Sector Vinícola

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Lusitano89

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Re: Sector Vinícola
« Responder #75 em: Julho 25, 2012, 08:17:56 pm »
Secretário regional afirma que incêndios na Madeira não afectaram produção de vinhos


O secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais afirmou hoje que os incêndios não afectaram a produção de uvas para o Vinho Madeira, acrescentando que o tempo quente está a favorecer a qualidade e que será «um ano excepcionalmente bom». Manuel António Correia falava na apresentação de uma nova campanha de Vinho Madeira, que este ano sugere o seu consumo refrescado durante os meses de verão, para demonstrar que esta produção tradicional é «versátil» e pode ser consumida «fresca e num ambiente descontraído».

«No sector vitícola, dada a distribuição das principais manchas de produção de uva, não houve afectação directa, embora possam existir alguns casos pontuais, mais de produtores directos», disse o governante.

Manuel António Correia adiantou que «nos locais onde os incêndios tiveram mais incidência as uvas tradicionais do Vinho Madeira não foram muito atingidas», embora se admita «um ou outro caso pontual, mas sem expressão para a produção deste ano».

O responsável realçou que, apesar do "tempo quente ter muitos efeitos negativos, este ano o aumento da temperatura vai beneficiar a produção de uvas, especialmente os que regaram na altura devida as parreiras».

«O tempo quente só favorece a maturação e qualidade das uvas», salientou, acrescentando que «a vinha está limpa saudável, é um ano com condições de qualidade muito bom e, até aqui, excepcionalmente bom».

Por seu turno, a presidente do Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira (IVBAM), Paula Cabaço, acrescentou que devido a esta situação «existe um avanço de maturação de sete a 10 dias, sendo provável que, se se mantiverem estas condições, as vindimas comecem uma semana mais cedo».

O secretário regional destacou ainda a importância da campanha do Vinho Madeira hoje apresentada, considerando que em altura de dificuldades é necessário ser «regionalista e parcial no sentido comercial».

O programa integra-se num projecto desencadeado há alguns anos de «promoção e valorização do mercado regional para o Vinho Madeira», que representa já 16 por cento do total do negócio e 21 por cento do valor.

Manuel António Correia opinou também que esta campanha, que representa um investimento de 7.000 mil euros, 85 por cento dos quais co-financiados por fundos comunitários, constitui igualmente um «desafio e estímulo para toda a sociedade madeirense», apostando no consumo de uma produção regional que se traduz em dividendos para a economia madeirense.

«Isto é bem mais que uma campanha de vinho, é por toda a economia e todos os aspectos sociais da Madeira», concluiu.

A responsável do IVBAM realçou que a campanha aposta em servir o Vinho Madeira fresco durante os meses de verão, sobretudo as produções de três e cinco anos, uma sugestão que será divulgada em associação com o Rali Vinho Madeira (que vai para a estrada este fim de semana) e em cerca de 15 restaurante que aderiram à iniciativa ‘Madeira com entradas’ (concurso para apresentar a melhor associação deste produto com a gastronomia) nas chegadas do aeroporto da Madeira e nas redes sociais.

Lusa
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #76 em: Setembro 02, 2012, 09:15:47 pm »
Mais e melhor produção nas vindimas deste ano


A produção de vinho deverá ser este ano superior em qualidade e quantidade à de 2011, apesar de haver regiões onde se prevêem quebras, estima o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV). De acordo com as previsões do IVV, as vindimas estão atrasadas duas semanas, tendo em conta o estado de maturação das uvas, mas a produção deverá aumentar entre quatro e cinco por cento em relação à campanha do ano passado.

Além do aumento em termos quantitativos, prevê-se um bom ano em termos de qualidade, graças às condições climatéricas registadas na generalidade do território.

Os maiores aumentos localizam-se na Península de Setúbal (30 por cento), Madeira (24 por cento), Tejo (25 por cento), Lisboa e Trás-os-Montes (20 por cento).

Na região da Península de Setúbal, o presidente da comissão vitivinícola, Henrique Soares, explica à Lusa que o aumento da produção deve-se ao facto de o ano passado «ter sido anormalmente baixo», com 28 milhões de litros produzidos, contribuindo para um acréscimo mais significativo este ano, com 39 milhões de litros previstos.

Entre os Vinhos de Lisboa, a Comissão Vitivinícola Regional (CVR), através do seu vice-presidente, Carlos João da Fonseca, estima um aumento de 10 por cento na produção, abaixo das previsões do IVV, devido à seca e à falta de água que, contrapostos com a reconversão e plantação de vinha e com a ausência de pragas, explicam o acréscimo de uvas.

Em Trás-os-Montes, também o aumento da área de vinha, com centenas de novos hectares, explicam, segundo o presidente da CVR, Francisco Pavão, o aumento previsto na produção, apesar de esta ser proporcionalmente inferior em 20 por cento, devido a factores como a seca, o abandono dos campos e fenómenos como o desavinho e a destruição de uvas pelo calor excessivo em Julho.

Em contraponto, os Açores é a região vitivinícola do país com maiores quebras. O presidente da CVR, Paulo Machado, adianta que as quebras nos vinhos brancos atingem os 80 por cento e nos tintos entre 60 a 70 por cento e foram causadas por «ventos muito fortes ocorridos em Maio e por míldio que atacou as videiras em Junho», fazendo de 2012 o segundo pior ano da última década.

Também no Minho e no Algarve, estimam-se quebras na produção avaliadas em 15 e 30 por cento. A norte, as chuvas e as temperaturas baixas prejudicaram a produção, causando desavinho à floração, enquanto a sul a falta de água e as temperaturas mais baixas do que é comum são os factores apontados pela CV do Algarve.

Lusa
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #77 em: Setembro 29, 2012, 05:15:46 pm »
Dão prepara-se para mais um ano de "bons vinhos"


A região do Dão prepara-se para um ano de «bons vinhos» em qualidade e quantidade, mas a chuva que apanhou as vindimas em pleno curso impõe «algumas cautelas» Mendes, da comissão vitivinícola regional. Os cerca de 45 milhões de quilos de uva que o Dão aguarda, na média dos últimos anos, pode resultar numa ligeira diminuição em litros de vinho, entre os 28 e os 34 milhões, «dois a três por cento menos que em 2011», mas, afiança António Mendes, «sem impacto comercial de relevo».

Quanto à qualidade, este membro da direcção da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRD), nota que esta «depende dos cuidados que os técnicos tiverem», de forma a «minimizar o efeito das últimas chuvas», o que passa por, «se for necessário, interromper as vindimas e aguardar uns dias para defender a qualidade das uvas».

«Mas nós temos técnicos na região que permitem garantir que esses efeitos negativos das últimas chuvas sejam ultrapassados sem quaisquer efeitos na qualidade do vinho», sinaliza António Mendes.

O mesmo pensa António Teixeira, da Sociedade Vinhos Borges, que tem, na sua Quinta de São Simão, em Nelas, a maior mancha de vinha contínua da região do Dão, apontando este técnico para «perspectivas muito boas» para a produção deste ano, «tanto nos brancos como nos tintos».

Uma das vantagens das vindimas dos Vinhos Borges, no Dão, é o recurso à mecanização, tendo em conta que, como explica António Teixeira, «a máquina, ao mesmo tempo que colhe a uva, separa as humidades que não são próprias do cacho», minimizando assim a possibilidade de a chuva importunar a qualidade do vinho a produzir.

Nos 73 hectares de vinhas que os Vinhos Borges possuem na Quinta de São Simão, a produção deste ano, detalha António Teixeira, «vai rondar as 350 toneladas», o que se traduz numa «muito ligeira quebra na quantidade», mas que, «em matéria de qualidade pode até ter um efeito positivo».

Também João Teixeira, pequeno produtor da área de Silgueiros, admite que «uma ligeira diminuição da quantidade» não implica necessariamente uma má notícia, porque, explica, «isso resulta de algum "stress" hídrico nos primeiros meses do ano, mas que a vinha conseguiu ultrapassar».

E, tal como os restantes produtores, João Teixeira acrescenta um ponto em que este ano se revelou melhor que 2011: «Fomos capazes, porque estávamos mais atentos, de combater com eficácia algumas doenças que o ano passado causaram estragos», como a podridão negra ou, em inglês, como é também conhecida, a "black roth".

«Por altura da primavera cheguei a temer o pior, com as chuvas a chegarem no tempo adverso às necessidades da vinha, seja por altura do ciclo vegetativo, seja da floração, mas o ano acabou por ser equilibrado», aponta.

E a chuva permitiu mesmo «algumas correcções», como no grau de acidez, por exemplo, refere João Teixeira, acrescentando: «Agora que as vindimas caminham para o fim, a expectativa é quase óptima».

Lusa
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #78 em: Novembro 26, 2012, 03:23:21 pm »
".Vinhos
Adega de Favaios: o moscatel do Douro que derrotou os italianos


A Adega Cooperativa de Favaios foi funda­da em 1952 com cerca de 100 sócios, uma maioria de pequenos produtores e mais meia dúzia de grandes produtores que se uniram para defender um capital que lhes era querido e lhes havia sido "roubado" duas dezenas de anos antes.
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Até à década de 1930 os lavradores da região podiam beneficiar o seu vinho, isto é, podiam adi­cionar aguardente ao mosto e fazer vinho generoso. Nessa altura a Casa do Douro proibiu o benefício de uvas provenientes de vinhas plantadas a altitudes superiores a 500 metros. Ora como todas as vinhas situadas no planalto de Sabrosa estão a cer­ca de 600 metros, o prejuízo para os agri­cultores na zona era evidente. A Adega cres­ceu, em número de sócios - hoje conta com cerca de 550, que gerem uma mancha de vinha de 1100 hectares, uma adega com tec­nologia moderna, produzindo uma gama alargada de vinhos, que vão desde o inte­ressante Espumante Bruto 100% Moscatel, moscatéis populares, passando por vinhos tranquilos como os Encosta de Favaios e Foral da Vila (branco e tinto), a preços abai­xo dos 2,5€ e com uma qualidade interes­sante como vinho de todos os dias, até aos moscatéis topo de gama e Vinho do Porto. O mais recente lançamento é um Colheita Tardia, surgido o ano passado.

 

Mário Monteiro, presidente da Adega e também grande produtor explicou-nos que neste momento a produção ronda os seis milhões de litros, dos quais 55% moscatel. O grande sucesso na massificação foi quan­do lançaram o Favaíto em doses individuais de 6cl, passando a ocupar um lugar até aí pertença do Vermute (vinhos italianos com mistura de ervas, os mais conhecidos dos quais são o Martini e o Cinzano). Vendem actualmente 25 milhões de garrafas/ano e são já copiados por outros produtores, no formato das garrafas e nos rótulos...

 

A enologia da adega é dirigida por Celso Pereira (autor dos prestigiados Espuman­tes Vértice), integrando ainda Miguel Fer­reira e Filipe Carvalho. Seguem-se notas de prova dos moscatéis:

 

FAVAÍTO MOSCATEL DO DOURO (6,20€ a embalagem de 10 unidades individuais de 6 cl) É um vinho aperitivo que passou por um estágio de cerca de dois anos em depó­sitos de aço inox. Destina-se a ser consumi­do em novo. Final curtinho que é para se esquecer depressa e pedir logo outro a seguir. Vende-se também em garrafas de 75 cl ao preço de 4,70€. Consumo imediato.

 

ADEGA DE FAVAIOS RESERVA MOSCATEL GALEGO (8,40€) Tem uma estrutura inte­ressante e uma boa relação qualidade/pre­ço. Aromático com notas de flores secas, laranja e alperce seco. Na boca mostra-se cheio, com bom equilíbrio entre o açúcar (140g/l) e a acidez (4g/l). Final persistente e agradável. Álcool 17%. Vinho obtido a par­tir de lotes com idade média de 4 anos, enve­lhecidos em balseiros de carvalho.

 

ADEGA DE FAVAIOS 10 ANOS (13€) Vinho de outro campeonato. Notas aromáticas com­plexas com laivos de aguardente velha, fru­tos secos e mel, tangerina e casca de laran­ja caramelizada. Na boca revela doçura (apesar de ter menos 5g/l de açúcar e mais lg/1 de acidez do que o Reserva) mas tam­bém uma boa secura e acidez. Constituído por lotes envelhecidos em balseiros das colheitas de 1989,1999 e 2004, esta enve­lhecida em inox, em proporções diferentes. Um belíssimo moscatel do Douro que já foi premiado 38 vezes em concursos nacionais e internacionais desde 2007.

 

ADEGA DE FAVAIOS 1989 (25€) Segue os aromas do 10 Anos embora seja mais discre­to na sua complexidade. Corpo médio, embo­ra se note finura e delicadeza. Boa doçura e acidez. Final bastante persistente. Vinho da colheita de 1989 foi envelhecido em tonéis de castanho e balseiros de carvalho. Foram produzidos quatro mil litros.

 

ADEGA DE FAVAIOS 1980 (49€) É um mosca-tel digno dos melhores apreciadores. Aro­ma muito complexo com notas de passa de figo, bolo inglês, iodo, torrefacção, algum cacau e mel. Na boca essas sensações repe­tem-se, associadas a uma acidez e uma doçu­ra muito equilibrada. Um moscatel requin­tado e complexo com um final muito lon­go. Considerado o terceiro melhor moscatel do mundo num recente concurso interna­cional "Lê Moscat du Monde"."

PS:  Este  natal, ofereçam garrafas de vinho e aguardentes e vinhos licorosos Portugueses.
Deixem de comprar bugiganga nas lojas dos chineses etc, ou wisky. Contribuam para um produtos que é 100 % na maioria
dos casos ( Garrafa, rolha e caixas de cartão, vinho, é tudo nacional  ) gera  riqueza para todos nós.
com 2 a 10 euros, pode-se oferecer uma boa prenda.
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #79 em: Novembro 26, 2012, 04:44:41 pm »
Xii... Tá-me a dar cá uma sede...  :Amigos:

Mas também ouvi dizer que é importada aguardente espanhola para um desses produtos 100% portugueses...
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #80 em: Novembro 26, 2012, 05:51:45 pm »
caro HSMV,

Provavelmente deve acontecer alguns desses casos, e é sobre isso que ASAI devia andar em cima, para não venderem gato por lebre.

Quanto a sede, também te acompanho, apesar de ter regado bem o meu jantar este fim de semana com umas garrafas de Monte de Anfora, da bacalhoa.
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #81 em: Novembro 28, 2012, 09:11:13 am »
As exportações de vinhos portugueses cresceram 9,9% no primeiro semestre deste ano face ao período homólogo de 2011, atingindo os 304,3 milhões de euros, disse à Lusa o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro.

Em termos interanuais, ou seja, os 12 meses até junho deste ano, o crescimento das exportações de vinhos nacionais atinge os 9,4%, de acordo com o presidente da associação responsável pela promoção dos vinhos no mercado interno e externo.

"Há aqui alguns dados que não são extraordinariamente elevados, mas que são bons e que se se mantiverem por um período longo é excelente", disse Jorge Monteiro, explicando que se o ano do sector fosse encerrado em junho o total anual móvel somaria 679 milhões de euros em exportações, mais 22 milhões do que em 2011.

O presidente da ViniPortugal acrescentou que nos últimos 10 anos o sector assistiu a um crescimento anual de 4,5% em valor, o que "visto ano a ano é pouco, mas é muito mais do que a economia".

Em termos externos, Jorge Monteiro salientou que em mercados como o Brasil e a Alemanha se registaram crescimentos de dois dígitos, enquanto a China está também com números "significativos", ainda que a base de partida fosse pequena.

O responsável da ViniPortugal lembrou que é preciso estar atento a medidas proteccionistas por parte das economias emergentes, à semelhança do que aconteceu com o Brasil este ano, quando aquele país quis elevar os impostos sobre os vinhos importados.

"Temos que estar muito atentos e logo que haja conhecimento de uma ameaça dessas actuar", disse Jorge Monteiro, sublinhando a importância de uma acção concertada entre vários intervenientes
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #82 em: Fevereiro 13, 2013, 02:15:57 pm »
Vinhos portugueses cada vez mais presentes no mercado russo


As exportações de vinhos portugueses estão a conhecer um aumento significativo para a Rússia e as empresas nacionais investem cada vez mais neste mercado.
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) juntou no seu pavilhão, na feira Prodexpo, várias empresas que exportam produtos alimentares e vinhos para a Rússia.

O Grupo Carmin, que produz conhecidos vinhos do Alentejo, exportou no ano passado para a Rússia entre 200 mil e 250 mil garrafas.

"Estamos aqui para consolidar as nossas posições e novos parceiros", declarou à Lusa Luís Ribeiro, representante dessa empresa alentejana, esperando para o ano corrente "um aumento de 20 a 30 por cento".

"Sentimos orgulho em que os nossos vinhos sejam vendidos, não só em Moscovo, mas noutras regiões da Rússia", frisou.

A empresa Enopartner, que promove vinhos de várias regiões de Portugal no estrangeiro, também já não é novata no mercado russo.

"Em 2012, exportámos para aqui cerca de dez mil garrafas de vinho e, se estamos nesta feira, é porque tencionamos aumentar o volume de vendas", declarou Carlos Moreira, chefe das exportações dessa empresa, enquanto dava a provar os seus vinhos a potenciais clientes.

A Comissão Vitivinícola Regional do Tejo também está presente com o seu pavilhão, que reúne 14 empresas da região, mais seis da Fenadegas, outra organização de produtores de vinhos portugueses.

"No ano passado, exportámos 40 mil litros de vinho para a Rússia e este é um dos mercados prioritários para nós", disse à Lusa Edna Barbosa, responsável do Departamento de Marketing da CVR do Tejo.

"A Rússia é o sexto mercado extraeuropeu para nós, mas queremos reforçar aqui as nossas posições", frisa.

Por seu lado, Gonçalo Furtado, da Fenadegas, referiu que o grupo de empresas que representa exportou para o mercado russo, no ano passado, 300 mil garrafas de vinho e que está optimista quanto a este ano.

Lusa
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #83 em: Julho 26, 2013, 10:45:42 pm »
Douro vai produzir 100.000 pipas de vinho do Porto este ano


A Região Demarcada do Douro vai produzir 100 mil pipas de vinho do Porto este ano, mais 3.500 do que na campanha anterior, disse à agência Lusa fonte do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). O conselho interprofissional do IVDP fixou hoje em 100.000 o número de pipas (550 litros cada) a beneficiar nesta vindima (quantidade de mosto que cada viticultor pode destinar à produção de vinho do Porto).

O presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, afirmou que o quantitativo para a vindima de 2013 foi aprovado com o voto contra do comércio, enquanto a produção se mostrou favorável.

Em 2012, foram produzidas 96.500 pipas de vinho do Porto na mais antiga região demarcada do mundo.

O benefício resulta da avaliação de um conjunto de factores técnicos, designadamente os níveis de vendas de vinho do Porto nos últimos meses e as projecções para o resto do ano de 2013, o nível de stocks existentes e as intenções das compras dos comerciantes até ao final do ano.

Segundo o responsável, a avaliação feita foi no sentido de que era possível subir um pouco a produção de vinho do Porto comparativamente com o aprovado para 2012.

António Saraiva, da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), disse à Lusa que o comércio defendia as 97.000 pipas, um número que disse ter sido "consensualizado com as intenções de compra das empresas".

"Estamos em período recessivo, o mercado continua a cair e, não obstante estar a cair, nós estávamos dispostos a aumentar um pouco para dar um sinal de alguma esperança ao Douro. Mas achamos que o valor aprovado é demasiado elevado", frisou.

António Saraiva referiu que a AEVP não quer "que fique vinho por vender na região" e que, por isso, "toda a prudência apontava para as 97.000 pipas".

"De qualquer maneira não acho que seja um problema muito grave este diferencial", acrescentou.

A Lusa tentou uma reacção por parte da produção, o que não foi possível.

O benefício é a principal fonte de rendimento dos viticultores durienses.

Em dez anos, o benefício foi reduzido em 45 por cento, de 145 mil pipas em 2001 para as 85 mil em 2011. A redução entre 2010 e o ano passado atingiu as 25 mil pipas. Nesta década, o vinho do Porto perdeu 12 milhões de garrafas, correspondendo a uma perda de valor de 37 milhões de euros.

Lusa
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #84 em: Julho 30, 2013, 10:08:52 pm »
Vinhos do Tejo exportam 44% da produção


Em quatro anos, a região vitivinícola do Tejo duplicou o seu índice exportador. A próxima meta é exportar 50% da produção

Foi para a Suécia que viajaram no ano passado grande parte dos carregamentos de garrafas de vinhos regionais do Tejo comercializadas para mercados externos. A Suécia é, atualmente, o principal destino das exportações de vinho da região, liderando uma lista onde figuram também Angola, China, Brasil, Inglaterra e Polónia.

"Entre 2008 e 2012 duplicámos as exportações, que representam agora 44% da nossa produção certificada", confirma João Silvestre, secretário-geral da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) Tejo.

Só no ano passado, a região produziu 63 milhões de litros de vinho a partir dos seus 19 000 hectares de vinha e a venda de garrafas para os mercados externos é uma prioridade assumida. "O nosso objetivo é exportar metade da produção e estamos a trabalhar para isso, com bons índices de crescimento", adianta João Silvestre. A CVR Tejo identificou a Rússia, o Brasil, a China e os Estados Unidos da América como os quatro destinos prioritários das ações de promoção dos vinhos da região.

A viver dias de crescimento acima da média de mercado está também a região da Península de Setúbal, com uma produção média anual de 40 milhões de litros de vinho. No ano passado, foi também esta a terceira região que mais vinho exportou para mercados fora da União Europeia, destacando-se a Suécia, a Holanda, o Reino Unido e a Alemanha entre os principais destinos de vendas em mercados não comunitários. "Só em 2012 esta região exportou 34% do seu vinho certificado, o que nos permite criar fundadas expectativas num futuro risonho", admite Henrique Soares, presidente da CVR da Península de Setúbal. "Esta é também uma das regiões que mais exporta para Angola, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América e China", assegura Henrique Soares, reconhecendo que a entrada nestes mercados representa um potencial de crescimento muito relevante.

Com uma quota de mercado nacional de 12,5% no primeiro semestre deste ano, a região vitivinícola da Península de Setúbal aposta no equilíbrio entre vinha nova, vinha madura e vinha velha para obter uma produção diferenciada, conseguindo ser já a região que mais cresceu na última década.

DN
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #85 em: Agosto 19, 2013, 09:15:42 pm »
Licores tradicionais entram no mercado asiático


A amêndoa amarga e a groselha produzidas em Portugal estão a suscitar o interesse do mercado asiático. A Xarão, empresa de Valongo de produção de licores, entrou recentemente no mercado chinês, avançou ao SOL o administrador do negócio familiar, Hugo Monteiro. O Vietname também está nos planos, tal como a Colômbia.
O empresário, que pertence à segunda geração da família que fundou o negócio dos licores em 1982, explica que a entrada no Vietname poderá ocorrer através de um intermediário luso-vietnamita, com um projecto próprio para levar para o país produtos portugueses.

“Não há câmaras de comércio, não há consulados. Não sabemos se vai dar alguma coisa ou não, mas está previsto que o Vietname venha a ser, até 2020, a sétima economia mundial. Interessa a qualquer empresa”, justifica o gestor.

A empresa, que em 2012 teve um volume de negócios de três milhões de euros, estreou-se em mercados estrangeiros há anos, mas só em 2009 começou a levar a internacionalização a sério.

No ano passado, as exportações representaram 7% do volume de negócios da Xarão. Este ano, com os negócios com a China, as expectativas são exportar entre 13% e 15% da produção. As negociações neste país começaram em Março. E três meses depois, após a participação na HOFEX, a maior feira asiática na área da hotelaria e distribuição alimentar, em Hong Kong, seguiu a primeira encomenda.

A classe média da China, onde os parceiros da Xarão se renderam ao sabor da amêndoa amarga, representa “um nicho de mercado que anda perto dos 10 milhões de pessoas”, sublinha Hugo Monteiro, que refere ainda que os chineses “olham para os produtos portugueses como sendo de qualidade”. Os principais produtos da empresa são a groselha, a amêndoa amarga e o licor de anis.

Alternativas à Europa

O administrador reconhece que a entrada no mercado chinês aconteceu muito rapidamente, mas lembra que as dificuldades no mercado interno obrigam a pensar em voos mais altos. “Colocar produtos na Europa está muito difícil. O mercado encolheu bastante”, refere.

Recentemente, a empresa reactivou uma parceria no Rio de Janeiro, que lhe permitirá voltar a fornecer directamente o mercado brasileiro. No estado norte-americano do Massachusetts e na Venezuela, a Xarão tem em curso os registos de marca.

Em 2014, a empresa vai participar num roadshow na Colômbia, organizado pelos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Economia. Serão visitadas três cidades do país, uma oportunidade para fazer contactos com vista à entrada neste mercado.

Paraguai, Canadá, França, Suíça, Luxemburgo, Espanha são outras geografias onde a Xarão está presente. A empresa tem ainda “operações pontuais” em Moçambique, Cabo Verde e Angola. Neste momento, procura de um investidor local para entrar com outra força nestes mercados africanos, conta Hugo Monteiro. “Temos lá muitos clientes, mas não temos parceiros”, sublinha o administrador.

SOL
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #86 em: Setembro 09, 2013, 07:41:01 pm »
EUA é um mercado prioritário para os vinhos do Douro


Os Estados Unidos da América (EUA) são, neste momento, um dos mercados prioritários para os vinhos do Douro e Porto, pela sua dimensão e potencial de crescimento de consumo, disse hoje um empresário do sector. Paulo Osório trabalha para a empresa Porto Reccua Vinhos, situada no Peso da Régua mas, na acção de promoção que o Douro está a fazer nos EUA, traz na bagagem dez marcas de vinhos também de alguns dos fundadores do Museu do Douro (MD).

Esta missão, que passou por Nova Iorque, Newark e termina hoje em Washington, junta o projecto "Douro e Estrela - In Tourism", a Estrutura de Missão do Douro (EMD) e o MD. Como a Europa parece que não sai da crise, os empresários portugueses são obrigados a apostar em outros mercados.

Paulo Osório afirmou à agência Lusa que as grandes apostas do momento são os EUA, a Ásia e a África. No Brasil, os vinhos nacionais estão a ser "muito penalizados em termos fiscais", por isso, na sua opinião, aquele mercado "não é tão prioritário".

"A América está aparentemente em recuperação depois da crise de 2008 e é um mercado muito grande e com muito potencial por desenvolver", salientou. O responsável referiu que a Porto Reccua Vinhos pretende, nos próximos anos, "duplicar ou triplicar" as vendas para este país.

Não é, no entanto, "um mercado fácil", porque "ainda existem muitos consumidores que não conhecem os vinhos", e, depois, "ainda há que enfrentar as diferentes especificações legais de cada estado".

Paulo Osório salientou que "há muito trabalho de divulgação para fazer" nos EUA e disse que é preciso ensinar os norte americanos a beber.

"O vinho do Porto tem versatilidade. Há linhas mais jovens que se podem adaptar a cocktails e são formas de apelar a consumos mais jovens, mais descontraídos", frisou.

Nesta visita, Paulo Osório pode constatar que há vinhos produzidos na mais antiga região demarcada do mundo à venda em algumas lojas de bebidas, principalmente da zona portuguesa de Newark, mas praticamente nada em bares ou restaurantes.

"Ainda não e essa é uma falha que existe. É preciso, pelo menos, meter meia dúzia de vinhos portugueses na categoria dos vinhos do mundo que aparece nos restaurantes para, um dia, conseguirmos chegar a ter uma secção de vinhos portugueses nas cartas dos restaurantes", referiu.

Para o responsável, uma das maiores dificuldades com que se deparara neste país é "encontrar parceiros na importação e distribuição credíveis e com capacidade financeira para poder desenvolver o mercado à velocidade que se pretende".

Nesta viagem pelos EUA, Paulo Osório encontrou-se com alguns importadores. Rogério Tavares foi um deles. Importador e distribuidor há 31 anos, este português radicado na América referiu que, quando começou a trabalhar, eram muito poucas as marcas de vinhos nacionais que se encontravam à venda neste país.

Hoje a realidade é diferente mas, segundo Rogério Tavares, "ainda não é fácil" porque "não se sabe vender Portugal". "Não há uma imagem do país associada aos vinhos", frisou.

Este importador referiu ainda que os concorrentes dos portugueses "são muito agressivos" e sublinhou que os EUA são "um nicho de mercado que é preciso aproveitar e rápido".

De acordo com dados do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), entre Janeiro e Junho, foram vendidas 158 mil garrafas de nove litros de vinho do Porto para os EUA, menos 0,5% comparativamente com igual período do ano passado, o que se traduz num volume de negócios de cerca de 10 milhões de euros.

Lusa
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #87 em: Outubro 02, 2013, 01:28:09 pm »
Vinhos do Tejo querem duplicar exportação para os EUA


A Comissão Vitivinícola da Região do Tejo (CVR Tejo) quer duplicar o volume de litros de vinho exportado para os EUA nos próximos três anos, refere o presidente dos Vinhos do Tejo. Nesse sentido, é já na próxima semana, a 7 de Outubro, que os Vinhos do Tejo vão até Nova Iorque com o objectivo de aumentar a notoriedade da região no mercado norte-americano.
 
«Os EUA são, actualmente, o nosso 8º mercado de exportação, temos 15 produtores a exportar para lá e, em 2012, crescemos 119% neste território», afirma José Pinto Gaspar, presidente da CVR Tejo.
 
No dia 7 de Outubro, a CVR irá organizar duas mesas redondas e Master Class no Corckbuzz, em Nova Iorque. Esta acção, que conta com a Revista Beverage Media como media partner, permitirá apresentar ao «trade» nova-iorquino a região e alguns dos seus melhores vinhos.
 
Mas a acção promocional dos Vinhos do Tejo nos EUA não termina com a organização do evento da próxima segunda-feira, visto que entre os dias 22 e 25 de Outubro é a vez de vários norte-americanos virem até Portugal, conhecer esta região.
 
«Estamos a organizar uma visita à nossa região para que jornalistas, sommeliers, donos de restaurantes e importadores possam conhecer algumas das nossas especificidades e alguns dos nossos produtores», refere o presidente dos Vinhos do Tejo.
 
No último dia da visita à região, os convidados irão participar numa prova de vinhos, seguida de um jantar, num evento que ocorrerá num barco que estará a navegar nas águas do Rio Tejo, em Lisboa.
 
A aposta neste plano promocional para o mercado norte-americano deve-se ao facto de os EUA serem o importador de Vinhos do Tejo com crescimento mais positivo.

Lusa
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #88 em: Outubro 19, 2013, 12:17:14 pm »
Em Évora produz-se o primeiro gin biológico da Península Ibérica


O primeiro gin biológico da Península Ibérica e o sexto do mundo está a ser produzido por uma empresa de Évora, que aposta na produção biológica e artesanal para se diferenciar e conquistar o mercado. Na fábrica da empresa 3Bicos, na periferia de Évora, produz-se gin e vários licores, como o de poejo e o de romã, recorrendo a técnicas artesanais, mas o "segredo" está na utilização de apenas produtos biológicos.

"Todos os ingredientes são biológicos", afiança à Lusa João Monteiro, relações públicas da empresa, referindo que tanto as ervas aromáticas como os cereais maltados para a produção da aguardente "são certificados biologicamente".

Além disso, acrescenta que todo o processo de produção do gin "é feito de forma artesanal", com recurso a barricas para a fermentação dos cereais maltados e a alambiques de cobre para a destilação do gin.

"A única máquina é a de enchimento das garrafas", porque o resto "é feito artesanalmente, até o próprio arrolhamento da garrafa é feito à mão", conta o responsável.

Perante as "particularidades" da bebida, não tem dúvidas em afirmar que o facto de ser biológico, que "é saudável e está na moda", vai "diferenciar este gin de tantos milhares de gin's espalhados por esse mundo fora".

"É o primeiro gin biológico português e da Península Ibérica e o sexto do mundo. É a diferenciação do nosso gin para todos os outros", realça João Monteiro, assinalando que a fábrica é também "a única destilaria não vínica existente em Portugal".

Para a produção do gin, a técnica da empresa Cláudia Cascalho revela que se faz "a fermentação do cereal" em barricas, seguindo-se três destilações, sendo que a última inclui a colocação das "essências do gin" no alambique.

"São ervas aromáticas, tudo produtos biológicos. A base do gin é o zimbro", mas a receita inclui "o poejo e a hortelã da ribeira, entre outras", desvenda.

O gin "Templus", cujo nome lhe foi atribuído em "homenagem ao Templo Romano" de Évora, já pode ser consumido em bares e hotéis da cidade e está à venda em lojas "gourmet" em vários pontos do país.

No entanto, o objectivo da empresa, segundo o responsável, é fazer chegar o gin alentejano "a toda a parte do mundo", mas "sempre em pequenas quantidades" para não massificar o produto e manter a qualidade.

De Espanha, um dos maiores consumidores de gin do mundo, já chegou "um contacto" para a compra da bebida, estando a empresa de Évora à espera de uma resposta para a encomenda.

A 3Bicos está ainda a desenvolver testes e ensaios para a produção de uma vodka, para uma outra empresa, e prevê começar a produzir, a curto prazo, o primeiro whisky português.

Lusa
 

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Re: Sector Vinícola
« Responder #89 em: Janeiro 22, 2014, 01:03:18 pm »
Vinhos do Tejo apostam no mercado dos EUA, Brasil, China e Rússia


A Comissão Vitivinícola Regional (CVR) Tejo vai apostar este ano na promoção dos vinhos da região nos mercados dos Estados Unidos, Brasil, China e Rússia, procurando manter a tendência de crescimento das exportações, disse o seu presidente à Lusa.

José Gaspar adiantou que o projeto para estes quatro mercados-alvo se insere na estratégia que permitiu que as exportações dos vinhos Tejo passassem dos 40%, há quatro anos, para 60% em 2013.

Para o presidente da CVR Tejo, a relação qualidade/preço constitui a grande vantagem dos vinhos com indicação geográfica e denominação de origem Tejo, permitindo que, num contexto de retração no mercado interno, estes vinhos tenham mantido, também aqui, uma tendência de crescimento. Numa região relativamente pequena no contexto nacional (cerca de 10% da produção), a marca Tejo tem vindo a impor-se pela qualidade, conseguida graças a "muito trabalho invisível" por parte dos produtores, na reestruturação das vinhas, no investimento em tecnologia nas adegas, na aposta no fator humano, com novos enólogos, e também na área comercial e no marketing, sublinhou.

A aposta nos quatro mercados-alvo, na qual estarão envolvidos 26 agentes, é conseguida graças à captação de apoios a fundo perdido (na ordem dos 72,5%) e ao apoio da CVR Tejo (metade dos restantes 27,5%), que torna possível a presença dos produtores em ações de promoção nesses países.
Em 2014, vai ser repetida a ação "Caravana do Tejo", uma itinerância por restaurantes e provas de vinhos no Brasil, a par das tradicionais presenças em eventos promocionais num mercado em franco crescimento, sublinhou.

Também com os Estados Unidos da América a CVR Tejo vai repetir, no segundo semestre de 2914, a experiência que se revelou positiva nos últimos anos de trazer a Portugal agentes, importadores e líderes de opinião norte-americanos.

Na China, além de integrar a comitiva da Viniportugal, os vinhos Tejo farão ações em Hong Kong e no sul do país, tendo também agendadas ações na capital da Rússia, mercado onde já há importadores a comercializar vinhos da região, acrescentou.

Com um orçamento sensivelmente igual ao de 2013 (um pouco mais de um milhão de euros), a CVR Tejo vai manter ações com a restauração da região, repetindo o concurso de gastronomia e vinhos, este ano alargado a restaurantes de Lisboa e do Porto.

Dado o "excelente" acolhimento na Feira do Livro de Lisboa, essa presença junto do consumidor final vai repetir-se este ano, tal como as ações na grande distribuição no Porto e em Lisboa, alargadas ao Algarve no verão. Moçambique poderá vir a ser palco de uma primeira ação promocional dos Vinhos Tejo em 2014, depois de dois anos de experiência no mercado angolano, disse ainda José Gaspar.

A CVR Tejo, que tem inscritos 80 agentes económicos da região, certifica anualmente 12 milhões de litros de vinho (cerca de 20% do vinho produzido na região).
O plano estratégico e de investimento para 2014 foi apresentado ao fim da manhã de hoje, no Instituto da Vinha e do Vinho, em Lisboa, numa sessão que contou com as presenças da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo e da Rota dos Vinhos do Tejo.

A CVR Tejo assume a promoção integrada da região, cabendo à Confraria a promoção da região junto de enófilos e à Rota dos Vinhos do Tejo a promoção enoturística, sublinha uma nota de divulgação da iniciativa.

A Região do Tejo inclui as sub-regiões Almeirim, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Santarém e Tomar.

Lusa