RÁDIOS MADE IN PORTUGAL
A Marinha de Guerra começou ontem a receber os primeiros 31 rádios de um total de cerca de 400 e que resultam de uma parceria de desenvolvimento e produção entre Portugal e a Alemanha destinada também ao mercado externo.
Jorge Godinho
Os 31 rádios vão custar mais de 1,3 milhões de euros
A entrega foi feita aos fuzileiros, que serão assim os primeiros militares portugueses a receber um equipamento que está ao nível da melhor tecnologia que é fabricada na Europa Ocidental.
Os rádios, fabricados pela empresa portuguesa EID (Empresa de Investigação e Desenvolvimento), custaram 1,360 milhões de euros e serão também fornecidos ao Exército, segundo referiu o ministro da Defesa, Paulo Portas, que destacou a importância da “cooperação internacional no campo das indústrias de defesa”, como é o caso do novo rádio, o 525.
A EID faz parte da ‘poole’ de empresas públicas da EMPORDEF e segundo o presidente desta ‘holding’, Morais Leitão, disse ao CM, o 525 já está a ser fornecido ao Brasil (cerca de 400 unidades), aos Emiratos Árabes Unidos (cem unidades), a Espanha e a Itália, embora sob a marca da Rhod & Shwarz, a parceira alemã da EID, onde os rádios de exportação estão a ser montados.
Morais Leitão explicou que a partilha de mercado deixa África para Portugal e estão a ser estabelecidos contactos com alguns estados africanos, embora os rádios possam ter requisitos tecnológicos inferiores, mais de acordo com as necessidades de forças armadas africanas.
CARACTERÍSTICAS
DIGITAL
O 525 pode ser acoplado a sistemas informáticos para envio de dados, som e imagem, mas cifrados, um conjunto que pela primeira vez é usado nas Forças Armadas portuguesas.
MULTIBANDA
Este equipamento pode ser usado nas três bandas (VHF, UHF e HF), o que permite a ligação a nível de meios terrestres, aéreos e navais.
MISSÕES
O rádio é flexível e o seu peso permite o transporte em viaturas, mas também pelo simples soldado. A autonomia é garantida por baterias de litium.
Carlos Varela in CORREIO DA MANHÃ