Fogos Florestais

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Get_It

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Re: Fogos Florestais
« Responder #345 em: Agosto 29, 2016, 11:03:56 pm »
O cartel não é nenhuma novidade, já à uns anos atrás tinham saído notícias sobre as empresas combinarem preços.

A única novidade é que em Espanha investiga-se enquanto cá foram protegidos.

Bom era agora ver alguém a pedir explicações como deve ser ao MAI e à Protecção Civil acerca das declarações prévias e sobre todo o negócio do aluguer de meios aéreos.

Cumprimentos,

Onde há fumo há fogo, obrigado jornalistas espanhóis.

Portugal apanhado na batota do ‘cartel do fogo’ Corrupção nos negócios de aluguer de aviões de combate a incêndios custou milhões ao Estado

http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/portugal-apanhado-na-batota-do-cartel-do-fogo


Combate aos fogos florestais alvo de investigação policial

http://www.rtp.pt/noticias/pais/combate-aos-fogos-florestais-alvo-de-investigacao-policial_v943717Um


Cartel de “fogo” espanhol tinha coordenador em Portugal

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/aviacao/detalhe/cartel_de_fogo_espanhol_tinha_coordenador_em_portugal.html
« Última modificação: Agosto 29, 2016, 11:05:29 pm por Get_It »
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HSMW

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Re: Fogos Florestais
« Responder #346 em: Agosto 30, 2016, 05:17:05 pm »
A Protecção Civil bem que precisava de uma purga...   :N-icon-Gun:
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Re: Fogos Florestais
« Responder #347 em: Setembro 04, 2016, 01:41:31 pm »
Boas,


Bombardier Announces a Definitive Agreement for the Sale of its Amphibious Aircraft Program to Viking Air Limited

June 20, 2016 - Montréal Aerospace

Bombardier announced today that it has reached a definitive agreement for the sale of its Amphibious Aircraft program to British Columbia-based Viking Air Limited. The agreement covers the Type Certificates for all variants of the aircraft, the CL-215, the CL-215T and the Bombardier 415 aircraft as well as after-market services.

The completion of this transaction is subject to the approval of all required governmental and regulatory authorities and the fulfillment of other customary closing conditions. The transaction is expected to close in the next few months.

“This transaction supports our goal of rebuilding a clear path to profitable earnings growth and cash generation,” said Alain Bellemare, President and Chief Executive Officer, Bombardier Inc. “While the Amphibious Aircraft program is part of our long history, this divestiture positions Bombardier to better focus on our core, higher growth businesses; business jets, commercial aircraft and rail transportation.”

No amphibious aircraft have been produced since December 2015 after Bombardier paused the program. The decision to sell the Amphibious Aircraft program was made after careful deliberation and a rigorous analysis. Viking Air, a long-standing Bombardier collaborator, is the perfect successor to continue to build the value and reputation of the program while ensuring the sustainability of the fleet. Viking Air will provide the right customer support to operators who, given the aircraft’s unique firefighting capabilities, play an essential role in the protection of communities, environment, resources and wildlife.

Bombardier’s amphibious aircraft are emblematic of Canada and are the backbone of many firefighting operations around the world. The Bombardier 415 was launched in 1994 and drew on the success of the earlier CL-215 and CL-215T versions to establish itself as the only purposely built and best firefighting aircraft in the world. Close to 170 Bombardier amphibious aircraft are in service worldwide.

Plans are underway to transfer the 50 Amphibious Aircraft program employees to other parts of the Bombardier organization following the completion of an orderly transition of the business.

About Viking Air Limited
Headquartered in Victoria, BC, Viking is the global leader of utility aircraft, support and services, and manufacturer of the world-renowned Twin Otter. Incorporated in 1970, Viking initially focused on flying boats before developing a repair and modification business in 1983 when de Havilland Inc. selected Viking as its exclusive spare parts manufacturer and distributor for the de Havilland DHC-2 Mk I Beaver, Mk III Turbo Beaver, and DHC-3 Single Otter aircraft. This transformation culminated in 2006, when Viking acquired the Original Type Certificates (manufacturing rights) for all out-of-production de Havilland aircraft from the DHC-1 Chipmunk through to the DASH-7 50 passenger STOL regional airliner.

In 2007 Viking launched the Twin Otter Series 400 production program, and to date over 100 aircraft have been sold to 29 countries worldwide. With a current production rate averaging one new aircraft delivered every 15 business days, the Twin Otter Series 400 is the best-selling next generation 19-passenger aircraft available today.

About Bombardier Specialized Aircraft

Bombardier offers the industry’s widest portfolio of commercial and business aircraft platforms for use as Specialized Aircraft. Bombardier’s CRJ Series regional jets, Q Series turboprops, as well as Learjet, Challenger and Global business jets are in service around the world with more than 45 military, government, security and corporate agencies, and the addition of the all-new C Series aircraft to Bombardier’s portfolio will increase the number of platforms and derivatives available for special mission applications to six and 14 respectively.

As a prime contractor, or in collaboration with leading mission integrators, Bombardier’s Specialized Aircraft team has developed a vast catalogue of mission enabler modifications that, combined with the company’s reliable and proven aircraft platforms, can address every need and mission. The worldwide fleet of 375 Specialized Aircraft is delivering outstanding dispatch reliability and is supported by Bombardier’s global customer services network.

About Bombardier

Bombardier is the world’s leading manufacturer of both planes and trains. Looking far ahead while delivering today, Bombardier is evolving mobility worldwide by answering the call for more efficient, sustainable and enjoyable transportation everywhere. Our vehicles, services and, most of all, our employees are what make us a global leader in transportation.

Bombardier is headquartered in Montréal, Canada. Our shares are traded on the Toronto Stock Exchange (BBD) and we are listed on the Dow Jones Sustainability North America Index. In the fiscal year ended December 31, 2015, we posted revenues of $18.2 billion. News and information are available at bombardier.com or follow us on Twitter @Bombardier.


http://ir.bombardier.com/en/press-releases/press-releases/64283-bombardier-announces-a-definitive-agreement-for-the-sale-of-its-amphibious-aircraft-program-to-viking-air-limited

http://www.casr.ca/doc-news-viking-bombardier-415-tc.htm

Abraços
« Última modificação: Setembro 04, 2016, 01:46:48 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Pedro E.

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Re: Fogos Florestais
« Responder #348 em: Setembro 04, 2016, 11:52:08 pm »

Nao estou por dentro das politicas de prevencao e combate aos fogos florestais em Portugal, mas parece-me elementar que tanto o exercito, como prisioneiros e os desempregados devam participar na limpeza das florestas.
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #349 em: Setembro 05, 2016, 12:09:20 am »
Olha que ideia do caraças!! Militares do Exército, os presos e os desempregados!!!  E porque não os da FA ou Marinha? PSP e GNR?
E mais quem para este grupo? Drogados e prostitutas? Os arrumadores de carros e os pedintes?
E já agora o pessoal das CERCI e os velhotes lá do lar que isto não é só enfardar e estar no sofá a ver a TVI...
« Última modificação: Setembro 05, 2016, 12:10:59 am por HSMW »
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Re: Fogos Florestais
« Responder #350 em: Setembro 05, 2016, 11:00:56 am »
Com certeza que sim. A GNR e a PSP tem ocorrencias suficientes para estarem ocupadas, nao e prioridade deles limparem as florestas. O mesmo ja nao acontece com os mocos do exercito. O que andam eles a fazer? Toca la de zelar pelo patrimonio. Prisioneiros e desempregados tambem. Os primeiros como trabalho civico e de sensibilizacao. Quanto aos desempregados com tanto oferta de trabalho voluntariado nem sei como e que o Estado ainda nao se lembrou disto. Pode ser voluntariado ou receberem uma quantia simbolica. A conjugacao destas sinergias garante um mais eficaz prevencao aos incendios e poe gente a mexer-se por uma boa causa. Claro que depois ha sempre os aborrecidos e preguicosos. Esses ficam no quartel a jogar poker, nas filas das reparticoes para receber os subsidios do estado ou nos foruns a mandar as suas chalacas enquanto o pais arde.
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #351 em: Setembro 05, 2016, 12:51:24 pm »
Com certeza que sim. A GNR e a PSP tem ocorrencias suficientes para estarem ocupadas, nao e prioridade deles limparem as florestas. O mesmo ja nao acontece com os mocos do exercito. O que andam eles a fazer? Toca la de zelar pelo patrimonio. Prisioneiros e desempregados tambem. Os primeiros como trabalho civico e de sensibilizacao. Quanto aos desempregados com tanto oferta de trabalho voluntariado nem sei como e que o Estado ainda nao se lembrou disto. Pode ser voluntariado ou receberem uma quantia simbolica. A conjugacao destas sinergias garante um mais eficaz prevencao aos incendios e poe gente a mexer-se por uma boa causa. Claro que depois ha sempre os aborrecidos e preguiçosos. Esses ficam no quartel a jogar poker, nas filas das reparticoes para receber os subsídios do estado ou nos foruns a mandar as suas chalacas enquanto o pais arde.

Tanta propaganda Russa deu-te a volta ao cérebro!

Os militares já participação na vigilância das matas e florestas em Portugal. Viana do Castelo já tem à anos protocolos com o exército e não é o único município.

Os desempregados já são contratados pelas juntas e municípios por esse país a fora, para limparem as ruas, estradas e as matas. Não podem é operar em matas privadas, sem o consentimento do dono. Em Inglaterra também deve de haver direitos de propriedade iguais, julgo eu.

Os presos, duvido que a Amnistia Internacional permitisse tal coisa, para além dos custos logísticos só de vigilância..... com um jeitinho e com as tuas ideias ainda punhas os incendiários a limpar as florestas!!!!!!
 

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Pedro E.

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Re: Fogos Florestais
« Responder #352 em: Setembro 05, 2016, 01:30:53 pm »

Como disse na minha introducao neste topico - nao estou por dentro dos mecanismo de proteccao e combate aos incendios em Portugal. Se a situacao na Republica e tal como o Viajante diz entao e melhor que nada. Falou em vigilancia as matas e florestas pelo exercito e a limpeza, os militares fazem-na?

A amnistia internacional manda na Justica portuguesa? Posso ir investigar um pouco, mas nao me parece que ter prisioneiros a limpar as florestas seja uma utopia. Ja deve haver paises a aplicar esse sistema

Quanto a tua paranoia com os russos, sao isto e aquilo, mas la mandaram as aeronaves para ajudar no combate aos fogos

Es pobre e mal agradecido

https://twitter.com/russianembassy/status/765144829047218176
http://visitwinchestervirginia.com/the-government-of-portugal-thanked-emercom-of-russia-for-help-in-fighting-fires/
http://rbth.com/news/2016/08/23/russian-be-200-planes-extinguish-fires-in-2-portugal-settlements_623543
 

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HSMW

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Re: Fogos Florestais
« Responder #353 em: Setembro 05, 2016, 03:30:22 pm »

Como disse na minha introducao neste topico - nao estou por dentro dos mecanismo de proteccao e combate aos incendios em Portugal. Se a situacao na Republica e tal como o Viajante diz entao e melhor que nada. Falou em vigilancia as matas e florestas pelo exercito e a limpeza, os militares fazem-na?

A amnistia internacional manda na Justica portuguesa? Posso ir investigar um pouco, mas nao me parece que ter prisioneiros a limpar as florestas seja uma utopia. Ja deve haver paises a aplicar esse sistema

Nem vou estar a colocar todas as acções deste verão portanto ficam aqui duas recentes.
A Engenharia praticamente nem faz outra coisa no Verão e mesmo durante o resto do ano. Já mereciam equipamento mais recente.
As restantes unidades têm o seu encargo operacional ou dão apoio a outras.




http://vilaverde.net/2016/09/04/nobrega-militares-e-comando-dos-bombeiros-de-vila-verde-executam-manobra-de-engenharia-para-evitar-avanco-de-incendio-em-gondomar/

https://www.facebook.com/acontececastanheira/photos/?tab=album&album_id=557211431152409
https://www.facebook.com/Mecanizada/?fref=ts
Quanto aos presos até houve uma polémica recente, pois estes recebiam mais à hora para limpar praias que os bombeiros para combater incêndios.
« Última modificação: Setembro 06, 2016, 11:41:05 am por HSMW »
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Re: Fogos Florestais
« Responder #354 em: Setembro 05, 2016, 04:12:12 pm »
Presos recebem dinheiro para limpar as praias em Portugal? Um absurdo na minha opiniao. Esse trabalho se feito por presos tem que ser nao remunerado. As compensacoes devem ser de outra natureza.

Quanto a limpeza de florestas por prisioneiros parece que os catalaes ja tem algo em pratica
http://eldigital.barcelona.cat/en/my-new-post-3951_49783.html
 

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mafets

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Re: Fogos Florestais
« Responder #355 em: Setembro 05, 2016, 05:02:12 pm »
Existe qualquer coisa "esquisita" nesta questão do "a quem pertence a floresta". Primeiro temos o secretário de estado a dizer que 98% da floresta é particular: https://www.publico.pt/sociedade/noticia/as-areas-geridas-pelo-estado-nao-estao-mais-mal-cuidadas-que-o-resto-da-floresta-1604509
Citar
As áreas geridas pelo Estado não estão mais mal cuidadas que o resto da floresta”
MARIANA OLIVEIRA 31/08/2013 - 08:29
Secretário de Estado das Florestas quebra o silêncio para, diz ele, refutar "algumas afirmações semi-incendiárias". Afirma que 98% da floresta portuguesa não pertence ao Estado.
Mas depois temos um trabalho de campo de uma investigadora a dizer que 21,8% são território de alguma forma protegido e portanto mais ou menos gerido pelo estado, mesmo que o mesmo não seja na totalidade o seu proprietário: http://www.apgeo.pt/files/docs/CD_V_Congresso_APG/web/_pdf/B4_14%20Out_Cristina%20Barbosa.pdf
Citar
No Continente, a gestão das áreas protegidas é da
responsabilidade do Instituto de Conservação da Natureza, as 44 áreas referidas distribuem-se pelas categorias de Parque Nacional, Reserva Natural, Parque Natural, Paisagem Protegida,
Sítio Classificado, Monumento Natural e Paisagens Protegidas (de âmbito regional),
ocupando uma área de 680 718 hectares, representando cerca de 7,7% do território
continental. Contudo, este valor encontra-se ainda abaixo da média dos países da União
Europeia (12,3%) (Quadro 1).
A gestão das áreas protegidas difere consoante a sua importância. Os Parques
Nacionais, as Reservas Naturais e os Parques Naturais são geridos por comissões directivas
onde estão representados o Instituto da Conservação da Natureza (ICN), as Câmaras
Municipais que têm jurisdição sobre a área e uma comissão consultiva. É obrigatória a
existência de um plano de ordenamento e respectivo regulamento, aprovado por decreto
regulamentar, que possibilite a implementação de uma política de gestão integrada e eficaz.

Tendo em consideração a existência de muitos níveis de sobreposição, constata-se que
Portugal Continental apresenta actualmente 21,8 % do seu território classificado como Área
Protegida, Rede Natura ou Zonas de Protecção Especial.
Mas para dourar a pilula, temos parte dos baldios geridos por associações ou novamente com a participação do Estado: https://www.publico.pt/floresta-em-perigo/prevencao
Citar
Houve tempos em que era preciso ter uma senha, passada por um guarda-florestal, para entrar na floresta e para retirar dela o mato. A devolução dos baldios ao povo ocorreu com o fim do Estado Novo, através da Constituição de 1976. Passam a ser administrados num regime de co-gestão, entre os moradores (ou autarquias) e o Estado, ou então em regime de autogestão pelos moradores (ou as autarquias). Essas opções de gestão mantiveram-se com a Lei dos Baldios de 1993, e que está actualmente em vigor.

Hoje existem 1107 unidades de baldios concentradas sobretudo em Vila Real, Viseu e Viana do Castelo, com uma extensão total de 278.100 hectares de área de terreno. "Há uma necessidade urgente de intervenção nos baldios a nível florestal e essa é a nossa maior preocupação", conclui Joaquim Lourenço. Quanto à prevenção de incêndios, o presidente da associação sublinha que a capacidade de actuar no início, tentando cumprir o objectivo de actuar nos primeiros sete minutos tem sido eficaz. "Não tem havido tantos incêndios na zona da serra porque tem havido uma protecção maior, ainda que na zona urbana, mais perto das populações, continue a haver."
E segundo varias fontes a "floresta sem dono" vai de 10 a 20% (este ultimo número para áreas florestais) do total do território nacional: http://www.tvi24.iol.pt/economia/terras-sem-dono/portugal-tem-10-a-20-de-territorio-sem-dono
Citar
Em Portugal há entre 10% a 20% de terras sem proprietário privado, conclui um estudo sobre «Cadastro e Propriedade Rústica em Portugal» que vai ser apresentado esta quinta-feira no Porto.

Em entrevista à Lusa, a propósito do novo estudo «Cadastro e Propriedade Rústica em Portugal», Rodrigo Sarmento de Beires admitiu que há, pelo menos, «10%» de terras em Portugal cujos proprietários são desconhecidos. Acrescentou que nas zonas florestais pode chegar-se a valores que «andam na casa dos 20% ou até acima disso».

A grande maioria destas terras pertence ao Estado, que desconhece a sua localização na maior parte dos casos, o que coloca uma série de problemas, desde fiscais à prevenção de incêndios.

«Verificámos (...) que afinal o Estado dispõe ainda de um valioso património imobiliário que lhe cabe gerir, que com toda a probabilidade será bastante vasto, embora muito fragmentado e disperso e por aproveitar, de terras rústicas sem dono e não só, que nos termos da lei lhe pertencem, ou cuja gestão lhe cumpre assegurar, para minorar riscos do seu abandono», refere o estudo.

O autor do estudo sugere ao Governo que seja criado um sistema informático «expedito», «único» e «nacional» para identificar as terras, estimular a sua gestão e prevenir incêndios e ter um melhor aproveitamento dos recursos.

Face aos resultados do estudo, que decorreu ao longo de um ano em Portugal, Rodrigo Sarmento de Beires acredita que a problemática das 'terras de ninguém' pode ser resolvida com a criação de um sistema informático ligando agricultura e ordenamento do território.

«O que é preciso é operacionalizar esse sistema», argumenta, recordando que com a «sorte de estar tudo integrado no mesmo ministério», torna-se mais fácil ligar a agricultura e o ordenamento do território num mesmo sistema informático.

Com a implementação de um sistema informático fácil e acessível, cria-se «uma dinâmica em que os proprietários tenham apoios a preços razoáveis de identificação dos seus prédios», acrescenta o especialista.

Segundo Rodrigo Sarmento de Beires, nas zonas de latifúndio, as terras incultas estão dentro dos prédios e já estão identificadas pelo cadastro.

Nas zonas de propriedade mais repartida, e que existem mais na metade norte do país, as terras estão, todavia, «incultas» e estão fora dos prédios», ou seja, muitas dessas terras constituem frações autónomas em que os proprietários já não sabem bem onde estão e, portanto, acabaram por se desinteressar, explicou.

O especialista refere ainda que a criação de um sistema de identificação das terras serviria também para tornar a floresta portuguesa mais rentável.

«Nós estamos a fazer floresta para trituração, para a forma menos rentável para gerir a floresta (...), mas temos condições para desenvolver o nosso potencial florestal de forma mais interessante e rentável, se for feita a longo prazo», constatou o especialista, reiterando a necessidade da criação de um sistema para identificar as terras sem dono privado.
E tendo em conta que 12% dos terrenos são baldios: http://naturlink.pt/article.aspx?menuid=3&cid=690&bl=1&viewall=true
Citar
e os restantes 12% são baldios
Ou seja e se não me falham as contas: 21,8% Reservas administradas de alguma forma pelo estado (82% salvo erro serão mesmo propriedade do mesmo), 12% baldios com parte administrada por associações e também pelo estado e 20 % de terrenos arborizados de quem não se sabe de quem são e onde se situam, mas segundo o investigador citado a maior parte pertencerá também ao Estado (  ::) ) , dá 53,8%. Ou seja, efectivos são 46,2% que de facto são dos privados e o resto a maior parte administrado directo ou indirectamente pelo....Estado. Mais uma vez, contas malfeitas e "números do arco da velha" para tudo servir o deixa arder...  ::)

Cumprimentos
« Última modificação: Setembro 05, 2016, 07:05:59 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Meios aéreos no combate a incêndios florestais
« Responder #356 em: Setembro 05, 2016, 07:50:15 pm »
Meios aéreos no combate a incêndios florestais
(5 de Setembro de 2016)
Citação de: António Seabra, Miguel Machado / Operacional
Este ano, infelizmente um dos mais fustigados pela tragédia dos incêndios florestais (IF), a discussão na praça pública estendeu-se, de uma forma mais contundente, à questão do regresso da Força Aérea ao combate aos mesmos, tornando-se rapidamente num tópico de relevo quer na agenda política, como na agenda mediática. Contudo, esta discussão, acalorada como as chamas, foi por diversas vezes inquinada com mitos e falsidades, cujas motivações só podemos atribuir a interesses instalados ou ao desconhecimento do enquadramento da questão. Importa, por isso, e com serenidade, fazer um ponto de situação sobre o assunto, em múltiplas vertentes, para uma melhor abordagem ao tema: é unicamente o que nos move com este modesto contributo.

Quem assina esta introdução e o artigo que agora publicamos é António Seabra, Coronel Técnico de Operações de Detecção e Conduta de Intercepção da Força Aérea Portuguesa na situação de Reserva, desligado do serviço, que a nosso pedido, porque sabíamos dos seus conhecimentos nesta área e do seu descomprometimento pessoal com as envolventes a esta temática. Estamos perante um importante contributo para o conhecimento de muitas particularidades dos meios aéreos no combate a incêndios, que habitualmente não estão disponíveis na imprensa generalista, algumas “esquecidas” pelos protagonistas que têm vindo a público. António Seabra faz perguntas às quais quase e nunca se vêm respostas, recorda números, investimentos, originalidades nacionais – como a Empresa de Meios Aéreos –  escreve porque sabe do que fala. Sendo oficial da Força Aérea, não está neste trabalho, como facilmente se verá da sua leitura, a defender esta ou outra qualquer instituição onde tenha trabalhado, como a Protecção Civil. Está a dar a sua opinião, informada, documentada, sobre o tema e levanta possibilidades que podem (deviam!) ser seguidas em nome do interesse nacional.

[continua]
Fonte: http://www.operacional.pt/meios-aereos-no-combate-a-incendios-florestais/
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Pedro E.

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Re: Fogos Florestais
« Responder #357 em: Setembro 05, 2016, 10:39:48 pm »

Alem dos catalaes, os americanos tambem recorrem a prisioneiros para combater os fogos

4,000 Prison Inmates Fighting California Wildfires For $2 Per Day
http://www.mintpressnews.com/4000-prison-inmates-fighting-california-wildfires-for-2-per-day/208714/

Ainda ninguem em Portugal se lembrou do mesmo expediente? Valido ou nao? Eu concordo
 

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mafets

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Re: Meios aéreos no combate a incêndios florestais
« Responder #358 em: Setembro 05, 2016, 11:04:37 pm »
Meios aéreos no combate a incêndios florestais
(5 de Setembro de 2016)
Citação de: António Seabra, Miguel Machado / Operacional
Este ano, infelizmente um dos mais fustigados pela tragédia dos incêndios florestais (IF), a discussão na praça pública estendeu-se, de uma forma mais contundente, à questão do regresso da Força Aérea ao combate aos mesmos, tornando-se rapidamente num tópico de relevo quer na agenda política, como na agenda mediática. Contudo, esta discussão, acalorada como as chamas, foi por diversas vezes inquinada com mitos e falsidades, cujas motivações só podemos atribuir a interesses instalados ou ao desconhecimento do enquadramento da questão. Importa, por isso, e com serenidade, fazer um ponto de situação sobre o assunto, em múltiplas vertentes, para uma melhor abordagem ao tema: é unicamente o que nos move com este modesto contributo.

Quem assina esta introdução e o artigo que agora publicamos é António Seabra, Coronel Técnico de Operações de Detecção e Conduta de Intercepção da Força Aérea Portuguesa na situação de Reserva, desligado do serviço, que a nosso pedido, porque sabíamos dos seus conhecimentos nesta área e do seu descomprometimento pessoal com as envolventes a esta temática. Estamos perante um importante contributo para o conhecimento de muitas particularidades dos meios aéreos no combate a incêndios, que habitualmente não estão disponíveis na imprensa generalista, algumas “esquecidas” pelos protagonistas que têm vindo a público. António Seabra faz perguntas às quais quase e nunca se vêm respostas, recorda números, investimentos, originalidades nacionais – como a Empresa de Meios Aéreos –  escreve porque sabe do que fala. Sendo oficial da Força Aérea, não está neste trabalho, como facilmente se verá da sua leitura, a defender esta ou outra qualquer instituição onde tenha trabalhado, como a Protecção Civil. Está a dar a sua opinião, informada, documentada, sobre o tema e levanta possibilidades que podem (deviam!) ser seguidas em nome do interesse nacional.

[continua]
Fonte: http://www.operacional.pt/meios-aereos-no-combate-a-incendios-florestais/
Muito do qual já se tinha debatido aqui. A titulo de exemplo já tinha sido publicado os dados do uso do Maffs no Brasil:

E as orientações do serviço florestal americano: http://www.fs.fed.us/fire/aviation/airplanes/maffs.HTML
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The U.S. Forest Service contracts with private companies to provide airtankers to drop fire retardant as part of wildfire suppression efforts.  But during periods of high wildfire activity, often, there aren’t enough contracted airtankers to meet demands.  That’s where Modular Airborne Fire Fighting Systems (MAFFS) come in.

MAFFS are portable fire retardant delivery systems that can be inserted into military C-130 aircraft without major structural modifications to convert them into airtankers when needed.

The MAFFS program, created by Congress in the early 1970s, is a joint effort between the U.S. Forest Service and Department of Defense (DoD).  The U.S. Forest Service owns the MAFFS equipment and supplies the retardant, while the DoD provides the C-130 H and J model aircraft, flight crews, and maintenance and support personnel to fly the missions.

There are a total of 8 MAFFS ready for operational use.  The C-130s to fly MAFFS missions are provided by the

153rd Airlift Wing, Wyoming Air National Guard, Cheyenne
145th Airlift Wing, North Carolina Air National Guard, Charlotte
146th Airlift Wing, California Air National Guard, Port Hueneme and the
302nd Airlift Wing, Air Force Reserve, Peterson Air Force Base, Colorado

MAFFS are important because they provide a “surge” capability that can be used to boost wildfire suppression efforts when commercial airtankers are fully committed or not readily available.  They can discharge their entire load of up to 3,000 gallons of retardant in less than five seconds, covering an area one-quarter of a mile long by 100 feet wide, or make variable drops.  Once the load is discharged, it can be refilled in less than 12 minutes.
Os contratos com privados pelo US forest Service (em 2015 estava a ser avaliada a possibilidade de extender o uso do MAFFS a mais  dois C130 adicionais, do USMC e CG (um estava a ser reavaliado): http://fireaviation.com/2015/06/30/the-2015-large-air-tanker-lineup-for-us-forest-service/

E o uso do Maffs em redor do mundo: https://en.wikipedia.org/wiki/Modular_Airborne_FireFighting_System
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MAFFS equipment is stationed at eight locations around the United States. They are considered a "24-hour resource", meaning that when activated, it is expected that it will take 24 hours for the aircraft to arrive on scene, as the C-130s have to be pulled from their regular military duties and fitted with the MAFFS equipment.[10] When needed, regional foresters can request a MAFFS activation after they have ascertained that all available commercial air tankers are assigned to on-going incidents or committed to an initial attack.[11] The National Interagency Coordination Center at the National Interagency Fire Center (NIFC), Boise, Idaho, can activate the MAFFS when all other contract airtankers are committed to incidents or initial attack or are otherwise unable to meet requests for air operations. The request for MAFFS activation is approved by the national MAFFS liaison officer, who is the Forest Service director at NIFC. This request is then forwarded to the joint director of military support at the Pentagon. Governors of states where National Guard MAFFS units are stationed may activate MAFFS for missions within their state boundaries when covered by a memorandum of understanding with the military authority and the Forest Service.[1]

During the 1994 fire season, one of the worst that decade, the four airlift wings equipped with MAFFS flew nearly 2,000 missions and dropped 51,000,000 pounds (23,000,000 kg) of retardant.[12] In 2004, after all the large civilian tankers in the U.S. had been grounded due to safety concerns, MAFFS-equipped C-130s were pre-positioned in western states in anticipation of wildfires.[13] Besides use on U.S. fires, MAFFS has been deployed to Mexico, Europe, Africa and Indonesia. International deployment is initiated by a foreign government's request through the U.S. State Department.[11]

The military is reimbursed for the cost of operating MAFFS flights by the agency having jurisdiction over the fire.[10]

MAFFS is in use in the Colombian Air Force,[12] Brazilian Air Force, Royal Moroccan Air Force and the Royal Thai Air Force C-130s.

Saudações
« Última modificação: Setembro 05, 2016, 11:08:17 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Pedro E.

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Re: Fogos Florestais
« Responder #359 em: Setembro 06, 2016, 12:11:38 am »
Presos alemaes tambem participam na limpeza das areas verdes

http://www.baden-tv.com/gefangene-saeubern-pforzheimer-wald-108969/

Ha iniciativas deste genero em Portugal?