Fogos Florestais

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mafets

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Re: Fogos Florestais
« Responder #285 em: Junho 20, 2016, 10:00:55 am »
Isto so mesmo em Portugal!
Quando acertamos e fazemos uma boa compra, porque não ha melhor que o kamov para combate a incendeos florestais, transformamos o bom negocio numa negociata de milhoes onde todos querem deitar a mão a uma fatia do bolo!

Lembro as conversas que tive com o meu amigo chaimites
O Kamov e um "mono" compacto uma besta de carga, com apenas 15 metros de perimetro de helice reabastece em qualquer piscina ou  tanque de agua!  devido ao seu formato compacto e a ausencia de rotor de cauda e carrega como nenhum outro da sua envergadura.
vejam o que dizem dele nos outros paises onde ele  opera!
Querem queimar o kamov porque ele faz o trabalho de 5 helis ligeiros desses que são contratados para a epoca de incendeos.

A Força aerea poderia desempenhar o papel mas APENAS se tivesse uma frota dedicada ao efeito, o combate aos oncendeos nao e compatível em termos de manutenção com os censores e todo o equipamento que um heli militar necessita.  estariamos a degradar equipamento carissimo e que nao faz falta para o combate a um incendeo!
O combate a um incendeo é a tarefa mais dura, a nível de desgaste, que se pode pedir a um helicoptero. 
Imaginem  os motores a aspirar ar sobreaquecido e cheio de particulas de cinza. o desgaste e muito maior do que fazer um simples voo de rotina.
Ice, ninguém consciente quer ver um Helicóptero como o Eh101 ou o Lynx a combater incêndios, até porque estes são necessários para outras funções e são poucos para a realidade nacional. Agora, relativamente a outras aeronaves que passaram pela FAP (e colocando os Puma de lado, pois tinham outros sensores também sensíveis ao calor, eram poucos  e eram necessários para as tais outras funções como SAR), tivemos os Al III e Al II, sendo que quantos passaram pela FAP? Não são os melhores meios mas em diversas F.A. fizeram essa função quando não existia mais nada. Por cá. e voltando aos Al II que foram recebidos da Policia Alemã, venderam-nos. Hoje, existem meia dúzia de AL III a voar e o AL II foi retirado, assim como os Puma encaixotados porque ninguém os quis, nem tão pouco faz sentido falar em colocar algum desses helis numa função como combate a fogos. Agora no passado, foi questão de capelinhas e negociatas, mesmo que se tratasse de alguns meios FAP a reforçarem o combate aos incêndios em caso de emergência. E as Forças Aéreas operarem no combate efectivo a incêndios, por esse mundo fora com os SEUS PRÓPRIOS MEIOS a ajudar os bombeiros e populações sempre aconteceu e continua a acontecer (por norma são os helicópteros de transporte, os com equipamento mais sensível, não o fazem), por cá tem de ser uma frota dedicada ao efeito porque? Os Chinock e os H60 por exemplo de diversos países não levam com o calor  em cima, os motores apanham toda a porcaria e continuam a ser chamados para intervir nos fogos e  continuam a ter treino e equipamento para essa função?

Em segundo lugar, e penso ser um ponto comum neste forum, ninguém questiona a aquisição dos Kamov (nem dos Ecureuil), mas tudo o resto. Desde negociatas  a manutenção feita em cima do joelho, tudo foi e é permitido. E ira continuar a ser pois os amigos têm de enriquecer, existem contratos assinados até Junho de 2019 e politicamente ninguém tem vontade de mudar. 


Ponto 3. Por quantos anos foram usados Hidros em SAR e Patrulha Marítima? A própria Bombardier oferece essa opção no Cl415, uma aeronave bastante versátil. Mas se o problema é o melhor desempenho dos helicópteros, a maior parte dos usados em outros paises, alguns em substituição do Al III, por lá combatem incêndios.
Citar
Special missions

Since 2004, the Bombardier 415 MP aircraft has been a proven performer for Search and Rescue (SAR) utility transport, law enforcement and environmental control missions.

http://www.bombardier.com/en/aerospace/amphibious-aircraft.html

   
Até o At802 tem uma versão armada. Quiça não fazia uma perninha nos fogos e andava o resto do tempo atrás das aeronaves que escapam aos F16.,,  ;D ;)



Saudações

P.S. Não me parece que colocar os meios aéreos do MAI na GNR seja disparatado. Penso até ser mais viável que continuar como está. Mas temos também a UALE, pintavam-se de camuflado e  até dava para treinar umas inserções o resto do tempo.  ::) ;D

P.S.2 - Felizmente quando é para os voluntários tenho uma certa corporação que sei ser idónea. Os valores ficam bem entregues e são usados para a função que se destinam. Felizmente.  ;)
« Última modificação: Junho 20, 2016, 10:52:03 am por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #286 em: Junho 20, 2016, 11:25:05 pm »
Antes de mais, tenho de concordar com o HSMW, o GISP não deveria existir e é um sintoma de como as coisas andam mal organizadas neste país e cheio de capelinhas.

Eu até sugeria outra opção, mas já sei que toda a gente me vai cair em cima. 1) Se os gajos da EMA, da protecção civil e dos bombeiros (chefias) são todos uma cambada de corruptos, mais interessados em negociatas e comissões do que em em fazer o que lhes compete; 2) com a FAP a demonstrar um continuado desinteresse em operar meios que não se enquadram nas suas missões principais (em particular material russo). Porque não atribuir os meios aéreos à GNR?

Afinal de contas, a GNR já dispõe do GISP. Existe ainda a vantagem adicional de uma melhor coordenação quando for necessário empregar os aparelhos em operações policiais da GNR, da PSP, da PJ, ou de qualquer outro OPC. No fundo, seria integrar a EMA na GNR, com a garantia de que as negociatas e a corrupção seriam fortemente diminuídas (enfim, não se pode garantir 100%), com as inerentes poupanças para o Estado e os ganhos de eficácia e eficiência associados a uma organização militar.
Eu há algum tempo atrás também já referi isso e concordo. Faria todo sentido colocar estes meios que são menos adequados para missões militares e que poderiam fazer fora da época de incêndios as missões de interesse público a partir da GNR.

No entanto, não sou grande fá da ideia porque acho que para o nosso país a FAP conseguiria muito bem operar, manter e gerir todos os meios aéreos. Mesmo que se tivesse de subcontratar grande parte da manutenção dos Kamov a privados ou até depender de pilotos civis ou milicianos durante a época de incêndios. Eu acho que o problema não é a FAP demonstrar um interesse em «operar meios que não se enquadram nas suas missões principais (em particular material russo)». O problema mesmo, é a falta de verbas para treinar tripulações e para manter e operar estes meios aéreos. Esse é que o grande problema que leva ao desinteresse por parte da FAP.

Para além disto, outro motivo que me leva a não ser grande fá da ideia de ter a GNR com estes meios aéreos, é o facto da GNR andar a engordar demasiado e a transformar-se num verdadeiro monstro que faz tudo. Faz de polícia, faz de Exército privado para o governo quando o PR não quer enviar forças militares para o estrangeiro (i.e., Iraque), faz de polícia da UE, faz de agência de fiscalização, faz de bombeiros, etc.

Entretanto, aproveito para mandar um bitaite que me lembrei: se os Kamov não fazem muito sentido na FAP, ou onde quer que seja, fora da época de incêndios, então poderiam ficar no Exército onde a sua capacidade de transporte de cargas suspensas sempre iria dar uma ajuda para transporte equipamento e peças de artilharia.

Cumprimentos,
« Última modificação: Junho 25, 2016, 06:04:55 pm por Get_It »
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Re: Fogos Florestais
« Responder #287 em: Junho 26, 2016, 07:36:26 pm »
O problema dos Kamov nas forças armadas parece que tinha a ver com as certificaçoes NATO dos pilotos
As horas passadas no ar com o kamov não iam contar.
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #288 em: Junho 26, 2016, 07:41:52 pm »
Contar para o quê?
Metam pilotos em RC...
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Re: Fogos Florestais
« Responder #289 em: Junho 26, 2016, 08:39:25 pm »
Não podemos usar os Kamov, mas os outros podem usar mi-8 e mi-24?
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #290 em: Junho 26, 2016, 11:56:42 pm »
Não podemos usar os Kamov, mas os outros podem usar mi-8 e mi-24?
Sem pesquisar sobre o assunto, talvez porque:
1. Os "nossos" Kamov Ka-32 são uma versão civil;
2. Os Mi-8 e Mi-24 dos outros já foram certificados para padrões NATO;
3. Para não ferir a sensibilidade dos coitadinhos dos países do antigo pacto de Varsóvia.

Cumprimentos,
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Re: Fogos Florestais
« Responder #291 em: Julho 30, 2016, 11:08:17 pm »
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Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #293 em: Agosto 09, 2016, 11:16:02 pm »
Deixa arder...

esta conversa ja enoja todos os anos
 

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Lightning

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Re: Fogos Florestais
« Responder #294 em: Agosto 10, 2016, 07:42:28 pm »
Os Açores também já enviaram bombeiros para a Madeira e para o Continente, tem aqui a página do Facebook dedicada a esses homens chama-se Missão 16-23.

Não consigo por o link não sei porquê.
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #295 em: Agosto 10, 2016, 08:29:19 pm »
O povo segue de férias e está-se marimbando. Se as praias estivessem arder garanto que já haveria medidas de prevenção e muita gente presa. Nem o governo se preocupa, é deixar arder o mato, anormal já é que não arda nada durante o Verão...
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #296 em: Agosto 10, 2016, 10:23:46 pm »
Vão chegar esta noite a Portugal 5 Canadair de Espanha, Itália e Marrocos, para combaterem os fogos já ao início de amanhã!!!!!
 

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Agarrei-me à carteira
« Responder #297 em: Agosto 11, 2016, 01:11:36 am »
Ultimamente não tenho andado com grande apetite para contribuir nesta discussão mas aproveito para deixar aqui este artigo de opinião.

Citação de: Henrique Pereira dos Santos, Público
«Temos de fazer com a floresta o que fizemos com a protecção civil há dez anos», terá dito o senhor primeiro-ministro e confesso que a minha primeira reacção foi agarrar-me à carteira.

Há cerca de dez anos, era o senhor primeiro-ministro o ministro da Administração Interna, que é quem manda no sistema de protecção civil.

15 dias de vento Leste bem rijo (em rigor, 14 dias, porque num dos dias o vento rodou 90 graus, e depois voltou a rodar para Leste, o que tornou tudo ainda mais difícil) em 2003 tinham levado a uma área ardida de mais de 400 mil hectares, uma oportunidade de ouro para um ataque cerrado ao governo de então, à desorganização dos bombeiros e trinta por uma linha.

Dois anos depois, em 2005, mais de 200 mil hectares ardidos, umas eleições e aí temos reunida a vontade política para resolver o problema dos fogos.

Foi assim que se criou o Fundo Florestal Permanente, alimentado com uma taxinha nos combustíveis, foi assim que se fez a tal reorganização da protecção civil de que fala agora o senhor primeiro-ministro e foi assim que foram chamados técnicos reconhecidos para fazer um Plano Nacional da Defesa da Floresta contra Incêndios, com muita prevenção prevista e centrada no problema da gestão do território, a montante do combate.

Um território bem ordenado é um bem comum que interessa aos comuns, era a justificação central para a colecta de recursos.

Depois de garantido o apoio político para a revolução na gestão do problema apoiou a aliança entre protecção civil e poder autárquico na luta pelos recursos existentes e a captar, deixando os reais donos do problema, isto é, os gestores do território, essencialmente na mesma. Uma luta diária que deixou uma escola muito enraizada na protecção civil, prolongando-se muito depois da saída do ministro que vergou o então ministro da Agricultura nas opções sobre fogos florestais e destruiu por completo o Plano Nacional de Defesa das Florestas contra Incêndios. Veja-se o recente despacho N.º 9473/2016 de 25 Julho: o tal Fundo Florestal Permanente, o que iria financiar a prestação de serviços ambientais que o mercado não remunera, como a limpeza de matos pelo pastoreio, transfere para a GNR 3,6 milhões de euros para pagar a vigilantes.

O Estado reconhece que na base do problema dos fogos está uma falha de mercado (que não remunera os serviços ambientais prestados no âmbito de actividades económicas pouco competitivas), o Estado decide colectar coercivamente recursos para remunerar adequadamente os serviços prestados pelos donos e gestores do território e do problema e, quando tudo isso está feito, desvia os recursos para se financiar a si próprio.

Primeiro, mansamente, autarquias locais e centros de investigação e, progressivamente, chegando ao coração do Estado: as forças de segurança.

O custo do dispositivo de combate aos fogos passou de 30 milhões anuais para 100 milhões anuais, mas os resultados são, essencialmente os mesmos – embora obtidos com muito mais estilo – porque os donos do problema continuam sem meios para o resolver e porque o dinheiro atirado para cima do problema serviu, nos anos menos maus, para disfarçar a loucura de querer gerir fogos florestais com água e a partir do ar.

(...)
Fonte: https://www.publico.pt/sociedade/noticia/agarreime-a-carteira-1740946

Cumprimentos,
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Lightning

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Re: Fogos Florestais
« Responder #298 em: Agosto 11, 2016, 01:50:20 am »
Esse senhor também esteve a falar na SIC Noticias.

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2016-08-10-Fundo-Florestal-Permanente-nao-pode-servir-para-financiar-a-GNR


Enquanto muita coisa não mudar andamos neste ciclo vicioso, tal como ele diz dá mais impacto ver helicópteros e equipas XPTO do GIPS e FEB, com resultados a curto prazo, do que gastar dinheiro no ordenamento e limpeza da floresta, mas alguns destes incêndios são dantescos, até podiam ter o dobro dos bombeiros que não ia fazer diferença. A Protecção Civil está a tornar-se um monstro, cada vez quer mais meios, mais orçamento.

Ninguém quer saber da prevenção, isso não é "fixe", é como nas policias, cada vez há menos policiamento de proximidade, e cada vez há mais unidades especiais disto e daquilo.
« Última modificação: Agosto 11, 2016, 01:52:53 am por Lightning »
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #299 em: Agosto 12, 2016, 11:54:30 am »
Vão chegar esta noite a Portugal 5 Canadair de Espanha, Itália e Marrocos, para combaterem os fogos já ao início de amanhã!!!!!

As tais aeronaves que não são compradas pelo estado Português, porque não se adequam ao nosso terreno/orografia, para combater os FF ???
Mesmo muito engraçado, andamos a tapar o Sol com uma peneira é o que é, e, enquanto isso os nossso Bombeiros arriscam as suas vidas por esta cambada de incompetentes  !!!
Os (In)decisores políticos devem pensar que somos parvos e acreditamos na canção do bandido !!
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!