Votação

Orçamento de Estado para 2011

Deve ser chumbado sem negociação prévia apesar dos riscos a que nos irão submeter os mercados.
5 (12.8%)
Deve ser aprovado, mas mal seja possível, e tendo em conta o calendário eleitoral, a oposição deverá apresentar uma moção de censura e fazer cair este governo.
20 (51.3%)
Deve ser simplesmente aprovado.
5 (12.8%)
Deve ser chumbado se o governo não permitir uma mudança estrutural significativa do mesmo.
9 (23.1%)

Votos totais: 35

Votação encerrada: Outubro 15, 2010, 03:50:17 pm

Orçamento de Estado para 2011

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #15 em: Outubro 25, 2010, 12:00:55 am »
Portugal, "uma pescadinha de rabo na boca"

Citar
Portugal, aceita imposições externas idênticas às dos países mais ricos.Portugal não tem condições para uma redução tão drástica do défice, num ano só. Mas pontifica a doutrina do Dr Salazar: " o regime não se discute".

http://2.bp.blogspot.com/_fzE-fjIYhIs/TL7cwZnxE2I/AAAAAAAAFWU/91YE-YrWETc/s1600/joao+jardim.jpg


Citar
“Cleptomania fiscal” chamou Bagão Félix ao Orçamento de Sócrates.

Economista e antigo ministro das Finanças, fundamenta o qualificativo em termos claros: “As famílias levam a pancada dos dois lados, nos impostos e nas prestações sociais. Este Orçamento é pago pelas famílias e pelas empresas. É um ataque brutal”.

Eduardo Catroga, também ex-ministro das Finanças, traça um cenário idêntico: o Orçamento “vai provocar dramas terríveis nas famílias, sobretudo nas de rendimentos mais baixos, que são a maioria”. Exemplo: um casal com um rendimento anual de 28 mil euros (mil mensais por cabeça) pagará ao Estado, em 2011, um imposto três vezes superior àquele que pagava até agora.

E Catroga conclui: “O País vai sofrer nos seus níveis de bem-estar, de consumo; as empresas também vão sofrer. É um ajustamento feito à pressa, sob pressão, e o Governo andou a enganar os portugueses”.

A questão está posta com franqueza por estes dois competentes especialistas: o povo vai pagar uma crise para a qual foi arrastado pela incompetência, pela má gestão criminosa, pela indiferença e pela ganância pessoal dos políticos da esquerda (mais “liberal” ou menos “liberal”) que há muitos anos nos governa.

Paga o povo, sim – mas os responsáveis preparam-se para, mais uma vez, escaparem impunes. Rasgam os compromissos assumidos, vão-nos ao bolso por decreto, tiram da nossa carteira o que nos pertence, à frente dos nossos olhos, sem que sequer possamos protestar.

A isto chamar-se-ia, em linguagem simples, um roubo descarado e à mão armada. Numa das suas sátiras de tão flagrante actualidade, escritas há mais de um século, Eça de Queiroz já sugeria que, para não haver confusões, os homens do Fisco deviam andar fardados – por forma a que não os tomássemos por simples ladrões de estrada. Assim, não chamaríamos a polícia para prender o cobrador dos impostos que nos intimasse a entregar-lhe a bolsa e o relógio de ouro, tal como não pediríamos, delicadamente, ao salteador que nos passasse recibo da taxa!

Jornal O Diabo: QUINTA COLUNA: por Fra Diavolo

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João Vaz

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #16 em: Outubro 26, 2010, 10:38:57 am »
I love the smell of Deficit in the morning!


Sob as brumas da madrugada, o veterano Teixeira dos Santos atascado na praia da Recessão...



...evoca a sequência memorável do Tenente-Coronel Kilgore (Robert Duvall)


Wagner em São Bento :snipersmile:

Qualquer semelhança com a coincidência é pura realidade .
 
Cool, man!*

* Porreiro, pá!
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
Pero de Magalhães de Gândavo, História da Província Santa Cruz, 1576
 

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #17 em: Outubro 27, 2010, 05:03:54 pm »
Ruptura no Orçamento
Negociação entre Governo e PSD acabou sem acordo


“Pura mentira” e “posição inflexível” são apenas duas das expressões que caracterizaram, esta quarta-feira, a ruptura das negociações entre Governo e PSD sobre o Orçamento do Estado para 2011. Eduardo Catroga, que encabeçou a delegação social-democrata, alega que não houve “vontade política” do Executivo para mexer no documento. O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, acusa os interlocutores de terem negociado “a contragosto”.

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Negociaca ... t=10&tm=82
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Camuflage

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #18 em: Outubro 27, 2010, 10:04:22 pm »
Que venha mas é o FMI que o assunto resolve-se logo.
 

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #19 em: Outubro 27, 2010, 11:02:52 pm »
Isso é que ainda não percebi como funciona.

O FMI vem cá e depois faz o quê?
Cancela o TGV? Vende os submarinos?
Faz um campo de concentração para toda a canalha de políticos e corruptos do PS, PSD, CDU, BE e FCP?
Liberta o Mário Machado e nomeia-o para Presidente da Republica?

 :conf:
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FoxTroop

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #20 em: Outubro 27, 2010, 11:08:48 pm »
Citação de: "Camuflage"
Que venha mas é o FMI que o assunto resolve-se logo.

Atenção, que se o FMI vier, vai dar pau com fartura. Isto de se esperar por algum "milagreiro" que venha resolver isto, distribuindo dinheiro pela malta de forma bondosa só pode ser uma anedota. Esses gajos não vêm dar nada a ninguém. Eles vêm por ordem e é ao pau, visto que com a cenoura não fomos lá.

Agora olhando para o geral deste orçamento, só posso pensar que foi feito de maneira a ser chumbado. Não passa de um monte de medidas avulsas, um chorrilho de tretas para o pessoal engolir (nós cá), sem fio condutor. Pura e simplesmente não é exequível e o PSD ao aceitar discutir uma serie de medidas paliativas sobre este orçamento, perdeu o resto da pouca confiança que eu ainda lhe dava. Isto que assistimos foi apenas a porra de um circo onde os palhaços somos nós.

Por culpa exclusivamente nossa, porque este bando de pulhas foi lá colocado pelo nosso voto, hipotecámos seriamente a nossa independencia como nação, o futuro dos nossos filhos e não me admira que os vindouros não venham urinar nas nossas campas pelo mal que lhes causámos. E se alguém pensa que com atitudes extremas vamos mudar isso, não se esqueça que isso é a desculpa de que uma corja de pedófilos e ratazanas está à espera para, no meio do barulho fugir, deixando isto para que alguém venha cá impor a "ordem constitucional", deixando a nação um protectorado nas mão de uma qualquer "instituição internacional".
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #21 em: Outubro 28, 2010, 10:23:44 am »
Mais uma vez tenho que concordar com o FoxTroop. Ninguém com algum senso pode achar que este orçamento é sério e credivel (tal como o actual governo e a dita oposição).
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabecinhas

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #22 em: Outubro 28, 2010, 12:50:37 pm »
Ainda ontem tive o prazer de fazer esta pergunta ao Sr. Dr. Medina Carreiras ao vivo em Odivelas:

"Tudo bem, vem cá o FMI como veio anteriormente, e depois, ficam cá os mesmos no aparelho político?"

Reposta:

"Sim fica tudo na mesma, senão se alterar o quadro político em Portugal."
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Jorge Pereira

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #23 em: Outubro 28, 2010, 01:00:03 pm »
Citação de: "HSMW"
Isso é que ainda não percebi como funciona.

O FMI vem cá e depois faz o quê?
Cancela o TGV? Vende os submarinos?
Faz um campo de concentração para toda a canalha de políticos e corruptos do PS, PSD, CDU, BE e FCP?
Liberta o Mário Machado e nomeia-o para Presidente da Republica?

 :conf:

De uma forma simplista, basicamente é assim:

Os Estados que precisam de financiamento externo podem deixar de o receber por dois motivos:

Os juros são incomportáveis e não é viável pedir mais dinheiro a essas taxas de juro.

Os mercados e ou as instituições financeiras internacionais, por diversos motivos, podem considerar que não é seguro emprestar dinheiro a um determinado Estado, e pura e simplesmente deixam de emprestar.

O que acontece a seguir é que, sem financiamento, as economias nacionais entram em colapso.

É aqui que entram instituições ou mecanismos como o FMI e o fundo de estabilização europeu, recentemente criado.

A grosso modo, o que eles fazem quando entram num país é criar condições que permitam a essas economias pagar os empréstimos que essas mesmas instituições (e os mercados) irão emprestar até que a situação económico financeira desse Estado estabilize.

Há no entanto duas questões que merecem a pena ser esclarecidas:

As medidas propostas pelo FMI têm de ser aprovadas pelos governos dos respectivos Estados. Estas podem até ser negociadas, mas passam sempre pelo crivo dos respectivos governos, se bem que a margem de manobra para estes é sempre muito pequena.

As medidas dessas instituições têm também quase sempre uma preocupação evidente em criar condições para que as economias cresçam. Não praticam só o corte puro e duro.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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João Vaz

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #24 em: Outubro 28, 2010, 01:38:36 pm »
A Vertigem da Mediocridade

O facto é que a "mama" acabou. O cenário mais provável é a vinda do FMI. Mesmo com Orçamento aprovado. Mesmo que aprovado, pois as suspeitas estão todas voltadas (correctamente) contra quem nos (ainda) governa. São um insulto para o resto da população deste pequeno país.

O diminuto saldo de credibilidade esgotou-se. Graças essencialmente aos governantes que temos tido nestas últimas duas décadas. Os "mercados" voláteis e insaciáveis que o pobre Sócrates tentou distrair com mais um PEC medíocre não dão tréguas. Não há confiança, pois não se vislumbra liderança.

Este OE é o trabalho de casa de um aluno preguiçoso e malandro. E com medo do que já deixou fazer em anos anteriores. É um Orçamento cobarde pois teme o excesso de cortes necessários, sabendo que isso lhe custará eleições. Como se isso fosse importante para o futuro do país. É recessivo, abusivo, fruto da mais apurada incompetência e irresponsabilidade governativa. Todo um negrume previsível apelando à capacidade de sofrimento...nosso, não dos seus autores.

Basicamente, somos fiadores compulsivos de um Estado falido e desgovernado por um bando de abutres.
Só não merecem o epíteto de Génios do Mal porque não têm aptidão para tal. São apenas uma mescla intragável de caloteiros com vendedores de enciclopédias.

Condenaram um país inteiro a depender do dinheiro sacado da massa salarial, do furto tributário e de... dinheiro emprestado! E agora vêem-se a braços com um trabalhozeco de Orçamento limitado a tapar o fosso crescente da dívida crónica. O endividamento actual de 110% do PIB tornou  expedientes extraordinários e violentos para manter os cobradores à distância. Por agora. Porque isto não tem fim, nem há perspectiva de quebrar este ciclo vicioso e viciado.

De arrastão em arrastão, mentindo com todos os dentes, entalados até à medula. Ninguém lhes cobiça sequer o lugar, tal o amontoado de falsidade, dívida e desvios. O fedor sente-se a milhares de quilómetros, apesar das manobras ridículas de diversão.

A essas criaturas fantasmagóricas dos "mercados internacionais", baixam as calças num instante. Em relação às reais necessidades dos país e direitos dos seus habitantes/contribuintes, a sensibilidade congela. A reforma estrutural do Estado continua tão distante e etérea como os "mercados", que nunca se irão satisfazer completamente. Ou seja, mais uma espiral descendente. A cada ponto retirado na avaliação e a cada subida das taxa de juro, aumenta a penhora sobre os portugueses. Isto não tem fundo, e os culpados vão preparando a sua saída de cena.

Ainda assim, poderíamos pensar que temos os melhores políticos do planeta pois nenhum serve tempo na cadeia, onde muitos já estariam fruto dos sucessivos processos de que foram alvo e são convenientemente abafados e arquivados. Face a esta calamidade nacional, os porta-vozes de gravação automática afirmam com soberbo descaramento que este OE protege o país dos "mercados internacionais". Debates sérios, espírito de serviço? nem vê-los... Anedotas lamentáveis, tristes espectáculos que não enganam ninguém. Mais parece que tentam convencer-se a si mesmos, nas suas mentes pequenas e mal formatadas.

Retrato miserável este, de uma reles minoria com ar napoleónico, inepta e pateta, orgulhosa da porcaria que evacuou, desafiando o mais elementar sentido de honestidade e bom senso.

O país está todo mobilizado para correr com esta corja mafiosa para o alto-mar. Tal como se fez com alguns navios da Marinha no final do século XIX, promova-se uma subscrição pública para financiar uma jangada aos batanetes politiqueiros.  

Temos até uma tipologia de embarcação adequada:

"Jangada de Cristo" de Baião até ao Porto pelo Douro



Uma cadeira, 69 bolas de voleibol forradas por uma rede de aço, um motor de dois cavalos e uma boa dose de imaginação, foi quanto bastou para o padre Almiro Mendes se lançar ao Rio Douro, a fim de percorrer a extensão da Diocese do Porto".

SIC.

Com uma espécie de epitáfio:

PORTUGAL
FUNDADO EM 1139
REMENDADO EM 1640, 1835, 1910, 1974
AFUNDADO EM 2010
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #25 em: Outubro 28, 2010, 02:03:48 pm »
Eu até gramava o FMI se fosse seguido de http://en.wikipedia.org/wiki/N%C3%A9stor_Kirchner, mas não estou a ver quem seja o nosso equivalente...
 

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #26 em: Outubro 28, 2010, 07:01:44 pm »
Obrigado pela explicação Jorge Pereira.   :G-Ok:
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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #27 em: Outubro 30, 2010, 10:45:15 am »
Acordo entre PS e PSD sobre o OE assinado este sábado, às 11h00, no Parlamento

O acordo final para o Orçamento do Estado 2011 vai ser assinado este sábado, às 11h00, na Assembleia da República. Governo e PSD chegaram a um consenso nas últimas horas.
SIC

Ao que a SIC conseguiu apurar, o acordo foi firmado esta noite na residência de Eduardo Catroga.

PSD e Governo acordaram a reavaliação de todas as parcerias público-privadas, incluindo os projectos como o TGV.

O Governo aceita limites às deduções fiscais apenas para os últimos dois escalões que são os mais elevados, o 7º e o 8º.

O Governo aceitou ainda outra reivindicação do PSD, alguns produtos do cabaz alimentar não vão aumentar de IVA para os 23% e mantêm a taxa de 6% agora em vigor.


http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinh ... amento.htm
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #28 em: Novembro 02, 2010, 09:57:14 am »
Dedicado aos liricos que diziam que um acordo relativo ao OE ia baixar os juros...



Citar
Juros da dívida acentuam subida em dia de discussão do OE no Parlamento
02 Novembro 2010 | 09:22
Paulo  Moutinho  

Taxa a 10 anos sobe pela quarta sessão consecutiva e está já está acima dos 6,1%.
Os juros da dívida de Portugal continuam a subir. Avançam pela quarta sessão consecutiva, e estão já no nível mais elevado e duas semanas, acima da fasquia dos 6,1%, isto no dia em que tem início a discussão da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2011 no Parlamento.

Os partidos vão discutir as medidas propostas pelo Governo no OE, estando já garantida a viabilização do documento na sessão de amanhã, já que o PSD vai abster-se. Esta posição foi conseguida depois de negociações entre o principal partido da oposição e o Executivo de José Sócrates.

O acordo alcançado não teve, no entanto, o impacto esperado no mercado. Ontem, o primeiro dia de negociação da semana após conhecido o entendimento entre Governo e PSD, os juros chegaram a cair, no arranque da sessão, mas acabaram por inverter a tendência e superar os 6%.

Hoje, a tendência positiva mantém-se, com a taxa das obrigações do Tesouro a 10 anos a negociar nos 6,149%. Apresentam uma subida de 4,7 pontos, com receios de que as medidas não permitam ao Governo atingir a meta de redução do défice com que se comprometeu com Bruxelas.

“Apesar do acordo, há receios de que o impacto das medidas de austeridade na economia [podendo levar o País a uma nova recessão] signifiquem que Portugal não conseguirá cumprir a meta de redução do défice”, disse ao Negócios Nick Stamenkovic, especialista do mercado de dívida da RIA Capital.

A subida dos juros da dívida não é, no entanto, um exclusivo de Portugal. Também os juros exigidos pelos investidores à Irlanda voltam a subir (10 pontos base), já os da Grécia estão praticamente inalterados, assim como os das “bunds” da Alemanha, que servem de referência para a região.

O aumento dos juros dos países da periferia da Zona Euro é explicada pelos receios dos investidores de que possam vir a ser chamados a fazer parte da solução na eventualidade de algum destes entrar numa situação de incumprimento. É essa a proposta da Alemanha, isto se os restantes Estados quiserem que o fundo de estabilização seja permanente.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=451551
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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #29 em: Novembro 02, 2010, 10:05:41 am »
Vamos todos juntos cantar amiguinhos:


(na verdade é FEE - Fundo de Estabilização Europeu - mas FMI soa melhor).