Penso que a questão de NPOs mais armados vem um pouco ao encontro de não termos dinheiro para muito, inclusive, para operar mais do que 5 fragatas, e sendo os NPOs um meio necessário e já planeado entrar em serviço novas unidades no futuro (ao contrário de fragatas, que tirando o falso-MLU que vai ser feito às VdG, nem sequer lhes é dada prioridade), então o pessoal tende a olhar para eles e para o seu potencial. Ora podemos ter uma perspectiva minimalista, de contenção de custos e sem grandes invenções, que faz o seu sentido como é óbvio, ou podemos ter uma perspectiva de aproveitar ao máximo a plataforma que nos é dada.
O NPO é um navio grande, e muitas das alterações propostas aqui não precisam de grandes alterações ao projecto, como tal não aumentam muito os custos. Talvez a alteração mais cara seria a instalação de um radar militar 3D, que muito provavelmente implicaria alterações ao mastro. Fora isto, existem de facto muitas opções no mercado que permitiriam apetrechar os NPOs de forma a se tornarem navios mais versáteis a nível militar, desde arma principal, a sistemas anti-aéreos simples, misseis superfície-superfície de curto alcance (como o lançador Typhoon de mísseis Spike que falei anteriormente), que permitiriam ao navio desempenhar, e com bastante eficácia e a uma fracção do custo, missões de combate à pirataria por exemplo. Ao invés disso, e não possuindo nenhuma corveta, lá vamos nós para certas missões com fragatas, que muitas vezes não usam armamento nenhum além de .50 montadas para protecção próxima.
Agora, com os 15 milhões que a 3ª remessa de NPOs vai custar a mais que os anteriores (de 45 para 60 milhões a unidade), não dá para fazer praticamente nada a uma fragata. Mesmo pegando no total desses 30 milhões, dividido pelas 3 VdG, não daria para muito. Aliás, o MLU das VdG nem deveria de ocorrer neste momento, porque com aqueles 135 milhões ou lá o que é, não se faz nada e seria melhor empregue como entrada para um programa de fragatas novas.