

Classificando de “patética” a conferência de imprensa do secretário de Estado, Carlos Zorrinho reforçou a posição assumida por Seguro, para quem o Governo de Passos Coelho “não tem mandato” para proceder a reformas com o escopo prescrito pelo FMI. E ironizou: “Começámos por ter conhecimento destes cortes por um comentador, depois tomámos conhecimento deste estudo do FMI por um jornal, a seguir tivemos vários membros do Governo a pronunciarem-se sobre este estudo de forma contraditória e agora o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro vem dizer que, embora este não seja um relatório do Governo, é um estudo muito bom”.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49
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Re: O Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #5 em: Janeiro 23, 2013, 10:19:00 am »
Militares responsabilizam Governo por "destruição das Forças Armadas"

Carlos Santos Neves, RTP 23 Jan, 2013, 07:44 / atualizado em 23 Jan, 2013, 08:38

Mário Cruz, Lusa

O conteúdo do relatório pedido pelo Ministério da Defesa com vista à revisão do Estatuto dos Militares leva a Associação Nacional dos Sargentos a imputar ao Governo uma rota de “destruição e desagregação das Forças Armadas” e mesmo “falta de respeito para com a lei e os cidadãos”. A acusação parte do presidente daquela estrutura associativa. Em declarações à agência Lusa, António Lima Coelho rejeita “ficar de braços caídos” diante do que considera ser uma “comissão liquidatária”. Em linha semelhante, a Associação dos Oficiais das Forças Armadas diz estar em causa “a defesa da República”.

As carreiras nas Forças Armadas estão “manifestamente desajustadas” e impõe-se uma “redução dos custos com remunerações nos postos de topo” – é o que sugere o relatório de revisão do Estatuto dos Militares, cujo teor foi avançado à Lusa por fonte militar. O documento, que já estará na posse da tutela, é fortemente contestado.Em entrevista publicada na última edição do semanário Sol, o ministro da Defesa afirmava estar a avaliar o estatuto dos militares na reserva, adiantando que “até algures em fevereiro”, o mês em que decorre a sétima avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira, seriam divulgados “caminhos de reformas com expressão financeira a partir de 2014”.


“Não aceitamos ser parte da comissão liquidatária das Forças Armadas, nem assistir a isto de braços caídos”, advertiu o presidente da Associação Nacional dos Sargentos (ANS), ouvido nas últimas horas pela agência de notícias.

Para António Lima Coelho, fica patente uma “falta de sensibilidade” por parte da tutela” e, “mais grave, falta de respeito por aqueles que são o pilar da soberania nacional”.

“Isto mostra falta de respeito por aqueles que, em última instância, dão a vida para que a Constituição seja respeitada e para que os cidadãos que estão a tomar estas medidas tenham os seus cargos e a sua liberdade de agir como agem”, reforçou o presidente da ANS, para quem estão em causa “matérias demasiado sensíveis e perigosas”.

Lima Coelho deixa desde já um aviso: “Este tipo de coisas não se pode passar sem que haja contestação. Os portugueses merecem mais respeito. Nós, militares, que estamos ao serviço do povo, não podemos ser tratados com esta menorização”.

“A defesa militar da República” em causa

Elaborado por oito juristas, nomeados no verão do ano passado, o relatório para a revisão do Estatuto dos Militares sugere, segundo indicou a fonte citada pela Lusa, mudanças como a criação do posto de brigadeiro-general e a respetiva associação a cargos ocupados por majores-generais, ou uma carreira de 40 anos, em lugar dos atuais 36. Com a criação do novo posto, pretende-se obter uma “redução dos custos com remunerações nos postos de topo das carreiras” e um subsequente corte no número de efetivos nos postos de major-general, tenente-general e general e, na Armada, de contra-almirante, vice-almirante e almirante.

Ainda nos termos do documento, as promoções deverão passar a ocorrer por um critério de mérito - com regras de avaliação partilhadas por Exército, Marinha e Força Aérea -, ao invés da longevidade em funções militares. E é também recomendada uma “reformulação total do regime retributivo aplicável aos militares em formação para ingresso nos quadros permanentes, atribuindo-lhes maior flexibilidade”.

O presidente da ANS, que já criticara em comunicado a ausência de militares na equipa de relatores nomeada pelo Ministério da Defesa, recua a uma recente reunião com a tutela, para recordar que “o secretário de Estado disse desconhecer” quaisquer alterações em marcha no Estatuto dos Militares das Forças Armadas. “Isto é faltar à verdade por omissão, o que é muito grave”, reprova António Lima Coelho.

Por seu turno, o presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA), Pereira Carcel, vê na iniciativa de Aguiar-Branco mais uma demonstração de “uma prática que vai sendo habitual: afrontar a realidade militar e concretamente a condição militar”.

“Paulatinamente, gradualmente, os nossos governantes vão retirando às Forças Armadas a competência e a capacidade que podem ter, aquilo que constitucionalmente lhes está cometido: a defesa militar da República”, denuncia o responsável pela AOFA, acrescentando que o ministro da Defesa “devia ter um compromisso com a lei, porque sabe que deve ouvir as associações”.

Pereira Carcel teme que as propostas sejam “pouco adequadas à realidade” das Forças Armadas. “Quando se propõe que uma carreira seja de 40 anos, o que se pretende é ter umas Forças Armadas de anciãos”, ironiza o presidente da AOFA, igualmente ouvido pela Lusa.

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Re: O Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #6 em: Janeiro 23, 2013, 02:19:01 pm »
Ontem deu um debate elucidativo na SIC Notícias sobre as FA´s, sublime.
 

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Re: O Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #7 em: Janeiro 23, 2013, 07:02:33 pm »
Olho para esta noticia com tanta linha e leio apenas "militares estão indignados", não consigo entender porquê nem quais são as suas propostas.
 

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Re: O Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #8 em: Janeiro 23, 2013, 09:48:49 pm »
Citação de: "typhonman"
Ontem deu um debate elucidativo na SIC Notícias sobre as FA´s, sublime.

Em que programa foi?
 

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typhonman

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Re: O Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #9 em: Janeiro 23, 2013, 10:07:40 pm »
Foi no jornal das 9 creio eu, na sic-notícias.
 

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Re: O Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #10 em: Janeiro 24, 2013, 09:13:54 am »
para vcs verem quem são as criaturas integras que fazem estes relatórios:
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Relator do FMI sobre Portugal destituído em Espanha por falsa autoria

Nuno Ribeiro

23/01/2013 - 17:33

Granados é acusado de falsa autoria de uma série de trabalhos pagos pela Fundación Ideas, que agora o destituiu.

Carlos Mulas Granados, um dos autores do polémico relatório do FMI sobre Portugal, no qual aponta onde o Governo deve cortar na despesa até quatro mil milhões de euros, foi destituído nesta quarta-feira de director-geral da Fundación Ideas, o think tank fundado pelo PSOE de José Luis Rodríguez Zapatero. Carlos Mulas é acusado por Jesus Caldera, máximo responsável executivo da fundação espanhola e antigo ministro de Rodríguez Zapatero, de falsa autoria de uma série de trabalhos pagos pela instituição espanhola.

A Fundación Ideas, segundo investigação do diário El Mundo, pagou até três mil euros por artigo a uma suposta colunista, Amy Martin. Contudo, este nome correspondia ao pseudónimo de Carlos Mulas Granados. Esta conclusão foi admitida ao jornal espanhol por Caldera, que exigiu a devolução das verbas.

Carlos Mulas Granados, que participou na elaboração do programa económico do PSOE para as eleições de 2004 e foi subdirector do departamento económico da presidência do Governo espanhol na primeira legislatura de Zapatero, chegou a defender políticas orçamentais expansivas como melhor resposta à crise económica.
http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... ia-1581820
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Re: O Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #11 em: Janeiro 24, 2013, 12:27:46 pm »
Mas alguém sabe exatamente o que é que foi proposto ?
Sempre que eu vejo alguns dos senhores dos sindicatos, fico a pensar que o último problema que eles têm são as forças armadas e que estão sempre mais interessados no salário que na operacionalidade das forças.

Aparentemente, a operacionalidade e capacidade militar das forças armadas portuguesas só são afetadas quando se baixam os salários de uns quantos senhores.
É preciso estar sempre de pé atrás, porque o que não falta são as corporações e as corporaçõeszinhas a fazer das suas e a deitar areia para os olhos das pessoas, distorcendo as questões.
A propósito da tal comissão de jurístas, aparentemente essa comissão nem existiu, ou então não era composta por oito juristas.

E eu também gostava de saber porque haveriam de ser os militares  dar opinião sobre a reestruturação das Forças Armadas ?
Desde quando os militares portugueses fizeram uma reestruturação das forças armadas com pés e cabeça ?

Resposta: NUNCA

As forças armadas portuguesas não podem ser reestruturadas pelos militares portugueses, porque isso é a mesma coisa que dizer que se mantém tudo na mesma. Para alguns destes senhores, reestruturação é mudar a cor das fardas mudar as bandeiras e fazer mais um concurso para comprar uma ou outra armazita.

A realidade da História, aquilo que a História nos diz sobre a capacidade dos militares portugueses para regenerarem a instituição, é dramático, e levaria a concluir que ninguém quer reestruturar coisa nenhuma.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: O Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #12 em: Janeiro 24, 2013, 03:53:31 pm »
Citação de: "papatango"
Mas alguém sabe exatamente o que é que foi proposto ?


As forças armadas portuguesas não podem ser reestruturadas pelos militares portugueses, porque isso é a mesma coisa que dizer que se mantém tudo na mesma. Para alguns destes senhores, reestruturação é mudar a cor das fardas mudar as bandeiras e fazer mais um concurso para comprar uma ou outra armazita.

A realidade da História, aquilo que a História nos diz sobre a capacidade dos militares portugueses para regenerarem a instituição, é dramático, e levaria a concluir que ninguém quer reestruturar coisa nenhuma.

Concordo com essa apreciação, se forem os militares a "julgar em causa própria", nada ou muito pouco mudará. Atenção, não quero com isto dizer que estes não devam (e muito) ser ouvidos e opinar. Mas se forem os militares a fazê-lo, para mim será um exemplo de que: "É preciso que algo mude para que tudo fique na mesma"
 

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Re: O Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #13 em: Janeiro 26, 2013, 10:38:28 pm »
Todas as reestruturações que se tentaram fazer nas forças armadas, feitas pelos militares de cima para baixo, resultaram em nada.

As mais eficientes, foram sempre as que foram organizada por estrangeiros, desde os prussianos, aos ingleses e aos americanos.
E há que dize-lo, a reestruturação só foi eficiente, quando os militares mais novos foram colocados em posições de maior destaque e se fizeram modificações debaixo para cima.

Todas as reestruturações que realmente funcionaram e transformaram realmente as forças armadas, foram feitas contra as elites dirigentes dessas mesmas forças armadas, que não queriam de forma alguma perder posições, perder salários ou perder dignidades a que achavam ter direito pela idade e não pelo mérito.
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Re: O Relatório do FMI e as FAs e Policias
« Responder #14 em: Fevereiro 02, 2013, 03:19:51 pm »