Tecnologia Portuguesa

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #540 em: Novembro 13, 2012, 07:10:13 pm »
Universidade de Aveiro faz energia a partir quase do nada


Um futuro sem pilhas. É este o sonho dos investigadores da Universidade de Aveiro, Nuno Borges Carvalho e Alírio Boaventura, que criaram um sistema que converte ondas de rádio em energia eléctrica. O primeiro exemplo do trabalho que está a ser desenvolvido pelos dois cientistas portugueses é um comando de televisão sem pilhas, que ainda é um protótipo, mas que pode rapidamente ir parar à casa de quem gosta de fazer zapping, mas não quer gastar dinheiro a trocar pilhas.

«É um projecto único no país e é um dos resultados mais visíveis do trabalho levado a cabo pala academia de Aveiro no que toca à transferência de energia sem fios», anuncia em comunicado a Universidade de Aveiro, lembrando que «só em Portugal os telespectadores gastam anualmente cerca de 3 a 4 milhões de pilhas para mudarem de canal sentados no sofá».

O telecomando desenvolvido por Alírio Boaventura, investigador do Instituto de Telecomunicações (IT) da Universidade de Aveiro (UA), pode mesmo provocar uma verdadeira revolução ecológica ao permitir que as pilhas, que são altamente poluentes, sejam uma coisa do passado.

Constituído apenas por uma placa de circuitos e, para já, por quatro botões que permitem mudar de canal e regular o volume, o segredo do telecomando antipilhas, explica a Universidade, «está na sua antena conversora de energia».

É esta antena que converte em energia elétrica DC as ondas de rádio emitidas por um leitor RFID previamente instalado no televisor.

«Um modelo possível de exploração desta tecnologia passa por, futuramente, incorporar o sistema rádio (RFID) em dispositivos como televisores. Alternativamente e de forma a garantir compatibilidade com os equipamentos já instalados, um adaptador de radiofrequência para infravermelhos poderá ser usado», explica Alírio Boaventura.

Nas experiências feitas, os cientistas desenvolveram uma antena que transforma o sinal eletromagnético numa corrente elétrica contínua capaz de ligar duas lâmpadas LED.

«Se fosse junto da antena de TV do Monte da Virgem, em Gaia, daria para ligar bem mais do que dois LEDs», garante Nuno Borges Carvalho, investigador do IT e um dos responsáveis pelos avanços que a UA tem feito no estudo de um filão energético que paira no ar à espera de ser aproveitado, a conversão de radiofrequências em eletricidade.

«Este princípio pode ser aplicado a qualquer tipo de emissão eletromagnética, quer seja rádio FM, TV, Wi-Fi ou GSM, o que permite que, no futuro, se possa vir a carregar a bateria de dispositivos móveis sem estar dependente de uma única frequência», aponta Nuno Borges Carvalho, numa nota do gabinete de imprensa da Universidade de Aveiro.

«Com esta tecnologia vai ser possível, por exemplo, criar chaves de carros que estão sempre a coletar energia das comunicações rádio e que só a gastam quando são usadas. O conceito também pode ser útil para criar sensores ambientais, alarmes, lanternas ou até mesmo fornecer energia ‘gratuita’ à iluminação pública situada num raio à volta do retransmissor da estação de rádio», prevê Nuno Borges Carvalho. «Em qualquer destes casos temos a vantagem de dispensar o uso de pilhas ou de energia elétrica da rede pública», diz o investigador.  

SOL
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #541 em: Novembro 26, 2012, 09:53:23 pm »
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #542 em: Dezembro 06, 2012, 07:55:28 pm »
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #543 em: Janeiro 01, 2013, 06:11:41 pm »
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #544 em: Janeiro 03, 2013, 02:44:05 pm »
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #545 em: Janeiro 03, 2013, 08:37:46 pm »
Empresa portuguesa cria nanopartícula antimosquitos


A Success Gadget desenvolveu uma nanopartícula de sílica que pode ser aplicada na indústria têxtil, na construção civil e mesmo em saúde. A empresa de Barcelos já está a desenvolver diferentes princípios activos para a nanopartícula, atribuindo-lhe, por exemplo, capacidade de repelir mosquitos, tão perigosos quanto o mosquito do dengue e da malária.
 
César Martins, formado em biotecnologia, e o “inventor” desta tecnologia funcional, explica que “já havia algumas coisas do género no mercado mas tinham fraca durabilidade e eficiência”.
 
O produto com assinatura portuguesa distingue-se pela resistência a “80 lavagens” e quando aplicado em tintas, vernizes ou argamassas, “atinge uma durabilidade de cinco anos", pormenoriza César Martins.
 
Foram necessários dois anos de estudo para a empresa chegar às nanopartículas de sílica onde agora apenas modificam o princípio activo para os vários efeitos que desejam alcançar: antimosquitos, antimicrobiano, antimicótico, entre outros.
 
A este projecto das nanopartículas chamaram Smart Container que alia inovação a preocupações ecológicas. “Por um lado, a nanopartícula antimosquiteira não mata os mosquitos, afasta-os, e, por outro, todos os nossos produtos têm o menor grau de toxicidade possível, tanto para animais como para pessoas”, sublinha César Martins.
 
As nanopartículas não travam batalhas apenas contra os mosquitos. Para breve, a empresa vai ter meias antimicóticas "para o pé de atleta", luvas antifrieiras e meias para o pé diabético “que previnem infecções e ajudam na circulação”.
 
Neste momento, os produtos Smart Container são sobretudo comercializados para países estrangeiros como Angola, Moçambique e Estados Unidos da América.

Ciência Hoje
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #546 em: Janeiro 08, 2013, 10:26:00 am »
In Diário Economico
Uma empresa portuguesa, a FLUPOL, em parceria com o INESC Porto, criou um sistema de pintura robotizado que reproduz os movimentos de um operário especializado.

Empresa diz que invenção poupa oito anos de formação de um operário especializado. E quer apostar na exportação para o Brasil.

É o primeiro robot pintor do mundo. E foi criado por um consórcio nacional que integra a FLUPOL, o INESC Porto, a Companhia de Equipamentos Industriais e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que foi a responsável pelo sistema de aprendizagem.

É um manipulador industrial que reproduz os movimentos humanos efectuados pelos operários especializados, através da aprendizagem através de visão artificial. Uma invenção que permite libertar os pintores das tarefas repetitivas, minimizando também o seu contacto com ambientes agressivos (tintas, dissolventes, etc). A empresa garante ainda que, com este sistema robotizado, é possível "poupar oito anos de formação de um operário especializado".

Cada robot é programado directamente pelo próprio operário, que o prepara em todos os níveis: velocidade, aceleração, etc. O controlo é feito remotamente por computador e não há partilha de informação confidencial com elementos externos.

"Uma aposta que a FLUPOL - que já exporta mais de 75% do que produz - considera uma oportunidade para crescer ainda mais nos mercados externos através da internacionalização de novas unidades de produção", como diz o CEO, José Bandeira, que espera ainda "aumentar a competitividade nos mercados internacionais porque o preço do produto vai incluir custos de distribuição e taxas alfandegárias", que José Bandeira acredita que "em mercados-chave como o Brasil, pode fazer toda a diferença".
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #547 em: Janeiro 08, 2013, 05:42:28 pm »
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #548 em: Janeiro 15, 2013, 01:18:07 pm »
Ovo estrelado instantâneo vai ser primeira patente portuguesa no sector dos ovos
Lusa  15/01/2013 - 10:41

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Projecto da Derovo não leva gordura e os mercados muçulmanos são o principal alvo para a sua comercialização.

Um ovo estrelado instantâneo, produzido por uma máquina ainda em protótipo, será a primeira patente portuguesa no sector dos ovos, disse na segunda-feira o administrador do grupo Derovo, líder do projecto.

O protótipo funcional para a produção em contínuo de ovos estrelados, desenvolvido ao longo de quatro anos, foi apresentado, em Pombal, à ministra da Agricultura Assunção Cristas, e os promotores do projecto "Egg Ready" garantem que o produto, que é depois embalado individualmente, está pronto a ser consumido como um ovo estrelado normal, após ser aquecido num forno micro-ondas.

"Vai ser uma patente da primeira tecnologia portuguesa para o sector dos ovos, dominada por alemães e holandeses", disse Amândio Santos, administrador executivo da Derovo.

Assunção Cristas assistiu à produção dos ovos estrelados que saíam de uma máquina, com a cadência de 100 ovos por hora, idealizada pelo Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho e construída pela firma Valinox, parceiros no projecto.

"Até no ovo estrelado é possível inovar, não há limites à nossa imaginação", frisou Assunção Cristas perante as explicações do funcionamento da máquina.

A ministra considerou que o ovo estrelado "é altamente nutritivo", possuindo "todas" as proteínas diárias necessárias e, no caso do projecto do grupo Derovo sem "o problema do colesterol" por não ter gordura na sua confecção.

O gestor confirmou que o ovo "não leva gordura" e que é feito em três fases, variando o tempo de permanência na máquina "consoante se pretende a gema mais cozida ou mais líquida".

Amândio Santos apontou os mercados muçulmanos como estando "ávidos" por um produto desta natureza.

"É a grande aposta através do ovo congelado, a Fly Emirates (companhia de aviação) vai ser o primeiro cliente de catering deste produto", revelou.

O responsável destacou ainda a colaboração entre a Universidade do Minho e a empresa, frisando que "cada vez mais" as empresas têm dificuldades em alocar recursos financeiros às áreas da inovação.

"As universidades perceberam as necessidades das empresas e as empresas a linguagem das universidades. Hoje está criada uma relação de parceria perfeitamente possível para potenciar a inovação das empresas sem um custo demasiado elevado", frisou o empresário.

Já António Vicente, docente da Universidade do Minho, explicou que a instituição estudou duas vertentes do projecto: por um lado o processo de conservação do ovo e, por outro, a construção da máquina que o iria processar.

"A ideia era produzir, em contínuo, ovos estrelados que depois possam ser embalados, guardados durante um tempo razoável [três semanas em fresco e 18 meses em congelado] que permita a sua exportação e o consumo na hotelaria, restauração e serviços de ‘catering’", explicou.

O professor do Departamento de Engenharia Biológica frisou que tiveram de ser estudadas temperaturas, tempos, formas de embalamento e a maneira de preservar o ovo "e garantir que teria a sua qualidade intacta" até ao final do processo.

Leonel Conceição, director de produção da Derovo, frisou que o projecto teve um custo de cerca de 300 mil euros e avançou depois de várias empresas clientes do grupo pedirem "uma solução" para eliminarem a presença de ovos com casca nas suas cozinhas, por uma questão de higiene e segurança alimentar.

O próximo passo é projectar um equipamento, até final de 2013, "uma vez que o protótipo funciona lindamente" ao nível de produção em massa à escala industrial, que tem um custo estimado de cerca de meio milhão de euros.

http://publico.pt/economia/noticia/ovo-estrelado-instantaneo-vai-ser-primeira-patente-portuguesa-no-sector-dos-ovos-1580759
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #549 em: Fevereiro 26, 2013, 07:30:28 pm »
Universidade do Minho cria pavimento que muda de cor quando há gelo na estrada


Uma equipa da Universidade do Minho (UMinho) desenvolveu um pavimento que muda de cor quando se forma gelo na sua superfície, uma tecnologia que poderá evitar acidentes e vítimas nas estradas de todo o mundo, anunciou hoje aquela academia. O pavimento consegue ainda retirar manchas de óleo da via.
 
Segundo a UMinho, esta “inovação mundial” deve-se à introdução de nanocompósitos à base de óxidos nos pavimentos tradicionais.
 
Joaquim Carneiro, do Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho e líder do projeto, explicou que quando a temperatura baixa ao ponto de congelação da água (0ºC) é produzida uma reação que leva o asfalto a adquirir a cor vermelha.
 
“Os condutores conseguem, assim, visualizar as zonas encarnadas em que se formam as placas de gelo e tomam as devidas precauções”, disse ainda.
 
Além disso, as minúsculas partículas à base de óxidos têm a capacidade de limpar o próprio asfalto.
 
Reagem quimicamente com o óleo que sai dos veículos em acidentes ou em derrames no asfalto, degradando o óleo e convertendo-o em dióxido de carbono e água
 
A pesquisa de Joaquim Carneiro foi apresentada numa conferência internacional e “já despertou o interesse” dos governos da Finlândia e Portugal.
 
Depois das provas laboratoriais na UMinho, será agora testada em ambiente real, numa autoestrada da região Centro, cujas condições de rigor climático, altitude, humidade e temperatura são consideradas propícias.
 
“Acreditamos que os testes vão ser positivos e a implementação deste ‘asfalto inteligente’ será uma realidade a médio prazo, promovendo a prevenção rodoviária e evitando acidentes em todo o mundo, em especial nas regiões frias e montanhosas, como a Escandinávia, o Canadá, a Rússia ou os Andes”, disse Joaquim Carneiro.
 
O seu próximo projeto incide na utilização de fibras de carbono que alertem para a formação de fissuras no asfalto, de forma a que sejam detetadas e reparadas mais rapidamente.

Lusa
 

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miguelbud

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #550 em: Março 12, 2013, 06:10:12 pm »
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Robô português ganha concurso internacional

Um corta-relva autónomo para campos de golfe, inventado por uma empresa portuguesa, venceu um concurso internacional de robótica em Lyon, França, disse esta terça-feira um dos criadores à agência Lusa.

O robô foi distinguido num evento destinado a novas empresas do setor no âmbito do Innorobo, um dos maiores certames de robótica na Europa.

A Selftch, empresa criadora, nasceu pela mão de três engenheiros formados no Instituto Superior Técnico e um mestre em economia da Universidade Nova de Lisboa, que ambicionam colocar a robótica ao serviço de tarefas do dia-a-dia.

O Golmow (nome que junta as palavras inglesas golf e mower, que significa ceifador) é 100% elétrico e autónomo, com uma aplicação própria, que, graças a navegação por GPS, permite à máquina circular com precisão de centímetros.

Com a distinção, «a empresa espera conseguir captar a atenção de investidores», explicou à agência Lusa João Estilita, um dos empreendedores, natural da Covilhã, ligação que levou a sede da empresa para o Parkurbis - Parque de Ciência e Tecnologia da cidade.

O Parkurbis acolheu o desenvolvimento da invenção que agora está a ser testada em dois campos de golfe perto de Lisboa, referiu.

João Estilita acredita que a máquina irá «revolucionar a manutenção dos campos nos próximos anos, permitindo que as zonas conhecidas como fairways ou pistas sejam cortadas de uma forma completamente autónoma e limpa».

Segundo contou, está em curso «a segunda fase de investimento para começar o processo de industrialização e comercialização», pelo que a distinção no Innorobo é vista como uma ajuda para conquistar investidores.

O evento a decorrer de 19 a 21 de março deverá juntar cerca de 50 empresas com diversas novidades na área da robótica.

A obtenção do primeiro lugar permite à nova empresa figurar «ao lado de grandes empresas mundiais de robótica e fazer a apresentação do projeto numa sessão interativa a um painel de investidores», concluiu.

O Golmow é um projeto cofinanciado pelo Quadro de Referência Estratégico nacional (QREN).
@Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #551 em: Abril 13, 2013, 08:45:37 pm »
Portugueses criam método para aumentar volume da cortiça


Uma equipa de investigadores portugueses criou um novo método que permite aumentar o volume de cortiça, tornando assim a sua utilização mais sustentável para fins comerciais. O processo, limpo e eficiente, consiste em introduzir água na cortiça e recorrer a micro-ondas que façam aumentar o volume de granulados de cortiça. “O processo baseia-se na aplicação de micro-ondas para fazer a expansão das células de cortiça. É um processo ambientalmente vantajoso, sem utilização de produtos químicos ou de geração de efluentes poluentes. Como se pode dizer que se «faz mais» com a mesma produção, também há um efeito benéfico em termos de floresta e da pressão a que ela eventualmente poderá estar submetida para a extração da cortiça”, explica Helena Pereira, investigadora e vice-reitora da Universidade Técnica de Lisboa.

Com este novo método, já patenteado, consegue-se maior quantidade de matéria-prima em volume para o processamento industrial da cortiça. A patente pertence à indústria corticeira nacional Amorim.

A invenção deste processo resulta de um trabalho de décadas. A equipa de investigadores constituída por Helena Pereira, Rui Luís Gonçalves dos Reis, CEO do Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, Susana Pinto Araújo da Silva Estima, chefe do departamento de I&D da Corticeira Amorim e António Jorge Velez Marques, professor do Instituto Politécnico de Lisboa, trabalha nesta área desde 1990 com o objectivo de maximizar a cortiça bombeando o volume das células.

Concluíram agora que a cortiça humedecida com água e exposta a radiação de micro-ondas, pode expandir-se de 40% até 85% do seu tamanho original. “O processo apenas expande as células de cortiça, sem alterar a estrutura e sem qualquer degradação química. Deste modo as propriedades da cortiça que levam ao seu interessante comportamento mecânico, à baixa permeabilidade e capacidade isolante, térmica e sonora, mantêm-se. O que quer dizer que as aplicações tradicionais da cortiça que utilizam aquelas características, como rolhas, camadas de isolamento, revestimentos, continuam a ser feitas. O processo apenas diminui a densidade do material, o que é vantajoso”, pormenoriza Helena Pereira.

 A cortiça humedecida com água é colocada no interior de uma máquina de micro-ondas e é então exposta a radiação, até cinco minutos, fazendo com que o material expanda o seu volume. Este método torna possível expandir a cortiça num curto espaço de tempo utilizando um mínimo de energia, uma melhoria importante que terá repercussões importantes na indústria dadas as enormes quantidades de cortiça usadas comercialmente todos os anos.

A ideia é candidata ao Prémio Inventor Europeu, atribuído pelo Instituto Europeu de Patentes (IEP). É a primeira nomeação de sempre de inventores portugueses para este galardão.

 Em relação à nomeação, Helena Pereira comenta ser “sempre uma alegria quando o nosso trabalho é reconhecido. E neste caso muito especialmente, pois a investigação sobre a cortiça e o sobreiro tem ocupado grande parte da minha actividade científica há mais de 30 anos”.

A entrevistada considera ainda ser importante o facto de “ser a cortiça a estar nomeada para este prémio” sublinhando que “Portugal tem aqui o seu nicho mundial de competência, tanto a nível de produção, não esqueçamos que o sobreiro é a Árvore Nacional, como da indústria e do conhecimento científico".

 Os vencedores do Prémio serão anunciados pelo IEP numa cerimónia que terá lugar a 28 de Maio, em Amesterdão, Holanda.

Ciência Hoje
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #552 em: Abril 23, 2013, 08:05:21 pm »
Cientista portuguesa inventou teste rápido ao grupo sanguíneo


Uma investigadora da Universidade do Minho inventou um dispositivo portátil que permite em poucos minutos detectar o grupo sanguíneo da pessoa analisada, tendo sido seleccionada para participar na maior competição tecnológica mundial dirigida a estudantes do ensino superior.

Ana Ferraz, aluna de doutoramento na Universidade do Minho, ganhou a final nacional da edição 2013 da Microsoft Imagine Cup e irá representar Portugal na final internacional que decorrerá em São Petersburgo, na Rússia, entre 08 e 11 de Julho.

«O procedimento demora no máximo cinco minutos, tem baixo custo e é adequado a situações de emergência. É um sistema bastante pequeno, fácil de transportar e que pode ser usado em diferentes serviços hospitalares, em qualquer ambulância ou até no local do acidente», explicou a investigadora à Lusa.

«A aplicação desenvolvida pode estar no telemóvel, num tablete ou num PC, de onde se envia a mensagem para qualquer laboratório com o resultado do teste», disse ainda Ana Ferraz, acrescentando que, além de detectar o grupo sanguíneo, o dispositivo dá informações rigorosas que podem auxiliar os profissionais de saúde em situações de emergência, reduzindo os riscos de incompatibilidade e erro humano, nomeadamente em situações de transfusão.

«Gostaria de arranjar investidores e poder avançar com a produção deste sistema, criar uma empresa em Portugal, criar postos de trabalho, assegurando também o meu futuro», sublinhou a investigadora, que disse estar confiante de que a sua participação na final mundial das olimpíadas de software, na Rússia, lhe possa trazer vantagens a este nível.

For a Better World é o nome desta solução tecnológica que Ana Ferraz começou a desenvolver ainda na licenciatura, no Instituto Politécnico do Cávado e Ave. Além de rápida e portátil, esta invenção não representa grandes custos: segundo Ana Ferraz, o protótipo custou-lhe «apenas 130 euros».

Lusa
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #553 em: Maio 07, 2013, 09:39:40 pm »
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Projeto português ganha concurso de ideias norte-americano
O Ziphius foi o grande vencedor do concurso Insert Coin, ganhando o prémio do júri e do público, num total de 25 mil dólares. A classificação é um passo importante para conseguir o financiamento do drone desenvolvido pela Azorean.

mais info: http://tek.sapo.pt/noticias/computadores/projeto_portugues_ganha_concurso_de_ideias_no_1306025.html
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #554 em: Maio 14, 2013, 05:32:47 pm »
Cadeira de rodas comandada por pensamento inventada por portugueses


Um investigador da Universidade do Minho coordena um projecto nacional de robótica cujo objectivo é desenvolver uma cadeira de rodas comandada através de movimentos de cabeça ou corpo, voz, expressões faciais ou, até, pensamentos, foi hoje anunciado. Em comunicado, aquela academia acrescenta que a tecnologia, testada em pacientes com paralisia cerebral, consegue desviar-se dos obstáculos, planear tarefas e comunicar com outros dispositivos.

"A ideia foi, sobretudo, a de criar uma cadeira de rodas inteligente, de baixo custo e impacto ergonómico, que pudesse ser comandada por um interface multimodal flexível", explica Luís Paulo Reis, da Escola de Engenharia da Universidade do Minho.

Os utilizadores poderão escolher entre vários modos de comando e até combiná-los.

Entre as opções já disponíveis, existem os comandos de voz, movimentos de cabeça ou o "brain computer interface", que permite dirigir a cadeira através dos pensamentos".

O projecto conta com o apoio das universidades do Minho, Porto e Aveiro, do Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores, do Centro Algoritmi da UMinho, do INESC Tec, do Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto e da Associação do Porto de Paralisia Cerebral.

Já foi premiado cinco vezes, por entidades nacionais e internacionais.

Lusa