O Desastre da Dívida Pública

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O Desastre da Dívida Pública
« em: Setembro 16, 2010, 03:13:06 pm »
Até quando  :?:
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quinta-feira, 16 de Setembro de 2010 | 08:02    
   
Dívida portuguesa cresceu 2,5 M€ por hora até Agosto

O aumento líquido da dívida pública portuguesa nos primeiros oito meses do ano ascendeu a 14,2 mil milhões de euros, o que corresponde a uma média de 2,5 milhões de euros por hora, noticia esta quinta-feira o jornal Público. O valor da dívida emitida aproxima-se já do total previsto no Orçamento de Estado para 2010, que se situa nos 17,4 mil milhões de euros.

As dificuldades de financiamento têm forçado o Estado português a recorrer com maior frequência à emissão de dívida, para uma média de 2,5 M€ por hora, segundo contas do economista João Duque.

Entre Janeiro e Agosto do ano passado, Portugal emitiu 11,1 mil milhões de euros de dívida, ou seja, 1,9 M€ por hora.

A agravar a situação estão também os níveis cada vez mais elevado das taxas de juro a pagar aos investidores, que têm batido sucessivamente recordes históricos.

O peso da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB), passou de 80% no ano passado para 87% este ano, face aos valores do PIB de 2009, uma situação que é agravado pelas perspectivas de fraco crescimento económico para este ano.

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... ews=143619

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JPMorgan: Evolução orçamental de Portugal é "preocupante"
16 Setembro 2010 | 14:23
Sara  Antunes




Portugal parece não estar a conseguir ser bem sucedido na consolidação orçamental. E se a Grécia parece estar "algo adormecida" nesta batalha, o JPMorgan considera que a situação de Portugal "parece um pouco mais preocupante".
O JPMorgan emitiu uma nota de análise onde considera que “Espanha e Irlanda parecem estar a conseguir os seus objectivos orçamentais para este ano”, segundo a Bloomberg.

Já a Grécia mostra “algum adormecimento” e, em relação a Portugal “a situação parece um pouco mais preocupante, com a falta de progressos orçamentais reflectidos num crescimento mais célere da despesa o que é inconsistente com o objectivo orçamental”.

Esta nota surge depois de vários alertas enviados a Portugal. Ainda esta semana Michael Meister, membro do Governo da chanceler alemã, afirmou que Portugal não está a fazer o suficiente para evitar o futuro da Grécia e necessita de mais medidas para animar a sua economia.

“Cada país tem que fazer a sua parte para impulsionar a sua economia na Zona Euro, não apenas cortando os gastos como Portugal fez”, disse Meister na terça-feira, acrescentando que “necessitamos assinalar aos mercados: não se preocupem, estamos a resolver os nossos problemas estruturais, e seria desejável mais participação de Portugal”.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=443845
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cromwell

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Re: o Desastre da Dívida Pública
« Responder #1 em: Setembro 16, 2010, 03:50:33 pm »
Viva o governo do PS! :evil:
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Marauder

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Re: o Desastre da Dívida Pública
« Responder #2 em: Setembro 16, 2010, 04:42:01 pm »
bolas..já vai em 87%??
Eu ainda sou do tempo em que a mesma andava pelos 60%..bons tempos  :roll:
 

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Re: o Desastre da Dívida Pública
« Responder #3 em: Setembro 17, 2010, 10:50:20 am »
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Não é melhor chamar já o FMI?
16 Setembro2010  |  11:34
Camilo Lourenço

O leilão de ontem confirma que os mercados estão, paulatinamente, a fechar o cerco ao País.
O Tesouro português colocou ontem 750 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a 12 meses à taxa de 3,369%, uma subida de 0,61 pontos percentuais face à emissão de há duas semanas (num leilão semelhante, em Janeiro, a taxa foi de 0,92%, o que dá uma ideia clara do agravamento proibitivo dos custos de financiamento do Estado). Já na semana anterior tinha acontecido uma hecatombe semelhante, aquando da colocação de Obrigações do Tesouro a cinco e 10 anos.


O leilão de ontem confirma que os mercados estão, paulatinamente, a fechar o cerco ao País. Ou seja, Portugal está em vias de se tornar na nova Grécia. Como disse Fernando Ulrich, os mercados já não nos dão o benefício da dúvida (Santos Ferreira já tinha dito algo de parecido, ao referir que a melhor ajuda que o Governo pode dar à banca é consolidar as contas públicas).



O que tudo isto significa é que o nosso destino está traçado: como não temos mão na despesa, os mercados só nos financiam a taxas escandalosamente elevadas. Só que a partir de certo limite o País deixará de poder honrar os seus compromissos. É neste ponto da equação que entra o FMI, única instituição capaz de garantir aos mercados que vamos pôr as finanças públicas em ordem (ao contrário do que aconteceu com a promessa feita no PEC II).



É bem provável que José Sócrates resista até à última antes de recorrer ao Fundo (a humilhação custar-lhe-á as eleições). Mas bem vistas as coisas, o FMI é capaz de ser a melhor solução para o País. Porque o Governo não é capaz de cortar despesa. E sabe Deus se o PSD, uma vez chegado ao poder, fará melhor.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=443789
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Re: O Desastre da Dívida Pública
« Responder #4 em: Setembro 20, 2010, 12:24:43 pm »
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 Risco
‘Spread' português assinala novo valor recorde

Cristina Barreto  
20/09/10 11:48

O prémio exigido pelos investidores para comprar dívida nacional em vez da alemã atingiu hoje um novo recorde.


A ‘yield' das obrigações nacionais a 10 anos superou os 6,2% e o ‘spread' face à ‘bund' atingiu um novo máximo de 370 pontos.

Segundo um operador em Londres, citado pela Reuters, não existem notícias que justifiquem esta subida, pelo que deve tratar-se "de alguém a vender obrigações portuguesas em pequenas parcelas".

A par do máximo do ‘spread', a taxa de juro cobrada pelos investidores para comprarem estes títulos de dívida portuguesa superou os 6,2%, estando agora muito perto do máximo fixado em Maio passado, no pico da crise da dívida soberana.

O mesmo sucedia com a Irlanda, em que o prémio exigido pelos investidores para adquirir dívida irlandesa a 10 anos, em vez da alemã com a mesma maturidade, escalava para 387 pontos base, também um novo valor recorde. Isto ainda no rescaldo dos rumores de sexta-feira, de que a Irlanda seria obrigada a recorrer à ajuda da União Europeia e do FMI, hipótese essa que foi entretanto desmentida.

Já no caso de Espanha, o ‘spread' avançava hoje para 177,8 pontos base, enquanto no que toca à Grécia descia ligeiramente, depois de uma semana inteira em alta.

Quanto ao custo para subscrever um seguro em caso de incumprimento da dívida de um país, Portugal era o segundo que mais subia no mundo, apenas superado pela Roménia. O preço dos 'credit default swap' (CDS) sobre obrigações portuguesas a cinco anos, uma espécie de seguro contra o eventual incumprimento do Estado português, progredia 4,4 pontos para 352 pontos base.

Já os CDS irlandeses e espanhóis desciam 1,8 e 2,3 pontos, respectivamente, enquanto os gregos caíam 12,8 pontos para 913 pontos.

Contudo, os peritos acreditam que o risco atribuído aos países do Sul da Europa com problemas financeiros vai começar a baixar significativamente nos próximos anos. No caso de Portugal, com base uma ‘poll' da Bloomberg junto de 15 bancos, espera-se, em média, uma redução do ‘spread' actual para 293 pontos este ano, 227 pontos em 2011 e 157 no ano seguinte.

http://economico.sapo.pt/noticias/sprea ... 99517.html
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Vicente de Lisboa

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Re: O Desastre da Dívida Pública
« Responder #5 em: Setembro 20, 2010, 06:21:25 pm »
O "desastre da dívida pública" é francamente exagerado, e muito lamento que a Direita Chula Nacional ande a tentar usar o assunto para lixar o país a ver se consegue mandar abaixo o Governo (lançando dúvidas sobre o OE, etc).

Sobre divida publica Portuguesa e de outros países, vede este senhor, por exemplo.
 

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cromwell

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Re: O Desastre da Dívida Pública
« Responder #6 em: Setembro 20, 2010, 08:52:10 pm »
Citação de: "Vicente de Lisboa"
O "desastre da dívida pública" é francamente exagerado, e muito lamento que a Direita Chula Nacional ande a tentar usar o assunto para lixar o país a ver se consegue mandar abaixo o Governo (lançando dúvidas sobre o OE, etc).

Sobre divida publica Portuguesa e de outros países, vede este senhor, por exemplo.

Sim, nós sabemos que os senhor é Pró-Socas, pró-iberista e pró-UE, mas não admito que acuse a direita, sendo que os partidos nacionalistas (que são o PPM e o PNR) são de direita e são os partidos a que me afecciono mais.

Este governo, com os seus gastos de extravagancia para os seus deputados e com o absurdo plano de constriur o TGV e uma ponte (que são investimentos bilionários desnecessários), esta-se a lixar para o resto, enquanto aumentou a dívida pública  de cerca 77% em 2009 para cerca de 87% neste ano. Situação preocupante, em que você simplesmente insulta outros em vez de insultar o verdadeiro causador da nossa situação em Portugal.

Querem diminuir a crise (visto que acabar com ela, é impossível), então têm de que fazer o seguinte:

-Diminuir a carga tributária aos portugueses, para que estes tenhão maior poder de compra;

-Cancelar o TGV e investir mais nos aeroportos e nos portos marítimos (onde se deve incluir a medida da redução dos preços de embarque), para maior fluxo de comérico com outros países, senão os que fazem parte da UE;

-Implementar medidas de poupança, através de campanhas contra o consumismo excessivo;

-Implementar medidas proteccionistas;

-Implementar medidas para diminuir o encerramento de fábricas e industrias, para evitar a diminuição da produção industrial e para evitar o aumento do desemprego;

-Realizar uma limpeza à justiça, retirando assim a influência da Maçonaria e diminuindo assim a corrupção;

-Aumentar o corte nos salarios dos políticos e de gestores públicos de 5% para 20% e também cortar nas suas reformas;

-Limitar os subsidios de desemprego, porque certos empregos ainda existem por ai, mas só que os portugueses não os querem, por causa da mania de ficar com o cú sentado no sofá em casa e de receber os tais subsidios;

-Aumentar as medidas de vigilância nas florestas, através do investimento nas tecnologias na detecção rápida de incêndios (como por exemplo através do uso de UAV´s) para diminur os incêndios, e para assim diminuir a sua influência na economia do país, pois visto que Portugal já é um país com muito poucos recursos, a sua protecção é vital;

-E o mais importante: INVESTIR NA AGRICULTURA E NAS PESCAS! A agricultura e as pescas estão completamente abandonadas  por este governo e isso diminui a nossa auto-suficiência alimentar, obrigando-nos a importar mais produtos alimentares.
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FoxTroop

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Re: O Desastre da Dívida Pública
« Responder #7 em: Setembro 20, 2010, 10:13:46 pm »
Caro Vicente, o nivel de dívida pública é bastante preocupante e não deve ser menosprezado de modo algum. Para mais, nos proximos tempos não me parece que sejam reunidas condições para que a mesma possa ser diminuida, antes pelo contrario, tudo aponta para um aumento. Não creio, também, que no nosso espectro politico, da direita à esquerda, exista um nucleo de pessoas com capacidade para alterar seja o que for. Mais grave ainda, é boa parte do povo português não ter (ou não querer ter) conciencia dos verdadeiros desafios que nos esperam. Nem as nossas elites estão capacitadas, nem o nosso povo quer saber.

Caro cromwell, o sr. é um lirico. Tudo o que o sr. escreveu é muito bonito, umas boas declarações de principios, mas na realidade não passam de demagogia barata e lirismo pateta.

Porque o que eu gostariade saber é como, num mercado aberto e numa economia exposta como a nossa, o sr. pode por em prática todas essas coisas bonitas.

O que eu quero saber é como conjuga coisas simples tipo estas, por exemplo:
Citar
Diminuir a carga tributária aos portugueses, para que estes tenhão maior poder de compra
Citar
Implementar medidas de poupança, através de campanhas contra o consumismo excessivo

Caso não tenha reparado, só nestes pequenos pontos, o sr. quer que paguemos menos impostos para ter-mos, mais dinheiro disponivel nas carteiras para......... vejam só, o poupar em vez de o fazer circular!!!!!!!!! Claro que o nosso comércio agradece a baixa de transações e a industria que alimenta esse comércio também fica a ganhar com a consequente quebra de encomendas, etc, etc, numa espiral que apenas acaba num lugar. Essa poupança que o sr. fala sabe para onde irá? Irá para os credores internacionais, pois os nossos bancos estão pelo pescoço, ou julga que irá retornar à economia?

Quanto ao investir na agricultura e pescas estou parcialmente de acordo consigo. Contudo, devido à nossa exposição a economias de escala que tornam a nossa produção agricula num plano muito pouco competitivo (exceptuando certos produtos em areas especificas). Como tornear isso? Soluções?

Dizer que está mal e que se deveria fazer frito ou cozido é muito fácil e bonito, agora como é que se vai fritar ou cozer é que eu gostaria de ouvir de alguns pseudo-nacionalistas que por aqui pululam.
 

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Vicente de Lisboa

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Re: O Desastre da Dívida Pública
« Responder #8 em: Setembro 21, 2010, 10:17:42 am »
Citação de: "cromwell"
Citação de: "Vicente de Lisboa"
O "desastre da dívida pública" é francamente exagerado, e muito lamento que a Direita Chula Nacional ande a tentar usar o assunto para lixar o país a ver se consegue mandar abaixo o Governo (lançando dúvidas sobre o OE, etc).

Sobre divida publica Portuguesa e de outros países, vede este senhor, por exemplo.

Sim, nós sabemos que os senhor é Pró-Socas, pró-iberista e pró-UE, mas não admito que acuse a direita, sendo que os partidos nacionalistas (que são o PPM e o PNR) são de direita e são os partidos a que me afecciono mais.
Argumentos caro cromwell, argumentos. Ataques (ou defesas) ad-hominem valem muito pouco. Ainda para mais nem acertam na descrição.

Citar
Este governo, com os seus gastos de extravagancia para os seus deputados e com o absurdo plano de constriur o TGV e uma ponte (que são investimentos bilionários desnecessários), esta-se a lixar para o resto, enquanto aumentou a dívida pública  de cerca 77% em 2009 para cerca de 87% neste ano. Situação preocupante, em que você simplesmente insulta outros em vez de insultar o verdadeiro causador da nossa situação em Portugal.
De acordo com a Com.Euro. Portugal mal passou dos 80% em 2010. Claro que ninguém gosta de ver a divida colectiva a aumentar, mas não vale a pena fazer disso um drama existencial. Os EUA vão nos 95%, a Bélgica nos 100%, o Japão para além disso. A França está no mesmo que nós, o que curiosamente é a média Europeia.

Mais, se comparar o crescimento da divida de países que reagiram à crise com despesa Pública (Portugal, França...) com aqueles que regiram com brutais planos de austeridade (Grécia, Irlanda...) verá que os segundos viram a divida pública aumentar de forma muito mais acentuada. A razão é simples, e embora vá contra as minhas convicções neo-lib, não vejo por onde o negar: A quebra de receita fiscal dos países que foram pela "austeridade" quebrou brutalmente, e teve de ser compensada com divida - e esta quebra revelou-se superior àquela dos países que usaram a divida para estimular directamente a economia.

Já agora, e para não ficar eu num "ad-partidum" por explicar, a direita chula é aquela representada pelos Barões do PSD, que muito se queixam do Estado mas só sonham em usar o dito para distribuir negócios fáceis aos amigos. Produzir, nicles. Isto é visível nas propostas do Passos (que devia ser neo-lib, mas olha...) para a Constituição: destruir os serviços públicos para gerar negócio garantido à saúde privada, educação privada, televisão privada...

Quanto às suas propostas para a crise, não vou repetir o que o FoxTroop já disse, mas refiro o seguinte:

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-Implementar medidas para diminuir o encerramento de fábricas e industrias, para evitar a diminuição da produção industrial e para evitar o aumento do desemprego;
Nope. Isso andamos a fazer à décadas. A pôr industrias condenadas ligadas "à maquina", não as deixando morrer quando já não têm a mínima hipótese de se tornarem competitivas (e quando continuam a ser geridas pelos mesmos que as levaram à quase-falência). Como resultado, o país está cheio de empresas-zombie, que nem geram riqueza nem morrem, mas ocupam espaço, trabalhadores, e capital, que fazem falta a quem quer começar novas empresas e novas industrias. Ajudem quem quer começar e quem quer crescer, não quem está condenado.

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-E o mais importante: INVESTIR NA AGRICULTURA E NAS PESCAS! A agricultura e as pescas estão completamente abandonadas  por este governo e isso diminui a nossa auto-suficiência alimentar, obrigando-nos a importar mais produtos alimentares.
O sector primário não vale um chavo. E a culpa é sua! E minha. E do Fox, e do Cavaco, e de todos os que não estão para pagar 2€ por papo-seco, 10€ por litro de leite e 50€ pelo kilo de sardinha. A rentabilidade do sector primário é mínima, na Agricultura porque ninguém paga bem, no mar porque já não há nada para pescar, e se não fossem os subsídios da União já só alguns sectores de luxo é que ainda aguentavam na Europa Ocidental (vinho, azeite especial de corrida, agricultura biológica especial de corrida, etc). Se fossemos espertos era nessa que estávamos a apostar - usar a terra para aquilo que tem muito valor acrescentado, deixar os outros países desperdiçar a deles com os cereais, a fruta, etc.
 

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Vicente de Lisboa

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Re: O Desastre da Dívida Pública
« Responder #9 em: Setembro 21, 2010, 10:22:16 am »
Citação de: "FoxTroop"
Caro Vicente, o nivel de dívida pública é bastante preocupante e não deve ser menosprezado de modo algum. Para mais, nos proximos tempos não me parece que sejam reunidas condições para que a mesma possa ser diminuida, antes pelo contrario, tudo aponta para um aumento. Não creio, também, que no nosso espectro politico, da direita à esquerda, exista um nucleo de pessoas com capacidade para alterar seja o que for. Mais grave ainda, é boa parte do povo português não ter (ou não querer ter) conciencia dos verdadeiros desafios que nos esperam. Nem as nossas elites estão capacitadas, nem o nosso povo quer saber.
Estou em total acordo. A Direita quer chular do Estado para os amigos. A Esquerda acha que aumenta o tamanho do bolo se cortar mais fatias para o Estado... O alterna entre o não querer saber e o ficar muito zangado quando lhe mexem na fatia que estão a receber (como professores, como desempregados, como condutores em auto-estradas...).

Estamos lixados. Mas nesse lixado que estamos a dívida publica é o menos. O problema a sério é o potencial de crescimento, que é quase inexistente.
Um país a crescer pode endividar-se, que a receita também aumenta. Um país estagnado está lixado de qualquer forma.
 

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cromwell

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Re: O Desastre da Dívida Pública
« Responder #10 em: Setembro 21, 2010, 12:09:42 pm »
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De acordo com a Com.Euro. Portugal mal passou dos 80% em 2010. Claro que ninguém gosta de ver a divida colectiva a aumentar, mas não vale a pena fazer disso um drama existencial. Os EUA vão nos 95%, a Bélgica nos 100%, o Japão para além disso. A França está no mesmo que nós, o que curiosamente é a média Europeia.

Caro Vicente, quer comparar a nossa economia com a economia desses países? :x

Deixe-se de tretas, deixe de defender o governo e a UE (a organização criminosa que destruiu a economia portuguesa) e deixe de fazer deles as vítimas.
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Re: O Desastre da Dívida Pública
« Responder #11 em: Setembro 21, 2010, 01:43:23 pm »
Citação de: "cromwell"
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De acordo com a Com.Euro. Portugal mal passou dos 80% em 2010. Claro que ninguém gosta de ver a divida colectiva a aumentar, mas não vale a pena fazer disso um drama existencial. Os EUA vão nos 95%, a Bélgica nos 100%, o Japão para além disso. A França está no mesmo que nós, o que curiosamente é a média Europeia.

Caro Vicente, quer comparar a nossa economia com a economia desses países? :x
Porque não? Estamos a falar de divida em % do PIB. Salvo melhor opinião, o tamanho absoluto das economias interessa pouco para essa discussão.

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Deixe-se de tretas, deixe de defender o governo e a UE (a organização criminosa que destruiu a economia portuguesa) e deixe de fazer deles as vítimas.
Certamente leu outro post que não o meu.
 

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Upham

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Re: O Desastre da Dívida Pública
« Responder #12 em: Setembro 22, 2010, 02:41:19 pm »
Boa tarde!

Publicado hoje no DN:

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14 mil instituições vivem do OE
Hoje

Economista José Cantiga Esteves estima que haja 639 fundações a irem buscar dinheiro ao Orçamento do Estado

Cerca de 14 mil instituições recebem dinheiro do Orçamento do Estado, de acordo com as contas do economista José Cantiga Esteves, que defendeu ser preciso dar sinais de que a situação é séria.

Durante o debate promovido pela Ordem dos Economistas, que decorreu ontem em Lisboa, para debater o caderno de encargos do próximo Orçamento, Cantiga Esteves surpreendeu a sala com um grande bloco de folhas com um sumário das instituições que integram o orçamento (ver ao lado).

"Existem cerca de 14 mil instituições que estão no Orçamento do Estado. 13 740 entidades que recebem dinheiros públicos", afirmou o economista, explicando que existem no perímetro do Orçamento 356 institutos públicos e 639 fundações.

Segundo os cálculos que apresentou, existem ainda 343 empresas públicas e 87 parcerias público-privadas (PPP). O economista defendeu que o próximo OE deve assim dar sinais de emergência, desde logo na forma, reduzindo o tamanha e o número de instituições ligadas ao Estado e simplificando o próprio documento. Cantigas Esteves considerou também que "a receita está um pouco esgotada como solução" para resolver o problema das contas públicas.


http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1667873

Olhem tanto por onde se poderia começar a cortar.................... :twisted:

Cumprimentos
« Última modificação: Setembro 22, 2010, 09:25:59 pm por Upham »
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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Re: O Desastre da Dívida Pública
« Responder #13 em: Setembro 22, 2010, 04:41:53 pm »
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quarta-feira, 22 de Setembro de 2010 | 11:12    

Governo de Sócrates faz disparar despesa em 14,6 mil M€

O governo de José Sócrates foi responsável pelo aumento da despesa pública corrente. Segundo o Correio da Manhã, desde o início da legislatura, em 2005, até 2009 o valor atingiu os 14,6 mil milhões de euros.

O jornal revela ainda que o valor é superior ao défice orçamental, de 14 mil milhões de euros, registado em 2009.

Com o aumento de 14,6 mil milhões de euros da despesa, no decorrer dos dois mandatos de Sócrates, os gastos correntes do Governo atingiram os 74,6 mil milhões de euros. Enquanto as receitas correntes, em igual período, cresceram quase 7,2 mil milhões de euros.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=470058
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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João Vaz

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Re: O Desastre da Dívida Pública
« Responder #14 em: Setembro 23, 2010, 02:21:07 pm »
:mrgreen:
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
Pero de Magalhães de Gândavo, História da Província Santa Cruz, 1576