Guerra na Síria

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mafarrico

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Re: Guerra na Síria
« Responder #120 em: Setembro 20, 2013, 12:31:41 pm »
Os malvadões do russos não vos deram informações sobre os Tsarnaev? O que é que  os americanos fizeram? Boston Marathon Bombings, remember?

Bem, falando da Siria. Como  não foram respondidas as perguntas mantem-se.

Citação de: "mafarrico"
Politiquices à parte gostava de fazer ao Papatango duas perguntas (que mais uma vez na avaliação que fez do relatório voltou a manipular informação)

Sabe se os rebeldes envolvidos no conflito sírio têm ou tiveram à sua disposição gás Sarin?
Como é que os americanos chegaram aquele número de fatalidades? 1429
"All the world's a stage" William Shakespeare

 

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mafets

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Re: Guerra na Síria
« Responder #121 em: Setembro 20, 2013, 12:54:34 pm »
Citação de: "papatango"
Prosseguindo para assuntos sérios...


mafets -> O radar AN/TPY-2 está instalado em Israel desde 2008. Eu referi o radar, apenas por causa do sistema de alerta antecipado que lhe está associado.
O que foi decisivo para determinar a fonte dos ataques não foram os radares AN/TPY-2 mas sim os sensores de infravermelhos dos sistemas de alerta antecipado por satélite.

A única coisa que os americanos têm, é a certeza de onde a determinadas horas, foram lançados projéteis, porque «viram» a assinatura calorifera. Neste caso os radares não são importantes, o que é importante mesmo é o registo das fontes de calor, a que se sucederam poucos minutos depois os primeiros relatos de pessoas com nauseas e mortes por asfixia.

Como é evidente, o AN/TPY-2 não se destina a seguir o voo de mísseis ou foguetes de curto alcance.
O que é importante aqui, é o sistema de aviso antecipado.

Ou seja: Os americanos não fazem a minima ideia do que vai dentro dos mísseis ou foguetes lançados, o que eles sabem é que alguma coisa provocou um foco elevado de calor. Depois é tudo uma questão de cruzamento de dados. Como é evidente, esse cruzamento de dados é normal em termos militares, mas não é uma prova de tribunal.

Além disso há o problema da divulgação de informações sobre esse sistema, pois permitiria mostrar aos potênciais adversários qual é a qualidade da informação que os americanos obtêm dos seus sistemas de infravermelhos instalados nos satélites. Como é evidente, se nem os Israelitas tinham acesso ao sistema em 2008 (hoje aparentemente têm) não poderiamos esperar que os russos fossem autorizados a tal.
O sistema de defesa anti-míssil, do qual o sistema de satélites de vigilância por infra-vermelhos é um elemento chave, é das coisas mais bem guardadas.
Para lá disso, o AN/TPY-2 que já chegou a ser chamado de Radar THAAD, serve como componente de um sistema anti-míssil de médio alcance.
Os radares dão um aviso de alguns minutos perante a possibilidade de um ataque iraniano contra Israel.

Cumprimentos

Certo. Referi esta situação porque por exemplo o Elta ELM2084 do IronDome (israel, se ainda não o fez, tem planificado extender os actuais 70 km até 250km) detecta o lançamento e faz o rastreio, não usando infravermelho (o sistema passará assim a poder abater misseis de curto alcance não se prevendo mudanças no "modus operantis").


O SBIRS (http://www.space.com/11585-sbirs-geo1-missile-defense-satellite.html) tem de facto capacidade para detectar o lançamento de rockets e fornecer a informação ao An/TPY 2 / Thaad que faz o seguimento e posteriormente a intercepção, agora tecnicamente coloca-se 2 questões que não ficam claro nas informações do conhecimento publico:

Estando a falar de um sistema que opera a 32 000 km de altitude tem capacidade para detectar e seguir o infravermelho de foguetes de artilharia (como o frog russo) ou simples foguetes como o M-14?


A utilidade de um sistema integrado que tanto permita interceptar misseis como simples e pequenos foguetes no campo de batalha é inegável. Mas até que ponto é praticável com os actuais sensores térmicos distinguir o calor produzido por um foguete de uma simples fogueira ou mesmo omissão falsa de calor (por exemplo, o sistema IronDome desenvolvido em parceria com os EUA não usa detecção por calor no que diz respeito aos misseis Kassam nem aos projecteis de artilharia. Também  é difícil de acreditar que o sistema SBIRS tal como dizem os teóricos da conspiração tenha detecção de baixa altitude tão sensível que até detecta o calor humano. Afinal, trata-se de um sistema para seguir primariamente misseis balísticos)?


Assim, e independentemente das capacidades de detecção e rastreio propagadas pelos Norte-Americanos (e que não digo que não sejam verdade mas também todos nos recordamos do que era verdade na famosa Guerra das Estrelas do presidente Reagan), bem como dos necessários cruzamento de dados, novamente aparece como primordial  e mais viável a detecção radio/radar das comunicações inter-forças, de lançamento e inclusive das conversas telefónicas feito por navios Russos e Alemães (outros sistemas como a detecção infravermelho foram anteriormente apresentadas como extremamente precisas no passado mas em situação de combate as percentagens baixaram drasticamente na ordem em média dos 20 a 30%). Aliás, não deixa de ser verdade que o A-53 Oker apareceu imediatamente ao largo da Síria assim que alguns média fizeram referência às informações que detectou, (pois até aí só tinha sido visto em malta no inicio de Agosto), mas por norma as capacidades gerais destes sistemas são conhecidas e o raio de acção dos seus sensores também. Quanto ao seu congénere Russo desde Junho que se sabia no mediterrâneo mas tem sido "comedido" nas informações espiadas.


Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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papatango

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Re: Guerra na Síria
« Responder #122 em: Setembro 20, 2013, 03:13:18 pm »
Citar
Assim, e independentemente das capacidades de detecção e rastreio propagadas pelos Norte-Americanos (e que não digo que não sejam verdade mas também todos nos recordamos do que era verdade na famosa Guerra das Estrelas do presidente Reagan)
Na verdade os americanos não fizeram grande publicidade ao sistema, principalmente porque o que eles detetaram foram as fontes de calor. A assinatura IR desaparece ou tende a sumir gradualmente após o lançamento.
Por essa razão o sistema só funciona com o aviso antecipado, e depois quem toma conta são os radares.

Os sensores de satélite, limitam-se apenas a apontar um ponto no mapa onde ocorreu uma alteração muito significativa na temperatura.
Por isso, se houvesse um tribunal, o simples facto de haver uma fonte de calor não é prova de que ocorreu um lançamento de armas químicas que matou 1400 pessoas.

É como se houvesse uma leitura IR das chaminés de Auschwitz. Mesmo assim, em tribunal isso não seria suficiente para provar que ocorreram ali crimes contra a humanidade e muito menos que os alemães tinham sido responsáveis.

Já para quem está habituado a relacionar causa-efeito, o resultado é óbvio. Na sequência do que foi identificado como lançamento de foguetes, ocorreram centenas de mortes e milhares de casos de intoxicação, que acabaram por levar aos 1400 mortos.

É como a questão dos combóios de judeus que saiam da Hungria e depois não se sabe onde foram parar.
Nós sabemos que os judeus foram colocados nos vagões para animais, porque os alemães mantiveram a contabilidade dos judeus que foram colocados nos combóios, mas não temos documentos que provem onde eles sairam.

Sabemos que os comboios se dirigiam a regiões da Polónia, onde sabemos que existiam instalações que aparentemente foram utilizadas com gás.

Sabemos que os judeus que seguiam nesses comboios desapareceram.

Juntamos dois com dois, e concluimos que foram mortos nas câmaras de gás.

O que os iranianos fazem, para dar o exemplo, é exactamente o que os russos agora estão a tentar fazer.
É como se na questão da Síria os russos estivessem a tentar demonstrar que embora os judeus tenham sido colocados no comboio, nós nem sequer sabemos se os comboios foram para a Polónia, porque eles podiam ter voltado para trás. Os judeus podiam ter sido enviados para outro lugar qualquer, os registos podiam ter sido falsificados pelos alemães para mostrar serviço e dizer que estavam a juntar muitos judeus.
MAS NADA PROVA QUE OS MATARAM.
SÓ SE SABE QUE DESAPARECERAM.

Na Síria temos uma situação idêntica. 1400 cadáveres, uma causa, um efeito, mas ao mesmo tempo um regime que mente tentando encontrar falhas técnicas num processo judicial, para tentar salvar o cliente.

As deteções por rádio são muito menos conclusivas, porque a deteção IR dos pontos de lançamento, aponta exactamente (com uma precisão de poucos metros) para o ponto de lançamento. A deteção de comunicações rádio tem também o problema da relação causa-feito.

Aparentemente, e extrapolando dos dados conhecidos, as conversas não aparentam ter sido especificamente sobre a ação de lançamento, mas sim sobre questões indiretamente relacionadas.
Mais uma vez, existe prova circunstâncial. Ou seja, tudo indica que foi assim, mas a prova não se aguentaria num tribunal porque não é definitiva.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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papatango

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Re: Guerra na Síria
« Responder #123 em: Setembro 20, 2013, 03:22:05 pm »
uma curiosidade:

O SDI foi apresentado em Março de 1983 e foi essencialmente um golpe publicitário para a campanha eleitoral que haveria de eleger Reagan para um segundo mandato em 1984.
No entanto, quando trinta anos depois olhamos para o que existe, concluímos que nem o Reagan tinha pensado em sistemas anti-míssil como o Iron Dome, feito para responder a foguetes de artilharia, e muito menos em sistemas a laser capazes de responder mesmo a disparos de artilharia convencional.

Há casos hoje, em que a realidade ultrapassa já a ficção de 1983.

Na guerra do golfo, nenhum SCUD foi abatido pelos Patriot, mas hoje sabemos que o Iron Dome funciona.
Durante muitos anos muita gente pôs em causa o funcionamento de um sistema desses, no entanto, hoje esses comentários viravam fonte de risada se alguém os voltasse a produzir.

Muitos dos sistemas pensados para o SDI tinham tudo para funcionar. A rede de vigilância IR a partir do espaço, é aparentemente uma das que funciona, já que recentemente até recebeu dinheiro para mais satélites do tipo.
O OBAMA cancelou e ameaça cancelar uma quantidade de programas ligados ao sistema de defesa estratégico, mas continua a haver dinheiro para a vigilância por infravermelhos.
Eu pessoalmente considero que isso deve ser sinal de alguma coisa: Aquilo funciona.
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mafarrico

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Re: Guerra na Síria
« Responder #124 em: Setembro 20, 2013, 06:10:19 pm »
Amigo Papatango

O diabo esta nos detalhes.

Nao seria mais honesto quando se elabora um relatorio que se quer honesto ter escrito algo como- Numero indeterminado de vitimas, segundo a nossa avaliacao ronda as 1400. Os amigos franceses por exemplo no seu relatorio apontaram para um numero de vitimas bastante inferior entre as 300 e 400, estou a dizer de memoria.E uma diferenca significativa. O relatorio da ONU sobre o dia 21 de que voce gosta tanto nao se atreveu a lancar um numero.

Sobre o seu silencio a pergunta que lhe fiz,
Sabe se os rebeldes envolvidos no conflito sírio têm ou tiveram à sua disposição gás Sarin?

so vem mostrar que os camaradas americanos nao sao parte inocente no processo, mas isso ja todos sabiamos desde o inicio.

Os irmaos israelitas tambem tem estado bastante calados,mas eu acho que eles devem estar a bater palmas. A siria esta a caminho do desarmamento quimico enquanto que eles continuam impenetraveis.
http://rt.com/news/israel-nuclear-arabs-iaea-129/

Sobre o holocausto dos judeus e as analogias a que voce gosta tanto de recorrer quando trata da questao siria, va-se la saber porque, tenho-lhe a dizer que abomino o que aconteceu aos judeus.O respeito pelas outras culturas/etnias e um dos meus valores. Eu sou pela Paz sempre que possivel.

Quem tambem e pela paz e a mafia putina e chinoca que estao bastante cansadas de aturar as investidas americanas no medio-oriente. As vezes e preciso dar um murro na mesa e dizer BASTA!!!

bom fim-de-semana
"All the world's a stage" William Shakespeare

 

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FoxTroop

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Re: Guerra na Síria
« Responder #125 em: Setembro 20, 2013, 08:32:34 pm »
Citação de: "papatango"
Muito obrigado pelo seu texto, que é como todos os outros elucidativo do ponto de vista técnico. Creio que já todos percebemos quais são as suas fundamentações, e qual o teor da sua argumentação, quando as teorias conspirativas são desmascaradas.

Exacto, por isso é que perante as questões que não interessa segues à volta, como no caso dos turcos caçarem "rebeldes" com gás sarin ou nos vídeos e fotos de "rebeldes" a operarem as armas que dizes que eles não têm, ou falas de assuntos que nem tu conheces, a não ser que sejas alguém de um patamar tão acima que tem acesso a informações tão secretas que não puderam ser mostradas. Tão secretas que os USA decidiram que valiam mais que ser completamente humilhados na cena politica mundial, porque é extremamente natural no xadrez geopolítico, estar em posição de força e aceitar os termos do adversário.  :lol:  :twisted:  :twisted:

E depois a estupra mentira de que houve 1400 mortos. Quase todos os relatos colocam a fasquia num máximo de ~350 mortos. Fica interessante verificar que de todas as imagens, filmes e relatos, não haja nada referencia aos enterros dessa gente toda nem à localização das campas/valas, o que é extremamente difícil no meio de uma zona urbana.

E poderia continuar por aí fora.

Torno a deixar o repto; se for para discutir as opções geo-estratégicas e geopolíticas da intervenção na Síria, o peso da opção russa de confrontar ali os USA, do qual a presença naval é demonstrador inegável, os atritos cada vez mais claros entre duas pontas do triângulo estando Washington a fazer o jogo do equilíbrio para não desagradar a ambos e porque não se altera a posição para um eixo Ancara-Teerão em vez de Telavive-Riade, porreiro.

Se for para aturar o teu cinismo sobre Direitos Humanos, que para ti só são válidos para um lado e existe neste fórum e em outros, mais que suficientes escritos sobre as tuas "aprendizagens e mudanças de opinião", só te enterras. Demasiado primário para não ser pago.
 

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mafarrico

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Re: Guerra na Síria
« Responder #126 em: Setembro 20, 2013, 08:56:09 pm »
http://www.presstv.ir/detail/2013/09/20/325092/envoy/

Britain’s ex-envoy explains how Israel fabricated Syria intelligence


Craig John Murray, former British ambassador to Uzbekistan

Fri Sep 20, 2013 6:36PM GMT


A former British ambassador to Uzbekistan says the U.S. government has been deceived by the Israeli regime through fabricated evidence into believing that the Syrian government forces used chemical weapons in an attack on the suburbs of Damascus on August 21.


Craig John Murray, now a political activist, has written in his official website that U.S. Secretary of State John Kerry’s claims about having access to communication intercepts of Syrian military and officials organizing chemical weapons attacks are sheer lies.

Murray says the British intelligence has no idea of such radio and communication intercepts between the Syrians despite having the most modern and advanced electronic tapping post on the Mountainous Troodos region of Cyprus. The tapping post monitors all radio, satellite and microwave traffic across the Middle East, he says.

According to Murray, “The GCHQ listening post on Mount Troodos in Cyprus is arguably the most valued asset which the UK contributes to UK/US intelligence cooperation. The communications intercept agencies, GCHQ in the UK and NSA in the US, share all their intelligence reports (as do the CIA and MI6). Troodos is valued enormously by the NSA. It monitors all radio, satellite and microwave traffic across the Middle East, ranging from Egypt and Eastern Libya right through to the Caucasus. Even almost all landline telephone communication in this region is routed through microwave links at some stage, picked up on Troodos”.

This is while that, as Murray states, the U.S. does not have its own comparable facility for the Middle East.

“Troodos is highly effective - the jewel in the crown of British intelligence. Its capacity and efficiency, as well as its reach, is staggering. I should state that I have actually been inside all of this facility and been fully briefed on its operations and capabilities, while I was head of the FCO Cyprus Section in the early 1990s. This is fact, not speculation”, wrote Murray in a web post.

Murray disputes John Kerry’s allegations saying that “It is therefore very strange, to say the least, that John Kerry claims to have access to communications intercepts of Syrian military and officials organising chemical weapons attacks, which intercepts were not available to the British Joint Intelligence Committee”.

The intercept evidence provided to the U.S. government has been prepared by the Israeli regime’s spying apparatus Mossad, Murray explains, adding that Mossad have nothing comparable to the UK’s Troodos facility in Cyprus.

Now the question is: “How can Troodos have missed this (communication intercepts between the Syrians) if Mossad got it?”

The Israeli regime has been responsible for several illegal bombings and missile strikes in Syria, which have killed hundreds if not thousands of civilians, including women and children. The regime’s direct involvement in the Syrian civil war has not received just one case of condemnation from the West. Subsequent to its involvement, it has also fabricated “intelligence” and provided the U.S. with the fabrications to spark the U.S. military’s invasion of the Arab country.

“The answer to the Troodos Conundrum is simple. Troodos did not pick up the intercepts because they do not exist. Mossad fabricated them. John Kerry’s “evidence” is the shabbiest of tricks”, Murray concludes.

Meanwhile, the Nobel Peace Prize laureate Mairead Maguire in a video interview posted on the web spoke of her personal visit to Syria, where she says people organized and supported by Washington are violent groups, which have no mercy for the innocents and are not after peace in Syria.

Mairead Maguire believes that Syria is being used as a proxy war by Britain, the U.S. and their regional allies both totalitarian dictatorships of Saudi Arabia and Qatar.

“Both Arab regimes in Qatar and Saudi Arabia will pay for a possible US-led military invasion of Syria with their petrodollars. The two do not only meddle in the internal affairs of Syria and in the conflict in the Arab country, but they are also responsible for a lot of violence and bloodshed that has taken place and is still happening in Syria since [more than] two years”, Mairead states.

MOL/HE
"All the world's a stage" William Shakespeare

 

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Lusitano89

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Re: Guerra na Síria
« Responder #127 em: Setembro 20, 2013, 10:30:52 pm »
França preocupada com regresso de muçulmanos franceses da Síria


O ministro do Interior de França, Manuel Valls, admitiu hoje estar "preocupado" com o regresso dos cidadãos franceses que são islamitas e que foram para a Síria lutar na guerra civil que o país atravessa.

Numa entrevista à rádio Inter, Valls afirmou que mais de 300 cidadãos franceses de origem islâmica e que são militantes da religião estão a alistar-se para lutar na Síria e que vão colocar um problema de segurança quando regressarem a França.

Atualmente, há mais de 130 cidadãos franceses ou residentes a lutar na Síria, mais 50 que já regressaram, uns 40 que estão em trânsito e cerca de 100 que é provável que rumem para aquele país, acrescentou o governante, citando relatórios secretos.

"Isto é um fenómeno que me preocupa porque eles representam um perigo potencial quando regressam ao nosso solo", declarou, acrescentando que será preciso que as autoridades estejam "extremamente atentas".

A França, que tem a maior população muçulmana na Europa ocidental, tem aumentado a monitorização dos radicais islâmicos desde que Mohamed Merah, pertencente a uma organização inspirada na Al-Qaeda, disparou e matou sete pessoas perto de Toulouse, em 2012.

Depois do acontecimento, ficou a saber-se que Merah tinha estado no Paquistão e no Afeganistão, e que a secreta francesa estava ao corrente dos contactos com militantes radicais nesses dois países.

De acordo com uma consultora britânica especializada em assuntos de defesa, IHS Jane's, há mais de 10 mil fundamentalistas em todo o mundo que foram para a Síria ajudar os rebeldes a tentar destituir o Presidente, Bashar al-Assad, pretendendo substituir o regime por um Estado islâmico.

Os peritos em contraterrorismo temem que o ataque com armas químicas tenha desencadeado uma onda de apoio aos rebeldes por parte dos muçulmanos fora da Síria, que, se não conseguirem destronar Assad, voltarão a casa frustrados e já com experiência de combate, sendo, por isso, mais provável que causem distúrbios nos países para onde regressarão.

"Se não conseguirem instalar um Estado islâmico na Síria, virão para casa desapontados", disse o juiz especializado em questões do terrorismo, Marc Trevidic.

Lusa
 

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mafets

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Re: Guerra na Síria
« Responder #128 em: Setembro 21, 2013, 12:31:08 am »
Citação de: "papatango"
Na verdade os americanos não fizeram grande publicidade ao sistema, principalmente porque o que eles detetaram foram as fontes de calor. A assinatura IR desaparece ou tende a sumir gradualmente após o lançamento.
Por essa razão o sistema só funciona com o aviso antecipado, e depois quem toma conta são os radares.

Os sensores de satélite, limitam-se apenas a apontar um ponto no mapa onde ocorreu uma alteração muito significativa na temperatura.
As deteções por rádio são muito menos conclusivas, porque a deteção IR dos pontos de lançamento, aponta exactamente (com uma precisão de poucos metros) para o ponto de lançamento. A deteção de comunicações rádio tem também o problema da relação causa-feito.

Aparentemente, e extrapolando dos dados conhecidos, as conversas não aparentam ter sido especificamente sobre a ação de lançamento, mas sim sobre questões indiretamente relacionadas.
Mais uma vez, existe prova circunstâncial. Ou seja, tudo indica que foi assim, mas a prova não se aguentaria num tribunal porque não é definitiva.

Se a detecção IR fosse melhor que a detecção por radar do lançamento de foguetes e projecteis de artilharia a primeira coisa que os Israelitas e os Americanos
teriam feito era acoplar um sistema IR aéreo ou terrestre ao Iron Dome. Se não o fizeram é porque não oferece vantagens sobre  o "detecting e tracking sistem" da ELTA  e está previsto apenas sensores IR para o Arrow III (que já e um sistema anti-míssil) mas não para o David´s Sling (o qual prevê não apenas fazer a intercepção de foguetes mas também misseis de cruzeiro) (http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/talking/88_missiledefense.html).


No caso de ICBM a situação é diferente. O lançamento e mesmo o voo produz uma assinatura IR inconfundível e portanto de mais fácil detenção e seguimento (só desta forma parece ser possível o seguimento pelo SBIRS de inclusive misseis em voo http://www.space.com/11585-sbirs-geo1-missile-defense-satellite.html).


O IR de um foguete no lançamento mas principalmente em voo é comparativamente mais baixo (mesmos misseis de cruzeiro que produzem uma maior assinatura de Infravermelho serão seguidos e detectados via radar pelo Arrow III). O típico foguete de artilharia ainda possui uma chama que se veja mas por exemplo um rocket artesanal tipo qassam praticamente tem um terço dessa assinatura devido ao curto alcance e à fabricação artesanal.


Funcionando o sistema IR com um conjunto de parâmetros que vão desde o n.º de pixels até à massa e ao volume, passando pelo NRTD e MRTD, os sensores dos satélites terão de ser potentes e acoplados a um computador igualmente poderoso para eliminar ruído e sobretudo a distorção atmosférica que um sensor de grande altitude tem de suportar. Que os EUA tem um sistema montado em satélites capaz de detectar e seguir pelo calor misseis balísticos não tenho dúvidas, agora que consegue detectar mais que isso é questionável.



A detecção radio usada pelos navios espiões possui pelo menos 2 sistemas: Escuta e descodificação de comunicações e detecção de lançamentos de misseis (um sistema que funciona exactamente como os radiotelescópios, ou seja detectando as ondas rádio), sendo que qualquer um dos sistemas funciona num raio de acção de no máximo 600km e não a 22 000 milhas de altitude. A precisão não tem comparação e o que grava facilmente pode ser catalogado e apresentado, agora sem dúvida que o secretismo da utilização e capacidade desses equipamentos é real mas não é nenhum Tabu pois toda a gente os usa(http://en.wikipedia.org/wiki/Spy_ship).

Citação de: "papatango"
O SDI foi apresentado em Março de 1983 e foi essencialmente um golpe publicitário para a campanha eleitoral que haveria de eleger Reagan para um segundo mandato em 1984.
No entanto, quando trinta anos depois olhamos para o que existe, concluímos que nem o Reagan tinha pensado em sistemas anti-míssil como o Iron Dome, feito para responder a foguetes de artilharia, e muito menos em sistemas a laser capazes de responder mesmo a disparos de artilharia convencional.

Há casos hoje, em que a realidade ultrapassa já a ficção de 1983.

Na guerra do golfo, nenhum SCUD foi abatido pelos Patriot, mas hoje sabemos que o Iron Dome funciona.
Durante muitos anos muita gente pôs em causa o funcionamento de um sistema desses, no entanto, hoje esses comentários viravam fonte de risada se alguém os voltasse a produzir.

Muitos dos sistemas pensados para o SDI tinham tudo para funcionar. A rede de vigilância IR a partir do espaço, é aparentemente uma das que funciona, já que recentemente até recebeu dinheiro para mais satélites do tipo.
O OBAMA cancelou e ameaça cancelar uma quantidade de programas ligados ao sistema de defesa estratégico, mas continua a haver dinheiro para a vigilância por infravermelhos.
Eu pessoalmente considero que isso deve ser sinal de alguma coisa: Aquilo funciona.

Desculpe, uma coisa é o que funciona para os EUA outra completamente diferente é o que REALMENTE funciona.


Na altura Reagan soube usar o que tinha realmente a funcionar (um laser de baixa potencia) com apresentações de pura ficção cientifica (algo que nem sequer os Russos possuíam 1983).


Actualmente temos por exemplo o famoso Boeing Airborne Laser que de facto funciona mas tem um ligeiro problema: Após meia dúzia de disparos o avião tem de aterrar porque a fonte de alimentação do laser fica sem carga. Seriam precisos muitos aviões deste tipo para face às limitações do sistema produzir resultados eficazes, mas face ao preço a USAF não os possui.

Depois temos o laser naval. Não possui as limitações de energia mas não é um sistema propriamente compacto. Fala-se que talvez seja usado numa classe posterior ou mesmo avançada do destroyer Zunwalt (junto ou complementando um futuro railway gun), mas mesmo que o sistema de facto venha a funcionar de forma melhor e com reduzido tamanho navios a 9,6 Biliões de dólares a unidade dificilmente serão produzidos em série.


O que actualmente funciona da Reagan Star Wars é o que é mostrado na figura acima. Porem o Thaad tem em ambiente controlado 27 lançamentos e 16 interceptações de sucesso contra 11 falhanços, ou seja continua a ter uma taxa de sucesso na ordem dos 60% (em testes, não em combate) apesar dos seus 800 milhões por unidade (http://en.wikipedia.org/wiki/Terminal_High_Altitude_Area_Defense), pelo que se conclui que ainda passarão muitos anos até que o sistema tenha uma alta taxa de sucesso.

Das poucas excepções à regra o Iron Dome é de facto "a cereja no topo do bolo". Com 90% de sucesso pode-se dizer que Israelitas e Americanos alcançaram um sucesso inimaginável e a razão é simples: DA mesma forma que os processadores usados nos sistemas nevrálgico dos Patriot (AN/MPQ-53 ) da guerra do golfo eram pouco capazes e portanto foram substituídos (o Pac 1 aumentou a velocidade de processamento e o ângulo de funcionamento do radar)tendo então o sistema ganhado capacidade efectiva anti-míssil (depois melhorada pelos sucessivos upgrade e pela introdução do MPQ-65), Israel limitou-se a usar no Iron Dome um sistema de "detection e tracking" que funcionou e funciona, com um radar e computador de ultima geração. Com um custo relativamente mais baixo (80 milhões a unidade) e sem sistemas IR, satélites e outros afins foi o suficiente para que para aquela missão específica se construísse um sistema com apenas 10% de insucesso e isto comprovado militarmente.

Cumprimentos
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Re: Guerra na Síria
« Responder #129 em: Setembro 21, 2013, 02:23:22 pm »
http://www.jpost.com/Syria-Crisis/Oren- ... war-326328

'Israel wanted Assad gone since start of Syria civil war'

By HERB KEINON
09/17/2013 05:05


"Tehran-Damascus-Beirut arc is the greatest danger," says outgoing Israeli envoy to US Michael Oren.


Ambassador to US Michael Oren Photo: Hyungwon Kang / Reuters


“Bad guys” backed by Iran are worse for Israel than “bad guys” who are not supported by the Islamic Republic, Israel’s outgoing ambassador to the US Michael Oren told The Jerusalem Post in a parting interview.

Oren, in the interview that is to be published in full on Friday, traced the evolution of Israel’s message on Syria during the three weeks of the chemical weapons crisis.

“The initial message about the Syrian issue was that we always wanted [President] Bashar Assad to go, we always preferred the bad guys who weren’t backed by Iran to the bad guys who were backed by Iran,” he said.

This was the case, he said, even if the other “bad guys” were affiliated to al-Qaida.

“We understand that they are pretty bad guys,” he said, adding that this designation did not apply to everyone in the Syrian opposition. “Still, the greatest danger to Israel is by the strategic arc that extends from Tehran, to Damascus to Beirut. And we saw the Assad regime as the keystone in that arc. That is a position we had well before the outbreak of hostilities in Syria. With the outbreak of hostilities we continued to want Assad to go.”

Amid reports that Assad may be moving some of his chemical weapons arsenal out of the country, Oren reiterated Israel’s position that it will not tolerate attempts to transfer these arms – or game changing weapons – to Hezbollah.

“The chemical weapons were an American red line, it wasn’t an Israel red line,” Oren said. “Our red line was that if Iran and Syria try to convey chemical weapons or game changing weaponry to Hezbollah or other terrorist organizations, that Israel would not remain passive. We were prepared to stand by the red line, and still are.”

Oren, who said he could not verify reports Assad was already moving his arsenal, stressed that “he is not moving them out to Hezbollah.”

On other issues, Oren – who has contact in Washington with some ambassadors from Persian Gulf countries – said that that “in the last 64 years there has probably never been a greater confluence of interest between us and several Gulf States. With these Gulf States we have agreements on Syria, on Egypt, on the Palestinian issue. We certainly have agreements on Iran. This is one of those opportunities presented by the Arab Spring.”

Also, calling “overblown” reports that young American Jews were becoming distant from Israel, Oren sounded an upbeat and optimistic note about the future of American Jewry.

“Certain physicists say that the universe is expanding and contracting at the same time, the same thing is true of the American-Jewish community,” he said. “This means that it is contracting through assimilation, but there is a core of the American-Jewish community coming out of day schools, Orthodox environments, Jewishly educated and deeply connected to Israel and the Jewish people. And that core is expanding.”

“I am actually optimistic about the future of American Jewry,” he said. “I don’t know whether American Jewry will be the same size as it is now in some 30 years, but it will be more Jewishly educated, committed and attached to Israel.”
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mafarrico

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Re: Guerra na Síria
« Responder #130 em: Setembro 22, 2013, 12:34:23 pm »
http://rt.com/news/us-russia-syria-reso ... ssure-202/

Lavrov: US pressuring Russia into passing UN resolution on Syria under Chapter 7

Published time: September 22, 2013 09:48
Edited time: September 22, 2013 11:21


Russian Foreign Minister Sergey Lavrov. (Screenshot from Channel 1 Sunday Time programme)

The US is pushing Russia into approving a UN resolution that would allow for military intervention in Syria, Russian Foreign Minister Sergey Lavrov has said, in exchange for American support of Syria’s accession to OPCW.

“Our American partners are starting to blackmail us: ‘If Russia does not support a resolution under Chapter 7, then we will withdraw our support for Syria’s entry into the Organization for the Prohibition of Chemical Weapons (OPCW). This is a complete departure from what I agreed with Secretary of State John Kerry',” Russian Foreign Minister Sergey Lavrov told Channel 1's Sunday Time programme.

Chapter 7 of the UN charter would allow for potential military intervention in Syria.

Western countries blinded by 'Assad must go' attitude

The head of Russia’s Foreign Ministry went on to say he was surprised by the West’s“negligent” approach to the conflict.

“Our partners are blinded an ideological mission for regime change,” said Lavrov. “They cannot admit they have made another mistake.”

Slamming the West’s intervention in Libya and Iraq, the foreign minister stated that military intervention could only lead to a catastrophe in the region. Moreover, he stressed that if the West really was interested in a peaceful solution to the conflict that has raged for over two years, they would now be pushing for Syria’s entry into the OPCW in the first place, not for the ouster of President Bashar Assad.

“I am convinced that the West is doing this to demonstrate that they call the shots in the Middle East. This is a totally politicized approach,” said Lavrov.

‘Both sides must hand over chemical weapons’

Sergey Lavrov has also insisted that opposition forces take part in the decommissioning of Syria’s chemical weapons stockpiles.

“The solutions currently being worked out at the OPCW suggest that all stocks of Syrian chemical weapons must be brought under control and ultimately destroyed.”

Lavrov further charged that the West was “not telling the whole story” by asserting that chemical weapons are only possessed by the regime, and not the opposition.

He added that the available information provided by the Israelis confirmed that on at least two occasions, the rebels had seized areas in which chemical weapons were stored and those arms might have fallen into their hands.

"According to our estimates, there is a strong probability that in addition to home-grown labs in which militants are trying to cook up harmful and deadly concoctions, the data provided by the Israelis is true,” the Russian FM said.

“Preparatory work for OPCW inspectors to assume control of chemical weapons storage sites requires that those who fund and sponsor opposition groups –  including extremists –  demand that they hand over the [arms] which have been seized so that they can be destroyed, pursuant to the Convention on the Prohibition of Chemical Weapons.”

Lavrov added that the Russia was not a guarantor for the disarmament for Syria’s chemical weapons, as Syria’s commitments fell under the auspices of the Chemical Weapons Convention, which is internationally administered by the OPCW.

Lavrov said Russia and the US were working out a draft resolution to be submitted to the OPCW, although several points were yet to be agreed upon.
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papatango

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Re: Guerra na Síria
« Responder #131 em: Setembro 22, 2013, 03:33:55 pm »
Citação de: "mafets"
Se a detecção IR fosse melhor que a detecção por radar do lançamento de foguetes e projecteis de artilharia a primeira coisa que os Israelitas e os Americanos
teriam feito era acoplar um sistema IR aéreo ou terrestre ao Iron Dome.

Deteção antecipada por infravermelhos, é infinitamente superior a qualquer outro sistema de deteção antecipada, o problema é que não funciona para um sistema anti-míssil de curto alcance, ou contra foguetes de artilharia.

O sistema americano, vigia as fontes de calor, mas não pode determinar nada a partir daí. O objetivo é dar aos sistemas anti-míssil um aviso prévio de alguns minutos, quando são detetados lançamentos de mísseis balísticos.
É preciso ver que os americanos desenvolveram o sistema para a defesa anti-míssil e não para um sistema de curto alcance como o Iron Dome.
Para foguetes de artilharia, a eventual resposta não serviria de nada. Pura e simplesmente não haveria tempo.

Mas como o sistema está a funcionar, destinando-se a precaver contra o lançamento de mísseis de médio e eventualmente longo alcance, ele pode detetar outras fontes de calor. No caso do disparo dos mísseis de Bashar al Assad contra os rebeldes, o sistema provavelmente nem ligou ao lançamento, porque não podia ter sido detetado nenhum objeto numa rota potêncialmente ameaçadora.
Mas independentemente disso, os lançamentos foram registados.

Restaram as assinaturas do lançamento e depois os 1400 mortos que o ataque provocou (e que os russos dizem que o Bashar al Assad diz que não existiram) uma ligação entre causa e efeito.
Ainda que não exista uma ligação direta e comprovável em Tribunal, de que um levou ao outro.
Mas aí voltamos à história dos nazistas e dos comboios de judeus, que ninguém pode provar que foram para Auschwitz.




Nota:
O ABL foi cancelado pelo Obama em Novembro de 2011.
Demasiados falhanços:
http://www.areamilitar.net/noticias/not ... ?NrNot=939

Se poderá ser reativado isso só o tempo e um futuro presidente poderão dizer.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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mafets

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Re: Guerra na Síria
« Responder #132 em: Setembro 22, 2013, 05:48:07 pm »
Citação de: "papatango"
Deteção antecipada por infravermelhos, é infinitamente superior a qualquer outro sistema de deteção antecipada, o problema é que não funciona para um sistema anti-míssil de curto alcance, ou contra foguetes de artilharia.

O sistema americano, vigia as fontes de calor, mas não pode determinar nada a partir daí. O objetivo é dar aos sistemas anti-míssil um aviso prévio de alguns minutos, quando são detetados lançamentos de mísseis balísticos.
É preciso ver que os americanos desenvolveram o sistema para a defesa anti-míssil e não para um sistema de curto alcance como o Iron Dome.
Para foguetes de artilharia, a eventual resposta não serviria de nada. Pura e simplesmente não haveria tempo.

100% de acordo (mas atenção que se o sistema de detecção de infravermelhos fosse superior em todas as circunstâncias tinha já tornado obsoleto o radar e a detecção rádio, algo que está longe de acontecer pois por exemplo não existe em serviço aviões de alerta aéreo antecipado por infravermelho porque o alcance dos primeiros é sensivelmente maior apesar das superiores vantagens do Flir http://en.wikipedia.org/wiki/Infra-red_search_and_track). E como não serve de nada para o sistema IRON DOME qual seria a lógica de os EUA colocarem um sistema a 22 mil milhas de altitude que detecta o lançamento de projecteis de artilharia e foguetes (que não têm capacidade de destruir pois o sistema não esta ligado ao Iron Dome ou David's Sling) quando o objectivo é servir a intercepção de misseis estratégicos? Não teremos mais um mito (como os Patriot anti-míssil da guerra do golfo que afinal não abateram um único missil) onde existe a capacidade de detecção mas processadores inadequados para processarem a informação e traçarem os algoritmos necessários a uma intercepção de sucesso? Ou será que os teóricos da conspiração tem razão e o Sbirs é tão potente que até detecta o calor humano?  :mrgreen:

Citação de: "papatango"
Mas como o sistema está a funcionar, destinando-se a precaver contra o lançamento de mísseis de médio e eventualmente longo alcance, ele pode detetar outras fontes de calor. No caso do disparo dos mísseis de Bashar al Assad contra os rebeldes, o sistema provavelmente nem ligou ao lançamento, porque não podia ter sido detetado nenhum objeto numa rota potêncialmente ameaçadora.
Mas independentemente disso, os lançamentos foram registados.

Restaram as assinaturas do lançamento e depois os 1400 mortos que o ataque provocou (e que os russos dizem que o Bashar al Assad diz que não existiram) uma ligação entre causa e efeito.

A imagem acima refere um Míssil Balístico detectado pelo Sbir(http://www.fas.org/spp/military/program/warning/sbirs-brochure/fig-06.jpg). Depois das filtragens computorizadas o que se vê é um simples ponto, pelo que ficamos a saber que o sistema pelo menos funciona com missies. Agora ficamos À espera de uma imagem da detecção de um foguete, respectivas filtragens e aquisição do alvo de algo bem mais pequeno.

Citação de: "papatango"
Ainda que não exista uma ligação direta e comprovável em Tribunal, de que um levou ao outro.

Depende do que se gravou, detectou e do que se quer revelar. Se existiu relativamente aos ataques químicos (quer o de 21 de Agosto mas também os anteriores) a detecção do lançamento (infravermelho ou rádio), as respectivas comunicações entre o Regime e os militares, parece-me possível duas simples hipóteses; Ou os EUA tem informação que não querem revelar (por questões de secretismo da capacidade do equipamento, fontes, etc) ou simplesmente não tem toda a informação que dizem ter e especulam uma boa parte das suas suposições.  Qualquer uma das teorias é plausível pelo que tanto aqueles que acreditam como os que acham tudo isto uma simples patranha têm as suas razões e da inexistência de provas conclusivas há que admitir que estes últimos não podem ser condenados por isso.  

Citação de: "papatango"
Nota:
O ABL foi cancelado pelo Obama em Novembro de 2011.
Demasiados falhanços:
http://www.areamilitar.net/noticias/not ... ?NrNot=939

Se poderá ser reativado isso só o tempo e um futuro presidente poderão dizer.

http://endthelie.com/2012/02/21/airborne-laser-program-dumped-after-16-years-and-billions-spent-in-development/#axzz2fdhITdcP

A noticia é clara. O avião esta armazenado mas o desenvolvimento do laser e respectiva fonte de alimentação prosseguem (embora com orçamento bem mais reduzido).
Faz-me lembrar o programa do B1. Carter tinha o colocado na "prateleira" mas assim que a cor politica mudou Reagan activou de imediato o projecto e foi buscar os protótipos que estavam em armazem. E independentemente dos seus problemas ai está ele a voar.


http://pt.wikipedia.org/wiki/B-1_Lancer
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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mafarrico

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Re: Guerra na Síria
« Responder #133 em: Setembro 24, 2013, 11:04:17 pm »
Para quê acreditar em tecnologia secreta e muito boa que até agora a única coisa que provou é que não tem nada para provar?
Mas parabéns pelo investimento. Agora têm carta branca para lançar as sementes da guerra naquelas bandas.

Não podem mostrar ao menos as transcrições telefónicas?

Como eu sou chato deixo-vos este link ainda sobre a questão do ataque químico.
http://www.globalresearch.ca/questions-plague-un-syria-report-who-was-behind-the-east-ghouta-chemical-weapons-attack/5351337

Dizem os rumores que os manipuladores não gostam deste site. Leiam e tirem as vossas conclusões.

Mafets esta pergunta é para si. Com base na sua análise quem pensa que esteve por detrás do ataque químico?
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Re: Guerra na Síria
« Responder #134 em: Setembro 25, 2013, 10:04:48 pm »
http://aoav.org.uk/infographic/syrias-dirty-dozen/

Infographics: Syria’s ‘Dirty Dozen’

By Sarah Leo on 23 Sep 2013

Syria’s ‘Dirty Dozen‘ is AOAV’s profile of twelve of the worst explosive weapons in use in Syria.



The Grad
Grad means ‘Hail’ in Russian. It is a multiple rocket launcher system that fires 40 unguided, high-explosive fragmentation rockets. It is described as the most widespread artillery rocket system in the world.



The Sakr
Rockets used in Syria which are designed like the Grad rockets but with cluster munition warheads containing as many as 98 DPICM sub-munitions (based on the assumption that this is the Type 36 Sakr).



The Type-63
A multiple rocket launcher that fires up to twelve rockets from 3×4 rows of barrels. It is towed or mounted on a truck.



The Luna-M/Frog-7
FROG means Free Rocket Over Ground. It is a ballistic rocket often confused with similar Scud-like missiles.



The M-240
The world’s heaviest mortar, the 53-F-864 240mm bomb is fired by only two systems, both Russian-made. In Syria, the system seen in Homs is the M-240.



The M-1943/M43
The 120mm is a heavy mortar that is common in state arsenals. Many countries have replaced the M1943 with the similar 2B11 Sani but Syria is still believed to have the original model.



The D-30
The standard ammunition fired by this gun is the OF-56. It has a high-fragmentation steel shell which has a much greater impact than the other main shell used by the D-30.



The T-72 Tank
The T-72M is the export version of the Russian-made main battle tank. It fires the 125mm OF-26, which is a high-explosive fragmentation shell.



The 2S3 Akatsiya
The 2S3 is a self-propelled artillery system, introduced in 1974. It normally fires the OF-540 high explosive shell which is the most commonly-fired 152 mm projectile in the world.



The S-25 OFM
The S-25 is the largest air-launched rocket in Syria. The OFM warhead is designed to attack hardened targets. It can be fired from several aircraft including two fighter jets that are known to be part of Syria’s air force.



The OFAB 100-120
These are part of a family of unguided bombs owned by Syria that can be dropped from several of its fighter jets.



The ODAB-500 PM
Fuel-air explosive bomb, also known as a vacuum bomb, which can be dropped from several aircraft known to be in Syria’s arsenal.




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