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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: Malagueta em Outubro 21, 2011, 10:05:01 am

Título: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Malagueta em Outubro 21, 2011, 10:05:01 am
Duas noticias em jornais diferentes sobre o assunto:

"O ministro da Economia disse há um mês que seria «o maior investimento que já existiu em Portugal». O semanário Sol descobriu qual é: trata-se de um investimento gigante de 3,5mil milhões de euros para explorar as minas de ferro de Moncorvo. A empresa é anglo-australiana.

"A Rio Tinto, gigante mundial do sector mineiro, prepara mega-investimento de 3,5 mil milhões na região transmontana. Em causa está a exploração de ferro, num projecto que criará, pelo menos, 550 empregos. Governo confirma negociações, publica hoje o semanário Sol."


O projecto será realizado nas minas de Torre de Moncorvo, em Trás-os-Montes, um dos maiores depósitos de minério de ferro da Europa.
Australianos da Rio Tinto querem investir mil milhões euros em Portugal Os australianos da Rio Tinto, a maior empresa de minas do mundo, querem investir cerca de mil milhões de euros na exploração de ferro em Portugal, disse fonte próxima das negociações à Agência Lusa.

O projecto será realizado nas minas de Torre de Moncorvo, em Trás-os-Montes, um dos maiores depósitos de minério de ferro da Europa, com recursos medidos e indicados de 552 milhões de toneladas de minério e recursos inferidos de mil milhões de toneladas.

O investimento está a ser negociado entre o Governo, a empresa que detém a concessão da mina até 2070, a MTI – Minning Technology Investments, e a Rio Tinto, refere a mesma fonte.

O Ministério da Economia confirma oficialmente que está “a desenvolver negociações com uma das maiores empresas do mundo para um grande investimento no sector mineiro em Portugal”, sem, no entanto, avançar qualquer dado sobre o assunto.

Álvaro Santos Pereira já tinha anunciado a 27 de setembro na RTP que existia uma multinacional que pretendia fazer um grande investimento em Portugal, escusando-se na altura a avançar com detalhes.

O investimento vai permitir, numa primeira fase, a criação de 420 novos postos de trabalho directos e cerca de 800 indirectos, bem como a criação de um pólo de investigação e desenvolvimento no Nordeste Transmontano, com parcerias com instituições locais e internacionais.
Este projecto criará, segundo a MTI, “um novo mercado de exportação da economia portuguesa” e a “valorização e rentabilização da linha ferroviária do Douro e da navegabilidade do Douro”.

Fontes ligadas às empresas referem que, caso as negociações com a Rio Tinto cheguem a bom porto, o investimento vai permitir que a pequena vila transmontana receba “uma autêntica cidade, porque é preciso fazer tudo desde o início”, e será provável que o investimento demore cerca de 10 anos a concretizar até que comece a laborar.

Os direitos de exploração das minas Moncorvo pertencem à MTI, uma empresa constituída por capitais nacionais e estrangeiros, que conta entre os seus accionistas com empresários e quadros técnicos de “vasta experiência mineira”, pode ler-se no ‘site’ da companhia.

Segundo a mesma fonte, este é um investimento que já estaria a ser negociado pelo anterior governo, mas que agora deu um passo em frente após o reforço do interesse da Rio Tinto.

Segundo o ‘site’ da MTI, os direitos de prospecção e pesquisa foram obtidos através de um contrato assinado com o Governo em 2008, mas a atribuição da concessão de exploração das minas só aconteceu em 05 de Janeiro deste ano, “assegurando à MTI os direitos de exploração das Minas de Ferro de Moncorvo até 2070”.

A MTI encetou conversações com a Rio Tinto para se tornar parceira maioritária no projecto, que, numa primeira fase, vai explorar a Mina da Mua, com reservas medidas e indicadas de 120 milhões de toneladas.

Segundo o sítio da empresa na internet, o projecto tem “reduzidos constrangimentos ambientais”, “proximidade dos portos atlânticos de Aveiro e Leixões”, “apoio institucional das autoridades nacionais, regionais e locais” e “disponibilidade total e imediata de água, energia, infraestrutura e capacidade de escoamento”.

Fonte oficial da Rio Tinto contactada pela Agência Lusa em Londres escusou-se a confirmar ou desmentir a informação, afirmando que a empresa não comenta “rumores”.

A concretizar-se o investimento, marcaria o regresso do Rio Tinto a Portugal, depois de a empresa ter mantido, durante vários anos, um investimento nas minas de cobre de Neves-Corvo.

Em 1983, a Rio Tinto foi convidada a participar no projecto das minas, inicialmente uma ‘joint-venture’ [empresa conjunta] do Governo e de investidores privados franceses.Depois de um período de avaliação, em 1985 a Rio Tinto comprou os 49 por cento de capital francês, tendo a produção começado em 1989.

A Rio Tinto acabou por vender em 2004 toda a sua participação aos canadianos da EuroZinc"
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Malagueta em Outubro 21, 2011, 02:17:38 pm
Portugal assinou esta manhã um contrato de concessão para a exploração de gás natural ao largo da costa do Algarve. Os espanhóis da Repsol e os alemães da RWE são os parceiros do Governo que poderá encaixar cerca de nove por cento das receitas, um valor que está ainda dependente de como decorrerem os trabalhos de prospecção nos próximos três a oito anos.Prospeção de gás natural avança na costa algarviaO contrato de concessão para a exploração de gás natural na costa algarvia foi assinado esta manhã, com a presença do secretário de Estado da Energia, que realçou o facto de este acordo surgir na sequência de outro tipo de prospeções que decorrem, por exemplo, ao largo da Figueira da Foz e Peniche.

Quanto aos ganhos para Portugal do acordo hoje assinado devem rondar os nove por cento das receitas, se se chegar à fase de exploração e produção, embora Henrique Gomes tenha afirmado não ser possível "calcular as receitas para o Estado porque depende daquilo que for encontrado na prospeção nos próximos três a oito anos".

O secretário de Estado da Energia acrescentou, no entanto, que Portugal poderá assegurar "o abastecimento de gás por poucos anos" e que este acordo "vem na sequência de uma série de atividades que nos últimos meses" o Governo tem vindo "a desenvolver", nomeadamente na prospeção no mar ao largo da Figueira da Foz e de Peniche e ainda no alto mar ao largo de Sines.

"Conseguimos importantes contrapartidas para o Estado e, como se trata de uma exploração de gás, os impactos ambientais serão praticamente nulos", referiu ainda Henrique Gomes, acrescentando que o investimento "terá algum impacto positivo para as populações na medida em que parte das receitas entregues ao Estado serão aplicadas no desenvolvimento local".

A fase de prospecção, que terá início no próximo ano, irá decorrer ao longo de três a oito anos, sendo que nos primeiros três os investimentos da Repsol e RWE vão rondar os 30 milhões de euros com o Estado a receber 9 por cento das receitas se se chegar à fase de exploração e produção, uma percentagem que Henrique Gomes considera “muito interessante a nível internacional", e que representa, nesta renegociação, ter multiplicado em cerca de cinquenta vezes o que estava inicialmente previsto".

O que está em causa neste negócio não são jazidas excecionais, mas apenas interessantes, mas que podem melhorar um pouco a independência de Portugal face ao abastecimento energético, concluía o secretário de Estado.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: PedroI em Outubro 21, 2011, 03:39:22 pm
Boas,

Notáveis noticias, engraçado ver como em Portugal as Minas (entre outros) passam de motores de desenvolvimento ao abandono e de novo a motores de desenvolvimento.

Fica uma questão, se bem que muito previa, relativa a por onde é que vão sair  "552 milhões de toneladas de minério" dado que não existe siderurgia em Portugal, infelizmente, e dos porto Nacionais o melhor porto de saída é o mais longínquo ou seja Sines.

O MV Vale Brasil o maior Navio de mineiro da actualidade carregou na primeira viagem aproximadamente 390.000tons de minério tendo um calado de 23metros. Ora com estas características e mesmo considerando, vá lá, um Navio para 300.000Tons com 20metros de calado só mesmo Sines o receberia, partindo do principio que se investiria no terminal de graneis sólidos a serio que Sines não têm (porque até agora não precisa) mais a zona de armazenagem. Fica a faltar apenas atravessar 300mil toneladas de minério através de metade do pais, se calhar a tal linha que afinal não é para o TGV é para mercadorias até faz sentido.

Se isto fosse um pais serio, com políticos sérios, e investidores nacionais sérios, a solução passava por fazer renascer na zona portuária de Aveiro uma industria siderurgica Nacional, onde já fomos lideres, exportando produtos semi-acabados como ferro, aço, etc, criando valor nas mercadorias e no tecido empresarial, mas como tenho muitas duvidas e teima em não me sair o Euromilhões o mais certo será o futuro mineiro extraído sair pelo portos do norte de Espanha como Gijon que publicita o seguinte:
Citar
Capaz de acoger buques de 59 pies de calado, sus 920 metros de línea de atraque máximo, permiten el atraque simultáneo de dos grandes buques con una capacidad total de más de 500.000t de granel.
ou Ferrol, onde calha bem a Mota-Engil têm investimentos ao nivel dos contentores.

Cumprimentos,
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: nelson38899 em Outubro 21, 2011, 04:28:37 pm
Ora focou o ponto mais interessante da futura exploração das nossas riquezas.

Pelo que li e ouvi, fiquei com a sensação que mais uma vez os políticos apresentam um nível de burrice considerável, ou seja, nós vamos apenas exportar o minério puro nada de valor acrescentado.

O que me mete mais nojo é o facto de andarem sempre a falar da produtividade e do seu aumento. Mas esquecem-se que essa produtividade vem do valor acrescentado que uma empresa dá ao produto que faz e não do simples facto de apenas produzir.

Quero ver o que acontecerá em Portugal, quando vender-mos matéria prima a 1€ o quilo e comprar-mos o produto acabado a 10€ o quilo. O mais certo é vir um iluminado dizer que o melhor é aumentar os impostos, para balançar o défice da nossa balança comercial.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: PedroI em Outubro 21, 2011, 05:33:10 pm
Caro Nelson,

Pegando no teu raciocinio, numa pesquisa rapida e numas contas de merceiro temos:
552.000.000,00Toneladas de minério de ferro
x
1,29€Euro por Tonelada métrica seca (China import Iron Ore Fines 62% FE spot (CFR Tianjin port traduz-se por uma tonelada de minério entregue onde os Chineses quiserem)
= 712.080.000,00€

Ora segundo um site brasileiro uma tonelada de Aço consume 1,5 toneladas de mineiro logo pelo que em contas muito redondas:
552.000.000,00Tonelados de minério de ferro / 1,5 =
368.000.000.00Toneladas de Aço

368.000.000.00Toneladas de Aço
x
654,61€ (Aço laminado a frio, bobina/lâmina (Japão) Contratos de exportação (3 a 12 meses), principalmente FOB Ásia traduz em vais buscar o Aço ao Japão e o transporte é por tua conta)
= 240.896.480.000,00€ :shock:  :lol:  :lol:  :lol:

Os preços das mercadorias são do International Monetary Fund via Index Mundi
Por favor tenham em conta são contas de merceeiro e que tem de ser vistas com o devido espírito critico......... mas mesmo assim.

Cumprimentos,
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: nelson38899 em Outubro 21, 2011, 09:46:42 pm
Por essa razão, volto afirmar que nós devemos apostar em adicionar valor acrescentado ao nosso metal e não focarmos só  na extracção.

Caso o governo não faça isso, apenas afirmo que este governo não passa de uma cambada de burros.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Outubro 21, 2011, 10:46:32 pm
Citação de: "nelson38899"
Por essa razão, volto afirmar que nós devemos apostar em adicionar valor acrescentado ao nosso metal e não focarmos só na extracção.

Caso o governo não faça isso, apenas afirmo que este governo não passa de uma cambada de burros.
Aqui tens outro exemplo Nelson.

Portugal à beira de ficar rico

Um estudo divulgado esta semana pela empresa de consultoria MarketResearch.com indica que a procura de litío para a construção de baterias de iões de lítio para a indústria automóvel vai quadriplicar ao longo dos próximos 10 anos.

O mesmo estudo revela que em 2010 o mercado mundial de lítio ascendeu a 11 mil milhões de dólares (€8 mil milhões), mas que em 2020 deverá rondar os 43 mil milhões de dólares (€31,5 mil milhões).

Alguns analistas do setor extrativo garantem ao Expresso que Portugal tem aqui uma oportunidade única para "marcar pontos" neste importante mercado, pois atualmente já é o 5º maior exportador mundial de lítio, e tem potencial de exploração para mais 70 anos. Estes dados são confirmados, aliás, num dos relatórios mais recentes do Departamento de Energia norte-americano.

Indústria automóvel interessada no lítio português


O problema é que Portugal apenas vai até à produção de concentrado de lítio, ou seja, não acrescenta mais valor ao seu produto, tendo que o vender em bruto para os smelters (proprietários de fundições) de outros países. Esses, sim, é que entregam à indústria automóvel o lítio pronto para ser utilizado em baterias de carros elétrios. São também estes intermediários que faturam uma parte considerável do processo de transformação do lítio.

O Expresso sabe, no entanto, que o principal produtor de lítio em Portugal está já a ser sondado por várias empresas multinacionais da indústria das baterias para carros elétricos, no sentido de formar parcerias que possam passar pela criação de uma fundição em Portugal. Ou seja, poderia ser um passo à frente no processo, em que o país acrescentaria valor ao seu recurso natural.

Para além da indústria automóvel, o lítio também, é utilizado na indústria eletrónica (telemóveis), farmacêutica e prevê-se que venha a ter cada vez mais aplicações na indústria aeroespacial e também na área militar.

A preocupação das construtoras de automóveis é tão grande em relação ao lítio que algumas já estão a entrar no capital social de algumas empresas mineiras em várias zonas do globo. A nipónica Mitsubishi ainda recentemente tomou posição em algumas empresas do sector extrativo, na área do lítio, em dois países da América do Sul. Também a Toyota terá feito o mesmo, segundo algumas fontes do sector automóvel.

Com estes avanços para a área mineira, a indústria automóvel quer garantir, de alguma forma, que não vai ter problemas no abastecimento dessa importante matéria-prima, para que a nova área de negócio dos carros elétricos, que agora desponta, não fique comprometida.

http://aeiou.expresso.pt/portugal-a-bei ... co=f631254 (http://aeiou.expresso.pt/portugal-a-beira-de-ficar-rico=f631254)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: chaimites em Outubro 22, 2011, 09:42:50 am
A   Via de saida, mais logica, do minerio de Torre de Moncorvo é a fluvial   aproveitando a navegabilidade do Douro


Citar

O responsável esclareceu que, na consulta ao Projecto de Exploração das Minas de Ferro de Moncorvo, não se encontrou um estudo fundamentado para o escoamento do minério.

O documento referia apenas que «actualmente a opção existente é o transporte ferroviário através da linha do Douro. Considera-se, no entanto, que a solução de escoamento poderá ser optimizada através de uma futura operacionalização da opção de escoamento por via fluvial».

E, apesar de não ter sido efectuado nenhum estudo específico para este caso concreto, Joaquim Gonçalves salientou que para a utilização da via navegável do Douro no transporte de mercadorias seria necessário investir 70 milhões de euros no aprofundamento do canal, alargamento, sinalização, adaptação das eclusas de navegação e sistemas de emergência e segurança.

Os valores apontados para a produção de minério prevêem que venha a ser necessária uma capacidade de escoamento variável entre 4000 a 9000 toneladas por dia de minério ou seus derivados, na primeira fase de funcionamento. Valores que podem atingir as 28000 toneladas por dia, em fases de pico

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=31702
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: chaimites em Outubro 22, 2011, 10:48:16 am
Citar

Governo assina protocolo com a Repsol para a exploração de gás natural no Algarve


O Governo assinou hoje com os espanhóis da Repsol e os alemães da RWE o contrato de concessão para a exploração de gás natural ao largo da costa algarvia, que vai permitir que 9 por cento das receitas reverta para o Estado


O secretário de Estado da Energia, em declarações aos jornalistas no final da assinatura do acordo, afirmou que ainda não seria possível "calcular as receitas para o Estado porque depende daquilo que for encontrado na prospecção  nos próximos três a oito anos", acrescentando, contudo, que Portugal poderá  assegurar "o abastecimento de gás por poucos anos".  

Henrique Gomes disse que este acordo "vem na sequência de uma série  de actividades que nos últimos meses" o Governo tem vindo "a desenvolver",  nomeadamente na prospecção no mar ao largo da Figueira da Foz e de Peniche  e ainda no alto mar ao largo de Sines.  

"Conseguimos importantes contrapartidas para o Estado (...) e como se  trata de uma exploração de gás os impactos ambientais serão praticamente  nulos", observou Henrique Gomes, acrescentando que o investimento "terá  algum impacto positivo para as populações na medida em que parte dos 'royalties' (parte das receitas entregue ao Estado) serão aplicados no desenvolvimento  local".  

O secretário de Estado da Energia adiantou ainda que se está "numa fase  de prospecção que poderá demorar três a oito anos", sendo que nos primeiros  três "serão investidos pela Repsol  (e RWE) cerca de 30 milhões de euros".

Henrique Gomes revelou ainda que o Estado ficará com 9 por cento das  receitas se se chegar à fase de exploração e produção, "uma percentagem  muito interessante a nível internacional", e que representa, nesta renegociação,  "ter multiplicado em cerca de 50 vezes aquilo que estava inicialmente previsto".

Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Malagueta em Outubro 22, 2011, 06:52:33 pm
Reservas das minas de Moncorvo valem €58,2 mil milhões

As reservas das minas de Moncorvo valem atualmente cerca de 58,2 mil milhões de euros a preços da cotação do ferro no mercado internacional, o que corresponde a cerca de um terço da riqueza em Portugal.15:20 Sexta feira, 21 de outubro de 2011            
   



As reservas das minas de Moncorvo valem atualmente cerca de 58,2 mil milhões de euros a preços da cotação do ferro no mercado internacional, o que corresponde a cerca de um terço da riqueza em Portugal.

As minas de Moncorvo em Trás-os-Montes, um dos maiores depósitos de ferro da Europa, - nas quais o grupo anglo-australiano Rio Tinto pretende investir mil milhões de euros -, tem recursos medidos e indicados de 552 milhões de toneladas de minério, que, à cotação de 146 dólares por tonelada no mercado internacional, tem debaixo da terra um valor de 80 mil milhões de dólares, ou seja, 58,2 mil milhões de euros. Um valor que corresponde a cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal.

Caso o investimento avance, este valor será estendido até 2070, data em que terminam os direitos de exploração das minas, sendo que, se o Estado receber 9% das receitas geradas, conforme foi negociado com Repsol para a exploração de gás natural no Algarve, Portugal receberá durante 50 anos cerca de 5,2 mil milhões de euros.

A Rio Tinto quer investir cerca de mil milhões de euros na exploração de ferro em Portugal, um investimento a ser implementado nas minas de Torre de Moncorvo, em Trás-os-Montes.

O projeto está a ser negociado entre o Governo português, a empresa que detém a concessão da mina até 2070, a MTI -- Minning Technology Investments, e a Rio Tinto, uma situação hoje confirmada pelo Executivo.


 O ministro da Economia admitiu hoje haver "conversações" com várias empresas dos setor mineiro, mas escusou-se a prestar mais esclarecimentos sobre o investimento em causa.

O investimento vai permitir, numa primeira fase, a criação de 420 novos postos de trabalho diretos e cerca de 800 indiretos, bem como a criação de um pólo de investigação e desenvolvimento no Nordeste Transmontano, com parcerias com instituições locais e internacionais.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Jorge Pereira em Outubro 22, 2011, 10:23:42 pm
Notícia com alguns meses mas muito interessante:

Citar
Portugal à beira de ficar rico

Portugal é já o quinto produtor mundial de lítio, e a procura desta matéria-prima para baterias de carros eléctricos vai quadriplicar (veja vídeo no fim do texto).

Um estudo divulgado esta semana pela empresa de consultoria MarketResearch.com indica que a procura de litío para a construção de baterias de iões de lítio para a indústria automóvel vai quadriplicar ao longo dos próximos 10 anos.

O mesmo estudo revela que em 2010 o mercado mundial de lítio ascendeu a 11 mil milhões de dólares (€8 mil milhões), mas que em 2020 deverá rondar os 43 mil milhões de dólares (€31,5 mil milhões).

Alguns analistas do setor extrativo garantem ao Expresso que Portugal tem aqui uma oportunidade única para "marcar pontos" neste importante mercado, pois atualmente já é o 5º maior exportador mundial de lítio, e tem potencial de exploração para mais 70 anos. Estes dados são confirmados, aliás, num dos relatórios mais recentes do Departamento de Energia norte-americano.
Indústria automóvel interessada no lítio português

O problema é que Portugal apenas vai até à produção de concentrado de lítio, ou seja, não acrescenta mais valor ao seu produto, tendo que o vender em bruto para os smelters (proprietários de fundições) de outros países. Esses, sim, é que entregam à indústria automóvel o lítio pronto para ser utilizado em baterias de carros elétrios. São também estes intermediários que faturam uma parte considerável do processo de transformação do lítio.

O Expresso sabe, no entanto, que o principal produtor de lítio em Portugal está já a ser sondado por várias empresas multinacionais da indústria das baterias para carros elétricos, no sentido de formar parcerias que possam passar pela criação de uma fundição em Portugal. Ou seja, poderia ser um passo à frente no processo, em que o país acrescentaria valor ao seu recurso natural.

Para além da indústria automóvel, o lítio também, é utilizado na indústria eletrónica (telemóveis), farmacêutica e prevê-se que venha a ter cada vez mais aplicações na indústria aeroespacial e também na área militar.

A preocupação das construtoras de automóveis é tão grande em relação ao lítio que algumas já estão a entrar no capital social de algumas empresas mineiras em várias zonas do globo. A nipónica Mitsubishi ainda recentemente tomou posição em algumas empresas do sector extrativo, na área do lítio, em dois países da América do Sul. Também a Toyota terá feito o mesmo, segundo algumas fontes do sector automóvel.

Com estes avanços para a área mineira, a indústria automóvel quer garantir, de alguma forma, que não vai ter problemas no abastecimento dessa importante matéria-prima, para que a nova área de negócio dos carros elétricos, que agora desponta, não fique comprometida.

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/portugal-a-bei ... z1bY2bTyba (http://aeiou.expresso.pt/portugal-a-beira-de-ficar-rico=f631254#ixzz1bY2bTyba)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: chaimites em Outubro 22, 2011, 11:30:15 pm
Citar

 
 
Mohave Oil & Gas já conseguiu obter gás
em Aljubarrota

22/10/2011
 
     
A empresa Mohave Oil & Gas Corporation já começou a perfurar o solo de Aljubarrota e conseguiu mesmo extrair gás durante os testes, que ainda prosseguem. O presidente da Câmara de Alcobaça aproveitou mesmo a deslocação de Pedro Passos Coelho a Leiria, no dia 15 de Outubro, para lhe entregar uma fotografia onde se vê o gás a arder no cimo da plataforma, que já alcançou os 2600 metros de profundidade, garantiu uma fonte da autarquia ao Tinta Fresca. A confirmar-se a existência de hidrocarbonetos no local, a empresa canadiana deverá investir 60 milhões de euros no concelho de Alcobaça, em ano e meio.

       
Torre de perfuração da Mohave em AljubarrotaContudo, Paulo Inácio está preocupado com o facto de ser um dos poucos países do mundo sem royalties municipais e já pediu ao governo para criar legislação nesse sentido, a exemplo, do que já sucede com a energia eólica. O autarca adiantou ainda que os dois locais assinalados para exploração de gás natural, ambos no Cadoiço, na freguesia de Prazeres de Aljubarrota, ficam muito próximos do gasoduto de gás natural que passa nas imediações junto ao IC2, o que reduzirá os custos de transporte dos hidrocarbonetos. A Mohave Oil & Gas poderá obter resultados definitivos dos testes de perfuração até ao final de Outubro


http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=43440208-1707-44c5-877b-e49c694f78a4&edition=132
Ora em Aljubarrota:...  sera Gás de origem castellana? :mrgreen:
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: AC em Outubro 23, 2011, 10:23:09 pm
Citação de: "PedroI"
Fica uma questão, se bem que muito previa, relativa a por onde é que vão sair  "552 milhões de toneladas de minério" dado que não existe siderurgia em Portugal, infelizmente, e dos porto Nacionais o melhor porto de saída é o mais longínquo ou seja Sines.

Aveiro e/ou Leixões.

Citar
O MV Vale Brasil o maior Navio de mineiro da actualidade carregou na primeira viagem aproximadamente 390.000tons de minério tendo um calado de 23metros. Ora com estas características e mesmo considerando, vá lá, um Navio para 300.000Tons com 20metros de calado só mesmo Sines o receberia,

Navios como esses são excepções. Como são tão grandes, poucos portos os podem receber e há muitos locais onde não podem passar. Só se tornam rentáveis quando há mesmo muito volume.
No caso de navios como o Berge Stahl e o Vale Brasil, há neste momento 3 ou 4 portos no mundo que os podem receber com carga máxima: Terminal Marítimo da Ponta da Madeira (onde carregam), Roterdão, Taranto e Dalian.

Agora, no terminal da Ponta da Madeira a Vale carrega umas 87 MT/ano de minério, para diversos destino.

Segundo as noticias estima-se que o volume fosse de 4000 a 9000 toneladas por dia. Isso dá 3.2 MT/ano. Isso é o que um destes navios transporte anualmente do Brasil para Roterdão.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: AC em Outubro 23, 2011, 10:28:13 pm
Citação de: "nelson38899"
Por essa razão, volto afirmar que nós devemos apostar em adicionar valor acrescentado ao nosso metal e não focarmos só  na extracção.

Caso o governo não faça isso, apenas afirmo que este governo não passa de uma cambada de burros.

Faz-se o que se pode e não o que se quer.
O interesse da Rio Tinto surge, na verdade, já na sequência da empresa concessionária das minas não ter capacidade para investir o suficiente.

Se o Governo conseguir arranjar alguém que queira e possa investir cá na siderugia, óptimo.
Se não conseguir, exportar minério é melhor que nada.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 25, 2011, 07:26:54 pm
Ouro no Alentejo explorado por empresas canadiana e australiana


A exploração experimental de ouro nos concelhos alentejanos de Évora e Montemor-o-Novo, que vai ser concessionada à joint-venture da canadiana Colt Resources e da australiana Iberian Resources, prevê um investimento mínimo de três milhões de euros, revelou hoje o Ministério da Economia.
Fonte do Ministério da Economia e do Emprego, tutelado pelo ministro Álvaro Santos Pereira, explicou que «os investimentos mínimos previstos» para estes trabalhos ascendem a «três milhões de euros».

O anúncio de um novo contrato de concessão de ouro no Alentejo, a formalizar na «próxima semana», foi feito hoje pelo ministro Álvaro Santos Pereira, na Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho.

«No sector mineiro, na próxima semana, será anunciado um novo contrato de concessão de exploração de ouro no Alentejo e, nos próximos meses, serão ainda anunciadas novas concessões», afirmou o governante.

A empresa canadiana Colt Resources vai assinar, no dia 2 de Novembro, os contratos com o Governo para avançar com a exploração experimental de ouro nas freguesias de Nossa Senhora da Boa-Fé (Évora) e Santiago do Escoural (Montemor-o-Novo).

Fonte do Ministério da Economia confirmou que a concessão vai ser atribuída a uma joint-venture formada pelas empresas Colt Resources e Iberian Resources.

A concessão, disse, é válida por três anos, «eventualmente extensível por mais seis meses», e prevê o «desenvolvimento de trabalhos confirmativos do interesse económico do jazigo, incluindo ensaios produtivos à escala semi-industrial».

As substâncias a explorar, acrescentou a mesma fonte, são sobretudo «ouro e prata», mas poderão ainda ser extraídos «cobre, chumbo, zinco e minerais associados».

De acordo com o ministério, as contrapartidas para o Estado vão ser de «quatro por cento» do valor de produção no terceiro ano de contrato.

Posteriormente, caso seja requerida e atribuída à “joint-venture” a concessão definitiva da exploração mineira naquele local, sublinhou, o Estado português vai continuar a ficar com quatro por cento do valor de produção.

A concessão definitiva da extracção de ouro naquela zona alentejana «ficará sempre sujeita às condições e respectiva aprovação da Avaliação de Impacto Ambiental», ressalvou ainda o Ministério da Economia.

Nestes três anos de concessão experimental, a Colt Resources vai efectuar, por exemplo, sondagens, reabertura de galerias, amostragens de grande volume, testes piloto, cálculo de reservas e planeamento de exploração mineira.

Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Outubro 25, 2011, 08:16:45 pm
Citação de: "Lusitano89"
Ouro no Alentejo explorado por empresas canadiana e australiana

De acordo com o ministério, as contrapartidas para o Estado vão ser de «quatro por cento» do valor de produção no terceiro ano de contrato.

Posteriormente, caso seja requerida e atribuída à “joint-venture” a concessão definitiva da exploração mineira naquele local, sublinhou, o Estado português vai continuar a ficar com quatro por cento do valor de produção.Lusa
Confesso que nao estou muito inteirado deste sector, mas 4% nao é demasiado pouco? Compreendo que o estado só possa ter 4% a partir do terceiro ano, mas depois depois devia ter mais.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: PedroI em Outubro 27, 2011, 11:41:18 am
Caro Miguel,

O lucro para o Estado neste tipo de negócios de concessão não pode ser visto linearmente sejam minas, poços de petróleo ou terminais de contentores.

Não obstante 4% poder ser bastante quando se fala de ouro a verdade é que o interesse do Estado é primeiramente económico e só depois financeiro.
Estamos a falar da criação de emprego, aumento de exportações, dos milhares a investir certamente algum será em empresas/produtos nacionais (cimentos na Secil, electricidade na EDP, combustíveis na Galp, papel higienico da Renova, etc, etc,) é tudo riqueza que "fica" cá, no caso das minas do ponto vista ambiental o estado passa grande parte da responsabilidade para o concessionário.
Financeiramente mesmo sendo um investidor estrangeiro vai ter de pagar impostos cá pelo que irá haver todo um retorno de IRC's, IVA's e até IRS's directos e indirectos por detrás de uns a partida míseros 4%.

Cumprimentos,
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Outubro 27, 2011, 06:34:48 pm
Caro Pedro,

entendo perfeitamente tudo o que disse. Mas volto a dizer que 4% acho pouco, independentemente de ser ouro, cobre, lítio, volframio, ferro, etc. Estes recursos naturais nao se renovam e uma vez extraídos ficamos mais pobres, pois no dia em que a sua extraçao nao for rentável a empresa estrangeira fecha as portas, vai para outro lado e nós ficamos outra vez na mesma situaçao. Nos países democráticos onde os privados extraem ouro, qual é a % media que o estado recebe? Pode ser mais ou pode ser menos, mas pelo menos ficamos com a ideia se isto é um bom ou mau negócio. Agora vir um luso-canadiano dizer q uma empresa canadiana vai extrair isto ou aquilo e nós recebemos X, o que é um excelente negócio, parece-me uma negociata á Sócrates.

Eu sou contra a liberalizaçao selvagem do sector primário, a menos que se invista no sector secundário (como referiu acima), para acrescentar valor na cadeia. Caso contrário passamos a ser como África.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 30, 2011, 05:57:43 pm
Governo prepara estratégia para o petróleo e o sector mineiro


O Governo está a preparar uma estratégia para o petróleo e sector mineiro, a apresentar em 2012, disse ontem o subdirector-geral da Direcção-Geral de Energia e Geologia, Carlos Caxaria.

Em declarações à agência Lusa, à margem do Fórum da Indústria Extractiva que hoje decorre na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Carlos Caxaria defendeu que “o esforço de prospeção de petróleo será inevitavelmente acelerado no momento da primeira descoberta”.

“No dia que Portugal tenha a sorte de ter uma primeira descoberta, não temos que andar à procura de empresas para vir investir, elas vêm a correr atrás de nós e as próprias condições negociais poderão ser optimizadas”, antecipou.

“Vai haver uma estratégia que já está a ser preparada por este Governo. O anterior também já a tinha começado a fixar, mas depois não teve tempo para a concretizar. Durante 2012, teremos essa estratégia para o petróleo e sector mineiro cá fora”, adiantou à Lusa.

Para Carlos Caxaria, é preciso “muito bom senso” e não se podem “ter atitudes que levam as empresas a ir embora, porque há muito sítio em todo o mundo onde esse dinheiro pode ser gasto, que não em Portugal”.

“Nós temos que acarinhar as empresas, criar-lhes condições administrativas para que não haja perdas de tempo estéreis”, defendeu.

O responsável falou da empresa brasileira Petrobrás, que “tem outros trabalhos à escala global, onde tem os equipamentos a operar”, aprofundando em Portugal “o conhecimento científico na área da geofísica, da sísmica 3D, identificando alvos para que dentro de dois, três anos possa vir furar esses alvos que entretanto foram selecionados”.

“Nós confiamos muito na Petrobrás, é das mais experientes à escala global. Estamos convictos que vamos ter uma surpresa positiva, a médio, longo prazo”, confessou.

Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Malagueta em Novembro 03, 2011, 09:12:01 am
O Governo assinou hoje com sete empresas dez contratos para a exploração de minérios metálicos no País, no valor de 8,6 milhões de euros.

Na concessão experimental de ouro, situado nos concelhos de Montemor-o-Novo e Évora, o investimento previsto nos próximos três anos é de 3 milhões de euros.

Os restantes 5,6 milhões de euros são o investimento previsto para os projectos de prospecção e pesquisa.

A anteceder a assinatura dos contratos, o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, destacou a importância do sector mineiro, sublinhando que a aposta nestes "recursos muito valiosos" terão também um impacto nas regiões onde serão desenvolvidos, trazendo "novas e melhores condições de vida para as populações".

Santos Pereira sublinhou várias vezes o "potencial do sector mineiro" como motor para o desenvolvimento económico e das regiões, destacando que o Governo está interessado "em agilizar investimentos".

No entanto, salientou que nestes projectos serão sempre garantidas as melhores condições de contrapartidas para Portugal.

No final do evento, o secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, que também participou na cerimónia, disse aos jornalistas que a Colt, a empresa que vai explorar ouro, vai pagar ao Estado 'royalties' de 4 por cento a partir do terceiro ano do projecto.

Questionado pelos jornalistas se o Governo admite rever contratos, Henrique Gomes disse: "Há intenção, quanto possível, em renegociar outros contratos", dando como exemplo a renegociação recente com a Repsol.

O ministro da Economia e do Emprego salientou que estes investimentos "são muito importantes para o país".

O sector mineiro "é um dos motores da reforma económica que estamos apostados", permite a "criação de postos de trabalho, aumento da receita fiscal", têm impacto nas exportações e reduzem "a dependência de matérias-primas que vêm de fora", numa altura em que os preços têm vindo a subir, adiantou o ministro.

Na assinatura estiveram as empresas Iberian Resources/Colt Resources, uma concessão experimental para ouro, prata, cobre, chumbo, zinco e minerais associados, nos concelhos de Montemor-o-Novo e Évora, a CPF -- Companhia Portuguesa do Ferro, que irá fazer prospecção e pesquisa de ferro e minerais associados em Torre do Moncorvo e Freixo de Estada à Cinta, e a Maepa, que irá pesquisar ouro, prata, cobre, chumbo e zinco nos concelhos algarvios de Aljezur, Monchique e Portimão.

Além disso, a Eurocolt Resources assinou ainda dois contratos para prospecção e pesquisa, um para ouro, prata, cobre, chumbo, zinco e metais associados em Montemor-o-Novo, Évora, Viana do Alentejo, Vendas Novas e Alcácer do Sal, e o outro de antimónio, arsénio, cobre, lítio, entre outros minerais, em várias regiões como Tabuaço, São João da Pesqueira, Moimenta da Beira Vila Nova de Foz Côa.

A Minaport - Minas de Portugal assinou dois contratos. Um para as regiões de Oleiros, Fundão, Castelo Branco, Vila Velha de Rodão e
Proença-a-Nova (prospecção e pesquisa de cobre, volfrâmio, antimónio, ouro e prata), e outro para ser desenvolvido em Barrancos e Moura (cobre, zinco, chumbo, ouro e prata".

A PANNN irá desenvolver a sua pesquisa e prospecção na Covilhã e Fundão (lítio, volfrâmio, rubídio, cobre, ouro, prata, entre outros), tendo assinado dois contratos - um para a área do Fundão e outro para Argemela.

A Renoeste, que assinou uma adenda contratual, irá explorar na salgema no concelho do Pombal, na área do Carriço. Este último projecto tem "subjacente a criação de condições que viabilizem sinergias para o armazenamento subterrâneo de gás natural", refere uma nota do ministério
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 16, 2011, 07:24:14 pm
China, Rússia e Alemanha vão fazer prospecção no mar dos Açores


Três países foram autorizados a realizar trabalhos de prospecção subaquática no mar dos Açores, tendo em vista procurar minerais preciosos, como o cobre, revelou hoje o director do departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores. Ricardo Serrão Santos, que falava na Horta, Faial, numa palestra sobre 'Uso Sustentável do Mar', especificou que a Rússia, a China e a Alemanha são os países que já terão recebido autorização para efectuar prospeção subaquática no mar do arquipélago, junto às ilhas e à Dorsal Média Atlântica, situada a sul dos Açores.

«Estamos a acompanhar este processo com planos de conservação», afirmou o investigador, destacando que se trata de processos que exigem grandes cuidados.

Ricardo Serrão Santos frisou que «há um grande interesse neste momento» pela exploração comercial do fundo do mar, mesmo em locais de grandes profundidades, como acontece ao largo do arquipélago, onde estão situadas as fontes hidrotermais 'Lucky Strike', 'Menez Gwen' e 'Raibow'.

Nesse sentido, salientou que a exploração de cobre no mar profundo «é, neste momento, rentável» em zonas como o Oceano Pacífico, onde estão instaladas empresas a efectuar exploração mineral a cerca de mil metros de profundidade.

O director do Departamento de Oceanografia e Pescas defendeu, no entanto, que é necessário «compatibilizar as questões económicas e de exploração com a conservação desses ambientes» para evitar eventuais atentados ambientais nos locais de prospecção e exploração mineral.

O investigador recordou que a procura de cobre é tão grande, mesmo em Portugal, que quase todos os dias surgem notícias dando conta de «roubos de cabos» para comercializar o cobre.

A eventual prospecção mineral no mar dos Açores continua a gerar, no entanto, muitas dúvidas entre os cientistas e investigadores ligados ao sector, mas também no executivo regional.

Frederico Cardigos, director regional dos Assuntos do Mar, afirmou hoje que «é absolutamente determinante a utilização sustentável do mar» dos Açores, acrescentando que as autoridades açorianas conhecem «perfeitamente o enquadramento de algumas actividades que são realizadas, que têm níveis de sustentabilidade adequados», mas admitiu que são «necessários mais dados» para questões relacionadas com a prospecção do mar profundo.

A palestra hoje realizada na Horta, integrada nas comemorações do Dia Nacional do Mar, contou também com a participação de Steve Scott, investigador da Universidade de Toronto, no Canadá, e de Pierre-Marie Sarradin, do IFERMER, um instituto francês de investigação marinha.

Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 06, 2012, 07:43:23 pm
Companhia Portuguesa de Ferro vai investir 1 Milhão de €€ em três anos


A Companhia Portuguesa de Ferro vai investir um milhão de euros, nos próximos três anos, em prospeção de minério de ferro na área mineira de Carviçais II, em Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta.

Em declarações à Agência Lusa, Nuno Costa Gomes, gerente da CPF, disse, contudo, não haver qualquer incompatibilidade entre esta exploração e o anunciado investimento de mil milhões de euros da empresa australiana Rio Tinto numa zona vizinha.

"A prospeção e pesquisa está a decorrer como planeado e dentro de três anos poderá surgir uma nova etapa em todo o processo. Só vemos vantagens, ou até mesmo uma complementaridade, com a entrada de uma empresa como a Rio Tinto em todo o processo", disse Nuno Costa Gomes.

Os australianos da Rio Tinto, maior empresa de minas do mundo, querem investir cerca de mil milhões de euros na exploração de ferro em Portugal, em particular na área do concelho transmontano de Torre de Moncorvo.

Segundo Nuno Costa Gomes, o projeto da CPF não tem resultados imediatos. O empresário salientou ainda o facto de que todos os investimentos no setor mineiro são efetuados "a muito longo prazo".

"Devido à crise financeira internacional, a malha está muito mais apertada para a viabilização de projetos desta natureza", acrescentou.

No terreno está já uma equipa de geólogos e outros profissionais, em trabalhos de análise e prospeção que durará três anos, podendo haver prolongamento do prazo.

A CPF tem associada uma empresa de direito norueguesa a este projeto de exploração mineira.

Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Fevereiro 02, 2012, 01:39:28 pm
Governo revê contrato das Minas da Panasqueira

O Ministerio da economia está a ultimar as negociaçoes para a revisão dos contratos das Minas da Panasqueira.

Esta medida insere-se na estratéfgia do Governo de alteração das obrigações contratuais de investimento na fase de prospecção e desenvolvimento dos recursos geológicos nacionais e dos 'royalties' pagos pelas empresas.

Fora deste âmbito ficam as recentes concessões para pesquisa e exploração petrolífera, projectos que têm à frente empresas como a Galp, Petroberas e Partex.

O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, durante o seminário sobre o potencial petrolífero em Portugal.

"Estamos a fazer um levantamento de todos os projectos existentes em Portugal", refere o governante, acrescentando que "os contratos existentes têm de ser equilibrados e justos. Devem ser revistos à luz dos actuais critérios internacionais".

http://economico.sapo.pt/noticias/gover ... 37280.html (http://economico.sapo.pt/noticias/governo-reve-contrato-das-minas-da-panasqueira_137280.html)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Fevereiro 04, 2012, 09:19:22 pm
Uma reportagem sobre a extraçao de mármore.

http://aeiou.expresso.pt/pedra-portugue ... do=f702765 (http://aeiou.expresso.pt/pedra-portuguesa-a-conquista-do-mundo=f702765)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: HSMW em Fevereiro 05, 2012, 12:59:38 am
O mesmo mármore que vai para Itália em blocos, é cortado e leva uma marca italiana...
E volta para ser vendido em Portugal.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Março 22, 2012, 09:07:26 pm
Governo assina novos contratos para minas

O Governo lança amanhã novos concursos para explorações mineiras em Portugal, anunciou hoje o Ministério da Economia. E assina novos contratos para prospecção e exploração de recursos minerais.

Amanhã decorrerá a "cerimónia pública de lançamento de novos concursos de recursos minerais metálicos", assim como à "assinatura de novos contratos de prospecção e pesquisa e exploração de Recursos Minerais Metálicos e Hidrominerais".

Na convocatória hoje divulgada o Ministério da Economia não avança que contratos irá assinar e acontece depois de terem sido colocadas dúvidas, na imprensa, sobre o possível projecto de exploração das minas de ferro em Moncorvo pela Rio Tinto.

No entanto, segundo dados da Direcção-Geral de Geologia foram concedidas, já este ano, para pesquisa e prospecção de feldspato e lítio à José Aldeia Lagoa & Filhos e à Imerys, nas regiões de, respectivamente, nos concelhos da Guarda e Vila Real. à Aldeia & Irmãos foi concedida licença para pesquisar caulino em Boticas.

Em fase de publicitação, estão as licenças à Femica para pesquisar quartzo, feldspato e lítio na região do concelho de Viana do Castelo. E em análise está um pedido de licença da Minerália para pesquisar vários minerais, nomeadamente ouro e prata, nos distritos do Porto e Braga.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=546361 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=546361)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: HSMW em Março 23, 2012, 04:31:26 pm
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Março 26, 2012, 07:24:20 pm
Portugal volta a extrair ouro 20 anos depois


A mina de Jales, em Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes), a única em Portugal onde se explorou ouro, vai reabrir, duas décadas depois de encerrar.
O anúncio foi feito ao SOL pelo responsável do departamento de Minas e Pedreiras, da Direcção-geral de Energia e Geologia (DGEG), Luis Martins, adiantando que no final deste mês deverá ser «lançado o concurso público» para as empresas interessadas em explorar aquele metal precioso naquela mina.

«O ouro que for extraído em Portugal deverá ter como destino o emergente mercado asiático», prevê Luis Martins, acrescentando que há já vários grupos interessados.

É o caso, entre muitas outras, de duas empresas canadianas: a Redcorp Ventures, uma das principais a operar no mercado mineiro em Portugal, e a Colt Resources. Na corrida deverá estar ainda a a portuguesa Almada Mining, também com capitais canadianos. De acordo com o responsável da DGEG «numa primeira fase o concurso será aberto só às empresas de extracção mineira que já mostraram interesse na Mina de Jales», mas depois será aberto a outros candidatos.

Para o país, as vantagens do regresso à exploração de ouro, numa altura em que a cotação do metal precioso atinge máximos históricos, são óbvias. «Além de todos os empregos directos e indirectos ligados à exploração, há as exportações, em que o país está a ter dificuldade. E este Governo já assumiu que as exportações são a saída da crise», diz Luís Martins.

 
Crescem pedidos de prospecção do metal

Aliás, no último ano aumentaram os pedidos de prospecção de ouro feitos à DGEG. E dispararam os investimentos de empresas privadas em projectos de pesquisa deste metal precioso. «Há, por exemplo, um projecto para prospecção no Valongo, da Almada Mining, em vias de ser aprovado; outro em Penedono e outro ainda em Vila do Rei, da inglesa MedGold», diz Luis Martins, esclarecendo que este departamento governamental não tem ainda os números conclusivos de 2011. «Mas temos a clara ideia de que o investimento aumentou ao nível dos melhores anos», garante.

Segundos os dados da DGEG, aos quais o SOL teve acesso, no melhor ano, 2005, em metais preciosos no país, foram investidos 2.944.458 euros.

A maioria das empresas mineiras a operar no país são, porém, estrangeiras, refere Daniel Oliveira, investigador do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG). É que os investimentos são bastante avultados e tem de se perder pelo menos dois anos para detectar se é viável explorar uma mina.

Por exemplo, a Colt Resources começou trabalhos de pesquisa de ouro em 2010 perto de Montemor-o-Novo, no Escoural, e só agora surgem os primeiros resultados do investimento. «E apenas dentro de seis meses a um ano, saberemos se vamos conseguir extrair ouro destas minas e se vamos avançar», explica ao SOL Nikolas Perrault, presidente da empresa que há cinco anos chegou ao país.

O líder da Colt Resources aproveita para sublinhar que «a tradição mineira em Portugal, que remonta há 200 anos, tem sido negligenciada nos tempos modernos». Nikolas Perrault diz que Montemor «era uma oportunidade em que ninguém reparava». E que agora promete dar lucros: «Tudo indica que vamos encontrar reservas assinaláveis em Montemor. Todos os dias temos dados novos promissores. Mas é cedo».

O presidente da empresa admite, no entanto, que o negócio é caro: «o investimento necessário à exploração será no mínimo de 10 milhões a 15 milhões de dólares ».


«Há grande potencial em Jales»

A Redcorp Ventures, que, do mesmo modo, mostrou interesse na prospecção na Mina de Jales, também adianta que a sua aposta passapelo ouro português. Depois de anos dedicados a outros metais, tem agora dois projectos para extrair ouro no país: um na Seara Velha, perto de Boticas, em Vila Real; e o de Jales.

«As Minas de Jales foram as maiores de ouro em Portugal e o projecto Jales/ Gralheira tem um potencial mínimo total de 300 mil onças de ouro (com um teor médio de 8,9 gramas por tonelada de ouro). Há um grande potencial», explica João Barros, director da Redcorp em Portugal.

O outro projecto da empresa é em Boticas, na Mina da Seara Velha, «Corresponde às antigas minas de ouro denominadas Limarinho e Poço das Freitas, cuja antiga concessionária Kernow Resources abandonou, e cujos estudos já realizados revelam um grande potencial em termos de reservas de ouro», adianta ainda João Barros.

Para os dois projectos, a Redcorp prevê, em termos de prospecção, um investimento de um milhão e 800 mil euros, só nos primeiros três primeiros anos.

Para Daniel Oliveira, o facto de o ouro ter uma cotação «tão alta» é uma oportunidade para Portugal. O responsável do LNEG lembra: «Não foi por acaso que os romanos investiram em Portugal. Já eles tinham minas de ouro abertas».

SOL
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Março 27, 2012, 08:27:18 am
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Mohave acredita que há seis milhões de metros cúbicos de gás no subsolo de Alcobaça

A Mohave Oil and Gas Corporation acredita que o subsolo de Alcobaça posa ter volumes potenciais de gás na ordem dos cinco a seis milhões de metros cúbicos, anunciou a empresa que pretende iniciar a prospecção na cidade.
"Identificámos uma estrutura geológica que poderá revelar reservatórios com volumes potenciais de gás na ordem dos cinco a seis milhões de metros cúbicos", anunciou Rui Vieira, geólogo da Mohave Oil and Gas Corporation.

De acordo com o geólogo, se as expectativas da empresa se confirmarem, tal poderá significar uma produção de "dois milhões de metros cúbicos de gás por dia, durante cerca de oito a dez anos".

Rui Vieira falava em Alcobaça, no âmbito de uma reunião pública para explicar à população as pretensões da empresa, que solicitou à Câmara Municipal autorização para efectuar um furo de prospecção no perímetro urbano da cidade.

O furo, a realizar a 700 metros de distância do Mosteiro (monumento classificado) é, segundo o geólogo, "a única forma de confirmar" a existência ou não de gás.

As sondagens, que aguardam apenas o aval da câmara (que irá revelar a sua posição na próxima semana), deverão ser realizadas a 3.000 metros de profundidade e decorrer durante 120 dias, 24 horas por dia.

Os incómodos para a população eram os maiores receios manifestados pela autarquia, mas a empresa assegurou hoje que os trabalhos não envolvem qualquer perigo para as habitações próximas do furo e que o equipamento a utilizar será "silencioso".

A empresa assegurou ainda que irá contactar com todos os moradores na zona do furo para os informar sobre os procedimentos que irá seguir e que, "se necessário, serão colocadas barreiras acústicas" para minimizar os impactos.

Na reunião estiveram presentes responsáveis da Direcção-Geral de Energia e Geologia, que reafirmaram não haver qualquer problema com a perfuração no perímetro urbano.

O Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) não participou no esclarecimento público. No entanto, o presidente da câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, anunciou que o organismo fez chegar à autarquia "uma posição em que não se opõe às perfurações, mas exige que os trabalhos sejam acompanhados por arqueólogos".

No âmbito do contrato de concessão, a empresa já realizou trabalhos de prospecção geofísica numa área de 160 quilómetros quadrados, repartidos por várias freguesias no concelho de Alcobaça.

Anteriormente haviam sido realizadas análises sísmicas em algumas freguesias e na cidade de Alcobaça, onde a câmara autorizou os trabalhos, depois de obtido parecer favorável do IGESPAR e ter estipulado um raio de protecção de 500 metros ao Mosteiro de Alcobaça.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=547145 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=547145)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Abril 10, 2012, 10:16:47 pm
Repsol procura parceiros para explorar gás no Algarve


A petrolífera espanhola Repsol está a procura de parceiros para partilhar o risco de investimento da exploração de gás no Algarve.

A garantia foi dada hoje por Max Torres, director para o norte de África e Europa da Repsol, durante o encontro sobre recursos energéticos em Portugal promovido pelo lide - Grupo de Líderes Empresariais.
 
A Repsol detém a concessão dos blocos 13 e 14 da exploração de gás natural no Algarve, que representa um investimento total de cerca de 83 milhões de dólares, dos quais 65 milhões estão relacionados com a perfuração de um poço de gás.
 
O consórcio inicial era constituído em 70% pela Repsol e em 30'% pela RWE, mas o grupo alemão acabaria por abandonar o projecto devido ao seu programa de reestruturação de activos.
 
Na mesma ocasião, Max Torres mostrou-se convicto da existência de gás natural na região devido as características geológicas que são semelhantes as duas explorações que a Repsol tem na zona de Cádis.

Diário Económico
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Abril 21, 2012, 04:17:18 pm
Portugal pode retomar produção de ouro em 2016


A valorização do ouro tem atraído a Portugal investidores interessados em tentar extrair o metal de minas que foram há muito abandonadas, estando o Governo empenhado em responder à procura, podendo a produção recomeçar em 2016. O vice-director-geral da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), Carlos Caxaria, disse à Lusa que Portugal tem várias zonas mineralizadas de ouro, estando previsto que, até meados deste ano, existam três concessões de ouro de índole experimental, em Montemor-o-Novo e Évora, Banjas (Paredes) e em Jales/Gralheira (Vila Pouca de Aguiar).

A exploração experimental de ouro nos concelhos de Évora e Montemor-o-Novo, concessionada, em Novembro, à ‘joint-venture’ Colt Resources/Iberian Resources, que vai investir cerca de três milhões de euros, marcou o arranque de um processo que o atual Executivo está empenhado em promover.

«Estamos a retomar um sector que acabou nos anos 90. Desde então, houve um período em que a produção de ouro [em Portugal] adormeceu», explicou Carlos Caxaria, considerando que a subida do preço do ouro - as cotações duplicaram nos últimos três anos e quintuplicaram desde 1999 - foi o principal factor para o interesse de várias empresas internacionais.

Segundo o responsável da DGEG, entidade do Ministério da Economia que tem a tutela das políticas relativas aos recursos geológicos, «a evolução dos preços transformou jazigos que anteriormente não eram economicamente viáveis, em jazigos com viabilidade económica».

Neste âmbito, o Governo prepara-se para fechar «em breve» um contrato com a empresa Almada Mining para a concessão experimental de ouro em Banjas, no concelho de Paredes, em moldes semelhantes ao assinado, em Novembro, para o Alentejo.

Para Julho, está agendado o anúncio do vencedor do contrato de concessão de ouro em Jales/Gralheira, em Vila Pouca de Aguiar, as últimas minas de onde se extraiu ouro em Portugal, ao qual se candidataram mais de dez propostas, dispostas a investir cerca de 1,5 milhões de euros.

A atribuição da concessão para exploração experimental é feita por período de três anos, podendo então passar de experimental a definitiva em 2016, o que implica a assinatura de novos contratos, que prevêem o pagamento de "royalties" (taxas sobre a produção) pelas empresas ao Estado.

De acordo com Carlos Caxaria, «é preciso perceber que o sector mineiro é um sector de médio e de longo prazo, com um risco de investimento muito elevado, de 95 por cento ou mesmo superior», realçando que a DGEG «tem uma postura proactiva de trabalhar com os investidores que batem à porta».

«Temos uma máquina montada para responder a esta procura», declarou, adiantando que, em fase embrionária, «existem outros projectos», que podem pôr Portugal, de novo, na rota da produção de ouro.

Há um mês, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, defendeu que «os recursos geológicos portugueses, nomeadamente no sector mineiro, são recursos que têm que ser valorizado».

«Estimamos que no nosso subsolo existam recursos superiores a tudo aquilo que produzimos num ano, ou seja, mais de 170 mil milhões de euros [valor do Produto Interno Bruto]», declarou à margem da assinatura de oito novos contratos de prospecção e exploração de minérios metálicos e de mais sete para exploração de águas minerais.

Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Maio 02, 2012, 07:18:20 pm
Empresa canadiana detecta Ouro no Alentejo e prevê iniciar extracção em 2014


A extracção de ouro no Alentejo poderá arrancar em 2014, segundo a empresa canadiana que desenvolve as prospecções e está a detectar a existência de «mineralizações de alto teor», revelou hoje um responsável da Colt Resources. «As nossas previsões internas [do início da exploração industrial] apontam para 2014», disse hoje à Agência Lusa o Chief Executive Officer (CEO) da Colt Resources, Nikolas Perrault.

Em Novembro do ano passado, a Colt Resources, através de uma joint-venture com a Iberian Resources, assinou com o Governo português um acordo para a concessão experimental de ouro nas freguesias alentejanas de Santiago do Escoural (Montemor-o-Novo) e Nossa Senhora da Boa-Fé (Évora).

Na altura, um responsável da empresa criada em Portugal para avançar com o projecto, a Eurocolt, adiantou que o investimento previsto ronda os três milhões de euros, durante três anos.

Contactado hoje pela Lusa, o CEO da canadiana Colt Resources lembrou que os trabalhos de perfuração estão a decorrer «desde Dezembro» passado, na zona da Boa-Fé.

«Os trabalhos de perfuração estão a decorrer de forma muito activa. Temos cinco sondas de perfuração a funcionar e planeamos aumentar este número durante o verão», adiantou Nikolas Perrault.

De acordo com o CEO, o projecto «tem vindo a exceder as expectativas» da empresa, já que as perfurações efectuadas até ao momento «permitiram demonstrar e confirmar a existência de um sistema mineralizado», com «alto teor» de ouro, «mesmo à superfície».

«Estamos cada vez mais confiantes de que a exploração industrial é viável», frisou, acrescentando que, «até final de Junho» a empresa pretende «publicar uma estimativa inicial de recursos do projecto».

Esta estimativa, continuou, vai «incorporar todo o trabalho que for feito até essa altura», além de incluir ainda «a validação dos dados históricos» que existiam sobre essa zona mineira.

«No segundo semestre do ano, até Dezembro, vamos trabalhar para preparar uma segunda estimativa de recursos e vamos também centrar atenções em alvos regionais que também identificámos, fora da principal área mineira» que, no passado, foi alvo de prospecções, adiantou.

«Estamos a planear acelerar o trabalho» em torno da exploração mineira de ouro no Alentejo, disse ainda Nikolas Perrault, insistindo: «Até agora, estamos muito satisfeitos».

Em relação à estimativa de arrancar com a extracção de ouro em 2014, o CEO da Colt Resources explicou que esse é o prazo que a empresa considera como «suficiente» para, até lá, desenvolver os trabalhos e avaliar e definir «qual a dimensão da operação» industrial.

Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Maio 07, 2012, 02:03:58 pm
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Mundial do Qatar pode ter granito português

Três empresas de extração e transformação de granito do Marco de Canaveses estão a participar, no Qatar, numa feira de construção, onde procuram negócios com as infraestruturas do mundial de futebol de 2022.

"Este é um mercado com um potencial de crescimento enorme, principalmente porque está prevista, nos próximos anos, a construção de grandes obras", disse à Lusa Cláudio Ferreira, da Associação Empresarial do Marco de Canaveses.

Segundo o dirigente, "esta é uma enorme oportunidade", frisando que os empresários do Marco de Canaveses estão interessados no potencial de venda de granito, que pode ser um material de construção nobre nas novas infraestruturas, como estádios, o aeroporto e o metro.

No certame Projetc Qatar 2012 estão presentes 17 empresas portuguesas do setor da construção.

Na área específica dos granitos, Portugal está representado pelas três empresas do Marco de Canaveses, que assim se estreiam naquele mercado.

Cláudio Ferreira disse à Lusa que no evento, nomeadamente pelos espaços de exposição das empresas do Marco de Canaveses, têm passado muito potenciais clientes com elevada capacidade financeira.

"Todos ficam impressionados com a qualidade do nosso granito. A maior parte deles nem conhecia e fazem muitas perguntas", contou.

Nesse sentido, o dirigente revelou que está previsto um jantar com empresários locais, no qual se espera que possam surgir oportunidades de negócio.

"Estamos muito otimistas", admitiu à Lusa.

Os mercados dos países do Golfo Pérsico, como o Qatar, a Arábia Saudita e o Dubai, constituem, segundo a AEMC, oportunidades de negócio.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: chaimites em Maio 08, 2012, 12:33:37 am
La dizia o meu avõ olhando para a Serra d`Arga repleta de penedos de granito: "isto é a riqueza nacional, e ninguem quer saber disto!"

O Homem estava cheio de razão. :D
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Junho 14, 2012, 03:51:52 pm
«Graus impressionantes de ouro» encontrados no Alentejo

A empresa canadiana Colt Resources, que desenvolve prospeções de ouro no Alentejo, revelou esta quinta-feira que os resultados das perfurações na Boa-Fé, no concelho de Évora, evidenciam «graus impressionantes» daquele metal precioso, «perto da superfície».

Em comunicado enviado à Agência Lusa, e já divulgado no Canadá, a empresa anuncia já ter recebido os resultados analíticos finais correspondentes a amostras das sete sondas de perfuração instaladas naquela zona alentejana.

A Colt Resources, através de uma joint-venture com a Iberian Resources, assinou com o Governo português um acordo para a concessão experimental de ouro nas freguesias de Santiago do Escoural (Montemor-o-Novo) e de Nossa Senhora da Boa-Fé (Évora).

Já em maio, o Chief Executive Officer (CEO) da Colt Resources, Nikolas Perrault, tinha realçado à Lusa que as perfurações na Boa-Fé estavam a detetar «mineralizações de alto teor» de ouro, admitindo que a extração industrial poderá vir a arrancar em 2014.

«Estes dados serão incluídos na estimativa inicial de recursos do projeto, que deverá ficar concluída até final do mês», referiu.

O CEO da Colt adianta ainda que, devido à «confiança» da empresa no «potencial regional» de ouro, foi iniciada «a campanha de exploração alargada na concessão de Montemor-o-Novo», que possui um total de 47 quilómetros quadrados e integra a licença na zona da Boa-Fé.

Os «resultados iniciais» desta campanha na serra de Monfurado, que vai incorporar dados geofísicos recebidos recentemente pela empresa, «têm sido positivos», destacou o responsável.

Os trabalhos, assegurou, vão prosseguir com a realização de perfurações mais profundas para «testar a extensão de depósitos [minerais de ouro] conhecidos».

Além disso, a empresa garante, no comunicado, que vai continuar com a «fase avançada» da sua «campanha de exploração» na Boa-Fé, com várias perfurações.

O acordo com o Governo português, para a concessão experimental de ouro nas duas freguesias alentejanas, foi assinado em novembro passado, num investimento previsto de três milhões de euros, durante três anos.

A perfuração na Boa-Fé está a decorrer «desde dezembro», disse à Lusa Nikolas Perrault, frisando que o projeto «tem vindo a exceder as expetativas» e que a empresa está «cada vez mais confiante» de que «é viável» a exploração industrial de ouro no Alentejo.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/emp ... -1728.html (http://www.agenciafinanceira.iol.pt/empresas/ouro-alentejo-colt-resources-evora/1355164-1728.html)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Malagueta em Junho 19, 2012, 09:42:22 am
250 milhões de euros para procurar minérios em Portugal


Quando à superfície tudo parece esgotadoé hora de esgravatar à procura riquezas.

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Enquanto os mineiros da vizinha Espanha, nas Astúrias, continuam as suas acções de protesto contra os cortes orçamentais para o sector, que poderão deixar muitos no desemprego, em Portugal o governo reforça a sua aposta. Um ponto para a prospecção de metais, zero para a exploração de carvão.

 

Para já o governo duplicou para perto de 250 milhões de euros a sua aposta na indústria mineira, ao assinar uma série de concessões e lançar concursos para a prospecção de minérios em Portugal.

 

O investimento é de 125 milhões de euros nos próximos cinco anos e mais outro tanto para as concessões já em curso, de acordo com dados do Ministério da Economia.

 

A indústria extractiva já teve melhores dias, mas nos últimos anos tem andado um pouco por baixo, em parte também devido a ser forçada a cumprir normas ecológicas. Quando parecia que estava para acabar, eis que surgem novos investidores e apoios que vêm dar outro fôlego ao sector.

 

O património mineiro português é vasto e encontra-se disperso por 80 locais a nível nacional, envolvendo parceiros públicos e privados, entre investidores, universidades e laboratórios de investigação.

 

À escala mundial, estima-se que os recursos minerais portugueses sejam reduzidos, cerca de 0,9% do total. À escala europeia, contudo, os números mudam de figura, e Portugal pode representar neste sector entre 6% e 13%.

 

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, disse que o sector mineiro “é um dos motores da reforma económica em que estamos apostados”, uma vez que permite “a criação de postos de trabalho, aumento da receita fiscal e redução da dependência das matérias-primas que vêm de fora”, cujos preços têm vindo a aumentar consideravelmente ao longo dos últimos anos. Ao mesmo tempo, e ainda de acordo com o ministro da Economia, “a exploração destes recursos muito valiosos” tem também um forte impacto local, criando “novas e melhores condições de vida para as populações”.

 

A riqueza está longe de se encontrar apenas em terra firme e há grandes esperanças depositadas no fundo do mar, de acordo com declarações ao i prestadas pelo secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu. Das concessões recentemente assinadas pelo governo, mais de dez são para a pesquisa e prospecção de metais diversos, como ouro, prata, cobre, zinco, estanho ou volfrâmio, sendo os restantes para exploração de termas e águas minerais.

 

Um dos contratos envolvem regiões de norte a sul de Portugal. Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta (ferro e metais associados), Aljezur, Monchique e Portimão (ouro, prata, cobre, chumbo, zinco), Montemor-o-Novo, Évora, Viana do Castelo, Vendas Novas e Alcácer do Sal (ouro, prata, cobre, chumbo, zinco), Tabuaço, São João da Pesqueira, Moimenta da Beira e Vila Nova de Foz Côa (antimónio, arsénio, cobre e lítio), Oleiros, Fundão, Castelo Branco, Vila-Velha de Ródão e Poença-a-Nova (cobre, volfrâmio, antimónio, ouro e prata), Barrancos e Moura (cobre, zinco, chumbo, ouro e prata), Covilhã, Fundão e Serra da Argamela (lítio, volfrâmio, rubídio, cobre, ouro e prata) e Pombal (sal gema).

 

INVESTIMENTO PRIVADO Muitos queixam-se que há pouco investimento privado no sector e que bom seria se não fosse necessária a muleta do Estado, falando também na importância da pré--transformação destas matérias-primas.

 

No entanto, no início do ano, os australianos da Rio Tinto, a maior empresa de minas do mundo, anunciaram querer investir mil milhões de euros na exploração de ferro em Portugal, nas minas de Torre de Moncorvo, em Trás-os-Montes, um dos maiores depósitos de minério de ferro da Europa, com recursos medidos e indicados de 552 milhões de toneladas.

 

Um investimento desta natureza permite que uma pequena vila se transforme numa autêntica cidade, sendo provável que o investimento demore cerca de dez anos a concretizar até começar a laborar.

 

Actualmente, Portugal tem quatro minas (em profundidade) em exploração: Panasqueira (volfrâmio), Aljustrel (cobre), Neves-Corvo (cobre) e Loulé (sal gema), para além de algumas minas a céu aberto, nomeadamente de lítio, na Guarda, sendo que Portugal é actualmente o quinto produtor mundial deste minério.

 

Os sectores geológico e mineiro representam indústrias com elevado potencial para Portugal, “que tem recursos riquíssimos e que temos de aproveitar. As novas tecnologias permitem aproveitar recursos que antes não era possível e descobrir outros que nem sabíamos que existiam”, acredita Álvaro Santos Pereira.


2012-06-18 07:50
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Junho 29, 2012, 08:59:08 pm
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Galp paga 4,3 milhões de dólares para entrar em concessão nacional

petrolífera Galp Energia adquiriu uma participação de 50% no consórcio de exploração da concessão Aljubarrota-3, onde se pesquisa a existência de gás natural.

Para entrar no projecto, a Galp Energia assume metade dos custos do desenvolvimento. A fatia dos encargos relativos às actividades de exploração já levadas a cabo (custos afundados) ascende a 4,3 milhões de dólares (3,4 milhões de euros) para a petrolífera portuguesa, segundo comunicado publicado junto da CMVM. Com os custos decorrentes das actividades futuras de exploração, o valor a pagar pela Galp atingirá 7,8 milhões de dólares (6,3 milhões de euros).

A empresa canadiana Porto Energy, operadora do projecto e contraparte da Galp na transacção, diz em comunicado que o encaixe será assim de 7,8 milhões de dólares. Isto porque estão previstos custos de exploração de mais sete milhões de dólares, cabendo à Galp, conforme referido, o pagamento de metade dos encargos (3,5 milhões), respeitantes à perfuração do primeiro poço (Alcobaça #1) desta fase de exploração do Aljubarrota-3.

A cotada liderada por Ferreira de Oliveira ganha, desta forma, exposição a um projecto com 300 mil acres no “onshore” português. Nesta concessão está prevista a perfuração do poço Alcobaça #1, com uma profundidade objectivo de três mil metros. A perfuração deverá começar em final de Agosto e durar entre 45 a 55 dias.

“A Porto Energy permanecerá como operadora durante a perfuração do poço Alcobaça #1, após a qual a Galp Energia terá a opção de se tornar operadora do bloco”, lê-se no comunicado cotada portuguesa.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=565501 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=565501)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Julho 02, 2012, 09:32:19 pm
Sete empresas interessadas nas minas de Jales/Gralheira

Sete empresas manifestaram interesse em apresentar proposta na quinta-feira para a prospecção e pesquisa de ouro em Jales/Gralheira.

Sete empresas manifestaram interesse em apresentar proposta na quinta-feira para a prospecção e pesquisa de ouro em Jales/Gralheira, Vila Pouca de Aguiar, disse hoje fonte da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).

O vice-director-geral da DGEG, Carlos Caxaria, disse à agência Lusa que as propostas serão abertas à frente de todos os interessados e avaliadas e, no mesmo dia, será decidido o vencedor.

O Governo lançou um "procedimento concursal", para a concessão de uma exploração mineira em Jales/Gralheira em Vila Pouca de Aguiar, atribuindo neste caso uma área para prospecção e pesquisa de ouro. O anúncio foi publicado a 19 de Abril em Diário da República (DR), No prazo de 30 dias após a publicação em DR, as empresas interessadas tiveram que notificar a direcção geral do seu interesse em apresentar proposta.

Carlos Caxaria disse que, dentro do prazo estabelecido, sete empresas manifestaram interesse em apresentar proposta na quinta-feira, dia 05 de Julho.

O responsável explicou que o procedimento diz respeito à atribuição de uma área para a exploração experimental pelo período de três anos, e a uma outra área adjacente para prospecção e pesquisa.

No âmbito do procedimento, acrescentou, são exigidos trabalhos mínimos obrigatórios a realizar no período que se traduzem num investimento em trabalhos que rondam os dois milhões de euros.

Contudo, segundo Carlos Caxaria, como este processo contempla a possibilidade de, para além dos trabalhos, se fazerem estimativas de investimento para o futuro, os valores das propostas a apresentar poderão "ser consideravelmente superiores".

Passados os três anos, a empresa que ganhar poderá solicitar uma concessão definitiva e com isso iniciar uma exploração normal. Para o efeito terá que ser preparado e aprovado o respectivo Estudo de Impacte Ambiental (EIA), que incluirá o Plano de Lavra.

"Admitimos que, em caso dos resultados se vierem a verificar positivos, em cinco anos a empresa poderá estar a laborar numa situação de cruzeiro", frisou o responsável.

As minas de Jales, que fecharam em 1992 em Vila Pouca de Aguiar, foram as últimas de onde se extraiu ouro em Portugal.

Com o fim da exploração muitas pessoas ficaram sem os seus empregos e as escombreiras, deixadas a céu aberto, revelaram ser prejudiciais à saúde pública.

Mas, por aqui, o início da exploração é muito mais antigo. As minas de Tresminas terão sido das mais importantes do Império Romano, tanto que eram geridas directamente pela Guarda do Imperador. O auge da exploração de ouro terá ocorrido durante os séculos I e II d.C.

In Diário económico
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 31, 2012, 06:25:47 pm
Indústria mineira será um dos pilares do desenvolvimento económico nos próximos anos


O ministro da Economia mostrou-se hoje convicto de que a indústria mineira será "um dos pilares" do desenvolvimento económico de Portugal nos próximos anos, referindo que prevê atingir mais de 100 contratos de exploração assinados até final deste ano.

A indústria mineira "é um setor que irá contribuir não só para o crescimento económico", mas também para "diminuir" o défice externo português e para o país "apostar ainda mais na criação de emprego", disse Álvaro Santos Pereira, durante uma visita às minas de Aljustrel.

Segundo o ministro, o Governo PSD-CDS/PP, desde que tomou posse, há 14 meses, já aprovou 86 licenças de exploração mineira, "um número sem paralelo desde há muitas décadas em Portugal".

"Só esta semana, o ministério da Economia aprovou oito novas licenças para futuras explorações de cobre, zinco, ouro, prata e volfrâmio" em várias regiões do país, frisou.

Até ao final deste ano, estimou o ministro, o Governo espera aprovar, "pelo menos, mais 20 novos contratos", o que elevará para mais de 100 o número de contratos assinadas desde que o Executivo tomou posse.

"No momento em que o país se prepara para iniciar uma nova estratégia rumo a uma necessária e urgente política de reindustrialização, a área dos recursos geológicos assume um papel de primeiríssima importância", defendeu o ministro.

Por isso, o Governo aprovou, na quinta-feira, em Conselho de Ministros, uma nova estratégia para o setor mineiro, "a primeira desenhada em Portugal nos últimos 30 anos" e "capaz de maximizar o aproveitamento dos nossos recursos geológicos", frisou.

Segundo o ministro, a nova estratégia "contém muitas medidas inovadoras", com destaque para a que prevê a revisão do atual sistema de "royalties" (direitos de concessão), "visando o aumento dos proveitos do Estado na exploração de recursos naturais".

Através desta medida, o Governo espera triplicar, nos próximos anos, os proveitos do Estado na exploração de recursos naturais, que, pelo menos, deverão subir "de 15 para 45 milhões de euros", estimou Álvaro Santos Pereira.

A renegociação de todos os contratos de concessão em vigor que contenham desequilíbrios em desfavor do interesse público e a constituição de um sistema de garantias financeiras que salvaguardem o interesse público em caso de não execução dos investimentos são outras medidas da nova estratégia destacadas pelo ministro.

Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Malagueta em Setembro 04, 2012, 10:52:17 am
Estado ficará com 5% a 9% das receitas das concessões, que prometem criar 200 empregos directos em Portugal
O projecto de prospecção e produção da Mohave e da Galp em Portugal, centrado no gás natural, deverá gerar receitas brutas de 540 milhões de euros por ano, se as perfurações que agora estão a ser feitas tiverem sucesso. Para o Estado reverterá uma parte deste montante, podendo os "royalties" ir dos 5% aos 9%, segundo soube o Negócios. Ou seja, o erário público deverá lucrar 27 a 49 milhões por ano com a produção nacional de hidrocarbonetos. O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, revelou segunda-feira que o plano de desenvolvimento da Mohave prevê um investimento de 230 milhões de euros a cinco anos, com a criação de 200 empregos directos e até 1.400 postos de trabalho indirectos. O plano da petrolífera norte-americana já está no terreno, com a perfuração do poço Alcobaça 1, dentro da área de concessão Aljubarrota 3. Trata-se de um projecto onde a Galp acaba de adquirir uma posição de 50%. Álvaro Santos Pereira visitou ontem a plataforma da "joint venture" em Alcobaça, sublinhando que "a indústria extractiva de petróleo e gás, tal como a mineira, pode criar oportunidades de crescimento e desenvolvimento para o País".
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Setembro 11, 2012, 12:44:27 pm
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Governo cria comissão de avaliação do plano para as minas

O Governo vai criar uma comissão de avaliação do plano de recursos geológicos, no âmbito da estratégia anunciada há duas semanas, que esta terça-feira está publicada no Diário da República, e que o Negócios já tinha avançado.

No âmbito da Estratégia Nacional para os Recursos Geológicos, o Governo vai criar a comissão de avaliação "para apoiar a concretização de algumas das medidas" previstas no plano e para prioritizar as acções a realizar. A comissão "reunirá pessoas de reconhecido mérito e experiência no sector". O Governo garante que esta comissão não terá qualquer encargo para o erário público.

O Governo garante, ainda, que também o gabinete de apoio ao investidor mineiro assim como o grupo de trabalho para a gestão dos projectos (designado PMO - Project Management Office) não terão custos adicionais para as contas públicas, sendo utilizados recursos humanos e meios existentes no Ministério da Economia e Emprego. Por outro lado o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, o Fundo de Coesão e as receitas das comissões mineiras ("royalties") e outros encargos de exploração serão os principais meios de financiamento das medidas e acções previstas no plano mineiro.

No âmbito deste plano estratégico, pretende-se fazer um acompanhamento sistemático da implementação da estratégia, "de modo a que seja possível, sempre que necessário, intervir para maximizar sinergias, corrigir deficiências, reforçar acções ou mesmo alterar enquadramentos ora propostos".

O plano será avaliado todos os anos.

O PMO terá a seu cargo a coordenação e acompanhamento da implementação da estratégia nacional, a elaboração de documentos de suporte e reporte e a comunicação e gestão de mudança.

Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, tem salientado que este é o primeiro plano estratégico para as minas dos últimos 30 anos. E pretende-se reforçar os investimentos de prospecção e exploração de recursos mineiros, aumentando-se as comissões pagas ao Estado, assim como as cauções, para garantir a efectiva realização dos investimentos.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=577733 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=577733)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 23, 2012, 01:35:05 pm
Quase 10% do aumento das exportações em 2012 deve-se à venda de ouro


Quase dez por cento do crescimento das exportações de mercadorias este ano resultam da venda de ouro, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Nos primeiros sete meses de 2012, Portugal exportou 26.914 milhões de euros em bens. Este valor é superior em 2.193 milhões ao que se registou no mesmo período do ano passado (subida de 8,9 por cento; valores nominais).

Ora, nos primeiros sete meses de 2012, as exportações de ouro portuguesas ascenderam a 455,9 milhões de euros. Comparando com o mesmo período de 2011, Portugal vendeu mais 201 milhões de euros em ouro, um crescimento superior a 75 por cento.

Ou seja, do aumento de 2.193 milhões de euros nas exportações portuguesas, quase um décimo (9,1 por cento) deve-se ao crescimento das vendas de ouro.

As estatísticas do INE mostram que as exportações de ouro dispararam a partir de 2008. Até esse ano, o valor do ouro não-monetário vendido por Portugal ficava abaixo dos dez milhões de euros.

Em 2008, esse valor disparou para 33,4 milhões. No ano seguinte, chegou-se aos 102 milhões. Se a tendência de crescimento dos primeiros sete meses deste ano se mantiver, em 2012 as exportações de ouro vão ascender a 800 milhões de euros.

Parte deste crescimento é explicável pela subida na cotação do ouro. Segundo números do Banco de Portugal, o preço do ouro nos mercados internacionais quintuplicou nos últimos dez anos.

Porém, apesar de significativo, este aumento só justifica uma pequena fatia do crescimento explosivo das exportações portuguesas de ouro nos últimos quatro anos. A maior parte do crescimento foi mesmo em volume, não em preço.

Exportações de ouro:

Ano Valor (milhões de euros)

2012 (até Julho) 445,9

2011 519,4

2010 216,4

2009 102,1

2008 33,4

2007 6,9

2006 8,5

2005 1,4

2004 1,9

2003 2,3

2002 4,5

2001 5,6

2000 9,3

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)


Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Fevereiro 02, 2013, 07:38:56 pm
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Mina de volfrâmio em Tabuaço ganha novo impulso
A Colt Resources acaba de receber resultados metalúrgicos positivos dos testes realizados em amostras representativas do projecto de tungsténio de Tabuaço, no Alto Douro, assim como para os 11 furos das sondagens em S. Pedro das Águias, Aveleira e Quintã, todos localizados na concessão de Armamar-Meda, no Norte de Portugal.

A Colt Resources está a aguardar as autorizações finais para a licença experimental de exploração mineira "Tabuaço", que será concedida em breve.

Nikolas Perrault, Presidente da Colt Resources, afirma que "os resultados destes testes metalúrgicos finais vêm confirmar o potencial para desenvolver uma operação mineira de exploração de tungsténio de sucesso em Tabuaço. O nosso trabalho de completar uma estimativa económica preliminar começou e tencionamos conclui-lo durante os primeiros quatro meses de 2013. O trabalho de exploração desenvolvido para testar o potencial desta área continua a produzir resultados muito positivos. A nossa equipa geológica identificou várias zonas de mineralização com base em mapas e geoquímica e estes resultados confirmam que o nosso modelo geológico é robusto."

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/mina-de-volfram ... z2JlwrOWW2 (http://expresso.sapo.pt/mina-de-volframio-em-tabuaco-ganha-novo-impulso=f783745#ixzz2JlwrOWW2)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 04, 2013, 04:40:22 pm
Canadianos começam a explorar ouro em Vila Pouca de Aguiar


No planalto de Jales, Vila Pouca de Aguiar, aguarda-se com muita expectativa o início da exploração experimental de ouro, seis meses depois de uma empresa canadiana ter ganho o concurso público. O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias, disse à agência Lusa que teve a informação, não confirmada, de que a empresa irá iniciar a actividade a partir de 15 de Fevereiro.

A Lusa tentou confirmar esta informação, o que não foi possível até ao momento.

A Almada Mining SA (detida a 100% pela empresa canadiana Petaquilla Minerals Ltd) ganhou em Julho o concurso de exploração experimental de ouro pelo período de três anos em Jales/Gralheira.

O autarca reconheceu que, na região, se aguarda com "muita expectativa" porque "o projecto vai gerar postos de trabalho importantes".

Domingos Dias salientou a urgência em combater o desemprego e o despovoamento que afectam o concelho transmontano, o qual viu, nos últimos tempos, sair muitos residentes.

Numa primeira fase, segundo o autarca, não serão criados muitos postos de trabalho. "Será mais pessoal técnico, mas já será alguma coisa que terá, inclusive, influência na economia local", acrescentou.

Se os trabalhos arrancarem em Fevereiro, o projecto poderá entrar numa segunda fase, passados três a quatro meses.

"Aí, sim, teremos já algum emprego que vai ser importante para a região”, sublinhou.

O investimento associado a este processo poderá atingir os 66 milhões de euros, prevendo-se na fase de exploração a criação de 100 postos de trabalho directos e 250 indirectos.

No âmbito do procedimento são exigidos trabalhos mínimos obrigatórios, a realizar durante esta primeira fase de três anos, que se traduzem num investimento previsível superior a 26 milhões de euros.

Após este período, a empresa poderá solicitar a concessão definitiva e, uma vez preparado e aprovado o respectivo Estudo de Impacto Ambiental, iniciar uma exploração definitiva, a que corresponderá um investimento adicional de 40 milhões de euros.

Já desde o império romano que, pela região, se explora este metal precioso. As minas de Jales, que fecharam na década de 90, foram as últimas minas de onde se extraiu ouro em Portugal. No auge da exploração, chegaram a trabalhar nas minas cerca de 800 trabalhadores que extraíam cerca de 30 quilos de ouro por mês.

População e autarcas encaram a reactivação como uma oportunidade para o concelho e recordam as dificuldades sentidas aquando do encerramento da mina, em Campo de Jales. Foi o desemprego, seguido do despovoamento, o abandono dos edifícios e os problemas ambientais, com as escombreiras deixadas a céu aberto.

Em 20 anos, a freguesia perdeu cerca de 20% dos habitantes.

Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Fevereiro 10, 2013, 10:52:31 pm
Ouro por explorar em Portugal vale 2,5 mil milhões
Os projetos de exploração de ouro em Portugal, de onde se destacam Montemor, no Alentejo e Gralheira/Jales, em Trás-os Montes, têm um potencial já avaliado em 2,5 mil milhões.

Em menor escala, mas com viabilidade industrial já assegurada está a futura mina de tungsténio (volfrâmio) em Tabuaço, no Alto Douro. Ainda no setor mineiro a novidade é que, em Torre de Moncorvo não vai haver uma mas duas explorações de ferro.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ouro-por-explor ... z2KXVt4hVe (http://expresso.sapo.pt/ouro-por-explorar-em-portugal-vale-25-mil-milhoes=f785523#ixzz2KXVt4hVe)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 26, 2013, 09:32:55 pm
Canadianos e ingleses assinam acordo sobre prospecção de ouro no Alentejo


A empresa canadiana Colt Resources e a britânica Star Mining anunciaram ter assinado um memorando de entendimento relativo à concessão experimental de Borba, no distrito de Évora, para trabalhos de prospecção e de pesquisa de ouro. A Colt Resources, que tem vindo a realizar campanhas de prospecção de ouro na concessão da Boa-Fé e na área de Montemor-o-Novo, detém agora duas novas licenças de exploração no Alentejo, em Borba e em Cercal (Santiago do Cacém), focadas no ouro, mas que pretendem também aferir o potencial de outros metais, como o cobre, zinco e chumbo.

Em relação a Borba, a Colt divulgou que, na segunda-feira, assinou com a Star Mining um memorando de entendimento com as linhas gerais do acordo definitivo que as duas empresas pretendem celebrar dentro de "60 dias". Segundo um comunicado enviado hoje à agência Lusa, as duas empresas vão explorar, em conjunto, a licença de Borba e acordaram que a Star Mining "irá desenvolver um plano de trabalho e ganhará o direito de propriedade da concessão de forma progressiva".

"Numa primeira fase, após a conclusão de um programa de trabalhos e de despesas não inferiores a 350.000 dólares americanos, por um período de até 12 meses, a Star Mining pode inicialmente ganhar uma participação de 25% na licença Borba", estabelece o memorando.

A seguir, e depois de concluído "um programa de trabalhos e despesas não inferior a 750.000 dólares americanos, durante um período de até 24 meses", a Star Mining pode vir a "ganhar uma participação de 35% na licença de Borba", acrescenta o documento.

O acordo prevê ainda que, quando a Star Mining obtiver uma participação de 80% na licença de Borba, a propriedade remanescente da Colt, de 20%, vai ser revertida "para uma taxa de performance".

E a Star Mining, pode ler-se no documento, "também terá a opção de comprar esta participação remanescente de 20% da licença de Borba".

A Star Mining é uma empresa britânica de recursos naturais, focada na exploração de metais preciosos e de projetos de desenvolvimento de minas.

"Estamos extremamente satisfeitos com este acordo, pois, não havendo uma diluição para os nossos accionistas, tal permitirá à Colt uma maior exposição num projecto com grande potencial em Portugal", disse o Chief Executive Officer (CEO) da Colt Resources, Nikolas Perrault.

Já o CEO da Star Mining, Rowan Maule, frisou aguardar "com expectativa" o "início da atividade de exploração" na concessão de Borba.

"E estamos particularmente satisfeitos com a colaboração com a Colt, pois, iremos beneficiar da sua vasta experiência em projectos mineiros em Portugal", sublinhou.

O acordo entre a Colt e a Star Mining está sujeito à aprovação da Direcção-Geral de Energia e Geologia, do Ministério da Economia e do Emprego.

A atribuição à Colt Resources das duas novas licenças de exploração mineira no Alentejo foi formalizada no passado dia 20, numa cerimónia em S. Pedro das Águias, em Tabuaço (Viseu), presidida pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.

Nessa cerimónia, a empresa canadiana e o Governo português assinaram contratos de concessão experimental das minas de tungsténio em Tabuaço e de ouro em Penedono, que envolvem investimentos de 97 milhões de euros.

Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: miguelbud em Setembro 14, 2013, 12:02:14 am
W Resources apresenta “excelentes resultados de amostras” de ouro em Portalegre

A W Resources, empresa de exploração de volfrâmio e ouro, anunciou, esta sexta-feira, “excelentes resultados” de amostras de solo no projecto de ouro que tem em Portalegre, Portugal.

No programa de exploração de amostras de solo naquela área (Crato- Assumar – Arronches), decorrido nos últimos seis meses, foram identificados 3,5 quilómetros de solo com “valores de ouro encorajadores”, segundo uma nota de imprensa disponível no site oficial da companhia com sede em Londres.
 
“Crato- Assumar- Arronches/Portalegre continua a ser um elemento de exploração de ouro com bastante futuro – a chave é determinar, sistematicamente, onde se vai furar. O resultado deste programa dá uma forte orientação para a próxima fase do programa”, refere o presidente da empresa, Michael Masterman, citado pelo comunicado de imprensa.

Depois desta fase do programa, o próximo passo é estender a “cobertura” para retirar mais amostras do solo, “seguida da abertura de fossos e da perfuração”, de acordo com a mesma nota.

Segundo os dados constantes no portal da Direcção-Geral de Energia e Geologia, a concessão para a exploração de recursos preciosos (ouro, prata, cobre, chumbo, zinco, terras raras e minerais acessórios) naquela área foi atribuída, a 23 de Março de 2012, à Iberian Resources Portugal. Contudo, a licença passou para a W Resources quando esta adquiriu a Australian Iron Ore, ficando também com a sua subsidiária, Iberian Resources Portugal.

A W Resources detém, assim, a licença a exploração da prospecção de ouro de São Martinho, perto de Portalegre, “cobrindo uma área de 101,7 quilómetros quadrados e localizada cerca de 200 quilómetros a este de Lisboa”, explica o site da empresa. As operações da companhia londrina estão ainda, em Portugal, na Régua e em Tarouca (Porto) e, em Espanha, em La Parrilla.

No dia em que foi feito este anúncio, as acções da W Resources subiram 8,84% em Londres para negociar nas 1,17 libras, tendo subido mais de 25% durante a sessão. Registou-se um volume que mais do que duplica a média dos últimos seis meses, de acordo com os dados da agência Bloomberg.
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... legre.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/w_resouces_apresenta_excelentes_resultados_de_amostras_de_ouro_em_portalegre.html)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 22, 2014, 08:32:40 pm
Identificados novos locais no Alentejo e Algarve com cobre, chumbo, níquel e zinco


Novos locais com cobre, chumbo, níquel ou zinco foram descobertos a sul de Portugal, permitindo actualizar a Carta das Ocorrências Mineiras do Alentejo e Algarve e atrair novos investimentos, disse hoje fonte do Laboratório Nacional de Energia e Geologia. "Há mais informação e mais dados onde há probabilidade de existirem minerais como o zinco, o chumbo, o níquel e, fundamentalmente, cobre e isto foi resultado de um projecto europeu [Interreg Espaço Atlântico], e que permitiu fazer estudos que conduziram a mais informação", explicou à agência Lusa Teresa Ponce Leão, responsável pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG).

O estudo indica, por exemplo, que existe cobre na faixa de Arronches/Campo Maior, incluindo a faixa Tomar/Córdova, e nas faixas de Alter do Chão/Elvas, Sousel/Barrancos, Arraiolos/Santo Aleixo, S. Cristóvão/Beja/Serpa e Ferreira do Alentejo/Mombeja/Beja.

Outra descoberta é que o chumbo está presente nas faixas de Montemor-o-Novo/Ficalho e Alter do Chão/Elvas, e o níquel aparece nas faixas de Ferreira do Alentejo/Mombeja/Beja, S. Cristóvão/Beja/Serpa e Alter do Chão/Elvas.

As descobertas ocorreram no Alentejo e no Algarve por serem regiões inseridas na faixa piritosa ibérica, ou seja, a principal região mineira do sudoeste europeu.

A identificação de novos locais com minerais vem permitir uma actualização da Carta de Ocorrências Mineiras do Alentejo e Algarve e com este novo documento, o LNEG pretende "disponibilizar informação actualizada a investidores" e "apoiar a indústria extractiva já instalada na planificação das suas campanhas de prospecção de minerais metálicos e energéticos", observou Teresa Ponce Leão.

"Actualizamos o conhecimento e identificamos novos alvos que serão passíveis de atracção de investimento para novas explorações", acrescentou a responsável, referindo que tais descobertas vão ajudar também na valorização da componente geológica e mineira.

Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Março 28, 2014, 10:50:47 pm
Exploração de minério de ferro em Moncorvo pode arrancar no final de 2016


A empresa concessionária das minas de ferro de Torre de Moncorvo, no Nordeste Transmontano, perspetivou que a exploração mineira comece no final de 2016.

"Estamos a fazer todos os esforços para que, no final de 2016, a exploração de minérios de ferro seja uma realidade no concelho de Torre de Moncorvo, antecipando em um ano o prazo dado pelo Governo para a conclusão da conceção experimental do projeto", disse o representante da MTI - Ferro de Moncorvo, Carlos Guerra.

A empresa concessionária acrescentou que o processo será executado de forma gradual nos próximos cincos anos. E quando se atingir "a velocidade de cruzeiro" poderão cria-se 500 postos de trabalho diretos. A MTI - Ferro de Moncorvo já havia revelado que os trabalhos de prospeção em curso na serra do Reboredo, na zona do Carvalhal, Torre de Moncorvo, têm mostrado "resultados promissores" pela qualidade das amostras de minério de ferro já recolhidas.

A empresa já disse que irá investir cerca de 600 milhões de euros ao longo do período de concessão, que tem uma duração de 60 anos. Espera que " uma decisão favorável sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA)", que será entregue à tutela no próximo mês de abril, tendo as entidades competentes cerca de 100 dias para se pronunciarem sobre o estudo já efetuado.

Segundo a empresa mineira, o projeto de Torre de Moncorvo incide sobre "o maior depósito" de minério de ferro não explorado na Europa Ocidental. O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, disse estar confiante no projeto mineiro, já que o Governo tem dado "respostas positivas". "Os benefícios para o concelho já foram negociados e uma das exigências é que a sede da empresa concessionária das minas ficasse no concelho de Torre de Moncorvo", frisou o autarca.

Quanto a outras contrapartidas, a autarquia vai poder contar com 3% do valor do minério extraído à boca da mina.

Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Abril 13, 2014, 06:25:54 pm
Minas portuguesas atraem chilenos


As minas em Portugal abriram o apetite de um dos maiores exportadores da indústria extractiva mundial: o Chile.

Fonte oficial do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) adiantou ao SOL que o Governo tem mantido conversações com investidores deste país: “Já se registaram contactos de empresários chilenos a quererem investir em Portugal, designadamente através de parcerias para a prospecção de diversos minérios”.

O interesse chileno ficou mais claro esta semana. Um dos principais empresários da indústria mineira do país, Pedro Del Campo Toledo, esteve em Portugal. Ao SOL, admitiu que há oportunidades por explorar. “Somos um país com ADN mineiro. Portanto, haverá certamente empresas interessadas em investir em Portugal”.

O empresário manteve encontros com gestores portugueses, com o intuito de captar novas parcerias para a indústria chilena. E marcou presença num encontro promovido pela Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas (ANEME).

“As empresas portuguesas têm reputação de serem sérias. E Portugal tem muito prestígio em áreas como a energia, infra-estruturas, metalomecânica, manutenção, tecnologia de informação, certificação ou gestão de projectos. Os sectores em que procuramos parcerias”, detalhou.

Um novo passo para estabelecer acordos de parceria será dado em Junho, quando uma missão de empresários portugueses visitar o Chile. O país tem em curso mais de 50 projectos de investimento no sector, no valor de 100 mil milhões de dólares até 2020. A indústria mineira representa 60% do total das exportações do país da América do Sul, sendo o Chile responsável por um terço da produção de cobre em todo o mundo.

Por estas razões, “convidamos as empresas portuguesas a visitarem as nossas minas em Junho. Há muitas oportunidades no nosso país. É muito importante irem ao terreno e conhecerem os projectos”, sublinhou Pedro Del Campo Toledo.

A assinatura de parcerias com a indústria mineira chilena pode assim abrir portas ao investimento em Portugal. “Os principais players internacionais do sector estão presentes no Chile, como a Rio Tinto, a Anglo American ou a empresa estatal Codelco. E creio que estariam interessados em conhecer o processo mineiro de Portugal”, adiantou.

Esta opinião é partilhada pelo presidente da ANEME, José de Oliveira Guia. Apesar de não ter informações concretas sobre futuros investimentos do Chile em Portugal, antecipa “abertura recíproca para o cruzamento de interesses”.

Ponte para a América do Sul

No final do ano será a vez de empresários do sector mineiro do Chile visitarem Portugal. Nessa data poderão ser assinados acordos com empresas do país, e não só. “O Chile é o país com mais acordos de comércio-livre. Quem sabe se a maior oportunidade resultante das parcerias das empresas portuguesas com a industria chilena não poderá ser servir de plataforma para mais negócios na região, como no Peru, na Colômbia, no Equador, no Brasil ou na Argentina. Há muito espaço para crescer nesta plataforma sul-americana na indústria mineira”, explica Pedro Del Campo Toledo.

Os eventuais investimentos no sector mineiro em Portugal poderiam impulsionar a indústria mineira do país. O ex-ministro da Economia Álvaro Santos Pereira chegou a indicar que os recursos minérios em Portugal valem mais do que o PIB nacional, que ronda os 170 mil milhões de euros. Há um ano, defendeu “fortes incentivos fiscais e financeiros para as empresas nacionais e estrangeiras investirem nos recursos naturais”.

O ex-governante dinamizou concessões mineiras em todo o país - entre 2012 e 2013 foram assinados cerca de 80 contratos - até que a remodelação do Governo no Verão fez com que Álvaro saísse e a pasta da energia passasse para o MAOTE. De acordo com estimativas recentes do ministério de Moreira da Silva, apenas 30% do potencial mineiro está em exploração.

Uma indústria com potencial

A extracção geológica e mineira está no topo da agenda dos clusters de investimentos prioritários da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

Actualmente, as exportações da indústria mineira portuguesa valem 856 milhões de euros, segundo os últimos dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia, relativos a 2012. Deste total, 53,7% correspondem aos minérios metálicos, como o ferro. As rochas ornamentais têm uma fatia de 41,5%, em grande parte devido aos mármores e calcários, e os minerais industriais, como a argila e o caulino, valem 4,3%.

A Colt Resources (minas de Cercal e de Borba), a Redcorp (Lagoa Salgada) ou a MTI (Moncorvo e Rebordelo/Murçós) são algumas das empresas que têm investido na exploração e prospecção de minérios em Portugal.

SOL
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Março 19, 2015, 07:15:53 pm
Portugal em projeto europeu para explorar minerais em zonas subaquáticas


Portugal participa num projeto europeu de prospeção e exploração de minerais em zonas subaquáticas, no valor de 12,6 milhões de euros e que utilizará uma técnica mais segura e menos poluente, foi hoje anunciado.

Segundo um comunicado de um dos parceiros portugueses do projeto (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores -- INESC), o projeto tem o financiamento do programa de investigação e desenvolvimento da União Europeia H2020 e será "uma oportunidade para explorar a riqueza dos recursos minerais subaquáticos na Europa".Com o nome VAMOS! (Viable Alternative Mine Operating System), o projeto tem uma duração de 42 meses e vai desenvolver um robô para exploração subaquática e o equipamento associado à recolha de materiais.

Vão ser feitos testes em depósitos de minerais em quatro lugares diferentes da União Europeia, três deles depósitos minerais submersos em terra e outro em alto mar. "O protótipo baseia-se em técnicas de mineração em mar profundo, pelo que vai garantir uma opção mais segura e menos poluente para o aproveitamento económico de depósitos minerais que atualmente não são exploráveis por métodos tradicionais", diz o comunicado.

O projeto tem um consórcio de 17 parceiros de nove países. Na página oficial na internet explica-se que o fundamental para a abordagem do VAMOS! é o facto de a maioria dos depósitos de minerais na Europa estar em estratos aquíferos. E a técnica permite, diz-se, operar remotamente os equipamentos e não afetar o lençol freático local.

Jazidas atualmente inacessíveis, minas abandonadas ou alagadas e novas minas podem ser exploradas com este método, lê-se na página, na qual se lembra que a Europa tem exercido a atividade mineira ao longo dos anos mas que as zonas mais profundas ainda estão por explorar. As estimativas indicam, acrescenta-se, que o valor dos recursos minerais por explorar na Europa a uma profundidade entre os 500 e os mil metros é de cerca de 100 mil milhões de euros.

"A União Europeia consome entre 25 a 30 por cento da produção de metais no mundo, enquanto a extração de metais na União Europeia representa apenas três por cento da produção mundial", estimando-se que a Europa importa anualmente 200 milhões de toneladas de minérios, segundo a mesma página.

A título de exemplo a Europa depende do exterior em cerca de 74 por cento em relação ao cobre, em 86 por cento quanto ao níquel e em 100 por cento quanto a minerais como antimônio, cobalto ou tungsténio, entre muitos outros.


Lusa
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: HSMW em Novembro 26, 2016, 07:05:25 pm
Lítio na Reindustrialização de Portugal
 Portugal não é produtivo e não tem industria mas sendo pouco produtivo é o 5º produtor mundial de Lítio e o maior produtor da EUROPA.

Nos últimos 5 anos, muito se falou das nossas reservas de Lítio, neste momento exportamos os calhaus, que são transformados na Alemanha, vendidos acrescentando mais-valias.

Não sendo isso suficiente, aproveitam o Lítio transformado como matéria-prima, produzindo baterias, que depois exportam com valor acrescentado, para todo o mundo.

Portugal não tem 3 mil milhões de €uros para Junto às minas da Felmica na Guarda, construir uma fundição (mil milhões de €uros) e uma fábrica de baterias com capacidade de produção de 2 GWh por ano (2 mil milhões de €uros), mas teve 8.5 mil milhões de €uros para pagar de juros, sobre uma divida que continua a crescer.

Assim não dá, não vamos a lado nenhum, o caminho passa por definir o Lítio como reserva estratégica nacional, construir uma fundição e uma fábrica de baterias

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F-Y_ongCNZtWY%2FVObk8CZCQ_I%2FAAAAAAAAHcs%2FKCxzzDrtZBg%2Fs1600%2Ffelmica.jpg&hash=80c1b0a1af2dd4d8fbcf4334b418134c)

http://oportugalbipolar.blogspot.pt/2015/02/litio-na-reindustrializacao-de-portugal.html?spref=fb
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 01, 2016, 05:23:59 pm
Governo vai estudar potencial energético dos depósitos de lítio


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Foje-50ea.kxcdn.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F12%2Fl%C3%ADtio-925x578.jpg&hash=61e56c91c9c6685215540f9a3aab0dc5)



A Secretaria de Estado da Energia aprovou ontem um despacho com vista à criação de um Grupo de Trabalho para identificar e caracterizar as ocorrências do depósito mineral de lítio em Portugal, bem como as atividades económicas associadas à sua revelação e aproveitamento.

Coordenado pela subdiretora geral da Direção-Geral de Energia e Geologia, Cristina Vieira Lourenço, e representantes do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, da EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro, da Associação Nacional da Indústria Extrativa e Transformadora e da Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores e Granitos, o Grupo de Trabalho visa ainda avaliar a possibilidade de produção de lítio metal.

“O potencial dos recursos geológicos nacionais, como fator de desenvolvimento económico e com uma importância estratégica crescente, determina a adoção de medidas de valorização e promoção dos bens naturais existentes em Portugal, numa ótica de sustentabilidade ambiental e de responsabilidade social”, realça o Secretário de Estado da Energia em comunicado.

A relevância dos minerais de lítio existente em Portugal é demonstrado pelo interesse crescente registado pelas empresas de mineira. Os minerais de lítio extraídos em Portugal destinam-se em exclusivo à indústria cerâmica, limitando-se a sua utilização como mero fundentes, conduzindo a poupanças significativas na fatura energética das empresas.

“Será assim importante estudar e definir o posicionamento que Portugal pode assumir, no panorama mundial, no que se refere a toda uma nova indústria, que se encontra a despontar, associada aos fenómenos de eletrificação da sociedade e designadamente dos meios de transporte. As conclusões deste Grupo de Trabalho deverão ser apresentadas, até 31 de março de 2017”, realça a Secretaria de Estado da Energia em comunicado.


>>>> http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/governo-vai-estudar-potencial-energetico-dos-depositos-litio-95698
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lightning em Agosto 29, 2017, 01:54:12 pm
A corrida ao "petróleo branco" português: o lítio
Citar
É um tesouro escondido debaixo dos nossos pés e está a atrair várias empresas estrangeiras que o querem explorar. É que o mercado do lítio, mineral usado nas baterias dos carros elétricos, agigantou-se. Mas nada é fácil na sua extração. Fomos ver como se faz.
http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2017-08-27-A-corrida-ao-petroleo-branco-portugues-o-litio

Portugal tem 30 pedidos de prospecção e pesquisa de lítio
Citar
Grupo de trabalho sugere ao Governo plano de fomento mineiro para avaliar os recursos e criação de cluster. A extracção de lítio como a que se faz em Portugal é mais cara, mas o país tem potencial no mercado mundial.
https://www.publico.pt/2017/05/23/economia/noticia/portugal-tem-30-pedidos-de-prospeccao-e-pesquisa-de-litio-1773061
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lightning em Setembro 05, 2017, 01:53:31 pm
A guerra do Lítio no norte de Portugal já começou, mas para já é nos tribunais ;D

Guerra por lítio de Montalegre põe 370 milhões em risco
http://www.dn.pt/dinheiro/interior/guerra-por-litio-de-montalegre-poe-370-milhoes-em-risco-8746336.html?utm_source=dn.pt&utm_medium=recomendadas&utm_campaign=afterArticle&_ga=2.13818679.1213148490.1504529633-220832337.1436348284
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Viajante em Setembro 06, 2017, 12:14:57 am
A guerra do Lítio no norte de Portugal já começou, mas para já é nos tribunais ;D

Guerra por lítio de Montalegre põe 370 milhões em risco
http://www.dn.pt/dinheiro/interior/guerra-por-litio-de-montalegre-poe-370-milhoes-em-risco-8746336.html?utm_source=dn.pt&utm_medium=recomendadas&utm_campaign=afterArticle&_ga=2.13818679.1213148490.1504529633-220832337.1436348284

É pena, porque passávamos a contar com uma fábrica de transformação de lítio em Portugal, com o consequente valor acrescentado criado, postos de trabalho, impostos.......
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Viajante em Setembro 27, 2017, 11:32:56 am
Lítio português na mira dos investidores com acelerar da mobilidade elétrica

O interesse pelo lítio português despertou em 2016, ano em que deram entrada 30 novos pedidos de prospeção e pesquisa deste metal, impulsionado pelo aumento da procura global devido à utilização nas baterias do automóvel elétrico.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fthumbs.web.sapo.io%2F%3Fepic%3DZGQy5wK%2BITyEiuuVPi%2BvlcowURsU4LCXB4wXq2SKfsUf2kwZrnbWTaAzJcoXjvwRus%2BfeVorOduTVulyXqZL29iU4J23tkGa7tbTYUMi1QcXr7M%3D%26amp%3BW%3D800%26amp%3BH%3D0%26amp%3Bdelay_optim%3D1&hash=f952d4b8572ad014a576413036658149)

Dos 46 requerimentos para a atividade de prospeção e pesquisa na Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), 30 visam o lítio como substância mineral principal, envolvendo um investimento de 3,8 milhões de euros para o período inicial de contrato – dois a três anos – e uma área total de 2.500 quilómetros quadrados.

Esta corrida ao lítio levou o Governo a avançar com uma “alteração da forma como são dadas as concessões”, como revelou recentemente o ministro da Economia, Caldeira Cabral, no parlamento, o que passará pela abertura de concurso público, até porque existem atualmente vários pedidos para as mesmas áreas de concessão.

Os pedidos que já deram entrada na DGEG passarão pelo crivo das novas regras, que deverão ser conhecidas ainda este ano.

De acordo com o relatório do grupo de trabalho ‘lítio’, constituído há um ano como resposta a este crescimento de pedidos de prospeção de exploração, a viabilidade deste metal parece ser inequívoca, sendo apelidado de “metal do futuro”, devido às suas aplicações de elevada tecnologia, nomeadamente espaciais, eletrónicas e químicas.

Em Portugal, a utilização de minérios de lítio tem estado confinada à indústria de cerâmica, sendo considerado mais-valia, uma vez que baixa o ponto de fusão, permitindo assim baixar o consumo energético das empresas. Mas “a partir deste momento faz sentido desenvolver uma reflexão sobre os conteúdos em lítio dos vários minerais, bem como dos respetivos teores médios nos minérios exploráveis, isto é, os teores médios de lítio nos jazigos que tornam a exploração economicamente viável”.

Nos últimos dois anos assistiu-se a uma subida acentuada dos preços do lítio no mercado internacional, existindo estimativas de, a breve prazo, se verificar um exponencial aumento de automóveis elétricos, o que faz prever uma elevada procura de lítio a nível mundial, nota o grupo de trabalho, no relatório concluído em março e que desde então está na posse do Governo.

“É, assim, expectável que a prospeção e pesquisa deste recurso mineral, bem como a sua exploração e valorização venham a merecer um acentuado incremento, nomeadamente em países com recursos minerais de lítio geologicamente reconhecidos, como é o caso de Portugal”, acrescenta.

O grupo de trabalho não tem dúvidas quanto ao potencial de vários minerais de lítio e que estes são “tecnologicamente valorizáveis”, mas alerta para as debilidades nos recursos humanos e financeiros das instituições governamentais relacionadas com o setor mineiro, a desigualdade no grau de conhecimento sobre as várias jazidas e ainda um processo burocrático demasiado longo na decisão da atribuição de direitos.

A extração mundial de lítio é feita há várias décadas sobretudo a partir de salmouras (essencialmente, lagos salgados), devido ao menor custo operacional, mas a procura crescente de lítio no mercado, motivado pela mobilidade elétrica, tem levado ao lançamento de projetos para a extração a partir de minerais de rocha, procurando soluções inovadoras que permitam reduzir os custos de produção.

Como a Lusa noticiou em maio, o grupo de trabalho do lítio, constituído em dezembro para avaliar a possibilidade de produção em Portugal, propôs ao Governo um programa de fomento mineiro que teste tecnologia e demonstre o potencial industrial deste metal, financiado por programas financeiros.

No relatório, a que a Lusa teve então acesso, o grupo de trabalho defende – além da avaliação dos recursos minerais litiníferos do país – a implementação de uma unidade experimental minero-metalúrgica com o objetivo de desenvolver conhecimento e testar tecnologias para toda a cadeia de valorização destes recursos.

O lítio e os seus componentes são utilizados pela indústria de cerâmica e vidro, lubrificantes industriais, aplicações médicas, siderurgia de alumínio e as baterias.

De acordo com o Deutsche Bank, os principais mercados de destino para baterias em 2015 foram veículos elétricos (25%), telemóveis e ‘smartphones’ (19%), computadores portáteis (16%), antecipando que os mercados tradicionais do lítio cresçam em média 3,6% ao ano nos próximos dez anos.

A DGEG definiu 11 campos de pesquisa, em função das expectativas das empresas requerentes de direitos de prospeção: Agra, Sepeda – Barroso – Alvão, Covas do Barroso-Barroso-Alvão, Murça, Almendra, Penedono, Amarante – Seixoso-Vieiros, Massueime, Gonçalo-Guarda-Mangualde, Segura e Portalegre.

Esta corrida ao lítio em Portugal já chegou aos tribunais, na sequência do litígio entre a empresa nacional LusoRecursos, que detém a licença de prospeção – já atribuída -, e a australiana Novo Lítio (antes designada Dakota Minerals), que tem realizado os trabalhos de pesquisa em Sepeda, Montalegre, distrito de Vila Real.

Ambientalistas dizem que lítio é importante mas avisam para impactos da exploração

Desde a exploração até ao fim de vida como elemento de baterias elétricas, o lítio suscita algumas preocupações a ambientalistas ouvidos pela Lusa, que defendem que não se deve só contar com este metal e pedem atenção aos impactos ambientais.

"O lítio é importante para acabar com a dependência do petróleo nos transportes mas esperamos que haja muita energia solar para carregar as baterias de lítio, porque agora, a maior parte da eletricidade é produzida pelas centrais a carvão e assim não adianta", apontou João Branco, da Quercus.

Pela associação Zero, Francisco Ferreira considerou que é "crucial olhar para as baterias na lógica da economia circular", garantindo que há um sistema montado para reciclá-las e reutilizar o elemento que apenas constitui uma "parte mínima" da bateria, cerca de dois por cento.

Com a explosão dos veículos elétricos, generalizam-se as baterias com lítio, que também são usadas em habitações como forma de armazenar eletricidade.

João Branco acrescentou que em Portugal já se recolhem e tratam pilhas e baterias com outros elementos, mas apenas 35% da meta anual de 45% chegam a ser reciclado.

A nível global, "a percentagem de reciclagem de lítio ainda é incipiente, ainda não há um circuito", destacou Francisco Ferreira.

Mesmo em sistemas de reciclagem montados "há anos", como o que se destina a recolher os gases nocivos para o ozono que estão nos equipamentos de frio, a percentagem do que é recolhido fica-se pelos 09%, indicou.

O responsável da Zero defende ainda que é preciso "diversificar e descobrir alternativas", porque se se aposta só neste metal, "vão ser precisas milhares de toneladas à escala global", o que poderá tornar o uso do lítio insustentável a longo-prazo.

João Branco sublinhou por sua vez que as reservas de lítio estudadas em Portugal estão na rocha, ao contrário de outros países, em que se extrai um sal que contém aquele elemento e que o impacto da mineração depende da concentração.

Se for pouco concentrado, terá que ser extraída e escavada mais rocha, o que poderá produzir uma quantidade considerável de escória, sujeitas a processos de lavagem, que produzem muitos poluentes, não necessariamente o lítio.

Os impactos na paisagem ou em zonas protegidas que possam conter lítio vão obrigar a prestar atenção às avaliações de impacto ambiental, para que a procura de mecanismos de armazenamento de energia mais eficazes não obrigue a "sacrificar outros valores naturais".

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/litio-portugues-na-mira-dos-investidores-com-acelerar-da-mobilidade-eletrica

Bem, conheço muito bem o que resta da antiga mina de ouro de Penedono. E se voltarem a explorar a zona à procura de lítio ou outro metal, pelo menos que tratem melhor os terrenos. A mina já foi encerrada à 70 anos e nas terras circundantes não há nada que consiga sobreviver no solo, seja erva, árvores..... a terra está completamente contaminada!

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg.groundspeak.com%2Fwaymarking%2F3c8171f0-7cec-4ce2-88f0-0b21acab8769.jpg&hash=454d76c257ead94ee8bec2aea24dfc1b)
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lightning em Maio 03, 2018, 01:46:34 pm
Lítio transmontano pode tornar Portugal o primeiro produtor da Europa
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/litio-transmontano-pode-tornar-portugal-no-primeiro-produtor-da-europa

A britânica Savannah Resources actualizou as previsões sobre a quantidade de espodumena, um mineral que contém lítio, existente na Mina do Barroso. As novas estimativas apontam para mais 50% do que o previsto inicialmente, de acordo com um comunicado  emitido esta quarta-feira, 2 de Maio.

Portugal pode ser o primeiro produtor europeu de lítio
https://www.dn.pt/dinheiro/interior/portugal-pode-ser-o-primeiro-produtor-europeu-de-litio-9302108.html

Mina do Barroso tem o dobro das reservas de lítio estimadas. Britânicos querem licença para construir fábrica em Vila Real. Os britânicos da empresa mineira Savannah Resources descobriram em Portugal aquela que será a maior reserva do mineral na Europa Ocidental.

A titulo de curiosidade, a empresa britânica já tem uma página dedicada à mina do barroso
http://www.savannahresources.com/assets/mina-do-barroso/
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Julho 24, 2018, 07:45:26 pm
Ministro da Economia diz que setor mineiro em Portugal está "a mexer e bem"


O ministro da Economia destacou hoje a vitalidade do setor mineiro em Portugal, que está "a mexer e bem" e a ter vários projetos a avançar da prospeção para a exploração "de forma muito promissora".

"O que estamos a ver no setor mineiro é que está, de facto, a mexer e bem", disse Manuel Caldeira Cabral aos jornalistas, após a cerimónia de inauguração do Centro de Estudos Geológicos e Mineiros do Alentejo (CEGMA), na vila de Aljustrel, no distrito de Beja.

Segundo o ministro, o atual Governo tem tentado "dar um incremento" e conseguiu "uma expansão" de projetos existentes e deu "um dinamismo grande e um avanço importante" a novos projetos, que "estavam parados", como os do lítio.

Por outro lado, frisou, em Portugal, há projetos em várias regiões que "estão, de facto, a avançar da parte da prospeção para a parte da exploração de forma muito promissora e o que queremos é que avancem e que criem emprego".

O Governo também deu "muita relevância" ao "aspeto do conhecimento", sobretudo da riqueza do subsolo, disse, alertando que "o conhecimento do que é o nosso subsolo é o conhecimento do que é a nossa riqueza e a riqueza que está debaixo da terra e que não sabemos que lá está não é coisa nenhuma".

Por outro lado, "a riqueza que está debaixo da terra e que sabemos identificar e mapear é o nosso potencial e é esse potencial que vai trazer investidores e criar empregos e futuro, num setor que está a ter um presente muito mais promissor do que tinha há uns anos, mas que queremos que tenha um futuro muito mais promissor ainda", sublinhou.

Neste sentido, o ministro destacou "a importância e o contributo" do trabalho desenvolvido no CEGMA, que foi criado pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia para identificar, valorizar e promover a exploração dos recursos mineiros em Portugal.

O país tem mais de 600 quilómetros de amostras resultantes de prospeções feitas no subsolo da Faixa Piritosa Ibérica desde os anos 60 do século XX e que estão arquivadas na litoteca do CEGMA.

Mas, "muito" do material recolhido "não está devidamente tratado, mapeado e cartografado e, principalmente, não está sistematizado em suportes informáticos" para ser consultado por quem quer saber quais são os melhores sítios onde pode investir em prospeções e explorações, disse o ministro.

"O valor cria-se pelo conhecimento" e, por isso, o CEGMA está a trabalhar para "gerar conhecimento" e, desta forma, "garantir uma extensão da vida das minas" atualmente em exploração e "de mais minas, mais minérios e de outras possibilidades de riqueza do subsolo", frisou.

No entanto, "explorarmos ao máximo a riqueza das minas não nos dispensa do trabalho da diversificação da economia", defendeu, apontando como um "bom exemplo" o trabalho do presidente da Câmara de Aljustrel, Nelson Brito, que, "valorizando bem o papel das minas" na economia do concelho, "tem feito um enorme esforço para atrair outras atividades, porque uma terra não pode depender de uma única atividade", como a mineira, que "é cíclica e vai sempre depender dos preços mundiais" dos minérios.

Nesta lógica, na sua intervenção na cerimónia, Nelson Brito, apesar de frisar que o município quer "acarinhar" o setor mineiro para "que continue com o vigor que está a ter", defendeu a necessidade de Aljustrel "procurar alternativas económicas sustentáveis", sobretudo nas áreas da agricultura e da indústria, para a "excessiva dependência" da economia local em relação ao setor mineiro.

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Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 17, 2018, 09:10:30 pm
Minerar debaixo de água já é possível com engenharia portuguesa


Minerar debaixo de água já é possível, provou-se rentável economicamente e vantajoso para o meio ambiente. A exploração de minério em minas abandonadas e inundadas é possível graças ao desenvolvimento de um sistema robótico, que é composto fundamentalmente por um veículo de mineração subaquático de 25 toneladas, um submarino de inspeção autónomo para apoio à operação e uma barcaça de suporte à operação.

O veículo maior trata-se de um robô de 25 toneladas com capacidade de partir rocha e bombear o material extraído para a superfície de um lado e com um braço hidráulico com ferramentas intermutáveis do outro. O mais pequeno, chamado EVA, movimenta-se em torno do local de mineração, atualizando de forma constante um mapa 3D da área e transmitindo esta cartografia ao veículo maior, de modo a auxiliar na navegação. O robô EVA foi criado por investigadores portugueses do Instituto deEngenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), assim como todo os sistemas sensoriais que permitem a navegação e a operação do robô de 25 toneladas.

Estes robôs foram desenvolvidos no âmbito do projeto europeu VAMOS (Viable Alternative Mine Operating System), com um orçamento superior a 12M€ e financiado em 9,2M€ pelo programa da Comissão Europeia Horizon 2020, cujo objetivo passa pela exploração subaquática de minas terrestres.

“O EVA consegue operar debaixo de água durante cerca de 7 horas, só ao fim desse período é que é necessário trocar as 3 baterias de 1 quilowatt, um processo que é feito em cinco minutos. O robô tem capacidade para descer a cerca de 500 metros de profundidade, mas alguns dos sensores que integram o EVA já têm capacidade para descer a 3 mil metros, podendo ser facilmente adaptado de modo a ser capaz de descer, no curto prazo, até 1000 metros de profundidade”, explica José Miguel Almeida, investigador coordenador no Centro de Robótica e Sistemas Autónomos do INESC TEC e docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

Os dois robôs usam múltiplos sensores para a navegação e posicionamento de elevada exatidão,e para observação do meio que os rodeia. Combinam assim a informação proveniente de sonares, câmaras e um medidor de distâncias a laser que permite a operação do sistema, onde quer que estejam e sob quaisquer condições de visibilidade. Os dados recolhidos, depois de processados e combinados, são enviados para um piloto no centro de controlo, que os consegue ver exibidos numa consola multitela, num ambiente de realidade virtual. Uma versão futura pode também ser capaz de visualizar o tipo e concentrações de minério à medida que é extraído, permitindo assim continuar a explorar aquele que é mais rico e não continuar a investir no mais pobre. Esta informação é fornecida pelo sistema de classificação e avaliação de minério, feito através de espectroscopia de plasma induzido por laser, que foi também desenvolvido por investigadores do INESC TEC, mais precisamente do Centro de Fotónica Aplicada deste instituto.

Apesar de este consórcio ser composto por 17 parceiros, pertencentes a nove países europeus, as principais instituições responsáveis pelo desenvolvimento destes robôs foram essencialmente cinco: SMD (Reino Unido), BMT (Reino Unido), DAMEN (Holanda), INESC TEC (Portugal) e SANDVIK (Alemanha).

O robô EVA está agora no Laboratório de Robótica e Sistemas Autónomos do INESC TEC, localizado nas instalações do ISEP, depois de ter sido testado com sucesso durante quase dois meses na Irlanda. “O robô que desenvolvemos representa os olhos deste sistema. Num lago, quando se começa a minerar no fundo, a quantidade de detritos em suspensão e a turbidez da água aumentam significativamente. Nesse sentido, só com um sistema como o EVA é que se torna possível manter as operações contínuas e um mapa atualizado do estado do fundo, até por questões de segurança da máquina maior”, explica o investigador.

Foi durante dois meses que decorreram os testes deste sistema robótico na mina inundada de Magcobar, em Silvermines. De acordo com José Miguel Almeida, “o VAMOS foi dos projetos mais exigentes em que participámos. Durante dois meses mobilizámos equipas de investigação para estarem em ambiente de mineração dia após dia. Os briefings começavam às sete da manhã e até ao final do dia o sistema robótico não podia parar, pelo que o nosso nível de prontidão tinha que ser elevado, algo que é completamente contrário ao normal funcionamento de um processo de investigação. Conseguir que equipas multidisciplinares compostas por elementosde vários parceiros industriais com diferentes metodologias, assim como de institutos de investigação e outros universitários mais académicos, com diferentes formações e interesses, colaborassem efetivamente foi um processo de aprendizagem. O que aconteceu na Irlanda foi único nesta área”.

Para transportar todo o sistema do VAMOS, incluindo o robô de 25 toneladas, a barcaça e a estação de controlo foram necessários mais de 17 camiões TIR e a operação obrigou a vários meses de preparação de toda a logística. Passados os quase dois meses de testes, houve espaço para duas demonstrações públicas. Participaram nestas demonstrações 85 pessoas, desde membros dos 17 parceiros que integram oprojeto, a geólogos e investigadores de empresas e instituições externas ao consórcio e, até mesmo, a populações locais.

As operações consistiram no corte e operação do material em diversos cenários, bombeando posteriormente o material cortado para um depósito em terra, para posterior avaliação e caracterização da eficiência do processo.

O investigador do INESC TEC explica a importância que este tipo de projetos tem para a Comissão Europeia: “a preocupação da CE ao apostar neste tipo de projetos prende-se, sobretudo, com a dependência do exterior para obter matérias-primas fundamentais para a indústrias e em como explorar recursos que detém. Apesar de a maioria das minas, quando foram fechadas, não serem economicamente viáveis, a verdade é que grande parte delas contém quantidades substanciais dematéria-prima e que, com os resultados deste projeto, podem voltar a ser rentáveis”. Atualmente a UE consome 25 a 35% do metal produzido a nível mundial, enquanto que a extração mineral na Europa ascende apenas a 3% da produção global de minério, o que significa que a UE importa cerca de 200 milhões de toneladas de minerais por ano.

O VAMOS, que teve uma duração de quatro anos, está quase a terminar e já há manifestações de interesse para transferir tecnologias como EVA e os sistemas de navegação e mapeamento para o mercado.

“Se houver, defacto, vontade de transferir o EVA para o mercado vai ser necessário adaptar o protótipo para um produto, o que vai logo tornar necessário padronizar as operações, de modo a que qualquer pessoa, independentemente de ser especialista ou não, consiga operar o robô”, conclui José Miguel Almeida.

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Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 16, 2019, 03:42:08 pm
Lusorecursos prevê 500 milhões de euros para fábricas de processamento de lítio e cerâmica

O responsável pela empresa refere que está a aguardar pela assinatura formal do contrato de exploração com o Estado. A estratégia da Lusorecursos vai passar pela exploração, aproveitamento, valorização dos produtos secundários resultantes da exploração mineira.

A Lusorecursos está a projectar duas fábricas em Montalegre, uma para processamento de composto de lítio e outra de cerâmica, projectos que devem movimentar cerca de 500 milhões de euros e criar centenas de postos de trabalhos.

O diretor executivo (CEO) da Lusorecursos, Ricardo Pinheiro, disse à agência Lusa que a empresa desenvolveu um plano de negócios para implementar em Sepeda, freguesia de Morgade, concelho de Montalegre, no distrito de Vila Real, onde se prepara para avançar com a exploração de lítio.

O responsável adiantou que a empresa está a aguardar, neste momento, pela assinatura formal do contrato de exploração com o Estado.

Ricardo Pinheiro referiu que a estratégia empresarial para aquele território de Montalegre passa pela exploração, a transformação e o aproveitamento e valorização dos produtos secundários resultantes da exploração mineira.

O responsável explicou que a unidade industrial estará separada em duas fases, sendo que na primeira, no designado concentrador, será feita a separação dos vários minerais que vão sair da exploração.

Depois, numa fase seguinte, na refinaria, será processado o hidróxido de lítio a utilizar nas baterias elétricas.

Ricardo Pinheiro referiu que o investimento nesta unidade industrial “deverá rondar os 450 milhões de euros e criar entre 250 a 300 postos de trabalho”.

O responsável ressalvou que ainda estão a ser feitos estudos técnicos e que o valor final do investimento só será definido posteriormente.

Segundo a Lusorecursos, na área investigada em Sepeda, freguesia de Morgade e Sarraquinhos, as prospeções apontam para um depósito de “30 milhões de toneladas” de lítio. No entanto, a área de concessão é muito superior à investigada.

A restante matéria-prima, como o feldspato, caulino ou outras argilas, irá alimentar uma fábrica de cerâmica, onde serão produzidas “placas de grande dimensão” que poderão ser usadas em revestimentos ou pavimentos, e que, atualmente, segundo frisou Ricardo Pinheiro, “são apenas produzidas em Espanha ou na China”

O responsável destacou “a inovação” associada ao projeto e salientou também a introdução da “técnica de impressão digital”.

“É um projeto de 25 milhões de euros que vai criar cerca de 100 postos de trabalho. Trata-se de uma linha de montagem já no âmbito da indústria 4.0, totalmente automatizada, robotizada, que vai incluir uma equipa de arquitetura e de design”, afirmou.

Segundo adiantou, 80% da produção desta fábrica de cerâmica será destinada à exportação para países árabes e do Extremo Oriente.

Ricardo Pinheiro referiu que a unidade industrial do empreendimento vai ser alimentada energeticamente por uma central de biomassa, que terá uma potência instalada de 10 megawatts, ainda painéis fotovoltaicos e gás natural.

Com vista a ter matéria-prima para alimentar a central de biomassa, a empresa disse que está já a trabalhar com os baldios da região para um maior investimento na reflorestação destas áreas.

De acordo com o plano de negócios, a Lusorecursos prevê investir 20 milhões de euros nesta central e criar à volta de 80 postos de trabalho.

A empresa está também a trabalhar no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que será remetido à Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Ricardo Pinheiro disse que se tudo correr bem, a exploração deve arrancar “em 2020”. “Em 2022, teremos que ter produto acabado para entregar hidróxido de lítio aos compromissos que temos com os nossos clientes”, frisou.

A procura mundial pelo lítio, usado na produção de baterias para automóveis e placas utilizadas no fabrico de eletrodomésticos, está a aumentar e Portugal é reconhecido como um dos países com reservas suficientes para uma exploração comercial economicamente viável.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/lusorecursos-preve-500-milhoes-de-euros-para-fabricas-de-processamento-de-litio-e-ceramica-422846
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: smg em Março 16, 2019, 08:54:56 pm
Boa noite . Caro Cabeça de Martelo , parece que as minas de volfrâmio da Borralha , Montalegre , também vão ser reactivadas . Não sou contra a exploração do lítio na região já que as alterações climáticas fazem com que seja necessário procurar alternativas à queima de combustíveis fósseis . No entanto para avançar essa exploração deve implicar duas coisas . A primeira é que seja feito absolutamente tudo para minimizar os impactos negativos das minas  no ambiente assim como a reabilitação paisagística no fim  da exploração . Em segundo lugar não pode acontecer o mesmo que aconteceu com as barragens . Montalegre tem 5 da EDP , e uma 6 espanhola , foram os melhores terrenos agrícolas que foram inundados , o país tem lucrado com isso , a EDP e os seus accionistas , hoje em dia espalhados pelo mundo , também têm lucrado , e o que fica no concelho Barrosão são tostões . Nos anos 50 do século passado houve um político de Lisboa que veio cá dizer que essas barragens iam ser um grande factor de desenvolvimento . Miguel Torga ,ao ouvir isso escreveu num dos seus Diários que os políticos de Lisboa eram uns papagaios insinceros . Não se enganou , hoje o concelho de Montalegre tem cerca de um terço da população que tinha na altura da construção das barragens , população essa muito envelhecida e a diminuir de ano para ano . Por isso muitas das mais valias , desta vez , têm que ficar por cá e servir para contrariar a morte lenta desses concelhos de Boticas e Montalegre . Se essas duas condições não forem atendidas , então terei que me juntar aos que se opõem às minas .
Já que estou a falar de minas , quem passar pelo concelho de Vila Pouca de Aguiar , pode visitar o lugar de Três Minas , com 3 crateras resultantes da exploração do ouro pelos romanos . Tem um pequeno museu perto que explica todo o processo de mineração , muito interessante e impressionante . Um abraço .
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Maio 03, 2019, 01:32:28 pm
Empresa australiana Fortescue desiste de prospeção de lítio no Alto Minho


A australiana Fortescue, que requereu a prospeção de lítio na zona de Fojo, que abrange os concelhos de Monção, Melgaço e Arcos de Valdevez, desistiu do pedido e comunicou a decisão à Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).

De acordo com o documento a que a agência Lusa teve hoje acesso, os representantes legais da Fortescue Metals Group Exploration pty em Portugal comunicaram à DGEG a "desistência do pedido e do respetivo procedimento" para a denominada zona de Fojo, que abrange os concelhos de Monção, Melgaço e Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo.

No documento, datado de 30 de abril, enviado à divisão de minas, a advogada Joana Silva Aroso "solicita a retirada imediata de toda a informação geoespacial relativa aquele pedido, constante do sistema de informação geográfica da DGEG".

Em causa está um requerimento para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais na área denominada Fojo apresentado à DGEG pela empresa australiana Fortescue Metals Group Exploration pty.

O aviso do pedido de prospeção e pesquisa foi publicado em março em Diário da República (DR).

As autarquias dos três municípios abrangidos por aquele pedido apresentaram uma "contestação conjunta" junto da DGEG, exigindo o indeferimento do pedido da empresa australiana.

Na sequência da publicação em DR daquele aviso foi criado um movimento cívico.

Designado "Em Defesa das Serras da Peneda e do Soajo", o movimento vai promover no dia 12 uma caminhada de contestação a um pedido de prospeção de lítio nos três concelhos.

Em declarações, hoje, à Lusa, Ludovina Sousa, da organização, adiantou que a "caminhada pretende ser um protesto simbólico para dar visibilidade ao movimento e à luta que está a ser travar para impedir a maior ameaça de sempre à integridade das Serras da Peneda e Soajo".

A iniciativa reunirá participantes dos três concelhos "alvo" do pedido de prospeção: Melgaço, Monção e Arcos de Valdevez.

O movimento cívico criado nas redes sociais, já constituído por mais de 9.600 membros, lançou ainda uma petição pública, assinada por mais de 9.300 pessoas, e disponibilizou um modelo de reclamação junto da DGEG.

Na petição pública, o movimento cívico refere que "zona requerida para prospeção integra a Zona de Proteção do Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG), Rede Natura 2000, Reserva Ecológica Nacional (REN) e Reserva Agrícola Nacional (RAN)", estando sujeita também a algumas restrições decorrentes dos Planos Diretores Municipais (PDM)dos três concelhos.

"Trata-se da maior ameaça de sempre à integridade das Serras da Peneda e Soajo. As consequências serão devastadoras. Será um verdadeiro atentado ecológico", sustentam os autores do documento.

A "ameaça" que a prospeção representa para "as aldeias seculares e emblemáticas" daquela região, para "a saúde pública, a "destruição da paisagem, da flora e da fauna" e a "delapidação do património histórico, familiar e ambiental", são outros dos argumentos apresentados na petição.

No final de abril, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou que o Governo vai lançar, até final do ano, oito novos concursos para exploração de lítio em Portugal, garantindo que tais operações não põem em causa a saúde das populações daquelas zonas ou o meio ambiente.

A procura mundial pelo lítio, usado na produção de baterias para automóveis e placas utilizadas no fabrico de eletrodomésticos, está a aumentar e Portugal é reconhecido como um dos países com reservas suficientes para uma exploração comercial economicamente viável.


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Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: asalves em Maio 06, 2019, 06:12:31 pm
Lusorecursos prevê 500 milhões de euros para fábricas de processamento de lítio e cerâmica

O responsável pela empresa refere que está a aguardar pela assinatura formal do contrato de exploração com o Estado. A estratégia da Lusorecursos vai passar pela exploração, aproveitamento, valorização dos produtos secundários resultantes da exploração mineira.

A Lusorecursos está a projectar duas fábricas em Montalegre, uma para processamento de composto de lítio e outra de cerâmica, projectos que devem movimentar cerca de 500 milhões de euros e criar centenas de postos de trabalhos.

O diretor executivo (CEO) da Lusorecursos, Ricardo Pinheiro, disse à agência Lusa que a empresa desenvolveu um plano de negócios para implementar em Sepeda, freguesia de Morgade, concelho de Montalegre, no distrito de Vila Real, onde se prepara para avançar com a exploração de lítio.

O responsável adiantou que a empresa está a aguardar, neste momento, pela assinatura formal do contrato de exploração com o Estado.

Ricardo Pinheiro referiu que a estratégia empresarial para aquele território de Montalegre passa pela exploração, a transformação e o aproveitamento e valorização dos produtos secundários resultantes da exploração mineira.

O responsável explicou que a unidade industrial estará separada em duas fases, sendo que na primeira, no designado concentrador, será feita a separação dos vários minerais que vão sair da exploração.

Depois, numa fase seguinte, na refinaria, será processado o hidróxido de lítio a utilizar nas baterias elétricas.

Ricardo Pinheiro referiu que o investimento nesta unidade industrial “deverá rondar os 450 milhões de euros e criar entre 250 a 300 postos de trabalho”.

O responsável ressalvou que ainda estão a ser feitos estudos técnicos e que o valor final do investimento só será definido posteriormente.

Segundo a Lusorecursos, na área investigada em Sepeda, freguesia de Morgade e Sarraquinhos, as prospeções apontam para um depósito de “30 milhões de toneladas” de lítio. No entanto, a área de concessão é muito superior à investigada.

A restante matéria-prima, como o feldspato, caulino ou outras argilas, irá alimentar uma fábrica de cerâmica, onde serão produzidas “placas de grande dimensão” que poderão ser usadas em revestimentos ou pavimentos, e que, atualmente, segundo frisou Ricardo Pinheiro, “são apenas produzidas em Espanha ou na China”

O responsável destacou “a inovação” associada ao projeto e salientou também a introdução da “técnica de impressão digital”.

“É um projeto de 25 milhões de euros que vai criar cerca de 100 postos de trabalho. Trata-se de uma linha de montagem já no âmbito da indústria 4.0, totalmente automatizada, robotizada, que vai incluir uma equipa de arquitetura e de design”, afirmou.

Segundo adiantou, 80% da produção desta fábrica de cerâmica será destinada à exportação para países árabes e do Extremo Oriente.

Ricardo Pinheiro referiu que a unidade industrial do empreendimento vai ser alimentada energeticamente por uma central de biomassa, que terá uma potência instalada de 10 megawatts, ainda painéis fotovoltaicos e gás natural.

Com vista a ter matéria-prima para alimentar a central de biomassa, a empresa disse que está já a trabalhar com os baldios da região para um maior investimento na reflorestação destas áreas.

De acordo com o plano de negócios, a Lusorecursos prevê investir 20 milhões de euros nesta central e criar à volta de 80 postos de trabalho.

A empresa está também a trabalhar no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que será remetido à Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Ricardo Pinheiro disse que se tudo correr bem, a exploração deve arrancar “em 2020”. “Em 2022, teremos que ter produto acabado para entregar hidróxido de lítio aos compromissos que temos com os nossos clientes”, frisou.

A procura mundial pelo lítio, usado na produção de baterias para automóveis e placas utilizadas no fabrico de eletrodomésticos, está a aumentar e Portugal é reconhecido como um dos países com reservas suficientes para uma exploração comercial economicamente viável.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/lusorecursos-preve-500-milhoes-de-euros-para-fabricas-de-processamento-de-litio-e-ceramica-422846

Se alguém tiver tempo que veja a reportagem:
https://www.rtp.pt/noticias/pais/sexta-as-9-exploracao-de-litio-entregue-a-acusado-de-fraude_n1140871 (https://www.rtp.pt/noticias/pais/sexta-as-9-exploracao-de-litio-entregue-a-acusado-de-fraude_n1140871)

Para perceberem como este Pais funciona.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lightning em Novembro 17, 2019, 01:03:52 pm
Pros e Contras
A Nova Era do Litio

https://www.rtp.pt/play/p5337/pros-contras
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 11, 2020, 03:12:06 pm
Exploração de lítio em Portugal “não é viável” e pode ser uma “fraude”
Por Executive Digest

A exploração de lítio em Portugal não é viável, afirma o presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude, Óscar Afonso, em declarações à Renascença.

“A evolução dos preços, com a dimensão das reservas e com os custos fixos e variáveis associados ao projeto, não consigo perceber como é que pode ser viável”, afirma o professor da Faculdade de Economia do Porto.

Segundo o responsável, as reservas de lítio em Portugal são “insignificantes”, o que vai levar ao abandono precoce das explorações. E só num contexto extremo, em que acabem as reservas mundiais, é que o presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude admite a aposta numa exploração, por exemplo, em Montalegre.

Perante este cenário, explica, a eventual utilização de fundos comunitários para a instalação em Portugal de uma refinaria de lítio pode ser entendida como uma fraude.

“Se eu achar que as pessoas sabem que aquilo não é rentável e mesmo assim avançam, porque o objetivo é aceder a fundos comunitários, que compensam isso e, portanto, não se importam, isso é uma coisa fraudulenta em relação às pessoas que lá vivem e em relação ao resto da Europa”, conclui o presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude.

https://executivedigest.sapo.pt/exploracao-de-litio-em-portugal-nao-e-viavel-e-pode-ser-uma-fraude/
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Abril 23, 2021, 10:47:14 am
Exploração de lítio em Portugal contestada por populações locais


Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lightning em Fevereiro 04, 2022, 03:24:16 pm
https://expresso.pt/economia/litio-conheca-cada-uma-das-seis-areas-que-vao-a-concurso/
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 04, 2022, 05:58:03 pm
Portugal avança com polémico concurso para prospeção de lítio


Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: HSMW em Fevereiro 16, 2022, 01:47:23 am
(https://pbs.twimg.com/media/FLj-qc5WYAgA4sS?format=jpg&name=medium)

https://www.ipcei-batteries.eu/accompanying-research/media-publications

Em Portugal é só extrair o lítio e arrasar o ambiente.
O produtos de real valor acrescentado vão para outros países... 

É um bocado como Angola, exporta petróleo para depois importar uma série de derivados.

Continuo a dizer, se tivéssemos os recursos da Noruega, seríamos como Angola e não como a Noruega.
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitaniae em Fevereiro 16, 2022, 05:47:23 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FLj-qc5WYAgA4sS?format=jpg&name=medium)

https://www.ipcei-batteries.eu/accompanying-research/media-publications

Em Portugal é só extrair o lítio e arrasar o ambiente.
O produtos de real valor acrescentado vão para outros países... 

É um bocado como Angola, exporta petróleo para depois importar uma série de derivados.

Continuo a dizer, se tivéssemos os recursos da Noruega, seríamos como Angola e não como a Noruega.

O que está previsto é que quando se começar com a extração de lítio em Portugal que irão ser criadas cadeias de valor com a transformação e mesmo com litio vindo de outras origens.
Se isso não vier a acontecer, os responsáveis por este dossier, cometem um crime lesa-patria!

https://www.dn.pt/dinheiro/galp-e-northvolt-estimam-investimento-de-700-me-em-fabrica-de-conversao-de-litio-em-portugal-14406554.html
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: asalves em Fevereiro 17, 2022, 09:19:06 am
(https://pbs.twimg.com/media/FLj-qc5WYAgA4sS?format=jpg&name=medium)

https://www.ipcei-batteries.eu/accompanying-research/media-publications

Em Portugal é só extrair o lítio e arrasar o ambiente.
O produtos de real valor acrescentado vão para outros países... 

É um bocado como Angola, exporta petróleo para depois importar uma série de derivados.

Continuo a dizer, se tivéssemos os recursos da Noruega, seríamos como Angola e não como a Noruega.

O que está previsto é que quando se começar com a extração de lítio em Portugal que irão ser criadas cadeias de valor com a transformação e mesmo com litio vindo de outras origens.
Se isso não vier a acontecer, os responsáveis por este dossier, cometem um crime lesa-patria!

https://www.dn.pt/dinheiro/galp-e-northvolt-estimam-investimento-de-700-me-em-fabrica-de-conversao-de-litio-em-portugal-14406554.html

As vezes não é uma questão de querer/poder, é uma questão se existe escala que compense uma "fabrica" para proceder à conversão. Lembro-me de uma fabrica de biocombustível a partir da beterraba, não sei como está a situação agora, mas lembro-me que houve uma época que tinham que importar grande parte da matéria-prima, pois a produção nacional era claramente insuficiente. Acho que chegaram a ponderar fechar a mesma pois a importação consumia todas as margens de lucro.

Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Viajante em Fevereiro 17, 2022, 10:32:56 am
Se o lítio em Portugal, estiver restrito só à exploração mineira, então mais vale não acontecer.
O país não ganha absolutamente nada em fornecer matéria-prima, ainda por cima de origem mineira (sabemos bem o impacto ambiental que tem) para a indústria.
Ou é acrescentado valor aqui e criados postos de trabalho qualificado (transformação e processamento do lítio), ou eu não vejo qual a vantagem de empregar mineiros!!!!!

E já agora, que vamos gramar este governo mais 4 anos, uma vez que a Europa quer acabar com carros a combustão por decreto...... o que vai acontecer às unidades industriais do país? Autoeuropa, Renault Cacia, Toyota Caetano, PSA Mangualde, Mitsubishi Fuso vão fechar? Produzem só carros eléctricos?
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: HSMW em Agosto 17, 2022, 01:03:51 am
(https://pbs.twimg.com/media/FaSuib_XoAE-zZa?format=jpg&name=medium)

Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lightning em Abril 12, 2023, 02:07:52 pm
O litio ainda anda ai

https://expresso.pt/politica/governo/2023-04-12-Costa-salienta-na-Coreia-do-Sul-que-Portugal-tem-maiores-reservas-de-litio-da-Europa-68b27be1?utm_medium=Social&utm_source=Facebook#Echobox=1681289194
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Maio 31, 2023, 10:47:10 am
Exploração de lítio no Barroso com ‘luz verde’ da Agência Portuguesa do Ambiente



A mina de lítio do Barroso, proposta para Boticas, distrito de Vila Real, obteve uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), informou hoje a empresa Savannah.

Em comunicado, a empresa congratulou-se com esta decisão, considerando-a “muito positiva para o desenvolvimento do seu projeto”.

A Savannah salientou que “esta é a primeira vez que um projeto de lítio em Portugal tem uma DIA favorável” e referiu que, após esta decisão pela APA, pode “iniciar a próxima fase de desenvolvimento do projeto ao nível do licenciamento ambiental.

“Como é natural neste tipo de aprovações, a DIA prevê o cumprimento de um conjunto de condições, medidas e compensações e que merecem o acordo da Savannah”, sublinhou, acrescentando que “estas condições garantem que o projeto será desenvolvido de forma responsável e que os benefícios socioeconómicos serão partilhados com todas as partes interessadas”.

O diretor executivo (CEO) da Savannah, Dale Ferguson, considerou que a decisão positiva da APA “é um passo extremamente importante, não só para o desenvolvimento do projeto lítio do Barroso, mas também para a indústria de matérias-primas do lítio em Portugal”.

“Dado o compromisso da Savannah com práticas responsáveis, que minimizem o impacte e partilhem os benefícios socioeconómicos, a empresa também concordou com as condições associadas à decisão”, afirmou, citado no comunicado.

Condições que incluem, por exemplo, “a obtenção de aprovação condicional para construir a estrada proposta para a ligação à Autoestrada 24 (A24) e a limitação da remoção da vegetação da área do projeto em determinados meses do ano”.

A Savannah disse ainda que, outras condições, como a não captação de água do rio Covas e o enchimento e a recuperação paisagística das áreas de extração de minério “refletem os planos e compromissos que a empresa já assumiu nas suas apresentações à APA, bem como o programa de envolvimento da comunidade e os objetivos de descarbonização”.

“A decisão favorável da APA marca o início de uma nova fase para o projeto de Lítio do Barroso, para a Savannah e para Portugal, que dá o primeiro passo para assumir um papel significativo na cadeia de valor europeia das baterias de lítio e na transição energética”, salientou Dale Ferguson.

Uma DIA favorável permite à Savannah avançar “com os principais estudos económicos do projeto, incluindo a publicação de um estudo atualizado de definição do âmbito, no início do segundo semestre de 2023 e recomeçar o Estudo de Viabilidade Definitivo”.

De acordo com a empresa, o “processo de licenciamento ambiental do projeto vai continuar” e a Savannah espera “apresentar à APA, dentro de nove a 12 meses, o Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE), que incluirá os planos finais para o projeto com todas as condições da DIA, juntamente com as medidas e planos de monitorização ambiental a implementar durante as fases de construção e operação, de forma a cumprir todos os critérios estabelecidos pela DIA.

A consulta pública do reformulado Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da mina do Barroso, terminou em abril com 912 participações submetidas através do portal Participa.

A empresa submeteu o EIA da mina do Barroso em junho de 2020 e, dois anos depois, o projeto recebeu um parecer “não favorável” por parte da comissão de avaliação da APA, mas, ao abrigo do artigo 16.º do regime jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), o projeto foi reformulado e ressubmetido a apreciação.

A mina do Barroso tem uma duração estimada de 17 anos, a área de concessão prevista é de 593 hectares e é contestada por associações locais e ambientalistas e a Câmara de Boticas, no distrito de Vila Real.


 :arrow: https://executivedigest.sapo.pt/noticias/exploracao-de-litio-no-barroso-com-luz-verde-da-agencia-portuguesa-do-ambiente/
Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Junho 09, 2023, 10:23:33 am
Mina de lítio não convence população de Covas do Barroso


Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 09, 2023, 01:17:24 pm
Exploração do lítio vale centenas de milhões por ano


Título: Re: Sector Mineiros/Extrativo
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 09, 2024, 01:14:54 pm
MP pede anulação de DIA na exploração de lítio