Jogos de Guerra Armada Portuguesa

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antoninho

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Jogos de Guerra Armada Portuguesa
« em: Janeiro 06, 2007, 09:12:39 pm »
A não perder Domingo dia 7 de Janeiro    
Reportagem SIC
"Jogos de Guerra"
   
   
Os militares portugueses estão preparados para os novos desafios da actualidade: as inovações da guerra, as constantes ameaças terroristas e a distribuição de ajuda humanitária a populações vítimas de catástrofe.

A prova disso é que a Fragata Álvares Cabral passou com distinção num dos principais exercícios navais do mundo.
O navio português participou no FOST (Flight Operation Sea Training), um exercício que teve lugar em Plymouth, Inglaterra, naquela que é considerada uma verdadeira universidade de guerra naval.

A SIC viveu vários dias dentro de uma fragata e viu como se preparam os militares portugueses e como vivem as situações mais stressantes durante os conflitos. É isso que lhe mostramos, com explicações detalhadas de como funciona uma fragata.

Nesta reportagem explica-se, por exemplo, o que é um Comando Operacional, para que serve a Ponte do navio e quantas armas existem a bordo.

António Esteves
Jornalista
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Reportagem SIC
"Jogos de Guerra"
Jornalista: António Esteves
Imagem: Carlos Catarino
Montagem: André Marques
Grafismo: Paulo Alves
Produção: Isabel Mendonça
Pós-Produção Áudio: Nuno Santos
Coordenação: Daniel Cruzeiro
Direcção: Alcides Vieira
          
          
     Reportagem SIC. Todos os domingos, a seguir ao Jornal da Noite. Comentários e sugestões: reportagem@sic.pt
 

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luis filipe silva

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« Responder #1 em: Janeiro 07, 2007, 09:42:06 pm »
No seu todo uma boa reportagem, que dá um "cheirinho" da vida a bordo de um navio de combate. Achei piada à manifestação dos Hooligans a mandar o Ronaldo para casa.
Futuramente passaremos a ter mais navios no FOST (Flag Officer Sea Training) com os futuros submarinos e fragatas da classe Karel Doorman.
De momento são só as VG.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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komet

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« Responder #2 em: Janeiro 07, 2007, 09:49:55 pm »
Acho que sim, as nossas fragatas quanto muito apenas teem uso contra "hooligans marinhos anti-ronaldo", espécie muito especifica e rara nos nossos mares, mas que de facto apresentam uma ameaça real á soberania nacional. o que valeu foi a eficaz mangueirada!
"History is always written by who wins the war..."
 

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papatango

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« Responder #3 em: Janeiro 07, 2007, 09:57:17 pm »
Eu não tinha nunca visto na televisão um dos canhões de 100mm a disparar.
As cargas das munições pareciam usadas ...  :mrgreen:

Ficámos também a saber o tipo de armamentos que a fragata tem, e quem não conhecer nada do assunto, ficará a pensar que se trata de um navio super sofisticado.

De facto o centro de comando parecia bastante operacional e sofisticado, mas assim a olho, há equipamentos que já mostram a idade.
Mas outra coisa não poderiamos esperar. As fragatas já têm 15 anos. Em 1990/1991, um computador topo de gama, utilizava um processador Intel 386DX a 33Mhz. (alguém se lembra?)

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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luis filipe silva

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« Responder #4 em: Janeiro 07, 2007, 10:12:08 pm »
Papatango escreveu:
Citar
Mas foi uma reportagem interessante. Tenho dúvidas quanto à utilidade da utilização de uma fragata em situações onde os problemas decorrentes da assimetria de meios se possam colocar.
Na situação de guerra assimétrica, a fragata não era o atacante, mas sim o alvo(lembra-se do USS Cole?).

Citar
Uma tripulação de uma corveta ou de um patrulha do tipo dos NPO deverá ter treinos mais voltados para este problema.
A tripulação de uma corveta, porque NPOs não temos. Não é treinada especificamente em nada. Apenas fazem patrulhas (e essas sim têm algum treino), ocasionalmente fiscalização anti-imigração.

Citar
A utilização de uma fragata para apoio a populações, também é um pouco um desperdicio.

Mais um caso em que no cenário, a fragata destacou elementos da guarnição para uma catástrofe, por estar nessa zona.
Há uns anos a Sacadura Cabral integrada na então STANAVFORLANT,
prestou assistência a uma plataforma que explodiu no Mar do Norte.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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Leonidas

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« Responder #5 em: Janeiro 07, 2007, 10:39:39 pm »
Saudações guerreiras

Achei a reportagem muito interessante, mas estava á espera de algo mais, mas talvez numa outra oprtunidade. Ainda não tive a oportunidade de ir a bordo de uma VG.  :?

PapaTango, eu entendi 198 elementos. Não sei se é uma excepção ou se se confirma que afinal o nº da guarnição é superior ao que está no site da Marinha. 8 minutos para comer, mas em exercicio de simulação em exercicio. Se fosse assim todos os dias, minha nossa!!  :oops:    

O apoio ás populações é um desenrrasque, pois claro!! O que interessará é o NAVPOL e esse só para quando já tiver mais cabelos brancos.

Não sei, mas tenho a impressão que houve ali dois momentos. Um exercicio na Inglaterra e outro cá no burgo, ou não? Acho que sim.  :?

Cumprimentos
 

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papatango

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« Responder #6 em: Janeiro 07, 2007, 10:42:57 pm »
Citação de: "luis filipe silva"
Na situação de guerra assimétrica, a fragata não era o atacante, mas sim o alvo(lembra-se do USS Cole?).
Lembrar, eu lembro.
Só acho que eles estavam a treinar contra a moirama do lado errado do barco :twisted:

Quanto aos treinos, eu estava a pensar em termos futuros. Navios como o NPO, que têm em principio uma autonomia bastante grande, deverão ter a sua pequena tripulação preparada para este tipo de ameaças.

Cumprimentos

PS:
Também achei engraçado os mouros anti-Ronaldo.
Só que acho que tinha ficado mais realista se dissessem: "Ronaldo go home" ou coisa que o valha :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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papatango

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« Responder #7 em: Janeiro 07, 2007, 10:47:09 pm »
Citação de: "Leonidas"
Imaginava uma sala de operações com alguma iluminação natural. Pareceu-me tudo estanque neste aspeto. Mesmo assim achei que tinha um ar moderno comparaqda com algumas fotos que se conhecem de outros navios mais modernos e potentes.
Normalmente não mostram a sala tão iluminada, por isso até achei curioso que tivesse mostrado tantos detalhes.

O centro nevrálgico do navio, é normalmente colocado num lugar que seja mais dificil de atingir. Nos navios de guerra, há normalmente uma área mais protegida, de acesso mais restrito e mais isolada, onde estão os sistemas de comando mais importantes.

Em caso de necessidade, o navio pode mesmo ser comandado a partir da popa, desde que ou as turbinas ou os motores a Diesel estejam operacionais e um dos veios esteja a funcionar, e claro, o leme seja controlável.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Leonidas

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« Responder #8 em: Janeiro 07, 2007, 10:56:15 pm »
Há outro pormenor que reti. O phalanx debita (já) 4500 pojécteis por minuto. Isso signiofica que está já actualizado, não é? Tenho a ideia que uma outra versão mais antiga não atingia uma cadência tão elevada, se não estou em erro. Será isso o inicio da modernização das VdG?

Cumprimentos
 

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TOMKAT

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« Responder #9 em: Janeiro 07, 2007, 11:55:32 pm »
Não mostraram o bar da fragata (e o conteúdo que este oferece)... essa originalidade tão lusitana entre as Marinhas do mundo dito civilizado. :?

Pergunto-me qual a utilidade daquela MG instalada no bordo da fragata.
Tiro aos "pratos"?

O alcance e o poder/eficácia do fogo da MG não me parece ter qualquer efeito contra qualquer embarcação que ameace a fragata (voltando a lembra o USS Cole).... Uma blindagem minima elimina qualquer efeito da vetusta MG.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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migbar2

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« Responder #10 em: Janeiro 08, 2007, 12:11:31 am »
Citação de: "komet"
Acho que sim, as nossas fragatas quanto muito apenas teem uso contra "hooligans marinhos anti-ronaldo", espécie muito especifica e rara nos nossos mares, mas que de facto apresentam uma ameaça real á soberania nacional. o que valeu foi a eficaz mangueirada!







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luis filipe silva

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« Responder #11 em: Janeiro 08, 2007, 12:48:22 am »
Papatango escreveu:
Citar
Quanto aos treinos, eu estava a pensar em termos futuros. Navios como o NPO, que têm em principio uma autonomia bastante grande, deverão ter a sua pequena tripulação preparada para este tipo de ameaças.
Consoante a missão, ela será acrescentada, sem ser a guarnição base.
Exemplo: DAE, PELREC, Mergulhadores etc... Esses sim têm o treino adequado para a hipotética missão fora do âmbito da fiscalização da pesca e corredores  de tráfego.

Tomkat escreveu:
Citar
Não mostraram o bar da fragata (e o conteúdo que este oferece)... essa originalidade tão lusitana entre as Marinhas do mundo dito civilizado.

Aliás não mostraram nenhum tempo de lazer, apenas o OST em si.
Mas garanto-lhe que já apanhei "algumas" no bar das praças, entre apresentações e toques do sino. Só à quarta visita ao navio consegui sair do bar e finalmente visitá-lo.

Citar
Pergunto-me qual a utilidade daquela MG instalada no bordo da fragata.
Tiro aos "pratos"?
Tem a mesma utilidade de um revólver. Pode matar!...

Citar
O alcance e o poder/eficácia do fogo da MG não me parece ter qualquer efeito contra qualquer embarcação que ameace a fragata (voltando a lembra o USS Cole).... Uma blindagem minima elimina qualquer efeito da vetusta MG.
Nenhum grupo terrorista ataca ninguém a partir de uma fragata ou lancha lança-misseis. Simplesmente não as têm.
As MGs não são feitas para perfurar blindagens, mas para matar individuos.

Leonidas escreveu:
Citar
Há outro pormenor que reti. O phalanx debita (já) 4500 pojécteis por minuto. Isso signiofica que está já actualizado, não é?
Já há alguns anos o software foi actualizado e houve intervenção nos tubos. Faltam outras actualizações, que creio já foram mencionadas aqui no Fórum, tais como o upgrade dos sensores do Phallanx.

Papatango escreveu:
Citar
Normalmente não mostram a sala tão iluminada, por isso até achei curioso que tivesse mostrado tantos detalhes.
Do COC foi mostrado muito pouco com a luz utilizada a navegar.
Na parte em que mostraram com iluminação normal, só se viu a plotting table, que eu me lembre.

Leonidas escreveu:
Citar
Achei curioso a recolha do héli ser feita com a cauda dobrada. Julgava que era um procedimento raro e feito quando estritamente necessário. Sei que é por cuasa do espaço, mas tinha a impressão que o hangar podesse ter mais espaço "ao cumprido", já que normalmente anda um só héli a bordo podia-se "esticá-lo" á vontade.


Antes de ser recolhido o heli,as pás são dobradas assim como a cauda.
O hangar é à medida, e os helis são parqueados lado a lado, e "encarrilados naquela calha que se via no deck.
Quanto ao retirar dos sensores para embarcar pessoal,também não sei se pode ser feito a bordo, mas é provável que sim, devido a serem muito compactos.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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João Oliveira Silva

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« Responder #12 em: Janeiro 08, 2007, 11:09:41 am »
A Marinha merece ser felicitada. O Comandante e a guarnição merecem os nossso parabéns.

Aprovados com distinção e aclamação.

Espero que isto seja o início de uma nova era no relacionamento da Marinha com os 10 milhões de portugueses, que são a única razão para a sua existência e que com os seus impostos a pagam.

Quiseram-nos habituar a uma Marinha ( as forças Armadas em geral ) cheia de segredos, em que tudo é secreto, classificado, reservado.

Não é assim. Há efectivamente secretismos, mas com peso e medida.

Exemplo: basta irmos a sitios americanos e temos centenas de fotografias de grande parte dos pormenores da construção dos mais sofisticados navios, inclusivé porta-aviões. Aqui: quantas fotografias há dos NPO? Se um miúdo quiser fotografias de navios da Armada para um trabalho escolar e for ao sitio da Marinha, quantas ali existem?   Há Marinhas com toneladas de fotos, feitas pela instituição, mostrando aquilo que toda a gente vê e salvaguardando o essencial.

A Marinha deve-se abrir mostrando o que faz bem, e há muita coisa com níveis de excelência, aproveitando a comunicação social para chegar até à sociedade,  tanto mais que corre o sério risco de apenas ser citada nesta mesma comunicação social pela negativa, quando algo falha e falhas aconteceram, acontecem e acontecerão sempre, aqui e em todo o lado.

Cumprimentos,
 

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P44

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« Responder #13 em: Janeiro 08, 2007, 01:45:07 pm »
Citação de: "João Oliveira Silva"
A Marinha merece ser felicitada. O Comandante e a guarnição merecem os nossso parabéns.

Aprovados com distinção e aclamação.

Espero que isto seja o início de uma nova era no relacionamento da Marinha com os 10 milhões de portugueses, que são a única razão para a sua existência e que com os seus impostos a pagam.

Quiseram-nos habituar a uma Marinha ( as forças Armadas em geral ) cheia de segredos, em que tudo é secreto, classificado, reservado.

Não é assim. Há efectivamente secretismos, mas com peso e medida.


Exemplo: basta irmos a sitios americanos e temos centenas de fotografias de grande parte dos pormenores da construção dos mais sofisticados navios, inclusivé porta-aviões. Aqui: quantas fotografias há dos NPO? Se um miúdo quiser fotografias de navios da Armada para um trabalho escolar e for ao sitio da Marinha, quantas ali existem?   Há Marinhas com toneladas de fotos, feitas pela instituição, mostrando aquilo que toda a gente vê e salvaguardando o essencial.

A Marinha deve-se abrir mostrando o que faz bem, e há muita coisa com níveis de excelência, aproveitando a comunicação social para chegar até à sociedade,  tanto mais que corre o sério risco de apenas ser citada nesta mesma comunicação social pela negativa, quando algo falha e falhas aconteceram, acontecem e acontecerão sempre, aqui e em todo o lado.

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 :Palmas:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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pedro

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« Responder #14 em: Janeiro 08, 2007, 04:24:22 pm »
Pois mais uma vez o caro amigo tem toda a razao.
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