Sector Agro-Alimentar

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miguelbud

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #15 em: Março 28, 2013, 08:54:49 pm »
Pêra rocha prepara entrada em Marrocos

Os produtores de pêra rocha querem entrar no mercado de Marrocos a pensar já no Magrebe e na África subsariana. "Estamos a trabalhar com os ministérios da Agricultura e dos Negócios Estrangeiros para que seja estabelecido um protocolo com Marrocos para vendermos mais naquele país", avançou Torres Paulo, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Pêra Rocha (ANP), ao Diário Económico. "Apesar do mercado marroquino estar a crescer nos últimos quatro anos as empresas portuguesas estão a ser penalizadas com os custos alfandegários muito significativos", afirma.

O mercado de Marrocos representa, neste momento, pouco mais de 1% das exportações nacionais, mas o objectivo é incrementar uma estratégia para potenciar vendas não só para aquele país, mas também para toda a região magrebina e subsariana.

"O mercado marroquino está muito bem organizado e que é um país de comerciantes", lamenta Torres Paulo. O responsável explica que uma maior presença de produtores naquele país vai permitir estabelecer parcerias para a venda de pêra rocha em praticamente todo o continente africano. Uma iniciativa, que a confirmar-se, vai imprimir um acréscimo nas vendas desta fruta nos mercados externos que, em termos médios, representam mais de 50% da produção.

Na última campanha de 2010/11 da ANP foram produzidas 223 mil toneladas em Portugal, 115 mil das quais pelos seus associados. Destas, 90 mil foram vendidas no mercado externo, sobretudo no Brasil, Reino Unido, França, Rússia, Alemanha e Polónia.

Mas os empresários não querem ficar por aqui e a associação está a dar os primeiros passos para entrarem em mercados como o dos EUA, México, Índia e China, grandes consumidores que não dispõem de fruta no período do ano em que existe a pera rocha", frisou Torres Paulo. Contudo, reconheceu que o "processo poderá ser um pouco mais demorado já que estão em causa negociações bilaterais" entre a União Europeia e estes países.

Previsões? Torres Paulo admite apenas que, no "espaço de um ano e meio, os empresários possam estar a vender para o mercado americano".

União fez a força
"Em Portugal não é difícil associar as pessoas o que é difícil é fazer coisas em comum". A conclusão é de Torres Paulo quando questionado sobre o segredo do sucesso da ANP que projectou Portugal para o 5º lugar no ‘ranking' dos maiores produtores europeus, e um dos dez maiores a nível mundial.

A associação surgiu há 20 anos no âmbito do processo de Denominação de Origem Protegida (DOP) para a pêra rocha com o objectivo de unir toda a fileira, desde a produção até à comercialização, para a partir daí coordenar e incentivar uma política de qualidade que define a pera rocha do Oeste. A associação é responsável pela produção de 11.000 hectares de pêra, o que representa 81% da produção nacional. Das 28 empresas associadas da ANP, 21 são organizações de produtores e 24 são empresas com central fruteira e quatro comerciantes de fruta.
http://economico.sapo.pt/noticias/pera- ... 65834.html
 

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Lusitano89

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #16 em: Abril 02, 2013, 05:07:16 pm »
Portugal excedentário em vinho e conservas e muito dependente da importação de cereais


Portugal produz vinho e conservas de peixe suficientes para satisfazer o consumo interno, mas está fortemente dependente da importação de cereais e oleaginosas, revela um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o abastecimento alimentar. Entre 2006 e 2010, período a que se reporta o estudo, Portugal atingiu um grau de auto-suficiência alimentar de 81% em valor no que diz respeito a produtos da agricultura e pesca e da indústria alimentar e bebidas.

O valor médio anual da produção agrícola foi de 7 mil milhões de euros, crescendo a uma taxa média de 1,2% ao ano.

O vinho e o azeite representam cerca de um quarto do valor total da produção (1.748 milhões de euros), seguindo-se a pecuária com uma média anual de 1.636 milhões de euros, enquanto os produtos hortícolas se destacaram a nível do crescimento do valor da produção (6,2% ao ano), representando 462 milhões de euros em 2010.

O azeite, os ovos, os animais vivos, os produtos hortícolas e os frutos frescos estão próximos da auto-suficiência, enquanto o vinho e as conservas de peixe estão acima dos 100%, o que significa que a quantidade produzida satisfaz totalmente a procura interna.

Os produtos de pesca satisfazem 82% da procura, mas no que diz respeito aos alimentos processados (congelados, secos e salgados) o grau de auto-suficiência é inferior a 47%.

Também o sector das bebidas teve um crescimento sustentado neste período, atingindo os 96% em 2010, mas Portugal só é auto-suficiente em cerveja e água mineral, estando fortemente dependente de importações de outras bebidas não alcoólicas (incluindo refrigerantes) e outras bebidas alcoólicas.

Pelo contrário, a elevada dependência externa dos cereais e das oleaginosas é comprovada pelas importações que representam 42,4% do valor global das importações agrícolas.

O INE salienta que esta dependência tem tido uma tendência de agravamento, com as importações a aumentarem, em média 10,3 e 12% ao ano, para os cereais e as oleaginosas, respectivamente.

Segundo o INE, no caso dos cereais "a produção nacional é pouco competitiva no sequeiro, mas tem margem de progressão no regadio, particularmente para a cultura do milho".

Já no caso das oleaginosas, "a situação altamente deficitária dificilmente será corrigida", uma vez que as condições climáticas não favorecem a produção das principais oleaginosas (soja e colza).

Lusa
 

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Edu

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #17 em: Abril 02, 2013, 05:58:59 pm »
Afinal a nossa dependência agricula e a nossa incapacidade para produzirmos alimentos para alimentar toda a população não é assim tão grande como algum tempo atrás alguns foristas aqui queriam fazer crer.

Sem duvida que nos cereais temos uma clara dependencia mas penso que com um melhor aproveitamento dos recursos existentes (como é o caso da barragem do alqueva) conseguissemos melhorar bastante a nossa prestação da produção de cereais, não digo tornarmo-nos independentes obviamente, mas reduzir bastante a nossa dependencia.

O sector da pesca é outro onde claramente temos a obrigação de evoluir. Não há razão nenhuma para, salvo em nichos de mercado, sermos um país importador de pescado. Temos sim de nos tornar um grande exportador e assim conseguir contrabalançar as dificuldades na produção de cereais e oleaginosas.
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #18 em: Abril 02, 2013, 06:03:37 pm »
Citação de: "Edu"
O sector da pesca é outro onde claramente temos a obrigação de evoluir. Não há razão nenhuma para, salvo em nichos de mercado, sermos um país importador de pescado. Temos sim de nos tornar um grande exportador e assim conseguir contrabalançar as dificuldades na produção de cereais e oleaginosas.

Hepa, fantástico. Os segundos maiores consumidores do mundo, um povo que tem como prato nacional um peixe que não existe nas suas águas, e vamos ser é exportadores! Diz-me só um pormenor nesse plano... Exportadores de quê, pescado onde?
 

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Lusitano89

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #19 em: Abril 07, 2013, 02:32:41 pm »
Chuvada pode pôr em causa produção de cereais no Alentejo


A chuva "anormal" das últimas semanas poderá pôr "em causa" a produção de cereais e atrasou culturas de primavera/verão no Alentejo, apesar de "benéfica" para criar pastagens e repor níveis das albufeiras, segundo dirigentes agrícolas. "Não me lembro de um Março tão chuvoso". A chuva que caiu foi "anormal" e vai ter "reflexos negativos" na agricultura alentejana, disse à agência Lusa o presidente da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo, Castro e Brito.

No caso dos cereais, cultura de outono/inverno e de sequeiro, a campanha 2012/2013 "não vai correr bem e poderá estar em causa", afirmou, admitindo "perdas parciais ou totais" de produções.

"Tanta água deixou os solos encharcados", o que, no caso dos cereais, está a provocar a "asfixia radicular das plantas", ou seja, as raízes estão inundadas e com dificuldades em respirar, uma situação que "prejudica" o desenvolvimento dos cereais, explicou.

"Já tinha chovido muito e esta água é claramente a mais" e vai "prejudicar os cereais semeados", frisou Manuel Silveira, da Associação de Jovens Agricultores do Distrito de Évora, em declarações à Lusa.

Por outro lado, devido ao encharcamento dos solos, para já, é "impossível" trabalhar os campos, o que está a provocar "um grande atraso nas culturas de primavera/verão", como girassol, tomate, milho, melão e melancia, e, se a chuva persistir, "não haverá possibilidades de fazer algumas", referiu Castro e Brito.

As culturas de primavera/verão "estão a ser prejudicadas", porque já deviam estar semeadas nesta altura, mas a chuva "atrasou tudo", disse Manuel Silveira, numa opinião partilhada pelo presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP), António Bonito.

"Quando deixar de chover e de repente a temperatura começar a subir, a conjugação de muita humidade e calor vai criar condições para o desenvolvimento de fungos e doenças em algumas culturas", como cereais e olivais, alertou Castro e Brito.

Apesar dos "reflexos negativos", a chuva das últimas semanas tem sido "benéfica" para a agricultura alentejana, frisou à Lusa António Bonito, lembrando a "grave" seca que assolou o Alentejo no ano passado.

"Esta chuva é benéfica e fazia-nos muita falta para repor lençóis freáticos, níveis de água nas albufeiras e permitir rega das culturas de primavera/verão e das permanentes", como vinhas e olivais, sublinhou António Bonito.

Por outro lado, realçou Castro e Brito, a chuva também tem sido "positiva" para os criadores de gado, já que permitiu criar "pastagens em abundância" para alimentar os animais, mas "há algumas que estão encharcadas e o gado tem dificuldade em se alimentar".

A chuva "anormal" das últimas semanas está a criar "constrangimentos" à agricultura, mas, em comparação com os provocados pela seca do ano passado, os prejuízos são "francamente inferiores", considerou António Bonito.

Lusa
 

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Malagueta

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #20 em: Abril 15, 2013, 10:17:17 am »
Exportações do agro-alimentarcresceram 14% em dois meses


Importações também cresceram, mas a um ritmo ligeiramente inferior. Mesmo assim, o saldo comercial foi negativo, em cerca de 35 milhões de euros. Sector mostra-se a partir de hoje em Lisboa.

As exportações de produtos alimen­tares aumentaram 14% nos primeiros dois meses do ano face ao período homólogo de 2012, e já valem quase 380 milhões de euros. Contudo, o crescimento das vendas para o ex­terior foi quase proporcional ao da compra de produtos estrangeiros. Os dados do INE revelam que entre Janeiro e Fevereiro, as importações deste grupo de produtos (que inclui desde preparações de carne, açúcar ou bebidas) aumentaram 13%.

O saldo comercial ainda é defi­citário. As compras ao estrangeiro valem mais de 414 milhões de euros e, contas feitas, resultam num défi­ce de 34,4 milhões de euros, que o país ainda não conseguiu inverter. A pesar nestes números estão matérias-primas que não existem em Portugal e que têm de ser importadas, como o açúcar ou o cacau, e outras com pro­dução local diminuta (tabaco).
 

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Lusitano89

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #21 em: Maio 19, 2013, 03:17:29 pm »
Portugal pode começar a exportar cereja para o Japão


A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, anunciou no sábado que o Governo iniciou um processo negocial com o Japão para exportar cereja portuguesa para aquele país do oriente. O processo foi desencadeado recentemente durante uma visita do secretário de Estado da Alimentação ao estrangeiro, a pedido dos produtores do Fundão, a região de Portugal onde se concentra a maior produção nacional de cereja.

O Governo ainda não sabe dentro de quanto tempo é que a cereja portuguesa poderá ser consumida no Japão, mas Assunção Cristas prometeu “dar a melhor atenção” para que o processo “seja rápido”, à margem de uma sessão partidária em que participou, em Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança.

Assunção Cristas esteve presente na qualidade de vice-presidente do CDS-PP par dar apoio ao candidato do partido, Rui Costa, à Câmara local nas eleições autárquicas do final do ano.

A sessão tinha como tema a agricultura e a ministra da tutela apontou como exemplo da dinâmica do setor em Portugal o caso dos produtores de cereja do Fundão e o trabalho do Governo para ajudar a abrir o mercado do Japão a este produto.

Assunção Cristas avisou que estes processos são, contudo, “complexos” e “têm regras específicas”. “Isto pressupõe um trabalho técnico relevante e também um trabalho político, porque muitas vezes as coisas andam mais rápido e desbloqueiam-se quando é possível ir ao local, falar com os dirigentes políticos, sinalizar as questões, entender exatamente onde é que estão as dificuldades, e é isso que temos feito em relação a muitos produtos e estamos a fazer, neste momento, em relação ao Japão, porque houve essa sinalização”, declarou.

Este trabalho para exportação da cereja portuguesa será feito com os produtores e envolverá visitas ao local dos potenciais compradores.

Assunção Cristas lembrou que ela própria esteve há pouco tempo no Brasil a tratar de outras frutas nacionais que poderão ser exportadas para aquele país e oficializou um protocolo com o homólogo brasileiro, a que se seguirá a deslocação de uma missão técnica brasileira a Portugal.

Segundo disse, o Ministério da Agricultura tem em curso outros processos idênticos com outros países como a China ou Marrocos. Estes acordos poderão contribuir para reduzir o défice agroalimentar de Portugal que, em 2012, teve uma quebra de 15 %, segundo apontou, mas que continua a registar uma diferença negativa de 30 % entre o que país importa e exporta.

A ministra realçou ainda que a ”agricultura é o setor que, neste momento mais cresce em Portugal”, indicando que, em 2012, “a recessão (da economia portuguesa) foi de 3 % e o setor agroalimentar cresceu 2,8 %”.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #22 em: Junho 08, 2013, 09:50:51 pm »
Assunção Cristas considera que agricultura portuguesa está a atravessar boa fase


A ministra da Agricultura, Assunção Cristas elogiou hoje o dinamismo do setor agrícola considerando que o crescimento das exportações em mais do dobro das exportações do país mostra que a agricultura está a atravessar uma fase boa.

«A agricultura está a atravessar uma fase boa», afirmou a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, contrapondo aos dados da recessão económica nacional o crescimento das exportações do setor alimentar «em mais do dobro das exportações do país».

Aludindo aos números divulgados na sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) – que apontam para um crescimento de 7% das exportações, entre fevereiro e abril, comparativamente ao mesmo período do ano passado – a ministra disse estar a sentir-se «um momento de grande dinamismo quer no que respeita às exportações, quer ao aumento da produção, quer ao acrescento de valor».

Subidas que a governante atribui à «inovação e à agroindústria que se está a comportar muito bem, de forma muito dinâmica» e cujos resultados são patentes «quando olhamos para os números de instalação dos jovens agricultores que se vão interessando de novo pela terra».

Um interesse que o Governo está também empenhado em estimular através do projeto Bolsa de Terras, que, segundo Assunção Cristas «já foi regulamentado» estando o ministério a divulgar «toda a informação disponível para estimular os proprietários a aderirem à bolsa de terras e as pessoas a candidatarem-se».

Apostada em «diminuir as importações, aumentar as exportações e diminuir o nosso défice agroalimentar», Assunção Cristas acredita que apesar de o pais ainda ter «caminho pela frente» irá alcançar os objetivos, tanto mais que «ainda temos mercado interno para conquistar e temos sobretudo mercado externo que vai ser sempre crescendo», dado a o aumento populacional.

«A população mundial está a aumentar, vai precisar continuamente de alimentos e nós sabemos produzi-los bem, com segurança alimentar, com muita qualidade e com produtos diferenciados», sustentou a ministra ressalvando que o país precisa é de «saber vender bem os nossos produtos, com a marca Portugal e que o nosso país seja reconhecido como origem de bens de grande qualidade».

Assunção Cristas falava em Santarém onde hoje inaugurou a 50ª edição da Feira Nacional de Agricultura, certame onde, disse aos jornalistas não ter «ouvido críticas» e, pelo contrário, ter encontrado «um ambiente muito dinâmico, muito positivo e muito entusiasmado».

O certame que este ano conta com cerca de 600 expositores ligados ao setor agrícola decorre no CNEMA (Centro nacional de Exposições) até ao próximo dia 16.

Lusa
 

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miguelbud

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #23 em: Setembro 14, 2013, 12:11:01 am »
Investigadores de Leiria criam gelado feito a partir de microalgas

Um grupo de investigadores do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) que tem estudado o potencial dos recursos marinhos criou um gelado feito a partir de microalgas, com benefícios nomeadamente para quem sofre de obstipação. Depois de um ano de experiências, o gelado deverá começar a ser comercializado em breve.

Nos laboratórios do grupo de investigação em recursos marinhos da Escola Superior de Tecnologia do Mar, pertencente ao IPL e localizada em Peniche, as microalgas, já antes utilizadas em suplementos alimentares, são estudadas há um ano. Desde então, o gelado tem vindo a ser alvo de provas de degustação para melhor se adaptar ao paladar dos consumidores.

Os investigadores afirmam que o gelado tem “um grande efeito benéfico” na regularização do trato intestinal, pelo que os problemas de obstipação “serão minimizados”.

“Em termos da capacidade antioxidante associada às algas, sabemos que as algas vão minimizar problemas de stress oxidativo, que poderão dar origem a doenças cardiovasculares, oncológicas", explica Susana Bernardino, docente envolvida na investigação. Estas doenças serão prevenidas pela capacidade de antioxidação das algas. Além disso, explica, "sendo o teor de lactose reduzido em 50 a 55%, um intolerante à lactose pode consumir este gelado”.

Com o aproveitamento dos recursos marinhos, os cientistas querem trazer as algas para a alimentação ocidental, à semelhança do que acontece na cultura oriental.

Ao fim de um ano, o resultado final é um gelado fabricado a partir de algas e uma substância denominada kefir (microorganismos compostos), de cor verde, que a partir desta sexta-feira e até domingo vai ser oferecido à saída da praia na Figueira da Foz aos transeuntes pela Emanha, uma geladaria de fabrico artesanal com lojas na Figueira da Foz e Lisboa.

O projecto de investigação, financiado por fundos comunitários em cerca de 33 mil euros destinados a comparticipar investigadores bolseiros, insere-se na estratégia de desenvolvimento de investigação aplicada às necessidades das empresas, criando soluções que facilitem a inovação e competitividade.
@LUSA
 

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Lusitano89

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #24 em: Setembro 28, 2013, 01:52:27 pm »
Japoneses investem dois milhões em Portugal para reforçar produção de cerveja com tomate


O grupo HIT vai investir dois milhões de euros na fábrica de tomate de Águas de Moura no próximo ano para aumentar a capacidade de produção de cerveja com tomate, anunciou o responsável da fábrica, Martin Stilwell. O grupo HIT (Holding da Indústria Transformadora do Tomate) tem como principal accionista o gigante agro-alimentar japonês Kagome e é dono das fábricas de processamento de tomate Italagro, na Castanheira do Ribatejo e FIT, em Águas de Moura.

Martin Stilwell, o presidente executivo da HIT sublinha que o interesse dos japoneses pelos produtos de tomate nacionais resulta de uma ligação de quase 30 anos à fábrica da FIT, uma relação "que se tem vindo a intensificar ao longo do tempo" e que culminou com a entrada da Kagome no capital da empresa em 2007.

A fábrica, salientou, tornou-se particularmente importante nos últimos anos: é aqui que a multinacional japonesa, que investe cerca de 10% da sua facturação anual de dois mil milhões de dólares em I&D, "traduz os resultados obtidos no laboratório para a escala industrial".

Exemplo desta inovação é uma cerveja que incorpora extracto de tomate produzido na fábrica portuguesa, que foi lançada timidamente, em 2012, em pequenos supermercados de Tóquio, mas conseguiu alargar as vendas um ano depois a toda a rede de distribuição da capital nipónica.

O responsável da HIT frisou que as vendas de extracto de tomate usado para fazer esta bebida duplicaram em 2013 e previu que dupliquem novamente em 2014, o que implica aumentar a capacidade de produção nesta fábrica, a única "que tem a tecnologia e a capacidade" necessárias para produzir o extracto.

Nos últimos quatro anos, os japoneses investiram cerca de dois milhões de euros nas instalações e Martin Stilwell prevê que será necessário fazer um investimento similar em 2014 para reforçar a produção deste extracto, usado na cerveja japonesa, mas que pode vir a ser incorporado em novos produtos.

Por enquanto, a cerveja só é vendida no Japão e o empresário assume que é preciso ser cauteloso no que respeita ao investimento.

"Temos de ter alguma certeza de que o produto vai ter sucesso antes de avançar. Tóquio tem um pouco menos de 20 milhões de habitantes e o Japão tem cerca de 170 milhões. Se entrarmos na distribuição em todo o Japão, a nossa capacidade de produção é muito rapidamente esgotada por isso não prevemos sair ainda do Japão", justificou.

Questionado sobre o porquê deste interesse pelo tomate nacional, Martin Stilwell considerou que a obsessão japonesa pela qualidade do alimentos que consomem e a preocupação com a segurança alimentar têm sido positivas para Portugal, cuja qualidade dos produtos alimentares é reconhecida.

Martin Stilwell sublinhou que a cor é um aspecto distintivo e que o sabor do tomate cultivado em Portugal faz a diferença.

"É um critério com o qual é muito difícil de concorrer. Resulta de condições naturais que nós temos e que outros não têm, uma combinação de um clima suave, com a proximidade do mar, amplitudes térmicas não muito amplas e a fertilidade dos terrenos na zona do Tejo", explicou.

Portugal produz anualmente cerca de 1,3 milhões de toneladas de tomate transformado que são exportadas na sua quase totalidade.

O Japão é o segundo maior cliente, a seguir à Europa, recebendo cerca de 10% do total.

Lusa
 

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #25 em: Setembro 30, 2013, 09:23:40 pm »
Portugal é o 4º maior exportador mundial de Tomates


Portugal é o segundo maior exportador de produtos derivados do tomate da Europa e o quarto maior do mundo. Os números foram revelados pelo Ministro da Economia, António Pires de Lima, durante uma visita feita, a semana passada, à fábrica da Sugalidal, empresa especializada na transformação do tomate, em Benavente.
 
Atualmente, Portugal exporta 95% dos derivados de tomate que produz, uma percentagem que, em 2012, representou um volume de negócios de 250 milhões de euros. O sector emprega um total de 6.000 pessoas e, segundo o governante, tem beneficiado de um investimento de cerca de 60 milhões de euros em inovação na última década.
 
"Este é um sector que provou, nos últimos 20 anos, como a capacidade empresarial e agrícola de Portugal se reestruturou e se organizou para ser eficiente", afirmou Pires de Lima, citado num comunicado emitido pelo Governo de Portugal, acrescentando que este é, portanto, um sector "muito competitivo".
 
De acordo com o governante, "Portugal já exporta mais produtos derivados de tomate do que Espanha - que é um país muito maior - sendo o segundo maior exportador da Europa, a seguir à Itália, e o quarto maior exportação do mundo", o que se deve "à capacidade de gestão e organização" que esta indústria tem demonstrado, nomeando a Sugalidal como exemplo.

Vinho, cerveja e azeite são outros produtos de excelência
 
"A empresa que hoje visitámos é a maior do setor no País e é um belíssimo exemplo da capacidade empresarial dos agricultores portugueses, a nível de organização de grande escala", salientou o Ministro da Economia.
 
Apesar da evolução que se tem registado, Pires de Lima destacou que "é importante termos regras que sejam semelhantes às dos outros países europeus, devido a questões concorrenciais", e que há ainda "algum trabalho a fazer quanto a custos energéticos, dada a sazonalidade esta indústria, que só opera dois meses por ano".
 
O ministro defendeu ainda que as empresas "são os atores principais da retoma económica do País" e garantiu ser sua obrigação "dar visibilidade ao que de melhor se está a fazer no setor agroindustrial em Portugal, que foi responsável pela maior parte dos empregos criados no segundo trimestre de 2013".
 
Além dos derivados do tomate, António Pires de Lima destacou também a "capacidade empresarial" no vinho, na cerveja e no azeite, que "muito contribuem para ajudar ao crescimento económico de Portugal".

Boas Noticias
 

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #26 em: Outubro 07, 2013, 10:07:12 pm »
China e Brasil vão vender sabor português


Produtos agro-alimentares nacionais destacam-se pela inovação e vão promover-se nos supermercados chineses e brasileiros. Empresas querem fornecer redes estrangeiras. Vários produtos portugueses estarão à venda em supermercados brasileiros e chineses no próximo ano, numa iniciativa da PortugalFoods, associação dedicada à internacionalização do sector agro-alimentar, que junta 79 empresas lusas e 11 entidades científicas.

“Já estamos a articular-nos com o Pão de Açúcar, no Brasil, e a falar com os chineses da City Shop, que também querem. Será venda pura e dura, com retorno para as empresas”, avança a directora executiva da PortugalFoods, Ondina Afonso, em entrevista ao SOL, embora ainda não haja datas nem previsões de ganhos.

Por agora, está a decorrer uma acção idêntica em Andorra. Nas prateleiras das lojas Mercacenter, desde 17 de Setembro e até 13 de Outubro, estão 300 produtos portugueses, de 23 empresas. Se correr bem, algumas poderão tornar-se fornecedoras da retalhista.

“Esta acção promocional é como um período experimental, um ensaio. E também vai ser assim no Brasil e na China”, reforça, indicando que, por exemplo, no caso da rede chinesa – que tem lojas em Xangai e Pequim – 80% dos produtos são estrangeiros e gourmet, e os principais clientes são expatriados. Já o Pão de Açúcar tem mais de 165 supermercados no Brasil, que servirão de montra.

“A receptividade dos produtos portugueses lá fora é boa. Procuramos a comida mais pela experiência, pela parte intangível. E Portugal está a tornar-se numa nova experiência de consumo”, assegura a directora, referindo o azeite, o tomate ou os vinhos. “Recebemos uma importadora russa que só queria produtos artesanais – o presunto fumado, certos enchidos”, exemplifica. Houve também um belga dono de uma rede de lojas de produtos étnicos que passou a importar bolo-rei e um indonésio que se deliciou com as conservas lusas e começou a vendê-las do outro lado do mundo.

“No estrangeiro, Portugal distingue-se por ter gente honesta, credível e flexível. E ser pequeno não é uma desvantagem. Uma empresa pequena é capaz, a nível da linha de produção, de se adaptar mais facilmente do que uma grande multinacional”.

A inovação é outro dos trunfos da PortugalFoods, cujas associadas, entre as quais, a Cofaco, Cerealis, Fabridoce, Imperial ou Primor, representam 2,5 mil milhões de vendas, 500 milhões em exportações e 9.000 empregos. E a aposta tem sido na linha da saúde e bem-estar (produtos funcionais, para intolerantes à lactose, sem sal) e na da conveniência (snacks saudáveis, barras de fruta).

Mas Ondina Afonso também não deixa de apontar fragilidades ao sector, que, no total, gera um volume de negócios de 12 mil milhões de euros, exporta 5 mil milhões e emprega 110 mil pessoas.

“Há dois mundos que têm de se tornar um só. Há uma indústria transformadora, altamente competitiva e inovadora; e uma agricultura onde também já há casos tecnológicos, mas em que a grande parte ainda não é, devido ao passado, em que houve prémios para as pessoas não produzirem”, alerta. “A agricultura está a perceber que tem de se ligar à agro-indústria. E a agro-indústria já percebeu que terá mais-valias se, em vez de importar, for buscar à produção nacional. Mas a produção nacional precisa de ser reforçada”, defende.

SOL
 

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miguelbud

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #27 em: Outubro 09, 2013, 06:13:57 pm »
O link tem um vídeo.
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O plástico biodegradável made in Portugal que está a revolucionar a agricultura

Se gosta de ler notícias ligadas à sustentabilidade agrícola, em Portugal, certamente que já ouviu falar no agrobiofilm, um plástico que, em vez de ser feito com petróleo, é feito com amido de milho e outros óleos vegetais.

“É um plástico… ou melhor, não podemos considerar que é um plástico”, começa por dizer Carlos Rodrigues, da Silvex, empresa que faz parte do consórcio que investigou o material.

“Plástico é o de polietileno. O agrobiofilm é um polímero biodegradável. É parecido com o plástico, tem as mesmas características mecânicas do plástico, cumpre as mesmas funções do plástico… de polietileno, pode ser aplicado no solo com as mesmas alfaias do que o polietileno mas é feita de fontes renováveis e não de petróleo”.

No final do ciclo da cultura, o agrobiofilm pode ser enterrado e assimilado pelos microrganismos.

O projecto levou três anos a ser preparado e incluiu o trabalho de quatro universidades. “Com esta [complexidade] é o único no mundo”, explica Carlos Rodrigues.

Com um período de vida muito curto, o agrobiofilm permite uma colheita mecânica quase sem riscos de aparecerem materiais estranhos junto dos vegetais. No caso da Monliz, que utiliza o agrobiofilm, junto do pimento. “Temos uma produção de boa qualidade, tal como o polietileno, mas com factores de produção mais amigos do ambiente”, explica Tiago Santos, da Monliz.

Por outras palavras: o polietileno tradicional, como não é biodegradável, obriga o agricultor, no final da campanha, a ir ao campo retirá-lo, com a mão-de-obra e custos acrescidos. Com o agrobiofilm, esta necessidade acabou.
http://greensavers.sapo.pt/2013/10/04/o ... com-video/
 

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miguelbud

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #28 em: Outubro 21, 2013, 02:48:36 pm »
Para curar as depressoes do OE2014.

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Empresa de Évora produz primeiro gin biológico da Península Ibérica
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... erica.html
 

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Lusitano89

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #29 em: Outubro 21, 2013, 09:26:53 pm »
Citação de: "miguelbud"
Para curar as depressoes do OE2014.

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Empresa de Évora produz primeiro gin biológico da Península Ibérica
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... erica.html

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