Caro Srs
Por muito louvável que a sua ideia seja não posso estar mais em desacordo.
Deve conhecer a velha história do Leão, do Urso e do Coelho.
Estavam na mata a arrear o calhau, o urso e o coelho! Eis que o urso pergunta? Oh coelho tu largas o pelo? Eu não, disse o coelho, sou muito saudável. O urso pega no coelho e limpa o cú. No outro dia o leão encontra o urso e diz-lhe: Com que então! Tens a mania que és grande, o rei da montanha, só força, mas ontem, vi-te a dar o olho ao coelho, mas deixa estar que já contei a toda a malta , a esta hora já todo o mundo sabe.
Moral da historia:
Há sempre um, mais sacana do que nós e neste contexto, quem elege estes sacan….. não
são os que lêem jornais( os leões) mas sim os que limpam o cú com os jornais( os ursos).
Perdoem-me a ironia, mas:
Estou convicto que os melhores amigos “deles” são precisamente os legalistas, ou os politicamente correctos, pois o jogo está adulterado desde o inicio, Faz-me lembrar um jogo de futebol numa Unidade em Angola de quase só africanos em que, com as substituições a meio do jogo( e isto é verídico), a nossa equipa tinha 11 e eles já iam em 14 ou 15.
O que eles gostam é de ver precisamente o pessoal a gastar energias nesse tipo de jogo em que eles, não só são exímios como tem os ases e jokers todos na mão.
Legalidade, para quem? Para si e para mim, para eles não. Alguém foi penalizado por erros de governação? ( Como diz um camarada: Se eu governasse o pelotão como eles o fazem cá, teriamos ficado todos lá)
Justiça, para quem? Só se for pró gajo apanhado a conduzir a carroça bêbado, para os outros há conferencias de imprensa e entrevistas na TV.
As mordomias não param de crescer para um dos lados, para o outro só apertos.
A pirâmide esta cada vez mais afunilada.
Isto é um circo ,uma palhaçada. Diz com toda a razão o Dr. Medina Carreira, ( Pilao como eu) mas que influencia directa tem? Pouca ou nenhuma, porque a maquina está tão bem oleada que, ele e outros como tais, são pura e simplesmente cilindrados.
Por vezes até julgo que o deixam falar para se manterem as aparências da democracia.
Temos democracia, mas não muita, quase tipo democracia Zedú de Angola, o meu amigo pode dizer o que achar por bem, desde que, eu esteja de acordo.
Dado que o poder esta bipolarizado, isto só mudará quando o Maomé provar toucinho.
Uma das coisas que eles mais gostam de ouvir, é aquela do pessoal a dizer : Eu não voto neles há não sei quantos anos.
Pois óptimo! Assim faço o que bem quero com os toinos que de 8 em 8 anos mudam de campo para continuarem o mesmo jogo.
Justificando o que advogo.
Há uns anos passou-se uma situação que ainda me deixa a pensar na maka. Vou
ocultar nomes e localização por imperativos pessoais.
Havia a info de que estaria eminente um ataque á vila, na véspera o pessoal do comando debateu, se deveria ou não mandar, evacuar o pessoal civil. Tomou a decisão de não, porque poderia criar o pânico, mais fazer deslocar em viaturas cerca de 120 estrangeiros, depois as casa ficavam vazias, mais isto aquilo e aqueloutro. No outro dia, as 4.30 um arraial de fogacharia. Resultado foi tudo agarrado á mão menos uns 25, partiram aquela treta toda, gamaram tudo e a maralha marchou á pata até ao Zaire. Isto porque se entrou na tal história de esperar para ver.
Se a França tem apertado os calos ao Sr. Adolfo quando ele ocupou aquela zona do Rhur, ou coisa parecida, ainda antes da guerra, e o exercito francês tem dado um murro na mesa, ele não se aventuraria a outras cavalgadas. Mas os legalistas da altura acenavam com papeis á chegada a Londres, e depois foi o que se viu.
Claro que não vamos cair no campo dos Ses, mas quando o barco se está a afundar, alguma coisa tem que ser feita.
Há um exemplo que para mim é sintomático deste tipo de situação.
No Vietname quando a tropa americana começou com a psico tratou de vacinar uns miúdos numa aldeia. O comando Vietcong da zona pegou num par de médicos e tratou de amputar os braços ás pobres das crianças.
Resultado: Os americanos acabaram com as vacinas e os aldeões deixaram-se de tentações.
É este o espírito e o principio, senão os abanarmos “eles” nunca vão olhar prá sombra,
É tempo de marchar sobre Roma, meu caro, não com baixo-assinados para advogados ou perder tempo á procura de competências debaixo da cama, que as há, mas nesta fase, nada vão poder fazer. Há que usa-lás depois de varrer a casa.
Tenho que dar razão ao Sr. Bakunine, há que deitar a casa abaixo par se poder reconstruir. Julga que gosto do panorama? Não, mas não vejo outra alternativa senão passar á insubordinação e desobediência civis.
O Sr. António O. Salazar dizia que um abanão a tempo poupava muitas horas de sono.
Aceito a censura somente para evitar makas para com o fórum, pois que pessoalmente pouco me dá, outros, se calhar bem melhores ou piores do que estes, tentaram dar-me cabo do canastro em Angola e não conseguiram. Vamos dividir tarefas, faça o Sr. o seu papel, que eu vou tentar fazer o meu.
Saúde e desporto