Estão a esquecer um interveniente muito poderoso e que ainda não falaram nele sequer. Referiram o poder central (políticos que nos governam), mas esqueceram o poder local, muito, mas muito poderoso. Não é qualquer Ministro que se pode dar ao luxo de dizer "NÃO" a um Presidente da Câmara que lhe bata à porta em Lisboa.
O poder local ganha eleições se controlar as maiores instituições do seu Concelho, a começar pelos seus funcionários, pelas empresas municipais, pelas escolas públicas locais (o Conselho Geral tem uma grande componente de participantes do Município, como Bombeiros, funcionários da escola, professores, representantes dos alunos, CLDS local, etc, etc... um Presidente de Câmara astuto, consegue controlar este Conselho que por sua vez nomeia o Director da Escola), Santas Casas (basta ver quem faz parte da Direcção), Instituições Públicas no local (não esquecer que as pessoas moram nos locais e são influenciáveis), ..... e depois temos as Associações de Bombeiros Voluntários, onde a Direcção é quase sempre da cor política predominante e que por sua vez, esta Direcção vai escolher os elementos do Comando de Bombeiros. Vejam e confiram lá os locais onde é guerras dentro dos Bombeiros Voluntários, não coincide com mudanças da cor política no Município!!!
Aliás, não é por acaso que o Presidente das Associações de Bombeiros é um ex-autarca.........
Ora, fazendo as Associações Voluntárias parte da máquina partidária local, acham mesmo que os incêndios podem ser dirigidos centralmente e passando por cima do poder local?.....
Há sempre uma guerra quando é para escolher os Municípios que vão ter um helicóptero de combate aos incêndios, ou novas ambulâncias, ou novos carros de combate aos incêndios equipados sempre nas mesmas empresas, etc, etc......