Expansão portuguesa

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Re: Expansão portuguesa
« Responder #30 em: Janeiro 08, 2018, 01:18:00 pm »
7 de Janeiro - T.1 Ep.61 - A centralização do poder no Brasil colonial


 

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Lightning

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Re: Expansão portuguesa
« Responder #31 em: Janeiro 08, 2018, 03:25:38 pm »
Acho o cerco de Diu espectacular só pelo discurso do comandante português. ;D

https://www.indiaportuguesa.com/primeiro-cerco-de-diu-ndash-1538.html
 

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jpthiran

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Re: Expansão portuguesa
« Responder #32 em: Janeiro 08, 2018, 10:38:18 pm »
um livro extraordinário sobre a expansão Portuguesa:
Conquistadores - Como Portugal Criou o Primeiro Império Global
por Roger Crowley
 

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Lusitano89

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Re: Expansão portuguesa
« Responder #33 em: Janeiro 14, 2018, 08:40:28 pm »
 

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HSMW

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Re: Expansão portuguesa
« Responder #34 em: Março 30, 2018, 01:44:25 pm »


"Colonizability of Africa" (1899)

https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Expansão portuguesa
« Responder #35 em: Agosto 18, 2018, 05:10:17 pm »
Al Jazeera corta papel dos muçulmanos na escravatura e culpa portugueses

Canal do Qatar elimina primeiro episódio de série documental, coproduzida pela RTP e LX Filmes, onde se falava do papel dos muçulmanos no tráfico de escravos. E diz que foram os portugueses a "estabelecer" este comércio


Imagem retirada do cartaz do documentário: Rotas da Escravatura

ara expandirem a sua riqueza, os portugueses estabeleceram o comércio de escravos, em que África era o centro". É desta forma que o canal de notícias Al Jazeera, do Qatar, anuncia na sua página de Internet o "primeiro episódio" das Rotas da Escravatura, uma série europeia, apoiada por fundos comunitários, de cuja lista de produtores, encabeçada pelo canal francês Arte, fazem parte a RTP e a LX Filmes.

O problema, como confirmou Luís Correia, diretor da LX Filmes, depois de ter sido confrontado pelo DN com esta versão, é que o alinhamento apresentado pelo canal "está alterado, não corresponde ao original". Desde logo por apresentar como primeiro episódio aquele que, na realidade, "é o episódio dois", de uma série de quatro, em que se "conta toda a história da escravatura, desde a antiguidade, passando pelos séculos XIV e XV, em que Portugal esteve mais envolvido", até à abolição. "O que fizeram foi não exibir o episódio um e exibir o episódio dois como se fosse o primeiro", disse.

De facto, confirmou também Luís Correia, a Al Jazeera não só suprimiu o primeiro episódio como alterou "o lettering do segundo, que também não é o original", para que o episódio exibido passasse a ser identificado como o primeiro.

E sobre o que versava o episódio desaparecido na versão exibida pela televisão do Qatar? De acordo com a apresentação original do documentário, enviada ao DN pelo diretor da LX Filmes, o referido capítulo inaugural, intitulado: "641-1375 - Para Além do Deserto", examina "o processo que levou o Império Muçulmano a tecer de forma duradoura uma imensa rede de tráfico de escravos pela África, Médio Oriente e Ásia".

Citar
É muito desagradável e triste. Põe problemas para quem vê isto fora do contexto"

"É esse alinhamento de quatro episódios, que foi já exibido em França e que a RTP tem previsto agendar em breve para emissão, que corresponde ao documentário", acrescenta ao DN Luís Correia, lamentando a opção do canal árabe: "É muito desagradável e triste. Põe problemas para quem vê isto fora de contexto. No documentário, é explícito que há uma lógica de rigor histórico, de compreender a escravatura como um todo", diz.

O DN tentou, sem sucesso, contactar a assessoria de imprensa da RTP.

Infante D. Henrique, o "salteador"

No episódio transmitido no passado dia 16 pela Al Jazeera - canal seguido por largos milhões de espetadores em todo o mundo, sobretudo nos países islâmicos -, a escravatura em África é assim apresentada como uma prática fundada pelos portugueses: "O pequeno Reino foi o primeiro a assaltar a costa de África", é assegurado na narração, acompanhada de imagens de Lisboa, da Costa de Lagos e Sagres e de São Tomé - todas captadas pelas produtoras nacionais que produziram o documentário.

Entre os historiadores ouvidos neste capítulo consta António de Almeida Mendes, da Universidade de Nantes, que descreve Henrique, O Navegador, como tendo sido inicialmente "o líder de um bando de salteadores, de piratas que fazem cativos".

O DN perguntou a Almeida Mendes, através do seu endereço de e-mail na universidade francesa, se se revê nas conclusões gerais sobre o papel de Portugal apresentadas pelo documentário, em particular considerando o enquadramento feito pela Al Jazeera. Até ao momento, não obteve resposta.

Citar
Um ato de censura com um objetivo ideológico

Quem não tem dúvidas de que a opção da Al Jazeera "não é inocente" é João Pedro Marques, historiador e romancista especializado na história da escravatura. "É evidente que tem razões ideológicas e políticas. Querem, no fundo, arranjar um bode expiatório: dar a ideia de que os muçulmanos não tiveram intervenção nenhuma neste assunto e colocarem o odioso da questão todo do lado dos europeus", critica. "Isto é um ato de censura e um ato de censura com um objetivo ideológico", acrescenta. "É na altura da expansão muçulmana e da conquista pelos árabes [de novos territórios em África] que o tráfico cresce imenso", conta. "No somatório total deverá ter sido até maior do que o transatlântico".

Sobre o episódio relativo a Portugal e ao tráfico transatlântico, envolvendo o envio para as Américas, ao longo dos séculos, de mais de 10 milhões de escravos africanos, além dos cerca de 1,5 milhões que se estima terem morrido na travessia do Atlântico, o historiador não minimiza o "papel fundador" que os portugueses efetivamente neste tiveram. Mas defende que esse não pode ser dissociado do contexto geopolítico da época, sobretudo a partir da assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 1494: "É a divisão do mundo entre os países ibéricos, com o beneplácito da Santa Sé, que faz com que Portugal tenha durante 200 anos, até ao século XVII, o usufruto exclusivo do negócio africano, no qual se inclui o tráfico de escravos".

João Pedro Marques tem também dificuldades em aceitar a descrição do papel do Infante D. Henrique feita por Almeida Mendes. "É uma transposição das nossas categorias de avaliação para o século XV, o que não é correto", diz. "Ele é historiador e há termos próprios do século XV para dizer o que as pessoas faziam. Os escudeiros do Infante D. Henrique iam em busca de honra, de façanhas, de cativos, de pessoas que pudessem encontrar. Piratas e salteadores não eram".

A pirataria, recorda, "tinha uma classificação própria". Os homens do Infante D. Henrique, defende, "tinham carta de corso [corsários], o que lhes dava autorização para atacar e capturar. Mas não eram só as pessoas do Infante D. Henrique", acrescenta. "Por toda a Europa e no mundo muçulmano havia coisas equivalentes. Havia uma tradição de corso que os muçulmanos continuaram a praticar até ao século XVIII, XIX. Assaltaram, por exemplo, as costas do Algarve e de outras partes da Europa para capturar escravos até muito tarde".

No entanto, acrescenta ainda, entre os portugueses, "o número de viagens de captura e a prática de desembarque foi limitadíssima. Usou-se nos primeiros contactos mas foi abandonado medida que se foi avançando para o Sul. O desembarque tinha enormes riscos, até do ponto de vista sanitário, devido às doenças", explica, acrescentando que os portugueses encontraram uma alternativa para o tráfico de escravos entre residentes dispostos a fazer negócio. "Acredita-se que os primeiros negros foram provavelmente comprados a uma caravana árabe que seguia para Norte, para o mediterrânico, para a zona de Marrocos".

Tráfico transatlântico começou há 500 anos

De acordo com os relatos históricos, os primeiros cativos africanos chegaram a Portugal em 1441, trazidos ao Infante D. Henrique por Antão Gonçalves e Nuno Tristão. A primeira venda decorreu em Lagos, em 1444, envolvendo 235 homens, mulheres e crianças. A chegada é descrita por Gomes Eanes de Zurara na Crónica da descoberta e conquista da Guiné. O relato, que não esconde o sofrimento evidenciado pelos escravos, é reproduzido no episódio dois da série Rotas da Escravatura.

Mais tarde, Portugal, Espanha e outros países começaram a enviar escravos da metrópole para vários destinos, como as Caraíbas.Já o primeiro transporte de escravos diretamente de África para as Américas - como recordou o jornal britânico The Independent foi aprovado há exatamente 500 anos, no dia 18 de Agosto de 1518, pelo rei Carlos I de Espanha. Os primeiros escravos a fazerem esse percurso terão sido obtidos através de um dos entrepostos que os portugueses, já na altura possuíam na costa africana.

https://www.dn.pt/mundo/interior/al-jazeera-corta-papel-dos-muculmanos-na-escravatura-e-culpa-portugueses--9731916.html
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Expansão portuguesa
« Responder #36 em: Janeiro 22, 2019, 02:51:57 am »
O que aconteceu aos índios do Brasil?
Tornaram-se aristocratas portugueses.


A moderna historiografia, frequentemente imaginativa e quase sempre comprometida com as ideologias da moda, traça aos indígenas brasileiros sorte pavorosa. Para folia dos mais informados, há mesmo quem imagine "genocídios" e mortes aos milhões. Trata-se, consabidamente, de delírio politicamente motivado; denigre, deturpa, apaga e ridiculariza a História luso-brasileira quem pretende divorciar o brasileiro da sua herança portuguesa, herança essa que é, e não pode deixar de ser, o essencial da sua identidade.
Para onde foi, então, o índio pré-cabraliano? Exterminou-o o português recém-chegado? Evidentemente, não: integrou-o na sociedade, tirou-o da selva e dos horrores do canibalismo, ergueu-o à civilização, à casa de pedra e aos confortos da cidade, ensinou-lhe a língua e a religião, libertou-o das arbitrariedades da vida nómada e fê-lo português de pleno direito e primeira grandeza. Grandeza é o termo que se impõe, sim, pois não foram poucos os indígenas que se tornaram nobres portugueses.

Tratemos o caso de Arariboia. Originalmente cacique dos temiminós, uma tribo tupi, este chefe intrépido aliou-se aos portugueses contra os franceses e tupinambás que então ocupavam a área do Rio de Janeiro. Triunfantes os nossos e desmanchada a França Antártica, a malograda tentativa gálica de submeter o Brasil, Arariboia e seus índios aportuguesaram-se, tomaram a fé cristã e fizeram-se parte pensante e actuante da nova sociedade euro-americana. Pelos serviços prestados ao Rei, o guerreiro recebeu a dotação de Vila Real da Praia Grande, localidade que fundou e que se tornaria, em 1834, na moderna Niterói.
Foi nomeado Capitão-mor da Vila e armado Cavaleiro da Ordem de Cristo, ascendendo desse modo à estação de fidalgo português. Outras demonstrações de generosidade e gratidão régias se seguiriam.
O Rei Dom Sebastião dar-lhe-ia avultado salário de 12 000 reis como recompensa pelos esforços despendidos no povoamento do Brasil e na civilização dos homens índios.
E, em muito caricata prova de afecto, o mesmo monarca faria ainda chegar a Araribóia uma peça de roupa que lhe pertencera.

Baptizado cristão, tornado soldado, capitão e administrador português, feito nobre e transformado em importante magnata brasileiro, Arariboia acabaria por adoptar o nome de Martim Afonso de Sousa. Fê-lo, claro, em tributo ao Martim Afonso de Sousa que foi capitão donatário de São Vicente e um dos fundadores do Brasil. Já o Martim Afonso de Sousa de que aqui nos ocupamos, Arariboia, daria início a uma das mais importantes dinastias brasileiras.
Os Sousas de Vila Real de Praia Grande/Niterói reforçariam em séculos posteriores a posição cimeira que desde o início ocuparam na sociedade brasileira.
Em 1644, Brás de Sousa, neto de Arariboia, reinvicaria a Conselho Ultramarino a capitania-mor de São Lourenço. Lisboa deferiu o pedido, esclarecendo que Brás era "descendente dos Sousas, que sempre exercitaram o cargo", pelo que tinha "direito a todas as honras e proeminências que têm e gozaram os mais capitães e seus antecessores nesta cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro".

Em 1796, trezentos anos após o descobrimento do Brasil, assim era ainda. Era então Capitão-mor Manuel Jesus e Sousa, justificando-se-lhe o posto com a sua "ascendência nobre". Para onde foram, pois, os índios brasileros? Para a cidade portuguesa, fazendo-se portugueses, integrando a elite portuguesa e construindo durante séculos o Brasil português.

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goldfinger

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DESCUBRIMIENTOS
« Responder #37 em: Maio 09, 2019, 09:56:45 am »
Buenos días, lamento abrir un nuevo tópico, pero no sabía muy bien donde poner esto.

Frente a la "historia" inventada por los británicos y por Hollywood, que parece que fueron los ingleses los que descubrieron medio mundo, esta es la realidad, España y Portugal, fueron los artífices de la mayoría de descubrimientos:

https://www.google.com/maps/d/viewer?mid=1KU3AR_u1HMmlqRP3cA3fpVZSZ5s&ll=-30.968884050983856%2C64.58173614569296&z=2

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« Última modificação: Maio 09, 2019, 09:59:46 am por goldfinger »
A España servir hasta morir
 

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tenente

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Re: DESCUBRIMIENTOS
« Responder #38 em: Maio 09, 2019, 10:14:36 am »
Buenos días, lamento abrir un nuevo tópico, pero no sabía muy bien donde poner esto.

Frente a la "historia" inventada por los británicos y por Hollywood, que parece que fueron los ingleses los que descubrieron medio mundo, esta es la realidad, España y Portugal, fueron los artífices de la mayoría de descubrimientos:

https://www.google.com/maps/d/viewer?mid=1KU3AR_u1HMmlqRP3cA3fpVZSZ5s&ll=-30.968884050983856%2C64.58173614569296&z=2

 :G-beer2:

É verdade, mas os Portugueses já estão habituados a esse tipo de maniobras dos britãnicos e não só ............. vai na volta é mais uma das manias dos Tugas, quererem ficar com os Louros dos descobrimentos, será que contrataram Navegadores e Marinheiros a outras Nações ???

Cumprimentos
« Última modificação: Maio 09, 2019, 01:44:47 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Luso

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Re: DESCUBRIMIENTOS
« Responder #39 em: Maio 09, 2019, 02:18:07 pm »
Buenos días, lamento abrir un nuevo tópico, pero no sabía muy bien donde poner esto.

Frente a la "historia" inventada por los británicos y por Hollywood, que parece que fueron los ingleses los que descubrieron medio mundo, esta es la realidad, España y Portugal, fueron los artífices de la mayoría de descubrimientos:

https://www.google.com/maps/d/viewer?mid=1KU3AR_u1HMmlqRP3cA3fpVZSZ5s&ll=-30.968884050983856%2C64.58173614569296&z=2

 :G-beer2:

É verdade, mas os Portugueses já estão habituados a esse tipo de maniobras dos britãnicos e não só ............. vai na volta é mais uma das manias dos Tugas, quererem ficar com os Louros dos descobrimentos, será que contrataram Navegadores e Marinheiros a outras Nações ???

Cumprimentos

Por curiosidade, quando vou a alguma livraria (coisa rara, pois só lá encontro fancaria a preços milionários) ou a alguma grande superfície e vejo algum livro de história que obrigatoriamente deveria versar sobre os Descobrimentos, Portugal, nem em nota de roda-pé aparece. Pode-se compreender - até um ponto que isso aconteça em obras estrangeiras, mas acho absolutamente inaceitável que tal ocorra que tais obras sejam escolhida por opção dos livreiros nacionais e publicadas traduzidas para português. Isso significa que há uma opção deliberada em sabotar o ensino da história nacional.
Pudera: as academias de história estão nas mãos ou de marxistas ou de mercenários.
No mínimo vergonhoso que o Ministério da Cultura nada faça. Ou não, face às actividades dessa gente considerando o Navio da Namíbia e outras questões associadas.
Esta é apenas mais uma demonstração da podridão em que está o Edifício do Estado.
Nem imaginam quanto.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Expansão portuguesa
« Responder #40 em: Outubro 20, 2019, 04:07:41 pm »

The history of Africa and the Middle East from the ancient era to 2016.
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Re: Expansão portuguesa
« Responder #41 em: Novembro 03, 2019, 07:10:06 pm »
Portugal não "roubou" ouro algum ao Brasil: na verdade, nem 7% do metal precioso chegou aos cofres portugueses

De todas as graves palermices que se vão contando sobre o passado comum a portugueses e brasileiros, poucas serão de refutação mais simples, mas efeito mais amplo e danoso, que a noção de que Portugal "roubou" ouro brasileiro, ou de que esbulhou esse seu antigo Estado hoje feito grande nação independente.
Trata-se de falsidade grotesca e sem ponto por que se lhe pegue, mas amplamente divulgada pela indústria da lusofobia.
Por um lado, e será esse o primeiro argumento a atirar as desinformados, Portugal não poderia "roubar" de si mesmo.
O Brasil era terra portuguesa, foi-o de 1500 a 1822, e era-o então tanto, e com o mesmo estatuto, as mesmas prerrogativas, a mesma dignidade, que qualquer outra parcela do todo nacional.
Não foi território conquistado; foi país feito, erguido onde antes nada havia e jamais houvera para lá de grupos humanos sem consciência de si, desorganizados, antagónicos, cuja vida se fazia de constante migração, combate cruel e canibalismo.
Ao arribar na costa brasileira, pois, Portugal apostou-se na sua descoberta para sul e norte, que se fez com as expedições de Gonçalo Coelho e Gaspar de Lemos; percebido o Brasil como parte de continente maior, e não ilha, Portugal instalou nele feitorias comerciais para a exportação de madeiras.
A mais apreciada, o pau-brasil, viria a rebaptizar a nova terra.
Seguiu-se, para espantar o interesse de competidores europeus, o assentamento militar e o povoamento. Foi essa a estratégia a inspirar a expedição de Martim Afonso de Sousa, primeiro grande pioneiro brasileiro; foi ela, também, a conduzir à instituição de um Governador Geral do Estado de Brasil, cargo de que Tomé de Sousa foi o primeiro ocupante. Mem de Sá, que lhe seguiu no governo do Estado do Brasil, expulsou definitivamente os franceses e lançou, com o amparo de Lisboa e da Igreja, alicerce bom e forte do que viria a ser a actual nação brasileira.

(...)
Onde está, portanto, o ouro brasileiro? Nas actuais fronteiras do Brasil, que se garantiram com as expedições e a sábia - mas cara - política externa que ajudou a custear; está nas fortalezas com que se defendeu o Brasil de predadores estrangeiros, em incontáveis edifícios de utilidade pública, em cidades, fábricas, fazendas e colégios.
Ou seja, o ouro do Brasil serviu para construir um país onde não existira antes forma alguma de vida civilizada - serviu para construir o Brasil imenso e de dimensões continentais que em 1822 ganhou a categoria de Estado independente.

Artigo completo em:
https://www.facebook.com/novaportugalidade/posts/2462828903975462?__xts__%5B0%5D=68.ARArCs5NSgmr87P7Slvh3JxgXKQ4s4Q3sSXRvv0kPSvbA2nPmo65p9xKhQ1wN6DNkv5YYKFoanncEpkfz099FlTTmpCDrnjD0_9VpQdNBCHSnWxFxgFRBU4GQqGHd1NnuUSeF583cOHRbhbI45MpR_FBlJXno41BP5YgKzhnE90FTrQBbIJwjbBEegijrgOJyZuPnV3uX-JELOqJToaaHR_LLEYrjpkf7298tA2VYR11_wDNDxwTi4PEAkk6Cf-dESweOKeFc4bH_PFqoySOvK1BvOdjQMqpEChc49_Bb72T3NnsQrjx9DEwziALagd4UKKD5DmIFpEF1bI3lSBSBi9i9yaZ&__tn__=K-R
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Re: Expansão portuguesa
« Responder #42 em: Novembro 28, 2019, 11:40:19 pm »


Não houve "aventura", mas racionalidade aplicada

Para lá da sempre evocada "aventura portuguesa" dos Descobrimentos, expressão com a qual não nos identificamos, há que concordar que nada naquele imparável movimento de expansão ultramarina foi obra do acaso, do improviso ou de lances individuais. Tratou-se de um plano, ou de uma sucessão de planos maduramente pensados, corrigidos e melhorados, com aturado conhecimento da geografia, dos regimes de ventos e marés, de observação, anotação e cartografação de linhas de costa, locais de fundeação e aguadas, conhecimento das riquezas locais de cada região, receptividade ou hostilidade dos povos, suas línguas e práticas comerciais. Depois de firmado o império, é notável seguir os actos governativos e da administração na sua diversidade de aspectos e necessidades. Nada, mas mesmo nada, terá sido fruto de uma arremetida impensada. Para cada região do Oriente, consoante as necessidades, foram criados estaleiros de reparação naval, ribeiras de construção de novas embarcações de tipologia adaptada às necessidades e tipos de carga, assim como pequenos estaleiros de reparação efémera destinadas a pequenas intervenções.

MCB

Para saber mais: José Alberto Leitão Barata - Os Senhores da Navegação: o domínio português dos mares da Ásia por meados do século XVI. Cascais: Câmara Municipal, 2003.

https://www.facebook.com/novaportugalidade
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Re: Expansão portuguesa
« Responder #43 em: Dezembro 16, 2019, 11:40:18 pm »

Macau não é Hong Kong

Passam vinte anos sobre a transferência da soberania portuguesa de Macau para a China. As cerimónias então realizadas mostraram a que ponto foram distintas as relações históricas de Portugal com a China das relações entre o Reino Unido com o Império do Meio. Quando a administração portuguesa saiu de Macau, ali estiveram os governos chinês e português, liderados pelos dois chefes de Estado. Ao invés, quando a Grã-Bretanha deu por terminados os 150 anos da presença britânica naquela cidade, não houve partilha, nem cordialidade. Os britânicos saíram e só depois entraram as autoridades chinesas.

Há que lembrar, sempre, a diferença abissal que separa Macau de Hong Kong. A origem de Hong Kong foi brutal e nasceu de uma guerra injusta: a guerra movida à China para a obrigar a consumir o ópio britânico (1839-1842), a que se seguiram a Segunda Guerra do Ópio (1856-1860), que forçou o Império do Meio a aceitar abrir sem contrapartidas onze portos ao comércio mundial, a instigada Rebelião Taiping que causaria 20 milhões de mortos, o controlo das alfândegas chinesas pelos britânicos e a expedição dos exércitos ocidentais para sufocar a chamada revolta dos Boxers, terminada com a soldadagem britânica aos pulos no trono da Cidade Proibida.

Felizmente, Portugal nunca participou nessas infames agressões, pelo que saibamos separar Macau de Hong Kong e Portugal do Reino Unido nesse sórdido século da humilhação da China. As boas relações e o bom nome deixado por Portugal é um tesouro moral que exige ser lembrado e apontado como exemplo.


https://www.facebook.com/novaportugalidade/?__tn__=kC-R&eid=ARBaAzSZdqqoGxSAxLak8nO5NjoBudM85nLaIXW7VeHceSmS9ekMpS3rqdiWrUR1lNBJUvsp3Sd5FGqL&hc_ref=ARQHDwnetxfja58Kuo498MpFAKTIUC23iX5G_eg6ZNrBpYa5subtynoHK3EjeHXXir4&fref=nf
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Re: Expansão portuguesa
« Responder #44 em: Fevereiro 18, 2020, 09:35:14 am »
O fabuloso tesouro português com 500 anos que o Brasil deseja
14.02.2020 07:55 por Sara Capelo

São 14 folhas num papel de trapo, com fibras resistentes em linho. Na frente e verso de cada uma delas, Pero Vaz de Caminha fez um relato "rigoroso" em tinta ferrogálica do que encontrou no Novo Mundo



A porta da caixa-forte tem cerca de 50 centímetros de espessura. No seu interior estão algumas preciosidades. Uma delas está numa capilha, em cartolina alcalina, para proteger este que é um dos tesouros nacionais da Torre do Tombo e um Registo de Memória do Mundo da Unesco. São 14 folhas num papel de trapo, com fibras resistentes em linho. Na frente e verso de cada uma dessas folhas, está o registo, em tinta ferrogálica, da descoberta do Novo Mundo, feito a 1 de maio de 1500 por Pero Vaz de Caminha. 

Esta Carta de Pero Vaz de Caminha foi agora identificada à SÁBADO pelo Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram) como "um objeto de desejo" brasileiro. Caso o país decida avançar para um pedido de restituição histórica, disse fonte oficial deste organismo, esta é um exemplo de bem desejado. Todavia, a discussão sobre a restituição de bens culturais ainda é "embrionária" no Brasil (também o é em Portugal, como revelou a SÁBADO em exclusivo na edição desta semana). Não existe um "grupo institucionalizado" para a pensar, nem "consensos acerca de pedidos formais de repatriação", continuou o Ibram, num email.

Até hoje, repetem à SÁBADO tanto o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Direção Geral do Património Cultural (DGPC), nenhum "tem registo" nesse sentido. De nenhum país.

"Há muita gente no Brasil envolvida no património índio e africano que deve ficar pasmada com este pedido", refere Francisco Bethencourt, antigo diretor da Biblioteca Nacional. "Este pedido é típico de um país com independência declarada pelos brancos, que queriam autonomia, nomeadamente para perpetuar o tráfico de escravos e a escravatura, mas não pretendiam qualquer rutura com o sistema social colonial. A referência que lhes ocorre, ao nível institucional, é a carta do navegador português que reportou as primeiras impressões da costa e dos nativos ao rei português", explica à SÁBADO por email o agora professor no King's College.

O debate centrado em África
Francisco Bethencourt considera que "este tipo de discussão sobre a carta de Pero Vaz de Caminha não podia ser mais deslocada" isto porque "o debate da devolução que se desenvolve na Europa tem a ver com pedidos concretos de países africanos que reclamam objetos considerados importantes para a reconstituição do passado das culturas locais." O especialista centra, portanto, geograficamente o debate em África: no caso português, "os pedidos têm que ser feitos pelos países independentes interessados, seguidos de constituição de comissões de inventariação e identificação de objetos que se enquadrem no proposto atrás descrito." 

Caso o Brasil avançasse com este pedido (e já listámos acima os muitos senãos), dificilmente seria atendido, acrescenta o historiador José Manuel Garcia.
"A carta é um documento português, que sempre foi português e nunca deixou de ser português. Enquanto que há coisas gregas do Partenon que foram para Londres indevidamente. Aquela carta sempre foi portuguesa. Ela não pode ser repatriada porque nunca deixou de estar em Portugal desde o momento em que o Pero Vaz de Caminha a enviou."

Este especialista na época da expansão portuguesa aponta uma solução: "Seria um gesto muito simpático cedê-la ao Brasil. Mas para Portugal é uma marca dos seus Descobrimentos. Tirando empréstimos eventualmente prolongados, a doação da carta parece-me muito difícil de aceitar, porque é património nacional, da Unesco."

Um tesouro "fabuloso"
A Carta de Pero Vaz de Caminha, como ficou conhecida, raramente sai da Torre do Tombo. E mesmo ali, os investigadores que queiram estudá-la têm que primeiro fazer um pedido de consulta e esperar que este seja autorizado. E a consulta só é possível em horário restrito.

Quando a teve nas suas mãos (obrigatoriamente protegidas por luvas), o historiador José Manuel Garcia sentiu "o peso da história": "Pensar que há mais de 500 anos [o documento] estava no Brasil. Eu já o conhecia, por o ter estudado, mas a sensação de que o documento foi escrito num ambiente virgem, de descoberta: a ideia de que eu estava a descobrir um documento em que se descobriu o Brasil teve um significado emocional", relata este especialista em Descobrimentos à SÁBADO.
Pero Vaz de Caminha, natural do Porto, partiu com Pedro Álvares Cabral em direção à Índia como escrivão. A sua missão era "relatar oficialmente o que se passava" a D. Manuel. As 28 páginas que enviou ao rei acabaram por se revelar "um documento fabuloso": "Ele era um escrivão muito bom e que ultrapassou a sua função normal, porque teve uma inspiração literária e um registo fotográfico do que aconteceu." Quase como um jornalista? Sim, confirma José Manuel Garcia. "Historiadores e jornalistas disseram que era um autêntico repórter, que aproveitou a oportunidade."

A capacidade e a riqueza descritiva de Pero Vaz de Caminha, que tinha então 50 anos, são em si já motivo suficiente para este ser um tesouro nacional. "Tem um rigor muito maior do que aquele com que os italianos escreviam. O Américo Vespúcio, que deu o nome à América, também descreveu viagens ao Brasil a seguir ao Pedro Álvares Cabral. Tinha muita imaginação e erros. E o Pedro Vaz de Caminha não deu erros e não mentiu. O Américo é mais fantasioso e falso", continua o historiador.

Há outras razões: antes de mais, a carta na Torre do Tombo é "100% original". É conhecido outro relato, de um anónimo, que escreveu um diário da viagem até às Terras de Vera Cruz. Mas "só se conhece uma tradução italiana, não existe versão portuguesa."

Depois, é pormenorizada, muito rigorosa. Na Torre do Tombo há outra carta original, de um cirugião, o mestre João, que também fez a viagem. "Mas é de duas páginas, pequenina, com apontamento científico e técnico da viagem. Tem um apontamento do desenho do Cruzeiro do Sul (que é um conjunto de estrelas). É engraçada a ilustração, mas é um documento técnico", continua José Manuel Garcia.

Humidade, temperatura, exposição
Depois de guardada cuidadosamente por D. Manuel, José Manuel Garcia aponta para 1817 como o ano da primeira notícia da existência da carta, quando foi publicada num livro, no Brasil.

E a Carta só regressaria a esse Mundo Novo em 2000, para uma exposição que celebrava precisamente o que relata: "o achamento" deste território. Fora essa exposição, só há registo de outra saída da Torre do Tombo, em 2016, para ser exposta em Belmonte, a terra natal do navegador que levou a armada até ao Brasil, Pedro Álvares Cabral.

A sala de 30 metros quadrados, na Torre de Menagem de Belmonte que a recebeu, foi alvo de obras para garantir uma temperatura entre os 18ºC e os 22ºC e com níveis de humidade entre os 45% e os 55%. As janelas foram anuladas, para controlar "em absoluto" as condições do ar, escreveu na época o Diário de Notícias.

A vitrina onde a Carta esteve exporta era monitorizada em permanência para evitar alguma desregulação que danificasse o documento. Passados seis meses, regressou à capilha alcalina na caixa-forte do Tombo.

https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/o-fabuloso-tesouro-portugues-com-500-anos-que-o-brasil-deseja
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.