Papatango, na guiné na decada de 90 estivemos sozinhos e se tivesse corrido mal, poderiamos ter necessidade de criar uma zona segura com apoio de fogos para impedir qualquer tentativa de ataque a essa zona.
De facto, «poderiamos ter necessidade de» mas isso não quer dizer que tivessemos capacidade para.
Vejamos a situação presentemente, no país mais afectado com a crise na Líbia, a Itália.
Alguém acha que neste momento os italianos estão com falta de Leopard-1 ou de tanques Ariete mais ou menos modernizados ?
Alguém acha que os italianos discutem se os Leopard-1 são mais eficientes que os Ariete modernizados ?
Alguém acha que eles discutem neste momento qual dos tanques é mais barato de manter ?
Não !
Neste momento, a Itália precisa de navios de patrulha e de ajuda para tentar evitar que os emigrantes naveguem até Lampedusa (os Líbios) ou até Panteleria (os tunisinos).
Se a situação na Líbia atingisse um ponto de colapso dos dois lados, o problema seria a total ausência de um governo e a a transformação do país numa espécie de Somália onde piratas atacassem a navegação.
Nesse caso o que é preciso são navios e não tanques.
Se ainda houvesse couraçados ou os americanos já tivessem desenvolvido os seus planos de plataformas costeiras de tiro, provavelmente isso seria o suficiente para mudar o curso da guerra na Líbia.
Hoje, como ontem, o país defende-se no mar e não em terra.
Em terra, Portugal é praticamente indefensável sem auxílio externo. No mar, canta outro galo.
Entretanto dos dois NPO,s em Viana do Castelo, um já parece um destroço ferrugento (sim eu sei que é só uma questão de pintura).
Cumprimentos