Em primeiro lugar há que lembrar que um produto de exportação não é necessariamente menos sofisticado que o utilizado para o mercado interno.
Aliás, o T-72 modernizado, também se destinou em primeiro lugar a exportação, porque na URSS o carro de combate mais sofisticado era o da linha T-64/T80.
Poderíamos dizer que se houvesse produto de exportação esse seria de facto o T-72, já que o T-64 nunca foi exportado, principalmente porque era demasiado caro.
Entre os problemas do T-72 não está a questão da qualidade mas sim do conceito genérico, que faz com que todos os carros de combate soviéticos sejam parecidos.
Os defeitos de conceito, estão em todos os veículos. Todos eles têm dimensões reduzidas, blindagem inferior, problema que nunca foi resolvido nem com a blindagem reactiva e o problema da compartimentação da torre, que faz com que em certas circunstâncias aumente imenso a probabilidade de a torre explodir, quando o blindado pega fogo.
Não tem nada a ver com versões de exportação. Tem a ver com o produto com quase 50 anos de desenvolvimento. Nenhum fabricante pode fazer milagres. Por muito eficientes que os russos sejam nas adaptações, os T-90 nunca vão deixar de ser o resultado de uma quantidade enorme de remendos, num projecto que nunca foi de facto muito bom.
Os remendos podem até ser bons, mas serão sempre remendos e facelifts.
Você pode ter uma mulher com 50 anos, com acesso às melhores clínicas de rejuvenescimento, médicos, tratamentos de pele, roupa da melhor qualidade e dos melhores estilistas.
Mas você não muda a idade dela.
Pode até ter imensas qualidades, mas a realidade é a realidade, por muito facelift e operação plástica que se faça.
Ah, e é claro,
Você pode sempre dizer que a experiência da mulher de 50 anos ultrapassa as vantagens de uma de 25 :twisted: :twisted: