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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: SSK em Julho 11, 2007, 07:25:46 pm

Título: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: SSK em Julho 11, 2007, 07:25:46 pm
Para o nosso amigo Hugo não dizer que somos um zero à esquerda

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Solução informática portuguesa exportada para hospitais do Médio Oriente e Norte de África
 
O grupo Alert, que integra a empresa portuguesa responsável pela criação de uma solução informática que permite eliminar o papel no funcionamento interno dos hospitais, vai exportar os seus produtos para o Médio Oriente e Norte de África.
 


De acordo com uma nota distribuída hoje pela empresa, o `software` denominado ALERT Paper Free Hospital (PFH), integralmente desenvolvido em Portugal e que está já a ser usado em mais de metade das urgências portuguesas, poderá agora ser distribuído em 24 países da Europa, América do Norte, Médio Oriente, Ásia e Norte de África.

Isto depois de o Grupo Alert, liderado pela empresa portuguesa Alert Life Sciences Computing, ter assinado um contrato com a empresa Xeca, com sede na Arábia Saudita, para a distribuição dos seus produtos em 12 países do Médio Oriente e Norte de Africa, explicou a empresa.

O acordo vai permitir a distribuição dos produtos Alert nos países do Conselho de Cooperação do Golfo - Arábia Saudita, Kuwait, Qatar, Omã, Bahrein e Emiratos Árabes Unidos - além da Jordânia, Líbano, Egipto, Marrocos, Tunísia e Turquia, adiantou a nota.

O principal produto do Grupo, o ALERT PFH, é uma solução para a informatização de instituições de saúde, nomeadamente hospitais, centros de saúde e clínicas privadas.

Com este instrumento, os dados clínicos dos pacientes são registados digitalmente em tempo real, eliminando a utilização do papel.

Por outro lado, o ALERT PFH facilita a gestão dos recursos humanos e técnicos disponíveis e estabelece uma interligação entre os vários intervenientes no processo ou até entre diferentes instituições.

O ALERT foi criada pelo médico e investigador Jorge Guimarães, vencedor do Prémio Bial de Medicina em 1998.

No início do ano, a MNI alterou a sua designação para ALERT Life Sciences Computing e tornou-se a empresa mãe de um grupo que integra empresas nos EUA, Espanha e Portugal e possui distribuidores em vários países da Ásia e da Europa.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2007-07-11 18:35:04
Título:
Enviado por: Lancero em Julho 11, 2007, 07:28:13 pm
Informática é 0 (zeros) e 1 (uns).
Ele aqui é capaz de ter alguma razão. Há muitos zeros  :mrgreen:
Título:
Enviado por: SSK em Julho 11, 2007, 07:29:19 pm
Desse ponto de vista :lol:  :lol:
Título:
Enviado por: André em Julho 11, 2007, 07:51:19 pm
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PORTUGUÊS NOMEADO PARA COORDENADOR DO ANO DA ASTRONOMIA

O astrofísico português Pedro Russo vai ser o coordenador do Ano Internacional de Astronomia, que se realiza em 2009, tendo sido seleccionado entre candidatos de todo o mundo, informou hoje a Sociedade Portuguesa de Astronomia (SPA).
Esta nomeação, pela União Astronómica Internacional, «constitui um marco histórico na crescente importância que a Astronomia e Astrofísica portuguesas têm a nível internacional», salienta a SPA num comunicado.

«Trata-se de um momento importante de afirmação internacional da Astronomia Portuguesa, que agora vê reforçada a sua posição», acrescenta este organismo.

O cientista português (do Instituto Max Planck para a Investigação no Sistema Solar, Alemanha, e do Centro Multimeios de Espinho) tem vindo a desenvolver o seu trabalho na Alemanha utilizando dados da missão espacial Vénus Express, uma missão da Agência Espacial Europeia, que está a estudar em detalhe a atmosfera daquele planeta.

Pedro Russo tem vindo também a integrar diferentes projectos internacionais na área da comunicação e educação em Astronomia, nomeadamente na Rede Europeia de Ciências Planetárias (Europlanet) e na Comissão 55: Comunicar Astronomia com o Público, da União Astronómica Internacional.

O Ano Internacional da Astronomia é uma iniciativa que está ser promovida a nível mundial pela União Astronómica Internacional com o apoio da UNESCO, e pretende celebrar a astronomia e a sua contribuição para a sociedade e para a cultura, estimulando o interesse a nível mundial não só pela astronomia, mas pela ciência em geral, com particular incidência nos jovens.

No Ano Internacional da Astronomia, que terá como principal evento a celebração dos 400 anos da primeira utilização do telescópio para observações astronómicas por Galileu, estão para já envolvidos 192 países.


 :Palmas:
Título:
Enviado por: André em Julho 12, 2007, 02:34:34 pm
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EUA: Bush inaugura sala de imprensa com cadeiras portuguesas

O presidente norte-americano, George W. Bush, inaugurou hoje a nova sala de imprensa da Casa Branca para enfrentar os desafios mediáticos do século XXI na qual se destacam as cadeiras concebidas pelo arquitecto português Filipe Oliveira Dias.
«Bem-vindos de volta à Ala Oeste. Sentimos a vossa falta (...) mais ou menos», declarou Bush entre risos, aos correspondentes da Casa Branca numa breve cerimónia em que cortou o laço que simbolicamente mantinha encerrada a sala, em obras durante o último ano.

A imprensa trabalhou durante todo este tempo numa área provisória do outro lado da Avenida Pensilvânia, enquanto se remodelava uma sala de imprensa que já tinha 37 anos e aparentava o dobro.

Bush parecia mais impressionado com um potente sistema de ar condicionado, essencial para trabalhar em «condições modernas».

«Condições em que um tipo como eu se sinta cómodo, respondendo a uma série de perguntas sem perder dez quilos devido ao calor«, explicou Bush.

Entre as inovações mais elogiadas como »luxuosas« pelos pouco jornalistas presentes- a Casa Branca reservou espaço na cerimónia também para funcionários e empreiteiros - figuravam as cadeiras, fabricadas pela empresa catalã Figueras mas concebidas pelo arquitecto português Filipe Oliveira Dias.

«São super cómodas. Só lhes falta que se mexam um pouco para parecer que estamos num balneário», comentou um jornalista estrangeiro, que assiste a todas as conferências de imprensa da Casa Branca.

As cadeiras, totalmente ergonómicas e de grande capacidade acústica, segundo a empresa, contam com o desenho do arquitecto português Filipe Oliveira Dias.

O espaldar é de madeira e o assento em si de pele natural, na cor azul clássica da Casa Branca.

A cadeira de teatro «Flame», escolhida para equipar a Sala de Imprensa da Casa Branca em Washington D.C. é inspirada numa harpa e, segundo Filipe Oliveira Dias, «notavelmente cómoda», além de ser «esteticamente muito bela», «excepcionalmente robusta e durável» e «resistente a nódoas».

O arquitecto portuense comentou em Maio à agência Lusa que esta escolha «não é muito importante», a nível monetário, pois o preço está fixado e recebe à quantidade.

Ao invés, Oliveira Dias realça que «a referência (da escolha da Casa Branca) ajuda a passar a palavra» e, como tal, é «muito importante».

Construída em Barcelona pela Figueras International Seating, a cadeira pode ser experimentada em Portugal nos Teatros Municipal de Vila Real (Bragança) e Helena Sá e Costa (Porto), bem como no Auditório Cálem (Vila Nova de Gaia).

Com obra feita em cerca de oitenta países, Filipe Oliveira Dias nasceu em 1963 na cidade do Porto, onde se licenciou na Escola Superior Artística em 1989.

No estrangeiro, o arquitecto verá em breve executadas obras como o Teatro Martí, em Havana (Cuba), o Novo Palácio de Congressos de Marraquexe e o Palácio de Congressos de Tanger, ambos em Marrocos.


 :Palmas:  :G-Ok:
Título:
Enviado por: André em Julho 17, 2007, 05:02:37 pm
Português preside a consórcio europeu do reactor de fusão nuclear

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Carlos Varandas, professor Catedrático do Instituto Superior Técnico, foi hoje nomeado presidente do Conselho de Administração do consórcio europeu para o projecto ITER, a maior experiência mundial de fusão nuclear.

A nomeação, por unanimidade, foi feita hoje em Barcelona numa reunião do Conselho de Administração da Empresa Comum Europeia para o Projecto Mundial ITER (EJU, European Joint Undertaking), cuja criação foi decidida pelo Conselho Europeu em Abril, destinando para o efeito 9,6 mil milhões de euros.

Carlos Varandas presidirá a participação europeia na construção do primeiro reactor experimental de fusão nuclear, deixando assim a presidência do Centro de Fusão Nuclear - Laboratório Associado da Fundação de Ciência e Tecnologia, cargo que assumia até agora.

Nesta reunião foi também eleito Didier Gambier, actual Presidente da Unidade «Joint Development of Fusion» da Comissão Europeia, para o cargo de Director do «Joint Undertaking».

O ITER (Reactor Termonuclear Experimental Internacional), com sede em França, é um projecto de mais de 12 mil milhões de euros que agrega sete parceiros (União Europeia, Estados Unidos, China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Rússia) e será a maior experiência mundial de fusão nuclear.

Este projecto visa demonstrar cientifica e tecnicamente a viabilidade da energia de fusão e testar a operação simultânea das tecnologias necessárias para a operação de um reactor de fusão nuclear.

Os sete parceiros acordaram na constituição de «Agências Domésticas» para as contribuições de outros Estados para o Projecto, tendo o CE definido agora a «Agência Doméstica Europeia», criada à luz do tratado EURATOM por um período de 35 anos, com um orçamento global de 9.653 milhões de euros e sede em Barcelona.

O consórcio europeu permitirá a contribuição do EURATOM para o Projecto ITER e, conjuntamente com o Japão, para as actividades de aproximação para a rápida realização da energia de fusão, além de preparar e coordenar o programa de actividades em preparação para a construção do reactor de fusão de demonstração e respectivas infraestruturas.

Portugal, através do Centro de Fusão Nuclear - Laboratório Associado (CFN), participa activamente no acordo ITER através do Contrato de Associação EURATOM/IST e do EFDA.

O CFN, em parceria com o Centro de Física de Plasmas do IST, possui o estatuto de Laboratório Associado da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), desde 1 de Janeiro de 2002.
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Enviado por: André em Julho 18, 2007, 02:36:07 pm
Portugal foi o país mediterrânico que mais evoluiu em TI em 2006

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Mais de 20 milhões de europeus «descobriram» a Internet em 2006, com Portugal a destacar-se com um crescimento superior a 200%, um dos indicadores que o apontam como o país mediterrânico que mais evoluiu nas Tecnologias da Informação (TI).

«Dentro dos países europeus há que destacar o importante desenvolvimento de Portugal neste último ano, superior a 200%, que lhe permitiu alcançar uma taxa de penetração que supera países europeus como a Dinamarca e Luxemburgo», refere o último estudo da Fundação Orange, que apesar de se destinar a avaliar a situação em Espanha faz um balanço do sector das tecnologias da Informação na Europa e no Mundo.

O relatório, apresentado a poucos dias da reunião informal de Ministros da Competitividade (Ciência), que decorrerá quinta e sexta-feira em Lisboa, indica que graças aos 22 milhões de novos usuários da Internet que surgiram no ano passado na Europa, no ínicio deste ano 312,7 milhões de europeus já tinham acesso àquela tecnologia.

De acordo com o documento realizado pela fundação do Grupo France Telecom, Portugal foi o país mediterrânico «onde se notou um avanço considerável na maioria dos indicadores», ao passo que Itália e Espanha «ainda têm um longo caminho a percorrer para alcançar a convergência com os países mais avançados da região».

O estudo indica, citando dados do site Internet World Stats, que Portugal registou no ano passado uma taxa de penetração de Internet (percentagem da população que usa Internet) de 73,8%, ou seja que mais de 7,7 milhões de utilizadores usam este recurso.

Este valor no entanto é muito superior aos mais recentes dados sobre utilização de Internet em Portugal divulgados pela União Europeia ou revelados por inquéritos de utilização feitos junto da população portuguesa.

Em Março, a UE indicava que a percentagem de utilizadores de Internet em Portugal em 2006 era de 31,4%, enquanto o mais recente inquérito Bareme Internet, também relativo ao ano passado, contabilizava 3,622 milhões de indivíduos utilizadores regulares, um valor que representa 43,6% do universo composto pelos residentes em Portugal Continental com mais de 15 anos.

Por outro lado, diz o estudo da Fundação Orange, se no ano passado Portugal se situava abaixo da média tanto em serviços ao cidadão como a empresas, este ano já se encontra ao nível da Irlanda, Finlândia, França, Áustria, Suécia e Dinamarca.

Entre os indicadores positivos surge a crescente importância da língua portuguesa na internet: «o português começa a despontar, em parte graças ao papel dos brasileiros», refere o estudo lembrando que «o inglês continua a ser o idioma mais forte, com mais de 327 milhões de usuários».

Mas continuam a existir itens em que Portugal continua a permanecer no final da lista, como por exemplo quando se analisa o número de empresas que criaram páginas web.

«A nível internacional, mais de duas em cada três empresas da União Europeia com acesso à Internet dispõem de página web», com a Suécia e a Dinamarca nas posições líderes da UE. Em Portugal, apenas 45% das empresas aderiu a esta forma de comunicação.

Também no que toca à percentagem de indivíduos que realizaram cursos de informática no ano passado, Portugal fica no fim da tabela dos países europeus, com apenas 8% dos portugueses a frequentarem cursos de formação.

Curiosa é a elevada percentagem de lusos que usaram a net para pesquisar questões relacionadas com saúde: 39%, dois pontos percentuais acima da média europeia, onde se situam apenas nove países.

Também a procura de emprego online coloca os portugueses ao lado dos austríacos, com 14% do total da população a tentar arranjar trabalho através deste meio. Apenas a França, Chipre, Irlanda e Republica Checa ficam abaixo de Portugal.

O que ainda não parece ter convencido os portugueses foram as compras online, já que este ano apenas 1,96% dos usuários aderiu a esta forma de adquirir bens. Pouco mais de 300 euros é o que gastam em média os portugueses que decidem fazer compras em frente ao computador.

Outro dos items analisado no relatório tem a ver com as patentes na área das tecnologias de informação e comunicação (TIC) que, segundo a Fundação Orange, «podem ser um bom indicador da inovação».

«A União Europeia gera uma percentagem de patentes similar aos Estados Unidos e acima do Japão, mas existe uma grande assimetria na contribuição dos diferentes países, sendo os países tradicionalmente mais evoluídos como a Alemanha, o Reino Unido e a França os maiores criadores de patentes», refere o documento.

Dos países analisados, os Estados Unidos, Estónia, Finlândia, Holanda, Irlanda, Japão e Lituania são os mais especializados em patentes TIC, sendo que Espanha, Itália, Portugal e República Checa aparecem no fim da lista. Portugal surge neste ranking com uma simbólica contribuição de 0,02%.

A forte implementação do telemóvel em detrimento do telefone fixo também é estudada neste relatório, que aponta 2006 como o ano em que o telemóvel se consolidou frente ao fixo e também o ano de arranque da Terceira Geração (3G), que veio abrir novas possibilidades, como a oferta de serviços e conteúdos de Internet.

«Nos países menos desenvolvidos o telemóvel foi, de todas as TIC, a que mais contribuiu para a diminuição da brecha digital, representando uma via de acesso importante à Sociedade de Informação», afirma a Fundação.

A Fundação Orange tem por «objectivo contribuir para o desenvolvimento da Sociedade de Informação em Espanha, em beneficio dos cidadãos, empresas e instituições,(...) publicando estudos, relatórios e livros sobre os diferentes aspectos de desenvolvimento da Sociedade de Informação», refere o site oficial desta instituição do Grupo France Telecom.
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Enviado por: SSK em Agosto 01, 2007, 08:17:48 pm
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Português lidera consórcio europeu de fusão nuclear

O português Carlos Varandas, professor catedrático e investigador do Instituto Superior Técnico, foi escolhido recentemente para presidir ao Conselho de Administração do consórcio europeu para o projecto ITER, a maior experiência de fusão nuclear a nível mundial.

O professor catedrático, que, antes de ser indicado para este cargo, presidia o Laboratório Associado do Centro de Fusão Nuclear, afirmou que esta nomeação é motivo de contentamento, uma vez que traz “prestigio ao País e também algumas vantagens em termos de contratos”.

O ITER visa a construção de um reactor de fusão em França, com o objectivo de demonstrar cientifica e tecnicamente a viabilidade da energia de fusão, bem como testar a operação simultânea das tecnologias necessárias para a operação de um reactor nuclear de fusão. Os cientístas esperam provar aplicabilidade da fusão nuclear como fonte de energia limpa, segura e economicamente atractiva.

O projecto ITER integra sete parceiros: União Europeia, EUA, China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Rússia, e está orçado em mais de 12 mil milhões de euros.
2007/07/31
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Enviado por: André em Agosto 03, 2007, 08:18:51 pm
Joalheiros portugueses na maior mostra de jóias

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Seis joalheiros portugueses estiveram representados este ano no JA New York Show, uma mostra de joalharia que decorreu de 29 de Julho a 1 de Agosto, no Javits Center de Manhattan, Nova Iorque.

Esta é uma das mostras de jóias mais importantes dos Estados Unidos, juntando joalheiros, fabricantes, designers e vendedores um pouco de todo o mundo.

Portugal foi representado pelos fabricantes de jóias e ourivesarias Américo Barbosa, Auresousa Ourivesaria, Cadouro, Grupo Neves, Fernando Rocha Joalheiros, Marques & Gomes e Styliano & Ribeiro.
Segundo o ICEP de Nova Iorque, estes joalheiros mostraram no JA New York Show "o melhor da tradição portuguesa aliada ao moderno design que faz as jóias portuguesas apreciadas em todo o mundo".

Portugal tem uma tradição nesta arte que remonta aos terceiro milénio antes de Jesus Cristo, quando começaram a ser exploradas as então abundantes jazidas de ouro existentes no território.
Os joalheiros portugueses ocuparam as bancas 3173 a 3179 no Javits Convenction Center, na Rua 34, em West de Manhattan.
A mostra deste ano incluiu mais de 1.900 expositores de todo o mundo e atraindo perto de 15 mil visitantes, segundo a organização.
Esta é considerada não só uma das mostras de joalharia mais importantes dos Estados Unidos, como de todo o mundo, pois é em Manhattan que se situa o chamado "Diamond District", o local onde se situam as mais conhecidas e prestigiadas lojas de jóias e diamantes.
Título:
Enviado por: SSK em Agosto 07, 2007, 10:25:56 pm
Desastre no Espaço?

No sector Espacial, como em qualquer sector que envolva investimento público, não podem existir empregos em “part-time”, nem amadorismos…a gestão dos dinheiros públicos e a representação externa de Portugal, num sector que é fortemente concorrencial e onde a lógica empresarial é dominante, deve ser encarada e executada com rigor e conhecimento de causa, por pessoas com vivência empresarial.

No contexto da “reestruturação” do GRICES (Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e Ensino Superior) esses princípios devem ser acautelados de forma a garantir a continuidade do conseguido até agora. Infelizmente, com o Sr. Ministro da Ciência de costas voltadas para os legítimos representantes das empresas, só por escrito público é que se lhe consegue fazer chegar o sentir da Industria.

É fundamental que quer a estrutura, quer o trabalho desenvolvidos no seio do extinto GRICES, cujos esforços empreendidos permitiram resultados muitíssimo importantes para o desenvolvimento do sector espacial nacional, sejam finalmente formalizados e reconhecidos pelo Estado Português. Ao longo dos últimos anos, pese embora a falta de recursos humanos, os interesses nacionais foram defendidos com transparência e profissionalismo junto dos Comités decisores da ESA, e foram criadas as condições para que empresas e institutos nacionais pudessem comunicar ao Governo as suas prioridades e estratégias, à semelhança do que é feito, com êxito, nos outros Estados Membros da Agência Espacial Europeia.

É em Portugal que se desenvolvem partes críticas do sistema GALILEO e é em Portugal que se estudam os futuros ‘pilotos automáticos’ para missões a Marte.

Uma vez que resultou, dever-se-ia implementar o mesmo sistema de gestão que aqueles países adoptaram, aproveitando os recursos e métodos que entre nós já deram provas de sucesso, de maneira a articular as orientações políticas de desenvolvimento espacial e as perspectivas dos agentes nacionais. São tarefas que implicam um conhecimento profundo do sector a nível europeu e a nível nacional, não apenas no plano académico mas fundamentalmente no plano empresarial e que exigem tempo, dedicação, transparência e imparcialidade, podendo apenas ser desempenhadas por profissionais integrados numa estrutura que dialogue transversalmente com as várias instituições do Estado. A sensibilidade do governo actual para esta temática ficou demonstrada na Conferência Ministerial da ESA, em Dezembro de 2005, em Berlim, onde Portugal duplicou o investimento nacional na Agência, subscrevendo 31.5M€ em programas opcionais até ao ano 2012, estimando-se assim que o volume de contratos no sector duplique, ou até mesmo triplique, nos próximos anos, acontecendo o mesmo com a contratação de pessoal na área. Esta duplicação do esforço financeiro representou um voto de confiança, por parte da Administração Pública Portuguesa, na capacidade de desenvolvimento dos agentes nacionais, tendo ido ao encontro das expectativas e competências das empresas e institutos que operam no sector Espacial.

Mas estes factores, juntamente com a natureza institucional do mercado espacial, obrigam a uma gestão cuidada e profissional dos investimentos públicos. É urgente que se torne clara a evolução pretendida no domínio da gestão institucional da participação de Portugal no sector espacial, sob pena de não conseguirmos o retorno científico e industrial desejado.

O Espaço é um dos sectores tecnológicos mais exigentes, onde o sucesso implica excelência, profissionalismo, persistência e método. Portugal aderiu à Agência Espacial Europeia (ESA) em Dezembro de 2000 e, passados apenas 7 anos, o sector emprega já cerca de 200 pessoas em dedicação exclusiva, sendo a maior parte mestres e doutores em ciências exactas, distribuídos por 40 empresas e instituições nacionais. E hoje, por exemplo, é em Portugal que se desenvolvem partes críticas do sistema GALILEO e é em Portugal que se estudam os futuros ‘pilotos automáticos’ para missões a Marte.

Numa época em que o Governo apela à inovação e em que o Espaço faz parte das prioridades da Presidência Portuguesa da União Europeia, seja com o Programa GALILEO seja com a realização da conferência GMEs, é importante não cometer erros relativamente à participação nacional nos programas espaciais europeus e à gestão pública dos investimentos feitos nesta área, que correm o risco de serem desperdiçados.
2007/08/07

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.xmp.com.pt%2Fespacialnews%2Fcontent%2Fimages%2F39e8c2c6b2292e70fd6fb818f7d9ad4f.jpg&hash=15ff5540b96341eb2e0ca059bb0c635e)
António Neto da Silva, Presidente da Proespaço
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Enviado por: André em Agosto 09, 2007, 05:48:10 pm
Paleontólogo português segue o rasto do verdadeiro Indiana Jones

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O paleontólogo Octávio Mateus estará a partir do dia 20 no deserto de Gobi, na Mongólia, e vai tornar-se o primeiro português a seguir as pistas de Roy Chapman Andrews, tido como o verdadeiro Indiana Jones.

Integrado numa equipa de 15 especialistas norte-americanos, japoneses, sul-coreanos, canadianos e mongóis, o investigador do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa será o único representante europeu na missão que vai durar 34 dias.

Depois de ter participado em várias expedições em África, Laos, Cambodja, Brasil ou Estados Unidos, o investigador desloca-se pela primeira vez à Mongólia, um dos cinco «Grandes» países quanto à existência de fósseis de dinossauros. Este top é ainda composto pelos Estados Unidos da América, Argentina, China e Canadá.

A Mongólia é uma das áreas mais ricas do mundo em vestígios de dinossauros do Cretácico, período que terminou há aproximadamente 65 milhões de anos, mas em comparação com o período Jurássico, com cerca de 150 milhões de anos, fica atrás de Portugal.

«Queremos encontrar novos esqueletos de espécies conhecidas, mas melhor seria encontrar uma nova espécie. Tenho esperança em encontrar um esqueleto relativamente completo e uma novidade, mas é sempre promissor trabalhar num deserto muito rico em fósseis», disse Octávio Mateus à agência Lusa. No local onde foi descoberto o velociráptor, também conhecido como ladrão veloz e uma das «estrelas» do livro e filme Parque Jurássico, o português indica como exemplo de descoberta interessante um carnívoro.

O convite para a expedição ao deserto de Gobi - onde a temperatura média anual é de -2,5 graus a +2,8 graus e os valores extremos chegaram a 38 e -43 graus numa região e 33,9 e -47°graus numa outra - aconteceu devido à colaboração de alguns anos do investigador português com a Universidade Metodista do Sul, localizada em Dallas (Texas, Estados Unidos).

«Esta é uma oportunidade de vida que tinha de aceitar. Também será uma honra apoiar um país como a Mongólia, assim como será uma aventura estar num local muito difícil de trabalhar», resumiu o paleontólogo, que já participou na identificação de sete novas espécies.

Para explicar a sua paixão por dinossauros, este português socorre-se de um provérbio que envolve outro tipo de animal: «filho de peixe sabe nadar».

A sua família está desde sempre ligada ao Museu da Lourinhã e o gosto pelos assuntos de história natural levaram-no, há pelo menos 20 anos, a integrar escavações e a seguir a carreira profissional de paleontólogo.

Quanto ao «verdadeiro» Indiana Jones, Roy Chapman Andrews, foi investigador do Museu de História Natural de Nova Iorque, onde começou em 1906 como varredor e assistente no departamento de taxidermia. Em 1934 chegou a director da instituição.

O investigador ficou conhecido com as expedições que levou a cabo no deserto de Gobi, entre 1922 e 1930, onde descobriu por exemplo os primeiros ninhos de ovos de dinossauros.

O paleontólogo Octávio Mateus estará a partir do dia 20 no deserto de Gobi, na Mongólia, e vai tornar-se o primeiro português a seguir as pistas de Roy Chapman Andrews, tido como o verdadeiro Indiana Jones.

Integrado numa equipa de 15 especialistas norte-americanos, japoneses, sul-coreanos, canadianos e mongóis, o investigador do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa será o único representante europeu na missão que vai durar 34 dias.

Depois de ter participado em várias expedições em África, Laos, Cambodja, Brasil ou Estados Unidos, o investigador desloca-se pela primeira vez à Mongólia, um dos cinco «Grandes» países quanto à existência de fósseis de dinossauros. Este top é ainda composto pelos Estados Unidos, Argentina, China e Canadá.

A Mongólia é uma das áreas mais ricas do mundo em vestígios de dinossauros do Cretácico, período que terminou há aproximadamente 65 milhões de anos, mas em comparação com o período Jurássico, com cerca de 150 milhões de anos, fica atrás de Portugal.

«Queremos encontrar novos esqueletos de espécies conhecidas, mas melhor seria encontrar uma nova espécie. Tenho esperança em encontrar um esqueleto relativamente completo e uma novidade, mas é sempre promissor trabalhar num deserto muito rico em fósseis», disse Octávio Mateus à agência Lusa. No local onde foi descoberto o velociráptor, também conhecido como ladrão veloz e uma das «estrelas» do livro e filme Parque Jurássico, o português indica como exemplo de descoberta interessante um carnívoro.

O convite para a expedição ao deserto de Gobi - onde a temperatura média anual é de -2,5 graus a +2,8 graus e os valores extremos chegaram a 38 e -43 graus numa região e 33,9 e -47°graus numa outra - aconteceu devido à colaboração de alguns anos do investigador português com a Universidade Metodista do Sul, localizada em Dallas (Texas, Estados Unidos).

«Esta é uma oportunidade de vida que tinha de aceitar. Também será uma honra apoiar um país como a Mongólia, assim como será uma aventura estar num local muito difícil de trabalhar», resumiu o paleontólogo, que já participou na identificação de sete novas espécies.

Para explicar a sua paixão por dinossauros, este português socorre-se de um provérbio que envolve outro tipo de animal: «filho de peixe sabe nadar».

A sua família está desde sempre ligada ao Museu da Lourinhã e o gosto pelos assuntos de história natural levaram-no, há pelo menos 20 anos, a integrar escavações e a seguir a carreira profissional de paleontólogo.

Quanto ao «verdadeiro» Indiana Jones, Roy Chapman Andrews, foi investigador do Museu de História Natural de Nova Iorque, onde começou em 1906 como varredor e assistente no departamento de taxidermia. Em 1934 chegou a director da instituição.

O investigador ficou conhecido com as expedições que levou a cabo no deserto de Gobi, entre 1922 e 1930, onde descobriu por exemplo os primeiros ninhos de ovos de dinossauros.

Lusa/SOLO paleontólogo Octávio Mateus estará a partir do dia 20 no deserto de Gobi, na Mongólia, e vai tornar-se o primeiro português a seguir as pistas de Roy Chapman Andrews, tido como o verdadeiro Indiana Jones.

Integrado numa equipa de 15 especialistas norte-americanos, japoneses, sul-coreanos, canadianos e mongóis, o investigador do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa será o único representante europeu na missão que vai durar 34 dias.

Depois de ter participado em várias expedições em África, Laos, Cambodja, Brasil ou Estados Unidos, o investigador desloca-se pela primeira vez à Mongólia, um dos cinco «Grandes» países quanto à existência de fósseis de dinossauros. Este top é ainda composto pelos Estados Unidos, Argentina, China e Canadá.

A Mongólia é uma das áreas mais ricas do mundo em vestígios de dinossauros do Cretácico, período que terminou há aproximadamente 65 milhões de anos, mas em comparação com o período Jurássico, com cerca de 150 milhões de anos, fica atrás de Portugal.

«Queremos encontrar novos esqueletos de espécies conhecidas, mas melhor seria encontrar uma nova espécie. Tenho esperança em encontrar um esqueleto relativamente completo e uma novidade, mas é sempre promissor trabalhar num deserto muito rico em fósseis», disse Octávio Mateus à agência Lusa. No local onde foi descoberto o velociráptor, também conhecido como ladrão veloz e uma das «estrelas» do livro e filme Parque Jurássico, o português indica como exemplo de descoberta interessante um carnívoro.

O convite para a expedição ao deserto de Gobi - onde a temperatura média anual é de -2,5 graus a +2,8 graus e os valores extremos chegaram a 38 e -43 graus numa região e 33,9 e -47°graus numa outra - aconteceu devido à colaboração de alguns anos do investigador português com a Universidade Metodista do Sul, localizada em Dallas (Texas, Estados Unidos).

«Esta é uma oportunidade de vida que tinha de aceitar. Também será uma honra apoiar um país como a Mongólia, assim como será uma aventura estar num local muito difícil de trabalhar», resumiu o paleontólogo, que já participou na identificação de sete novas espécies.

Para explicar a sua paixão por dinossauros, este português socorre-se de um provérbio que envolve outro tipo de animal: «filho de peixe sabe nadar».

A sua família está desde sempre ligada ao Museu da Lourinhã e o gosto pelos assuntos de história natural levaram-no, há pelo menos 20 anos, a integrar escavações e a seguir a carreira profissional de paleontólogo.

Quanto ao «verdadeiro» Indiana Jones, Roy Chapman Andrews, foi investigador do Museu de História Natural de Nova Iorque, onde começou em 1906 como varredor e assistente no departamento de taxidermia. Em 1934 chegou a director da instituição.

O investigador ficou conhecido com as expedições que levou a cabo no deserto de Gobi, entre 1922 e 1930, onde descobriu por exemplo os primeiros ninhos de ovos de dinossauros.

Lusa/SOL


 :Palmas:  :Palmas:
Título: N: «Estudo português revolucionário»
Enviado por: Get_It em Agosto 09, 2007, 09:11:40 pm
Investigação portuguesa:
Citação de: "SIC Online"
Estudo português revolucionário
As bactérias adaptam-se mil vezes mais rapidamente do que até agora se admitia, uma descoberta de quatro investigadoras portuguesas que poderá ter impacto na saúde pública por medir a capacidade de resistência a tratamentos e antibióticos.

Totalmente financiado e realizado em Portugal, o estudo, que será publicado esta sexta-feira na revista Science, utilizou uma técnica para identificar as mutações das bactérias que lhes conferem vantagens em termos da capacidade de resistência, concluindo que estes organismos "têm um potencial adaptativo extraordinariamente elevado".

Isabel Gordo, umas das quatro investigadoras do Instituto Gulbenkian de Ciência, explicou que as bactérias "adaptam-se muito mais rapidamente do que até agora era admitido".

"Pensava-se que tinham uma capacidade de adaptação mil vezes inferior ao que observámos. Este estudo é um contributo substancial para a compreensão de um problema central na teoria da evolução", afirmou.

De acordo com a investigadora, as conclusões desta pesquisa "têm implicações importantes ao nível da saúde pública, nomeadamente na resistência a antibióticos e medicamentos".

"Seriam precisos cerca de vinte mil anos para tirar conclusões de um processo semelhante na espécie humana, já que o estudo analisou mil gerações de bactérias e, em humanos, cerca de 20 anos separam cada geração", explicou.

Este é o primeiro trabalho da investigadora que será publicado na revista Science, motivo de enorme satisfação e orgulho para Isabel Gordo, bem como para as três colegas que consigo trabalharam neste projecto.

"A Science é tudo o que um investigador pode querer no seu currículo", afirmou.

Esta é a quinta publicação do Instituto Gulbenkian de Ciência na Science e nas revistas do grupo Nature, só em 2007.

09-08-2007 20:57
fonte: http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/20070809+-+Estudo+portugues+revolucionario.htm


Cumprimentos,
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Enviado por: André em Agosto 10, 2007, 07:40:52 pm
Equipa portuguesa apresenta robot de apoio em edifícios numa situação de catástrofe

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Um robot que sobe e desce escadas e se desloca autonomamente em edifícios em ruínas vai ser apresentado por equipa portuguesa, numa demonstração que se realiza para a semana na Suiça.

O 'Raposa' pesa 27 quilos, tem quase meio metro de comprimento e desloca consigo uma panóplia de tecnologia que inclui câmara de filmar, outra câmara térmica para revelar temperaturas, sensores de gases perigosos e um microfone.

É à prova de água, pode ser operado a partir de um computador portátil a cerca de 100 metros - distância que pode ser aumentada - com recurso a um joy-stick e a um sistema de antenas para comunicar com o robot e tem uma autonomia de duas horas, mesmo que recorrendo ao sistema de iluminação própria de que dispõe, explicou à agência Lusa um dos responsáveis do projecto, Rodrigo Ventura.

A máquina começou a ser desenvolvida há cerca de quatro anos através de uma colaboração entre o Instituto Superior Técnico (IST), onde lecciona Rodrigo Ventura, a empresa IdMind e o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa e foi apresentada publicamente no ano passado.

O 'Raposa' pode ainda ser ligado a um cabo, que permite içá-lo, dar-lhe autonomia ilimitada em termos energéticos e dotá-lo de uma ligação wireless à Internet, o que permite manobrá-lo em zonas onde não seria possível fazê-lo de outra forma, como edifícios onde o sinal rádio não entrasse devido à espessura das paredes, por exemplo, explicou o investigador do IST.

Uma importante inovação que inclui é a possibilidade de o próprio robot se ligar e desligar do cabo sem precisar de intervenção humana no local da operação.

Outra capacidade útil em caso de catástrofes com vítimas, como terramotos em que haja pessoas retidas debaixo dos escombros, é poder colocar em conversação vítimas nessa situação com equipas de resgate, através do microfone que transporta.

A máquina desloca-se através de um sistema de dois pares de lagartas de borracha, semelhantes aos usados pelos buldozzer, e é articulado, podendo deslocar-se e funcionar virado para cima ou para baixo.

Na demonstração, que decorre entre segunda e quinta-feira em Ticino, na Suiça, o 'Raposa' vai ser sujeito a duas provas: na primeira terá que identificar vários objectos dentro de um edifício e depois actuar num cenário fora da cidade, onde se simulará uma catástrofe nuclear.

Enquanto IST continua a desenvolver novos equipamentos e valências para o robot, a empresa IdMind pretende vir a comercializar o equipamento junto das forças de segurança e militares, a cujo trabalho mais se adapta, além dos próprios bombeiros, acrescentou Rodrigo Ventura à Lusa.

Mais informação sobre o robot pode ser obtida na internet no sítio http://raposa.idmind.pt (http://raposa.idmind.pt).

Lusa/SOL
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Enviado por: André em Agosto 16, 2007, 07:45:55 pm
Descoberto contributo de gene na separação de cromossomas por cientistas do Porto

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Cientistas do Porto descobriram o contributo de um gene para a separação correcta dos cromossomas durante a formação dos ovos e do esperma, o que poderá ajudar ao estudo de doenças causadas pela distribuição anormal de cromossomas, como a síndrome de Down.
O estudo, a ser publicado brevemente pelo jornal Current Biology, indica que é o gene BubR1, recentemente relacionado com o processo de divisão celular, que mantém a coesão dos pares de cromossomas até ao momento de serem divididos durante a produção de células reprodutivas.

Se o BubR1 apresentar mutações, pode originar células com um número anormal de cromossomas.

A falha do gene BubR1 tem sido apontada como causadora de perturbações na separação dos cromossomas durante a meiosis, o processo pelo qual cada célula reprodutiva - esperma e óvulos - é formada, embora ainda se desconheça a forma concreta como isto acontece.

Os investigadores Cláudio E.Sunkel e Nicolas Malmanche, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, e colegas norte-americanos testaram e identificaram o papel molecular deste gene na meiosis, analisando uma mutação do BubR1 nas moscas da fruta (Drosophila).

Os machos e as fêmeas da mosca da fruta usam mecanismos moleculares diferentes na distribuição dos cromossomas entre as células durante a meiosis, permitindo uma análise mais detalhada do papel normal do gene e dos efeitos da mutação do BubR1.

As células normalmente têm um par de cada cromossoma (chamados cromossomas homólogos), um dos quais procedente do pai e outro da mãe.

A meiosis, a divisão celular especializada que produz o esperma e o ovo, começa com a duplicação destes cromossomas nas células, que neste estádio estão ligados entre si e são chamados sister chromatids.

Depois de analisar e comparar o BubR1, quer em moscas com mutação quer em moscas normais durante este processo, os autores descobriram que o gene é essencial para manter as sister chromatids unidas durante a meiosis, assegurando a correcta distribuição do material genético na célula sexual produzida.

Os investigadores também afirmam que nas fêmeas com BubR1 mutado foi interrompida uma estrutura complexa chamada Synaptonemal Complex (SC), que liga os cromossomas homólogos durante a primeira divisão da meiosis e permite recombinações (troca de material genético entre cromossomas homólogos que é essencial para gerar variedade), causando significantes alterações na sua frequência e distribuição.

Como o gene BubR1 é comum à espécie humana, a pesquisa tem potenciais implicações no estudo de doenças causadas pela distribuição anormal de cromossomas, como a síndrome de Down, cuja incidência aumenta com a idade materna, principalmente após os 35 anos da mãe.

Os indivíduos com síndrome de Down têm padrões anormais de recombinação genética, com perda de coesão entre as sister chromatids, exactamente como os defeitos observados nas moscas da fruta com mutações no gene BubR1.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Agosto 19, 2007, 06:29:25 pm
Póvoa de Varzim albergará maior fábrica mundial de painéis solares

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A empresa portuguesa Energie inaugura em Setembro, na Póvoa de Varzim, a maior fábrica de painéis solares térmicos do mundo, um investimento de dois milhões de euros, refere a edição deste domingo do Jornal de Notícias.

A nova unidade permite sextuplicar a produção actual, para cerca de 90 mil painéis solares termodinâmicos por ano, indicou ao jornal o presidente da Energie, Luís Rocha.
Cerca de 60% da produção actual destina-se ao mercado nacional, sendo os restantes 40% exportados para países como Espanha, França, Estados Unidos, Irlanda, Reino Unido, Bélgica e Luxemburgo.

Luís Rocha referiu que a nova unidade tem por objectivo o reforço da produção e a expansão a dois mercados estratégicos: Itália e, principalmente, Alemanha.

O presidente da empresa prevê que, com a nova fábrica, o peso dos mercados internacionais na facturação da Energie suba para 50%.

Outro dos objectivos traçados é o incremento da facturação a um ritmo de um milhão de euros por ano até 2010. No ano passado, a Energie facturou seis milhões de euros.

Diário Digital
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Enviado por: André em Agosto 20, 2007, 11:42:34 pm
Investigador português galardoado pela maior associação mundial de engenheiros

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O mais importante prémio mundial de engenharia electrotécnica (Engineering in Medicine and Biology Society Career Achievement Award) foi atribuído a José Carlos Príncipe, professor e investigador português.

O investigador lecciona actualmente na Universidade da Florida e mantém estreitas ligações a Portugal, através do Instituto Nacional de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC) e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

José Carlos Prínicipe tem no seu currículo cinco patentes, quatro livros editados, autoria de 14 capítulos em publicações especializadas, 116 artigos em revistas, participação em 276 conferências, supervisão de 50 doutoramentos e 61 mestrados.

O prestigiado prémio é atribuído anualmente na área de Engenharia Biomédica pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), a maior sociedade técnica mundial, que conta com cerca de 370 mil membros.

José Carlos Príncipe lecciona Engenharia Electrónica e Biomédica na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, é coordenador da Comissão Internacional de Acompanhamento Científico do INESC Porto e Professor Catedrático Convidado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

A carreira do investigador português tem sido recheada de sucessos, com a conquista de cinco patentes (a primeira em 1985: o Time-Marker – dispositivo para inscrever numerais em polígrafos), com mais sete submetidas para aprovação.

Já em 2006 José Carlos Príncipe venceu o prestigiado Gabor Award, da International Neural Network Society e, no ano anterior, foi galardoado com a Laurea Honoris Causa em Engenharia Electrónica pela Universita Mediterranea, tendo sido Portugal um dos primeiros países a reconhecer o seu mérito, em 1991, com o Prémio de Inovação e Criatividade, atribuído pela Associação Industrial Portuguesa.

SOL
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Enviado por: André em Setembro 04, 2007, 04:33:10 pm
Investigadoras portuguesas descobrem molécula que se encontra alterada em caso de cancro

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Investigadoras portuguesas descobriram uma molécula que serve de esqueleto à formação do centrossoma, uma pequena estrutura celular que regula vários processos biológicos.

A descoberta da molécula SAS-6 pelas investigadoras Mónica Bettencourt Dias, Ana Martins e Inês Ferreira, do Instituto Gulbenkian da Ciência, está hoje publicada na revista 'Currente Biology'.

A mesma equipa já tinha em Maio publicado na revista 'Science' um trabalho acerca da descoberta de uma molécula chamada SAK, responsável por comandar a montagem de centrossomas.

Os centrossomas são uma pequena mas complexa estrutura localizada junto ao núcleo da célula e que está envolvida em muitos processos biológicos, que vão desde a multiplicação até ao movimento e forma da célula.

A molécula hoje apresentada, denominada SAS-6, é considerada o braço direito da SAK, induzindo a formação de uma espécie de esqueleto em forma de tubo que serve de base à formação do centrossoma.

As investigadoras afirmam que há muitas mais moléculas a colaborar no complexo processo de formação destas estruturas. O trabalho descobriu ainda que um excesso de SAS-6 leva à formação de centrossomas anormais, algo que acontece em estádios iniciais de cancro.

A descoberta do funcionamento dos centrossomas pode também ajudar a compreender outros problemas como a infertilidade masculina e malformações fetais.

Lusa/SOL
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Enviado por: André em Setembro 11, 2007, 03:59:17 pm
Peritos acreditam ter descoberto novo dinossauro

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Um esqueleto quase completo e dentes com formato desconhecido que poderão pertencer a uma nova espécie de dinossauro saurópode, um quadrúpede herbívoro, são algumas das descobertas de uma expedição no Deserto de Gobi (Mongólia) onde está integrado um português.
O paleontólogo Octávio Mateus está desde o dia 20 na Mongólia numa equipa que integra cientistas mongóis, canadianos, sul-coreanos e japoneses e tornou-se no primeiro português a seguir as pistas de Roy Chapman Andrews, o norte-americano tido como o «verdadeiro» Indiana Jones.

A primeira fase da expedição desenrolou-se numa área menos explorada no deserto de Gobi, conhecida pela Bayn Shire, que embora já visitada por paleontólogos, tem muitos locais inexplorados.

A equipa, que já enfrentou uma tempestade de areia com ventos de 90 km/h e um dia com temperatura de 52 graus centígrados, recolheu vários ossos, dentes, crânios, ovos de dinossauros e esqueletos quase completos, «o que é raro», indicou o português à Agência Lusa.

«A localidade é incrivelmente rica e novas descobertas ocorrem todos os dias», indicou o investigador do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa, cuja missão tem a duração de 34 dias.

Na lista de achados enumerada pelo português destaca-se um esqueleto quase completo de um dinossauro saurópode.

«Poderá ser uma nova espécie, mas ainda tem de ser feito trabalho suplementar», indicou o português, revelando ainda a descoberta de dentes de saurópode com um formato desconhecido até ao momento e que poderá representar uma nova forma de processar (mastigar) plantas entre estes animais.

O saurópode é um quadrúpede herbívoro de pescoço comprido, que atingia mais de 15 metros de comprimento.

Foram ainda encontrados vários esqueletos incompletos, incluindo crânios de dinossauros ceratopsideos (pequenos bípedes herbívoros) de duas espécies Yamaceratops e de uma espécie possivelmente desconhecida até à data.

O paleontólogo descobriu uma «bone-bed», uma camada geológica repleta de ossos, com pelo menos 10 indivíduos de dinossauros anquilossauros (dinossauros couraçados, quadrúpedes e herbívoros).

Nestes dias de trabalho também foram descobertos ovos e cascas de pelo menos cinco tipos diferentes de dinossauros, parte de crânios de dois dinossauros carnívoros, vários ossos de terizinossauros, um tipo de dinossauro teropode, raro e caracterizado por enormes garras nas patas anteriores.

Foram também encontrados parte do crânio e outros ossos de crocodilos, tartarugas, pterossauros e um possível mamífero.

Estão ainda a ser definidas algumas questões relativas às camadas geológicas onde está a ser desenvolvido o trabalho, incluindo a possibilidade de uma datação muito mais precisa.

A Mongólia é uma das áreas mais ricas do mundo em vestígios de dinossauros do Cretácico, período que terminou há aproximadamente 65 milhões de anos, mas em comparação com o período Jurássico, com cerca de 150 milhões de anos, fica atrás de Portugal.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: GinTonic em Setembro 12, 2007, 12:03:54 am
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Damásio distinguido nas Astúrias

Na edição 2005 dos Prémios Príncipe das Astúrias, ontem entregues em Oviedo, numa cerimónia solene no Teatro Campoamor pelo herdeiro da coroa espanhola, o médico António Damásio recebeu o Prémio de Investigação Científica e Técnica, enquanto o Instituto Camões dividiu com vários congéneres europeus - Alliance Française, Societá "Dante Alighieri", British Council, Goethe Institut e Instituto Cervantes - o Prémio da Comunicação e Humanidades.

O neurologista português foi distinguido pela sua contribuição na luta contra doenças que "preocupam a Humanidade" pela sua gravidade e extensão, como são os casos de Parkinson e Alzheimer.

O Instituto Camões, representado pela presidente, Simonetta Luz Afonso e pelos dois vice-presidentes, Luísa Bastos de Almeida e Miguel Fialho de Brito, foi reconhecido a par de outras congéneres da França, Inglaterra, Itália, Espanha e Alemanha. Sobre António Damásio, Prémio da Investigação Cientifica e Técnica, Felipe de Borbón relembrou o "contributo determinante" do neurologista português cuja obra teve tanto impacto no mundo da ciência exacta como no espaço "das ideias abstractas". "Muitos conflitos agravam-se precisamente porque os seres humanos actuam contra a razão e contra as ideias", afirmou. "Ajudar a entender as motivações humanas deve ajudar-nos a melhorar o mundo, procurando a síntese entre a razão e os sentimentos", disse, referindo-se ainda ao trabalho de Damásio no combate a doenças como a de Parkinson e o Alzheimer.

Nascido em Lisboa, António Damásio, médico, formou-se na Faculdade de Medicina de Lisboa em 1974. Professor na Universidade de Southern California e director do Institute for Neurological Study of Emotion, Decision-Making and Creativity, foi também professor no Departamento de Neurologia da Universidade do Iowa, onde ocupou a cátedra M.W. Van Allen.

O seu trabalho, realizado em conjunto com a mulher, Hannah, tem estado centrado sobretudo na investigação de problemas decisivos da neurologia básica da mente e do comportamento e também sobre as doenças de Parkinson e Alzheimer. O investigador português, autor do livro O Erro de Descartes tem contribuído para a compreensão da base neurológica da tomada de decisões, das emoções e da memória. A escritora brasileira Nélida Piñon, foi galardoada com o Prémio das Letras.
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Enviado por: André em Setembro 13, 2007, 10:37:41 pm
Mapa da Via Láctea terá mão de portugueses

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Uma equipa de cientistas portugueses vai participar na elaboração do mapa completo da via láctea. Tarefa custosa, mas possível acreditam os peritos envolvidos nesta hercúlea missão.

Em 2011 será enviado um satélite que irá permitir efectuar uma série de medições precisas de milhões de estrelas, para mapear a nossa galáxia.

Sete instituições de investigação e mais duas empresas portuguesas estão destacadas para colaborarem num mega consórcio internacional composto por mais de 300 investigadores. Os cientistas portugueses vão participar ao nível do processamento de dados naquele que foi baptizado projecto Gaia.

O objectivo é apresentar um mapa em 3 Dimensões da nossa galáxia. Trata-se de uma espécie de radiografia à Via Láctea já que, dada a extrema precisão exigida, não só será possível observar as estrelas mas também outros objectos como asteróides e planetas extra-solares.

Ciberia
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Enviado por: André em Setembro 21, 2007, 10:49:00 pm
Empresa de Chaves produz biodiesel com óleos alimentares

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Três empresários abriram, em Chaves, a primeira empresa em Trás-os-Montes e Alto Douro de transformação e utilização de óleos alimentares usados como combustível, disse hoje à Lusa um dos empreendedores do projecto.
Rui Cardoso referiu que o objectivo da «Supermatéria» é converter os óleos usados nas frituras domésticas ou industriais (em hotéis ou restaurantes) em biodiesel, substituto do gasóleo, mais barato e amigo do ambiente.

O empresário, que para a implementação deste projecto contou com o apoio de Hernâni Teixeira e Francisco Amaro, referiu que há cerca de um mês que estão a recolher os óleos usados pelos restaurantes e hotéis da região, através de uma empresa contratada para o efeito.

Está ainda a estudar, conjuntamente com a autarquia de Chaves, uma solução para a recolha dos óleos domésticos, podendo mesmo virem a ser colocados na cidade os denominados «oleões» para depósito destes produtos.

A «Supermatéria» produz, actualmente, uma média de uma tonelada de biodiesel por dia e o objectivo é que esse valor aumente para as duas toneladas diárias.

Para além dos benefícios a nível ambiental, o empresário diz que este combustível alternativo apresenta ainda vantagens económicas, já que um litro de biodiesel é mais barato do que o litro de gasóleo tradicional.

Rui Cardoso referiu ainda que estão já em negociações com empresas de transportes públicos e privados do Alto Tâmega para que para estas passem a utilizar o biodiesel.

O empresário disse ainda que os resíduos que chegam, conjuntamente com os óleos alimentares, são recolhidos e aproveitados para produção de sebos e gorduras para farinhas.

Também as águas pluviais são aproveitadas para a limpeza de instalações e equipamentos.

Normalmente, o destino dos óleos usados é os aterros comunitários (através do lixo), as Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e os rios ou o mar (quando são deitados fora através dos esgotos).

O biodiesel permite reduzir, segundo o emprsário, em 75 por cento a emissão de dióxido de carbono, em 50 por cento a emissão de monóxido de carbono e em 100 por cento a emissão de enxofre.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: Cabecinhas em Setembro 22, 2007, 02:31:40 am
Quem não experimentou colocar uma mistura de óleo vegetal com gásoleo numa proporção de 40%/60%. Isto era uma questão de dias até alguém se lembrar de criar uma empresa que explorasse esta ideia. Só vejo um inconveniente que é o facto de sentirmos um cheiro a batata frita pelo caminho... imaginem nas horas de transito à hora de ponta para irmos para casa jantar. Estão a ver o filme não estão  :crit:
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Enviado por: André em Setembro 24, 2007, 06:12:10 pm
Galp assina protocolo de cooperação com a Universidade de Aveiro

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A Galp Energia e a Universidade de Aveiro assinaram um protocolo de cooperação para promover o desenvolvimento de projectos na área dos sistemas energéticos sustentáveis em empresas portuguesas.

Nesse âmbito e durante seis meses, nove alunos da Universidade de Aveiro vão desenvolver trabalhos no âmbito da eco-eficiência energética, trigeração e emissões de CO2, em empresas como a Aleluia, Amorim Revestimentos, BTT, Cires, Corticeira Amorim, Gres Panadaria Portugal, Lactogal e Sonae Indústria. Os estudantes foram seleccionados por terem apresentado, no decorrer do ano lectivo, estudos e trabalhos relacionados com a procura de sistemas energéticos sustentáveis.

No final, os três melhores trabalhos vão ser galardoados com um prémio no valor de 10 mil euros, após a avaliação de um júri composto por representantes das duas entidades.

Os projectos a desenvolver, com base em auditorias energéticas, vão ser um contributo para optimizar o modo de funcionamento energético de diversos sistemas.

Este protocolo, assinado pelo presidente-executivo da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, e por Helena Nazaré, reitora da Universidade de Aveiro, é válido até 2010.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Setembro 25, 2007, 10:08:46 pm
Sintra investe 150.000€ em estudo sobre alterações climáticas

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A Câmara Municipal de Sintra e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa assinaram hoje um protocolo para um estudo sobre as consequências das alterações climáticas naquele Concelho.
O estudo custará à autarquia 150 mil euros, segundo o vereador do Ambiente, Marcos Almeida, «um esforço que vale a pena».

«Este estudo tem duas vertentes: por um lado fazer um diagnóstico das alterações climáticas nos próximos setenta anos e, por outro, saber quais as suas implicações no território de Sintra, assim como nas actividades económicas nos recursos hídricos, na floresta e nas populações locais», disse o vereador.

Para Marco Almeida, o estudo é «essencial para a indicação de um conjunto de medidas que o Município deve tomar para poder minimizar essas implicações no território».

Já o presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, partilha da opinião de que o estudo é «significativo para saber qual o impacto ambiental [no Concelho], em especial na zona costeira».

«Dada a localização deste Concelho, decidimos avançar com este estudo», justificou Fernando Seara, referindo-se à zona costeira, enquadrada pela serra.

A maior probabilidade de incêndios e riscos para a saúde humana são algumas das possíveis consequências das alterações climáticas em Sintra, segundo Ricardo Aguiar, um dos coordenadores do estudo.

O especialista enumerou outros impactos possíveis, nomeadamente na agricultura e saúde humana, como a malária, a febre de dengue ou alergias.

«Está em curso uma alteração climática que já está a ter os seus efeitos», disse o professor Filipe Duarte Santos, também coordenador do projecto, salientanto no entanto que «nem todos os efeitos são negativos».

Ricardo Aguiar referiu que «a questão das alterações climáticas tem duas vertentes, a redução das emissões de gás com efeito de estufa e a adaptação», que consiste em minimizar os impactes adversos.

No próximo ano, a autarquia divulgará os resultados do estudo que, segundo o vereador Marco Almeira, «acabará por beneficiar todos os concelhos que fazem fronteira com Sintra (Cascais, Oeiras, Odivelas e Mafra), uma vez que o território está limitado por fronteiras mas não deixa de ser contínuo»

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: PereiraMarques em Setembro 26, 2007, 02:11:19 pm
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Euronavy abre subsidiária para reforçar posição no país e quer abrir fábrica em 2009
 
A empresa Euronavy criou uma subsidiária no Brasil para reforçar a sua posição técnico comercial, as suas vendas, e vir a construir uma fábrica em 2009 neste país, afirmou hoje um responsável da empresa em Portugal.
 
"No Brasil a empresa operava até aqui através de uma parceria local, mas resolveu agora criar a Euronavy Brasil para, numa primeira fase, ter uma posição técnico comercial própria, aumentar as vendas e apoiar os clientes, podendo posteriormente, em 2009, vir a abrir uma fábrica", disse à agência Lusa o presidente da Euronavy, Mário Paiva.

A Euronavy é a única empresa no mundo a produzir tintas ecológicas para protecção do aço contra a corrosão, sendo inclusive a única fornecedora não norte-americana aprovada pela armada dos Estados Unidos.

Segundo Mário Paiva, sócio-fundador da Euronavy, "temos todo o esquema montado para a implantar uma fábrica no Brasil, mas a sua edificação dependerá da evolução consistente e sustentada nesta primeira fase da Euronavy Brasil, subsidiária que foi constituída no final de Agosto", salientou.

"Nesta fase, queremos consolidar a nossa posição no Brasil e a instalação, por agora, de uma fábrica criaria entropia e prejudicaria o desenvolvimento do negócios", adiantou.

O responsável disse ainda à agência Lusa que "o Brasil apresenta um forte potencial de crescimento para a Euronavy, sendo já o terceiro mercado da empresa".

Singapura é o primeiro mercado para a Euronavy, seguindo-se os Estados Unidos e a seguir o Brasil, país onde a empresa está a fazer "uma forte aposta", representando um volume de negócios médio entre 4 a 5 milhões de euros anualmente.

Questionado sobre se a apreciação do euro face ao dólar poderá comprometer a operação da Euronavy Brasil, Mário Paiva respondeu negativamente.

O responsável pela Euronavy justificou a sua apreciação devido ao facto de o real se ter valorizado 4 por cento em relação ao euro e 8 por cento relativamente ao dólar nos últimos doze meses.

"Para já a apreciação do euro não nos é desfavorável, devido a esta particularidade da evolução cambial do real, o que não afecta a nossa competitividade", salientou.

Para este ano, a Eurnonavy prevê facturar entre 15 a 16 milhões de euros, valor que se tem mantido constante nos últimos três anos.

A Euronavy, criada em 1982 por Mário Paiva, deverá produzir mais de 2,5 milhões de litros de tintas até ao final do ano.

No Brasil, a Euronavy iniciou a sua colaboração desde 2002 com o gigante petrolífera Petrobras, tendo garantido a venda de tintas para sete plataformas petrolíferas.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.


http://www.rtp.pt/index.php?article=299704&visual=16 (http://www.rtp.pt/index.php?article=299704&visual=16)
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Enviado por: André em Outubro 04, 2007, 08:01:47 pm
Arquitectos portugueses dinstinguidos com o Prémio ThyssenKrupp 2007    

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Duas equipas de arquitectos portugueses foram distinguidas com o Prémio ThyssenKrupp Arquitectura, pelos projectos apresentados para o reordenamento de uma estação ferroviária em Granada, Espanha, foi hoje anunciado.

O objectivo da edição deste ano era escolher uma proposta arquitectónica para o espaço ocupado pela estação ferroviária de Granada e que incluía obrigatoriamente a construção de um novo terminal.

A equipa de arquitectos liderada por Germano Veira foi distinguida com o segundo prémio, no valor de 15.000 euros, enquanto o projecto do arquitecto Paulo Calapez recebeu o terceiro prémio, em ex-aequo com outras duas propostas espanholas, no valor de cinco mil euros.

O primeiro prémio ThyssenKrupp Arquitectura foi atribuído a um projecto de Carmen Navas-Parejo Galera, de Espanha, no valor de 30.000 euros.

Do júri deste ano fizeram parte, entre outros, os arquitectos portugueses Manuel Salgado e Manuel Vicente, vice-presidente da Ordem os Arquitectos de Portugal.

As propostas vencedoras estarão em exibição em Granada até ao dia 14 de Outubro e os prémios serão entregues no dia 25, também em Espanha.

O Prémio ThyssenKrupp Arquitectura foi criado em 1988 e tem distinguido projectos arquitectónicos em cidades como Madrid, Sevilha, Lisboa, Porto e Bilbau.

Este ano, pela primeira vez, o concurso esteve aberto a propostas de arquitectos de países árabes, o que levará a próxima edição a realizar-se no Dubai em 2008.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Outubro 05, 2007, 06:34:40 pm
Produção do primeiro carro eléctrico português arranca em Janeiro de 2009

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A produção industrial do primeiro automóvel eléctrico português, o Eco Vinci, deverá arrancar em Janeiro de 2009 na Maia e resultará de um investimento de cerca de 2,5 milhões de euros
 
Segundo Miguel Rodrigues, ainda «é prematuro» avançar um preço de venda ao público deste novo automóvel «amigo do ambiente», mas lembrou tratar-se de um veículo utilitário e que terá por isso de ter um preço competitivo.

Alimentado por energia eléctrica, o Eco Vinci é um veículo sem emissões de CO2.

«Já fizemos história com os modelos Vinci GT e Vinci Sport. Queremos continuar a fazê-la», frisou o director-geral do centro de excelência industrial para produção de automóveis de nicho.

De acordo com Miguel Rodrigues, o protótipo funcional do Eco Vinci deverá ficar concluído em Julho do próximo ano, entra em fase de testes em Agosto e, se tudo correr bem, a produção industrial avança em Janeiro de 2009.

O protótipo do automóvel está já a ser desenvolvido no Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEIIA), na Maia, um dos parceiros do projecto.

O automóvel não poluente e movido a uma energia alternativa ao petróleo terá como primeiro cliente a Câmara Municipal do Porto (CMP), ao abrigo de um protocolo já firmado entre as duas entidades e que prevê que o protótipo do Eco Vinci comece a circular, em fase de testes, na cidade, ao serviço da autarquia.

Miguel Rodrigues falava à margem da apresentação da Estratégia de Mobilidade Sustentável para a cidade do Porto - que decorreu hoje na Exponor, no stand da Retroconcept, durante a realização do AutoClássico 2007.

A Retroconcept, em parceria com a CMP, está a desenvolver «uma estratégia inovadora» de mobilidade sustentável para a cidade, num projecto que passa pela utilização do Eco Vinci.

As duas entidades, que contam também com o apoio técnico da Agência de Energia do Porto, são pioneiras no estudo e desenvolvimento desta estratégia de mobilidade sustentável, que recebeu a designação de IT Automotive Program.

Num momento posterior, «o objectivo é alargar o conceito a outras autarquias e mesmo ao mercado internacional», salientou Miguel Rodrigues.

Na perspectiva da CMP, o objectivo último é a remoção progressiva dos automóveis da cidade, «criando um ambiente mais saudável de forma sustentada, através da utilização de veículos mais limpos, com todos os benefícios que isso significa, sob o ponto de vista social e de bem estar para o cidadão».

O desenvolvimento desta estratégia de mobilidade sustentável começa pelo desenvolvimento e utilização de um veículo eléctrico inteligente - o Eco Vinci - que constituirá a base de um novo serviço de mobilidade aliado ao factor ecológico, já que será movido por uma energia limpa, sem emissões de CO2.

O projecto prevê a requalificação das várias infra-estruturas a instalar pela a CMP em resposta a este serviço de mobilidade, para a primeira fase e as fases subsequentes, tais como locais de carregamento de energia, aparcamento junto de outros transportes e instalação de sensores de tráfego e outros equipamentos a definir.

«Será também desenvolvido um trabalho de recenseamento e integração de toda a informação dispersa por várias entidades públicas e privadas, e de redireccionamento desta informação para o cidadão através de uma única plataforma, servindo assim propósitos privados, públicos, turísticos ou mistos», explicaram os responsáveis pelo projecto.

Para a autarquia portuense, estes veículos representam «não só uma redução significativa de custos operacionais para as entidades envolvidas na sua utilização, mas serão também um contributo decisivo para a cidade, na medida em que lhe permitirão exibir um conceito inovador no tempo e que responde às exigências mais actuais sob o ponto de vista ecológico, de mobilidade e de conforto».

O Eco Vinci terá dimensões aproximadas às de um utilitário corrente, tendo como objectivo oferecer um design atractivo e uma estrutura funcional, quer pelos acessos ao interior quer mesmo pelo nível de ergonomia e conforto deste mesmo interior, referiu Miguel Rodrigues.

«Os vários sistemas que serão instalados, assegurando o máximo de segurança quanto à relação do veículo com o meio, e com outros veículos, adequam o Eco Vinci à natureza específica da cidade do Porto, não apenas na sua vertente geográfica e planométrica, mas igualmente nas dimensões do circuito urbano e na densidade de tráfego», acrescentou.

Além disso, concluiu, na sua construção serão utilizados procedimentos mais evoluídos e logo mais amigos do ambiente, não apenas no processo de fabrico mas igualmente nos materiais utilizados.

Lusa / SOL
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Enviado por: pedro em Outubro 05, 2007, 07:43:17 pm
Oxala tenham sorte.
Cumprimentos
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Enviado por: comanche em Outubro 17, 2007, 07:15:55 pm
Portugal é 2º país europeu com mais redes inovadoras de Living Labs

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Portugal tem, a partir de hoje, seis Livings Labs, laboratórios "vivos" que promovem a inovação, na Rede Europeia de Living Labs (ENoLL), tornando-se o 2º país europeu com mais redes inovadoras reconhecidas e aprovadas.
 
"Cinco das 10 candidaturas portuguesas de Living Labs à Rede Europeia de Living Labs foram aprovadas. Portugal é agora o 2º país da Europa com mais Living Labs. Esta é uma posição muito interessante e mostra o grande papel que Portugal teve no lançamento deste tipo de redes inovadoras", disse à agência Lusa o Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho.

O responsável falava à Lusa após a Rede Europeia de Living Labs ter hoje anunciado em Bruxelas os 32 novos projectos aprovados na segunda vaga de selecção de redes inovadoras, que lhe permitiu aumentar de 19 para 51 membros, numa iniciativa realizada no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia.

Além do Madeira Living Lab (1ª vaga de selecção), Portugal junta agora mais cinco: o S. João da Madeira LL (liderado pela Sanjotec), o Creative Media Lab e o Rener (liderados pela INTELI), o Living Lab Minho (Universidade do Minho) e o Eco Living Lab (liderado pela Câmara da Chamusca).

Segundo Carlos Zorrinho, "Portugal agarrou o testemunho e deu-lhe um novo impulso", tornando-se no segundo país europeu com mais redes inovadoras, depois da Finlândia que foi pioneira ao lançar a Rede Europeia em Novembro de 2006, que arrancou com 19 membros fundadores.

"A nova dinâmica da rede europeia de Living Labs demonstra que o novo impulso da Agenda de Lisboa, focada na inovação e criatividade, está em desenvolvimento pleno e que Portugal está na primeira linha da sua implementação", frisou Carlos Zorrinho.

De acordo com o responsável, os outros cinco "Living Labs" portugueses foram pré-qualificados para a 3ª vaga de selecção de redes inovadoras, que terá lugar em Março do próximo ano, durante a presidência eslovena.

O conceito de "Living Labs" consiste numa nova abordagem da investigação, desenvolvimento e inovação, que envolve todos os parceiros, nomeadamente empresas, cidadãos, investigadores e instituições públicas no processo de inovação, promovendo a interacção entre as necessidades dos consumidores e o desenvolvimento de novas técnicas.

"Os Living Labs são laboratórios vivos, de teste, que juntam empresas, universidades e consumidores com o objectivo de antecipar tendências para inovar primeiro que os outros e para saber que produtos são necessários para se produzir em massa", explicou o responsável.

Os 32 novos projectos resultam de um processo de selecção rigoroso, após a abertura de novas candidaturas pela ENoLL, convidando Living Labs já existentes ou emergentes a associarem-se à Rede.

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Enviado por: comanche em Outubro 18, 2007, 12:50:04 pm
Estudo prevê que despesa em tecnologias de informação suba 6,4% ao ano em Portugal


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O investimento em tecnologias de informação (TI) deverá crescer 6,2 por cento por ano em Portugal, nos próximos quatro anos, revela um estudo da International Data Corporation (IDC), patrocinado pela Microsoft, hoje apresentado.


O estudo analisou o impacto da indústria das TI na criação de emprego local, na formação de empresas e nas receitas fiscais em 82 países, entre os quais Portugal, que representam "99,5 por cento da despesa total em tecnologia, a nível mundial".

A IDC considera que o mercado das TI em Portugal "tem o perfil de uma economia desenvolvida", representando a despesa neste sector 1,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), mostrando um peso 7 décimas inferior ao da média mundial.

A despesa em TI em Portugal deverá atingir 2,8 mil milhões de euros, este ano.

O estudo prevê que "as actividades de TI relacionadas com a Microsoft, em 2007, em Portugal, originarão, aproximadamente, 41 mil empregos, sendo que o aumento do emprego relacionado com a Microsoft representará 43 por cento do emprego total das TI".

A multinacional norte-americana analisou, também, o comportamento das empresas que trabalham consigo, concluindo que, "por cada dólar de receitas da Microsoft em Portugal, em 2007, as empresas que trabalham com a Microsoft receberão 10,6 euros".

No total, as empresas daquilo a que o estudo chama "ecossistema Microsoft", constituído pelas empresas que "comercializam produtos que são executados com ou em software" da multinacional norte-americana, "ou que prestam serviços e distribuem software da Microsoft", venham a gerar mais de 1,3 mil milhões de euros.

 
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Enviado por: André em Outubro 24, 2007, 06:01:07 pm
Português ganha prémio com simulação para protecção de naves e satélites

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Uma das grandes ameaças aos astronautas e aos instrumentos científicos no espaço são os choques com partículas solares. A animação premiada irá permitir compreender melhor os fenómenos da formação de cometas e a sua interacção com o vento solar, apontando soluções para protecção de naves e satélites.

Na 20ª Conferência Internacional de Simulação Numérica de Plasmas, o investigador português Luís Gargaté do Instituto Superior Técnico conquistou o Prémio Oscar Buneman (galardão criado em memória do pioneiro da simulação computorizada de plasma no espaço) para melhor visualização científica, na categoria de animação.

Face aos perigos existentes no espaço que ameaçam a integridada das naves espaciais e a saúde dos astronautas, o investigador português decidiu idealizar, por meio de uma simulação por computador, um espécie de "atmosfera, ou redoma, que tem como campo magnético uma bolha de gás" , explicou à Lusa.

A animação apresentada em Austin, nos Estados Unidos, representa uma bolha de gás que se expande para o espaço quando atingida pela radiação solar, que gera campos magnéticos.
A partir da simulação, o investigador pretende estudar o que se passa em termos físicos ao longo da evolução destes sistemas, "para ver como eles se comportam e perceber como proteger a nave ou satélite” , sustentou.

Segundo comunicado do Instituto Superior Técnico, a simulação de Luís Gargaté acrescentou novos conhecimentos sobre a formação de cometas e a sua interacção com o vento solar, "apontando novas direcções para a utilização de magnetosferas artificiais para a protecção de naves espaciais".

Ciberia
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Enviado por: André em Outubro 26, 2007, 12:15:00 am
José Sócrates oferece sistema de navegação português a Vladimir Putin

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O Primeiro-Ministro José Sócrates vai oferecer ao Presidente russo, Vladimir Putini, o sistema português de navegação pessoal «NDrive G300», equipado com mapas de Portugal e da Rússia, revelou hoje a empresa produtora do equipamento.

«O «NDrive G300» é um sistema de navegação integralmente concebido e desenvolvido em Portugal pela empresa «NDrive Navigation Systems».

O presidente da empresa, João Neto, disse que a sua companhia se «sente muito honrada» com a escolha do Governo português, porque divulga o «talento e o trabalho das empresas tecnológicas, mostrando que Portugal é um país onde a tecnologia de ponta tem um papel importante no desenvolvimento económico e social».

A solução de navegação pessoal «NDrive G300» já tinha sido oferecida or José Sócrates aos chefes de Estado e de governo dos restantes países da União Europeia durante Cimeira Informal, da semana passada, em Lisboa.

O «NDrive G300», que é hoje comercializado em mais de 10 países, é um sistema de navegação pessoal, disponível em sistemas de navegação próprios, ou como software para telemóveis.

O NDrive permite a localização rápida de qualquer endereço ou ponto de interesse em mapas de praticamente todo o planeta, e assegura as instruções de navegação, passo a passo, de como chegar ao local de destino. Inclui também funcionalidades avançadas, tais como partilha de localizações, acesso a informação dinâmica com o estado do trânsito ou eventos culturais num determinado local e período.

Entre as suas principais características incluem-se a simplicidade de uso, a qualidade dos conteúdos e a compatibilidade com um vasto número de dispositivos móveis.

O equipamento foi pensado de raíz para os mercados internacionais, e quer os menus quer os comandos de voz estão disponíveis em diversos idiomas.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Outubro 27, 2007, 03:07:21 pm
Portugal está já a exportar mais tecnologia do que importa - Sócrates



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Lisboa, 27 Out (Lusa) - O secretário-geral socialista e primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que Portugal está já a exportar mais tecnologia do que importa e considerou que nunca houve um período tão curto com igual aposta na ciência.

José Sócrates falava no Centro Cultural de Belém, na abertura de mais uma edição do Fórum Novas Fronteiras, dedicada à ciência e à tecnologia, em que fez um balanço dos resultados obtidos nessas áreas desde que o seu Governo tomou posse, em Fevereiro de 2005.

O secretário-geral do PS apresentou como novidade que "este ano, desde Janeiro, a balança tecnológica do país é positiva".

"Portugal está a exportar mais tecnologia do que aquela que importa. Isto tem sido permanente ao longo dos meses", sublinhou.

"Significa que esta é uma actividade bem integrada na economia global, significa que Portugal tem já o nível de investimento e desenvolvimento para responder às exigências desta área comercial", acrescentou.

"Em 2008, pela primeira na história de Portugal, vamos conseguir atingir um por cento de investimento em ciência em percentagem do PIB (Produto Interno Bruto), cumprindo o que foi desde sempre um grande objectivo nacional", salientou, por outro lado.

José Sócrates alegou que "nunca houve um período tão curto com uma tamanha e tão importante aposta na ciência e na tecnologia" no país.

Sócrates referiu também como "resultados dessa aposta, dessa política" o crescimento de 18 por cento da produção científica, medida através dos artigos referenciados em publicações científicas, e a subida para 100 mil dos investigadores doutorados a trabalhar em centros de investigação científica.

"Isto quer dizer que há uma comunidade científica em Portugal", disse, mencionando ainda, entre outros números, a duplicação das patentes registadas na Europa e o aumento de 71 por cento das patentes registadas nos Estados Unidos da América.

O secretário-geral do PS destacou as parcerias estabelecidas com entidades como o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT).



Espero que isto venha a ser uma realidade cada vez mais evidente, e não seja demagogia politica.
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Enviado por: André em Outubro 28, 2007, 01:41:20 pm
Opensoft desenvolve programa para aumentar produtividade

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A empresa tecnológica portuguesa Opensoft desenvolveu um programa de reconhecimento de voz por frases associado às suas aplicações, revelou o presidente executivo, José Vilarinho.

Em entrevista à agência Lusa, o presidente executivo da Opensoft assinalou que o programa de reconhecimento de voz, que tem «rácios muito elevados de reconhecimento efectivo», visa aumentar a produtividade e «permitir que os operadores tenham as duas mãos livres para as tarefas», comunicando por voz com o sistema informático.

Filipe Janela, administrador da Opensoft, salientou que este sistema de reconhecimento de voz «está focado na capacidade operacional, para fazer mais depressa e sem cometer erros», estimando-se que possa aumentar o desempenho em 15 a 20 por cento.

José Vilarinho disse que a Opensoft tem fortes competências em tecnologias para Internet, com desenvolvimento de soluções à medida muito viradas para o Governo electrónico.

Vilarinho deu como exemplo a parte tecnológica da Informação Empresarial Simplificada (IES), no âmbito do programa Simplex, que a Opensoft recentemente concebeu e que permite que as empresas transmitam numa única declaração electrónica informações sobre a sua actividade que antes era enviada a quatro entidades da administração pública.

A solução desenvolvida para o IES baseia-se no formato standard aberto XML e tem como característica inovadora possibilitar às empresas que apresentem a declaração directamente a partir dos seus sistemas contabilísticos, sem necessidade de preencher formulários, precisou.

José Vilarinho adiantou que a Opensoft desenvolveu, em parceria com a Siemens, uma solução para as alfândegas portuguesas que permite uma análise automática de situações de risco, com base nos dados declarados, tornando a fiscalização mais eficaz.

Acrescentou que a Opensoft criou, também, uma aplicação informática para controlo e detecção da evasão fiscal, que «ganhou um prémio de boas práticas pelas melhorias que trouxe aos processos».

A tecnológica portuguesa desenvolveu um sistema que automatiza todo o processo de controlo das contra-ordenações, «o que permitiu aumentar significativamente as receitas fiscais», ao permitir detectar muito mais situações e resolvê-las num tempo muito mais curto, afirmou o responsável.

No âmbito do novo regime de arrendamento urbano, adiantou José Vilarinho, a Opensoft concebeu o sistema que interliga câmaras municipais, Ordem dos Arquitectos, Ordem dos Advogados, Finanças, senhorios e inquilinos e um portal que está acessível a todas aquelas entidades, com troca de informações on-line.

Em Portugal, a Opensoft desenvolveu o site de declarações electrónicas da Direcção-geral dos Impostos (DGCI), que é o site mais visitado da administração pública portuguesa, e o site do Instituto de Meteorologia, segundo José Vilarinho e Filipe Janela.

A Opensoft dispõe de uma solução informática para os notários - o SIMN - que automatiza um conjunto de actividades e permite libertar os notários para actividades de maior valor acrescentado, um programa concebido de raiz para a realidade portuguesa e que está instalado em meia centena de notários nacionais, segundo Filipe Janela.

Aquele administrador revelou que a Opensoft desenvolveu para o SIMN uma tecnologia, que designa por módulo cognitivo, que verifica as escrituras e tem um processo de aprendizagem a partir das correcções introduzidas pelos funcionários notariais.

O módulo cognitivo está preparado para identificar e apreender o estilo de escrita de cada notário, observou

José Vilarinho indicou que a Opensoft está a apostar na área da certificação e assinatura digital e desenvolveu há pouco tempo para a SIBS (gestora do sistema Multibanco) um software que facilita a troca de informação assinada digitalmente e que tem tido «excelentes resultados».

Filipe Janela salientou que a Opensoft está a desenvolver soluções de «supply chain management» (gestão da cadeia de fornecimentos), com base na sua aplicação O2P, que funciona sobre o software de gestão SAP R3 e que permite uma melhoria da gestão operacional de instalações, como armazéns ou lojas, aumentando a eficiência e reduzindo custos.

No grupo de distribuição alimentar Jerónimo Martins, a Opensoft desenvolveu um sistema de gestão operacional de lojas que visa controlar e assegurar a execução eficiente de todas as manipulações de artigos nas lojas.

Filipe Janela indicou que a aplicação da Opensoft faz a gestão operacional das lojas da Jerónimo Martins, desde a gestão de armazéns ao controlo das operações e de tudo o que entra a sai dos hipermercados Feira Nova e dos supermercados Pingo Doce.

Fundada em Setembro de 2001, a Opensoft tem registado lucros e facturou no ano passado 3,4 milhões de euros, prevendo para 2007 um volume de negócios de 3,7 milhões de euros, segundo José Vilarinho.

O presidente executivo salientou que a Opensoft não tem dívidas, emprega 54 trabalhadores em Portugal (48 no fim de 2006) e oito no Brasil, admitindo chegar ao fim de 2007 com 70 a 80 efectivos.

A Opensoft tem quatro sócios, todos trabalhadores, detendo José Vilarinho mais de metade do capital, e tem um capital de 50 mil euros mas já foram feitas dotações para o aumentar para meio milhão de euros, precisaram os responsáveis da empresa.

Diário Digital / Lusa

... E procura parceiro sueco e analisa negócio nos PALOP

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A tecnológica portuguesa Opensoft, que abriu uma filial no Brasil em 2007, procura um parceiro na Suécia, onde tem um grande cliente, e está a analisar oportunidades de negócio nos PALOP, indicou o presidente executivo.

Em entrevista à agência Lusa, o presidente executivo da Opensoft, José Vilarinho, adiantou que a tecnológica está a analisar algumas oportunidades nos mercados de Cabo Verde, Angola e Moçambique, embora considere que «os mercados dos PALOP [países africanos de língua portuguesa] são complicados e específicos».

Por isso, a Opensoft admite ir para os PALOP em parceria e como fornecedor de tecnologias e soluções.

Além de Portugal, a Opensoft está presente no Brasil, onde tem como cliente a construtora aeronáutica Embraer (40 mil trabalhadores), segunda maior empresa brasileira e terceira no seu sector, a seguir à Boeing e Airbus, na Suécia, onde fornece a maior empresa sueca de congelados, a Dafgard, e na Polónia, com o grupo Jerónimo Martins, adiantou o responsável.

No Brasil, a Opensoft tem oito trabalhadores, dos quais seis na área de desenvolvimento de produtos.

A aplicação O2P, desenvolvida pela tecnológica portuguesa sobre o software de gestão SAP R3, gere toda a logística industrial da Embraer, permitindo a optimização dos processos de produção, segundo Filipe Janela, administrador da empresa.

Filipe Janela adiantou que a equipa brasileira da Opensoft está a desenvolver a monitorização de ciclos de rastreabilidade, o que permite saber, por exemplo, quanto tempo leva uma palete entre a saída da linha de produção e a sua colocação no armazém de expedição ou quanto tempo demora a montagem de um kit, «o que é um conceito inovador».

O administrador revelou que a Opensoft já tem um segundo grande cliente no Brasil, a Eleb, uma empresa de mecânica industrial da área da aeronáutica.

Relativamente à Espanha, José Vilarinho sublinhou que é um mercado de difícil penetração para as empresas portuguesas e, até agora, não surgiram oportunidades para a Opensoft.

José Vilarinho salientou que tanto na área do governo electrónico, como na de «supply chain management» (gestão da cadeia de fornecimentos), onde dispõe da aplicação O2P sobre SAP R3, como noutras áreas tecnológicas, a Opensoft «tem capacidade para exportar para qualquer parte do mundo».

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Outubro 28, 2007, 03:46:46 pm
Em 2009 Portugal irá produzir 1500 doutorados por ano


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José Sócrates fez ontem o balanço do investimento público em Ciência, com promessas na manga em 2008, pela primeira vez, este valor representará 1% do PIB e em 2009, as universidades portuguesas terão condições de formar 1500 doutorados por ano.

Ao fechar a sessão das "Novas Fronteiras" do PS, o ministro da tutela, Mariano Gago afirmou que dois dos cinco artigos científicos mais falados em 2006 tiveram "dedo" português.

A manhã numa das salas do Centro Cultural de Belém foi, por isso, de elogio ao que o Governo tem feito nesta área o recorde de 10 mil doutorados a trabalhar em centros de investigação, tendo este escalão académico crescido 18% - dos quais quase metade em Ciência e Tecnologia.

A contrastar com os números "cor-de-rosa" apresentados por José Sócrates - que se socorreu no discurso de fichas, ao invés do habitual teleponto -, Alexandre Quintanilha, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) deixou um dado inquietante embora corroborando a contratação de mais de três dezenas de cientistas, nos últimos seis anos, para laboratórios associados, e tendo aludido às entrevistas em curso para preencher quase 30 vagas num desses laboratórios, a questão é que "mais de um terço (dos candidatos a esses lugares) são estrangeiros".

Tiago Outeiro, responsável por um departamento do Instituto de Medicina Molecular, que passou nove anos nos EUA e regressou a Portugal há apenas cinco meses, também disse estar a recrutar líderes para unidades de investigação - e, também neste caso, "a maior parte são estrangeiros".

Exportamos tecnologia

"Portugal está a exportar mais tecnologia do que importa". Este foi um dos dados mais surpreendentes revelados pelo chefe de Governo, que em linguagem mais técnica tinha afirmado minutos antes que "desde de Janeiro que a balança tecnológica é positiva".

Mas há mais resultados aumentou o número de patentes portuguesas na Europa, isto apesar do investimento privado em ciência e inovação empresarial ainda não ter sido divulgado.

Coube, por isso, ao presidente do Massachussets Institute of Techonology (MIT), Dan Roos, ser menos optimista, numa intervenção que passou em vídeo "Temos de ser realistas. É preciso que as universidades portuguesas tenham uma gestão institucional menos pesada e burocrática", disse, referindo as ligações com mais de 30 empresas portuguesas.

Também Alexandre Quintanilha - que em Novembro encabeçará uma delegação nacional à Universidade de Berkeley, na Califórnia, tentar firmar um acordo similiar ao que existe com o MIT - apontou como urgentes uma maior desburocratização no financiamento e mais portugueses em projectos internacionais.

Ao encerrar, Mariano Gago realçou o ingresso de mais sete mil alunos no ensino superior, apesar do 50 a 60 portugueses que foram estudar para Santiago de Compostela, disse, olhando para o presidente da Comissão Instaladora do Laboratório Ibérico de Neonatologia, em Braga, o galego José Rivas.

5820 bolsas de investigação foram atribuídas pela Fundação Ciência e Tecnologia (FCT), que está a apoiar 4940 projectos, segundo referiu José Sócrates ontem na sessão das "Novas Fronteiras" dedicada à Ciência e ao Conhecimento.

60 parcerias entre o MIT (Massachussets Institute of Technology) e bolseiros portugueses da FCT (Fundação Ciência e Tecnologia), no que é o maior programa de colaboração do MIT na Europa, e que se prolonga até Outubro de 2011.
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Enviado por: André em Outubro 29, 2007, 06:53:30 pm
Instrumento português vai estudar subsolo de Marte em 2013

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Em 2013, um instrumento científico português poderá estudar subsolo de Marte, integrado na missão ExoMars, da Agência Espacial Europeia (ESA), num projecto que está a ser desenvolvido há um ano e meio por um consórcio 100 por cento nacional.

O Subsurface Permittivity Probe, ou SP2, é o instrumento que vai integrar a missão europeia, com o objectivo de estudar as propriedades eléctricas do subsolo de Marte.

«Ao medir as propriedades pode indicar se há ou não há água, mesmo que seja em muito pequenas quantidades, como apenas humidade», explicou à Lusa Pedro Pina, do Instituto Superior Técnico, uma das universidades envolvidas no projecto.

O SP2, cujo projecto inicial está aprovado pela ESA, será o primeiro instrumento a estudar o subsolo de Marte, onde até agora só se explorou a superfície, num projecto orçamentado em dois milhões de euros.

A sonda ExoMars tem como objectivo o estudo do planeta Vermelho para detectar provas de vida e tem lançamento previsto para 2011 para chegar a Marte em 2013.

O investigador português Fernando Simões, que estagiou na ESA e está a trabalhar em França, apercebeu-se da oportunidade de criar um instrumento de origem lusa que integrasse a missão da Agência e lançou as bases para a formação do consórcio SP2.

Em Abril de 2006, realizaram-se as primeiras reuniões com várias empresas e universidades para conhecer os currículos e as soluções para integrar o consórcio.

Depois de analisadas as propostas, seguiu-se a escolha das Universidades e das empresas, um total de oito elementos, que hoje formam o consócio SP2.

Da ExoMars fazem parte 11 instrumentos, criados por vários países europeus, e cuja selecção foi uma competição internacional «muito forte», disse Pedro Pina.

A aprovação final do projecto SP2 é feita em Abril de 2008, estando agora este consórcio à procura de financiamento, conforme as regras da ESA.

«A aprovação da ESA é feita por etapas e está dividida em oito partes. Para qualquer instrumento integrar uma missão tem de chegar ao nível oito, nós estamos no nível quatro», afirmou Pedro Pina.

O nível cinco, que tem de ser cumprido até Abril de 2008, exige o financiamento aprovado, disse o mesmo responsável, acrescentando que até agora têm trabalhado com verbas próprias.

«Apresentámos o projecto e uma proposta bastante detalhada ao Estado português», disse Pedro Pina, explicando que é este financiamento que permitirá «dar o salto».

«O financiamento é na ordem dos dois milhões de euros, o que significa três cêntimos por português em cerca de oito anos», explicou.

A componente científica do projecto é liderada pelo Instituto Superior Técnico e conta com a participação de investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, do Instituto de Telecomunicações, Pólo de Lisboa e da Edisoft.

O desenvolvimento do hardware e software, a componente técnica, é da responsabilidade da EFACEC, Critical Software, Active Space Technologies e Rotacional.

Para o país, este projecto pode ser «muito importante», disse Pedro Pina, porque permite a internacionalização das empresas portuguesas e da ciência em Portugal, em particular das ciências do espaço.

Além disso, acrescentou o mesmo responsável, permite o retorno ao país de alguns investigadores portugueses que estão no estrangeiro.

E, por fim, reforça a ligação entre a universidade e a indústria, motiva as gerações futuras para o sector, não só a nível técnico, mas também científico.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Novembro 01, 2007, 07:22:24 pm
Jovem engenheiro português premiado internacionalmente

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João Ramôa Correia, docente do Departamento em Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico (IST), venceu um prémio internacional que distingue contribuições excepcionais de jovens engenheiros.
 


O prémio, denominado "Outstanding Young Engineers Contributions" foi atribuído pela International Association for Bridge and Structural Engineering (IABSE) na categoria de jovens engenheiros com menos de 35 anos, em Weimar, na Alemanha.

O jovem engenheiro português ganhou o prémio no âmbito do estudo de novos materiais que possam substituir o aço e o betão na construção.

Actualmente pesquisam-se materiais compostos que têm origem na indústria aeronáutica e aeroespacial e o investigador do IST estuda a resistência desses novos materiais ao fogo.

A IABSE, fundada em 1929, é composta por 4000 membros, de 100 países e está ligada a todos os aspectos do planeamento, design, construção e manutenção de infra-estruturas civis.

 
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Enviado por: André em Novembro 16, 2007, 12:07:31 am
Universidade Minho recebeu dois prémios European Enterprise Awards

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A Universidade do Minho recebeu, segunda-feira em Lisboa dois prémios «European Enterprise Awards» nas categorias de «Vanguarda da Iniciativa Empresarial» e de «Apoio de Iniciativa Empresarial», anunciou hoje a Reitoria.

Segundo a fonte, os prémios, entregues pelo ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, distinguiram os projectos com maior destaque no apoio à iniciativa empresarial.

O Gabinete de Comunicação da Universidade adiantou que o vencedor na categoria «Vanguarda da Iniciativa Empresarial», entre 45 concorrentes nacionais, foi o programa INAUTO, que passou à fase seguinte onde irá competir a nível europeu, num outro concurso cujo resultado será apresentado dia 6 de Dezembro, no Porto.

O INAUTO foi desenvolvido por uma parceria alargada que incluiu oito universidades nacionais e internacionais, sete centros de investigação, mais de 60 empresas fornecedoras de componentes e três construtores, entre os quais se destaca a VW Autoeuropa, na aplicação de mais de 50 casos de estudo à indústria nacional.

«Um dos principais impactos do projecto foi a formalização de uma rede de suporte à indústria nacional centrada no Centro de Engenharia do CEIIA (CEIIA-CE) e na sua ligação às redes de conhecimento, nacionais e globais (MIT e Fraunhofer) através da implementação dos design studios», sublinha a fonte.

A Reitoria acentua que «esta plataforma integrada de inovação colectiva veio especializar a indústria em torno de estratégias de nicho, já em curso através da Plataforma Palmela (CEIIA-VW Autoeuropa), para promover a competitividade dos construtores e fornecedores nacionais».

Traz ainda um reforço de competitividade à Plataforma Norte de Portugal/Galiza (CEIIA-CTAG) para projectar a euro-região como piloto para a concepção, desenvolvimento e fabrico de novas soluções de mobilidade sustentável.

O prémio «Vanguarda da Iniciativa Empresarial» foi atribuído ao programa de «Spin-offs da Universidade do Minho», reconhecendo políticas inovadoras que promovam a iniciativa empresarial e atraiam investimento, particularmente em áreas em desvantagem.

Lançado em 2005, o programa contínuo permitiu, em apenas dois anos, o lançamento de cerca de 25 novas empresas de conhecimento intensivo e/ou base tecnológica que deram origem a 75 novos postos de trabalho altamente qualificados.

Estas novas empresas inovadoras têm surgido em domínios diversos como a Física, Geologia, Biotecnologia, Tecnologias da Informação e Comunicação, Engenharia dos Materiais, Engenharia Civil, Electrónica, Dispositivos Médicos, Ambiente, Gestão Especializada e Marketing.

Actualmente um novo projecto empresarial é, em média, criado por mês na Universidade do Minho através do Programa «Spin-offs da Universidade do Minho».

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Novembro 20, 2007, 02:08:59 pm
Investigadora Mónica Bettencourt Dias recebe quarta-feira Prémio Crioestaminal 2007

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A cientista portuguesa Mónica Bettencourt Dias recebe quarta-feira o Prémio Crioestaminal em Investigação Biomédica 2007 pela identificação de moléculas que contribuem para a formação dos centrossomas, um trabalho com implicações no diagnóstico da infertilidade e do cancro.

"O trabalho de investigação [de Mónica Bettencourt Dias] revela informações importantes sobre a estrutura das células responsável pela infertilidade e pelo cancro, algo inédito no panorama científico", considera em comunicado a Associação Viver a Ciência, que atribui o prémio.

A investigadora identificou as moléculas que contribuem para a formação e função dos centrossomas, que são as estruturas que regulam o esqueleto e a multiplicação das nossas células.

Cada uma das células do corpo humano tem apenas um centrossoma, mas em casos de doenças, como o cancro, há frequentemente muitos mais, apresentando uma estrutura alterada.

O trabalho da investigadora, publicado em prestigiadas revistas como a "Nature", a "Science" e a "Current Biology", avançou no conhecimento das moléculas envolvidas na formação e função dos centrossomas e permite diagnosticar de forma precoce se elas apresentam alguma alteração associada a alguma patologia.

Este prémio para o incentivo do desenvolvimento de investigação em Portugal, no valor de 20 mil euros, é o terceiro que a jovem cientista do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, recebe nas últimas semanas.

Na passada semana, a cientista foi a primeira da Península Ibérica a receber o Prémio Europeu Eppendorf pelos seus estudos na área da multiplicação celular, um prémio atribuído anualmente a jovens cientistas europeus com trabalhos na área da biomedicina.

Recebeu ainda o Prémio Pfizer de Investigação Básica 2007, no valor de 20 mil euros, em conjunto com a investigadora Ana Rodrigues Martins, pelo projecto de investigação "Revisiting the role of the mother centriole biogenesis", desenvolvido em colaboração com as Universidades de Cambridge e de Siena.

No ano passado, o prémio o Prémio Crioestaminal em Investigação Biomédica distinguiu o jovem investigador Helder Maiato, do Instituto de Biologia Molecular e Celular do Porto, por um projecto relacionado com a compreensão da multiplicação celular.

RTP / Lusa
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Enviado por: André em Novembro 22, 2007, 03:35:43 pm
NDrive lança o telemóvel S300 com tecnologia portuguesa

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A empresa portuguesa NDrive lançou hoje o telefone móvel NDrive Phone S300, com tecnologia desenvolvida em Portugal e que tem disponível sistema de navegação GPS, mapas de Portugal e sistema operativo Windows Mobile 6.

João Neto e Eduardo Carqueja, administradores da empresa, afirmaram hoje em conferência de imprensa que este é o primeiro telemóvel português com desenvolvimento tecnológico em Portugal, estando a sua produção a ser feita na China.

Para os responsáveis, o telemóvel tem um preço competitivo (399 euros) a nível internacional, comparando-o com outros telefones com características semelhantes.

João Neto adiantou que o NDrive Phone S300 vai estar a ser vendido no mercado português esta semana.

Só no próximo mês será lançado em Espanha e posteriormente em França e Itália, países onde os responsáveis da NDrive afirmaram ter feito contactos e ter recebido uma boa receptividade aos seus produtos.

O telefone utiliza tecnologia de segunda geração móvel, tem sistema operativo Windows Mobile 6 com Push Email, conectividade por Bluetooth 2,0 e Wifi (banda larga móvel); inclui aplicações profissionais Word, Excel e Power Point Mobile e uma função de scanner de cartões de visita que permite fotografá-los e passar os contactos directamente para o telemóvel.

O telemóvel disponibiliza um sistema de mapas detalhados de Portugal, incluindo Açores e Madeira, informação actualizada sobre trânsito, 70 mil pontos de interesse turístico com conteúdos detalhados e 20 mil fotografias e informação actualizada sobre farmácias de serviço, eventos culturais, meteorologia e radares fixos.

Como factor diferenciador deste novo telemóvel, João Neto apontou o facto do comprador do telefone ter acesso a todas as facilidades de navegação sem pagar qualquer tipo de assinatura, ao contrário do que se passa com os outros produtos disponíveis no mercado.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Novembro 24, 2007, 06:11:16 pm
Xenotransplante: uso de orgãos de animais por humanos defendido por investigadora portuguesa

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Viana do Castelo, 24 Nov (Lusa) - O homem poderá um dia fazer uma vida normal com um coração ou um fígado "doado" por um porco ou um chimpanzé, mas até lá "há muito trabalho a fazer" para garantir a segurança do xenotransplante.

A ideia foi defendida, sexta-feira, em Viana do Castelo, por Margarida Correia Neves, professora da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho e investigadora de Imunologia no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde, durante um jogo-debate sobre xenotransplante, ou seja, transplante de órgão de animais para seres humanos.

Segundo aquela investigadora, actualmente "já se faz em qualquer lado" o transplante para pessoas de pequenas partes de órgãos de animais, como válvulas cardíacas ou vasos sanguíneos, sobretudo do porco mas também, em alguns casos, da vaca.

No entanto, ainda não se conseguiu o transplante, com êxito, de um órgão inteiro, apesar de alguns ensaios já efectuados.

"Num dos casos, o receptor aceitou o fígado de um primata, a cirurgia correu bem, mas a pessoa acabou por morrer de infecções", referiu Margarida Neves.

O problema, explicou, é que para se fazer um xenotransplante "é necessário reduzir muito a resposta imunitária" do receptor, que assim fica muito mais vulnerável e mais sujeito a contrair infecções.

"Há muito trabalho ainda a fazer para se conseguir efectuar um xenotransplante com segurança", frisou.

Disse que, sobre este assunto, há as mais díspares teses, havendo alguns investigadores que são "extremamente optimistas" e que acreditam que será possível fazer um xenotransplante brevemente, enquanto que outros garantem que ainda haverá 20 ou 30 anos pela frente "até lá chegar".

O xenotransplante poderá dar uma ajuda no combate às listas de espera, mas Margarida Correia Neves acredita que as pessoas só o usarão em último recurso, até porque hoje em dia há cada vez mais "correcções artificiais" em materiais sintéticos, nomeadamente corações.

"Se perguntar a uma pessoa se prefere o coração de um porco ou um coração artificial em material sintético, a resposta parece óbvia. As pessoas têm medo do xenotransplante e com razão, porque é menos seguro e exige uma redução muito maior da resposta imunitária", referiu.

"Há vários vírus que entraram na população humana que vêm dos animais, como é claramente o caso do vírus da ébola. O próprio vírus da Sida é muito discutível se veio ou não dos animais", lembrou.

Reconheceu ainda haver uma "relutância natural" das pessoas em receber órgãos de animais, da mesma forma que há 30 anos "a fertilização 'in vitro' era vista como uma coisa horrorosa, a gente achava que ia nascer um Frankenstein. Hoje em dia, conhece alguém que ainda tenha medo?", questionou.

Por isso, defendeu que as investigações na área do xenotransplante devem prosseguir e manifestou-se convicta de que a ciência acabará por encontrar cada vez melhores resposta, a exemplo do que aconteceu com os avanços no tratamento do cancro da mama e da Sida.

Margarida Correia Neves não fugiu às questões de ética animal que o xenotransplante poderá levantar, mas criticou aqueles que por um lado acham que não se deve usar para investigações que podem salvar uma vida, e por outro comem ovos ou carne de produção industrial.

"A questão é saber se o homem é ou não um ser superior e tem ou não direito a usar animais. Se aceitarmos que tem, acho muito mais nobre usar animais para investigação, para conseguir vacinas novas, medicamentos novos, órgãos novos e salvar uma vida, do que usá-los para produção industrial de carne, que não é essencial à vida", rematou.

:shock:
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Enviado por: comanche em Novembro 24, 2007, 06:32:28 pm
Inovação: Quinze empresas potuguesas certificadas com sistema de gestão da Cotec



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Lisboa, 23 Nov (Lusa) - As quinze primeiras empresas portuguesas certificadas com um sistema de gestão de inovação da Cotec foram hoje apresentadas pelo coordenador da Iniciativa de Desenvolvimento Sustentado da Inovação Empresarial, João Picoito, que espera que atinjam o milhar em 2010.

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Entre as empresas que aplicaram o sistema de gestão da inovação apoiado pela Cotec e foram certificadas pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), há a nomear a Amorim Revestimentos, Bial, Brisa, Efacec, Havione FarmaCiência, Imperial, a Martifer Energia e a Mota - Engil.

Segundo João Picoito, "em Portugal, as empresas devem introduzir nas suas organizações o sistema de gestão da inovação segundo o referencial normativo da Cotec. Por agora são quinze, mas esperamos que ascendam a 1.000 no final de 2010".

"Estas empresas-piloto foram seleccionadas e puseram em prática, com o apoio da Cotec e de outras empresas de consultadoria, o sistema de gestão de inovação, que lhes permitirá aumentar a produtividade e contribuir para a melhoria da competitividade do país", disse à agência Lusa o coordenador global da Iniciativa de Desenvolvimento Sustentado da Inovação Empresarial.

A Cotec - Associação Empresarial para a Inovação - apresentou hoje no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, os resultados do projecto de "Innovation Scoring", o qual permitirá às organizações empresariais uma melhor avaliação e adequada medição das suas actividades de inovação.

Este projecto integra-se na Iniciativa sobre o Desenvolvimento Sustentado da Inovação Empresarial, que integra outros três projectos distintos: "Identificação e Difusão de Modelos e Mecanismos Empresariais Indutores de Desenvolvimento e Inovação (IDI), "Certificação da Gestão da IDI" e "Definição de uma Metodologia de Classificação das Actividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação", já apresentadas publicamente.

As restantes empresas certificadas foram a Nokia Siemens Networks Portugal, a Primavera Business Solutions, Portugal Telecom Inovação, Somague Engenharia, Sonae Indústria e TMG (empresa de tecidos plastificados para a indústria automóvel).

A sessão foi encerrada pelo ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho.

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Enviado por: comanche em Novembro 26, 2007, 08:22:47 pm
Ciência: Investigadora portuguesa descobre que os genes que diferenciam as células estaminais estão activos desde o início


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Lisboa, 26 Nov (Lusa) - Os genes que orientam as células estaminais na descoberta da sua vocação para se transformarem em determinado órgão estão activos desde o início e não completamente desligados, como se pensava, revela um estudo da investigadora portuguesa Ana Pombo.

As células estaminais são células embrionárias muito pouco diferenciadas, que têm o potencial de se diferenciarem para dar origem a quaisquer outras células dos mais de 200 tipos que temos no nosso organismo.

"Qualquer órgão começa sempre com uma célula estaminal, que pode dar origem a uma célula do fígado ou uma célula nervosa ou do músculo, por exemplo, mas o que distingue os diferentes resultados, as diferentes células, é que elas vão ter uma 'cromatina' diferente, vão expressar os genes de maneira diferente", explicou à Agência Lusa Ana Pombo, investigadora no Imperial College London, que liderou o estudo "Ring1-mediated ubiquitination of H2A restrains poised RNA polymerase II at bivalent genes in ES cells", publicado esta semana na Nature Cell Biology.

"Cada um dos diferentes tipos de células usa o genoma de forma diferente e expressa certos tipos de genes de uma maneira muito controlada, de forma que se olharmos para uma célula do fígado, ela vai estar a fazer todos os processos que têm a ver com metabolizar, mas se olharmos para uma célula do cérebro ela vai ter outros tipos de proteínas", acrescentou.

O estudo de Ana Pombo debruçou-se sobre estes genes encarregues de iniciar a diferenciação, chamados "developmental regulator genes", e que fazem com que as células tomem estas decisões 'vocacionais' logo ao princípio.

"O que nós vimos é que estes genes estão num estado muito peculiar nas células estaminais, o que tem provavelmente a ver com o facto de eles terem de ser usados desta maneira tão importante", afirmou.

Por um lado, estes genes têm de estar silenciosos, porque assim que uma célula estaminal começa a expressar este gene de diferenciação começa a diferenciar-se e deixa de ser estaminal.

"Mas, por outro lado, têm que poder activar-se muito facilmente", salienta Ana Pombo.

"É como deixar a televisão em stand-by", exemplifica.

"É só carregar no botão e ele avança", explica, salientando que, antes deste trabalho, a comunidade científica pensava que estes genes estavam, inicialmente, completamente inactivos, "como se a televisão estivesse desligada na ficha ou mesmo dentro da caixa".

"O que nós vimos é que eles estão muito prontos para serem expressados, é só mesmo ligar, mas é claro que o processo é complexo e não se trata só de um botão, mas de um comando com muitos botões", refere.

Quando determinado 'desenvolvimental regulated genes' começa a ser expresso numa determinada célula estaminal, "ela pensa, por exemplo, que tem de se transformar em músculo ou, se ele está desligado, a célula começa a pensar que vai dar origem a uma célula nervosa".

"Se fizermos um diagrama começamos com as células estaminais e depois fazemos setinhas que vão dar a outras células que se chamam 'progenitor', que já enveredaram por um caminho, mas ainda não se decidiram. Estas vão depois dar a outras células já mais diferenciadas e depois do crescimento do embrião vamos então ter células que já estão completamente diferenciadas", sintetizou.

"A partir do momento em que isto acontece já não se pode voltar atrás, pelo menos naturalmente", salienta a investigadora.

Daí a importância de estudar estes genes, visto que controlam as primeiras etapas da diferenciação.

A equipa pretende agora descodificar este processo de diferenciação.

"Nós não sabemos exactamente como é que isto se estabelece. O que descobrimos é que a enzima que transcreve a informação destes genes está numa configuração muito estranha, como se, voltando à analogia anterior, o tal comando tivesse botões com uma forma que não conhecemos", afirmou.

"O que vamos tentar compreender é como é que estes genes adquirem esta configuração, como é que se activam, como é que funcionam e isto vai-nos ajudar a entender como é que podemos controlar os processos de diferenciação para fazer terapias celulares ou partir de células adultas para criar células estaminais, à semelhança dos actuais métodos das técnicas de clonagem, que têm obtido resultados pouco eficientes", salienta.

"Não sabemos se vamos chegar a melhorar esta eficiência, mas o nosso trabalho actualmente é nesta área: procurar entender melhor no futuro como é que a cromatina e a regulação destes genes funciona", conclui.

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Enviado por: André em Novembro 28, 2007, 07:20:35 pm
CTT lançam primeiro selo de cortiça do mundo

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Os CTT lançaram hoje o primeiro selo de cortiça do mundo na Assembleia da República, numa edição única de 230 mil exemplares que está «praticamente esgotada».

«É um selo muito bonito, que homenageia em simultâneo quer a cortiça quer o sobreiro e o papel que o montado tem representado para fins ambientais em Portugal», destacou o presidente dos CTT, Luís Nazaré, no final da cerimónia de lançamento.

O selo, com a imagem de um sobreiro, tem o valor facial de um euro, e o presidente dos CTT assegura que a edição de 230.000 exemplares «está praticamente esgotada», estando afastada a possibilidade de uma segunda edição.

«Nunca fazemos segundas edições, é por isso que a filatelia portuguesa é tão considerada», explicou.

O presidente dos CTT sublinhou que, sendo uma estreia a nível mundial, não foi fácil produzir este selo de cortiça, em que cada exemplar é uma peça única.

«Tivemos de encontrar um material especialmente fino, que aguentasse a impressão, não se degradasse rapidamente e que pudesse ter no verso uma fita auto-adesiva», explicou, recusando contudo revelar o custo final da produção deste selo.

Na cerimónia de lançamento estiveram presentes o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, o ministro da Agricultura, Jaim Silva, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva.

Lusa / SOL
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Enviado por: comanche em Novembro 29, 2007, 06:52:26 pm
Tecnologia: Universidade de Évora e empresa criam protótipo para aumentar rendimento painéis fotovoltaicos


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Évora, 29 Nov (Lusa) - A Universidade de Évora e uma empresa de energias renováveis criaram um protótipo que automatiza a orientação dos painéis fotovoltaicos e maximiza a captação da radiação solar, obtendo mais 20 por cento de rendimento energético.

João Figueiredo, um dos inventores do protótipo, inovador na tecnologia utilizada, explicou hoje à agência Lusa que o equipamento obteve este mês a patente, emitida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

"O pedido foi feito a 10 de Maio deste ano e a patente foi atribuída há cerca de duas semanas", afirmou, referindo que o processo foi desencadeado pela Universidade de Évora e pela empresa Lobo Solar, Energias Renováveis, também sedeada em Évora.

Segundo João Figueiredo, docente e director do Centro de Engenharia Mecatrónica da academia alentejana, este equipamento segue a incidência dos raios solares e transmite essa informação aos painéis fotovoltaicos de uma central, para automaticamente os orientar para o local correcto e optimizar o seu rendimento.

Em termos nacionais e mundiais, explicou, já existem outros equipamentos industriais, utilizados nas centrais fotovoltaicas, que fazem este seguimento da incidência solar, mas com diferentes tecnologias da aplicada neste protótipo.

"Recorrem, por exemplo, a prismas para medir os raios solares, mas a vantagem do protótipo que desenvolvemos é que faz uma medição directa, não indirecta como aqueles", disse.

A invenção da Universidade de Évora e da Lobo Solar utiliza uma pequena célula fotovoltaica, motorizada em dois eixos, que mede a radiação directa, "com a mesma grandeza da potência eléctrica que os painéis estão a fornecer".

Os primeiros parques solares, lembrou, "não eram motorizados", tendo depois evoluído para uma motorização assente num eixo, ou seja, os painéis automaticamente alteram a sua posição consoante o sentido nascente/poente do Sol.

"Só que o Sol nem sempre está na mesma posição, quer estejamos no Inverno, em que está mais baixo, quer no Verão, em que está mais alto", realçou, referindo que nessas centrais solares, para considerar esse eixo, a orientação dos painéis "tem que ser alterada manualmente".

Nos parques solares mais recentes, os dois eixos já são completamente automatizados, com as tais tecnologias semelhantes às do protótipo desenvolvido em Évora, embora só este faça a medição directa dos raios solares.

"É uma vantagem o sensor ter a mesma tecnologia do sistema de produção de electricidade e foi a hipótese que aplicámos para resolver o problema da orientação `cega`, pré-programada, dos painéis fotovoltaicos", reafirmou.

Com o aumento do preço do petróleo, que faz com que os investimentos sejam "amortizados mais cedo", e a energia cada vez mais cara, tecnologias como esta, que garantem "um acréscimo de 20 por cento do rendimento energético", são "importantes" para as empresas que apostam na energia solar fotovoltaica.

O protótipo concebido pela Universidade de Évora e pela empresa destina-se a instalações industriais, mais do que a unidades domésticas, onde preferencialmente está instalada energia solar térmica, para aquecimento da água.

"Este equipamento até é barato. O que fica mais dispendioso é a motorização que é necessária de todos os painéis da central. Mas o rendimento superior compensa", afiançou.

Agora, com este Sistema Automático de Orientação de Painéis Fotovoltaicos patenteado para Portugal, quem pretenda aplicar esta tecnologia no país tem que a adquirir aos titulares da patente.

"Essa avaliação sobre se este sistema é ou não vantajoso depende das empresas", disse João Figueiredo, adiantando que, consoante a aceitação comercial do produto, a Universidade de Évora e a Lobo Solar irão equacionar se adquirem a patente internacional do protótipo.

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Enviado por: Jorge Pereira em Dezembro 01, 2007, 01:52:09 am
Citação de: "André"
NDrive lança o telemóvel S300 com tecnologia portuguesa

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A empresa portuguesa NDrive lançou hoje o telefone móvel NDrive Phone S300, com tecnologia desenvolvida em Portugal e que tem disponível sistema de navegação GPS, mapas de Portugal e sistema operativo Windows Mobile 6.

João Neto e Eduardo Carqueja, administradores da empresa, afirmaram hoje em conferência de imprensa que este é o primeiro telemóvel português com desenvolvimento tecnológico em Portugal, estando a sua produção a ser feita na China.

Para os responsáveis, o telemóvel tem um preço competitivo (399 euros) a nível internacional, comparando-o com outros telefones com características semelhantes.

João Neto adiantou que o NDrive Phone S300 vai estar a ser vendido no mercado português esta semana.

Só no próximo mês será lançado em Espanha e posteriormente em França e Itália, países onde os responsáveis da NDrive afirmaram ter feito contactos e ter recebido uma boa receptividade aos seus produtos.

O telefone utiliza tecnologia de segunda geração móvel, tem sistema operativo Windows Mobile 6 com Push Email, conectividade por Bluetooth 2,0 e Wifi (banda larga móvel); inclui aplicações profissionais Word, Excel e Power Point Mobile e uma função de scanner de cartões de visita que permite fotografá-los e passar os contactos directamente para o telemóvel.

O telemóvel disponibiliza um sistema de mapas detalhados de Portugal, incluindo Açores e Madeira, informação actualizada sobre trânsito, 70 mil pontos de interesse turístico com conteúdos detalhados e 20 mil fotografias e informação actualizada sobre farmácias de serviço, eventos culturais, meteorologia e radares fixos.

Como factor diferenciador deste novo telemóvel, João Neto apontou o facto do comprador do telefone ter acesso a todas as facilidades de navegação sem pagar qualquer tipo de assinatura, ao contrário do que se passa com os outros produtos disponíveis no mercado.

Diário Digital / Lusa

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.pcdebolso.com%2FimgNews2%2Fndrives300.jpg&hash=7728719586d82ff906a254c00a6dac29)

Experimentei-o ontem e fiquei  :shock:  :shock:

É uma autêntica jóia tecnológica sem paralelo, tanto pela qualidade como pelo preço.

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Características


Os mapas mais recentes e completos em cartão de memória
Interface extramamente simples: operação só com um dedo desenvolvida para utilizadores sem qualquer experiência
Navegação para qualquer endereço ou ponto de interesse: em qualquer região ou país navegue de forma simples com instruções de voz
Pesquisa rápida e simples de conteúdos: base de dados de vias e pontos de interesse com milhares de registos
Suporte para informação dinâmica: previsão de tempo, farmácias de serviço e eventos culturais (dados disponíveis conforme o país)
Suporte para telefone: telefone directamente para um ponto de interesse ou aceda informação dinâmica (requer GSM)
Multimédia: ouça música, veja vídeos ou fotos (depende do dispositivo)
Suporte multilingue: interface e instruções de voz
Funções avançadas: envie e receba localizações por SMS, avisos de excesso de velocidade e radares

Especificações técnicas

        Plataforma

Microsoft Windows Mobile 6.0 Professional com Direct Push Mail
Combinação GSM/GPRS/PDA e GPS

GSM/GPRS pode ser desligado, funcionando unicamente como PDA
        Características físicas

121.39 mm x 62.9 mm x 16 mm
148 g
     
  Funcionalidades Base

Processador 416 MHz
128 MB ROM + 64 MB RAM
Suporta MicroSD

Câmara integrada 2 mega-pixel com Macro
Bateria de 1500 mAh Li-Ion
Bluetooth v2.0 A2DP
       
Funcionalidades PDA

Outlook Mobile (integração com MS Outlook de Contactos, Notas, Tarefas,...)
Word Mobile

Excel Mobile
Powerpoint Mobile
Messenger

Pocket Windows Media Player
       
 Funcionalidades GSM/GPRS/Wireless

GSM/GPRS - Quad-band  
GPRS classe 10 e Wireless Modem
GPS Sirf III
WiFi / WLAN : IEEE 802.11b/g (máximo 11Mbps)

Chamada em espera, chamada em conferência, ...
SMS integrado com o Pocket Outlook
Pocket Internet Explorer (HTML, WML, XML, WAP 2.0)
MMS
Toques Polifónicos (MIDI) e Reais, Áudio digital (Wav), MP3

Entre outras funcionalidades...
       
Autonomia

200 horas em standby
Bateria recarregável, Li-ion 1500 mAh  
       
Outras características

Ecrã Reflectivo TFT (240x320 pixel) com 65000 Cores - Touch Sensitive com Trackball
Aúdio MP3 estério


O software de navegação é do melhor se não mesmo o melhor que existe na actualidade.

Talvez seja a minha prenda de Natal. :G-Ok:  


 :arrow: http://www.ndriveweb.com/ (http://www.ndriveweb.com/)
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Enviado por: André em Dezembro 03, 2007, 03:37:50 pm
NDrive apresenta equipamento de navegação por satélite, com imagens tridimensionais a cores

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A NDrive apresentou hoje um equipamento de navegação por satélite, com imagens tridimensionais a cores, que "é um produto disruptivo", o único a nível mundial, segundo Eduardo Carqueja e João Neto, administradores da tecnológica portuguesa.

Em conferência de imprensa, Eduardo Carqueja indicou que o NDrive G800 significa a entrada da empresa nos equipamentos de navegação GPS de gama alta, com um sistema inovador a partir de software desenvolvido pela empresa.

Os administradores da tecnológica portuguesa adiantaram que o NDrive G800 estará à venda sábado, em Portugal, e na próxima semana também em Espanha, França e Itália, admitindo que até ao final de 2008 deverá estar disponível em dezena e meia de países da Europa Ocidental e nos EUA.

O NDrive G800, com 8 giga byte de memória interna, dispõe também de capacidades multimédia, jogos, calculadora e tecnologia bluetooth, o que permite a sua interligação com telemóveis ou com sistemas áudio de automóveis que tenham aquela tecnologia, observou Eduardo Carqueja.

As imagens tridimensionais são obtidas a partir de fotografias aéreas captadas pela empresa norueguesa Blom, que é a maior firma de fotografia aérea, e dispõe de 12 aviões que tiram 5 fotografias em simultâneo, com um ângulo de 45 graus, o que permite apanhar as fachadas dos edifícios, ao contrário dos satélites, que apenas fornecem imagens de cima, disse Eduardo Carqueja.

O mesmo responsável revelou ainda que a Blom tem fotografia aéreas de mais de 900 cidades europeias e que tirou no último verão imagens aéreas da grande Lisboa, grande Porto e das principais cidades portuguesas, que permitem ver no GPS as fachadas dos edifícios e monumentos com quatro níveis de zoom, tornando muito mais fácil exactamente onde se está.

Os administradores da NDrive previram que os equipamentos de navegação por satélite vão migrar para esta tecnologia, mas destacaram que a empresa portuguesa "está à frente da concorrência" por ser actualmente a única que dispõe do software que a suporta.

Eduardo Carqueja indicou que a empresa espera vender 50 mil NDrive G800 até ao fim de 2008, alargar as imagens tridimensionais a outros equipamentos, incluído um telefone móvel com GPS, e vender 400 mil equipamentos com esta nova tecnologia no próximo ano.

Os administradores da empresa revelaram que os três mil telefones móveis NDrive com GPS lançados em meados de Novembro no mercado português estão esgotados e têm grande procura, estando "a caminho" mais equipamentos.

João Neto salientou que a NDrive "vai lançar muitas novidades" no mercado nos próximos tempos, incluindo a tecnologia tridimensional em equipamentos mais baratos, e sublinhou que a NDrive tem uma "exclusividade de facto" desta tecnologia por mais ninguém possuir o software desenvolvido.

Eduardo Carqueja disse que outra área em que a NDrive acredita e é diferenciadora é a dos conteúdos, com inclusão de informação útil, incluindo localização de empresas, serviços e estabelecimentos comerciais e informação dinâmica como farmácias de serviço.

João Neto indicou que a empresa prevê facturar entre 10 e 11 milhões de euros em 2007, sendo três quartos da venda de equipamentos e um quarto de venda de licenças, e investiu este ano cerca de meio milhão de euros em desenvolvimento.

A empresa emprega quatro dezenas de trabalhadores, 80 por cento dos quais licenciados, trabalhando 12 na área do desenvolvimento.

Lusa
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Enviado por: comanche em Dezembro 04, 2007, 11:39:04 am
Ciência: Aplicação informática que analisa comportamento de genes recebe hoje prémio de inteligência artificial


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Covilhã, Castelo Branco, 04 Dez (Lusa) - Uma aplicação informática que analisa o comportamento de genes em processos biológicos recebe hoje o Prémio Nacional de Trabalhos de Licenciatura, atribuído pela Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial.

O trabalho na área da Bioinformática foi desenvolvido por Joana Gonçalves, de 24 anos, natural da Covilhã, que este ano concluiu a licenciatura em Engenharia Informática na Universidade da Beira Interior.

A aplicação recorre a conceitos de inteligência artificial para "analisar dados científicos e determinar se determinado grupo de genes está a funcionar em conjunto num processo biológico", adiantou a autora à Agência Lusa.

"Sabe-se, por exemplo, que se determinado grupo de genes estiver a funcionar mal, pode provocar doenças", descreveu.

Assim, a aplicação comporta-se como "uma ferramenta", que "permite uma primeira despistagem de dados obtidos em experiências", auxiliando o trabalho de campo de biólogos, referiu Joana Gonçalves.

O trabalho BiGGEsTS - BiclusterinG Gene Expression Time-Series foi orientado por Sara Madeira, docente do Departamento de Informática da UBI.

Joana Gonçalves dedica-se desde Setembro ao doutoramento em Engenharia Informática e de Computadores no Instituto Superior Técnico e participa em actividades do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Investigação e Desenvolvimento.

A jovem acredita que a inteligência artificial vai estar cada vez mais ligada ao quotidiano das pessoas, "mas não tanto naquela visão clássica de robôs e máquinas que se assemelham a pessoas".

"Penso que a abordagem não será tanto essa, mas sobretudo arranjar métodos que consigam descobrir conhecimento relevante na informação com que lidamos, para bem da comunidade científica e da comunidade em geral", referiu Joana Gonçalves.

Satisfeita e ao mesmo tempo surpresa com o prémio que hoje recebe, Joana Gonçalves considerou que o melhor conselho a dar a jovens alunos e investigadores é o de "fazerem aquilo que gostam e darem sempre o seu máximo".

"Penso que dessa forma, de uma maneira ou outra, o trabalho acaba por ser conhecido e recompensado", concluiu.

O prémio vai ser entregue sessão de abertura do Encontro Português de Inteligência Artificial (EPIA 2007), a partir das 09:00, em Guimarães.

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Enviado por: comanche em Dezembro 04, 2007, 06:02:18 pm
Mariano Gago destaca "enorme progresso" registado em Portugal na relação universidade/empresas


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Porto, 04 Dez (Lusa) - O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior destacou hoje o "enorme progresso" registado em Portugal na relação universidades/empresas, mas salientou que, apesar de estarem criadas as condições para uma efectiva cooperação, os resultados não são imediatos.

"São precisas regras de mercado que promovam a investigação empresarial e condições legais apropriadas para uma cooperação sem restrições entre os sectores público e privado", afirmou Mariano Gago, considerando que "estas condições existem hoje em Portugal".

Contudo, afirmou em conferência de imprensa no final da conferência Manufuture 2007, que hoje terminou no Porto, os resultados não se produzem por receita médica, mas por persistência de medidas".

Neste âmbito, o ministro considerou essencial o recente aperfeiçoamento, pelo Governo, de métodos de avaliação independente dos sistemas de investigação financiados por dinheiros públicos, de forma a "separar o trigo do joio".

Paralelamente, destacou a importância do investimento na formação de pessoas, "senão não há massa crítica por onde escolher".

"Para Portugal foi, também, essencial o encorajamento, e a quase obrigatoriedade, de criação de parcerias entre as instituições de investigação", sustentou Mariano Gago.

Ainda assim, o ministro admitiu existir ainda em Portugal, consoante os sectores em causa, uma "diversidade enorme" de situações no que concerne à relação universidade/empresas.

"Nas grandes universidades mais técnicas a colaboração com a indústria nacional e até de outros países é intensíssima, registou-se um enorme progresso que vem dos dois lados, quer das universidades, quer das empresas", sustentou.

A prová-lo, considerou, está o crescimento da investigação e desenvolvimento empresarial, "que na última década foi explosivo, em grande parte devido às pessoas que foram qualificadas e ao ambiente de mercado e de negócio que se gerou".

É que, admitiu, "durante muitos anos em Portugal quase não havia pessoas em quantidade e qualidade suficientes para resolver os problemas a nível da investigação, tendo que se recorrer a investigadores de fora do país", mas actualmente "a situação mudou radicalmente".

Apesar desta evolução, o empresário Belmiro de Azevedo, presidente do Industrial Advisory Group da plataforma europeia Manufuture, considerou haver ainda "falta de comunicação entre as universidades e a indústria".

"Muitas vezes as pessoas, nas empresas, não querem formular questões às universidades", disse, atribuindo estas reservas à "falta de profissionais de investigação na indústria", que contrasta com o "excesso de doutorados nas universidades".

Um desequilíbrio que, para o empresário, se resolveria com a "transferência de alguns [investigadores] da academia para a indústria", onde seriam "bons comunicadores" entre os dois mundos.

Integrada na Presidência Portuguesa da União Europeia, a conferência Manufuture 2007 debateu os desafios da indústria transformadora europeia no actual contexto de competição global e analisou a primeira fase de execução do 7º Programa Quadro para Invesgigação e Desenvolvimento da União nas áreas da Ciência e Tecnologia.

O encontro, que decorreu segunda-feira e hoje, no Porto, contou com a presença do vice-presidente para a investigação do grupo Daimler, Heinrich Flegel, do vice-presidente do Banco Europeu de Investimento, Carlos Costa, e de investigadores das universidades de Hong Kong (Mitchell Tseng) e da Pensilvânia (James Thompson), para além do Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa, Carlos Zorrinho, e do ministro Mariano Gago.

O evento incluiu ainda um conjunto de 'workshops' acolhidos por empresas portuguesas líderes nos seus sectores, em que foram apresentados casos de sucesso nacionais e de outros países europeus e debatidos desafios e propostas de acção.

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Enviado por: André em Dezembro 05, 2007, 06:15:36 pm
Três jovens cientistas recebem prémio de 20 mil euros de incentivo à investigação feita por mulheres em Portugal

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Um projecto que procura uma forma mais eficaz de aplicação de fármacos, contribuindo para diminuir os seus efeitos secundários no organismo, foi um dos três contemplados por um prémio de incentivo à investigação desenvolvida por mulheres em Portugal.

"Tentamos preparar nanopartículas, que são pequenas esferas, com materiais lipidicos muito parecidos com os lípidos presentes no organismo humano, para que levem uma determinada droga ou substância para um determinado local de acção", explicou à Agência Lusa Eliana Souto, de 31 anos, doutorada em Nanotecnologia, Biofarmácia e Biotecnologia Farmacêutica pela Universidade Livre de Berlim e actualmente investigadora na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa.

A possibilidade de a droga ser dirigida para o local onde deve actuar faz diminuir a quantidade de medicamento necessária, reduzindo os seus efeitos secundários no organismo humano e o custo das terapêuticas, disse Eliana Souto, realçando que este trabalho pode demorar ainda dois anos a concretizar.

Além de Eliana Souto, foram contempladas com o prémio de apoio à investigação "Medalhas de Honra L'Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência", no valor individual de 20 mil euros, duas outras jovens investigadoras em projectos dedicados ao estudo do cancro do pulmão e do síndrome metabólico (pré-diabetes).

Iola Duarte, de 32 anos, investigadora do Laboratório Associado CICECO da Universidade de Aveiro, foi contemplada por estudos para compreender o comportamento metabólico dos tumores e chegar a modelos de classificação capazes de distinguir tecido tumoral de tecido normal.

Este projecto, que desenvolve em colaboração com os Hospitais e a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, poderá resultar num novo meio de diagnóstico precoce destes tumores complementar à análise convencional.

A investigadora Anabela Rolo, 30 anos, do Centro de Neurociências e Biologia Celular do Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra, foi a terceira premiada, por um projecto que pretende identificar quais são as alterações metabólicas e moleculares que ocorrem nos doentes com o síndrome metabólico, também conhecido como pré-diabetes.

O objectivo da investigadora é chegar a uma terapêutica que interrompa o ciclo de alterações metabólicas destes pacientes, ajudando, deste modo, a prevenir o desenvolvimento da diabetes tipo 2.

O prémio, no valor individual de 20 mil euros, é atribuído pela quarta vez em Portugal numa parceria entre a L'Oréal Portugal, Comissão Nacional da UNESCO e Fundação para a Ciência e a Tecnologia, inspirado no programa internacional L'ORÉAL-UNESCO For Women in Science, que desde 1999 tem atribuído prémios a investigadoras de todo o mundo.

Lusa
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Enviado por: comanche em Dezembro 05, 2007, 06:21:22 pm
Ciência: Fundos de investimento devem apoiar parcerias entre investigadores e empresas - Universidade do Porto


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Porto, 05 Dez (Lusa) - O vice-reitor da Universidade do Porto (UP), Jorge Gonçalves, desafiou hoje os fundos de investimento a apoiarem a realização de parcerias entre investigadores e empresários geradoras de oportunidades de negócio.

Jorge Gonçalves, que é o responsável pela área da Investigação, Desenvolvimento e Inovação da UP, deu como exemplo dois projectos com "inegável interesse económico" que estão a ser actualmente desenvolvidos na Universidade do Porto, um novo sistema de controlo de tráfego e um novo software de gestão de comunicações e de comércio electrónico.

O académico falava durante a sessão de abertura do "i-techpartner Software Forum", que hoje se iniciou no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, reunindo os principais responsáveis da indústria europeia de software.

Na sua intervenção, a vice-presidente da CCDR-N Cristina Azevedo realçou que "o Fórum vem dinamizar e dar maior visibilidade à investigação que é feita nesta área".

Cristina Azevedo sublinhou o papel que a sua instituição tem exercido no apoio a "centros de investigação e empresas que queiram dinamizar no seu seio núcleos de I&D".

Aquela responsável destacou, como exemplo desse esforço, "o concurso que a CCDR-N tem a correr, dirigido às micro e pequenas empresas (até 50 trabalhadores) de toda a região Norte, no valor de 57 milhões de euros, equivalente a 133 milhões de euros de investimento".

Os trabalhos do "i-techpartner Software Forum", que se realiza pela primeira vez em Portugal, reúnem a nata da indústria europeia de software durante dois dias no que é considerado como "uma oportunidade única para empresas de alta tecnologia, organizações de I&D e investidores trocarem experiências e estabelecerem contactos para possíveis parcerias de negócio".

Estão presentes 40 multinacionais, 30 empresas em rápido crescimento, 30 centros de investigação de topo, 50 fundos de investimento e mais de 250 peritos em tecnologia e inovação de PME`s e instituições públicas europeias.

O programa do evento inclui debates sobre a situação da indústria e formas de transferência de tecnologia entre centros de investigação e empresas, apresentações de case-studies internacionais e reuniões individuais entre investigadores e investidores.

O "i-techpartner Software Forum" está integrado na Semana das PME, promovida pelo IAPMEI no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia, estando a sua organização a cargo da Universidade do Porto e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), no âmbito da Europe Unlimited - Venture Capital.

Contando com o patrocínio da Comissão Europeia, a rede "i-techpartner" envolve empresas e centros de inovação de 15 regiões da UE (entre elas o Norte de Portugal) com o objectivo de promover o aproveitamento económico pelas PME`s europeias da investigação científica aí produzida.

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Enviado por: André em Dezembro 05, 2007, 06:28:36 pm
Tecnologia portuguesa na conquista do Espaço

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Equipamento da Efacec no laboratório espacial europeu Columbus
O novo laboratório espacial europeu Columbus, que é lançado quinta-feira do Cabo Canaveral rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo do vaivém Atlantis, inclui tecnologia portuguesa totalmente concebida pelo grupo Efacec.

É uma bandeira a nível nacional, porque é a primeira vez que um voo espacial integra tecnologia portuguesa de raiz. E para nós também é muito importante, porque significa um poço de conhecimento numa área de ponta", disse à Lusa o administrador executivo do grupo Efacec, Alberto Barbosa.

Denominado EuTEMP, o equipamento espacial foi integralmente concebido e produzido pela EFACEC, certificado pela NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA).

"É a primeira vez que vai ser instalado um módulo, em que todo o processo, desde a concepção até ao desenvolvimento, passando pelo projecto, hardware e software, electrónica e mecânica, foi totalmente produzido em Portugal pelos engenheiros da Efacec", frisou Alberto Barbosa.

EuTEMP vai medir as temperaturas no Espaço

O EuTEMP será montado na parte externa do módulo europeu Columbus, com o objectivo de medir a temperatura num "momento crítico": quando o astronauta sai para a montagem da Plataforma de Experiências Externa da ESA (EuTEF), dedicada à demonstração em órbita de tecnologias espaciais.

"O equipamento vai permanecer bastante tempo no espaço, mas o momento crítico da sua função é durante a montagem do Columbus, durante duas ou três horas, altura em que vai medir as variáveis físicas, a temperatura de vários pontos, uma fase em que a temperatura pode descer a valores muito baixos", explicou o responsável da empresa.

O ambiente espacial é muito agressivo, podendo as temperaturas variar rapidamente desde as extremamente frias de menos 140 graus centígrados, quando os equipamentos estão à sombra, até aos 400 graus positivos, quando expostos ao Sol, explica a empresa num documento.

Apesar das simulações que têm em consideração os fluxos térmicos, podem surgir situações imprevisíveis, havendo por isso necessidade de monitorizar as temperaturas dos vários instrumentos da plataforma.

Concebido durante mais de dois anos, o EuTEMP é uma unidade de medida e aquisição de temperatura de pequenas dimensões, autónoma e alimentada por baterias, que foi construído de modo a resistir às temperaturas do ambiente espacial pelo menos durante diversos dias após o seu lançamento.

O EuTEMP transmitirá os dados para a Terra, através do Columbus, e foi construído para se manter três anos no espaço, podendo funcionar isolado durante 30 dias.

Obedece a vários requisitos de segurança e de qualificação da ESA e da Nasa, resistência a temperaturas extremas e integração eficiente com a plataforma EuTEF.

Os testes de qualificação para os requisitos da ESA tiveram lugar em 2004 e 2005 nos European Space Research and Technology Centre (ESTEC) na Holanda.

A partir de agora, além dos laboratórios norte-americano e russo, a Estação Espacial Internacional passa também a ter um laboratório europeu, cuja construção começou em 1992 com um custo de 1.300 milhões de euros, onde podem ser feitas várias experiências na área da biotecnologia e medicina, entre outras.

Portugal é membro da ESA desde 2000

Portugal aderiu à ESA em 2000 como estado membro, tendo sido criada uma Task-Force ESA-Portugal, que financiou o EuTEMP, com a missão de apoiar a integração de Portugal nas actividades da ESA no período de transição que termina este ano.

Uma das suas missões é promover a indústria portuguesa no mercado espacial, nomeadamente a Efacec, uma das empresas portuguesas mais envolvidas nas actividades de desenvolvimento de equipamentos para a ESA e o maior grupo no mercado de engenharia electrotécnica no país.

A Efacec tem ainda em curso diversos outros projectos nesta área como o CTTB (Component technology test bed), destinado a testar o comportamento de diferentes tecnologias electrónicas quando sujeitas a determinados ambientes do Espaço.

As fases iniciais do projecto já foram adjudicadas à Efacec, tendo sido esta semana aprovada formalmente a sua incorporação na carga do satélite de telecomunicações Alphasat. O maior grupo eléctrico aguarda a adjudicação do modelo final ainda este mês.

O MFS é outro projecto. É um monitor de radiação para ambientes espaciais, que está a ser desenvolvido para a missão Bepicolombo que irá a Mercúrio em 2012.

Lançamento do Atlantis

A NASA espera lançar o seu vaivém orbital Atlantis na quinta-feira, a sua quarta missão em seis meses. A este ritmo, a NASA espera que a ISS esteja terminada em 2010.

O Atlantis transporta a bordo o Columbus e sete astronautas. A partida está marcada para as 16h31 na Florida (21h31 em Lisboa),

A meteorologia prevê com 90% de certeza que o tempo estará bom nessa altura no Centro Espacial Kennedy.

SIC / Lusa
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Enviado por: André em Dezembro 13, 2007, 09:15:41 pm
Portugueses envolvidos na descoberta de semicondutor inovador

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Uma equipa internacional de físicos, que integra investigadores portugueses das universidades do Porto e do Minho, anunciou a descoberta de um semicondutor com características inovadoras, que abre novas possibilidades de aplicação na área da electrónica.

«Até agora, para variar a gama de energia era preciso actuar na estrutura química do semicondutor, basicamente construindo um novo, mas este novo semicondutor permite fazer essa variação mudando apenas a tensão eléctrica, rodando um botão no laboratório», afirmou hoje João Lopes dos Santos, da Universidade do Porto, em declarações à Lusa.

Este investigador do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto integra a equipa de teóricos que colaborou na modelização do novo semicondutor.

A equipa inclui também Eduardo Castro, do mesmo departamento, e Nuno Peres, da Universidade do Minho, considerado um dos teóricos mais destacados a nível mundial na área do grafeno, um material descoberto há cerca de três anos que é utilizado no novo semicondutor.

«Na modelização da interpretação dos dados dos resultados experimentais deste novo material foram utilizados os nossos modelos teóricos«, salientou João Lopes dos Santos.

O investigador salientou a importância da descoberta agora anunciada, recordando que »toda a indústria electrónica é baseada em semicondutores«.

«Esta descoberta abre novas possibilidades de aplicação, mas tudo ainda depende do que se conseguir fazer em termos práticos, porque, neste momento, apenas existem demonstrações de laboratório», acrescentou.

João Lopes dos Santos assinalou ainda o facto de se estar perante «um campo de pesquisa baseado num material novo (grafeno)».

O docente frisou que o investigador português Nuno Peres «é um dos mais destacados especialistas mundiais» neste material.

O novo semicondutor foi concebido a partir da sobreposição de duas camadas de grafeno, material que se admite que possa vir a substituir o silício na composição dos semicondutores aplicados em dispositivos electrónicos.

Este inovador semicondutor foi preparado no Laboratório de André Geim, na Universidade de Manchester, Inglaterra, onde também tinha sido descoberto o grafeno, em 2004.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: ShadIntel em Dezembro 24, 2007, 10:20:40 am
Espaço Schengen: Sistema informático intermédio é português

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Sistema informático intermédio é português

Para que o alargamento do espaço Schengen pudesse ocorrer esta sexta-feira foi preciso criar um sistema informático com os dados dos cidadãos europeus. O programa foi criado por uma empresa portuguesa - a Critical Software. O presidente da empresa está convencido de que este programa vai funcionar sem qualquer problema.

( TSF online / 21 de Dezembro 07 )

O alargamento do Espaço Schengen, que, em contrapartida da abolição dos controlos internos, prevê o reforço das fronteiras externas da UE, só foi possível antecipar para esta sexta-feira graças a uma solução técnica intermédia criada por uma empresa portuguesa.

O SISOne4All foi concebido por uma empresa portuguesa para o sistema de troca de informações entre as autoridades dos 24 países abrangidos, cuja versão definitiva se encontra muito atrasada.

O Sistema de Informação Schengen II (SIS II) definitivo, que vai permitir a troca de informações entre as autoridades dos 24 países, ainda está muito atrasado pelo que foi necessário encontrada uma solução provisória - o SISOne4All.

Esta solução informática, fruto de uma parceria entre a empresa sedeada em Coimbra Critical Software e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), foi encomendada pelo Governo português como uma alternativa temporária, face ao atraso no SIS II.

Para o presidente da Critical Software, Gonçalo Quadros, este programa informático vai funcionar sem qualquer problema até porque tem sido testando por todos os Estados envolvidos.

O SIS II, ainda em fase de desenvolvimento, está previsto oficialmente para 2009 e irá incluir novas funcionalidades de segurança, nomeadamente a inserção de dados biométricos.
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Enviado por: comanche em Dezembro 27, 2007, 11:15:47 pm
Saúde: Investigadores portugueses descobrem proteína "protectora" na Hemocromatose Hereditária

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Lisboa, 27 Dez (Lusa) - Investigadores da Universidade do Porto (UP) concluíram que os doentes com maior quantidade da proteína Calreticulina nas células apresentam sintomas mais ligeiros de Hemocromatose Hereditária, uma doença caracterizada pelo excesso de ferro nos tecidos, sobretudo do fígado.

A Hemocromatose Hereditária afecta em Portugal cerca de três pessoas em cada 1.000 e quando não diagnosticada e tratada pode provocar cirrose hepática, diabetes, impotência, problemas cardíacos e cancro do fígado.

Os investigadores, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da UP, demonstraram "que os doentes com maior quantidade de uma proteína nas células, a Calreticulina, apresentam sintomas mais ligeiros da doença", de acordo com um comunicado da instituição.

"Esta proteína tem um papel protector contra o `stress` causado pela acumulação de ferro e de proteínas com conformação incorrecta em células do fígado, típicos da Hemocromatose", afirma o investigador Jorge Pinto, no documento.

O estudo, que será publicado a 01 de Janeiro no "Free Radical Biology and Medicine, teve duas abordagens distintas: uma com a utilização de células com origem no fígado e outra onde foram estudadas células do sangue de doentes com Hemocromatose.

Ambas provaram que a aquela proteína tem um papel "protector" no contexto da Hemocromatose.

Jorge Pinto concluiu que "os níveis de Calreticulina em cada indivíduo, os quais são controlados por uma grande variedade de factores, parecem ser importantes para que uma pessoa com a mutação no gene HFE venha a desenvolver sintomas mais ou menos severos de Hamocromatose".

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Enviado por: comanche em Dezembro 28, 2007, 12:19:27 pm
Algarve: Zoomarine testa sistema pioneiro que usa algas para renovar água dos aquários

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Albufeira, Faro, 28 Dez (Lusa) - O parque Zoomarine está a testar um sistema pioneiro que usa algas para reciclar a água salgada dos aquários com animais marinhos, um projecto realizado em parceria com o Centro de Ciências do Mar do Algarve.

A técnica está por enquanto apenas a ser utilizada no tanque dos tubarões, mas o objectivo é estendê-la a todo o parque e exportar a ideia para outras estruturas do género, revelou à Lusa o director de Ciência e Educação do Zoomarine, Élio Vicente.

Além de evitar o desperdício de água e reduzir as despesas de transporte de água bombeada do mar, as algas que a filtram podem também servir de alimento ao manatim (mamífero aquático) e de fertilizante para os jardins.

Em vez de ser devolvida ao meio ambiente, a água é reciclada com a ajuda das algas e reutilizada, através do projecto-piloto que já tinha sido usado em aquacultura mas nunca aplicado a parques.

O arranque do projecto "Filtralgae" representou um investimento de 100 mil euros e resulta de uma parceria entre o Zoomarine, o Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR) e a Agência de Inovação.

A despesa mensal de transporte de água salgada para o tanque dos tubarões é de cerca de 500 euros, gasto que poderá desaparecer quando o sistema for implementado a 100 por cento, segundo Leonardo Mata, investigador do CCMAR.

Por mês, é possível renovar cerca de 50 metros cúbicos de água através das alfaces-do-mar - algas que estão a ser usadas neste momento embora haja outras com a mesma aplicação -, de acordo com Pedro Barroso, técnico do parque.

O objectivo é que no futuro todas as massas de água do Zoomarine - só o Delfinário (onde estão os golfinhos) tem 3,5 milhões de litros de água -, sejam parcial ou totalmente filtradas por algas.

"É uma técnica natural, que usa pouca energia e permite não estragar água", resume Élio Vicente, que realça ainda o facto do sistema servir como exemplo de boas práticas ambientais.
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Enviado por: André em Janeiro 06, 2008, 03:25:37 am
Investigador português recebe prémio ISPA

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O investigador Ricardo Gil-da-Costa recebe segunda-feira o prémio de investigação do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) por um trabalho que revela que os macacos têm mecanismos cerebrais semelhantes aos que permitem a linguagem nos seres humanos.

O estudo «Toward an evolutionary perspective on conceptual representation: Species-specific calls activate visual and affective processing systems in the macaque», de Ricardo Gil-da-Costa, investigador do Salk Institute for Biological Studies, na Califórnia, Estados Unidos, e do Instituto Gulbenkian da Ciência, foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of América.

O trabalho agora distinguido com o Prémio ISPA de Investigação em Psicologia e Ciências do Comportamento, que relaciona as disciplinas da psicologia e da neurobiologia, dedicou-se à análise das bases evolutivas do sistema de representação conceptual, ou seja, «as bases fisiológicas onde representamos mentalmente todos os conceitos que podemos imaginar, desde objectos, animais a interacções sociais, por exemplo».

Para saber como estão estruturadas as várias áreas cerebrais, os investigadores usaram métodos de imagiologia cerebral funcional, técnica que permite saber quais as áreas do cérebro que estão a processar determinada tarefa quando esta é exercida por um indivíduo, como ver, ouvir e memorizar, por exemplo.

Esta técnica foi adaptada ao estudo de reacções do macaco rhesus, que tem um reportório de 10 a 12 vocalizações diferentes, associadas a eventos diferentes importantes e com um significado para estes macacos, que podem servir para estabelecer hierarquias, assinalar comida, aviso de predadores etc..

Os animais foram sujeitos à gravação destas vocalizações do seu dia-a-dia e a outras gravações de controlo, neste caso sons não biológicos de instrumentos musicais e construídos por computador.

Os investigadores procuraram assim distinguir a reacção do cérebro que está apenas num processo de percepção auditiva da reacção que o cérebro apresenta em imagens recolhidas na altura em que analisa sons com significado.

«O que nos interessava era quais as redes neuronais, quais as áreas do cérebro envolvidas no processamento de um possível significado destes estímulos, estabelecendo correlações», esclarece Ricardo Gil-da-Costa.

Quando um humano ouve, por exemplo, a palavra cão ou o ladrar de um cão, o que acontece é que involuntariamente cria a imagem mental de um cão associada às experiências que teve, positivas ou negativas, com este animal, atribuindo-lhe uma determinada forma, textura e cor.

«Durante muito tempo defendeu-se que o motivo pelo qual nós temos este tipo de processamento e criamos esta imagem mental se deve ao facto de termos linguagem e um sistema de simbologia abstracta, o que nos permite correlacionar símbolos de várias modalidades e juntar estes conceitos de simbologia, como cheiros, sons e cores, por exemplo», explicou o investigador à Agência Lusa.

«Pensou-se que nos macacos este sistema não existiria desta forma, porque a linguagem é o que nos torna únicos, a última barreira que nos separa dos animais», sublinha.

Durante o estudo, e depois de comparar as áreas envolvidas na reacção dos macacos às verbalizações usadas pela sua tribo com os outros sons não-biológicos, foi concluído que «perante as vocalizações deles, um estímulo que é auditivo, se verifica a activação de uma multiplicidade de áreas cerebrais, incluindo áreas de cognição visual, que estão ligadas especificamente ao processamento de cor, de forma e também da parte emocional».

«Isto implica que temos os mesmos tipos de resultados em macacos e em humanos: O que parece estar a acontecer é que, tal como em humanos, os macacos representam os conceitos de uma forma multimodal e distribuída e que representam o conceito de imagem como nós temos», salienta.

Esta descoberta pode significar que a linguagem não é uma condição prévia para este tipo de representação conceptual, como é aceite pela comunidade científica até agora, ou então que os primatas não-humanos têm já esboços de uma espécie de pré-linguagem.

«Já pode haver um sistema de proto-linguagem ou um sistema pré-linguístico que permite este tipo de capacidades cognitivas nos macacos», admite.

Por outro lado, o trabalho de Gil-da-Costa contribuiu para a defesa da teoria mais recente segundo a qual a representação conceptual resulta de várias áreas cerebrais, contrariando a hipótese clássica de que estes conceitos, que nos ajudam a sobreviver, estão arrumados em determinada área específica do nosso cérebro.

«Desde há muitos anos que se pensa que, quando se experiência um determinado evento, memorizam-se todas as várias sensações desse momento e que, em termos cerebrais, todas estas sensações são acumuladas numa determinada área do cérebro, chamada área semântica», explicou.

Seria como se tivéssemos no cérebro um armário a que chamaríamos «área semântica», onde estariam armazenados volumes com todos os conceitos e sensações relacionadas que conhecemos, a que chamaríamos, por exemplo, gato, cadeira, livro, etc., e que depois iríamos buscar conforme precisássemos.

«O que parece acontecer é que, de facto, não existe uma área cerebral semântica onde se armazenam estes conceitos todos, mas uma rede neuronal distribuída, um conjunto de áreas cerebrais que interagem, que permitem uma representação conceptual distribuída», revela Ricardo Gil-da-Costa.

Ou seja, voltando ao exemplo do cão, o que acontece é que «são activadas áreas cerebrais visuais olfactivas e sensoriais e cada uma delas contribui ao mesmo tempo com a sua perspectiva para a representação conceptual» do animal.

«O conceito não está numa área única, mas emerge da interacção de todas estas áreas cerebrais», sublinha o investigador.

O Prémio ISPA de Investigação em Psicologia e Ciências do Comportamento distingue anualmente desde 2003 com 2.500 euros o trabalho de um jovem investigador português, publicado nos três últimos anos numa revista internacional científica em Psicologia e áreas afins.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Janeiro 07, 2008, 06:33:39 pm
Investigação científica:Três institutos do Porto reúnem-se numa inédita super-estrutura com mais de 600 cientistas


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Porto, 07 Jan (Lusa) - Os três principais institutos de investigação científica do Porto vão criar, no final de Janeiro, uma estrutura inédita em Portugal, que vai reunir mais de 600 cientistas e permitir alargar a investigação em saúde a áreas ainda não cobertas.

O futuro Instituto de Inovação e Investigação em Saúde (I3S) resulta da conjugação de esforços entre os institutos de Biologia Molecular (IBMC), de Patologia e Imunologia Molecular (IPATIMUP) e de Engenharia Biomédica (INEB).

"Não vamos fazer uma fusão, vamos assinar um contrato de consórcio. As três entidades vão manter a sua individualidade, mas criam um patamar superior de associação que vai permitir intensificar as investigações, aumentar a massa crítica e cobrir áreas que ainda não estão cobertas", afirmou hoje Sobrinho Simões, director do IPATIMUP, em declarações à Lusa.

Sobrinho Simões salientou que o I3S vai contar "com mais de 600 investigadores, dos quais 250 doutorados", destacando a medicina regenerativa como uma das áreas de investigação que estará no centro das atenções do novo instituto.

"É uma coisa como nunca se fez em Portugal. Nunca se juntaram 600 cientistas numa mesma instituição", frisou o director do IPATIMUP, salientando que os três institutos envolvidos "vão manter a sua individualidade, mas haverá uma nova instituição".

Na perspectiva do investigador, a união de esforços dos três institutos da cidade do Porto permitirá fomentar a investigação, especialmente ao nível dos doentes.

O I3S, que deverá ser formalmente criado numa cerimónia a realizar no final de Janeiro com a presença do primeiro-ministro, será presidido por Alberto Amaral, que era reitor da Universidade do Porto na altura em que foram criados o IBMC, o IPATIMUP e o INEB.

Quanto a uma futura fusão entre os três institutos envolvidos, Sobrinho Simões afirmou que, para já, a questão não se coloca, mas admitiu que poderá vir a ser equacionada no futuro.

"Em função da resposta que o novo instituto vier a dar, logo se verá", salientou.

A nova entidade de investigação científica deverá vir a ser instalada num edifício que será construído na zona da Asprela, onde funciona um dos três pólos universitários da cidade do Porto e perto de instituições como o Instituto Português de Oncologia e o Hospital S. João.

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Enviado por: André em Janeiro 09, 2008, 10:22:43 pm
Empresa norte-americana constrói simulador de parto desenvolvido na Universidade do Porto

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A empresa norte-americana Medical Education Technologies, Inc. (METI) vai produzir e comercializar o simulador de parto desenvolvido pelo Instituto de Engenharia Biomédica (INEB) e Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), anunciaram hoje estas instituições.

Em comunicados, o INEB e a FMUP salientam que os dois contratos com a METI "foram obtidos em competição com uma das faculdades americanas de maior renome internacional".

"O primeiro contrato licencia à METI a propriedade intelectual do produto desenvolvido, por uma percentagem do valor de comercialização. O segundo contrato refere-se ao desenvolvimento conjunto (INEB-METI) de um simulador de parto de alta-fidelidade, incorporando a tecnologia licenciada", lê-se no comunicado do INEB.

O protótipo de simulador de partos foi desenvolvido por um grupo de investigadores do INEB e da FMUP, liderado por Willem van Meurs e Diogo Ayres de Campos, com o objectivo de "colmatar as necessidades pedagógicas na assistência ao trabalho de parto".

Este simulador de emergências obstétricas, constituído por bonecos em tamanho real de uma "mãe" e de um "bebé", "permite simular cerca de uma dezena de cenários críticos que podem ocorrer durante o trabalho de parto", salienta a FMUP.

Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 11, 2008, 07:57:16 pm
Português abre caminho a novas terapêuticas

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Uma equipa dirigida pelo investigador português Ivo Martins descobriu que certas gorduras podem activar no cérebro as placas de proteínas características de Alzheimer e que o metabolismo lipídico do paciente pode contribuir para a progressão da doença.

«Antes do nosso trabalho, as placas eram vistas como relativamente inócuas, o último estágio da doença, mas nós mostrámos que na realidade são bombas-relógio prontas a serem activadas ao interagirem com lípidos [gorduras]», explicou Ivo Martins, do Instituto Biotecnológico da Flandres, sobre o trabalho publicado no The EMBO Journal.

Até agora considerava-se que as fibrilas e as placas que estas causavam eram estáveis e que uma vez formadas não podiam transformar-se noutra estrutura.

Os cientistas demonstraram agora que certos lípidos que aparecem no cérebro podem desestabilizar as fibrilas e, por conseguinte, as placas típicas da Doença de Alzheimer (DA).

A investigação mostra ainda que são os componentes solúveis e não as placas insolúveis que provocam a morte dos neurónios.

Estes resultados identificam estes componentes solúveis protofibrilares como novos alvos para uma intervenção na doença e alertam também para o facto de que as placas insolúveis são reservatórios de toxicidade que podem ser controlados.

Revelam ainda que o metabolismo lipídico do doente tem influência na doença.

Segundo o estudo, distúrbios neste metabolismo têm o potencial para influenciar o desenvolvimento da DA e pode ser a razão por que muitas vezes a extensão das placas insolúveis no cérebro de doentes com DA não corresponde à severidade da sua doença.

Estudos recentes têm sugerido uma ligação entre determinados alimentos ricos em colesterol e um aumento da incidência da doença de alzheimer, sem explicar esta relação.

A descoberta abre caminho a novas intervenções de combate a esta doença neurodegenerativa que afecta cerca de 10% da população acima dos 65 anos, nomeadamente no âmbito do controlo do metabolismo lipídico e neutralização da formação e toxicidade das protofibrilas.

«Já estamos a trabalhar no próximo passo que é produção de novas drogas e/ou anticorpos capazes de controlar as fibrilas neurotóxicas», afirmou Ivo Martins.

O Alzheimer é uma doença progressiva e fatal que resulta da morte de certas áreas do cérebro associadas com as funções cognitivas como a memória e a aprendizagem.

O trabalho envolveu ainda Inna Kuperstein, Joost Schymkowitz e Frederic Rousseau, do VIB Switch Laboratory, Vrije Universiteit Brussel, e do VIB Department of Molecular and Developmental Genetics, em Leuven, na Bélgica.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Janeiro 12, 2008, 01:49:23 pm
Na vanguarda com a criação de pele artificial



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Lidera a maior rede científica europeia na área da engenharia de tecidos e, à espreita do negócio, prepara já o arranque empresarial da Stemmatters

Saber, desde a mais tenra idade, o que se quer fazer na vida e manter-se fiel a esse objectivo é provavelmente um privilégio de poucos. Mas mais raro serão os que colocam a fasquia ao nível da excelência. Rui Reis não só sabia que queria ser professor universitário como o pai e investigador, mas, sobretudo, que "queria criar em Portugal um grupo de investigação que fosse competitivo em termos internacionais". Hoje dirige o Grupo de Investigação 3B's - Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos -, constituído por 98 investigadores de mais de 20 países e lidera a maior rede europeia científica na área da engenharia de tecidos.

O reconhecimento internacional é tal que em Portugal vai ficar instalado o Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, no Parque de Ciência e Tecnologia das Caldas das Taipas, precisamente no mesmo edifício que irá receber, a partir de Março, as novas instalações do 3B's e da Stemmatters, o primeiro projecto empresarial a nascer no seio deste grupo e que se vai dedicar à investigação industrial na área da engenharia de tecidos.

Engenharia de tecidos quase soa a indústria pesada, metalúrgica. Mas, não. Estamos no Departamento de Engenharia da Universidade do Minho, é certo, mas é de Polímeros, e é de Ciências da Vida que estamos a falar. E Rui Reis é mundialmente reconhecido pelos seus trabalhos ao nível da criação em laboratório de tecidos humanos usando células estaminais ou materiais como o amido de milho ou à base de soja, ou ainda polímeros naturais como a quitina e quitosano (revestimentos que existem nos caranguejos, camarões e lagostas).

"O que fazemos é um suporte tridimensional, com determinadas características, onde semeámos as células do paciente, que cultivamos durante um determinado tempo e depois implantamos no paciente. O material depois vai sendo absorvido pelo corpo humano e as próprias células fazem o tecido que queremos regenerar, com cartilagem e pele", explica o cientista.

Uma área com enormes potencialidades, por exemplo, para os desportistas de alta competição. Imagine-se o quanto um clube poderia poupar evitando paragens como as de Ronaldinho, Pedro Emanuel ou Mantorras. Até 2014, a actividade da Stemmatters vai centrar-se na venda destes vários suportes para cultivo de células estaminais apenas a grupos de investigação. A Stemmatters, que ganhou este ano o prémio nacional de empreendedorismo Start, prevê obter uma facturação de 13 milhões até 2014 e investir 11 milhões até ao mesmo ano.

Altura em que arrancará a segunda era do negócio, em que a empresa estará em condições de isolar, criopreservar e expandir células estaminais adultas, a partir de medula óssea e da gordura. Os centros de cirurgia estética serão um mercado-alvo a merecer especial atenção, dado que os desperdícios das liposucções tornar-se-ão, neste caso, úteis.

Rui Reis tem apenas 40 anos mas já conseguiu arrecadar o reconhecimento internacional que lhe permite disputar jogo, de igual para igual, com grandes nomes no mundo da investigação mundial. Uma tarefa conseguida à custa de "muito trabalho" e "muita credibilidade científica". O resultado é que os investigadores dos países mais desenvolvidos que, inicialmente, "era raríssimo" virem fazer doutoramentos ou pós-doutoramentos a Portugal, hoje aparecem "vindos de todo o mundo".

Como no mundo do futebol, é tudo uma questão de dinheiro, diz. Ou de projectos, se olharmos a coisa numa perspectiva mais científica. E no mundo da investigação, o dinheiro obtém-se "em concursos abertos, altamente competitivos". A questão é que, uma vez ganhos esses concursos, e obtidos os projectos, "pode-se usar o dinheiro para contratar as pessoas que mais nos interessam".

Uma verdadeira Bolsa de futebol. E a que clube se compara o grupo 3B's? Rui Reis é "portuense de alma e coração", portista "ferrenho" e a resposta sai rápida. "Ao FCP, porque é o único clube que está como nós, num espaço modesto, numa cidadezinha não sei onde mas que ganha a nível europeu. Nós ganhamos muitas vezes a Cambridge e a Oxford, graças a muito esforço, organização e estratégia. Não somos, certamente, o Manchester ou o Real Madrid, porque esses têm o dinheiro e as infra-estruturas", diz o professor universitário, que passa 170 dias por ano a viajar algures a caminho de mais uma das inúmeras conferências ou congressos internacionais em que é convidado a participar. E sobra-lhe talento (e tempo) para ser também um dos poucos cientistas portugueses editores de uma revista científica internacional, a Journal of Tissue Engineering and Regenerative Medicine.|
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Enviado por: nelson38899 em Janeiro 12, 2008, 06:36:14 pm
boas

Quem dizia um pessoa que tirou engenharia de minas, é hoje um  dos homens mais inteligentes da Universidade do Minho e do Meu antigo departamento Engenharia de Polímeros.

Cump.
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Enviado por: comanche em Janeiro 14, 2008, 08:17:04 pm
Ciência: Bebés entre quatro e oito meses não distinguem alegria e cólera - estudo

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Porto, 14 Jan (Lusa) - Os bebés dos quatro aos oito meses não conseguem diferenciar as expressões emocionais básicas como alegria e cólera, revela um estudo divulgado hoje pela Universidade Fernando Pessoa (UFP), Porto.

O estudo, denominado "Expressão facial: reconhecimento das emoções básicas cólera e alegria - estudo empírico com bebés portugueses de quatro aos oito meses de idade" foi realizado por Freitas-Magalhães, director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção da Universidade Fernando Pessoa, entre 2006 e 2007.

Em declarações à Lusa, o director referiu que este estudo empírico incidiu sobre 40 bebés - 20 meninas e 20 meninos - a quem foram apresentadas 25 fotografias de homens e mulheres adultos, exibindo no rosto as emoções básicas da alegria e da cólera, mostrando e não mostrando os dentes.

"O objectivo foi perceber até que ponto nós somos capazes de detectar precocemente emoções básicas, perceber por que é que os bebés não são capazes de identificá-las", adiantou o especialista.

Segundo referiu, os bebés reconheceram os rostos, com e sem a exibição das fileiras dentárias mas não souberam distinguir os mesmos se, em ambas as emoções, fossem exibidos os dentes.

Para o psicólogo, o movimento muscular é muito importante, sendo que se o rosto não emite toda a configuração, o bebé não identifica a emoção.

A avaliação que permitiu chegar a estas conclusões foi feita quinzenalmente.

Os resultados deste estudo serão apresentados no XXXIX Congresso Internacional de Psicologia, que vai decorrer entre 20 e 25 de Julho em Berlim, na Alemanha.

Freitas-Magalhães é docente da Faculdade de Ciências da Saúde da UFP e vencedor do prémio "Professor Internacional do Ano 2007", atribuído pelo Centro Internacional de Biografias de Cambridge, Inglaterra, pelas suas "investigação e prática educacional, inéditas e inovadoras".

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Enviado por: comanche em Janeiro 16, 2008, 08:02:47 pm
Tecnologia: Empresas financiam e garantem emprego aos diplomados no mestrado CMU/FCTUC

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Coimbra, 16 Jan (Lusa) - A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra anunciou hoje que oito empresas comprometeram-se a financiar o Mestrado Avançado de Engenharia de Software Carnegie Mellon/FCTUC para os alunos com sucesso e a garantir-lhes o emprego.

Edisoft, Novabase, Enabler, Isa, Critical Software, PT, Wit Software e Telbit foram as empresas que se comprometeram a garantir o emprego e o suporte financeiro, durante a formação, aos alunos que tiverem sucesso no Mestrado Avançado de Engenharia de Software - Master of Software Engineering (MSE) Carnegie Mellon University/Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

A segunda edição do mestrado, que na Europa está disponível apenas em Coimbra e que está aberto a alunos de todo o mundo, arranca a 25 de Agosto de 2008, com 15 vagas.

"A indústria de software é uma das que tem mais potencial de crescimento em Portugal. O investimento necessário para montar uma empresa é relativamente baixo, mas o que conta são as pessoas, o que implica mais formação de ponta", sublinhou hoje, em conferência de imprensa, o presidente dos conselhos directivo e científico da FCTUC, João Gabriel Silva.

No âmbito da parceria hoje anunciada, durante a formação, este conjunto de empresas compromete-se a pagar as propinas e a suportar o custo de vida dos diplomados, mesmo que não sejam seus quadros, garantindo-lhes o emprego no final, mediante a condição de terem aproveitamento no MSE CMU/FCTUC.

Trata-se de uma parceria inédita entre a indústria portuguesa e universidades, segundo uma nota da FCTUC.

Formar líderes para gerir equipas, projectos e processos de elevada complexidade na indústria de produção de software é o principal âmbito do mestrado, que funciona em regime intensivo (quatro semestres, sem férias), numa "sala de aulas global", em Coimbra, Pittsburgh, Índia e Coreia.

É vocacionado para engenheiros de software que se queiram tornar chefes de equipa, gestores de projecto e arquitectos de sistemas em larga escala.

O mestrado exige uma experiência profissional de dois anos neste domínio e confere um grau duplo aos diplomados, pela Universidade de Carnegie Mellon - considerada "a melhor do mundo" em engenharia de software - e pela congénere de Coimbra.

De acordo com João Gabriel Silva, a propina do Mestrado Avançado de Engenharia de Software é de 10 mil euros. O curso é apoiado pelo Estado, no âmbito do programa de colaboração entre o Governo Português e a Carnegie Mellon University.

"Uma das nossas apostas é que Coimbra ganhe visibilidade como sítio de formação de ponta em engenharia de software", salientou o professor catedrático da FCTUC.

Na conferência de imprensa em que foi anunciada a parceria participou também o coordenador do mestrado avançado, o docente do Departamento de Engenharia Informática da FCTUC Paulo Marques.


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Enviado por: comanche em Janeiro 17, 2008, 08:07:52 pm
Investigação: Lusófona já produz cerveja feita pelos alunos numa fábrica oferecida pela Central de Cervejas


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Lisboa, 17 Jan (Lusa) - Os alunos da Universidade Lusófona já produzem cerveja na própria escola, numa fábrica oferecida há um ano pela Central de Cervejas, para promover o contacto com a indústria e promover a criatividade.

A fábrica, uma unidade piloto, está já em elaboração, apesar de o protocolo entre a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) e a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) ter sido assinado apenas hoje.

"Já produzimos uma cerveja mais ou menos agradável", afirma Adriano Garcez, aluno do curso de Engenharia Biotecnológica e representante dos alunos utilizadores da instalação piloto.

Garcez garante que tem sido acumulada experiência e que "vai ser possível", nesta fábrica escolar, "provar uma [cerveja] tão boa ou melhor [que as já lançadas no mercado], devido ao rigor técnico-científico".

O acordo de cooperação, firmado na universidade pelo presidente da Comissão Executiva da SCC, Alberto da Ponte, e pelo presidente do Conselho de Administração do Grupo Lusófona, Manuel Damásio, formaliza os processos de investigação e produção de cerveja iniciados há mais de um ano pelos docentes e alunos da área científica e tecnológica da Lusófona.

Em declarações à agência Lusa, Alberto da Ponte disse que o projecto se destina a "ensinar os estudantes a trabalhar com uma unidade industrial", beneficiando da criatividade dos jovens e dinamizando "uma inovação de certo modo revolucionária no sector das cervejas".

"Com a inovação há crescimento, com o crescimento há riqueza e é isso que esperamos criar para o benefício de todos", afirmou o mesmo.

"Nós [SCC, empresa produtora de bebidas como as cervejas Sagres e Guinness, as águas Luso e Cruzeiro e os refrigerantes Joi e Spirit] já contribuímos 1,5 por cento para o PIB nacional, mas esperamos com isto poder vir um dia a contribuir com 2 por cento." A cerveja aí produzida tem, para já, fins de investigação e não de introdução no mercado.

Mas o presidente da Central avançou com a hipótese de lançar ideias "revolucionárias", caso surjam, "a um preço acessível e a um custo industrial acessível".

Para já não estão previstos protocolos com outras instituições universitárias.

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Enviado por: André em Janeiro 21, 2008, 08:47:11 pm
Grupo Alert assina contrato com consórcio do Alaska

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A empresa portuguesa de software clínico Alert anunciou hoje ter assinado um contrato com um consórcio de saúde no Alasca para fornecimento de soluções informáticas a 14 instituições locais.

Com o contrato, assinado com a Southeast Alaska Regional Health Consortium (SEARHC), a empresa reforça assim o posicionamento na América do Norte, refere o grupo Alert em comunicado.

As unidades de saúde que integram «um dos mais respeitados consórcios de saúde dos EUA» serão, de acordo com a empresa, equipadas com o Alert Data Warehouse, uma solução informática que facilita a obtenção de informação clínica e a elaboração de relatórios de gestão para fins de exploração de dados.

O consórcio sem fins lucrativos opera através do Mt. Edgecumbe Hospital, em Sitka, e de uma rede de clínicas comunitárias no estado do Alaska.

Esta será assim a segunda instalação de produtos Alert no EUA, destaca.

Criada em 1999 pelo médico, investigador e vencedor (em 1998) do Prémio Bial de Medicina, Jorge Guimarães, a Alert Life Sciences Computing começou por designar-se MNI - Médicos Na Internet, Saúde na Internet, S.A.

O Grupo Alert é ainda constituído pela Alert Life Sciences Computing Inc., nos EUA, Innova Auria, em Espanha, myPartner Healthcare, S.A., em Portugal, Orcinus B.V., na Holanda e Alert Life Sciences Computing Ásia.

Os produtos Alert são representados por distribuidores em 30 países em todo o mundo e foram já adoptados em 133 hospitais e 436 centros de saúde em Portugal, EUA, Holanda, Espanha e Itália, sendo actualmente utilizados por mais de 35 mil profissionais de saúde.

Em Portugal, os produtos Alert são usados em mais de metade dos serviços de urgência do país, tendo o Alert P1 sido adoptado a nível nacional pelo Ministério da Saúde, pelo que será implementado em todos os hospitais e centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Janeiro 22, 2008, 01:01:20 pm
Tuberculose: Descoberta em Coimbra função de enzima que perpectiva novo medicamento


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Coimbra, 22 Jan (Lusa) - Um grupo de investigadores liderado por um docente da Universidade de Coimbra desvendou a acção de uma enzima susceptível de contribuir para o desenvolvimento de um novo antibiótico contra a tuberculose, foi hoje anunciado.

A equipa de investigadores, liderada pelo bioquímico Milton Costa, ao descobrir a função de uma enzima de micobactérias (GPGS), "abriu muito boas perspectivas de desenvolvimento de um novo antibiótico que permita combater a Tuberculose, incluindo as variantes multiresistentes", refere uma nota do gabinete de imprensa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Os investigadores - acrescenta o documento - "procuram agora produzir moléculas capazes de bloquear a função desta GPGS, visto que, sem esta enzima, o bacilo da Tuberculose não se desenvolve e a substância que a bloquear poderá ser um potencial antibiótico".

A estrutura desta enzima encontra-se também já quase concluída, o que é considerado como "um passo fundamental" para o desenvolvimento de inibidores da sua actividade.

A descoberta é resultado de outro estudo, sobre a bactéria Rubrobacter xylanophilus que se desenvolve a altas temperaturas e tolera sal, no qual os investigadores descobriram uma enzima (MPGS/GPGS) que tem uma função ligeiramente diferente na micobactéria que provoca a Tuberculose, acrescenta a mesma nota.

"Ainda são necessários muito estudos. O percurso entre esta fase da investigação e a utilização e comercialização de um novo medicamento é sempre muito moroso, exigindo anos de trabalho e grandes investimentos", realça o coordenador da investigação, Milton Costa, professor catedrático do Departamento de Bioquímica da FCTUC.

Estima-se que desde a produção do medicamento até à sua entrada no mercado decorram em média 12 anos, para cumprir todas as fases de avaliação de resultados e de ensaios clínicos com pacientes voluntários.

A próxima fase da investigação - segundo Milton Costa - "é encontrar moléculas que impeçam o funcionamento da enzima, mas que não sejam tóxicas para o ser humano, ou seja, que o tratamento não provoque efeitos secundários, como sucede com os actuais medicamentos disponíveis no mercado".

Esta descoberta "assume particular relevância, considerando o facto de há várias décadas não surgirem novos fármacos para o combate à Tuberculose" e Portugal ser "um dos países da União Europeia com taxas de incidência da doença mais elevadas", refere a FCTUC.

Os resultados desta investigação, que agrega ainda na equipa os investigadores Nuno Empadinhas, da FCTUC, e Sandra Macedo Ribeiro, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, já foram submetidos ao European Patent Office, para serem patenteados.

Milton Costa, o coordenador desta investigação, foi recentemente empossado presidente da Federação das Sociedades Europeias de Microbiologia, que reúne 30.000 sócios, de 46 sociedades nacionais e internacionais de 36 países europeus.

Formalmente constituída em 1974, aquela Federação tem por missão promover a investigação e o ensino da Microbiologia na Europa.

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Enviado por: comanche em Janeiro 25, 2008, 07:13:18 pm
Açores: Primeiros bovinos reproduzidos em laboratório deverão nascer até final do ano

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Angra do Heroísmo, 26 Jan (Lusa) - Os primeiros bovinos reproduzidos nos Açores em laboratório, a partir de células estaminais de um único embrião, deverão nascer até ao final do ano, revelou hoje um investigador do Departamento de Ciências Agrárias da universidade do arquipélago.

Moreira da Silva, que rejeitou a ideia desta reprodução ser um "clone", mas antes "gémeos", sublinhou que o propósito principal "é produzir trabalho de investigação", enquanto o objectivo prático "é produzir animais que se adaptem às melhores condições de maneio e reprodução".

"Já temos reproduzido embriões em `in vitro´ e `in vivo´ destinados a lavradores que visam melhorar o seu efectivo através da eficiência e aumento da produção em quantidade e qualidade", acrescentou o investigador à agência Lusa.

Os trabalhos são desenvolvidos pelo Laboratório de Reprodução do Centro de Investigação e Tecnologias Agrárias dos Açores (CITA), onde trabalham quinze técnicos, dois dos quais estrangeiros, uma sul-coreana, Sun Jin, e um chinês, Huang Ben, ambos investigadores reconhecidos internacionalmente.

Sun Jin trabalha na determinação dos sinais (proteínas interferons) produzidos pelo embrião o mais precocemente possível no reconhecimento materno da gestão, o que faz com que o animal perceba está em estado de gravidez, impedindo-o de ter um novo ciclo sexual.

O trabalho da investigadora sul-coreana tem por objectivo principal "produzir um kit de diagnóstico de gestação bovina idênticos aos que funcionam para determinar se a mulher está ou não grávida".

Huang Ben, que fez parte do primeiro grupo chinês que clonou um búfalo, trabalha em células estaminais para a produção de tecidos, órgãos e espermatozóides/óvulos (gâmetas).

Os estudos estão a ser desenvolvidos no CITA pelo grupo "animal science", que envolve 15 investigadores entre veterinários, engenheiros zootécnicos e biólogos.

Os investigadores, os únicos a efectuarem este tipo de trabalho em universidades nacionais, estão divididos em dois grupos de trabalho: o de estudo do sémen e o do desenvolvimento de embriões.

No primeiro caso, efectuam estudos sobre a alimentação, metabolismo solar e morte celular programada (apoptose) para perceber os factores que aceleram os factores apoptóticos.

O segundo grupo, que estuda o desenvolvimento dos embriões voltado para a fisiologia da fêmea, analisa desde a idade da produção dos óvulos, a alimentação, tempos e factores de maturação e condições de desenvolvimento embrionário.

Segundo Moreira da Silva, o objectivo final do trabalho é "efectuar investigação fundamental sem a qual não se pode viabilizar a investigação aplicada", trabalho que pode levar vários anos a concluir.

O investigador da Universidade dos Açores admite que "os embriões possam vir a ter futuro na comercialização", o que vai depender do sector privado.

Nos projectos, desenvolvidos por este grupo de trabalho, já foram investidos mais de um milhão de euros, assegurados, principalmente, pelo Governo dos Açores (Direcção Regional da Ciência e Tecnologia), fundos europeus e Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).

A equipa de investigadores recorre a bolsas de investigação individuais concedidas pela DRCT, FLAD e do programa para jovens licenciados Estagiar-L.

Nestes programas/projectos já estagiaram investigadores egípcios, espanhóis, angolanos, brasileiros, belgas e açorianos, entre outros.

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Enviado por: André em Janeiro 27, 2008, 12:42:11 am
Trabalho sobre macacos premiado pelo ISPA

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Ricardo Gil-da-Costa vai receber o prémio de Investigação do ISPA, devido a um trabalho onde prova que os macacos têm mecanismos de linguagem semelhantes aos dos humanos. O investigador adaptou a imagiologia aos macacos Rezos para chegar a esta conclusão.
 
O investigador Ricardo Gil da Costa vai receber, esta segunda-feira, o prémio de Investigação do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), graças a um trabalho em que provou que os macacos têm mecanismos cerebrais na área da linguagem semelhantes aos existentes nos humanos.

Estas conclusões deste trabalho foram alcançadas através da análise das várias áreas cerebrais do macacos através da imagiologia cerebral funcional, uma técnica que permite saber qual a parte do cérebro que está a processar uma determinada tarefa.

Esta técnica foi adaptada ao macaco Rezos, que tem um repertório de dez a 12 vocalizações diferentes associadas a determinados acontecimentos como assinalar comida, aviso de predadores e estabelecer hierarquias.

Foram gravadas as vocalizações do dia-a-dia deste macaco, às quais foram adicionadas gravações de controlo como a de instrumentos musicais e sons construídos por computador.

A ideia era depois distinguir as reacções do cérebro face a diversos sons, nomeadamente saber se, em termos neurológicos, o macaco conseguia associar um som a uma imagem, tal como faz o humano.

Com esta experiência, o investigador provou que esta capacidade não é exclusiva dos humanos, como até agora era crença da comunidade científica, que acreditava que só o humano tinha um sistema de simbologia abstracto.

Este estudo demonstrou que, face às diversas vocalizações, determinadas áreas do cérebro do macaco eram activadas, nomeadamente as do conhecimento visual, que permitem processar informações como a cor, forma e parte emocional.

Assim, provou-se que o macaco cria uma imagem cerebral perante o que se ouve, o que fará com a partir de agora se considere que a linguagem não é uma condição prévia para esta representação de imagens cerebrais ou então que os macacos têm esboços de uma espécie de pré-linguagem.

TSF
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Enviado por: comanche em Janeiro 28, 2008, 10:23:23 pm
Investigação Científica: José Sócrates destaca "ambição" do novo I3S, criado por três institutos do Porto

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Porto, 28 Jan (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, elogiou hoje, no Porto, a "ambição" que presidiu à criação do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S), que reúne três das maiores entidades de investigação científica em Portugal.

"O I3S resulta da junção de três das mais prestigiadas instituições científicas portuguesas, com a ambição de formar uma entidade que sirva melhor o país e esteja ao serviço dos portugueses", afirmou Sócrates, na cerimónia de assinatura do consórcio que cria a nova instituição de investigação.

O I3S resulta da união de esforços entre o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) e Instituto de Engenharia Biomédica (INEB).

José Sócrates considerou que a criação deste novo instituto "é um belíssimo sinal" para a comunidade científica portuguesa, defendendo a importância de "juntar investigadores e racionalizar meios para competir à dimensão internacional".

"Este consórcio representa um rompimento com o pensamento mesquinho de partilhar de poder individual", frisou.

Na intervenção que proferiu na cerimónia, realizada no auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Sócrates recordou o "grande esforço" que o governo tem vindo a fazer no apoio à investigação científica, recordando que as verbas do Orçamento de Estado para este ano representam "pela primeira vez" um por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

"Este não é um movimento episódico, veio para continuar. Não tenho dúvidas da importância da ciência para o desenvolvimento do país", afirmou.

A cerimónia começou com uma pequena intervenção de Carlos Lage, presidente da CCDRN, que elogiou o "rasgo de três sábios do nosso tempo", numa referência a Sobrinho Simões (IPATIMUP), Alexandre Quintanilha (IBMC) e Mário Barbosa (INEB).

Um dessas 'sábios', Alexandre Quintanilha, salientou que o novo instituto vai aproveitar a sobreposição de áreas de investigação existente entre as três entidades que o criaram, salientando que o I3S contará com cerca de 730 pessoas, com uma média etária de 25 a 35 anos.

"Queremos criar um 'cluster' de saúde no Norte, especialmente nas áreas da farmacêutica, biomedicina e genética", afirmou, salientando que o I3S terá como principais prioridades as doenças degenerativas, o cancro, as doenças metabólicas e as infecciosas.

Para Alexandre Quintanilha, "este é o princípio de uma viagem que consideramos que vale a pena", salientando que "a maior parte das coisas" que os três institutos fizeram até agora "é de muita qualidade".

Sem dúvidas a esse respeito, o ministro do Ciência, Mariano Gago, considerou que o novo instituto "é uma forma de exploração interdisciplinar em domínios transversais".

"Em Portugal, as instituições científicas são o sector mais internacionalizado e onde a colaboração institucional é mais intensa", frisou, recordando que "a ciência avançada não pode ser local".

Mariano Gago manifestou "grande orgulho" com a criação do I3S, salientando esperar que a nova instituição consiga "abrir novas áreas" de investigação.

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Enviado por: André em Janeiro 29, 2008, 02:14:32 pm
Primeiro-ministro afirma que Portugal exportou o ano passado mais tecnologia do que importou

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O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje, durante a inauguração do novo Centro de Competências da Fujitsu, que Portugal registou o ano passado, pela primeira vez, uma balança tecnológica positiva, tendo exportado mais tecnologia do que importou.

"A balança tecnológica portuguesa em 2007 foi finalmente positiva. Portugal vendeu mais tecnologia do que importou", afirmou o primeiro-ministro durante a cerimónia de inauguração do novo centro da empresa japonesa líder na Europa de prestação de serviços de tecnologia de informação.

"Isto mostra uma evolução no perfil de Portugal e uma mudança de paradigma", afirmou o primeiro-ministro, sublinhando que a "exportação de serviços a empresas é já maior do que a exportação dos sectores tradicionais, como o calçado e o têxtil".

A Fujitsu Services espera investir 10 milhões de euros no novo Centro de Competências até ao final deste ano e 4,2 milhões de euros anuais nos próximos anos, afirmou o director-geral da Fujitsu Portugal, Carlos Barros.

Este novo centro, que emprega actualmente 200 pessoas, e espera até ao final do ano atingir os 500 colaboradores, vai fornecer serviços a 40 mil utilizadores em 106 países.

A escolha de Portugal para instalar este novo centro, entre vários países onde o grupo opera, deve-se, segundo Carlos Barros, às qualificações dos portugueses para falar uma segunda língua, à capacidade do país de atrair investimento e pessoas que falem vários idiomas.

A proximidade geográfica com os grandes centros de decisão europeus e o forte alinhamento cultural, foram outras das razões pela aposta da Fujitsu em Portugal que considera o país "como um ponto de referência para o investimento do grupo, posicionando Lisboa como uma capital tecnológica.

"Portugal está na rota e no radar das grandes multinacionais e dos investimentos tecnológicos", defendeu o primeiro-ministro.

José Sócrates afirmou ainda que este tipo de investimento, baseado no conhecimento, tem vindo a aumentar em Portugal devido à "disponibilidade do país de se concentrar em sectores mais dinâmicos e modernos da nossa economia".

A Fujitsu Services é uma empresa de serviços de tecnologias de informação líder na Europa, apoiando clientes através da consultoria, integração de sistemas e serviços de "outsourcing".

Tem um volume de negócios de 3,5 mil milhões de euros e emprega mais de 19 mil pessoas em 20 países.

Lusa
Título:
Enviado por: tsumetomo em Janeiro 29, 2008, 02:33:53 pm
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O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje, durante a inauguração do novo Centro de Competências da Fujitsu, que Portugal registou o ano passado, pela primeira vez, uma balança tecnológica positiva, tendo exportado mais tecnologia do que importou.

Humm... isto e' medido em que? Euros?
Que tecnologias e' que foram exportadas? Para quem? E importadas?
Alguem tem mais informacao a este respeito?
Título:
Enviado por: comanche em Janeiro 29, 2008, 03:25:23 pm
Citação de: "tsumetomo"
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O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje, durante a inauguração do novo Centro de Competências da Fujitsu, que Portugal registou o ano passado, pela primeira vez, uma balança tecnológica positiva, tendo exportado mais tecnologia do que importou.
Humm... isto e' medido em que? Euros?
Que tecnologias e' que foram exportadas? Para quem? E importadas?
Alguem tem mais informacao a este respeito?



http://www.ver.pt/conteudos/print.aspx?Clipping=888
Título:
Enviado por: tsumetomo em Janeiro 29, 2008, 04:32:56 pm
Citação de: "comanche"
http://www.ver.pt/conteudos/print.aspx?Clipping=888

Isto sim são boas noticias:

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Durante os primeiros seis meses de 2007 o resultado das vendas ao estrangeiro atingiu os 506 milhões de euros, contra 447 milhões de importações.

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Já em 2006, e segundo dados apurados pelo Expresso (publicados na edição de 28 de Abril), as empresas portuguesas de base tecnológica tinham exportado cerca de 200 milhões de euros. A mais destacada foi a Novabase com 81 milhões, mas há que contar com a contribuição de outros nomes como a Altitude, PT Inovação, Critical Software, YDreams, entre outras.

E não pode ser esquecido o papel desempenhado por algumas multinacionais que usam o nosso país como base para as suas actividades de inovação e de prestação de serviços com elevado valor acrescentado (Nokia- Siemens, Qimonda, IBM, Fujitsu, entre outras).

Citar
"Muitas empresas já perceberam que para vingar em certos mercados têm que ser muito competitivas e isso só se consegue com inovação e, naturalmente, com um forte investimento na componente de investigação", sublinha o presidente da AdI.

Lembra a propósito que, enquanto em 1995 apenas 20 mil empresas tinham um licenciado nos seus quadros, em 2000, eram já 40 mil e em 2005 o número subia para 75 mil
Título:
Enviado por: comanche em Janeiro 29, 2008, 06:41:21 pm
Tecnologia: Sector de TI com falta de 2 mil a 3 mil profissionais altamente qualificados em Portugal

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Lisboa, 29 Jan (Lusa) - Portugal tem falta de 2 mil a 3 mil profissionais altamente qualificados para as empresas de tecnologias da informação (TI), principalmente engenheiros e formados em matemáticas aplicadas, estimou hoje Rui de Melo, presidente da ANETIE.

Em conferência de imprensa para apresentar o estudo sobre "Competências a melhorar na formação de profissionais de TI em Portugal", o presidente da Associação das Empresas de Tecnologias da Informação e Electrónica (ANETIE) defendeu que as escolas de ensino superior devem ministrar competências mais dirigidas às necessidades das empresas.

Observou que as empresas têm de "investir entre 9 a 12 meses" para dar aos novos quadros preparação para a sua actividade, período que poderia ser reduzido para menos de metade se o ensino fosse mais adequado às necessidades das empresas.

Rui de Melo defendeu que o ministério do Ensino Superior, as escolas de ensino superior e as empresas ou as suas associações trabalhem em conjunto na adaptação dos currículos para permitir que os licenciados de Bolonha (três anos de ensino superior) estejam preparados para trabalhar nas empresas.

"É importante ficar bem claro que a indústria está interessada em admitir esses licenciados (de Bolonha), assim como haverá espaço para a contratação de mestres e doutores", garante a ANETIE.

O inquérito da ANETIE, respondido por duas dezenas de empresas suas associadas que empregam mais de 3 mil pessoas, aponta como principais competências que precisam de ser melhoradas nos profissionais de TI competências não técnicas como a gestão por objectivos, a gestão de equipas e liderança, a comunicação escrita (domínio da língua portuguesa) e a comunicação presencial.

Rui de Melo salientou que, embora alguns dos défices de competências devam merecer medidas desde o ensino básico, como é o caso do domínio da língua portuguesa, as universidades poderão também adoptar medidas para melhorar as competências nalgumas dessas áreas.

No plano das competências técnicas, as maiores lacunas sentidas pelas empresas situam-se na normalização e serviços, necessário para certificar um serviço em termos de qualidade e gestão, na área da segurança informática, nas arquitecturas e sistemas distribuídos e no desenho de interfaces.

O presidente da ANETIE salientou que as competências não técnicas não são mais importantes do que as técnicas mas é nas primeiras que as empresas identificam mais insuficiências entre os profissionais qualificados de TI e são as que necessitam de mais urgente atenção.

Rui de Melo considerou que a área comercial e de marketing é uma área altamente deficitária de profissionais competentes e que está muito esquecida nas universidades.

Face a esta situação, a ANETIE propõe que as empresas assumam um maior envolvimento no sistema de ensino, dispondo-se inclusivamente a fornecer formadores e a partilhar conhecimentos, proponham projectos de investigação às universidades e contratem professores e investigadores para colaborarem nos seus projectos.

Quanto às universidades, a ANETIE propõe-lhes que discutam os seus curricula com as empresas, incrementem seminários empresariais e visitas a empresas, convidem quadros de empresas para leccionarem algumas matérias, obriguem a estágios profissionais com projectos realistas e incentivem a cooperação académica com empresas.

Rui de Melo indicou que a ANETIE vai promover o prémio "Fórmula Profissionais TIC 2008) para distinguir as universidades que mais se destaquem na adopção de medidas para diminuir os défices de competências, nomeadamente no plano da adaptação de currículos e de cooperação com as empresas.

No plano do ensino profissional, a ANETIE propõe uma maior adequação às necessidades do mercado e uma forte ligação ao mundo empresarial.

Rui de Melo salientou que o ensino profissional não deve ser considerado "de segunda" e tem de ter qualidade, embora sendo muito focado na prática.

Rui de Melo precisou que o sector de tecnologias da informação e electrónica inclui meio milhar de empresas que facturam 3 mil milhões de euros, sendo associadas da ANETIE 105 empresas que facturam mais de 1,6 mil milhões de euros e empregam 8 mil profissionais.

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Enviado por: comanche em Janeiro 30, 2008, 12:38:47 pm
Tecnologia: Lucros da ParaRede multiplicaram-se por mais de cinco em 2007

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Lisboa, 30 Jan (Lusa) - Os lucros da ParaRede mais do que quintuplicaram em 2007, crescendo 419 por cento e atingindo 1,613 milhões de euros, anunciou hoje a empresa tecnológica portuguesa.

Em comunicado publicado no site da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a ParaRede anuncia que o seu volume de negócios cresceu 13 por cento no ano passado, para 58,45 milhões de euros, e os resultados operacionais brutos (EBITDA) aumentaram 82 por cento, para 3,27 milhões de euros.

A margem EBITDA (resultados operacionais brutos sobre volume de negócios) aumentou de 3,5 por cento em 2006 para 5,6 por cento no ano passado.

A ParaRede indica que a actividade das empresas adquiridas em 2007 foi integrada nas áreas de negócio já existentes no grupo, observando que a Sol-S e a Solsuni reforçaram as áreas de integração de infra-estruturas e suporte multivendor, permitindo a presença imediata em Angola através da SolService Angola.

Acrescenta que a ByteCode fortaleceu as áreas de outsourcing (subcontratação de serviços) e de arquitectura de desenvolvimento, enquanto a SBO, reforçou a área de outsourcing de processos, permanecendo como uma empresa autónoma dentro do grupo.

A ParaRede recorda que no terceiro trimestre alienou 51 por cento do capital social da ParaRede Netpeople à empresa Multipessoal.

A ParaRede indica que os seus custos financeiros subiram cerca de meio milhão de euros em 2007, sendo 300 mil resultantes do aumento substancial do passivo decorrente da aquisição da Sol-S e Solsuni e 200 mil resultado do agravamento da taxa Euribor em cerca de 1 ponto percentual ao longo do ano.

O passivo do grupo aumentou de 33,004 milhões de euros no final de 2006 para 44,816 milhões de euros no fim do ano passado, do qual 14,586 milhões de euros correspondente a empréstimos (13,322 milhões de euros no fim de 2006).

A ParaRede sublinha que apresentou um rácio de autonomia financeira de 58,7 por cento no ano passado, o que "atesta a adequação da estrutura de capitais".

A administração da ParaRede, "apesar do clima de instabilidade conjuntural", reafirma os objectivos, enunciados nos dois anos anteriores, de conseguir este ano uma margem EBITDA entre 6 e 7 por cento e em 2009 uma margem entre 8 e 10 por cento e de manter um crescimento do volume de negócios superior a 10 por cento, o que permitirá ganhar quota de mercado.

O grupo indica que 2007 foi um ano de integração e reestruturação das empresas adquiridas, o que ainda não permitiu que os activos das empresas adquiridas fossem potenciados na sua plenitude.

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Enviado por: comanche em Janeiro 31, 2008, 11:26:48 am
Tecnologia: Lucro e facturação da Critical Software aumentam mais de 60% em 2007


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Lisboa, 31 Jan (Lusa) - O lucro e o volume de negócios da Critical Software aumentaram mais de 60 por cento em 2007, face a 2006, divulgou hoje a empresa de tecnologias da informação sediada em Coimbra.

O resultado líquido (antes de impostos) aumentou 65 por cento, para 1,8 milhões de euros, enquanto o EBITDA ('cash flow' operacional) atingiu 2,4 milhões de euros.

A facturação cresceu mais de 60 por cento, para 13,7 milhões de euros, tendo mais de 70 por cento deste montante sido originado "em negócios com o mercado externo", refere a empresa em comunicado.

A empresa salienta que "ultrapassou largamente os objectivos de negócio estabelecidos para 2007" e que estes resultados "são o reflexo do amadurecimento de relações com os mais exigentes clientes em sectores como o da Defesa e Aeroespacial, ou Indústria e Energia", referiu o presidente executivo da Critical, Gonçalo Quadros.


Tecnologia:Critical Software quer atingir volume de negócios de 19ME em 2008

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Lisboa, 31 Jan (Lusa) - A Critical Software prevê atingir este ano um volume de negócios de 19 milhões de euros, o que representa um aumento de cerca de 38 por cento face ao montante de 2007, mantendo uma grande capacidade exportadora, divulgou hoje a empresa.

"Para 2008, as previsões da Critical apontam para a manutenção de uma boa capacidade de crescimento" e a empresa espera "facturar 19 milhões de euros, com idênticos níveis de rentabilidade e mantendo uma muito forte capacidade de exportação", refere em comunicado.

Este valor representa um crescimento de 38,7 por cento, face aos 13,7 milhões de euros de volume de negócios que a empresa atingiu em 2007.

No comunicado de apresentação dos resultados relativos ao ano passado, o presidente executivo da Critical sublinha que a estratégia da empresa "passa por consolidar uma posição de destaque nos sectores mais exigentes, aqueles que melhor valorizam as boas soluções de engenharia.

Gonçalo Quadros acrescenta que a Critical não quer "concorrer com a indústria de software de baixo custo, instalada nos mercados emergentes", pretendendo ser "uma referência no sector da engenharia de software de altíssimo valor acrescentado".

Em 2007, a Critical obteve um lucro (antes de impostos) de 1,8 milhões de euros, mais 65 por cento que em 2006, e um EBITDA ('cash flow' operacional) de 2,4 milhões de euros.

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Enviado por: comanche em Fevereiro 01, 2008, 11:57:53 pm
Nanotecnologia: Biofarmacêutica belga instala-se no Porto pela "concentração de talentos"


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Porto, 01 Fev (Lusa) - O presidente da biofarmacêutica belga Ablynx, Edwin Moses, afirmou hoje que a empresa escolheu o Porto para instalar o seu centro de inovação pela "concentração de talentos" que existe na cidade.

"Não há muitos sítios do Mundo com esta concentração de talentos na área farmacêutica. Recebemos 250 candidaturas para trabalhar aqui", salientou Edwin Moses, na inauguração do Centro de Inovação da Ablynx.

O administrador da Ablynx, empresa fundada em 2001 em Ghent, Bélgica, e já cotada na Bolsa Euronext, justificou a escolha do Porto pela possibilidade de "crescer muito depressa".

"Estivemos a procurar um local onde crescer muito depressa fora de Ghent", afirmou, adiantando que a equipa multinacional da empresa no Porto vai brevemente aumentar de nove para 25 investigadores.

A presença da Ablynx no Porto começou em 2004, com uma pequena equipa de investigadores incubada no Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto (UP).

A partir de hoje, a Ablynx está instalada em parte de um dos edifícios da UP na Rua do Campo Alegre, mesmo ao lado do IBMC, onde já funcionaram as faculdades de Letras e de Psicologia e Ciências da Educação.

"Investimos aqui 1,5 a dois milhões de euros", disse o presidente da empresa, salientando que a proximidade física do IBMC foi decisiva na escolha do local.

A Ablynx vai desenvolver no Porto novas aplicações para a sua tecnologia patenteada de "nanobodies", anticorpos à escala nano, destinada à criação de fármacos para combate a inflamações e a doenças cardiovasculares, cancros e Alzheimer.

"Descobrimos medicamentos completamente novos, nomeadamente para doenças cardiovasculares, que estamos agora a testar em laboratório", referiu Edwin Moses.

O vice-reitor da UP Jorge Gonçalves afirmou que a instalação da Ablynx "é o início do Pólo de Incubação da UPTec [Parque de Ciência e Tecnologia da UP] no Campo Alegre".

A Ablynx vai utilizar as instalações do Campo Alegre num regime de aluguer por cinco anos, renováveis, disse Jorge Gonçalves.

No mesmo local, vai ser instalado o Centro Fraunhofer Portugal, unidade de investigação do instituto alemão onde nasceu o formato de gravação áudio mp3.

"Esperamos vir a precisar de mais espaço. A UPTec tem de funcionar numa lógica de sustentabilidade", salientou o vice-reitor.

Jorge Gonçalves realçou que a incubadora que a UPTec está a construir no Pólo da Asprela, e que deverá estar concluída em Julho, "está praticamente toda ocupada" com empresas tecnológicas.

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Enviado por: comanche em Fevereiro 02, 2008, 01:48:51 pm
Engenharia à escala atómica nasce em Braga



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Investigação com empresas é uma mais-valia
Imagine ter no guarda-fatos uma peça de vestuário que muda de cor e, como tal, poder escolher a tonalidade que pretende usar num determinado dia. Ou vestir uma t-shirt que o protege dos raios ultravioletas. Isso é possível graças à nanotecnologia, uma engenharia à escala atómica e molecular, que "lida com objectos da dimensão de nanómetros, ou seja, cem mil vezes mais pequenos do que a espessura de um cabelo humano", e que já está a ser levada à prática num instituto de investigação em Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga. É o Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI), que acredita que seus projectos "vão revolucionar o mercado a médio prazo".

"Estamos a trabalhar, por exemplo, em materiais que se auto-limpam, materiais flexíveis resistentes à perfuração, e ainda noutros, até agora tradicionais, mas que se podem tornar 'inteligentes' e passar a funcionar como interruptores ou teclados", explicou ao DN o director executivo do CeNTI, António Vieira. O responsável destacou ainda o desenvolvimento em curso de materiais com isolamento térmico para vestuário e para edifícios.

Este instituto de novas tecnologias está assim a desenvolver uma série de projectos em colaboração com várias empresas, cujos nomes o responsável não revela, e que serão "altamente diferenciadores, em relação ao que hoje se faz". Alguns deles, reiterou, "serão materiais radicalmente inovadores à escala mundial". Na base, está a aplicação da nanotecnologia.

O CeNTI desenvolve materiais inovadores "e de elevada funcionalidade" para o sector têxtil, do vestuário e do couro através do recurso a estas tecnologias à escala atómica.

Este instituto foi fundado há cerca de um ano, pelo Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve), e também pelas universidades do Minho, do Porto e de Aveiro, e pelo Centro Tecnológico das Indústrias do Couro (CTIC).

António Vieira adiantou que o centro planeia investigar e desenvolver nanomateriais e novos materiais têxteis para aumentar o desempenho do ser humano ao nível da saúde, bem-estar, protecção, desporto e lazer.

O centro pretende ainda desenvolver novos materiais para "têxteis com aplicação em dispositivos para energias alternativas, como painéis fotovoltaicos flexíveis, nos meios de transporte e na construção civil sustentável".

Com apenas um ano de actividade, o CeNTI envolve um investimento de cerca de cinco milhões de euros - 75% do qual injectado pelo Ministério da Economia e 25% resultante de fundos privados - em técnicas inovadoras. O instituto deverá estar completamente operacional em Julho deste ano.

O objectivo é disponibilizar novos equipamentos e competências na área dos materiais. Tudo, explicou o director executivo António Vieira, "para diminuir o risco da investigação e desenvolvimento empresarial e contribuir para acelerar o processo que decorre desde a ideia inovadora até ao produto no mercado".
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Enviado por: comanche em Fevereiro 07, 2008, 11:07:50 am
Tecnologia: Portuguesas Critical Software e ISA integram programa I&D sistemas embebidos financiado em 2,4 mil ME


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Lisboa, 06 Fev (Lusa) - A Critical Software e a ISA integram a primeira parceria público-privada de investigação e desenvolvimento, que conta com a Comissão Europeia como membro e tem um financiamento de 2,4 mil milhões de euros até 2018, divulgaram hoje as duas tecnológicas portuguesas.

De acordo com um comunicado, esta é a "primeira parceria público-privada de i&d [Investigação & Desenvolvimento] do 7º programa-quadro" que disponibiliza 2,4 mil milhões de euros para a investigação e desenvolvimento em sistemas embebidos [sistemas integrados - quer de hardware como software - autónomos que cumprem uma parte informática específica, como por exemplo o controlo inteligente do ar condicionado] a ser executado ao longo de 1o anos.

O objectivo é "reforçar a liderança europeia" na área de sistemas embebidos - estes tornam os equipamentos mais inteligentes e fáceis de usar, ao mesmo tempo que ajudam a poupar energia e a reduzir custos.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Critical Software, Diamantino Costa, afirmou que este é um sector em grande desenvolvimento ena Europa.

Entre as entidades que participam nesta parceria está Portugal, enquanto membro fundador, representado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, a Comissão Europeia, empresas como a Nokia, Philips, Quimonda, entre outros.

PAra a Critical Software, esta parceria permite à empresa (continuar num alinhamento a longo prazo, permite planear" atempadamente, segundo o responsável.

Só para se ter uma ideia, os sistemas embebidos ou integrados podem funcionar como catalisadores da inovação nas indústrias, criar valor acrescentado e novos postos de trabaljo.

No sector automóvel, a Critical Software e a ISA - Intelligent Sensing Anywhere esperam que este sistema dê emprego a mais de 600 mil europeus.

Esta parceria - ou associação entre várias indústrias - deu origem à iniciativa tecnológica ARTEMIS, vocacionada oara a investigação de sistemas embebidos.

O programa torna-se oficial quinta-feira, com a entrada em vigor do regulamento, segundo as emprsas.

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Enviado por: André em Fevereiro 07, 2008, 03:49:22 pm
Henrique Veiga Fernandes ganha «Starting Grant» do European Research Council

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O investigador Henrique Veiga Fernandes, do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina de Lisboa, ganhou um Starting Grant do prestigiado European Research Council. Esta distinção internacional premeia projectos de investigação de qualidade ímpar e destina-se a lançar a carreira de cientistas de topo que desenvolvam o seu trabalho na Europa, em qualquer área científica.

Este ano serão premiados somente até 300 cientistas dos mais de nove mil candidatos. Apenas dois portugueses fizeram parte dos poucos (431) que passaram à segunda fase do concurso. Ambos, Henrique Veiga Fernandes e António Jacinto, são investigadores do Instituto de Medicina Molecular.

A distinção feita a Henrique Veiga Fernandes traduz-se na atribuição de um milhão e novencentos mil euros ao projecto Papel do proto-oncogene RET no desenvolvimento e função dos linfócitos, a ser desenvolvido no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa. Neste projecto de cinco anos, o investigador pretende estudar o papel de genes cuja desregulação estará na origem de malformações genéticas e de certas formas de cancro.

O projecto ajudará a elucidar os mecanismos envolvidos no desenvolvimento e funções do sistema imunitário, tendo como potencial impacto a melhor compreensão de doenças do sistema immunitário tais como a leucemia e doenças auto-imunes.

Nova entidade pan-europeia

O European Research Council (ERC) é uma nova entidade pan-europeia, criada recentemente no âmbito do 7º Programa Quadro Europeu para a Investigação. As Starting Grants são as primeiras distinções de excelência atribuídas pelo ERC e destinam-se a insuflar a carreira de cientistas de topo que se estejam a estabelecer como líderes de equipas de investigação.

"Ganhar uma Starting Grant do ERC é sem dúvida uma honra e um grande incentivo para mim, no momento em estou a começar uma nova fase da minha carreira em Portugal e que estou a fundar a minha própria equipa de investigação", diz o investigador

Henrique Veiga Fernandes fez o seu doutoramento em 2002 em Paris, no Instituto Necker, onde permaneceu por mais um ano em pós-doutoramento. Rumou depois a Londres para o National Institute for Medical Research, onde desempenhou funções como senior investigator scientist. Irá instalar-se permanentemente no Instituto de Medicina Molecular em 2008, onde fundará a sua equipa de investigação e desenvolverá o projecto agora premiado.

 A missão do Instituto de Medicina Molecular é a promoção e o exercício da investigação biomédica básica, clínica e de translação com o objectivo de contribuir para uma melhor compreensão dos mecanismos de doenças, o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas e de novos testes e ferramentas de diagnóstico.

Ciência Hoje
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Enviado por: André em Fevereiro 07, 2008, 07:29:39 pm
Alvaro Cunha (FEUP) é o primeiro português distinguido pela Sociedade Americana de Mecânica Experimental

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A Sociedade Americana de Mecânica Experimental distinguiu pela primeira vez um investigador português, atribuindo o Prémio D.J. DeMichele a Álvaro Cunha, director do Laboratório de Vibrações e Monitorização da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

O prémio, criado em 1990, distingue investigadores que se destacam na promoção de aspectos científicos e educacionais da Tecnologia da Análise Modal, tendo os anteriores galardoados sido investigadores das mais importantes universidades e empresas norte-americanas.

O Laboratório de Vibrações e Monitorização (ViBest) da Faculdade de Engenharia do Porto esteve envolvido nos últimos anos na realização de ensaios dinâmicos de grandes estruturas, como a Ponte Vasco da Gama, em Lisboa, ou o Viaduto de Millau, em França, que é a ponte de múltiplos vãos mais alta do mundo.

Além deste prémio atribuído pela Sociedade Americana de Mecânica Experimental, o ViBest tem merecido a atenção de outras instituições internacionais, entre as quais a International Association for Bridge and Structural Engeneering.

O director do ViBest, Álvaro Cunha, é professor catedrático do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, sendo o autor de cerca de duas centenas de artigos, a maioria dos quais relacionados com a Análise Modal.

A cerimónia de entrega do Prémio D.J. DeMichele decorreu quarta-feira em Orlando, EUA, durante a XXVI Conferência Internacional de Análise Modal.

Lusa
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Enviado por: André em Fevereiro 12, 2008, 04:55:57 pm
Produtos de alta tecnologia pesaram 11,5% nas exportações no 1º trimestre 2007

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O gabinete do coordenador do Plano Tecnológico revelou hoje que os produtos de alta tecnologia pesaram 11,5 por cento nas exportações portuguesas no primeiro trimestre do ano passado.

Esta evolução superou e antecipou o objectivo definido pelo Governo no âmbito do Plano Tecnológico, que previa que o peso das exportações de produtos tecnológicos se fixasse em 10,4 por cento, em 2010.

A nota divulgada hoje pelo gabinete de Carlos Zorrinho também salienta que o Plano Tecnológico já atingiu outras metas previstas apenas para daqui a três anos, como o número de diplomados em ciência e tecnologia por 1.000 habitantes e a percentagem de emprego em serviços de alta tecnologia.

"Estes indicadores reflectem a tendência da economia portuguesa para se posicionar num patamar mais elevado da cadeia de valor global, tendo consequência directa na inversão do saldo da balança tecnológica que passou a ser positivo em 2007", refere o comunicado.

Lusa
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Enviado por: comanche em Fevereiro 13, 2008, 02:12:57 pm
Ciência: Artigo de docente de Coimbra entre os mais citados do "Journal of Chromatography B" nos últimos cinco anos


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Coimbra, 13 Jan (Lusa) - Um artigo científico sobre uma metodologia inovadora que optimiza técnicas analíticas laboratoriais, do docente de Coimbra Amílcar Falcão, integra o "Top 50" dos mais citados nos últimos cinco anos na publicação internacional da especialidade, foi hoje anunciado.

O artigo científico daquele docente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, de 2002, atingiu o "Top 50" dos mais citados do "Journal of Chromatography B" (quinquénio 2002-07), uma das publicações mais prestigiadas na área bioanalítica associada às Ciências da Saúde, refere uma nota de imprensa do Departamento de Comunicação da Reitoria da Universidade.

Nesse quinquénio foram publicados 2.000 artigos e efectuados quatro milhões de "downloads". Para integrar esse grupo restrito dos mais citados o artigo de Amílcar Falcão terá sido importado por "várias centenas de milhar" de utilizadores.

"É gratificante, pois não é fácil de obter, porque se publicam milhares de artigos. É algo que não é especulativo. Está publicado, e teve essas repercussões", declarou o autor à agência Lusa, frisando que isso revela que a sua metodologia "dá resposta a necessidades internacionais".

Utilizando métodos matemáticos e estatísticos, optimiza e padroniza a forma como deve ser feita a calibração das técnicas analíticas no âmbito das ciências da saúde, explicou Amílcar Falcão.

Na sua perspectiva, o método é relevante do ponto de vista científico, em que os procedimentos estão padronizados e se recorre à certificação e acreditação de métodos.

De acordo com o investigador, qualquer laboratório internacional quererá utilizar a metodologia para optimizar as técnicas analíticas, nomeadamente na área da qualidade.

A investigação desenvolvida pela equipa liderada por Amílcar Falcão "sistematiza e optimiza o processo de calibração em bioanálises, garantindo maior exactidão, precisão e capacidade de detecção nas concentrações em estudo. Um acréscimo de eficácia que pode fazer a diferença no resultado, pois uma substância não detectada nem sempre permite concluir pela sua inexistência", refere a nota de divulgação da Reitoria da Universidade de Coimbra.

A metodologia desenvolvida - acrescenta - "distingue-se ainda pela criação de um sistema universal para as diferentes técnicas de análise biológica, uma vez que, até então as várias abordagens existentes eram de utilização específica".

"O impacto desta investigação é real: o método de calibração em bioanálises desenvolvido é hoje utilizado no mundo inteiro. O algoritmo de decisão desenvolvido tem uma utilização global, permitindo optimizar e universalizar os procedimentos de acordo com uma única cartilha. Havia várias abordagens para casos específicos, mas sentia-se a necessidade de se passar da árvore para a floresta", frisou Amílcar Falcão.

Em 2006 este investigador já tinha sido distinguido com o prémio "Eminent Scientist of the Year", da organização não governamental "International Research Promotion Council (IRPC)". Desse modo viu assim reconhecida a sua carreira académica, e em particular um artigo publicado em 2005 na revista "Gynecology Oncology", no qual apresenta um novo parâmetro de interpretação do marcador tumoral do cancro do ovário "CA-125", refere a mesma nota.

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Enviado por: comanche em Fevereiro 13, 2008, 07:29:21 pm
Novabase “dispara” 9% com investimentos no Médio Oriente

As acções da Novabase dispararam mais de 9 % depois de ontem o presidente da empresa, Rogério Carapuça, ter adiantado, em conferência de imprensa, que investiu um milhão de euros na nova unidade do Médio Oriente, com sede no Dubai, empresa que dará suporte aquela região, onde a tecnológica nacional já tem projectos.
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de ontem o presidente da empresa, Rogério Carapuça, ter adiantado, em conferência de imprensa, que investiu um milhão de euros na nova unidade do Médio Oriente, com sede no Dubai, empresa que dará suporte aquela região, onde a tecnológica nacional já tem projectos.

A maior empresa tecnológica nacional acrescentou que prevê que o volume de negócios, em 2008, alcance os 340 milhões de euros, sublinhando que o seu enfoque continuará a incidir no aumento da rentabilidade, por isso prevê um aumento da margem EBITA para um intervalo entre 23 e 25 milhões de euros.

As declarações do presidente da empresa quanto ao comportamento do título também beneficiam as acções. Rogério Carapuça confessou-se admirado com a cotação da empresa sublinhando que "temos que ter a humildade de acatar porque é o mercado que dá o preço".

Na sessão de hoje, as acções da Novabase já subiram 9,45% para os 2,78 euros, e seguiam a avançar 7,09% para os 2,72 euros.


Ontem a empresa apresentou as suas contas referentes ao ano de 2007 e anunciou que os seus lucros ascenderam a sete milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 35,4%. A Novabase acrescentou que as vendas e prestação de serviços atingiram o montante de 313,2 milhões de euros, o que corresponde a um incremento de 19,8% face a 2006.

O EBITDA atingiu os 20 milhões de euros em 2007, isto é, um acréscimo de 22,2% face aos 16,4 milhões de euros obtidos em 2006.

O Caixa BI, que tem uma recomendação de "acumular" e um preço-alvo de 5,60 euros para a Novabase, acredita que a área de Consulting permanecerá como suporte dos negócios da empresa, e que a estratégia de gestão deverá concentrar esforços na área de engenharia. Por outro lado, frisa que "as oportunidades de crescimento na área de Digital TV com o switch-off do sistema analógico implicam esforço financeiro para a expansão do negócio, assim como a exposição a um elevado risco".

O banco de investimento sublinha que irá rever as estimativas para a área de Engenharia e Digital TV, acreditando que os fundamentais da empresa se mantêm inalterados.

A Espírito Santo Research (ESR) acrescenta que tem uma opinião "neutral a negativa" sobre os números da tecnológica, referindo que "embora haja notícias positivas nos negócios de Consulting e Digital TV, com um muito bom quarto trimestre, a área de Engenharia permanece um obstáculo na rentabilidade da companhia".

Este banco tem uma recomendação de "vender" e um preço-alvo e 5,70 euros para a Novabase.

O BPI, que recomenda "comprar" e tem um preço-alvo de 5,20 euros para a tecnológica nacional, considera que estes resultados terão um impacto negativo no título. "No geral, estamos preocupados com o facto de a empresa não vir a ser capaz de manter a sua rendibilidade, mas continuamos confortáveis com as nossas estimativas para 2008", refere a equipa de "research" do BPI, no "Iberian Daily" de hoje.
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Enviado por: comanche em Fevereiro 14, 2008, 02:28:02 pm
Plano Tecnológico: Portugal é o 7º país europeu com maior progresso na inovação


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Lisboa, 14 Fev (Lusa) - Portugal é o sétimo país com maior progresso relativo segundo na inovação, segundo o ranking europeu (European Innovation Scoreboard 2007) da iniciativa da Comissão Europeia, hoje divulgado, e está em 30º lugar a nível global.

Segundo os dados do European Innovation Scoreboard (EIS), Portugal ocupa o sétimo lugar no grupo de países com maior progresso relativo em termos de desempenho em inovação.

Este desempenho, segundo nota do gabinete do coordenador do Plano Tecnológico, "permitiu que Portugal subisse um lugar no ranking global, integrando o grupo de países em catching up".

A edição de 2007 do estudo integrou 37 países: os 27 Estados-membros da União Europeia mais a Suíça, Islândia, Noruega, Croácia, Turquia, EUA, Israel, Canadá, Japão e Austrália.

Em termos globais, Portugal ficou em 30º lugar, enquanto na edição anterior ocupou a 28ª posição.

Com a entrada este ano de três novos países no ranking (Austrália, Canadá e Israel), com pontuações superiores, Portugal passou a ocupar o 30 º lugar.

Segundo a mesma nota, caso estes países não tivessem entrado, Portugal ocuparia este ano o 27º lugar.

"Este é mais um ranking em que Portugal, embora parta de uma posição muito baixa, melhora a sua posição relativa", disse à Lusa o coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho.

"Mais significativa que a subida absoluta é a velocidade do progresso relativo, que ocorre não obstante os dados menos positivos que se verificam nos indicadores que ainda reportam a 2004 (inovação) e 2005 (potencial científico), adiantou o também coordenador nacional da Estratégia de Lisboa.

Carlos Zorrinho considerou o ranking de 2007 "encorajador para Portugal", uma vez que representa "um incentivo para o Governo continuar a investir na Ciência e Tecnologia e racionalizar o sistema de apoio público à inovação".

Para o coordenador, o EIS 2007 representa também um incentivo para as empresas portuguesas continuarem a investir na inovação e a tirar partido da sua aposta em investigação e desenvolvimento, "utilizando as ferramentas de gestão, certificação e registo da inovação, designadamente as desenvolvidas pela COTEC, em parceria com o IAPMEI e o gabinete do Plano Tecnológico".

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Enviado por: comanche em Fevereiro 15, 2008, 11:22:43 am
BIAL duplica a área dedicada à investigação


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O grupo Bial inaugurou, ontem, o seu novo departamento de Investigação e Desenvolvimento, na presença do primeiro-ministro José Sócrates. O investimento enquadra-se num programa de expansão, assente na pesquisa de novas terapêuticas, que, recentemente, deu lugar ao contrato do primeiro licenciamento internacional de um medicamento desenvolvido em Portugal.

O presidente da Bial, Luís Portela, salientou que o seu grupo investiu nos últimos 10 anos cerca de 300 milhões de euros só em investigação e desenvolvimento, que resultaram no registo de seis patentes, algumas das quais poderão conduzir à comercialização de medicamentos.

Parte deste investimento começou a produzir retorno em Dezembro de 2007, com a assinatura do primeiro contrato de licença de comercialização de um anti-epiléptico(uma das seis patentes), desenvolvido pela Bial. Esta comercialização será feita nos Estados Unidos e Canadá, a partir de 2009. Só pela licença, a farmacêutica norte-americana Sepracor pagou à Bial cerca de 175 milhões de dólares.

José Sócrates considerou o facto "um momento histórico", sendo que o licenciamento internacional de um medicamento desenvolvido em Portugal "é importante para a Bial e muito importante também para o país".

"Não temos a certeza que todos (a s seis patentes) vão chegar ao mercado, mas, se mais um ou dois chegarem, conseguiremos recuperar o investimento", afirmou o presidente Luís Portela.

Ainda numa lógica de expansão da investigação, a Bial inaugurou, ontem, o seu novo departamento de desenvolvimento, com uma área de 2300 metros quadrados, representando um investimento de seis milhões. A nova unidade de farmacologia humana disporá de 20 camas de internamento. Trata-se do único laboratório de investigação farmacêutica com uma unidade de farmacologia humana. A Bial é a única empresa em Portugal com capacidade de realização de ensaios de Fase 1 (em humanos saudáveis).

A Bial emprega actualmente 92 pessoas, das quais 21 são doutoradas, de sete nacionalidades, a trabalharem nos seus dois centros de investigação e desenvolvimento na Trofa e em Bilbau, Espanha. Leonor Paiva Watson
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Enviado por: comanche em Fevereiro 18, 2008, 11:50:48 am
Nanotecnologia: CIN cria tintas bactericidas e com capacidade de autolimpeza

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Porto, 18 Fev (Lusa) - A CIN está a promover, através do seu Departamento de Investigação e Desenvolvimento (I&D) em colaboração com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o desenvolvimento de nanoprodutos de ponta no mercado das tintas e vernizes.

Segundo disse hoje à Lusa o engenheiro José Nogueira, responsável pelo Departamento de I&D da Corporação Industrial do Norte (CIN), a empresa já possui - ou tem em fase final de lançamento no mercado - tintas com actividade bactericida, outras com revestimentos capazes de eliminar maus cheiros por oxidação das substâncias que os originam e produtos que induzem um efeito de auto-limpeza de superfícies de vidro e de outros materiais.

Estas últimas tintas têm ainda a capacidade para oxidarem os NOx presentes na ar contribuindo para a redução das quantidades de ozono que se formam na baixa atmosfera, indo de encontro a um objectivo importante na política da União Europeia para um ar limpo e um melhor ambiente.

O estudo do efeito fotocatalítico das nanopartículas de dióxido de titânio pode ser aproveitado também, segundo José Nogueira, "no desenvolvimento de novos produtos de elevado desempenho que podem permitir à indústria de tintas desenvolver aplicações altamente inovadoras para os seus produtos".

Mais uma vez alavancada numa "excelente e profícua colaboração" com as universidades do Porto, Coimbra e Aveiro, e designadamente com a FEUP, a CIN está a desenvolver desde 2007 um projecto de funcionalização de nanocompósitos inorgânicos e a sua incorporação em polímeros epóxidos, acrílicos e vinílicos.

Esta parceria com a FEUP vai possibilitar, segundo o responsável dos laboratórios de I&D da CIN, o desenvolvimento de tintas intumescentes, com elevada resistência ao fogo, de base aquosa, a modificação dos actuais vernizes parquet, também de base aquosa, com aumento significativo de resistência à abrasão, e de polímeros híbridos, orgânicos e inorgânicos, de base epoxi, com excelente performance na protecção anticorrosiva.

A nanotecnologia é uma engenharia que trabalha numa escala molecular com objectos de tamanho reduzido (nanómateriais), cerca de 80 mil vezes mais pequenos do que a espessura de um cabelo humano.

"O aproveitamento da nanotecnologia, a beleza da coisa pequena", é já um vector importante do I&D da Corporação Industrial do Norte (CIN), empresa líder do mercado ibérico de tintas e vernizes", sustentou o responsável.

A CIN, que opera no mercado de tintas e vernizes e possui unidades fabris na Maia (Portugal), Barcelona e Tenerife (Espanha), Benguela (Angola) e Maputo (Moçambique), é líder do sector na Península Ibérica, com um volume de negócios, em 2007, de cerca de 220 milhões de euros.

A empresa, com sede na Maia, Porto, ocupa o 46º lugar no ranking mundial de produtores de tintas e vernizes (Refª Coatings World, 2006).

Já em Janeiro, no âmbito da Cimeira Ibérica, foi lançado em Braga o Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia (INL) que pretende atrair, em cinco anos, as maiores indústrias do Norte de Portugal e da Galiza, que poderão beneficiar com a nanotecnologia, que tem aplicações em todas as áreas que exigem manipulação de materiais à escala nanométrica, nomeadamente a medicina, biologia, física, química, electrónica, informática, engenharia de construção, energia e ambiente.

A biofarmacêutica belga Ablynx anunciou, também em Janeiro, que escolheu terrenos da Universidade do Porto, no Campo Alegre, para instalar o seu centro de inovação onde vai desenvolver novas aplicações para a sua tecnologia patenteada de "nanobodies", anticorpos à escala nano, destinada à criação de fármacos para combate a inflamações e a doenças cardiovasculares, cancros e doença de Alzheimer.

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Enviado por: comanche em Fevereiro 20, 2008, 11:05:37 am
Novo anticoagulante descoberto no Porto

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Cientistas portugueses identificaram um novo anticoagulante "multifunções" que isolaram de um insecto hematófago, a carraça bovina, um passo que poderá abrir caminho a novos tratamentos para patologias relacionadas com a coagulação sanguínea.

Um estudo desta equipa de investigadores, hoje publicado na revista norte-americana PLoS ONE, do grupo Public Library of Science, refere que o anticoagulante, chamado boofilina, tem a particularidade de poder bloquear simultaneamente duas enzimas, potenciando assim a sua acção.

"O trabalho consistiu na identificação e caracterização bioquímica e estrutural do primeiro anticoagulante capaz de inibir simultaneamente a trombina, uma enzima crucial na coagulação sanguínea, e outras enzimas relacionadas", disse à Lusa um dos autores do estudo, Pedro Pereira. Da equipa, de que é responsável este investigador do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), do Porto, fazem parte Sandra Macedo-Ribeiro, do mesmo instituto, e Pablo Fuentes-Prior, um cientista cubano presentemente em Barcelona.

A boofilina é uma proteína que deve o seu nome ao insecto hematófago onde foi identificada, o Boophilus microplus, nome científico da carraça do gado. Ao alimentar-se, e para impedir que o sangue do seu hospedeiro coagule, este parasita recorre a proteínas inibidoras da coagulação, tal como acontece com a sanguessuga, que pode manter líquido durante semanas o sangue de que se alimenta.

"As propriedades da boofilina agora identificadas sugerem a existência de uma nova estratégia de inibição da coagulação em animais hematófagos que passa não só pelo bloqueio específico da trombina, como também pela inactivação de outros factores enzimáticos pelo mesmo inibidor, numa abordagem multifacetada", explicou Pedro Pereira.

Sendo conhecido que os animais hematófagos contrariam os processos de coagulação dos seus hospedeiros com grande eficácia, "há todo o interesse em compreender os detalhes moleculares desses processos e interacções, na esperança de que isso nos ajude, a médio prazo, a desenvolver terapias antitrombóticas mais eficazes e seguras".

O estudo sugere ainda que a boofilina pode ser um anticoagulante muito eficaz em pequenas quantidades, o que tem grande relevância para futuras aplicações terapêuticas. Embora existam no mercado vários fármacos afins, os seus efeitos secundários, devidos sobretudo às suas múltiplas interacções bioquímicas, tornam difícil encontrar a dosagem mais adequada.

Demasiado anticoagulante pode induzir hemorragias, e demasiado pouco pode provocar trombos (coágulos), responsáveis por tromboses, enfartes ou acidentes vasculares cerebrais.|

O trabalho consistiu na identificação do primeiro anticoagulante capaz de inibir simultaneamente a trombina
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Enviado por: comanche em Fevereiro 21, 2008, 08:00:11 pm
Ensino Superior: Católica, Nova e MIT lançam "Lisbon MBA" com objectivo de formar 330 gestores "de topo"


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Lisboa, 21 Fev (Lusa) - As Universidades Nova e Católica juntaram-se ao MIT para lançar em Janeiro de 2009 o "The Lisbon MBA", um mestrado em gestão que pretende formar nos próximos cinco anos 330 gestores de topo em Portugal.

No decorrer dos próximos cinco anos, o investimento privado no "Lisbon MBA", uma parceria das duas universidades portuguesas com a Sloan School of Management do MIT, será de nove milhões de euros.

"Trata-se de um programa que vai formar mais de 300 gestores de topo no nosso país nos próximos cinco anos e grande parte da contribuição para o funcionamento deste programa virá das propinas dos nossos alunos e, em parte, das próprias empresas que contribuem generosamente para o funcionamento do programa", declarou hoje o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.

O governante presidiu hoje à tarde à cerimónia de assinatura do memorando de entendimento entre o Massachusetts Institute of Technology (MIT), a Universidade Católica Portuguesa e a Universidade Nova de Lisboa, juntas pelas primeira vez numa estratégia a nível internacional.

Mariano Gago indicou que "o programa arranca com um investimento da ordem dos nove milhões de euros por parte das empresas, de mecenato empresarial, com cerca de 4,5 milhões de investimento público (através da Fundação para a Ciência e Tecnologia, FCT) para os próximos cinco anos, que é um investimento de arranque para apoio às escolas portuguesas".

Segundo referiu, o financiamento será igualmente suportado "pelos estudantes através das propinas do MBA", estando "este orçamento também concebido para finaciar as propinas de cerca de 25 por cento dos estudantes uma vez que o programa tem condições para oferecer bolsas de estudo".

O ministro explicou ainda que os estudantes serão seleccionados por concurso internacional, estando previsto o arranque em Janeiro de 2009 com 40 alunos, devendo o programa formar cerca de 330 gestores nos próximos cinco anos.

Quanto à fracção de estudantes estrangeiros, esta deverá aumentar gradualmente até cerca de 50 por cento do total de alunos a partir do quinto ano, altura em que se estima uma admissão anual de cerca de 100 alunos.

O programa "The Lisbon MBA" insere-se no âmbito da colaboração encetada pelo Governo desde 2006 entre instituições portuguesas de ciência, tecnologia e o ensino superior e o MIT.

O grupo inicial de empresas que acordaram apoiar o Programa e que hoje assianram o acordo de parceria institucional inclui os bancos BPI, Espírito Santo e a Caixa Geral de Depósitos, a EDP - Energias de Portugal, a Fundação Vodafone Portugal, a José de Mello SGPS e a Rede Eléctrica Nacional (REN).

A estas últimas poderão juntar-se outras empresas e instituições públicas e privadas que têm mostrado interesse em se associar a aspectos específicos do programa.

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Enviado por: comanche em Fevereiro 28, 2008, 06:44:49 pm
Design: Prémio europeu Red Dot para candeeiro de iluminação pública português

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Lisboa, 28 Fev (Lusa) - A coluna de iluminação pública 17º, desenhada por Francisco Providência, venceu o prémio internacional de design de produto Red Dot 2008, na categoria de iluminação e candeeiros, anunciou hoje a Larus, empresa que constrói e comercializa o equipamento.

De origem alemã, o galardão é atribuído por um júri internacional rotativo composto por designers profissionais prestigiados.

Os vencedores da edição deste ano foram escolhidos de entre 3203 propostas procedentes de 51 países e os prémios serão entregues numa sessão solene que se realizará na Opera Home, em Essen, na Alemanha, a 23 de Junho.

Francisco Providência é professor na Universidade de Aveiro, consultor do Centro Português de Design e colaborador da empresa Larus, que constrói e distribui a coluna de iluminação pública 17º (dezassete graus), com a qual tem vindo a desenvolver um projecto de internacionalização do design.

Esta é a terceira vez que os professores da Universidade de Aveiro são distinguidos com o prémio Red Dot e a primeira vez que a Red Dot reconhece o design de um produto de iluminação português, depois de distinguir em 2002 e 2007 Carlos Aguiar, na categoria 4, instalações sanitárias.

A Universidade de Aveiro tem apostado num projecto inovador na área da formação integrada de design, que abrange o ensino politécnico, as licenciaturas, mestrados e doutoramentos.

Fundou igualmente uma unidade de Investigação em Design, com a Universidade do Porto, o Centro Português de Design e a ID+.

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Enviado por: André em Fevereiro 28, 2008, 07:17:48 pm
Premiada proposta de investigação do IPATIMUP na área do cancro da tiróide

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Uma proposta de investigação na área do cancro da tiróide apresentada por uma equipa do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) foi distinguida com o Prémio Edward Limbert.

O galardão, atribuído pela GENZYME e pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), premiou a equipa liderada pela investigadora Catarina Eloy e pelo Professor Sobrinho Simões.

A investigadora Catarina Eloy explicou à agência Lusa que a proposta de investigação galardoada tem por base a recente demonstração de que existem determinadas proteínas que estão associadas à progressão do cancro da tiróide.

"Sabemos que, por exemplo, a presença da proteína TGF-beta nos tecidos actua como inibidor do crescimento das células epiteliais tumorais", disse a cientista. No entanto, explicou, esta acção inibidora parece verificar-se apenas se aquela proteína existir em determinadas concentrações, porque se as concentrações forem mais elevadas, a mesma proteína deixa de actuar como inibidora para assumir um papel de estimuladora do crescimento das células tumorais.

O projecto de investigação visa estudar quais os níveis de concentração em que essa e outras proteínas actuam como inibidoras ou estimuladoras do crescimento das células tumorais. Se for bem sucedido, este estudo poderá vir a permitir o estabelecimento das terapias mais adequadas a cada situação, garantindo assim que pacientes de cancro da tiróide com pouca malignidade possam evitam terapias mais agressivas, caso delas não precisem.

Permitirá também que os clínicos possam atacar de imediato os casos de maior malignidade com terapias mais agressivas, melhorando as hipóteses de cura. Catarina Eloy explicou que o projecto de investigação já se iniciou, devendo durar um ano, podendo prosseguir por mais tempo, caso obtenha bons resultados.

Em Portugal, surgem anualmente cerca de 500 novos casos de cancro da tiróide. O cancro da tiróide é um dos cancros com maior taxa de cura, desde que o diagnóstico seja precoce e o tratamento adequado. Este cancro afecta anualmente 25 mil pessoas na União Europeia, provocando uma média de seis mil mortes.

Ciência Hoje
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Enviado por: comanche em Março 01, 2008, 07:16:31 pm
Inovação: TecMinho cria fundo para pôr em prática investigação de académicos da Universidade do Minho

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Guimarães, 01 Mar (Lusa) - A TecMinho, em parceria com a empresa de capitais de risco CiencInvest, desenvolveu o Programa ConceptUM que permite o investimento até 150 mil euros em novas tecnologias, desenvolvidas na Universidade do Minho, disse hoje à Lusa fonte do organismo.

Segundo Ana Paula Amorim, gestora da TecMinho, "tendo em conta o risco tecnológico e financeiro associado aos projectos de inovação tecnológica, o programa ConceptUM pretende investir no desenvolvimento e na comercialização de tecnologias da Universidade do Minho (UM) com potencial de negócio, criando as condições necessárias para a transferência de tecnologias".

O programa, aberto também a empresas em parceria com investigadores da UM, promove assim a cooperação com empresas que assegurem a sua posterior comercialização ou co-financiando a criação de spin-offs.

A iniciativa, que tem a duração de dois anos, é destinada à comunidade académica da instituição, que tem assim possibilidade de fazer a chamada "prova de conceito", em três períodos ("calls") anuais, em 15 Março, 15 Junho e 15 Setembro.

A TecMinho, interface da Universidade, com sede em Guimarães, é o ponto de acesso à Investigação e Desenvolvimento da UM, disponibilizando ainda serviços especializados em propriedade intelectual e transferência de tecnologia, incluindo serviços de assistência tecnológica através da rede de Spin-offs da Universidade.

A CiencInvest, S.A. é uma empresa participada por capitais públicos e privados, tendo como accionistas universidades, capitais de risco e instituições privadas.

A Tecminho, uma associação sem fins lucrativos, sedeada em Guimarães, foi criada no começo da década de 90 pela UM e pela Associação de Municípios do Vale do Ave, para ajudar a fazer à necessidade de fazer a transferência de conhecimento e tecnologias daquela universidade para as empresas da região.

Actualmente, o organismo está envolvido em vários processos de transferência de tecnologia nas áreas da física, biotecnologia, medicina, engenharia, e electrónica industrial, entre outras.

O Departamento de Transferência de Tecnologia da Tecminho foi galardoado com o "Proton Europe Award 2006" - Prémio de Melhor Plano de Valorização do Conhecimento (Knowledge Transfer Plan - KTO), lançado a nível europeu, que foi atribuído na 4ª Edição da Conferência Anual da ProTon Europe, em Viena.

A Proton Europe é uma rede de instituições de transferência de tecnologia pan-europeia com ligação a organizações públicas de investimento e universidades, apoiada pela Comissão Europeia.

Esta foi a primeira vez que a Proton atribuiu um prémio para o melhor Plano de Transferência de Conhecimento, a nível europeu.

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Enviado por: comanche em Março 03, 2008, 12:13:48 pm
E-learning: Universidade Aberta será uma das três da Europa com todos os cursos virtuais

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Lisboa, 01 Mar (Lusa) - A Universidade Aberta terá, a partir do próximo ano lectivo, todos os mestrados e licenciaturas em regime de e-learning, figurando entre as duas ou três únicas universidades europeias que leccionam os seus cursos exclusivamente em ambiente virtual.

"Todos os alunos que ingressarem nas licenciaturas ou nos mestrados no ano lectivo de 2008/2009 vão trabalhar apenas via Internet, embora os que estão a concluir esses cursos ainda tenham uma componente não virtual", esclareceu António Teixeira, pró-reitor da Universidade Aberta (UAb), à agência Lusa.

O modelo pedagógico para ensino à distância baseado numa plataforma de e-learning e desenvolvido por investigadores do Laboratório de Ensino a Distância da Universidade Aberta inclui, além da classe virtual, particularidades como o cartão de aprendizagem e o e-fólio.

"Um e-fólio corresponde a um teste ou trabalho e o cartão de aprendizagem é um sistema de creditação da avaliação no qual o estudante vai acumulando pontos conforme vai fazendo esses testes ou trabalhos, ou seja, conforme vai dando provas de aproveitamento", explicou o responsável.

Lina Morgado, professora na instituição e coordenadora do programa de formação de docentes em e-learning, afirmou à Lusa que o cartão de aprendizagem permite guardar créditos de um ano para o ano seguinte, por ter em conta que alguns estudantes podem não conseguir concluir o processo de avaliação em apenas um ano".

A docente considera que o cartão de aprendizagem e o e-fólio são "marcas distintivas da UAb face a outras universidades com ensino virtual à distância".

Ainda segundo Lina Morgado, "quando estiver totalmente online, a Universidade Aberta passa a figurar entre as três universidades da Europa a leccionar todos os cursos apenas em ambiente virtual".

As outras duas universidades que já adoptaram este sistema foram a Universidade Aberta da Catalunha (UOC) - criada há 12 anos e que é a mais antiga da Europa a ter este procedimento - e a holandesa FernUniversität in Hagen, cujo processo estava, há alguns meses, em fase de conclusão.

No ano em que comemora 20 anos de existência, a UAb conta com quase 10 mil alunos em Portugal e no estrangeiro, possuindo a licenciatura com maior número de estudantes no País (licenciatura em Ciências Sociais, com 3626 alunos).

António Teixeira revelou ainda à Lusa que "um projecto de investigação a nível europeu analisou os principais estabelecimentos de ensino que facultam cursos em ambiente virtual e escolheu a Universidade Aberta como o melhor exemplo em Portugal".

Para o pró-reitor da UAb, as características da Universidade Aberta têm conquistado "uma elevada taxa de satisfação por parte dos estudantes, nomeadamente no que respeita à relação pedagógica com os tutores, ao sistema de aula permanente e à flexibilidade de frequência dos cursos".

Com todos os cursos adequados ao Modelo de Bolonha, a UAb (www.univ-ab.pt (http://www.univ-ab.pt)) disponibilizará em 2008/2009 licenciaturas em Ciências da Informação e da Documentação; Ciências do Ambiente; Educação; Línguas Aplicadas; Matemática e Aplicações; Ciências Sociais; Estatística e Aplicações; Estudos Europeus; Estudos Portugueses e Lusófonos; Gestão; História; Informática; Línguas, Literaturas e Culturas (duas variantes: Estudos Portugueses; Línguas Estrangeiras).

Quanto aos mestrados, no próximo ano lectivo estarão disponíveis: MBA em Gestão; Comércio Electrónico e Internet; Administração e Gestão Educacional; Arte e Educação; Cidadania Ambiental e Participação; Ciências do Consumo Alimentar; Comunicação Educacional Multimédia; Estatística, Matemática e Computação; Estudos do Património; Estudos Euro-Asiáticos; Estudos Francófonos; Estudos Ingleses e Americanos; Estudos Portugueses Multidisciplinares; Expressão Gráfica e Audiovisual; Gestão da Informação e Bibliotecas Escolares; Literatura e Cultura Portuguesas; Relações Interculturais; Supervisão Pedagógica.

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Enviado por: comanche em Março 03, 2008, 05:31:34 pm
Tecnologia: Critical Software aposta no Brasil para abrir quarta subsidiária internacional

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Lisboa, 03 Mar (Lusa) - O presidente executivo da Critical Software revelou, em entrevista à agência Lusa, que "uma das metas" da empresa para este ano é a abertura da quarta subsidiária internacional, previsivelmente no Brasil.

Este é mais um passo para reforçar a aposta da Critical Software na internacionalização, uma estratégia seguida desde os primeiros dias e com a qual a tecnológica de Coimbra ambiciona tornar-se "numa marca conhecida globalmente", disse à agência Lusa Gonçalo Quadros.

"Queremos ser um `brand` bem conhecido à escala global, com tecnologia própria. Ainda não estamos na altura de nos sentirmos particularmente satisfeitos com o que já fizemos", afirmou o gestor, que é também um dos fundadores da empresa, que já tem subsidiárias nos Estados Unidos, Reino Unido e Roménia e parcerias comerciais na Índia e África do Sul.

Apesar de reconhecer que a escolha do Brasil ainda não é líquida, "porque poderão existir algumas condicionantes", o gestor frisou que a consolidação da presença internacional é o caminho lógico para uma empresa que, em dez anos de actividade, já assegura 70 por cento da sua facturação no mercado externo.

É a partir das subsidiárias que a Critical garante a sua presença nos mercados "mais exigentes e de maior valor acrescentado" como a aeronáutica, espaço e defesa, onde a exigência em termos de soluções de engenharia é maior e onde a capacidade de investimento estimula o desenvolvimento de novas soluções.

Mas essa aposta nos sectores e mercados mais exigentes não põe em causa a presença da tecnológica portuguesa noutros sectores mais tradicionais, como as finanças, telecomunicações e indústria.

Essa capacidade de estar nos dois mercados é, de resto, uma das mais-valias da Critical Software, que através da aposta nos produtos de duplo uso potencia a sua capacidade de "crescer e gerar riqueza", explicou o gestor.

"Nós produzimos soluções de tecnologia e engenharia de altíssima qualidade. Essa é a nossa proposta de valor e não a do baixo custo, como as empresas dos mercados emergentes", sustentou Gonçalo Quadros.

Com soluções comercializadas à escala mundial (como o EdgeBox, comercializado pela spin-off Critical Links), mas "atento ao que se passa em Portugal", e com vontade de crescer em sectores como a Administração Pública, o presidente executivo da Critical Software reconhece que os projectos desenvolvidos no mercado doméstico são "uma montra importante" para ultrapassar "a estranheza" que causa [no estrangeiro] uma empresa portuguesa de base tecnológica".

E é por "querer levar mais longe esta capacidade de desenvolver engenharia e tecnologia nacional" que a Critical considera fundamental que a aposta nesta indústria comece dentro de portas.

"Somos uma empresa de matriz portuguesa e queremos continuar a ser e queremos que isso se estenda ao desenvolvimento de projectos e negócios em Portugal", disse Gonçalo Quadros.

Com sede em Coimbra e dois centros de engenharia em Lisboa e no Porto, a estratégia da Critical Software é manter-se "perto das universidades e do know-how português de engenharia".

"Até porque nós gostaríamos muito de contribuir e participar numa mudança do que é o padrão industrial do nosso país", confessou o gestor.

É que, apesar de "serem cada vez mais e mais interessantes", as empresas portuguesas da indústria do conhecimento, o ideal seria que "não se pudessem contar pelos dedos das mãos", afirmou.

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Enviado por: comanche em Março 06, 2008, 06:19:26 pm
Física: Construção de laser mais potente do mundo tem participação portuguesa através do IST


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Lisboa, 06 Mar (Lusa) - Investigadores do Instituto Superior Técnico (IST) vão participar na fase preparatória da construção do laser mais potente do mundo, um projecto europeu que deverá estar operacional em 2013, disse hoje à agência Lusa fonte da instituição.

Esse laser ultra-potente, chamado ELI (de Infra-estrutura de Luz Extrema, no acrónimo em inglês, e que significa Deus em hebraico), será "aberto para utilização por investigadores europeus e internacionais", afirmou Marta Fajardo, coordenadora de um dos programas da fase preparatória do projecto, que decorre até 2011.

Directamente envolvido nesta fase está o novo Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN), que combina os antigos Centro de Fusão Nuclear e Centro de Física de Plasmas do IST.

O ELI, de custo estimado em 400 milhões de euros, servirá para estudos de interacção com matéria a intensidades luminosas extremamente elevadas.

Concretamente, poderá fornecer a cientistas, engenheiros e médicos impulsos laser ultra-breves com 100.000 vezes a potência produzida por todas as instalações que fornecem electricidade à Terra, de acordo com os promotores do projecto.

Os parâmetros do laser permitirão a investigação do comportamento da matéria em escalas de tempo ínfimas, bem como sob a influência de campos electromagnéticos de magnitudes colossais.

Segundo Marta Fajardo, a concepção do ELI visa "fornecer uma infra-estrutura que permita focar o laser em toda a sua potência, a intensidades ultra-relativistas, ou então dividi-lo em vários braços laser", explicou a investigadora.

"Cada um desses braços constituirá uma infra-estrutura em si, seja uma fonte de partículas energéticas, de radiação sincrotrão, de radiação attosegundo (um milionésmo de um bilionésimo do segundo) ou mesmo de laser de raios-gama", acrescentou.

Trata-se de "uma das mais valias do projecto", sublinhou, já que essas fontes poderão ser combinadas entre si para determinadas experiências, quando actualmente apenas existem em laboratórios separados.

Na totalidade, este trabalho preparatório é assegurado por 300 investigadores de mais de 50 laboratórios de 13 países da União Europeia, sob coordenação do Laboratório de Óptica Aplicada.

A Comissão Europeia destinou seis milhões de euros a esta fase, que serão geridos pelo Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS) francês, pertencendo a coordenação científica ao Laboratório de Óptica Aplicada (LOA) de França.

Representantes do IPFN e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia participaram recentemente na sessão de lançamento do projecto, em Paris.

Segundo os cientistas, a luz extrema dará lugar a uma física totalmente nova e terá inúmeras aplicações nos domínios da saúde - nomeadamente em biologia, ciência dos materiais, radiografia X ou radioterapia X.

Abrirá também um novo ramo da óptica, a óptica ultra-relativista, com ramificações na física das partículas, física nuclear, astrofísica e cosmologia.

Os investigadores do Grupo de Lasers e Plasmas do IPFN têm um papel particularmente relevante nesta fase de preparação, sendo coordenadores de dois dos mais críticos "pacotes de trabalho" do projecto, num total de 12.

Nelson Lopes coordenará um grupo que irá definir as fontes de radiação (laser, raios-X e raios-Gama) e as partículas anexas (protões, iões) que serão oferecidas aos utilizadores em 2012, um trabalho que condicionará as escolhas de construção da infra-estrutura final.

Quanto a Marta Fajardo, coordenará o programa de redes internacionais e comunicação. Como explicou à Lusa, terá a seu cargo "a agregação da comunidade de potenciais utilizadores do novo laser, que deverão ir desde os tradicionais peritos em plasmas e fotónica, até às comunidades de nanotecnologias, biologia estrutural, astrofísica e física das partículas".

A participação do IST no projecto envolve a formação avançada de jovens investigadores e permitirá o acesso privilegiado à sua utilização no futuro.

Os investigadores do IST são pioneiros em Portugal em matéria de lasers de alta intensidade e interacção laser-plasma, tendo desenvolvido o sistema laser mais potente a funcionar no país. A sua participação neste projecto envolve a formação avançada de jovens investigadores e permitirá acesso privilegiado à sua utilização no futuro.

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Enviado por: André em Março 07, 2008, 09:18:05 pm
Cientistas do CICECO desenvolvem método inovador para manipular nanocristais

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Os cientistas Sérgio Pereira, Manuel Martins e Tito Trindade, do Laboratório Associado CICECO, da Universidade de Aveiro, desenvolveram uma técnica inovadora que permite controlar o processo de integração de nanocristais em nanocavidades («pits») existentes na superfície de um material luminescente. A investigação é a primeira de origem portuguesa a ser distinguida como «cover story» pela revista científica «Advanced Materials». O estudo publicado esta semana pode vir a abrir caminho a aplicações na área da nanomedicina, nomeadamente em termos de diagnóstico, dizem os investigadores.

Link para a capa: http://www3.interscience.wiley.com/jour ... 20_05.html (http://www3.interscience.wiley.com/journal/10008336/home/cover/2008_20_05.html)

A técnica consiste não só em controlar com precisão parâmetros fundamentais, tais como o tamanho, a profundidade e a densidade dos «pits» (durante o crescimento de filmes semicondutores que servem de superfície), como a posterior incorporação selectiva dos nanocristais nos «buracos».

Segundo os responsáveis, a capacidade de sintetizar quimicamente nanopartículas com tamanho definido possibilita um controle preciso sobre o número e tipo de empacotamento das nanopartículas inseridas nos «pits». Este processo sugere, como metáfora, a ideia de "nanogolfe": "Essas nanocavidades têm de ser da mesma ordem de tamanho das nanoparticulas. Daí a analogia com o 'nanogolfe', que está relacionada com a nanoengenharia e a ideia do encaixe da bola no buraco", explica o investigador Sérgio Pereira, autor correspondente do artigo agora publicado.

O investigador refere que o controlo do processo de crescimento dos filmes - de forma a induzir o aparecimento dos «pits» com as características adequadas, aliado à capacidade de introduzir selectivamente os nanocristais, proporciona um mecanismo simples, mas até agora desconhecido, para confinar espacialmente nano-objectos.

"Com este método conseguimos, por exemplo, colocar de uma forma organizada cerca de mil milhões de nanocristais na área de superfície de um cm2, utilizando a capilaridade como mecanismo de incorporação", afirma.

A grande novidade

De acordo com os investigadores, a grande novidade deste processo é a colocação das nanopartículas em superfícies, já que estas são preparadas em solução, onde se encontram em movimento. "Para se produzir um dispositivo é necessário interagir com as nanopartículas, através de um sinal eléctrico ou óptico", explica Sérgio Pereira.

Outro dos aspectos relevantes da investigação é que a superfície onde as nanopartículas são dispersas é opticamente activa, ou seja, emite luz. "Podemos ligar o dispositivo a um circuito e produzir electroluminescência [emissão de luz por corrente eléctrica]. As nanopartículas que se encontram organizadas na superfície vão ter uma resposta a esse estímulo, por exemplo, consoante tenham determinado material biológico agarrado à partícula. Isto ainda não está demonstrado, são ideias do que se pode fazer", conclui o cientista.

Os investigadores pretendem agora modificar quimicamente a superfície das nanopartículas de ouro ou outros nanomateriais de modo a que, uma vez dentro dos «pits», elas tenham uma afinidade específica para determinado material biológico, o que pode vir a ter impacto no desenvolvimento de nanosensores bioactivos para aplicações em nanomedicina.

"Imagine que estas nanopartículas se ligam a uma cadeia de ADN, e que se liga metade dessa cadeia a uma dessas nanopartículas, funcionalizada. Naquela cadeia só se volta a juntar o complementar, como se fosse uma chave e uma fechadura", explica Sérgio Pereira.

No futuro, uma investigação completamente bem sucedida pode levar a diagnósticos completamente fiáveis, em tempo real. O trabalho de investigação foi desenvolvido ao longo de cerca de um ano e feito em colaboração com cientistas das Universidades de Cambridge e Strathclyde (no Reino Unido), contando ainda com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, através do prémio estímulo à Investigação 2007 atribuído ao investigador Sérgio Pereira.

Ciência Hoje
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Enviado por: André em Março 11, 2008, 01:58:36 pm
Modelo matemático português apresenta visão optimista para erradicação da doença em África

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Cientistas portugueses desenvolveram um modelo matemático que oferece uma perspectiva optimista para a erradicação da malária em África e considera altamente improvável o seu reaparecimento nos países industrializados.

O modelo, elaborado por uma equipa de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), é apresentado num estudo sobre a transmissão da malária na África Sub-Sahariana hoje publicado pela revista norte-americana PLoS One.

A equipa foi dirigida por Gabriela Gomes, coordenadora da equipa de Epidemiologia Teórica do IGC, um dos principais institutos de investigação biomédica em Portugal, e contou com a colaboração de colegas no Quénia.

"O nosso modelo permite-nos deixar uma mensagem optimista, a de que existe um limiar da erradicação da malária nas regiões de transmissão moderada", disse Gabriela Gomes à agência Lusa.

"Esse limiar indica-nos a meta que devemos atingir na redução do número de casos assintomáticos, para que a erradicação seja sustentável", acrescentou.

Após exposições sucessivas à malária, os humanos desenvolvem imunidade clínica contra a doença, sendo que, embora assintomáticos, os infectados podem transmiti-la a outras pessoas.

Por outro lado, em zonas onde a malária é endémica, são muitos os que desenvolveram imunidade clínica, com consequências marcadas para a forma como a doença se espalha na população.

"Segundo o nosso modelo, a melhor forma de erradicar a malária na região Sub-Sahariana é uma conjugação de duas coisas: baixar a transmissão nos focos mais intensos - por via de intervenções ambientais, como secar pântanos, colocando-os em regime de transmissão moderada - e aplicar tratamento anti-malárico em massa à população de toda a região para eliminar os parasitas nos casos assintomáticos crónicos", explicou.

O modelo foi parametrizado com dados de malária clínica de quatro países de África, nomeadamente Gâmbia, Quénia, Malawi e Tanzânia.

A cientista espera, com este trabalho, conquistar o interesse de outros investigadores que estudem a malária no campo, especialmente nos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), já que "a colaboração é essencial para ambas as partes".

"Há dois tipos de dados que nos podem ajudar a fortalecer os resultados, designadamente dados populacionais de malária clínica noutras regiões para permitir uma melhor cobertura geográfica do continente africano, mas também dados mais detalhados ao nível do indivíduo para ter em conta a heterogeneidade inerente a cada população", adiantou Gabriela Gomes.

Para que qualquer intervenção de combate à doença seja eficaz, é crucial que a ocorrência de casos seja reduzida de forma a ficar abaixo do limiar de erradicação, consideram os cientistas.

Segundo Ricardo Águas, estudante de doutoramento e um dos autores do estudo, o modelo permite identificar em cada região alvos quantificáveis para a redução da transmissão da malária (através do aumento da utilização de redes mosquiteiras, por exemplo) e para o combate à doença (por meio da administração de fármacos anti-maláricos.

Este trabalho foi realizado com o apoio da Comissão Europeia ao abrigo do programa Equipas de Excelência Marie Curie, sendo Ricardo Águas, bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Erradicada em Portugal desde o final dos anos 60, a malária - também conhecida por "paludismo" ou "sezões" - é uma doença infecciosa causada pelo protozoário unicelular Plasmodium, transportado pela fêmea do mosquito Anopheles.

De acordo com dados do "Malária Atlas Project" recentemente publicados pela revista PLoS Medicine, registam-se anualmente 500 milhões de casos de malária, dos quais resultam mais de um milhão de mortes, sendo que 80 por cento das vítimas, na sua maioria crianças, vivem na África intertropical.

Mas embora a forma mais grave da doença ameace cerca de 35 por cento da população do Planeta (2.370 milhões), cada vez menos regiões correm esse risco, graças as esforços desenvolvidos a nível mundial, segundo a mesma fonte.

Este novo "atlas" mundial, o último em 40 anos, resultou de um trabalho conjunto de cientistas das universidades de Oxford (Reino Unido) e da Florida (EUA), e do Instituto de Investigação Médica do Quénia.

Lusa
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Enviado por: André em Março 13, 2008, 04:30:47 pm
Empresa portuguesa prepara novos fármacos biológicos

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Dez investigadores portugueses, todos doutorados, estão a preparar novos tratamentos biológicos para várias doenças numa empresa que criaram há dois anos e que já despertou a atenção da indústria farmacêutica.

Um desses cientistas, João Gonçalves, disse hoje à agência Lusa que a Technophage obteve investimentos que lhe permitirão lançar dentro de dois a três anos fármacos pré-clínicos, para testes em animais, tendo em vista patologias nas áreas da oncologia, doenças inflamatórias e trombose.

«A empresa tem já ligações à indústria farmacêutica portuguesa e algum conhecimento internacional», afirmou.

João Gonçalves, que é também professor de Imunologia e Biotecnologia na Faculdade de Farmácia e investigador no Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, participa sexta-feira à tarde, no Hospital de Santa Maria (Edifício Egas Moniz), numa sessão pública dedicada às terapias biológicas.

Na reunião, em que se discutira a terapia biológica desde a investigação à aplicação clínica, participam também outros dois especialistas, Carlos Barbas, um cientista norte-americano pioneiro na engenharia de anticorpos, e André Groenewegen, vice-presidente da área de novos produtos da empresa farmacêutica UCB Pharma.

Doenças como o cancro, gastroenterite, artrite reumatóide e doenças neurológicas são já tratadas em hospitais portugueses com recurso a terapias biológicas, que consistem basicamente na injecção de anticorpos manipulados geneticamente.

Segundo João Gonçalves, «nesses hospitais há clínicos muito bem preparados e adaptados a essas terapias», que não têm os efeitos nefastos das terapias tradicionais.

Entre as unidades hospitalares onde esses tratamentos ambulatórios são administrados contam-se o Hospital de S. João do Porto, onde estão a ser tratados cerca de 1.400 doentes com artrite reumatóide, o Instituto Português de Oncologia, e os hospitais da Universidade de Coimbra, de Santa Maria, Garcia de Horta e Amadora-Sintra.

«Por serem biológicos, já que são proteínas, estes tratamentos têm muitas vantagens em relação aos fármacos tradicionais, que são químicos», salientou o investigador, referindo nomeadamente «maior facilidade de administração, maior capacidade de eficácia e menores efeitos secundários».

Têm no entanto um elevado custo económico: cada administração de um anticorpo pode custar entre 500 e 1.000 euros, sendo que cada doente crónico precisa de quatro a cinco injecções por ano.

Para João Gonçalves, isso acontece porque a terapia tem apenas dez anos e os laboratórios precisam de algum tempo para recuperar o investimento.

Mas com a diminuição do tamanho do anticorpo e a tendência para a sua produção em bactérias, está convencido de que os custos do processo de produção irão baixar a prazo, a par da diminuição dos efeitos secundários e do aumento da eficácia, o que potenciará a sua acção terapêutica.

Para João Gonçalves, que estudou e trabalhou nos Estados Unidos durante dez anos, «o caminho é o promissor», tanto mais que as dez maiores empresas do mundo farmacêutico estão interessadas na terapia biológica.

A título de exemplo, recordou que a Pfizer comprou por 500 milhões de dólares a CovX, uma empresa de biotecnologia especializada em bioterapêutica, de que um dos fundadores é Carlos Barbas, um dos oradores na sessão de sexta-feira, organizada pelo IMM e a Technophage.

João Gonçalves, doutorado em Ciências Farmacêuticas, no ramo da Microbiologia, tem trabalho desenvolvido além fronteiras, nomeadamente na Harvard Medical School de Boston (Massachusetts) e no Cold Spring Harbour Laboratory, de Nova Iorque.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Março 16, 2008, 06:04:37 pm
"A ciência mexe em Portugal mas ainda há muito a fazer"



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Divulgação da ciência premiada em Portugal
Era enorme a diferença da actividade científica em Portugal e, por exemplo, em Inglaterra, país onde viveu nove anos e fez o doutoramento Mónica Bettencourt-Dias. Quando regressou ao seu país, a surpresa da investigadora não foi menor, tão "diferente estava a ciência em Portugal". Então, "vi que a ciência em Portugal" não tinha nada a ver com esse passado recente e que caminhava para o nível em que está hoje: "Praticamente igual ao de lá de fora."

A constatação foi sublinhada, na noite de sexta-feira, no Casino da Figueira da Foz, por aquela cientista, a propósito do prémio com que acabara de ser homenageada, pelo jornal online Ciência Hoje. A distinção - Seeds of Science/Sementes de Ciência -, atribuída, pela primeira vez, por aquela publicação, fundada por Jorge Massada há três anos, visa reconhecer "o papel que as mulheres têm vindo a desempenhar na actividade científica", particularmente pelo seu envolvimento na "educação/sensibilização/comunicação da ciência" com diferentes públicos.

"Conseguimos fazer em pouco tempo", sobretudo nas duas últimas décadas, aquilo que outros há muito tinham iniciado, corrobora Maria Manuel Mota, outra das três premiadas. "A ciência hoje mexe em Portugal", reconhece, lembrando que isso se deve a "um grande esforço do País", designadamente, para permitir que muitos investigadores pudessem ir estudar e trabalhar no estrangeiro. Mas, adverte, "há ainda muito a fazer" e, sobretudo, "não podemos abrandar o ritmo". Aliás, "o esforço a fazer é, se calhar, ainda maior que aquele que já foi feito".

De todo o modo, diz Maria Manuel Mota, "hoje, já é muito bom viver a ciência em Portugal". A ciência entre nós "atingiu os níveis internacionais que aspirávamos há 20 anos", afirma Mariano Gago, que encerrou a sessão. Mas, alerta o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, ainda "falta ter mais cultura científica na generalidade da população", falta "uma ligação mais estreita entre a actividade científica e as pessoas não cientistas".

Essa ligação, o esforço pela comunicação da ciência, é um dos pontos comuns às três premiadas e, porventura, o mais relevante, admitem as próprias. "O denominador comum é o papel da divulgação da ciência", conclui Rosália Vargas, vereadora da Educação e Cultura da Câmara de Lisboa e responsável pelo programa Ciência Viva. De todo o modo, sem elas, sem as investigadoras, a autarca jamais poderia promover a divulgação, frisa a outra premiada com o Seeds of Science relativo a 2007.

Na cerimónia, o Ciência Hoje anunciou - para assinalar o bicentenário do nascimento de Charles Darwin - a organização, em 2009, da "repetição" da viagem do cientista às ilhas Galápagos e um concurso sobre o autor de A Origem das Espécies, dirigido a estudantes do 10.º ao 12.º ano. Os vencedores farão a viagem, que será objecto da edição de um livro.
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Enviado por: comanche em Março 17, 2008, 06:43:42 pm
Tecnológicas reforçam programa de estágios para alunos de escolas profissionais


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Centenas de jovens vão poder ter acesso a estágios profissionais em mais de três dezenas de empresas tecnológicas mediante um protocolo hoje assinado entre as entidades e o Ministério da Educação que quer assim reforçar as saídas profissionais destes alunos.

O programa de Bolsa de estágios tinha já sido lançado em Outubro, envolvendo na altura a Apple, HP, Microsoft, Novabase, Oni Telecom, Sonaecom e Sun Microsystems. A estas empresas juntam-se agora mais de trinta outras tecnológicas que vão também disponibilizar estágios, entre as quais se contam a Accenture, Brisa, Caixa Mágica, Cisco, Compta, Consiste, Critical Software, CTT, ESRI Portugal, Fujitsu Siemens, IBM, Impresa, InClass, Indra, Intel, Oracle, ParaRede, Portugal Telecom, Reditus, Sociedade Inter-bancária de Serviços, Siemens, Unisys e Ydreams.

Cada empresa compromete-se a garantir estágios a alunos dos cursos profissionais Técnico de Desenho Digital 3D, Técnico de Electrónica, Automação e Computadores, Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Técnico de Informática de Gestão e Técnico de Multimédia. Os números de estágios disponibilizados não são porém claros, sendo referido apenas que serão "centenas de estágios" que decorrem em Portugal ou no estrangeiro.

Recorde-se que em Outubro, quando a iniciativa foi apresentada, a Ministra Maria de Lurdes Rodrigues salientou a importância destes programas para reduzir o abandono escolar e aumentar a taxa de sucesso dos alunos nos cursos do ensino profissional. Na altura as empresas envolvidas comprometeram-se a lançar um pacote de 10 estágios no início de 2008 para os melhores alunos.

Como complemento desta iniciativa o Ministério lançou ainda hoje uma plataforma electrónica através da qual se processa a oferta e procura de estágios.
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Enviado por: comanche em Março 24, 2008, 10:30:43 pm
Ciência: Um quarto da produção científica portuguesa é feita pela Universidade do Porto - Institute for Scientific Information (EUA)


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Porto, 24 Mar (Lusa) - Quase um quarto da produção científica nacional tem origem na Universidade do Porto (UP), indica um estudo do Institute for Scientific Information (ISI), dos EUA, a cujas conclusões a Lusa teve hoje acesso.

O ISI gere uma base de dados - a Web of Science (Rede de Ciência) - que semanalmente é actualizada com todos os artigos publicados num vasto conjunto de revistas científicas mundiais de todas as especialidades, previamente avaliadas, das áreas das Ciências, Ciências Sociais e Artes e Humanidades.

Os dados da Web of Science mostram que em 2007 foram publicados 7.700 artigos científicos, produzidos em Portugal, dos quais cerca de um quarto contaram com a participação de investigadores, estudantes ou docentes da UP.

Os dados disponibilizados, desde 1998 a 2007, mostram que a produção de artigos científicos produzidos em Portugal quase triplicou durante este período, já que passou dos 2.898 de 1998 para os 7.700 de 2007.

Neste mesmo período registou-se um aumento constante do peso da contribuição da UP para o número de artigos científicos publicados em revistas internacionais, provenientes de Portugal.

Em 1998, a UP contribuiu com 19,6 por cento para este número, percentagem que vem subindo anualmente até aos 22,4 por cento de 2007, com indicadores sempre superiores a 20 por cento nos últimos cinco anos.

"É claro que estamos muito satisfeitos com estes números, mas o mais importante é que eles mostram que as universidades portuguesas estão a crescer acima do crescimento do país", afirmou José Sarsfield Cabral, pró-reitor da UP hoje contactado pela Lusa para comentar estes números.

Sarsfield Cabral disse ainda que as universidades portuguesas "estão a melhorar a sua posição no contexto internacional, num campeonato com milhares de universidades em todo o mundo".

O académico referiu também que "a UP poderia conseguir uma classificação ainda melhor", mas que "acaba por ficar prejudicada por ser particularmente forte nas áreas das Artes e Humanidades, que está subrepresentada no conjunto das muitas centenas de revistas científicas consideradas pela Web of Science".

Apesar disso José Sarsfield Cabral sublinhou que as Ciências da Vida e a Química são as áreas que têm vindo a apresentar maior crescimento na Universidade do Porto, em termos de produção científica.

O pró-reitor da UP chamou ainda a atenção para o facto da UP, "que representa 14 por cento do orçamento e do número de alunos das universidades portuguesas, contribuir com 22,4 por cento em termos de produção científica nacional".

"Isto é motivo de satisfação para todos os que trabalham nesta universidade", salientou.

A UP, que é a maior universidade portuguesa, conta actualmente com 69 unidades de investigação, 31 das quais (45 por cento do total) são classificadas com "Excelente" ou "Muito Bom" nas últimas avaliações independentes realizadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

A nível internacional, a UP é a instituição portuguesa melhor colocada nos "rankings" internacionais de produção científica.

A UP está no 11º lugar no "Ranking Ibero-Americano das Instituições de Investigação e no 459º lugar no Performance Ranking of Scientific Papers for World Universities, sendo a 195ª universidade europeia nesta classificação.

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Enviado por: comanche em Março 25, 2008, 07:19:42 pm
Justiça: Investigadores lêem consumo de droga num cabelo e detectam antipsicóticos na saliva ou suor

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Covilhã, Castelo Branco, 25 Mar (Lusa) - A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, está envolvida em dois projectos para detecção de drogas no corpo humano de formas alternativas, nomeadamente sem recurso a colheitas de sangue.

Um deles lê num cabelo humano o registo de consumo de drogas ao longo dos últimos tempos, enquanto outro usa saliva ou suor, em vez de sangue, para detectar o consumo de antipsicóticos.

Os trabalhos em curso na área da toxicologia foram hoje apresentados num laboratório da Faculdade, durante uma visita de Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) - que colabora na invetsigação - e de responsáveis do Ministério da Justiça.

Eugénia Galhardo, investigadora espanhola radicada na Covilhã há sete anos, dirige o projecto centrado na saliva e suor para detectar o consumo de medicamentos antipsicóticos.

"As autoridades já fazem a detecção de algumas substâncias através de saliva", por exemplo, em operações de trânsito rodoviário. "Nós estamos a fazer uma abordagem inovadora especificamente sobre antipsicóticos", explicou a especialista oriunda de Santiago de Compostela.

Os antipsicóticos são fármacos preferencialmente usados no tratamento de psicoses, sobretudo a esquizofrenia. Segundo Eugénia Galhardo, a sua detecção pode ser relevante nalgumas situações, porque têm "uma acção psicotrópica, com efeitos sedativos e psicomotores".

Na investigação, "o objectivo é monitorizar doentes que estão sob a acção de antipsicóticos e comparar as colheitas tradicionais, como o plasma, sangue e urina, com a saliva ou suor".

"Uma vez validada a metodologia, pode ser aplicada a toda a população", sublinhou Eugénia Galhardo, que acredita que a validação pode ser alcançada até final do ano.

A partir daí, a técnica tem credibilidade para ser usada em laboratório ao serviço da Justiça ou qualquer outra instituição.

A Faculdade de Ciências da Saúde em parceria com o INML está também a orientar um projecto de doutoramento que pretende detectar drogas, como opiáceos e canabinóides, entre outras, através de amostras de cabelo.

"À medida que o cabelo cresce, é possível traçar um perfil de consumo", explicou à Agência Lusa Mário Barroso, especialista na área de toxicologia forense da delegação sul (Lisboa) do INML.

"É possível associar a presença de determinadas substâncias no cabelo ao consumo de drogas e, mediante o comprimento, fazer a correspondência com um determinado período no tempo", explicou.

O cabelo cresce cerca de um centímetro por mês, "mas cada caso é um caso", ressalvou Mário Barroso.

"Quanto mais comprido, mais cuidado é necessário na análise", disse.

A colheita obedece a alguns critérios específicos, alguns ainda em estudo, como a necessidade de amostra de cabelo ter de ser recolhida em zonas onde "o crescimento é mais homogéneo", explicou.

O projecto "está no início" e, por enquanto, a metodologia está apenas validada para consumo de cocaína. No final, pretende ser aplicado a todos os tipos de drogas de abuso mais correntes, sejam opiáceos ou canabinóides.

Os trabalhos de investigação estão interligados e apresentam como principais vantagens "o facto de não serem invasivos e a facilidade de recolha das amostras, que pode ser feita praticamente por qualquer pessoa", frisou Eugénia Galhardo.

Se um dia chegarão a nossas casas, "isso depende mais da indústria e da capacidade de inventar as máquinas em tamanho mais reduzido", acrescentou.

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Enviado por: comanche em Março 26, 2008, 03:26:12 pm
Programa MIT Portugal reúne trabalho de líderes industriais e científicos - governo

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Lisboa, 26 Mar (Lusa) - O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior disse hoje que a grande mais-valia do programa MIT Portugal é estar a trazer para o país uma forma de trabalho conjunta entre líderes industriais e científicos que não existia anteriormente.

"Essa é talvez a maior mais-valia do programa MIT, o facto de estar a trazer para Portugal conhecimento que aqui não existia, quer na indústria quer na investigação académica, uma forma de trabalhar em conjunto entre líderes industriais e científicos que não se sabia fazer aqui, mas que já está a ser desenvolvida noutras partes do mundo", disse Mariano Gago no primeiro dia da conferência europeia de Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Para o governante, este não é um trabalho fácil porque as formas de trabalhar e de organização são muito diferentes.

"Temos umas centenas de pessoas envolvidas no programa, sendo que o número tem tendência a aumentar, disse o ministro.

Contudo, para Mariano Gago, mais importante do que o número é a qualidade das pessoas e das relações, que considerou "muito inesperadas", nomeadamente entre empresas internacionais e portuguesas e entre essas e as universidades.

De acordo com o ministro, desde que o MIT Portugal foi criado, em Outubro de 2006, que "a relação entre a universidade e a indústria conseguiu avançar muito mais depressa do que se pensava no início".

"Neste momento o MIT está a usar Portugal como plataforma para o resto da Europa; hoje em dia diria que o MIT está a ser olhado com muita atenção pelo resto da Europa e pelo próprio MIT como um caso exemplar de interacção com a Europa", acrescentou o ministro.

O governante notou ainda a necessidade de inverter o fluxo de investigadores e estudantes europeus que vão para os EUA, incentivando a vinda desses norte-americanos para a Europa.

"Hoje sabemos qual é o segredo: é termos centros de investigação/zonas/cidades onde existam universidades e indústrias com capacidades de atracção à escala mundial", disse o ministro.

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Enviado por: comanche em Março 26, 2008, 10:48:31 pm
Ciência: Portugal poderá tornar-se exportador de tecnologias de energia - Mariano Gago

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Lisboa, 26 Mar (Lusa) - O ministro da Ciência e da Tecnologia, Mariano Gago, afirmou hoje que Portugal poderá tornar-se, na próxima década, exportador de tecnologias para aproveitamento de novas energias e para gestão de recursos energéticos.

Falando aos jornalistas após a assinatura dos acordos entre o Estado Português, empresas nacionais e o MIT (sigla inglesa de Instituto de Tecnologia de Massachusetts) - cerimónia que foi presidida pelo primeiro-ministro, José Sócrates - Mariano Gago destacou a importância do protocolo estabelecido para investigação na área da energia.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior começou por referir que "grande parte das novas fontes de energia que Portugal aplica actualmente foram investigadas e desenvolvidas por empresas estrangeiras".

"Foram invenções que Portugal pagou a outros, porque foram outros que as desenvolveram. Pela primeira vez, Portugal tem a possibilidade de estar na nova geração de fontes de energia e de novas tecnologias para economia de energia e gestão de recursos energéticos", sustentou o membro do Governo.

De acordo com Mariano Gago, as empresas portuguesas poderão começar a exportar tecnologias de energia "muito rapidamente, porque esta é uma área interdisciplinar, em que há um cruzamento entre tecnologias de informação, tecnologias electromecânicas e outras".

"Prevejo que grande parte desta actividade possa ter lugar certamente durante a próxima década", acrescentou.

Mariano Gago destacou ainda que, pela primeira vez, a iniciativa do MIT Energy "abre-se a um parceiro público, o que é uma honra para Portugal".

"Nos Estados Unidos, o MIT é um grande exemplo de aposta e de investigação nas energias renováveis. O director do programa do MIT Energy, Ernst Moniz, foi subsecretário de Estado da Energia nas presidências de Bill Clinton (1992/2000) e é uma das pessoas mais influente dos Estados Unidos em relação a esta matéria", sublinhou ainda o ministro da Ciência.

Para Mariano Gago, é por isso "essencial que as universidades e as empresas portuguesas tenham agora a oportunidade de participar desde a fase inicial em todo o trabalho de investigação".

"Esse trabalho só poderá a prazo melhorar a competitividade de Portugal e a própria estratégia nacional na área energética", acrescentou.

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Enviado por: comanche em Abril 01, 2008, 09:52:30 pm
Ciência: Investigadora Margarida Santos recebe Prémio Pulido Valente por avanços no estudo da formação dos anticorpos

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Lisboa, 01 Abril (Lusa) - A investigadora Margarida Almeida Santos recebe quarta-feira o Prémio Pulido Valente Ciência por demonstrar o papel de uma proteína na forma como o organismo produz os anticorpos que combatem as infecções.

O trabalho de Margarida Almeida Santos, de 31 anos, intitulado "Notch1 engagement by Delta-like 1 promotes differentiation of B lymphocytes to antibody-secreting cells", foi publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Os anticorpos produzidos pelo organismo são cruciais para que o sistema imunitário combata as infecções, mas a produção desregulada destes anticorpos pode dar origem a doenças, nomeadamente as auto-imunes (como o Lúpus) ou alguns tipos de cancro.

A investigadora debruçou-se especialmente sobre o receptor (ou sinal) Notch, uma proteína que existe na membrana das células humanas.

Quando proteínas específicas se ligam a este receptor, activa-se um sinal que se desloca para o núcleo da célula, onde vai "comandar" a expressão de genes que podem ter variadas e importantes funções.

Margarida Almeida Santos demonstrou pela primeira vez o papel do Notch no processo de especialização das células que produzem anticorpos, ao observar que quando o receptor é inibido, em células de cultura, há uma drástica redução de anticorpos e que, pelo contrário, quando é activado, a sua produção aumenta.

A investigação sugere que a manipulação deste receptor permitirá construir métodos terapêuticos para tratar doenças que resultem da desregulação da produção de anticorpos por excesso ou defeito.

Margarida Albuquerque Almeida Santos licenciou-se em Biologia Molecular pela Faculdade de Ciências de Lisboa em 1999 e fez o estágio de investigação em Microbiologia no Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB).

Entre 2002 e 2007 desenvolveu o trabalho de Doutoramento no Instituto Gulbenkian de Ciência e doutorou-se em 2007 em Ciências Biomédicas pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Actualmente trabalha no Departamento de Patologia e Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia, em Filadélfia, no Laboratório do Professor Warren Pear, dedicado a investigação na área do cancro, nomeadamente linfomas, leucemias e mieloma.

O Prémio Pulido Valente Ciência, no valor de 10.000 euros, é atribuído anualmente pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pela Fundação Professor Francisco Pulido Valente (FPFPV) ao melhor trabalho publicado no domínio das Ciências Biomédicas por investigadores em laboratórios nacionais com menos de 35 anos.

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Enviado por: comanche em Abril 02, 2008, 12:24:22 pm
Grupo 3B’s da UMinho publica artigo na revista científica Science

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O Grupo 3B’s da Universidade do Minho acaba de publicar na última edição da Revista cientifica Science um artigo que resulta da sua colaboração com o IBNAM - Institute for BioNanoTechnology in Medicine da Nortwestern University, Chicago, EUA, sobre medicina regenerativa/engenharia de tecidos humanos e na utilização de células estaminais humanas: “a Criação de Novos Mini-laboratórios de Células Estaminais Humanas Formados por Organização Molecular Espontânea”.

O trabalho desenvolvido maioritariamente por Ramille M. Capito (IBNAM) e Helena Azevedo (3B’s -UM) resulta da articulação de projectos em curso no grupo de Chicago liderado por Samuel I. Stupp e do projecto da União Europeia - Marie Curie POLYSELF - da responsabilidade do director do Grupo 3B’s Rui L. Reis. No âmbito desse projecto Helena Azevedo, investigadora Doutorada do grupo 3B’s desde 2001, passou cerca de ano e meio a desenvolver trabalho na Northwestern University.

Consegue imaginar o que é ter um polímero (o que vulgarmente chamamos plástico) e uma pequena molécula (algo tipo mas mais pequeno que uma proteína) que instantaneamente se conseguem auto-organizar para formar um saco forte mas flexível, em que é possível cultivar células estaminais humanas, criando uma espécie de laboratório em miniatura? Pense também que o saco poderia, quando utilizado em terapias celulares ou medicina regenerativa, poderia proteger as células estaminais do sistema imunitário do paciente, sendo depois biodegradado ao longo de tempo quando chegasses ao seu destino, libertando as células para fazer o seu trabalho de regeneração de tecidos. Parece impossível? Futurista? Talvez não, ou apenas parcialmente!

De acordo com Rui L. Reis, os investigadores conseguiram demonstrar que é possível produzir estes sacos de forma espontânea e que células estaminais humanas podem crescer no seu interior. Os sacos podem permanecer por semanas em cultura e as suas membranas são permeáveis a proteínas e nutrientes, incluindo algumas moléculas de grande dimensão (como factores de crescimento). Ou seja o mini-laboratório existe de facto e pode receber os necessários consumíveis.

O professor explica em comunicado, que um dos desafios mais interessantes para a ciência actual consiste na descoberta de moléculas com capacidade de organização espontânea em estruturas bem definidas e com propriedades e funcionalidades únicas. Este fenómeno é conhecido como “molecular self-assembly” (auto-organização molecular) e apresenta grande potencial na área da medicina regenerativa. De facto com este tipo de tecnologia é possível sintetizar moléculas (por exemplo sequências de péptidos – materiais semelhantes às proteínas formados pela ligação de dois ou mais aminoácidos) com funcionalidades específicas e capacidade de regular diferentes funções celulares (adesão, proliferação e diferenciação) relevantes por exemplo para as células estaminais.

A utilização deste tipo de moléculas em medicina regenerativa apresenta um conjunto de benefícios significativos. Um que resulta imediatamente claro é a possibilidade de desenvolver métodos cirúrgicos não invasivos, dado que a formação destas estruturas supramoleculares poderá ser programada para ocorrer in-vivo em contacto directo com diferentes tecidos.

A presente edição da prestigiada revista Science (28 Março de 2008 Vol 319, Issue 5871) descreve uma importante descoberta nesta área de materiais que são capazes de organizar as suas moléculas de forma espontânea. Um artigo científico, de autoria de investigadores da Northwestern University e do Grupo 3B’s da U. Minho, descreve pela primeira vez a formação instantânea de uma estrutura macroscópica na forma de saco ou membrana quando duas soluções, uma contendo um polímero natural de grande dimensão (como os que sempre foram estudados no grupo 3B’s nos últimos 10 anos) e outra contendo moléculas de péptidos (de um determinado tipo específico que têm vindo a ser estudados há cerca de sete anos no grupo de Chicago) de menor dimensão e de carga eléctrica oposta, são colocadas em contacto. O biopolímero usado é o ácido hialurônico que é facilmente encontrado no corpo humano, em lugares como articulações e cartilagem, e que tem sido amplamente estudado no U. Minho no âmbito de diversos projectos de engenharia de tecidos de cartilagem.

Estas estruturas sólidas formam-se quando a solução de polímero, mais viscosa e densa, é colocada no topo da solução de péptido. À medida que a solução de polímero submerge na outra solução ocorre a constante renovação da interface líquido-líquido com o consequente crescimento da membrana, até que a solução de polímero fica completamente submergida resultando na formação “auto-organizada” de um saco fechado, de dimensões macroscópicas mas resultante de uma organização à nano-escala.

Quando observadas ao microscópio de elevada resolução, estas estruturas apresentam um sofisticado grau de organização na qual se observa o alinhamento de nano-fibras orientadas perpendicularmente à interface. Pensa-se que esta ordem é responsável pelas propriedades únicas deste sistema, tais como a sua capacidade de “auto-cicatrização”, significando que quando um pequeno defeito/orifício é efectuado na superfície, a membrana é capaz de fechar por si só, como acontece em alguns sistemas vivos. Esta particularidade permite, por exemplo, a injecção de outros componentes (fármacos ou outros agentes terapêuticos e/ou células estaminais) para o interior da membrana/saco e a sua fácil oclusão. Tal nunca tinha sido conseguido antes com qualquer outro tipo de material.

É também extremamente importante referir que esta membrana é suficientemente robusta para ser facilmente manipulada e suturada. Além disso, apresenta outras importantes características como permeabilidade a moléculas maiores como proteínas e factores de crescimento, indicando o potencial destes materiais como sistemas de libertação controlada de agentes terapêuticos.

Uma das possibilidades mais interessantes, que se abre pela primeira vez com a publicação deste trabalho, é a de utilizar estes materiais como fábricas vivas de tecidos humanos baseados na utilização de células estaminais e cocktails de diferenciação. De facto, estes “sacos” podem funcionar como “mini-laboratórios” onde células estaminais podem ser encapsuladas e estimuladas para se diferenciarem em células de diferentes tecidos. Este tipo de sistema proporciona inúmeras oportunidades de aplicação em terapias celulares, podendo ser facilmente introduzido de uma forma não invasiva na zona do corpo que se pretende regenerar através de uma simples injecção. As possibilidades são imensas e o grupo 3B’s vai continuar a explorar as potencialidades deste tipo de materiais “inteligentes” reforçando ainda mais a sua actividade de investigação neste domínio.

Já neste mês de Abril realiza-se na Madeira um workshop de alto nível, com alguns dos maiores especialistas mundiais da área, no âmbito de projecto Europeu InVENTS da responsabilidade de Rui L. Reis. Helena Azevedo será uma das palestrantes convidadas nesse evento. O Prof. Samuel I. Stupp, autor sénior do artigo da Science, será um dos conferencistas plenários no encontro Europeu da Sociedade Mundial de Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa (TERMIS) que reunirá cerca de 800 investigadores de mais de 40 Países no próximo mês de Junho no Porto, e cuja organização é da responsabilidade de Rui Reis e do Grupo 3B’s. Nessa ocasião visitará o Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, então já em pleno funcionamento no AvePark nas Taipas, que será liderado pelo mesmo investigador responsável pelo grupo de Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos da U. Minho, e que terá pólos em mais 20 locais em 13 países da Europa. A spin-off Stemmatters criada pelo grupo 3B’s, e já vencedora do prémio START de empreendedorismo em 2007, ficará localizada no mesmo edifício.
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Enviado por: comanche em Abril 02, 2008, 12:24:55 pm
Investigadores portugueses estudam "culpados" por morte de neurónios nas doenças de Alzheimer e Parkinson


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Lisboa, 02 Abr (Lusa) - Um estudo de dois jovens investigadores portugueses acerca do papel dos percursores tóxicos e dos aglomerados proteicos na morte dos neurónios em doenças como Alzheimer e Parkinson é hoje publicado na revista científica internacional PLoS ONE.

Intitulado "Formation of Toxic Oligomeric a-Synuclein Species in Living Cells" ("Formação de Espécies Tóxicas de Alfa-Sinucleina em Células Vivas"), o estudo pode desde já ser lido na versão digital da revista - alojada em www.plosone.org (http://www.plosone.org) - e será posteriormente publicado na edição impressa.

Em doenças como Parkinson e Alzheimer, uma das questões centrais prende-se com a identificação dos "culpados" pela morte dos neurónios que se perdem nestas patologias e, até há pouco tempo, a presença de aglomerados proteicos no cérebro era a explicação lógica para o mau funcionamento ou a morte neuronal.

Porém, o trabalho desenvolvido pelos investigadores portugueses Tiago Fleming Outeiro, de 31 anos, e Filipe Carvalho, de 27 anos, em conjunto com seis colegas da Escola Médica de Harvard, nos EUA, mostra que a morte dos neurónios pode ter uma explicação mais complexa.

"Pela primeira vez, conseguimos visualizar, em células vivas, os percursores dos aglomerados proteicos, concluindo que são até mais tóxicos para as células", declarou Tiago Outeiro, que a 22 de Junho publicou um estudo sobre a doença de Parkinson na revista Science.

No âmbito da investigação, desenvolvida ao longo de dois anos (entre 2005 e 2007), o grupo aplicou uma técnica inovadora, "que consiste na complementação da actividade de uma proteína fluorescente (proteína fluorescente verde ou GFP) através da junção de duas metades não funcionais da mesma proteína", explicou Tiago Fleming Outeiro, exemplificando que é "como juntar duas metades de uma moeda partida ao meio".

A utilização desta técnica permitiu detectar a formação de micro-aglomerados, que não era possível observar noutros moldes devido às suas reduzidas dimensões.

Os investigadores observaram também que proteínas como a HSP70, pertencente a uma família conhecida como "chaperones moleculares" (que participam no funcionamento normal de diversas proteínas dentro das células), têm a capacidade de prevenir a formação destes micro-aglomerados, reduzindo a toxicidade que lhes está associada.

Segundo Tiago Outeiro, "além de constituir um avanço técnico na observação das partículas tóxicas", a investigação permite "o desenvolvimento de novas estratégias para reduzir a toxicidade das mesmas".

As descobertas são válidas para Alzheimer, Parkinson e outras doenças com percursores tóxicos e aglomerados proteicos e abrem a porta a novas oportunidades terapêuticas, "permitindo avançar para a criação de uma substância química - que assumirá posteriormente a forma de um medicamento - para actuar ao nível dos percursores, nomeadamente impedindo a sua formação", explicou o jovem investigador à agência Lusa.

Os medicamentos poderão vir a ser utilizados logo que surjam os primeiros sintomas, de modo a travar a progressão da doença, ou a título preventivo em pessoas que, devido a factores genéticos ou ambientais, façam parte de grupos de risco.

Em Dezembro, Tiago Outeiro revelou à Lusa que um teste para detectar a probabilidade de uma pessoa vir a desenvolver a doença de Alzheimer estava disponível no Instituto de Medicina Molecular, embora a sua realização dependa de indicação médica.

O teste - destinado a pessoas que reúnem condições específicas, como terem mais de 60 anos ou terem doentes de Alzheimer na família - consiste na determinação dos níveis de 18 proteínas no plasma sanguíneo em pessoas que estão em estádios iniciais da doença, ou seja, quando os sintomas ainda não se manifestaram.

"Quando o teste dá resultado positivo, a fiabilidade ronda os 85 por cento", esclareceu Tiago Outeiro, acrescentando que entre o resultado e o surgimento dos primeiros sintomas podem passar até cinco anos.

À data, o investigador afirmou igualmente que a sua equipa estava a tentar desenvolver um teste capaz de facultar resultados fiáveis também para o risco de incidência da doença de Parkinson.

Neste momento estima-se que existam em Portugal 70 mil pessoas afectadas pela doença de Alzheimer e 20 mil a sofrer de Parkinson.

Doutorado em Ciências Biomédicas no Instituto Tecnológico de Massachusetts, nos Estados Unidos, Tiago Fleming Outeiro concluiu um pós-doutoramento em Harvard e está há sete meses no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, onde lidera um grupo de sete pessoas que se dedica ao estudo da base molecular de doenças neurodegenerativas com o objectivo de desenvolver novas formas de intervenção nas patologias ainda sem cura.

Filipe Carvalho, que em 2006, quando era estudante de Medicina no Porto, trabalhou durante dois meses com Tiago Fleming Outeiro na Escola Médica de Harvard, integra esta equipa do Instituto de Medicina Molecular.

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Enviado por: comanche em Abril 03, 2008, 10:44:07 pm
Sloan Industry Studies Fellowship” distingue Professor da FCEE|Católica

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Francisco Veloso foi um dos cinco vencedores do “Sloan Industry Studies Fellowship” 2008, reputado prémio da Fundação Alfred P. Sloan que distingue líderes intelectuais cuja investigação tenha contribuído para a dinâmica e sucesso nas indústrias modernas. O professor da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa (FCEE| Católica), foi um dos seleccionados pela sua investigação no contexto da indústria automóvel.




De acordo com a Faculdade, parte importante do seu trabalho está associada ao estudo deste sector em Portugal tendo o professor, entre outras iniciativas, liderado o estudo pioneiro “GAP – Estratégias Globais para o Desenvolvimento da Indústria de Componentes Automóveis em Portugal”, promovido pelo IAPMEI e pela INTELI em 1999.

As Fellowships para o estudo de indústrias da Fundação Sloan têm por objectivo distinguir investigadores de excelência no início da sua carreira académica, cujo trabalho contribua para uma melhor compreensão dos processos que determinam o sucesso nas indústrias. Este tipo de investigação requer um significativo investimento pessoal, desenvolvimento de uma compreensão dos mercados, empresas e instituições de uma determinada indústria e envolve a integração de observação directa com teorias e análise.

Envolvendo nomeações dos melhores académicos de uma geração vindos de muitas disciplinas académicas, desde a engenharia, à gestão ou economia, este é um prémio extremamente competitivo. Os vencedores eleitos por um comité de académicos distintos das várias disciplinas que contribuem para esta área de trabalho recebem como prémio 45 mil dólares para usar como desejarem no avanço da sua investigação durante um período de dois anos.

A investigação em gestão e política de ciência, tecnologia e inovação do Professor Francisco Veloso, com particular enfoque na capacitação e desenvolvimento da indústria automóvel, já o levou a publicar artigos científicos em algumas das mais destacas revistas internacionais nestes domínios. Actualmente divide o seu tempo entre a FCEE| Católica e o departamento de “Engineering and Public Policy” da Carnegie Mellon University onde também lecciona.

Francisco Veloso é doutorado em ‘Technology, Management and Policy’ pelo Massachusetts Institute of Technology, tem o mestrado em Economia e Gestão de Ciência e Tecnologia do Instituto Superior de Economia e Gestão e a licenciatura em Engenharia Física Tecnológica do Instituto Superior Técnico. Foi ainda galardoado com o prémio ‘Excellence and Leadership in Technology and Policy’ do MIT bem como o prémio ISEG/JNICT para o melhor aluno de Mestrado.

Francisco Veloso tem desenvolvido a sua investigação no contexto da indústria automóvel, estando uma parte importante do seu trabalho associada ao estudo da indústria em Portugal, numa parceria Inteli-MIT. Além disso tem trabalho desenvolvido em inúmeras organizações como o Asian Development Bank, a McKinsey & Co., a Accenture, a Comissão Europeia, a Inteli e o CEIIA. É, segundo a Faculdade, o primeiro português a ser premiado pelo seu trabalho nos EUA.

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Enviado por: comanche em Abril 07, 2008, 12:43:03 pm
Malária: Investigadora portuguesa recebe prémio europeu

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Lisboa, 07 Abr (Lusa) - A investigadora Cristina Rodrigues recebe sexta-feira em Paris um prémio europeu pela sua tese de doutoramento em Biologia Celular, em que identificou factores do hospedeiro importantes para a infecção das células do fígado pelo parasita da malária.

A cientista receberá o "Era-NET PathoGenoMics PhD Award" na conferência europeia "Genomes 2008", onde terá a oportunidade de apresentar as conclusões da investigação, desenvolvida na Unidade de Malária do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

"O conhecimento da biologia básica das interacções entre o hospedeiro e o parasita é essencial para o desenvolvimento de abordagens profilácticas e o tratamento da doença através do bloqueio de factores que o parasita necessite para infectar", disse hoje a investigadora à Lusa ao ser questionada sobre as implicações do trabalho a nível terapêutico.

Na conferência "Genomes 2008" participam investigadores que em todo o mundo se dedicam ao estudo de microrganismos patogénicos e aproveitam a ocasião para partilhar e discutir os seus trabalhos nessa área.

"Este prémio é muito importante para mim porque reflecte a apreciação do trabalho que realizámos pela comunidade científica internacional", afirmou Cristina Rodrigues. A tese foi orientada por Maria Manuela Mota, no IMM, em colaboração com Graça Vieira, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O prémio, no valor de 2.000 euros, é atribuído por um júri de três cientistas de topo na área dos microrganismos patogénicos e destina-se a distinguir anualmente as três melhores teses de doutoramento publicadas na Europa.

A "Genomes 2008" é organizada por investigadores de institutos europeus e decorre no Instituto Pasteur em Paris.

Cristina Rodrigues licenciou-se em Biologia Microbiana e Genética na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (2003) e dedica-se desde então ao estudo da malária, nomeadamente no Cenix BioScience GmgH em Dresden (Alemanha), no IMM e no Instituto Gulbenkian de Ciência.

Erradicada em Portugal desde o final dos anos 60, a malária é uma doença infecciosa causada pelo protozoário unicelular Plasmodium, transportado pela fêmea do mosquito Anopheles.

De acordo com dados do "Malária Atlas Project" recentemente publicado, registam-se anualmente 500 milhões de casos de malária, dos quais resultam mais de um milhão de mortes, sendo que 80 por cento das vítimas, na sua maioria crianças, vivem na África intertropical.

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Enviado por: comanche em Abril 08, 2008, 01:40:34 pm
Genética: Cientista portuguesa descobre papel de um gene na regulação celular com implicações no cancro


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Lisboa, 08 Abr (Lusa) - Uma investigadora portuguesa que está a doutorar-se nos Estados Unidos descobriu que um gene chamado Diáfano (ou Dia) tem uma importante função reguladora na formação dos tecidos e poderá desempenhar um papel no cancro.

Num estudo publicado na última edição da revista científica norte-americana Development, Catarina Homem e Mark Peifer, seu orientador de doutoramento, mostram que uma mutação desse gene, estudado na mosca da fruta (Drosophila), provoca perda de adesão e mobilidade anormal nas células, como acontece na formação das metástases tumorais.

A descoberta contribui para uma melhor compreensão da regulação genética da formação dos tecidos e órgãos e poderá abrir caminho a intervenções terapêuticas.

"Muitos dos cancros familiares ou hereditários, como o cancro gástrico, estão associados a mutações no gene que codifica as E-caderinas, que são proteínas críticas para a adesão entre células, e pensa-se que essas mutações são responsáveis pela mobilidade e invasão celular", disse hoje Catarina Homem à agência Lusa.

A investigação concluiu que as proteínas que regulam o esqueleto das células fortalecem a adesão entre elas e que mutações nessas proteínas levam à degradação das E-caderinas e à promoção da mobilidade celular.

"Neste trabalho tentámos elucidar quais os mecanismos celulares envolvidos entre forte adesão celular e inibição de mobilidade e invasão celular", indicou a cientista, que está a preparar o seu doutoramento em Biomedicina na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill.

"As células de mosquinhas mutantes para este gene aderem menos fortemente entre si e passam a ser mais móveis e a invadir tecidos vizinhos, revelando que a proteína Dia é necessária para manter uma adesão estável entre células e, consequentemente, para inibir a migração celular", referiu Catarina Homem.

Estes resultados "revelam um possível mecanismo envolvido na formação de metástases e indicam mais um conjunto de proteínas que também poderão ser responsáveis por certos tipos de cancros", acrescentou.

Segundo explicou, o processo de transição de células imóveis e aderentes para células móveis e invasoras é importante para o normal desenvolvimento embrionário e "poderá ser o mecanismo usado por células cancerígenas no processo de formação de metástases, onde células tumorais se desligam das suas células vizinhas e migram para outros locais, iniciando tumores secundários".

Licenciada em Bioquímica pela Universidade do Porto, Catarina Homem é aluna do Programa Gulbenkian de Doutoramento em Biomedicina (PGDB) na Universidade da Carolina do Norte.

A Development é uma revista bimensal com elevado factor de impacto cujo objectivo é publicar e divulgar descobertas fundamentais sobre os mecanismos celulares e moleculares do desenvolvimento de animais e plantas.

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Enviado por: comanche em Abril 08, 2008, 02:01:09 pm
Ciência:Alteração hormonal nas amêijoas provocada por químicos nas águas podem afectar infertilidade humana - especialista


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Faro, 08 Abr (Lusa) - Compostos químicos presentes em detergentes e lançados em zonas costeiras através dos esgotos estão a provocar alterações hormonais em amêijoas brancas que podem estar relacionados com problemas de infertilidade de quem as consome, diz uma especialista da Universidade do Algarve.

O fenómeno foi detectado pela primeira vez em Portugal no Rio Guadiana por uma equipa de investigadores do Grupo de Ecotoxicologia e Química Ambiental do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve (UAlg).

A alteração sexual em búzios - que provoca que fêmeas se tornem machos -, já era conhecida, mas a alteração inversa na amêijoa branca (ou lambujinha) é um fenómeno mais recente, disse à Lusa uma especialista.

Segundo Maria João Bebianno, coordenadora daquele grupo, alguns compostos de detergentes ou medicamentos lançados no ambiente através dos esgotos estão a alterar o funcionamento normal do sistema endócrino das amêijoas brancas.

O fenómeno dá pelo nome de "intersex" e consiste na existência simultânea de características femininas e masculinas no mesmo organismo, sendo que a tendência é que as amêijoas "macho" se tornem em fêmeas, explica a investigadora.

Estas alterações podem não só implicar falhas reprodutivas e consequentes rupturas nos "stocks" de amêijoas brancas como afectar o funcionamento hormonal das pessoas que as ingerem, diz a especialista.

Embora tenha menos valor comercial e seja menos consumida do que a amêijoa preta, a branca acumula componentes químicos que podem estar relacionados com alguns problemas de infertilidade ou diminuição de esperma em humanos, segundo Maria João Bebiano.

Isto porque os efluentes, apesar de parcialmente tratados, mantêm uma carga tóxica, o que podia ser atenuado se as Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) estivessem preparadas para tratar esses compostos.

"As ETAR não se adaptaram tecnologicamente ao que é lançado no ambiente e não tratam derivados de detergentes ou medicamentos rejeitados pelas pessoas, o que faz com que se produza um 'cocktail'", observa a investigadora.

Depois do fenómeno ter sido detectado no Rio Guadiana, uma equipa de dez investigadores do CIMA está agora a fazer levantamentos noutros locais do Algarve, nomeadamente na Ria Formosa, nas zonas de Tavira e Faro.

O fenómeno também ocorre nos búzios, à escala mundial, mas é causado pelos compostos químicos presentes nas tintas utilizadas nos cascos dos barcos e que servem para evitar a fixação de alguns organismos.

"Basta uma pequena concentração de químicos para provocar isto, o equivalente a duas chávenas de chá numa piscina olímpica", exemplifica a investigadora, salientando que o fenómeno é quase tão perigoso como as alterações climáticas.

Estas alterações sexuais também estão a acontecer em peixes, o que, segundo Maria João Bebianno, "ainda é mais preocupante", embora não haja ainda dados concretos sobre a situação e a equipa esteja apenas a debruçar-se sobre a amêijoa branca.

Entre Maio e Setembro as amêijoas distinguem-se por serem do sexo masculino ou feminino, mas fora desse intervalo de tempo tornam-se hermafroditas.

O que os investigadores estão a verificar é que os machos vão ganhando características femininas e passam a apresentar ovócitos no tecido testicular.

Segundo Maria João Bebianno, deveria haver um controlo mais rigoroso dos compostos químicos expelidos nos efluentes ou a tentativa de encontrar no mercado produtos alternativos aos detergentes comuns.

A equipa do CIMA que está a estudar o fenómeno vai começar a recolher amostras de amêijoas e a analisá-las em laboratório com a finalidade de verificar se estão a ocorrer mudanças de sexo, esperando-se que haja resultados em Setembro.

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Enviado por: comanche em Abril 08, 2008, 02:17:58 pm
Tecnologia: Cientistas portugueses criam no Porto jogos para computador e robôs aéreos autosuficientes

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Porto, 08 de Abril (Lusa) - A Neoscopio, uma empresa portuense constituída por um engenheiro, um físico, um químico e um psicólogo, começou o desenvolver um "jogo de acção" para computador cujo "cenário pode ser a Baixa do Porto".
 
O jogo ainda não tem nome e a sua história ainda está por definir, mas Miguel Andrade, director-geral da empresa e seu porta-voz, disse à Lusa que "estará disponível daqui por seis meses"´.

"Isto é inédito para o desenvolvimento de um jogo, que normalmente demora anos", sublinhou.

O segredo, afirma, reside na "utilização de parte de outros jogos" cujo "software" é do tipo "open source", ou seja, de acesso livre.

É esta matéria-prima tecnológica que a Neoscopio trabalha numa pequena sala rectangular de um dos pavilhões da UPTEC - Parque de Ciências e Tecnologia da Universidade do Porto.

O utilizador deste tipo de software, revela Miguel Andrade, tem "autorização para o modificar conforme lhe apetecer e fazer com ele o que lhe apetecer. Pode fazer as cópias que quiser desse software e inclusive vendê-lo".

A empresa apostou na "comercialização de software em open source" e os clientes-alvo são as "médias e grande empresas".

Segundo o seu director, "existe imenso software deste tipo pelo mundo inteiro, mas também há falta de empresas que dêem apoio, formação e garantia" nesta área.

A Neoscopio já tem um cliente: a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), para a qual Miguel Andrade, engenheiro electrotécnico, e a sua equipa fizeram "um portal para reclamações on-line".

"A ERS antecipou-se e teve o seu "site" a respeitar as normas neste domínio, com o nosso software", orgulha-se o responsável, detendo-se depois no jogo que a empresa começou a desenvolver.

"Vai ser disponibilizado gratuitamente para download", revela, entusiasmado.

Será um jogo em que "há combates e os jogadores tentam eliminar-se mutuamente", esclarece, ao mesmo tempo que faz uma rápida demonstração num computador portátil.

Não muito longe dali, num espaço similar, dois engenheiros mecânicos procuram desenvolver "instrumentos musicais em materiais compósitos, como as fibras de vidro e de carbono".

Júlio Martins e João Petiz juntaram-se e constituíram a IDEIA.M - Investigação e Desenvolvimento de Acessórios e Instrumentos Musicais.

A UPTEC acolheu-os e desde então trabalham numa "ideia" que Júlio Martins considera "praticamente inovadora" e com potencial para ser um bom negócio. As vantagens "são inerentes aos materiais", destacando-se, em primeiro lugar, "o peso".

Desenganem-se, no entanto, aqueles que pensam que poderão partir mais facilmente as suas guitarras de carbono em pleno palco, para gáudio dos fãs mais entusiastas.

"Bem pelo contrário", contraria Júlio Martins.

Não é por acaso que "a fibra de carbono é famosa por ser utilizada nos carros de fórmula 1 e na indústria aeronáutica e aeroespacial para reduzir várias vezes o peso e aumentar a resistência mecânica", lembra.

O responsável refere que, "numa guitarra, e para além da vantagem peso, há outras vantagens como a estabilidade dimensional e o facto de ser possível desenvolver um projecto em que podemos prever as propriedades finais do produto".

A madeira tem os seus caprichos. "Nunca se sabe muito bem para onde é que aquilo caminha", afirma, garantindo que as fibras oferecem ainda "possibilidade de inovar muito no design".

Os ecos que a IDEIA.M recebeu do mercado permitem a Júlio Martins e a João Petiz concluir que "há necessidade de uma empresa com mais conhecimento de fibras compósitas e de um acompanhamento junto das empresas nessa área".

Outra empresa alojada na UPTEC dedica-se aos "robôs com uma autonomia de decisão básica, ou seja, conseguem, sem intervenção humana, desempenhar determinadas tarefas sozinhas. Trata-se da OMNITA - Sistemas Autónomos para Monitorização.

"Posso dar como exemplo: o primeiro veículo que nós temos, um veículo aéreo não tripulado e que é capaz de fazer voo autonomamente. É-lhe dada uma missão, por exemplo fotografar ou filmar uma área, e ele sozinho executa-a", explica André Figueiredo, engenheiro electrotécnico.

"Nós cá em baixo apenas decidimos o que ele deve fotografar, que vídeos deve fazer, mas de resto ele desempenha a sua tarefa sozinho, sem controlo remoto", especifica. André Figueiredo e outros dois engenheiros concluíram que "isto dava jeito para muita coisa" e decidiram "voar" por conta própria e criar uma empresa, a OMNITA.

As construtoras, por exemplo, recorrem muitas vezes à fotografia aérea para poder fazer o acompanhamento de evolução de obras públicas, grandes vias, pontes, etc. Em vez de um avião, as empresas podem vir a recorrer a uns aparelhos que a OMNITA está a desenvolver.

São muito mais pequenos, não precisam de uma pista, nem de combustível, porque tem uma bateria, e não levam piloto. "Um deles pode estar oito horas no ar e outro duas horas", diz André Figueiredo, realçando, assim, outras vantagens que em sua opinião os produtos OMNITA podem oferecer face aos já existentes no mercado.

Os serviços subaquáticos também estão na mira desta empresa. Como exemplo, André Figueiredo aponta "as inspecções de pilares ou infra-estruturas subaquáticas que, desde que caiu a ponte de Entre-os-Rios, têm sido cada vez mais frequentes".

Os robôs podem fazer esse trabalho muito melhor do que qualquer mergulhador. "Não só não há risco para o ser humano como ainda conseguem ir a profundidades superiores, porque os mergulhadores estão limitados em termos de profundidade", defende o mesmo responsável.

"Também fornece informações mais precisas porque está muito mais bem equipado", completa André Figueiredo.

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Enviado por: comanche em Abril 08, 2008, 02:24:47 pm
Portugueses participam em marco histórico da investigação sobre a Úlcera do Buruli

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Num artigo publicado na revista científica PLoS NTD foi descrito, pela primeira vez, o isolamento do agente infeccioso, M. ulcerans, a partir do ambiente, mais precisamente de um insecto aquático colhido em África. Este trabalho de colaboração internacional contou com o financiamento do Serviço de Saúde e Desenvolvimento Humano da Fundação Calouste Gulbenkian, com equipas de investigadores Portugueses coordenadas por Jorge Pedrosa e por Manuel Teixeira da Silva, do domínio de Microbiologia e Infecção do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), Universidade do Minho, e do Grupo de Imunologia de Peixes e Vacinas do Instituto de Biologia Molécula e Celular (IBMC), Porto.



Era já sabido que a Úlcera do Buruli ocorre perto de ambientes aquáticos, não sendo transmitida entre pessoas. Este facto sugere a existência de nichos aquáticos a partir dos quais poderia ocorrer a transmissão para humanos. Esta descoberta, que envolveu também cientistas dos EUA, Gana e Bélgica, liderados por Françoise Portaels no Instituto de Medicina Tropical de Antuérpia, foi considerada um marco histórico na investigação sobre a Úlcera do Buruli e um ponto de partida para a investigação futura sobre os seus reservatórios e transmissão, em dois artigos de comentário publicados nas prestigiadas revistas Science e PLoS NTD.

Neste momento, existem ainda outros projectos em curso no ICVS ligados à transmissão, profilaxia e tratamento da Úlcera do Buruli.

A Úlcera de Buruli
A úlcera do Buruli é uma doença necrotizante da pele e tecido subcutâneo que se manifesta por úlceras cutâneas que podem atingir áreas extensas do corpo, desfigurando e incapacitando permanentemente os indivíduos afectados. A úlcera do Buruli é provocada pela bactéria Mycobacterium ulcerans e representa a infecção micobacteriana mais comum, a seguir à tuberculose e à lepra, tendo sido identificada em aproximadamente 30 países, sobretudo de África, mas também da América Latina, Ásia e Austrália, estimando-se que nas regiões endémicas possa afectar até 20% da população. Embora descrita desde 1948, persistem muitas dúvidas sobre a sua transmissão, profilaxia e tratamento.

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Enviado por: comanche em Abril 09, 2008, 01:56:58 pm
Investigação: Projecto de regenerão de neurónios na medula espinhal recebe prémio da Gulbenkian

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Porto, 09 Abr (Lusa) - A Fundação Calouste Gulbenkian entrega sexta-feira, no Porto, um prémio de mais de 50 mil euros a um projecto de investigação que poderá permitir criar novos analgésicos e a regeneração de neurónios da medula espinhal.

O projecto em causa é liderado por Filipe Monteiro, investigador do Laboratório de Biologia Celular e Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

Em comunicado, a FMUP acrescenta que este projecto de investigação "pretende descobrir novas informações sobre o circuito da dor".

Adianta ainda que a investigação poderá "abrir portas para a cura de lesões da medula espinhal que são, actualmente, irreversíveis".

"Caso se obtenham os resultados esperados, a Faculdade de Medicina pode gerar conhecimentos que permitam desenvolver analgésicos e avaliar a possibilidade de regenerar neurónios da medula espinhal", acrescenta.

O trabalho consistirá na identificação de genes regulados por uma proteína muito particular, que se sabe ter um papel fulcral no estabelecimento do circuito da dor.

"Nos próximos dois anos, o investigador vai analisar a acção desta proteína em neurónios da medula espinhal e do gânglio raquidiano em ratinhos, durante a gestação", salienta a instituição.

Para cumprir esta missão, Filipe Monteiro tem já uma parceria estabelecida com um laboratório de Londres, que lhe permitirá instalar a técnica na Faculdade de Medicina.

A FMUP refere ainda que "novos conhecimentos sobre a influência de certas moléculas na transmissão do estímulo da dor podem permitir o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas dirigidas para este tipo de neurónios".

Se a equipa de investigadores compreender o processo de diferenciação dos neurónios da dor durante o desenvolvimento embrionário, aumenta a esperança de se conseguir recriar o processo de diferenciação das células estaminais para neurónios deste tipo, em laboratório.

O Prémio de Apoio à Investigação na Fronteira das Ciências da Vida da Gulbenkian será entregue, na Aula Magna da FMUP.

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Enviado por: tsumetomo em Abril 09, 2008, 05:24:53 pm
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Portugal é o segundo país onde o Governo atribui mais importância às Tecnologias de Informação


Portugal encontra-se em segundo lugar, entre 127 países considerados, em termos da importância que o governo atribui às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na sua visão do futuro, anunciou o gabinete do coordenador do Plano Tecnológico.

Segundo o Global Information Technology Report 2007-2008, hoje divulgado pelo World Economic Forum, Portugal sobe 14 posições na capacidade da administração pública utilizar as Tecnologias, passando a ocupar o 12º lugar, ou o 5º se forem apenas considerado os países pertencentes à União Europeia.

Relativamente à utilização das Tecnologias pela administração pública e a sua eficiência, Portugal encontra-se no 10º lugar.

Segundo este relatório, disponível em www.weforum.org (http://www.weforum.org) , Portugal encontra-se no 9º lugar da lista global no campo de tempo necessário para abrir uma empresa.

No índice global Networked Readiness Index (NRI), Portugal mantém o 28o lugar, ou o 14º, se forem considerados os 27 países da União Europeia, à frente de Espanha (31º), Itália (42º) e Grécia (56º).

O Networked Readiness Índex mede "o grau de preparação, participação e de desenvolvimento de um país ou região no aproveitamento que faz dos benefícios das tecnologias de informação e comunicação".

O NRI é composto por três componentes: ambiente, preparação e utilização.



http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1325301
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Enviado por: comanche em Abril 14, 2008, 02:18:50 pm
Investigadores da UA desenvolveram novo nanocompósito para aplicações biomédicas

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O Centro de Tecnologia Mecânica e Automação da Universidade de Aveiro (TEMA), em parceria com o CICECO e o Georgia Institut of Technology, desenvolveram um novo nanocompósito para aplicações biomédicas que apresenta uma elevada resistência mecânica e permite a criação de interfaces biocompatíveis com o osso circundante e consequentemente crescimento ósseo no nanocompósito. A inovação não passou despercebida à Nanowerk.com, líder mundial na divulgação de novos desenvolvimentos em nanotecnologia, merecendo destaque na sua edição de 25 de Março, tendo sido ainda publicada na revista com elevado factor de impacto Advanced Functional Materials.




Uma das principais dificuldades na área da cirurgia ortopédica prende-se com a utilização de cimentos (PMMA) para a fixação das próteses. As interfaces criadas com o osso e com a prótese metálica são apenas mecânicas, pelo que com o tempo os movimentos relativos entre o cimento e a prótese e o desgaste produzido no osso conduzem à laxação asséptica da prótese e sua rejeição. Por outro lado, a criação de interfaces biocompatíveis tem sido de difícil implementação dado que a hidroxiapatite, material geralmente utilizado para este fim, apresenta uma fraca resistência à tracção.

De acordo com a Universidade de Aveiro, a combinação de conhecimentos em nanoestruturas do TEMA e de biomateriais do CICECO, a colaboração de dois reconhecidos cirurgiões ortopedistas a nível nacional e internacional (Doutores Noronha e Fernando Fonseca), que integram também o TEMA, e de Hamid Garmestani, do Georgia Institut of Technology, tornou possível vocacionar a investigação para a resolução desses problemas reais de extrema importância, permitindo desenvolver um nanocompósito com elevada resistência mecânica e que permite um processo de crescimento ósseo no seu interior.

Ainda segundo a Universidade, para o futuro estão previstos novos desenvolvimentos nesta área com a produção de produtos bioreabsorvíveis de elevada resistência mecânica, estando nas suas pretensões a introdução desses produtos no mercado no próximo ano. Neste sentido, o Centro de Tecnologia Mecânica e Automação está fortemente empenhado no desenvolvimento da área de nanocompósitos, tirando partido das suas competências multidisciplinares e dos conhecimentos existentes a nível nacional na área da medicina com especial ênfase na ortopedia, que permitiram já, nesta primeira fase, a realização de testes mecânicos nos EUA e do desenvolvimento tecnológico na Universidade de Aveiro.

Para breve está prevista a publicação dos resultados dos testes in vivo deste nanocompósito e respectiva análise toxicológica.

Este trabalho decorreu em parceria com o CESAM da Universidade de Aveiro, com a Faculdade de Medicina Veterinária e Departamento de Biologia da Universidade de Évora e Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.




Os artigos publicados no Nanowerk.com e na Revista Advanced Functional Materials podem ser lidos na íntegra em

http://www.ua.pt/uaonline/upload/med/med_901.pdf

http://www.nanowerk.com/spotlight/spotid=5043.php
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Enviado por: comanche em Abril 14, 2008, 02:27:12 pm
Genética: Investigadores portugueses identificam região do cérebro envolvida na doença de Machado-Joseph

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Lisboa, 14 Abr (Lusa) - Investigadores da Universidade de Coimbra em colaboração com colegas em França, Suíça e Estados Unidos identificaram uma região do cérebro envolvida numa doença neurodegenerativa de causa desconhecida que tem elevada incidência na ilha açoriana das Flores.

Num estudo publicado na revista Human Molecular Genetics, do grupo editorial da Universidade de Oxford (Reino Unido), os cientistas provaram o envolvimento do estriado cerebral na doença de Machado-Joseph (DMJ), o que explicaria as perturbações de movimento e equilíbrio associadas a esta patologia.

"A descoberta faz do estriado cerebral mais um alvo para futuras estratégias terapêuticas de combate à doença", disse hoje à agência Lusa um dos autores do estudo, o investigador Luís Pereira de Almeida, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra.

A DMJ é uma doença neurodegenerativa com início na idade adulta que provoca perda progressiva das capacidades, sobretudo no que respeita à coordenação motora, e a morte gradual de conjuntos específicos de neurónios.

Ainda incurável, esta doença progride para uma dificuldade cada vez maior na coordenação dos movimentos até confinar os pacientes a uma cadeira de rodas ou ao leito, mas sem perda das capacidades cognitivas, e levar à morte prematura nos casos mais graves.

Segundo Luís Pereira de Almeida, que coordenou a equipa de investigadores portugueses, "a doença resulta de uma mutação do gene que codifica para uma proteína, a ataxina-3".

"A mutação consiste no aumento do número de repetições do trinucleótido CAG no gene da ataxina-3, resultando numa alteração da proteína que a torna tóxica por um mecanismo ainda desconhecido", explicou.

O trabalho envolveu o desenvolvimento de um modelo animal da DMJ que se baseou na utilização de vectores virais que permitiram introduzir nas células alvo do cérebro do rato o ADN que codifica para a ataxina-3 mutante.

"É um modelo que permite responder a questões particulares, tais como a neuropatologia em diferentes regiões do cérebro, neste caso a substância nigra numa área afectada na doença, o córtex e o estriado, regiões para as quais havia poucas evidências neuropatológicas directas", acrescentou o investigador, que é professor auxiliar na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

Descrita como entidade clínica individual em 1978 por uma neurologista portuguesa, Paula Coutinho, que a estudou em famílias açorianas e de Portugal continental, esta doença foi depois encontrada noutras partes do mundo embora a sua maior incidência se registe na ilha das Flores.

Após a identificação do gene causador surgiram registos da doença em diversas localizações geográficas, o que levou ao abandono da sua designação inicial de "Doença Açoriana", também conhecida no arquipélago por "Doença do Tropeção".

Passou então a chamar-se doença de Machado-Joseph, os dois apelidos dos primeiros casos diagnosticados nos anos 70 em duas famílias de ascendência açoriana.

A ilha das Flores, nos Açores, é o local de maior incidência da doença em todo mundo (01 para 400), sendo também muito elevada (01 para 4.000) entre os emigrantes de origem açoriana na Nova Inglaterra (nordeste dos Estados Unidos).

Embora tenha grande variabilidade clínica, os primeiros sintomas são em geral perda de equilíbrio e dificuldades na marcha, na articulação da fala e no deglutir dos alimentos, bem como defeitos subtis nos movimentos dos olhos.

Este trabalho resultou da junção de esforços de duas equipas de investigação, a de Luís Pereira de Almeida e a de Nicole Déglon, em França (Institute of Biomedical Imaging e Molecular Imaging Research Center, de Fontenay-aux-Roses).

Neste projecto, em que colaboraram também investigadores do Federal Institute of Technology of Lausanne (Suíça), do Albany Medical College (Albany, Nova Iorque) e Johns Hopkins University School of Medicine (Baltimore, EUA), a equipa portuguesa teve financiamentos da Fundação para a Ciência e Tecnologia e da National Ataxia Foundation (EUA).

O trabalho constitui parte da tese de doutoramento de Sandro Alves, que estuda com Luís Pereira de Almeida e é o primeiro autor do estudo.

Em Março do ano passado, o grupo de investigação de Patrícia Maciel, do Instituto de Ciências da Vida e da Saúde da Universidade do Minho, publicou na revista da Federação das Sociedades Americanas de Biologia Experimental (FASEB Journal) outro estudo sobre a DMJ que incidia na compreensão do mecanismo genético causador da morte neuronal e na função biológica da ataxina-3 nesta doença.

Segundo afirmou então Patrícia Maciel à Agência Lusa, "o trabalho pioneiro da Prof. Paula Coutinho abriu portas ao estudo do mapeamento do gene da doença pelo grupo do Prof. Jorge Sequeiros (do Instituto de Biologia Molecular e Celular, da Universidade do Porto) e iniciou anos de dedicação de vários investigadores portugueses a este tema".

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Enviado por: comanche em Abril 14, 2008, 09:44:03 pm
Coimbra: Técnica inovadora de produção de fármaco foi artigo mais citado internacionalmente em 2005 - Universidade

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Coimbra, 14 Abr (Lusa) - Um artigo científico de quatro docentes da Universidade de Coimbra a descrever uma técnica inovadora na produção de fármacos foi considerado o mais citado internacionalmente em 2005, foi hoje anunciado.

Da autoria dos investigadores António Ribeiro, Catarina Silva, Domingos Ferreira e Francisco Veiga, da Faculdade de Farmácia, o artigo foi publicado no European Journal of Pharmaceutical Sciences e recebeu agora a distinção "Most Cited Paper 2005 Award", um prémio concedido pela Elsevier, uma das mais prestigiadas editoras científicas internacionais.

De acordo com uma nota do Gabinete de comunicação da Reitoria da Universidade de Coimbra, "a distinção agora recebida foi atribuída por uma das revistas do Top 5 da área da Tecnologia Farmacêutica" e premeia o trabalho dos investigadores, sendo um deles, Francisco Veiga, o responsável pela Unidade de Micro e Nanoencapsulação de Fármacos Peptídicos.

Através de "Chitosan reinforced alginate microspheres obtained through the emulsification/internal gelation technique", título do artigo, os autores dão a conhecer uma técnica inovadora na produção de fármacos que "permite simplificar o processo de microencapsulação de moléculas de origem proteica, que constitui um permanente desafio da investigação farmacêutica".

"A aplicação desta técnica permite ganhos de produtividade, mas também uma minimização de perdas de proteína durante a produção, constituindo um forte contributo para que fármacos habitualmente administrados por injecção, possam ser disponibilizados em formato de toma oral, com óbvias vantagens na comodidade e qualidade de vida dos doentes", lê-se na nota divulgada.

Acrescenta que "foi graças ao uso desta tecnologia que este grupo pôde desenvolver o projecto Insulina Oral, com que arrecadou o 1º lugar no BES Inovação, em 2006", um invento já registado em patente pela Universidade de Coimbra.

A Unidade de Micro e Nanoencapsulação de Fármacos Peptídicos, nos seus seis anos de existência, já produziu mais de 40 trabalhos científicos apresentados e publicados em congressos e revistas científicas internacionais, para além do registo de duas patentes, uma nacional e outra nos Estados Unidos da América, acrescenta a mesma nota do gabinete de comunicação da Reitoria da Universidade.

"Este prémio reflecte a dedicação e perseverança de uma equipa que apostou numa tecnologia inovadora com aplicação directa na indústria farmacêutica", salientou Francisco Veiga, responsável pela Unidade de Micro e Nanoencapsulação de Fármacos Peptídicos.

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Enviado por: comanche em Abril 14, 2008, 09:48:50 pm
Investigadores da FMUP descobrem como atrasar em 50% aperto da válvula aórtica

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Uma equipa de investigadores coordenada por Luís Moura, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), descobriu uma forma de atrasar o desenvolvimento natural da estenose aórtica (aperto da válvula aorta).




O trabalho em causa – a única comunicação oral com assinatura portuguesa apresentada, este ano, no Congresso de Cardiologia nos EUA – demonstrou que a administração de estatinas (em determinada dosagem) a pacientes com diagnóstico de estenose valvular aórtica reduz em cerca de 50% a progressão natural desta patologia.

A estenose valvular aórtica é uma doença que afecta 10 a 15% da população entre os 65 e os 80 anos, sendo a causa mais frequente de cirurgia de substituição valvular nos países desenvolvidos. Note-se que, actualmente, os doentes com estenose aórtica não são tratados numa fase precoce. Os doentes são seguidos periodicamente até que a patologia atinja um grau de gravidade que exija a intervenção cirúrgica.

A terapêutica que, comprovadamente, retarda a evolução da estenose valvular aórtica é conhecida, segura, economicamente acessível e está recomendada como primeira linha no tratamento do colesterol elevado e na prevenção da doença cardiovascular. Os cientistas da FMUP consideram assim que o uso de estatinas pode vir a constar também das recomendações terapêuticas da estenose valvular aórtica.

Esta descoberta resulta de uma vasta linha de investigação centralizada no Serviço de Medicina A da FMUP, dirigido por Francisco Rocha Gonçalves, e engloba a colaboração de investigadores de topo da Universidade de Nortwestern de Chicago (EUA) e da Universidade Complutense de Madrid.

De acordo com a FMUP, os próximos passos deste projecto internacional, intitulado RAAVE (Rosuvastatin Affecting Aortic Valve Endothelium to Slow the Progression of Aortic Stenosis), passa pelo desenvolvimento de um estudo genético mais aprofundado e pela melhor caracterização epidemiológica e imagiológica desta doença.

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Enviado por: André em Abril 15, 2008, 04:38:28 pm
Empresa portuguesa cria serviço inovador para localizar pessoas em tempo real ...

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Uma empresa portuguesa criou um serviço inovador para telemóveis, semelhante a uma rede social virtual, que permite localizar pessoas em tempo real, prevendo atingir em três anos cerca de um milhão de utilizadores em todo o mundo.

"Com o 'wizi' podemos partilhar a nossa localização e saber onde se encontram amigos, familiares ou outras pessoas que estejam inseridas na nossa rede que funciona um pouco como o 'messenger'", explicou o responsável da empresa que desenvolveu o produto (Timebi), Paulo Dimas.
 
"Uma mãe pode saber se o filho está na escola ou em casa ou um grupo de amigos pode facilmente encontrar outras se forem sair à noite. Tudo isto em tempo real", exemplificou. Paulo Dimas salientou que a privacidade dos utilizadores está salvaguardada: "É possível escolher com quem queremos partilhar informações sobre a nossa localização e durante quanto tempo. Podemos ficar invisíveis".

A tecnologia só é suportada, por enquanto, por um número restrito de telemóveis (Blackberry), mas a Timebi está a desenvolver a aplicação para outras plataformas, entre as quais a Nokia. "É a marca de telemóveis mais vendida. Estamos a trabalhar para ter a aplicação disponível [para os telemóveis desta marca] no terceiro trimestre do ano", revelou.

O projecto da Timebi, cujo investimento ronda os 344 mil euros, foi um dos seleccionados no âmbito do sistema de incentivos à inovação do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e vai contar com um financiamento comunitário de 189 mil euros. "Esse apoio vai ser usado para a internacionalização. Estamos a fazer toda a nossa comunicação em inglês e vamos posicionar a nossa marca globalmente. O nosso objectivo é competir com empresas a nível mundial", adiantou Paulo Dimas, que estima que o 'wizi' venha a ser usado por um milhão de pessoas daqui a três anos.

O responsável da Timebi frisou que este tipo de aplicação é ainda muito novo, mas prevê-se que venha a ter uma base de utilizadores maior do que a dos GPS. "É um produto que não serve apenas para utilizações ocasionais, podemos usá-lo no dia-a-dia", referiu. A aplicação pode ser descarregada gratuitamente através do site www.wizi.com (http://www.wizi.com), sem quaisquer custos para o utilizador.

A Timebi vai rentabilizar o negócio através da venda de publicidade e da subscrição de serviços de informação de trânsito pagos. "A publicidade contextualizada tem mais valor. Com este serviço, um MacDonald's que se encontre a cinco minutos de distância do utilizador pode mandar uma mensagem informando que tem uma promoção", disse Paulo Dimas.

A informação de trânsito paga é outra aposta de futuro, ainda que só funcione em pleno quando a base de utilizadores for alargada. "Estamos a desenvolver uma tecnologia precisa que reporta informações relativas ao tráfego, de forma anónima, a partir de dados gerados pelos próprios utilizadores. Será possível saber, por exemplo, que, em determinada altura, se circula na Avenida da Liberdade a 20 quilómetros/hora", adiantou o mesmo responsável.

Ciência Hoje
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Enviado por: comanche em Abril 16, 2008, 09:13:25 pm
Figueira da Foz: Primeira região de saúde digital do país é inaugurada quinta-feira

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Figueira da Foz, Coimbra, 16 Abr (Lusa) - A marcação de consultas ou o acesso a resultados de exames médicos via Internet vai ser possível na Figueira da Foz a partir de quinta-feira, com a inauguração da primeira região de saúde digital do país.

"Um utente do centro de saúde pode passar a marcar consultas ou aceder a exames realizados, através do portal que vai ser apresentado. O que hoje implica uma deslocação pode passar a ser feito em casa ou noutro local com acesso à Internet", disse à Lusa fonte da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

Segundo a ARSC, o projecto "Região de Saúde Digital", desenvolvido pela empresa PT Prime, vai permitir a integração dos sistemas de informação nos cuidados de saúde primários diferenciados, simplificando o acesso dos cidadãos da Figueira da Foz aos serviços de saúde.

Numa primeira fase consta da "informatização total" da Unidade de Saúde Familiar de São Julião e do Hospital Distrital da Figueira da Foz mas, frisou a fonte, "pretende ligar em rede todas as unidades de saúde" daquele concelho.

Na cerimónia de inauguração será feita uma simulação de uma situação real: "um utente vai chegar ao centro de saúde e utilizar o portal", disse a fonte.

O projecto prevê, numa segunda fase, que a marcação de exames receitados a um determinado paciente por um médico possa ser "debitada a um laboratório" que, futuramente, venha a integrar a rede informática.

O programa informático possibilita ainda a gestão da sala de espera do centro de saúde, podendo "chamar" os doentes para a consulta.

A escolha da Figueira da Foz para apresentação da primeira região de saúde digital do país ficou a dever-se ao facto de ser "um concelho pequeno" que possui um hospital "de média dimensão, ideal para rentabilizar um projecto deste tipo".

Também o "longo historial de colaboração" entre a ARSC e a PT Prime no âmbito da telemedicina pesou na escolha do distrito de Coimbra para apresentar o projecto, disse a fonte.

A apresentação do portal Internet está marcada para as 11:30 na Unidade de Saúde Familiar de São Julião, em Buarcos, com a presença do secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro.

Pelas 12:30 decorre no Hospital Distrital da Figueira da Foz a cerimónia de assinatura do protocolo de criação da primeira região de saúde digital do país.

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Enviado por: André em Abril 17, 2008, 06:31:25 pm
Portugueses criam cinta para grávidas que monitoriza saúde do feto ...

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Investigadores da Universidade da Beira Interior (UBI) estão a desenvolver o protótipo de uma cinta para grávidas que regista os movimentos do feto,disse hoje à Lusa, Sérgio Lebres, um dos docentes envolvidos no projecto.

O projecto está a ser desenvolvido em conjunto com o serviço de obstetrícia do Hospital da Covilhã e empresas de electrónica de aplicação específica instaladas no Taguspark, em Oeiras. «O tecido da cinta vai integrar circuitos electrónicos que registam diversos dados, como as movimentações do feto, batimentos cardíacos e que pode ligar um alarme se houver algo errado», explicou Sérgio Lebres.

Os dados serão gravados num cartão de memória e poderão ser descarregados e enviados por correio electrónico para um médico. Poderão também ser acedidos remotamente, uma vez que a cinta vai dispor de conectividade Bluetoohth para integração em redes.

«O produto poderá ser especialmente útil no final da gravidez, em que é obrigatória a realização de exames semanais, embora se saiba que isso nem sempre acontece, especialmente nas zonas do interior do país», adiantou o docente.

A cinta surge como uma solução de telemedicina para rastreio pré-natal, «que permite ao mesmo tempo que a mãe faça as actividades normais do dia-a-dia». A cinta para grávidas é o projecto mais emblemático entre o vestuário inteligente desenvolvido por quatro investigadores de diferentes área e departamentos da UBI (engenharia têxtil, comunicações e micro-electrónica).

«Um outro produto vai monitorizar actividades de reabilitação», podendo ser usado junto a zonas do corpo que tenham sofrido lesões, devido a acidentes ou actividades desportivas. «Os dados recolhidos vão permitir a especialistas perceber a fase de reabilitação em que o paciente se encontra», exemplificou.

A ambição do grupo é que o vestuário inteligente possa cobrir outras necessidades e transmitir dados em tempo real e que um médico ou treinador possa monitorizar actividades de várias pessoas ao mesmo tempo.

A equipa está a ser financiada através de uma candidatura aprovada ainda no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio (QCA). Sérgio Lebres admitiu que a médio prazo se possa tornar num projecto spin off da UBI, «assim haja financiadores que percebam que há mercado para estes produtos».

«É um trabalho especialmente importante para uma região como esta, no interior do país, que precisa de novas empresas e projectos inovadores», acrescentou.

Lusa
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Enviado por: comanche em Abril 21, 2008, 08:58:31 pm
Tecnologia: Universidade do Porto lança e-book com acesso a experiências laboratoriais

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Porto, 21 Abr (Lusa) - A Universidade do Porto (UP) lançou hoje um e-book que vai permitir aos universitários acesso, on-line e em tempo real, a experiências feitas em laboratórios localizados a quilómetros de distância.

Este primeiro novo livro em formato digital, designado "Laboratório de Instrumentação para Medição", vai disponibilizar cinco experiências, uma delas de simulação de realidade virtual.

"A experiência em realidade virtual poderá ser descarregada, por qualquer pessoa, em qualquer lugar, a qualquer hora", disse à Lusa Maria Teresa Restivo, co-autora da publicação electrónica.

As outras quatro experiências são remotas, pois necessitam, segundo a investigadora, de ligações a aparelhos e máquinas dos laboratórios da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

O e-book, disponível em CD-ROM, em português e em inglês, permite o acesso a conceitos, metodologias e técnicas de medição, a partir da interacção de imagens, vídeos, animações, simulações e experiências on-line.

Maria Teresa Restivo afirmou que os utilizadores vão poder encontrar, no e-book, todas as experimentações e esclarecimentos sobre as experiências.

"A medição está na base de tudo. Quando ligamos o carro, muitas coisas estão a ser medidas, como a temperatura, por exemplo", frisou Maria Restivo.

O livro electrónico, recomendado para estudantes e profissionais de áreas com componentes experimental e tecnológica, é da autoria de cinco investigadores do Departamento de Engenharia Mecânica da FEUP.

A investigadora adiantou que um dos projectos em desenvolvimento está relacionado com as "incertezas da medição", em que se calcula, por exemplo, o ângulo correcto que uma nave deve entrar na Terra, para que não seja derretida.

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Enviado por: comanche em Abril 21, 2008, 09:02:17 pm
Cancro: IPATIMUP desenvolve programa de diagnóstico precoce dos cancros da mama, útero e estômago

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Porto, 21 Abr (Lusa) - O programa de diagnóstico precoce dos cancros do estômago, útero e mama é uma das principais apostas do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) para este ano, afirmou hoje o responsável pela instituição.

Este programa, que está a ser desenvolvido em colaboração com a Noruega, foi hoje apresentado num encontro com jornalistas, no âmbito do "Dia do IPATIMUP", que teve como objectivo "prestar contas" do trabalho realizado em 2007.

"Se eu tiver de identificar o projecto maior para o próximo ano (2008) é este programa de diagnóstico precoce dos cancros, as outras actividades são de alguma maneira uma continuidade do trabalho que temos vindo a desenvolver na investigação em cancro e genética", disse Sobrinho Simões.

Uma das vertentes deste programa é "o treino de profissionais de saúde nas técnicas que são indispensáveis para fazer o diagnóstico precoce dos cancros", ao mesmo tempo que "possibilita o início de estudos-piloto".

"Vamos procurar identificar em Portugal quais as populações com maior risco de desenvolverem os cancros da mama, do colo do útero e do estômago e mais tarde do intestino", explicou o investigador.

Sobrinho Simões defendeu a necessidade de "ligar" este "trabalho de ponta" à divulgação científica e sensibilização das populações sobre a prevenção e diagnóstico precoce.

"Os portugueses não interiorizam os procedimentos. Eu identifico este como o pior problema em Portugal em termos de prevenção de doenças", disse, considerando que só é possível alterar o panorama se houver ligação entre "o universo muito profissional com o universo muito básico".

Em termos de desenvolvimento científico "estamos muitíssimo bem e ao nível de outros países europeus, como a Bélgica e a Áustria, por exemplo".

"O problema da nossa população é o da iliteracia e da inumeracia. Temos um enorme intervalo entre o que é o nosso estatuto superior de investigação e aquilo que é a nossa população. Falta educação formal de base, o ensino experimental das ciências", acrescentou, frisando a necessidade de lançar iniciativas que promovam a aprendizagem das ciência nas escolas.

Referiu a propósito os projectos "Laboratório Aberto", uma iniciativa que está a ser desenvolvida em colaboração com a Câmara do Porto, e o "Despertar para a Ciência", cujo protocolo de colaboração foi hoje assinado com a autarquia da Trofa.

Os investigadores do IPATIMUP publicaram, em 2007, 92 artigos científicos em revistas internacionais e mantiveram as actividades de apoio à comunidade e consultadoria em diagnóstico do cancro em genética molecular.

Nos últimos três anos, foram analisados no IPATIMUP cerca de 700 casos enviados por hospitais e institutos de cancro de 31 países de cinco continentes.

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Enviado por: comanche em Abril 21, 2008, 09:28:13 pm
Vinho: Investigadores portugueses obtêm bebida vínica com baixo teor alcoólico

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Lisboa, 21 Abr (Lusa) - A obtenção de uma bebida vínica elaborada a partir do vinho, mas com menos teor de álcool, é o objectivo de uma investigação de um grupo de investigadores portugueses, cujo resultado, segundo os mesmos , "já é promissor".

Conseguir uma "bebida vínica" de teor alcoólico inferior ao do vinho - ao abrigo da legislação portuguesa só é considerada vinho a bebida fermentada a partir de uvas com teor alcoólico superior a oito graus - é um processo iniciado em 2003 e que em 2007 obteve já "resultados satisfatórios ao nível da qualidade", disseram à agência Lusa Fernando Gonçalves, investigador do Instituto Superior Técnico (IST), e Fernão Vaz Pinto, dois dos responsáveis pelo projecto.

A intenção é obter uma bebida "de qualidade, menos tóxica, com menos calorias e mais leve do que o vinho" sem que se percam as características de "aroma, cor e sabor" daquele, sublinhou Fernão Vaz Pinto, acrescentando tratar-se de uma "investigação" em que insiste há mais de uma década, quando ainda era accionista e administrador da Quinta de Pancas Vinhos SA e para a qual contou com o apoio dos então administradores José e Joaquim de Guimarães.

Apesar da venda da Quinta de Pancas SA, a investigação manteve-se e como reunia consenso no meio académico e científico deu origem à criação da Enofisis, Estudos Enológicos Lda, vocacionada para a investigação do produto e que agora lidera um consórcio criado há quatro anos com o IST em colaboração com especialistas em Enologia do Instituto Superior de Agronomia (ISA), referiu.

Mulheres, desportistas e quem no Verão opta por bebidas "mais leves" e com "menos álcool" do que o vinho - como a cerveja -, contam-se entre os consumidores que poderão ser atraídos por esta bebida vínica.

Até porque os vinhos portugueses têm cada vez maior teor alcoólico - devido, nomeadamente, ao aumento da temperatura à escala planetária e à melhoria das técnicas vitivinícolas - , o que prejudica a saúde, pelo que a diminuição do teor alcoólico dos vinhos é uma área em que estão a ser investidas verbas avultadas em todo o Mundo, acrescenta Vaz Pinto.

França e Estados Unidos são exemplos de países onde já se produzem "vinhos de baixo teor alcoólico", acrescentando o especialista porém que, apesar de o processo em Portugal ter sido "demorado e difícil", é o que apresenta "melhores resultados por manter as características essenciais do vinho como a cor, o aroma e sabor".

"Diminuir o teor alcoólico do vinho não é difícil - pode ser feito através da evaporação do álcool a baixa pressão e temperatura, ou da interrupção da fermentação, mas este processo é contra-natura", refere Vaz Pinto.

"A dificuldade está em manter as qualidades de um vinho de 12, 13 ou 14 graus de teor de álcool numa bebida vínica de cinco, seis, sete ou mesmo oito graus, que é o que estamos a desenvolver", explica.

Uma opinião partilhada por Fernando Gonçalves, investigador do IST encarregado de diminuir a graduação alcoólica do vinho através da nanofiltração, um processo físico que "mantém o equilíbrio do triângulo álcool - acidez - taninos" , permitindo obter um produto "equilibrado e de qualidade".

A nanofiltração consiste num processo físico em que o vinho é pressionado a alta carga de muitas atmosferas contra uma membrana polimérica própria para produtos alimentares, com poros de diâmetro na ordem do nanómetro (inferior a um milionésimo de milímetro).

Em consequência da pressão e da dimensão dos poros do polímero, a membrana deixa passar apenas as moléculas mais simples e mais pequenas do vinho - que Fernando Gonçalves designa como o "permeado" e que consiste nas moléculas de água e de álcool.

A nanofiltração é, segundo o investigador, uma tecnologia que, sendo utilizada já para fins industriais, só na última década começou a aplicar-se ao vinho.

Apesar de o processo se poder aplicar a quase todos os vinhos e as investigações já terem sido feitas com vinhos elaborados a partir de várias castas, os melhores resultados até agora têm sido obtidos com os "rosés", com a casta Fernão Pires, nos brancos, e com a casta Castelão, nos tintos, disse Fernando Gonçalves.

"Nos tintos há ainda algumas afinações a fazer, nomeadamente ao nível da adstringência", frisou, acrescentando que os resultados obtidos com os vinhos brancos e os 'rosés' são "mais adequados à bebida leve e refrescante, com teor alcoólico entre os cinco e os sete ou oito graus, mas com as características do vinho que se pretende obter".

O processo de nanofiltração está a ser realizado na adega do Instituto Superior de Agronomia, é da responsabilidade de Fernando Gonçalves - doutorado pelo IST na área de Tecnologia de Membranas - e é acompanhado pelos professores Olga Laureano e Jorge Ricardo da Silva, do ISA, e pela professora Norberta de Pinho, do Instituto Superior Técnico.

Cerca de 250 mil euros foram despendidos, desde o início das investigações, no processo de diminuição do teor alcoólico do vinho, com o apoio da Agência de Inovação (AdI), no âmbito do Programa de Incentivos à Modernização da Economia (PRIME), referiu Fernão Vaz Pinto.

Esta tecnologia não é para aplicar a um 'grand vin', sustenta Fernando Gonçalves, enquanto Vaz Pinto sublinha que também não se trata de expurgar do vinho "todo o teor alcoólico, porque se assim fosse o conceito de vinho morreria".

Quanto a uma data para se poder comercializar o produto, Fernando Gonçalves admite que até ao final deste ano ou no próximo os resultados já permitirão pensar em possibilidades de colocação no mercado, sublinhando que o custo de produção desta tecnologia "não chega aos 10 cêntimos por litro".

"O que falta mesmo encontrar é um parceiro estratégico", sustentam Fernando Gonçalves e Fernão Vaz Pinto.

Fernando Gonçalves é um dos oradores num congresso mundial que promove o debate, entre terça e quarta-feira em Vila Real, sobre temas polémicos do sector vitivinícola, nomeadamente os vinhos com baixo teor alcoólico ou a utilização das rolhas de plástico nas garrafas.

O "Infowine Fórum" é organizado por duas mulheres, Leonor Santos, licenciada em Engenharia Agrícola, e Bárbara Sistelo, licenciada em Enologia, que, em 2002, criaram a Vinideas, uma empresa ligada ao desenvolvimento enológico.

Este congresso técnico e científico de viticultura, enologia e mercado conta com a presença de cerca de 300 participantes e leva ao Douro alguns dos "melhores especialistas internacionais do sector".

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Enviado por: comanche em Abril 22, 2008, 06:10:39 pm
Portugal ensina ao resto da Europa a transformar pneus velhos em asfalto

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Ljubljana, Eslovénia, 22 Abr (Lusa) -- Um projecto do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para reutilizar pneus velhos no fabrico de asfalto está a ser apresentado esta semana na Eslovénia como um exemplo a seguir por outros países europeus.

O projecto foi um dos escolhidos pela segunda Conferência Europeia em Investigação nos Transportes Rodoviários (European Road Transport Research - Arena TRA2008) e coube a Maria de Lurdes Antunes, investigadora do LNEC, o papel de representar o país naquele que é o principal fórum europeu que junta políticos, empresários e estudiosos em questões relacionadas com o ambiente e transporte.

Segundo esta investigadora, Portugal é "um dos primeiros países europeus" a utilizar restos de pneus velhos no fabrico de asfalto, juntamente com betume e outros inertes.

"Usamos borracha de pneus utilizados no agregado final", procurando encontrar uma "forma original de reutilizar" estes resíduos mas acaba por ser uma "solução técnica final mais vantajosa".

O asfalto com borracha de pneus é mais durável, mais resistente e provoca menos ruído, explicou Maria de Lurdes Antunes.

Em 1999, na zona de Santo Tirso, foi instalado o primeiro piso deste tipo num projecto considerado pioneiro a nível europeu, recordou a investigador do LNEC, instituição que tem tutelado a aplicação desta tecnologia.

Agora, quase uma década depois, Portugal "tem muitos dados" sobre a durabilidade e resistência deste tipo asfalto que, apesar de mais caro, permite estradas mais amigas do ambiente.

E foi a implementação desta tecnologia que levou Portugal ao papel de parceiro num novo projecto comunitário, denominado DirectMat, que visa elaborar uma espécie de "guia de boas práticas" para os construtores civis na reparação de estradas.

A utilização de resíduos e inertes nas estradas, como asfalto já danificado, e a diminuição dos custos ambientais são os objectivos principais deste projecto, que irá incluir uma "base de dados com todos os desenvolvimentos" técnicos que permitam minimizar os danos das intervenções.

"Nem sempre as novas tecnologias são do conhecimento dos construtores" pelo que uma equipa de investigadores europeus estão a compilar essa base de dados, cabendo ao LNEC incluir os dados relativos às misturas betuminosas, acrescentou.

Além do LNEC, na Eslovénia estão expostos outros trabalhos de investigadores portugueses, como é o caso de uma equipa da Universidade de Coimbra, que inclui Álvaro Seco, Ana Silva e Carla Galvão.

Este projecto conta com modelos de gestão da velocidade máxima das estradas de acordo com o ambiente envolvente, quer de acordo com as características do piso e do território mas também em relação a questões como os fluxos humanos.

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Enviado por: comanche em Abril 22, 2008, 06:39:28 pm
Tecnologia: Rôbos do ISEP são estrelas da participação portuguesa na Feira de Hannover

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Porto, 22 Abr (Lusa) - Uma aeronave não tripulada para detecção de fogos florestais e um robot de monitorização marítima de superfície são as 'estrelas' da representação portuguesa na Hannover Messe/2008, uma importante mostra de tecnologia industrial, a decorrer esta semana naquela cidade alemã.

A criação de redes e parcerias para a transferência de tecnologia a nível internacional é o principal objectivo da participação portuguesa nesta feira, que está a cargo do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

Nesse sentido, o Laboratório de Sistemas Autónomos (LAS) do ISEP levou para Hannover o FALCOS, uma aeronave não tripulada para a detecção de fogos florestais e vigilância marítima, e o ROAZ, um robot de monitorização marítima de superfície que pode analisar a qualidade da água e detectar náufragos.

Os dois sistemas, segundo informação hoje prestada à Lusa pelo ISEP, apresentam um elevado nível de autonomia e de capacidade de decisão e análise, além de terem baixo consumo energético e custos reduzidos.

O ISEP, com o apoio da Oficina de Transferência de Tecnologia do Instituto Politécnico do Porto, levou ainda a este certame internacional outros sistemas autónomos terrestres de busca e salvamento.

Os sistemas que integram a representação portuguesa foram desenvolvidos pelo LAS, um laboratório de investigação e desenvolvimento avançado no âmbito da robótica, aplicada a diferentes áreas de actuação, como o ambiente, a segurança, os transportes e a recuperação de catástrofes.

A Feira de Hannover dedica este ano uma especial atenção à robótica móvel e aos sistemas autónomos, com o objectivo de promover as mais recentes inovações nesta área, que os especialistas entendem que vai desempenhar um importante papel económico no futuro.

Nessa perspectiva, a participação portuguesa pretende explorar o lançamento de novas ideias, tecnologias e produtos num mercado mundial que apresenta elevado potencial.

O ISEP tem vindo a procurar novas parcerias nesta área, visando de forma especial a criação de uma linha de produtos na área da gestão florestal particularmente vocacionados para a prevenção de incêndios.

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Enviado por: comanche em Abril 22, 2008, 09:11:52 pm
Tecnologia: Faculdade de Engenharia do Porto primeira parceira europeia da MIPS Technologies

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Porto, 22 Abr (Lusa) - A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) foi escolhida pela MIPS Technologies, uma das maiores empresas mundiais de design de semicondutores, para estabelecer a primeira parceria com instituições de ensino superior na Europa.

O acordo de cooperação entre a faculdade portuense e a empresa norte-americana será assinado segunda-feira no Porto, tendo em vista o desenvolvimento de instrumentos e materiais de ensino para a promoção do estudo da arquitectura e projecto de processadores em universidades de todo o mundo.

A MIPS, fundada em 1998 e sedeada na Califórnia, é um dos maiores fornecedores mundiais de processadores digitais, contando com mais de 250 clientes em todo o mundo.

Com este acordo, os alunos do Programa Doutoral e do Mestrado Integrado em Engenharia Electrónica e de Computadores terão acesso a uma tecnologia que lhes permitirá adquirir competências valiosas para o desenvolvimento de novas aplicações e produtos.

Nesse sentido, a FEUP pode tirar partido da tecnologia disponibilizada pela MIPS, abrindo-a a aplicações novas em áreas como a gestão de energia, automação, robótica e comunicações.

A FEUP é a maior faculdade da Universidade do Porto, contando com 370 docentes e 6.600 estudantes, dos quais 2.000 envolvidos em programas de mestrado e doutoramento.

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Enviado por: comanche em Abril 22, 2008, 09:15:12 pm
Biologia estrutural: Investigadores portugueses recorrem à matemática para cristalizar proteínas

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Lisboa, 22 Abr (Lusa) - Uma equipa de investigadores portugueses mostra num estudo hoje publicado por uma revista científica norte-americana que a cristalização de proteínas pode obter-se através de fórmulas matemáticas, em vez de estar dependente de métodos experimentais exaustivos.

O primeiro autor do estudo, Pedro Martins, disse à agência Lusa que a descoberta é mais uma contribuição para "a compreensão dos mecanismos de acção de várias doenças e o desenvolvimento de drogas de combate a essas doenças".

O estudo, publicado na revista PLoSOne, resultou de um trabalho conjunto do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Engenharia (FEUP), todos ligados à Universidade do Porto.

A equipa foi liderada por Ana Margarida Dias, do IBMC e ICBAS, e Fernando Rocha, da FEUP.

A cristalografia é uma técnica muito utilizada na investigação fundamental e na indústria farmacêutica por permitir ver a forma das proteínas a três dimensões, e a partir daí desenhar outra, neste caso um fármaco, que nela encaixe, activando-a ou desactivando-a conforme o objectivo.

Como exemplo da criação de fármacos deste tipo, os investigadores destacam o desenvolvimento de antivirais para doentes com sida nos últimos dez anos.

"As aplicações práticas do estudo são ao nível do método de obtenção de cristais de proteínas, chamado método por difusão de vapor", afirmou Pedro Martins, 31 anos, que participou nesta investigação no quadro de um pós-doutoramento orientado por Ana Margarida Damas e Fernando Rocha.

"A estrutura das proteínas não pode ser obtida por métodos tradicionais de microscopia", explicou. "O que se faz é determinar a sua arquitectura de uma forma indirecta primeiro através da cristalização da proteína e a seguir pela recolha e tratamento de dados de difracção de raios-X pelos cristais".

A primeira etapa é equivalente ao que acontece nas salinas, com a formação de cristais de sal a partir da evaporação da água.

"Mas da mesma forma que para o sal as condições de evaporação o tornam de maior ou menor qualidade, o mesmo acontece com estes cristais de proteínas, sendo que este passo é determinante para o sucesso ou insucesso do trabalho", referem os cientistas.

O que a equipa de investigadores pretendeu foi racionalizar estas etapas, preenchendo uma lacuna existente nos mecanismos físico-químicos subjacentes à técnica de cristalização por difusão de vapor.

Segundo estes investigadores, o processo errático seguido pelas as empresas farmacêuticas, através do recurso a robôs, para alterar repetidamente as condições de cristalização até chegar ao cristal perfeito, poderá ter os dias contados.

Doutorado em Engenharia Química pela FEUP, Pedro Martins esteve um ano nos Estados Unidos (Louisiana) a desenvolver investigação na área da cristalização de açúcar, tendo regressado ao Porto em 2007 com o objectivo de aplicar os conhecimentos adquiridos nesta área com fins bioquímicos e biomédicos.

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Enviado por: comanche em Abril 23, 2008, 09:16:46 pm
Xavier Malcata recebe prestigioso galardão internacional

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O director da Escola Superior de Biotecnologia e professor catedrático da Universidade Católica Portuguesa, Xavier Malcata, acabou de ser distinguido com o Samuel Cate Prescott Award, atribuído pelo Institute of Food Technologists.

 


Este instituto congrega mais de 22 mil profissionais no mundo, nas diversas áreas relativas à ciência e tecnologia alimentar - trabalhando na indústria, na universidade ou no governo.

Aquele galardão internacional destina-se a reconhecer publicamente quem tenha demonstrado extraordinária capacidade de investigação num ou mais campos de ciência e tecnologia alimentar - sendo dada especial importância às contribuições para a metodologia, à competência demonstrada, e aos efeitos dos esforços de tais investigações sobre o avanço do estado da arte.

Conforme enfatizado pelo comité de selecção, Xavier Malcata protagonizou abordagens pioneiras em ciência e tecnologia alimentar, e adaptou-as a aplicações inovadoras em diversas áreas da transformação alimentar - que incluem, entre outras; o desenvolvimento de ingredientes nutracêuticos e alimentos funcionais; o projecto e optimização de reactores enzimáticos para o processamento de óleos alimentares; a caracterização de proteases vegetais no fabrico de queijo; a produção de culturas microbianas de arranque e afinagem para queijos tradicionais portugueses; a aplicação optimizada de operações unitárias a processos alimentares específicos; e o melhoramento das condições de fermentação do bagaço de uva para a obtenção de aguardentes bagaceiras.

O galardoado junta mais esta honrosa distinção ao seu longo currículo académico e à sua projecção internacional - que inclui, entre muitos outros, o Danisco International Dairy Science Award (2007) da American Dairy Science Association, e o Young Scientist Research Award (2001) da American Oil Chemists' Society.

O prémio Samuel Cate Prescott Award foi instituído em 1964, em homenagem a Samuel Cate Prescott (1872-1962) - um dos mais notáveis cientistas alimentares americanos, que dedicou a sua vida profissional aos campos da segurança alimentar, da ciência alimentar, da saúde pública e da microbiologia industrial, tendo sido o primeiro Dean da School of Science do Massachussetts Institute of Technology e o primeiro Presidente do IFT.

É a primeira vez que tal prémio é concedido a um cientista português - sendo que o Prof. F. Xavier Malcata se junta assim a nomes proeminentes na área dos alimentos e que foram também seleccionados para receber tal prémio no passado, como sejam Theodore P. Labuza (1972), R. Paul Singh (1982), Carl A. Batt (1990), James L. Steele (1994), Marc C. Hendrickx (1995), Casimir C. Akoh (1998) e Martin Wiedmann (2003). O prémio será entregue em cerimónia pública, durante o Congresso Anual do IFT em New Orleans (EUA), em 28 de Junho próximo.

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Enviado por: tsumetomo em Abril 24, 2008, 12:10:11 am
Ugo Volt - Jogo 3D Nacional - Move Interactive

http://www.videos.iol.pt/consola.php?pr ... referer=1# (http://www.videos.iol.pt/consola.php?projecto=151&pagina_actual=1&mul_id=8394734&tipo_conteudo=1&tipo=2&referer=1#)

http://videos.sapo.pt/gyBug82toylEJDCMOBi2 (http://videos.sapo.pt/gyBug82toylEJDCMOBi2)
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Enviado por: comanche em Abril 24, 2008, 01:57:25 pm
Explosivos: Investigador da Universidade de Coimbra preside a federação europeia

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Coimbra, 24 Abr (Lusa) - O docente da Universidade de Coimbra José Carlos Góis vai presidir nos próximos dois anos à Federação Europeia de Engenheiros de Explosivos, sendo o primeiro português a dirigir esta instituição com 20 anos.

Professor do Departamento de Engenharia Civil e investigador do LEDAP - Laboratório de Energética e Detónica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), José Carlos Góis foi eleito no passado fim-de-semana num congresso realizado em Budapeste.

Um dos principais desafios da organização, que agrega instituições de duas dezenas de países da União Europeia, a Noruega e a Rússia, é a harmonização de conhecimentos e procedimentos no uso de explosivos, para uma maior segurança e mobilidade de especialistas, explicou à agência Lusa o especialista.

Durante o mandato de José Carlos Góis deverá também ficar concluído um manual europeu de uso dos explosivos, que irá definir o que são os conhecimentos básicos para aplicação dos explosivos para fins civis em cada uma das áreas, e identificadas as pessoas mais competentes em cada um dos países.

Para o investigador, citado numa nota de imprensa da FCTUC, a sua eleição é o "reconhecimento da investigação de alto nível realizada na Universidade de Coimbra na área da segurança dos explosivos e uma oportunidade de Portugal ser afirmar junto da União Europeia na definição de normas de boas práticas no uso e manuseamento de explosivos".

José Carlos Góis é actualmente presidente da Associação Portuguesa de Estudos e Engenharia de Explosivos (AP3E), que acumula com as suas funções decentes e de investigador do LEDAP.

O LEDAP é o único laboratório nacional de investigação e desenvolvimento a trabalhar com explosivos. A sua actividade centra-se em três áreas: Civil, Militar e Terrorismo. Nesta última, os investigadores estudam medidas anti-terroristas, tendo sido autores de várias publicações para a NATO.

Criada em 1988, a Federação Europeia de Engenheiros de Explosivos congrega investigadores, militares, empresários, operadores de fogo e técnicos de fabrico de explosivos, entre outros.
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Enviado por: comanche em Abril 26, 2008, 03:29:03 pm
Ciência: Investigadores de Coimbra desenvolvem kit para travar doença dos pinheiros

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Coimbra, 26 Abr (Lusa) - Investigadores da Universidade de Coimbra estão a desenvolver um kit que permitirá uma detecção precoce, e uma mais rápida resposta, para evitar a propagação da nemátodo na madeira, actualmente a afectar pinhais em Portugal.

"Haverá uma resposta mais rápida e mais precoce", declarou à agência Lusa Isabel Abrantes, que lidera a equipa de investigação ligada aos departamentos de Zoologia e de Bioquímica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e da Escola Superior Agrária de Coimbra.

A investigação encontra-se em fase final, e é objecto de tese de doutoramento de um dos participantes, e só a partir da publicação dos resultados é que se procurará uma parceria com a indústria para a produção e comercialização do kit para detecção e identificação do nemátode na madeira do pinheiro.

Segundo uma nota do departamento de comunicação da FCTUC, nesta investigação foram utilizados nemátodos extraídos de amostras de madeira infectada, colhidas em pinheiros no distrito de Setúbal, para produzir anticorpos monoclonais específicos para o nemátodo e desenvolver um teste de diagnóstico.

"Este teste permite identificar e quantificar o nemátodo directamente na madeira de pinheiro, ou seja, sem recorrer a métodos de extracção, e também no insecto vector (Monochamus galloprovincialis) responsável pela transmissão do parasita de árvore para árvore", explica.

De acordo com a coordenadora da investigação, "os anticorpos têm a capacidade de reconhecer a superfície da cutícula dos nemátodos-alvo, permitindo desenvolver novas estratégias de diagnóstico a partir das sondas imunológicas obtidas. As metodologias utilizadas e desenvolvidas neste projecto serão ferramentas muito úteis principalmente para os técnicos e investigadores dos laboratórios de quarentena de nemátodos parasitas de plantas".

O nemátodo é causador da doença do pinheiro, cujo primeiro caso se registou, em 1999, na península de Setúbal e nos últimos dias em pinhais no distrito de Coimbra.

"Após a detecção e identificação do nemátodo, a única solução é o abate imediato das árvores e a sua destruição bem como dos sobrantes do abate, incluindo as lenhas, de acordo com a legislação em vigor", observa a professora catedrática da FCTUC.

Denominada "Utilização de anticorpos monoclonais na detecção, identificação e quantificação do nemátodo-da-madeira-do-pinheiro, Bursaphelenchus xylophilus", a investigação tem como objectivo desenvolver novas estratégias de diagnóstico do nemátodo. Este será o tema de um encontro científico a decorrer em Coimbra, no Departamento de Zoologia da FCTUC, entre segunda e quarta-feira.

Este projecto de investigação foi realizado ao longo dos últimos três anos com a colaboração da Direcção-Geral dos Recursos Florestais e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

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Enviado por: comanche em Abril 28, 2008, 07:18:13 pm
Tecnologia: Faculdade do Porto pioneira europeia em parcerias para investigação com a MIPS Technologies

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Porto, 28 Abr (Lusa) - A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) tornou-se hoje o primeiro estabelecimento de ensino superior europeu a ter acesso, para efeitos de investigação, a informação confidencial de produtos da líder em microprocessadores MIPS Technologies.

Segundo José Silva Matos, director do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da FEUP, a informação é facultada no âmbito de um protocolo que a faculdade e a MIPS formalizaram para desenvolvimento de investigação académica em projectos de processadores e micro-arquitecturas.

"Diminuímos a distância entre a indústria e a Universidade ao estabelecermos uma ligação forte com uma das empresas líderes mundiais na indústria de propriedade intelectual de semicondutores", afirmou à Lusa José Silva Matos.

O acordo agora formalizado fornece uma plataforma para investigação científica e tecnológica destinada a ser utilizada nos programas de Mestrado e Doutoramento do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (DEEC) da FEUP.

"A parceria vai permitir desenvolver investigação académica em projecto de processadores e micro-arquitecturas", contou José Epifânio da Franca, presidente e director-geral da Chipidea - Analog Business Group da MIPS Technologies.

"Temos um número elevado de engenheiros licenciados na FEUP a trabalhar no nosso Centro de Engenharia na Maia e é um grande orgulho o facto de podermos contar com talentos fundamentais para o futuro do projecto de sistemas electrónicos integrados", acrescentou.

A parceira para investigação estabelece que um grupo de estudantes graduados da FEUP terá acesso à propriedade intelectual da MIPS, para desenvolver investigação científica em áreas como a de implementação de arquitecturas, back-end synthesis e flows, interfaces periféricas, pipelines e desenvolvimento de co-processadores.

Também no âmbito do protocolo celebrado, a MIPS e a FEUP trabalharão em conjunto para o desenvolvimento de instrumentos e materiais de ensino destinados a promover o estudo da arquitectura e projecto de processadores em Universidades de todo o mundo.

A FEUP é uma das 14 faculdades da Universidade do Porto, contando 6.600 estudantes, dos quais 2.000 envolvidos em programas de Mestrado e Doutoramento.

A MIPS Technologies, Inc (NasdaqGS: MIPS) é, por sua vez, a segunda maior companhia mundial de design de propriedade intelectual de Semicondutores e a líder mundial de design de IP analógico.

Com mais de 250 clientes no mundo, a MIPS Technologies fornece tecnologia para alguns dos produtos mais conhecidos da indústria de consumo digital e dos mercados de "broadband, wirleess, networking" e "portable media", sendo proprietária de mais de 400 patentes mundiais.

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Enviado por: comanche em Abril 28, 2008, 07:20:28 pm
Tecnologias de Informação: Administração Pública e banca lideram investimentos no sector

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Lisboa, 28 Abr (Lusa) - Os sectores da Administração Pública e banca lideram os investimentos em Tecnologias de Informação (TI) em Portugal, numa tendência que deverá manter-se até 2011, segundo um estudo hoje divulgado pela consultora internacional IDC.

De acordo com o estudo "Mercado Empresarial de TI: Sondagem e Previsões, 2006-2011", o sector da Administração Pública, foi o que mais investiu em TI em no ano passado, ultrapassando os 430 milhões de euros, seguido pelo sector da banca, com mais de 400 milhões de euros.

Segundo os dados da IDC, o sector da indústria, por sua vez, ocupa a terceira posição ao nível do investimento em TI por sector, com mais de 370 milhões de euros, enquanto que o sector dos Transportes, Telecomunicações e 'Utilities' no conjunto atingiram quase os 325 milhões de euros.

O investimento no sector dos serviços é o que mais cresce, seguido pelo Sector dos Transportes, Telecomunicações e 'Utilities'.

O estudo da IDC conclui ainda, numa análise por índices de crescimento, que o investimento da Administração Pública deverá apresentar uma taxa de crescimento anual de 6,4 por cento entre 2006-2011.

Este será, no entanto, ultrapassado pelo sector dos serviços, que deverá apresentar uma taxa de crescimento anual de 7,2 por cento, e pelo sector dos Transportes, Telecomunicações e Utilities no conjunto, onde se prevê um crescimento anual médio no período em análise de 6,6 por cento, refere a consultora internacional.

De acordo com a IDC, com este estudo foi ainda possível concluir que as empresas de média e grande dimensão portuguesas investem em média 1,7 por cento do volume de negócios em TI, sendo o seu objectivo principal o aumento de produtividade, mas também a subida da eficiência dos processos.

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Enviado por: comanche em Abril 28, 2008, 07:26:05 pm
Docente da UA distingue-se Jovem Investigador em Mecânica Aplicada e Computacional 2007



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Filipe Teixeira-Dias, docente no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro, acaba de ser distinguido pela Associação Portuguesa de Mecânica Teórica, Aplicada e Computacional (APMTAC), com o Prémio Jovem Investigador em Mecânica Aplicada e Computacional 2007, atribuído anualmente ao investigador com o melhor Currículo Científico em qualquer área da Mecânica Aplicada e Computacional.

Na selecção do premiado, que deverá ter menos de 40 anos de idade, foram considerados diversos aspectos relacionados com as publicações de trabalhos científicos em revistas internacionais e conferencias, as orientações de doutoramentos e mestrados e as contribuições para o ensino e para a aplicação da Mecânica Computacional na indústria e nos serviços.

O Professor Filipe Teixeira-Dias iniciou a carreira docente em 1992, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, sendo docente da Universidade de Aveiro (Departamento de Engenharia Mecânica) desde Janeiro de 1997. Desde o início da sua carreira que tem vindo a leccionar disciplinas nas áreas da Mecânica Aplicada e Computacional, contando ainda no seu currículo com cinco orientações de trabalhos de doutoramento e cerca de dezena e meia de trabalhos de mestrado.

Tem mais de duas dezenas de artigos publicados em revistas de circulação internacional assim como cerca de 60 publicações no âmbito de conferências da especialidade. Do seu currículo destacam-se ainda vários prémios científicos, de entre os quais se salienta o Concurso Nacional de Inovação BES 2007 e o Prémio Científico IBM 2000. É um dos fundadores e o presidente em exercício do Light-Weight Armour for Defence and Security (LWAG).

A entrega do diploma do prémio a Filipe Teixeira-Dias decorrerá numa cerimónia pública, em Barcelona (Espanha), em Junho de 2009. Na sequência deste prémio, o Professor Filipe Teixeira-Dias será o candidato nacional ao prémio OC Zienkiewicz 2008 da European Community on Computational Methods in Applied Sciences (ECCOMAS).

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Enviado por: comanche em Abril 29, 2008, 04:16:10 pm
Investigadores da UA colaboram na descoberta de nova forma de material multiferróico

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Investigadores do Laboratório Associado CICECO da Universidade de Aveiro (UA) em conjunto com outros investigadores portugueses e japoneses descobriram uma nova forma de material ferroeléctrico e multiferróico, que poderá potenciar a utilização simultânea de sinais magnéticos e eléctricos para aplicações como sensores ou para a gravação de informação, actualmente utilizadas separadamente: magnética em discos duros de computadores ou iPods, eléctrica nas memórias ferroeléctricas.



De acordo com a UA, o estudo, que evidencia a descoberta, foi desenvolvido em conjunto por investigadores das Universidades de Aveiro (Armandina Lopes e Vítor Amaral) e Porto, Instituto Tecnológico e Nuclear, Universidade de Tóquio e National Institute of Advanced Industrial Science and Technology, em Tsukuba, e teve honras de publicação na conceituada revista americana Physical Review Letters.
Foi proposto teoricamente há alguns anos que, em manganites (óxidos de manganês) contendo os elementos praseodímio e cálcio, pudesse ocorrer uma distorção da distribuição de carga dos iões de modo a quebrar a simetria de inversão espacial. Esta quebra potencia a existência de distribuições de cargas polarizadas, a característica básica dos materiais ferroeléctricos. Apesar de estudos efectuados, o mecanismo subjacente a esta previsão não havia até agora sido demonstrado.

Para a obtenção dos resultados, a presente equipa utilizou métodos originais com iões radioactivos agindo como sondas pontuais da estrutura e da polarização eléctrica local.

Iões do isótopo radioactivo 111mCd (com tempo de semi-vida de 48 minutos) foram introduzidos, em muito baixa dose (inferior a ppm) nas amostras, por implantação no CERN-ISOLDE, na Suíça, no âmbito duma colaboração internacional liderada pela Universidade de Aveiro. O isótopo radioactivo decai para o 111Cd estável, emitindo dois fotões cuja distribuição angular e temporal (à escala de medida de alguns nanossegundos) permite estudar o ambiente local eléctrico e magnético no interior da amostra. O estudo dos parâmetros característicos da medida, em função da composição das amostras e da temperatura, permitiu evidenciar claramente no material um estado com organização das cargas eléctricas. Verificou-se ainda que este estado ocorre para uma gama de composições mais alargada do que a previsão inicial. Nessa gama os materiais também apresentam ordenamento magnético, sendo por isso classificados como multiferróicos.

Apesar de nesta fase os estudos terem uma vertente essencialmente fundamental, estimulam a procura de novos materiais multiferróicos baseados neste novo mecanismo. O interesse actual nos materiais multiferróicos resulta sobretudo do facto de potenciarem a utilização simultânea de estímulos magnéticos e eléctricos para aplicações como sensores ou para a gravação de informação, actualmente utilizadas separadamente: magnética em discos duros de computadores ou iPods, eléctrica nas memórias ferroeléctricas.

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Enviado por: comanche em Abril 30, 2008, 10:12:49 pm
Espaço: Faculdade de Engenharia do Porto desenvolve satélite que será lançado pela ESA


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Porto, 30 Abr (Lusa) - Um grupo de 20 alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) está a desenvolver um satélite de órbita baixa, que esperam seja colocado em orbita dentro de dois anos pela Agência Espacial Europeia (ESA).

O projecto, realizado a convite da ESA, prevê, segundo divulgou hoje a FEUP, o desenvolvimento de um satélite com as dimensões de 10x10x10 cm e um quilo de peso, um formato designado CubeSat.

O satélite que está a ser desenvolvido pela FEUP, baptizado com o nome VORSat, pretende demonstrar que é possível uma estação terrestre determinar a orientação de um satélite apenas através de sinais rádio transmitidos pelo satélite.

Nesta fase, está a ser construída nas instalações da FEUP, a estação terrestre que vai acompanhar o satélite e que já está inscrita na rede de estações de rastreamento de satélites do Departamento de Educação da ESA.

O grupo de trabalho envolve alunos de diversas áreas da engenharia, como a electrotécnica, mecânica, informática, civil e gestão industrial, sob a coordenação de Sérgio Reis Cunha.

Para a FEUP, trata-se de um desafio inovador, até porque Portugal é um dos poucos países membros da ESA que não tem representação ao nível dos CubeSats.

Por outro lado, este projecto permite alargar o conhecimento técnico e cientifico de docentes e alunos no domínio das tecnologias aeroespaciais.

Segundo a FEUP, a equipa que está a desenvolver o projecto pretende ainda criar condições que permitam aproveitar o pequeno satélite para realizar testes científicos no espaço, estando, por isso, receptiva a propostas de projectos de investigação.

Nesta área, a FEUP já tinha participado no SSETI (Student Space Exploration and Technology Iniciative), uma iniciativa da ESA destinada a promover o gosto pela tecnologia espacial através da construção de micro-satélites.

Por outro lado, a faculdade portuense está envolvida no STRAPLEX (Stratospheric Platform Experiment), um programa de lançamento de cápsulas recuperáveis, que são lançadas para a estratosfera com recurso a balões de hélio.

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Enviado por: comanche em Maio 02, 2008, 10:32:25 pm
Ciência: Estudo do IPO revela que cancros de origem viral são influenciados por características genéticas

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Porto, 2 Mai (Lusa) - As características genéticas de um ser humano podem influenciar o desenvolvimento dos cancros virais do colo do útero e da nasofaringe, disse hoje à Lusa Raquel Catarino, investigadora do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO).

"Percebemos que os vírus do Epstein-Barr e do Papilomavirus Humano, que contribuem entre 15 a 20 por cento dos casos de cancro em todo o mundo, se tornam mais importantes e designativos em algumas pessoas e isso depende do seu background genético", sustentou Raquel Catarino, autora do estudo.

Segundo a investigação desenvolvida pelo Grupo de Oncologia Molecular e Virologia, é a alteração do gene da ciclina D1, que regula a divisão das células, que favorece o desenvolvimento dos tumores de origem viral.

As melhores estratégias para evitar o desenvolvimento tumoral são, segundo a investigadora, a vacinação e evitar comportamentos de risco, nomeadamente o hábito de fumar.

As investigações actuais indicam, segundo Raquel Catarino, que a infecção viral "é um factor necessário, mas não suficiente para o desenvolvimento tumoral".

"O que leva a questionar o facto do cancro se desenvolver só em algumas pessoas, quando muitas já foram infectadas", acrescentou Raquel Catarino, frisando ser esta "a questão fundamental" que levou a esta investigação.

O grupo do IPO, que já apresentou estes resultados preliminares deste estudo no European Cancer Conference em Paris, está agora a estudar a influência da alteração da ciclina D1 em tumores com origem não viral.

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Enviado por: comanche em Maio 02, 2008, 10:35:40 pm
Portugal tem 7ª internet mais rápida e 9ª mais barata entre 30 países

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Lisboa, 02 Mai (Lusa) - Portugal tem a 7ª internet mais rápida e a 9ª mais barata numa lista de 30 países incluídos no relatório"Explaining International Broadband Leadership", anunciou hoje o gabinete que coordena o Plano Tecnológico.

O relatório, publicado quinta-feira pela fundação americana para a Informação, Tecnologia e Inovação, ITIF, coloca Portugal no 7º lugar em termos de velocidade de acesso à banda larga e em 9º em termos de preço.

O ranking abrange os 30 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).

No comunicado enviado à imprensa, o gabinete coordenador do Plano Tecnológico refere ainda que o "relatório propõe um ranking com uma metodologia alternativa ao ranking de acesso da OCDE, o qual se baseia apenas no indicador "taxa de penetração de banda larga (nº de subscritores de acessos fixos por 100 habitantes)".

Além da penetração por agregado, o ranking contempla ainda a média da velocidade de download em mbps e o preço mensal mais baixo em dólares norte-americanos.

O gabinete coordenador do Plano Tecnológico revela que por isso "Portugal sobe quatro lugares em relação ao posicionamento obtido no ranking da OCDE e obtém um score acima da média, tendo em conta os países considerados".

Ainda assim, o gabinete que coordena o plano tece uma crítica ao ranking da ITIF pelo facto de não considerar "para efeitos de mediação na penetração de banda larga os acessos móveis, facto que penaliza fortemente Portugal".

"Para a medição da penetração de banda larga, as várias organizações internacionais continuam a manter a metodologia que se reduz à medição de acessos fixos, o que faz com que Portugal se classifique sistematicamente em posições que não retratam a situação real do nosso país nessa matéria", conclui o gabinete.

Segundo o gabinete, "a Banda Larga móvel assume uma posição cada vez mais determinante em Portugal", evocando dados da ANACOM, que no 4º trimestre de 2007 apontava para um número de clientes de banda larga fixa na ordem dos 15,4 por cento e de banda larga móvel na ordem dos 13,6 por cento.

A posição cimeira de Portugal no relatório da ITIF conjuga-se com o Plano Tecnológico, aprovado pelo Governo a 24 de Novembro de 2005, e que tem como objectivo, modernizar a sociedade portuguesa, aumentar a competitividade e massificar a utilização de tecnologias em Portugal.

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Enviado por: André em Maio 06, 2008, 04:37:49 pm
Faculdade de Engenharia do Porto lança plataforma inovadora para criar e-books

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) anunciou hoje o lançamento de uma plataforma revolucionária que converte material didáctico em e-books (livros electrónicos) e que está disponível para uso de toda a comunidade daquela faculdade.

A plataforma, que permite a conversão nos formatos XHTML ou PDF, permite que os documentos possam ser lidos na Internet, o que possibilita aos autores a actualização constante dos seus conteúdos.

"De forma fácil e rápida, alunos e professores podem aceder aos conteúdos inseridos na plataforma pelo corpo docente", refere uma nota de imprensa enviada à Lusa.

A principal inovação desta plataforma, denominada Ferramenta de Prototipagem Rápida de E-Books, é que a estrutura e o conteúdo estão separados da formatação, o que permite aos docentes actualizar os documentos sempre que entendam necessário.

Esta possibilidade permite, na prática, que os docentes criem e-books sempre que as suas investigações produzam resultados que o justifiquem.

O desenvolvimento desta plataforma recebeu o prémio de Melhor Comunicação na Conferência Internacional IATUL realizada em 2006, com o tema "Embedding Libraries in Learning and Research".

Lusa
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Enviado por: comanche em Maio 07, 2008, 10:32:23 am
INEGI, U.Porto e TecMinho associam-se à criação da Ownersmark

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Ownersmark SA assina esta manhã, nas instalações do INEGI, um acordo de cooperação para a cedência de patentes e transferência de tecnologia com a Universidade do Minho/TecMinho, a Universidade do Porto e o INEGI. Na origem do acordo estão os direitos da marca POLIGHT, marca que permitirá à empresa tornar-se num dos maiores produtores mundiais no fabrico de postes para o transporte de energia em compósitos. O investimento inicial da empresa envolve verbas na ordem dos dez milhões de euros.




Nascida no meio universitário, com o apoio das entidades com quem assinará o acordo de cooperação e em parceria com o INESC Porto e Sociedade Portuguesa de Inovação, a Ownersmark espera tornar-se numa das maiores empresas mundiais na área dos compósitos para o fabrico de postes para o transporte de energia eléctrica, iluminação pública e torres eólicas. Algo possível graças ao projecto POLIGHT, uma patente, uma tese e uma marca, da autoria de José Carlos Ferreira, Mestrando do MIETE-FEUP, e que permitirá a produção de compósito e produtos finais com base em towpreg para fabrico de postes para Transporte de Linhas Eléctricas e Torres para a Eólica.


Tecnologia Towpreg
O towpreg é um semi-produto, em compósito, desenvolvido a partir de polipropileno reforçado com fibras de vidro. A mesma tecnologia que serviu de base ao produto GARRAFA DE GÁS PLUMA da GALP, patenteado pela Universidade do Minho e pelo INEGI, cujos inventores e também sócios fundadores da empresa são os Professores António Torres Marques (INEGI/FEUP), João Francisco Silva (INEGI/ISEP) e João Pedro Nunes (Universidade do Minho). Segundo o responsável pela Ownermark, José Carlos Ferreira, “este compósito apresenta características únicas de resistência e leveza e é 100% reciclável. Além disso traz benefícios económicos relativamente às tecnologias de postes tradicionais superiores a 60%, sendo a principal inovação o facto de serem 10 vezes mais leves que o betão e 30 vezes mais resistentes que o aço. Não são condutores de energia eléctrica (o que afasta a possibilidade de acidentes por electrocussão) e têm a possibilidade de serem fabricados em qualquer cor, dando nova vida às nossas cidades (Iluminação Pública e EQ Urbanos).


IBERDROLA poderá albergar Ownersmark
Para a produção dos postes POLIGHT a Ownersmark irá criar unidades industriais de raiz dotadas de infra-estruturas e tecnologias modernas. Nesse sentido, têm-se desenvolvido “contactos com municípios que possam acolher as instalações da empresa”, refere José Carlos Ferreira. No entanto não se “exclui a possibilidade de implantar a empresa em Espanha”, confessa o Promotor, Quadro Superior da EDP em Licença Sem Retribuição, tendo sido apresentada uma proposta à IBERDROLA nesse sentido.

Entretanto, a Ownersmark já começou a preparar o futuro. José Carlos Ferreira adiantou que, nos primeiros seis meses de actividade, a empresa vai “desenvolver três protótipos para testes de postes de transporte de energia eléctrica, iluminação pública e equipamentos de sinalização” que poderão “vir a equipar a nova VL 10, em Vila Nova de Gaia. Foi proposta uma parceria à autarquia. No entanto, iremos apresentar propostas a todos os municípios portugueses”, garante.

Sobre o investimento inicial o promotor assegura que envolverá valores na ordem dos dez milhões de euros e a serem investidos em instalações, tecnologia, investigação e desenvolvimento de produtos e em cerca de cem postos de trabalho directos. Relativamente ao papel das instituições com quem vai assinar o acordo de cooperação, José Carlos Ferreira salienta que estas terão como missão “garantir acesso ao desenvolvimento da tecnologia e de novas outras que possam vir a ter interesse nesta área”.

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Enviado por: comanche em Maio 09, 2008, 03:20:51 pm
Plano Tecnológico: Memorando para formar mais de dez mil portugueses em novas tecnologias


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Lisboa, 09 Mai (Lusa) - A promoção das qualificações profissionais dos portugueses é um dos objectivos do memorando que o Governo e a Cisco assinam hoje e que permitirá formar mais de dez mil profissionais em tecnologias, Internet e gestão de redes.

A assinatura do memorando, que contará com as presenças do primeiro-ministro, José Sócrates, e do presidente europeu da Cisco, Chris Dedicoat, estabelece a colaboração entre a tecnológica e o Governo português num conjunto de acções que se inserem no âmbito do Plano Tecnológico e que envolvem a presidência do Conselho de Ministros e nove ministérios.

A promoção da qualificação e da integração social dos portugueses na área da tecnologia e a criação de empregos estão entre os objectivos desta parceria estratégica.

Com este acordo, a Cisco compromete-se a colocar em funcionamento 400 academias (Networking Academies), mais 250 do que as actualmente existentes, que vão poder formar mais de dez mil profissionais em tecnologias, Internet e gestão de redes.

A tecnológica oferecerá a formação dos formadores, disponibilizará gratuitamente todos os conteúdos formativos e suportará 75 por cento dos custos do equipamento informático que venha a ser necessário para o desenvolvimento desta academias.

O Governo, por seu turno, compromete-se a criar condições para a criação de academias em escolas secundárias, universidades, institutos politécnicos, centros de formação profissional, prisões e organizações não governamentais, bem como junto das forças armadas e de segurança.

O memorando de entendimento vai ser assinado durante a inauguração do Centro "Hércules" e da nova sede da Cisco Portugal, no Lagoas Park, e contará com as presenças do ministro da Economia, Manuel Pinho, e do coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho.

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Enviado por: comanche em Maio 17, 2008, 10:43:30 pm
Professor do ISEL homenageado pela Sociedade Americana de Física

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O Físico Paulo Ivo Cortez Teixeira, professor-adjunto com agregação da Área Científica de Física do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa – ISEL, foi o único português homenageado recentemente pela Sociedade Americana de Física – APS.




Paulo Ivo Teixeira fez a licenciatura e o mestrado em Física na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o doutoramento na Universidade de Southampton em 1993 e a agregação na Universidade de Lisboa em 2006. Depois de ser investigador pós-doutoral em Amesterdão, Cambridge, Leeds e no Instituto Superior Técnico, foi professor na Universidade Católica Portuguesa. Em 2006 foi contratado para reforçar uma área científica de excelência no ISEL.

A APS publica regularmente cerca de uma dezena de revistas de Física, que estão entre as mais reputadas revistas de Física do mundo. A sua gestão é democrática. Qualquer investigador do mundo pode submeter um artigo para publicação nestas revistas. Uma vez recebido um manuscrito, este é enviado para cientistas mundiais de referência que, trabalhando gratuitamente e sob anonimato, deverão pronunciar-se sobre a qualidade do trabalho. Estes funcionam como árbitros (“referees” no original inglês). Compete-lhes recomendar aos editores das revistas uma linha de acção: ou aceitar o manuscrito; ou propor alterações; ou rejeitar a publicação do manuscrito na revista em questão.

Este trabalho não é pago. Quem o faz com brio, fá-lo por responsabilidade social. Assim, as revistas têm encetado uma série de iniciativas para reconhecer as boas práticas. Este ano a APS decidiu reconhecer pela primeira vez o trabalho excepcional de 534 dos cerca de 42.000 “referees” a que as suas revistas recorrem. Da lista constam vários prémios Nobel. A distinção premeia "a qualidade, o número e a celeridade dos relatórios de arbitragem científica, sem olhar a país de origem ou área da Física".

É agradável verificar que as instituições de referência internacionais continuam a avaliar o trabalho científico de forma isenta e objectiva. Este docente do politécnico é o único português e um de apenas três investigadores da península ibérica a receber este prémio.



Professora portuguesa galardoada em Berlim


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Natália Barbosa, professora associada da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, recebeu na sede do DIW Berlin, German Institute for Economic Research, o The Ernst Wagemann Best Article Prize.




O prémio no valor de 2.000 euros foi criado em memória de Ernst Wagemann, reputado economista e estatístico que fundou o DIW Berlin em 1925 e foi entregue por ocasião da reunião anual da Society of Friends of DIW Berlin que decorreu no passado dia 8 de Maio.

O galardão foi criado para premiar, de dois em dois anos, o melhor artigo publicado na Applied Economics Quarterly, revista editada pelo DIW Berlin. O artigo de Natália Barbosa, o primeiro a ser premiado, intitula-se "An Integrative Model of Firms' Entry Decision" e foi publicado em 2007 (volume 53, No. 1, pp. 45-69). O júri de selecção foi presidido pelo Professor Rainer Winkelmann da Universidade de Zurique.

De acordo com o anúncio do prémio, efectuado no primeiro número de 2008 da Applied Economics Quarterly, o artigo premiado “disponibiliza uma análise econométrica exemplar e tecnicamente madura sobre dinâmica industrial, entrada no mercado, e interacções estratégicas entre empresas instaladas e entrantes, recorrendo a modelos de análise não linear de dados em painel a três dígitos para Portugal”.
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Enviado por: PedroM em Maio 20, 2008, 04:20:41 pm
NO JORNAL EXPRESSO ON LINE DE HOJE:

Electrónica transparente
Universidade Nova promove tecnologia pioneira nos EUA
Uma nova geração de mostradores planos da Samsung, com tecnologia totalmente desenvolvida em Portugal, é apresentada esta semana em Los Angeles.
 
Grupo de investigação de materiais da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (Campus de Caparica)
Os mostradores planos foram desenvolvidos pelo Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no âmbito de um projecto com a Samsung, e utilizam novos materiais cerâmicos com propriedades de semicondutores activos.

A sua apresentação no Los Angeles Convention Center é feita na edição de 2008 do "SID International Symposium, Seminar and Exhibition", a maior e mais importante conferência do mundo na área das Tecnologias da Informação e Comunicação.

Os novos materiais, descobertos pela investigadora Elvira Fortunato - que coordena com Rodrigo Martins a equipa de investigação do Cenimat -, são os óxidos metálicos semicondutores, ligados à chamada electrónica transparente, usados na produção de transístores de filme fino em substituição do tradicional silício amorfo ou policristalino. Os novos mostradores da Samsung são do tipo LCD (Liquid Crystal Displays) e OLED (Organic Light Emmiting Diodes).
 
Fotografia obtida com microscópio óptico da primeira matriz activa com transístores de filmes finos em novos materiais cerâmicos semicondutores, totalmente projectada e realizada no Centro de Investigação de Materiais
Os mostradores, a usar em telemóveis e outros equipamentos, vão ser patenteados a nível internacional e apresentam as seguintes vantagens: são transparentes na região do visível, o que permite uma maior resolução da imagem; têm baixo custo; podem ser processados à temperatura ambiente (uma inovação mundial); não usam substâncias tóxicas como acontece com a tecnologia do silício de filme fino; são biodegradáveis e biocompatíveis; e têm um desempenho electrónico muito superior às matrizes já existentes no mercado.

O centro de investigação da Universidade Nova está envolvido noutros projectos de electrónica transparente com o Instituto de Telecomunicações da Coreia do Sul (ETRI), a HP-Hewlett Packard na Irlanda e EUA, o Centro de Ricerca Fiat em Itália e a Saint-Govain Recherche em França.

Recentemente, tal como o Expresso noticiou, este centro assinou um contrato com a multinacional japonesa Fuji para o desenvolvimento de células solares da terceira geração, vencendo o famoso Tokyo Institute of Technology, que é habitualmente comparado ao MIT norte-americano. Estas células, baseadas em nanomateriais, têm um limite máximo de conversão da energia solar em energia eléctrica de 73,7%, contra os actuais 31% da primeira e segunda gerações. Neste momento o departamento de investigação português tem 12 patentes registadas, três das quais internacionais.
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Enviado por: comanche em Maio 21, 2008, 12:08:32 am
Malária: Investigadores lusos revelam novo papel de enzima



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Investigadores portugueses demonstraram pela primeira vez um novo papel crucial desempenhado por uma enzima envolvida na infecção por malária, indica um estudo publicado com destaque de capa numa revista científica norte-americana.
O estudo foi realizado por Sabrina Epiphanio e outros membros da Unidade de Malária do Instituto de Medicina Molecular, de Lisboa, liderada por Maria Mota, em colaboração com Miguel Soares, do Instituto Gulbenkian de Ciência e de investigadores norte-americanos e alemães.

A Cell Host & Microbe, uma nova revista do prestigiado grupo Cell, destaca o estudo com uma fotografia de capa que mostra células provenientes da resposta inflamatória do hospedeiro a atacar um hepatócito infectado no fígado.

«A infecção por malária ocorre em duas fases, uma hepática, que é assintomática mas obrigatória, e outra sanguínea, durante a qual surgem os sintomas da doença», explicou Maria Mota à agência Lusa.

«No ano passado, publicámos na revista Nature Medicine que a enzima HO-1 (heme oxigenase-1) protegia os ratinhos da forma mais letal da doença, a malária cerebral, durante a fase sanguínea», disse a investigadora.

Porém, «quando estávamos a fazer essa investigação reparámos que em fígados infectados com malária durante a fase hepática esta enzima também estava aumentada, o que nos deixou confusos, sem saber bem qual o papel desta molécula do hospedeiro durante a fase silenciosa da doença», recordou.

«O que nós agora mostrámos» - salientou - «é que na fase inicial, que dura cerca de sete dias nos humanos e é totalmente assintomática, esta enzima protege o parasita da resposta inflamatória e ajuda-o a estabelecer-se no hospedeiro, enquanto que mais tarde, logo que o parasita chega ao sangue e começam os sintomas, a enzima ajuda o hospedeiro a proteger-se dos sintomas mais graves».

«Este estudo revela pela primeira vez que este mesmo enzima é essencial para o estabelecimento da fase inicial e obrigatória para iniciar malária», afirmou.

A investigadora sublinhou a colaboração do grupo de Miguel Soares, do IGC, que trabalha nesta enzima há muitos anos, e de investigadores norte-americanos e alemães que desenvolvem tecnologia muito avançada usada para depletar esta enzima especificamente do fígado.

O principal objectivo do grupo liderado por Maria Mota é aprofundar o conhecimento dos factores do hospedeiro humano que influenciam a infecção pelo Plasmodium, o parasita causador da doença, na perspectiva de gerar pistas para o desenvolvimento de estratégias para o seu controlo.

A malária é uma doença infecciosa que se transmite através da picada do mosquito Anopheles ou, raramente, por transfusões sanguíneas, sendo responsável por 200 a 500 milhões de casos de que resultam 1 a 3 milhões de mortes de crianças todos os anos.

Negligenciada durante muito tempo, a investigação na malária tem vindo a crescer nos anos recentes, nomeadamente em Portugal, através dos grupos que trabalham no Instituto de Higiene e Medicina Tropical, no IMM e no IGC.

Investigadora principal no IMM da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Maria Mota doutorou-se em Parasitologia Molecular no University College London (1998) e é também investigadora internacional do Howard Hughes Medical Institute (EUA).

Este estudo foi parcialmente financiado pela Gemi Fund, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia e a European Science Foundation.

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Enviado por: comanche em Maio 21, 2008, 12:19:11 am
Ciência e tecnologia: Cavaco Silva quer mais investimento em tecnologias da informação e comunicação

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Porto, 20 Mai (Lusa) - O Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou hoje, em Gaia que o aumento das despesas de investimento em tecnologias da informação e comunicação é uma condição necessária ao desenvolvimento do país.

"Estamos ainda abaixo da média europeia em matéria de despesas em tecnologias de informação e comunicação (TIC)", disse Cavaco Silva, que falava no final do último dia do Roteiro da Ciência que o levou a visitar algumas das mais bem sucedidas empresas de alta tecnologia portuguesas, que terminou na sede da Alert, especializada em software para a área da saúde, em Gaia.

O PR frisou que "ainda existem muitas diferenças em Portugal e em matéria de acesso às TIC, das quais estão particularmente excluídos particularmente os portugueses que não terminaram o ensino secundário".

Cavaco Silva considerou que "tem que aumentar o acesso de utilização das TIC nas empresas, nos serviços públicos e nos lares e convidou os responsáveis pela administração pública a pensar no que é que podem fazer para generalizar o uso das tecnologias de informação e Comunicação.

"Na Europa, 25 por cento do crescimento e 40 por cento do aumento de produtividade são determinados pelo uso de tecnologias de informação e Comunicação", disse o PR, sublinhado a necessidade de investir neste sector.

As empresas que o Presidente da República escolheu para o a quarta edição do Roteiro para a Ciência - Alert, Primavera Software, Brisa, Cister, Acácia e Vision-Box - têm em comum trajectos marcados por apostas na inovação tecnológica, seguida de internacionalização.

Esta iniciativa, que se iniciou segunda-feira e hoje terminou, incluiu também visitas a universidades e institutos politécnicos.

O périplo terminou na Alert Life Sciences Computing, sediada em Gaia, que nasceu em 1998, quando Jorge Guimarães, médico nascido em Viana do Castelo, venceu o Grande Prémio Bial de Medicina, atribuído pelos laboratórios do mesmo nome.

Com o dinheiro do prémio, investiu em 1999 na criação de uma empresa, a MNI - Médicos Na Internet, dedicada a serviços de saúde através da Internet, área que a agora designada Alert ainda mantém e é auto-suficiente.

Menos de 10 anos depois, os produtos Alert estão já em 639 hospitais e cerca de oito mil centros de saúde, em Portugal e noutros 30 países, entre os quais Espanha, Itália, Holanda, Brasil, Estados Unidos, Singapura e Malásia.

Em 2007, a Alert, que emprega mais de 500 trabalhadores da área tecnológica, facturou 23,16 milhões de euros, resultado que prevê duplicar este ano, conseguindo metade do volume de negócios fora de Portugal.

Outra das empresas visitadas é a Primavera Business Software Solutions, criada em Braga em 1993, que é líder nacional de software de gestão, tendo expandido a sua actividade a Espanha, Brasil e Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), depois de ter começado com pouco mais de 15 trabalhadores.

Cerca de 35 mil empresas, representando um universo de mais de 100 mil utilizadores, recorrem agora às soluções de gestão da Primavera, que a consultora Growth Plus incluiu no ranking das 500 empresas europeias com maior potencial de crescimento.

Cavaco Silva visitou ainda a Brisa, já com 36 anos, que é o maior operador português de auto-estradas e que está no Roteiro para a Ciência de Cavaco Silva sobretudo devido ao investimento de mais de um milhão de euros no desenvolvimento próprio de equipamentos e tecnologias, o que possibilitou, nomeadamente a criação da Via Verde, sistema pioneiro a nível mundial.

Quanto à Acácia, criada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, em Almada, desenvolve projectos de circuitos integrados para electrónica com aplicação nas áreas da medicina e aeroespacial.

Os circuitos integrados da Acácia são também utilizados nos telemóveis de última geração em países como a Coreia, Japão ou Estados Unidos.

Cavaco Silva visitou também a empresa Cister, de gestão de sistemas confiáveis e de tempo-real, que é a única rede da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) com a classificação máxima de excelente.

Incluída neste roteiro esteve também, segunda-feira, a inauguração do sistema RAPID do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, produzido pela empresa portuguesa Vision-Box.

O RAPID é o primeiro sistema do mundo que permite o controlo automatizado de passageiros munidos apenas com o respectivo passaporte electrónico.

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Enviado por: comanche em Maio 28, 2008, 08:21:33 pm
Investigação: ISEP desenvolve sistema inovador que pode tornar praias mais seguras

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Porto, 26 Mai (Lusa) - A praia de Matosinhos deverá ficar mais segura, a partir da época balnear de 2009, com a instalação de um inovador sistema integrado de monitorização, detecção e salvamento aquático que está a ser desenvolvido pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

O projecto denominado SEASAFE, que resulta de um protocolo entre a Câmara de Matosinhos e o Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA) do ISEP, tem em vista o desenvolvimento de um robot de monitorização marítima de superfície na vertente de salvamento aquático.

O ROAZ, recentemente apresentado pelo ISEP na Feira de Hannover, Alemanha, um dos mais importantes certames mundiais de tecnologia, é um robot de monitorização marítima de superfície que pode analisar a qualidade da água e detectar náufragos.

O desenvolvimento deste sistema autónomo, na vertente de salvamento aquático, nos termos do protocolo aprovado em finais de Março pela Câmara de Matosinhos, envolve um investimento de cerca de 350 mil euros.

Este barco autónomo deverá estar operacional em 2009, segundo revelou hoje à Lusa uma fonte ligada ao desenvolvimento do projecto.

A fonte admitiu que, durante o próximo Verão, a praia de Matosinhos poderá ser palco de "uma experiência para avaliar como está a evoluir o projecto".

A intenção dos investigadores é obter um barco autónomo que esteja permanentemente na água, mas que apenas seja activado quando as câmaras instaladas na praia detectarem algum problema no mar.

O robot pode atingir o banhista em perigo muito mais rapidamente do que os nadadores-salvadores, disponibilizando-lhe uma bóia a que este se pode agarrar até chegar o salvamento.

Os investigadores admitem que o robot também possa, em determinadas circunstâncias, trazer o banhista para terra.

A fonte contactada pela hoje Lusa salientou que este sistema, quando estiver desenvolvido, apenas se justifica em praias com uma grande frente de mar, onde a distância implique uma demora na chegada do nadador-salvador junto do banhista em dificuldades.

Os investigadores admitem que o barco autónomo possa navegar a cerca de 20 quilómetros por hora, o que lhe permitirá chegar rapidamente à pessoa que necessita de socorro.

Nesse sentido, o sistema SEASAFE incluirá, além do veículo autónomo de superfície para apoio ao salvamento aquático, um sistema automático de detecção e aviso de situações de potencial risco, que será instalado em torres de vigia.

O barco autónomo, segundo o protocolo aprovado em finais de Março pela Câmara de Matosinhos, vai estar equipado com câmaras de vídeo e termográficas, o que permitirá a identificação, localização, aproximação e seguimento de pessoas na água, além de disponibilizar imagens em tempo real.

O nadador-salvador será equipado com um interface móvel, à prova de água, que lhe disponibilizará informação sobre possíveis situações de perigo e as imagens captadas pelas torres de vigia e pelo barco autónomo, permitindo-lhe tomar a decisão adequada.

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Enviado por: comanche em Maio 31, 2008, 10:41:05 pm
Investigação: IBMC desenvolve ratinho que pode contribuir para estudo da Doença dos Pezinhos


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Porto, 31 Mai (Lusa) - Um grupo de investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) desenvolveu um ratinho transgénico capaz de reproduzir características da paramiloidose (Doença dos Pezinhos) que nunca tinham sido identificadas nos modelos biológicos disponíveis.

A descoberta, anunciada sexta-feira por aquele instituto de investigação da Universidade do Porto, foi publicada no mais recente número da revista Neurobiology of Aging.

Segundo o IBMC, os modelos de ratinhos até agora utilizados para estudar a paramiloidose eram portadores do gene humano causador da doença e apresentavam depósitos de fibras amilóides no estômago, no intestino e na pela, mas não desenvolviam a característica mais típica da doença, que é a deposição de fibras no sistema nervoso periférico.

A equipa de investigação liderada por Maria João Saraiva conseguiu "cruzar um ratinho (mãe) portador do gene humano da doença com um ratinho (pai) incapaz de produzir proteínas de defesa contra situações de stress fisiológico".

Desse cruzamento resultaram "ratinhos (filhos) que, por um lado, tinham a doença, e, por outro, não tinham um dos mecanismos naturais de protecção".

"O que se verificou pela primeira vez foi a deposição de agregados e fibras no sistema nervoso periférico, bem como uma deposição sistémica mais precoce", salienta um comunicado do IBMC enviado à Lusa.

O texto refere ainda que o resultado desta investigação vai "permitir conhecer com mais detalhe" a origem da doença e "testar tratamentos direccionados para o sistema nervoso periférico".

Na paramiloidose, uma doença neurodegenerativa, existe a mutação num gene que leva à produção de uma proteína (a transtirretina - TTR) que apresenta uma conformação instável, condição que desencadeia a produção de compostos intermédios e posteriormente das chamadas fibras de amilóide.

Estas fibras depositam-se no sistema nervoso periférico e podem afectar outros órgãos como os rins e o estômago.

A Doença dos Pezinhos foi descrita pela primeira vez pelo neurologista português Mário Corino de Andrade nos anos 50.

Por regra, a doença manifesta-se depois dos 20 anos, caracterizando-se por dores, paralisias e fraqueza muscular, sendo falta na ausência de um transplante hepático.

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Enviado por: comanche em Junho 04, 2008, 11:29:02 pm
FCTUC desenvolve robô de detecção de minas antipessoais

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Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu um Robô de Desminagem – LADERO - já testado no campo da Royal Military Academy da Bélgica (um campo localizado em Meerdaal, nos arredores de Bruxelas, e certificado para testar este tipo de robôs), registando um bom comportamento ao conseguir detectar todas as minas existentes.

É o resultado de uma longa investigação, iniciada em 1999 com o desenvolvimento de um sensor baseado na utilização de micro-ondas e radiação infravermelha para detectar minas antipessoais de plástico (as mais difíceis de localizar) em solos de conflito.
Coordenada pelos investigadores do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da FCTUC, Lino Marques e Aníbal Traça de Almeida, a construção deste Robô teve por base várias preocupações: criar uma plataforma fiável, financeiramente acessível, para ser utilizada nos países de conflito, de fácil manutenção e reparação, em caso de avaria, e com uma estrutura mecânica robusta, construída essencialmente a partir de componentes industriais.

Aparentemente simples, o robô LADERO tem no seu interior “um delicado hardware e complexos algoritmos de software que processam toda a informação sensorial e decidem como o robô se deve movimentar no ambiente que o rodeia. É composto por múltiplos detectores de minas e outros engenhos explosivos para garantir uma informação robusta e reduzir muito os alarmes falsos”, explica o investigador Lino Marques

As minas antipessoais são um grave problema a nível mundial. De acordo com os últimos dados, existem cerca de 120 milhões de minas deste tipo espalhadas por mais de 70 países. Estas minas matam aproximadamente 25 mil pessoas por ano e mutilam muitas mais, das quais 80 por cento são civis.

À taxa actual de desminagem, seriam necessárias muitas décadas e mais de 57 biliões de dólares para remover todas as minas existentes. Esta situação é particularmente grave “se considerarmos que as minas estão essencialmente distribuídas por países subdesenvolvidos sem recursos para pagar a desminagem e que vêem desta forma o seu desenvolvimento comprometido pelas perdas humanas, pela inutilização de terrenos aráveis e de vias de comunicação”, observa o Docente da FCTUC.

Assim, afirma o investigador da FCTUC, “qualquer avanço na investigação e desenvolvimento de sistemas fiáveis, bem como na automação das tarefas inerentes à desminagem humanitária é um grande desafio que pode salvar a vida a muitos milhares de pessoas”.


Desenvolvido especialmente para mapear áreas irregulares em solos de conflito, o LADERO apresenta outras potencialidades, por exemplo, na pesquisa geológica, podendo fazer a reconstrução tridimensional de objectos escondidos no subsolo, avança Lino Marques

O projecto, que foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, obteve a classificação de Excelente e terminou no passado dia 20 de Maio, com a apresentação de uma Tese de Doutoramento de uma estudante oriunda da Rússia.

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Enviado por: comanche em Junho 06, 2008, 10:28:17 pm
Docente da FEUP conquista Prémio de Inovação Ambiental

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O professor Romualdo Salcedo, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), acaba de ser distinguido com o primeiro lugar no Prémio Nacional de Inovação Ambiental. O galardão tem o Alto Patrocínio do Presidente da República, o apoio do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, por intermédio da Revista Técnica Indústria e Ambiente – Publindústria, ramo nacional da European Environmental Press (EEP) – e corresponde à selecção nacional de candidatos ao galardão europeu, o EEP Award.

Denominado “ReCyclone Electrostático”, o invento premiado e apresentado pelo docente da FEUP consiste num sistema de ciclones para captura de partículas finas, emitidas por processos industriais. Estas partículas são altamente prejudiciais para a saúde, podendo conduzir a doenças graves, e até mesmo mortais, do foro respiratório e circulatório. Os ReCyclone Mecânicos, percursores dos ReCyclone Electrostáticos foram desenvolvidos entre 1998 e 2001, tendo como função capturar as partículas finas, através de forças centrífugas, concentrando de seguida, e pelo mesmo método, parte das partículas que escapariam para a atmosfera. A implementação de alta tensão nos recirculadores mecânicos, transformando-os em electrostáticos, permite reduzir as emissões adicionalmente em 50 por cento, com diminuição da potência despendida em 40 por cento.
De acordo com a FEUP, Romualdo Salcedo desenhou, com o auxílio de um programa de simulação/optimização, o ciclone colector, que apresenta eficiências superiores a qualquer ciclone existente no mercado: reduz em cerca de 50 por cento as emissões para a atmosfera, relativamente aos outros ciclones de elevada eficiência. Juntando o concentrado electrostático, a taxa de absorção de emissões sobe para 90 por cento. A aplicação deste invento é variada: saída de caldeiras de queima de biomassa, secadores de recuperação de produtos químicos, caldeiras a fuel, etc. Este sistema não tem o inconveniente dos filtros, que podem incendiar, ou dos electrofiltros, muito dispendiosos para as pequenas e médias empresas.

O “ReCyclone Electrostático” reduz as emissões para a atmosfera a níveis inferiores aos limites legais, o que até à data só era possível com a instalação de ciclones seguidos de filtros de mangas ou electrofiltros. O primeiro sistema foi instalado em 2001 na CUF – Indústrias Químicas SA, uma substituição de sucesso do sistema de mangas. Para o desenvolvimento deste sistema, colaboraram Alexandre Campos, Maria da Graça Cândido, Ana Fonseca, Vânia Chibante, Filipe Mergulhão, António Cardoso e Júlio Paiva.

Importa ainda destacar que em Maio de 2008 foi criada a empresa Advanced Cyclone Systems SA. Inserida no programa Cohitec II, gerido pela Cotec Portugal, a nova entidade visa o desenvolvimento e a comercialização destes equipamentos a nível internacional.

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Enviado por: comanche em Junho 06, 2008, 10:45:08 pm
Agricultura: Centro de investigação português passa a presidir ao Consórcio Europeu para a Investigação Agrícola Tropical

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Lisboa, 06 Jun (Lusa) - O Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) foi hoje eleito para presidir por três anos ao Consórcio Europeu para a Investigação Agrícola Tropical (ECART), um grupo de pesquisa que se vem debruçando sobre a actual crise alimentar.

Segundo disse à agência Lusa o presidente do IICT, Jorge Braga de Macedo, trata-se de um fórum financiado pelas quotas dos membros, que capta fundos europeus para projectos de desenvolvimento agrícola e promove uma política pró-activa de apoio ao sector junto da Comissão Europeia e dos vários governos.

Para o responsável, a decisão hoje tomada em Paris pela assembleia do Consórcio Europeu representa o reconhecimento de um trabalho com projecção internacional, num ano particularmente importante para a instituição portuguesa.

"Calha muito bem, tendo em conta que o IICT está a celebrar 120 anos e a colaborar com o Grupo Consultivo para a Investigação Agrícola Internacional. Vem na linha daquilo a que no Instituto chamamos de 'lusofonia global' - em vez de Portugal, os PALOP e o Brasil olharem apenas uns para os outros, viramos o nosso olhar para o resto do mundo", afirmou Jorge Braga de Macedo.

Fundado em 1992 e com estatuto jurídico europeu desde há quatro anos, o ECART reúne sete organismos de investigação de Portugal, França, Itália, Grã-Bretanha, Holanda e, mais recentemente, Espanha.

O presidente do IICT adiantou que um dos objectivos centrais do Consórcio é aproveitar a atenção dada actualmente ao sector agrícola, no contexto da crise alimentar, para levar o problema à agenda política e mediática, respondendo a mais perguntas e inquietações dos agricultores e dos consumidores.

"Os estudos em curso sobre a desertificação, a assistência às doenças ou a gestão dos riscos para pequenos agricultores já previam que a crise era inevitável. A agricultura estava a ser ignorada quer nos países ricos ou pobres, durante trinta anos houve um desprezo total", lamentou Braga de Macedo.

"O reconhecimento político surge, agora, um pouco tardio, mas mais vale tarde do que nunca", concluiu o responsável.

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Enviado por: comanche em Junho 08, 2008, 02:23:54 pm
Medicamento: Produção do 1º fármaco em Portugal abre caminho ao desenvolvimento de uma indústria do sector- investigador

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Coimbra, 20 Mai (Lusa) - A produção do primeiro medicamento desenvolvido em Portugal abre caminho à fabricação de novos fármacos e ao desenvolvimento de uma indústria do sector, afirmou hoje um cientista ligado à sua concepção.

Para Amílcar Falcão, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e consultor da farmacêutica portuguesa Bial, que desenvolveu um antiepiléptico que já comercializado para os EUA e Canadá, a produção deste fármaco em Portugal "desbravou muito caminho", e o facto de ter sido o primeiro faz com que qualquer outra tentativa "seja mais facilitada, porque há um conhecimento acumulado".

"A Bial tem várias moléculas em desenvolvimento que, suponho, poderão ter um sucesso tão grande ou maior do que teve esta primeira", afirmou, em declarações à agência Lusa este cientista, que na concepção do novo medicamente pôs em prática uma metodologia que está a dar os primeiros passos a nível internacional - a farmacometria.

Amílcar Falcão, que colabora com a Bial desde 2000, confessou que a integração nessa equipa da farmacêutica constitui para si uma descoberta, ao encontrar "pessoas extremamente competentes, extremamente eficazes, que pensava que não existiam".

"Do meu ponto de vista abriu-me horizontes que não tinha; conhecia-os teoricamente. Deu-me uma percepção distinta das coisas. Isso comprova que o sistema português de investigação, e a forma como a academia se relaciona com as empresas, não é saudável e não proporciona o avanço que gostaríamos que houvesse", explicou.

A experiência de desenvolvimento de um fármaco em Portugal veio revelar que no país "há capacidade instalada para desenvolver coisas desta dimensão, e o que é preciso é dar oportunidade para que elas surjam".

Trata-se de uma área que Portugal deve desenvolver do ponto de vista industrial, sustentou Amílcar Falcão, acrescentando que as competências utilizadas na produção do medicamento estão no país, e o que é preciso é dar-lhe oportunidade de participar em futuros projectos, em vez de recorrer ao estrangeiro.

O êxito conseguido pela Bial "vai impulsionar novas apostas nesta área", porque o que fez "dá-lhe uma imagem distinta para o resto do mundo. Torna-a um parceiro credível", abre-lhe a possibilidade de ter relações com a indústria internacional, sublinhou, em declarações à agência Lusa.

Entrar para a lista das 50 primeiras europeias da indústria farmacêutica "tem um valor muito importante", acrescentou.

"Temos de ter a noção de que temos de aproveitar este bom exemplo e reproduzi-lo com inteligência. Não se pense que foi conseguido em dois dias, e sem muito trabalho. Houve risco empresarial, visão estratégica e elevado investimento", advertiu Amílcar Falcão.

A Bial já assinou um contrato com uma farmacêutica norte-americana que irá introduzir esse medicamento para tratamento da epilepsia (acetato de eslicarbazepina) nos mercados dos EUA e Canadá, em 2009, recebendo como contrapartida 120 milhões de euros pela cedência da licença para esses dois mercados.

Nos últimos dez anos a Bial investiu 300 milhões de euros em investigação e está actualmente a desenvolver mais cinco medicamentos.

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Enviado por: comanche em Junho 08, 2008, 02:30:01 pm
Aparelho prevê crise epiléptica

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Uma crise de epilepsia chega sem avisar. Em qualquer hora ou lugar, com todos os perigos para a segurança do doente. Desafiando a Ciência, uma equipa de investigadores portugueses lidera um projecto, único na Europa, para o desenvolvimento de um sistema de alarme inteligente transportável por pacientes com epilepsia que não reagem ao tratamento nem podem ser operados.

Coordenado por António Dourado, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, o projecto Epilepsiae – Evolving Platform for Improving Living Expectations of Patients Suffering from Ictal Events – está a ser desenvolvido em parceria com grupos de investigadores e hospitais franceses e alemães. Uma empresa italiana já se disponibilizou para fabricar o alarme.

"Pretendemos encontrar uma forma de prever as crises de epilepsia, desenvolver uma ferramenta transportável que recebe em permanência os sinais do cérebro", revela António Dourado, explicando que para isso estão a ser desenvolvidos "algoritmos de inteligência computacional".

Os cientistas pretendem alcançar uma previsão com pelo menos 15 minutos de antecedência e construir um sistema que tenha uma taxa de sucesso na ordem dos 90%. O objectivo final é criar, dentro de três anos, o Brainatics, aparelho discreto que avalie em permanência, através do electroencefalograma e electrocardiograma, o estado do doente e seja capaz de prever as crises.

"A concretizar-se, este dispositivo muda completamente a vida do doente, permitindo-lhe precaver-se da exposição social e de situações de risco", diz António Dourado.

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Enviado por: comanche em Junho 08, 2008, 02:46:01 pm
'Start-up' portuguesa tenta patentear compostos farmacêuticos

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Empresa portuguesa na área da Biotecnologia identifica dois compostos para o controlo da dor e de Doenças do Sistema Nervoso e solicita concessão de patente internacional.  
 BIOALVO, ‘start-up’ portuguesa na área da Biotecnologia, após a obtenção de resultados importantes relativos a toxicidade, eficácia e comportamento de dois novos compostos, submete pedidos de patente internacional (PCT) para desenvolvimento de futuros medicamentos.

Medicamentos que poderão vir a ser indicados para o tratamento de «dor crónica, aguda e neuropática, bem como doenças neurodegenerativas como Alzheimer e outras demências», revela Helena Vieira, Directora Executiva da BIOALVO, em declarações à TV Ciência.

Para a elaboração do dossier de informação para o pedido de patentes, a especialista adianta que se «efectuaram testes de toxicidade e eficácia em modelos celulares e animais e que se utilizaram culturas de células humanas e/ou de mamíferos e modelos de doença em animais roedores».

Um trabalho que foi realizado em conjunto com um grupo de investigação do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências, da Universidade de Lisboa. Um grupo, liderado pelo investigador Miguel Castanho, e que se «ocupou, previamente, com a caracterização das propriedades biofísicas desta molécula e alguns testes iniciais em modelos de patologias neurológicas».

Posteriormente, os especialistas da BIOALVO desenvolveram um trabalho «através das nossas tecnologias inovadoras de rastreio de novas drogas, que se veio a revelar muito frutífero, tendo sido identificado o potencial terapêutico desta molécula para o tratamento de Alzheimer e demências fronto-temporais, entre outras neurodegenerescências», adianta Helena Vieira.

Para além disso, a especialista afirma que «o nosso ‘know-how’ em desenvolvimento de novas drogas permitiu ainda acelerar significativamente o planeamento e desenvolvimento dos testes necessários para aplicação terapêutica em humanos desta molécula».

O trabalho conjunto, desenvolvido com base na parceria entre académicos e a BIOALVO, revela que «as relações entre a academia e a indústria estão a mudar para melhor. E o acordo de transferência de tecnologia alcançado com a BIOALVO é um sinal disso mesmo. Não se limitando a um simples contrato de IP, já que consolida uma cooperação científica e tecnológica que se prolongará no futuro», afirma Miguel Castanho, citado em comunicado da BIOALVO.

Esta cooperação entre as duas instituições vai permitir à BIOALVO adquirir a exclusividade dos direitos comerciais e Propriedade Intelectual (PI) à Universidade. O que irá fazer valer à Universidade de Lisboa ‘royalties’, ou seja, direitos sobre os lucros da BIOALVO na comercialização do produto.

A eficácia da plataforma biotecnológica da empresa portuguesa, criada em 2005 por jovens cientistas, veio revolucionar de tal forma o mercado farmacêutico que já atraiu a atenção de algumas empresas internacionais lideres nas áreas de dor e doenças do sistema nervoso central.

Após oito meses do início de funcionamento da plataforma tecnológica, a BIOALVO submete agora os primeiros pedidos de patente que cobrem o uso terapêutico de compostos identificados através da sua tecnologia de rastreio de alto débito.

A BIOALVO propõe-se criar e desenvolver soluções tecnológicas inovadoras, de cariz biológico e molecular, que podem vir a constituir uma nova geração de fármacos e terapias, mais potentes e eficazes para combater doenças do foro neurológico, nomeadamente a Alzheimer, amiloidoses (doença dos pezinhos), Parkinson, Hungtinton ou até mesmo o cancro.
 
 
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Enviado por: comanche em Junho 23, 2008, 10:37:27 pm
Tecnologias de Informação: Investimento da Administração Pública deverá chegar aos 490 milhões de euros em 2008

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Lisboa, 23 Jun (Lusa) - O Estado deverá gastar este ano mais de 490 milhões de euros em tecnologias de informação na administração pública, mais 30 milhões de euros do que no ano passado, revela um estudo da consultora IDC, hoje divulgado.

De acordo com o estudo "Administração Pública Central e Local, Saúde e Educação: Sondagem e Previsões, 2006-2011", levado a cabo pela IDC, o investimento para 2008 traduz-se num crescimento anual médio de 6,4 por cento.

Seguindo a consultora, até 2011 deverão ser investidos "perto de 600 milhões de euros" em Tecnologias da Informação (TI), que representa "um crescimento acumulado de 36,4 por cento", desde 2006.

A análise baseou-se numa sondagem efectuada em 123 organizações da administração pública e do sector da Saúde, concluindo que o maior volume do investimento "continua a ser canalizado para a administração central".

Segundo a IDC, a administração central deverá receber este ano cerca de 50 por cento das verbas a aplicar em TI, com um índice de crescimento de 6,8 por cento entre 2006 e 2011.

Segundo o estudo da IDC, o segmento da saúde é aquele que apresenta maior índice de crescimento em TI no período em análise, com uma taxa de 7,5 por cento.

Em 2008, o sector da saúde recebeu 45 milhões de euros para investir em TI e em 2011, "quase 60 milhões".

Nos dias 24 e 25 de Junho, a IDC promove no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, um debate sobre as tendências que estão a dinamizar o investimento da administração pública em tecnologias de informação, onde fará um balanço da aposta nos processos electrónicos a nível nacional e europeu.

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Enviado por: comanche em Junho 23, 2008, 10:43:47 pm
Guimarães: Acessos ao Avepark inaugurados no "Dia Um" de Portugal

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Guimarães, 23 Jun (Lusa) - A abertura terça-feira dos acessos ao Avepark (Parque de Ciência e Tecnologia de Guimarães) vai permitir o seu arranque, no Outono, com uma incubadora da Universidade do Minho e o Instituto Europeu de Medicina Regenerativa de Tecidos.

Segundo disse hoje à Lusa José Nobre, do Gabinete da Presidência da autarquia de Guimarães, o acesso ao Centro Tecnológico "teve como base os alinhamentos já definidos e fornecidos pela Câmara de Guimarães".

Tem a sua origem na rotunda da circular das Taipas e o seu término na rotunda do Centro Tecnológico.

O acto inaugural ocorre, a 24 de Junho, feriado municipal, em que se celebra o dia em que se deu a Batalha de S. Mamede.

Nesta, D. Afonso Henriques venceu os partidários de sua mãe, Dona Teresa, pelo que é considerado pelos vimaranenses o «Dia Um» da fundação de Portugal.

A efeméride inclui várias inaugurações de melhoramentos camarários, e uma sessão solene que será presidida pelo ministro da Cultura.

O Parque de Ciência e Tecnologia de Guimarães, que deve abrir, oficialmente, em Outubro, está projectado para acolher, no prazo de 10 anos, 200 empresas tecnológicas.

Segundo fonte do Avepark, a instalação das empresas, a concluir num prazo de 10 a 15 anos, vai permitir a criação de quatro mil empregos qualificados, entre cientistas e investigadores, que assim se fixarão na região do Minho.

O parque, que tem como suporte natural a Universidade do Minho, está instalado em 80 hectares de terrenos nos arredores da vila das Caldas das Taipas, em pleno Vale do Ave.

O AvePark, que recebeu um subsídio governamental de 3,2 milhões de euros, é uma sociedade constituída pela Câmara de Guimarães, com 51 por cento do capital, pela Universidade do Minho, a Associação Industrial do Minho e a Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto (15 por cento cada) e pela Associação Industrial e Comercial de Guimarães, com quatro por cento.

O investimento total em infra-estruturas e no chamado edifício central - já terminado - atinge os 10 milhões de euros, verba a que haverá que somar os milhões do valor dos terrenos doados pela Câmara.

A construção da via rápida, orçada em 1,93 milhões de euros, esteve a cargo do empreiteiro ABB - Alexandre Barbosa Borges, de Braga.

O traçado adoptado foi estudado para que venham a obter as características mínimas regulamentares para uma velocidade base de 50 km/h e, nos nós de ligação, 40 km/h.

No "Dia Um de Portugal", o município procede, ainda, à abertura oficial do Centro Escolar de Infantas, construído pela firma Norlabor, Sa, obra orçada em 1, 5 milhões de euros.

Os melhoramentos incluem os arranjos urbanísticos da envolvente da Capela da Senhora dos Remédios, que custaram 73 mil de euros, e da envolvente do Mercado Oratório do Senhor da Agonia, onde foram investidos 120 mil euros.

Envolve ainda obras no Parque da Ínsua - Ponte, no Parque Desportivo Aldeamento Vimaranes, na Horta Pedagógica - Veiga de Creixomil, e o arranjo junto ao cemitério - Souto S. Salvador.

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Enviado por: comanche em Junho 23, 2008, 10:48:37 pm
Saúde: Investigadores portugueses comprovam efeitos terapêuticos em plantas medicinais de São Tomé


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Lisboa, 23 Jun (Lusa) - Uma equipa científica portuguesa comprovou efeitos anti-bacterianos e anti-fúngicos em 75 por cento de um conjunto de 50 plantas medicinais usadas por terapeutas tradicionais para combater infecções em São Tomé e Príncipe.

Estes dados constam do livro "Estudo Etnofarmacológico de Plantas Medicinais de S. Tomé e Príncipe", que será apresentado terça-feira no jardim Botânico Tropical, em Lisboa, pela coordenadora da equipa, Prof. Maria do Céu Madureira, do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz.

"Os resultados do estudo comprovam a veracidade da utilização empírica e o potencial farmacêutico dessas plantas", disse a investigadora à agência Lusa.

Entre as plantas em causa, cujas características químicas e farmacológicas estudou, Maria do Céu Madureira destacou a Tithonia diversifolia, chamada localmente girassol ("parecida com o girassol mas muito mais pequena"), com comprovada actividade anti-malárica.

Foram também encontradas espécies com actividade anti-viral comprovada "in vitro" na replicação do VIH (vírus da imunodeficiência humana) e contra os vírus herpes simplex e da hepatite B, nestes casos "in vivo" - salientou.

Este trabalho insere-se no Projecto Pagué ("Papagaio" em português e o nome de um distrito da ilha de Príncipe), que consiste na recolha e investigação etnofarmacológica de plantas medicinais por farmacêuticos e botânicos portugueses com a colaboração do Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe.

As receitas do livro revertem na totalidade para a melhoria das condições de vida e de trabalho de três terapeutas tradicionais santomenses (Sum Pontes, Sum gino e Sum Costa), que trabalharam mais directamente com os investigadores, facultando os seus conhecimentos, sendo por isso seus co-autores.

"Os terapeutas tradicionais são pessoas com muita experiência, alguns com mais de 80 anos, que dedicam as suas vidas a cuidar de outras pessoas, muitas vezes sem receberem nada em troca, e vivendo em condições muito precárias", disse a investigadora.

O livro, que já foi lançado em S. Tomé e Príncipe a 21 de Março, com a presença do ministro da Saúde santomense, Martinho do Nascimento, regista informações recolhidas junto de alguns dos mais conceituados terapeutas tradicionais em exercício nas duas ilhas, e que são muito procurados para acudir a vários tipos de doenças, principalmente a malária e outras doenças infecciosas, nomeadamente infecções das vias respiratórias, dermatológicas e do tracto urinário e gastrointestinal, entre muitas outras.

"As preparações tradicionais consistem em infusões, decocções ou macerações aquosas de cascas ou raízes deixadas numa garrafa de um dia para o outro", referiu. "Podem também fazer macerações com bebidas alcoólicas, como aguardente ou vinho de palma, e há casos de misturas complexas em que chegam a juntar três, quatro ou cinco plantas" - acrescentou.

Os dados recolhidos nesta obra resultaram de um trabalho de três anos iniciado em 2002 por um primeiro grupo de jovens investigadores farmacêuticos (Ana Fernandes, António Gonçalves, Cátia Fernandes, Carlos Catalão, Jaime Atalaia, Jorge Vieira e Verónica Gaspar) e que foi financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, estando um segundo grupo, ainda sem financiamento, a trabalhar desde 2005 no estudo de mais 80 espécies de plantas recolhidas nas ilhas.

Com financiamento da Cooperação Portuguesa, através do IPAD (Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento), está na forja a publicação um livro mais centrado na medicina tradicional, que coligirá em cerca de 500 páginas todos os conhecimentos recolhidos ao longo de 15 anos de estudos etnofarmacológicos realizados em São Tomé e Príncipe por Maria do Céu Madureira e os seus colegas Ana Paula Martins e Jorge Paiva.

"Será uma Bíblia da medicina tradicional, isto é, uma verdadeira farmacopeia tradicional", disse em síntese.

Questionada pela Lusa sobre o eventual interesse farmacêutico na investigação e desenvolvimento de novos medicamentos com base nas plantas estudadas, a cientista considerou que tudo "dependerá do empenho das autoridades e da própria indústria, uma vez que há excelentes exemplos recentes de desenvolvimento de novos medicamentos pelas indústrias portuguesas".

O objectivo do livro, salientou, é contribuir para a resolução de problemas de Saúde específicos de S. Tomé e Príncipe e de outros países em desenvolvimento, incentivando a criação de riqueza através do aproveitamento racional dos recursos locais em plantas medicinais.

Mas é também "um potencial reservatório de conhecimentos que podem ser utilizados em prol de toda a humanidade, se existirem estudos subsequentes que permitam o desenvolvimento de novos fármacos" - concluiu.

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Enviado por: comanche em Junho 23, 2008, 10:54:16 pm
Concurso “Catch a Star”: aluna portuguesa entre as três melhores

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Andreia Nascimento, aluna do 12º ano da Escola Secundária da Cidadela conseguiu o terceiro lugar no concurso “Catch a Star” promovido anualmente pelo Observatório Europeu do Sul (ESO). Ainda sem saber ao certo qual será o próximo passo na vida de estudante esta determinada, aluna da Professora Leonor Cabral, sempre gostou de Astronomia. Frequentadora assídua do Clube de Astronomia da Escola participou em vários outros eventos como por exemplo o acompanhamento do trânsito de Vénus, eclipses da Lua ou simples sessões em que entusiasticamente contagiou outros estudantes com o gosto de olhar para o céu.

Concorrer ao “Catch a Star” desde 2002, tem sido uma norma dentro das actividades realizadas pelo NIAC (Núcleo de Investigação em Astronomia da Cidadela) da Escola Secundária da Cidadela, reporta a orgulhosa tutora enquanto esclarece que o grupo tem tido sempre o apoio científico do NUCLIO, representante do projecto Hands-on Universe em Portugal.
Nesta colaboração Andreia, elemento do NIAC desde o 7ºano, desenvolveu na disciplina de Área de Projecto do seu 12º ano um projecto de investigação promovido pelo NUCLIO e apoiado por um cientista com o tema “Hunting for Open Clusters in O Stars surroundings” (Procura de Enxames Abertos na vizinhança de estrelas do tipo “O”), que foi submetido ao concurso “Catch a Star” 2008.

De acordo com os responsáveis do NUCLIO, o projecto teve início no ano lectivo de 2006-2007 quando André Moitinho de Almeida, investigador do Laboratório de Sistemas, Instrumentação e Modelação em Ciências e Tecnologias do Ambiente e do Espaço e associado do NUCLIO, propôs à professora a implementação em sala de aula de uma projecto de investigação. Um projecto que aguardava na gaveta a possibilidade de ter novos colaboradores e a obtenção de tempo de telescópio. Os colaboradores foram os estudantes, o tempo de telescópio ficou garantido no âmbito das parcerias do NUCLIO com o LCOGT (responsável pela gestão dos Telescópios Faulkes), e do apoio do British Council em Portugal.  


Munidos de um catálogo de estrelas e de uma professora aguerrida, os estudantes partiram em busca de novos enxames. Com apoio dos astrofísicos do NUCLIO e utilizando os Telescópios Faulkes e IronWood os estudantes partiram à descoberta de um mundo ainda desconhecido, do mundo da investigação cientifica.

Na primeira fase do projecto foram escolhidas as estrelas candidatas. Estrelas do tipo O que por serem muito brilhantes tornam difícil a observação de outras estrelas nas sua vizinhança. O objectivo era observar a região ao redor destas candidatas e tentar perceber, recorrendo a diferentes métodos, se a estrela estaria imersa num enxame aberto, o enxame no qual se teria originado.

Neste ano lectivo, 2007-2008, alguns dos candidatos seleccionados foram observados com o Telescópio Faulkes Norte e pelo Telescópio no Observatório IronWood, no âmbito da parceria do NUCLIO com o projecto Hands-on Universe.

Os resultados ainda não foram conclusivos, serão necessárias mais observações, um refinar do método e eventualmente a observação de mais candidatos.

Tal como informa o comunicado do NUCLIO, os estudantes envolvidos no projecto puderam sentir o entusiasmo que acompanha os cientistas e os resultados positivos do seu envolvimento sugeriram fortemente à professora que este seria certamente um caminho a prosseguir. Leonor relata que reencontrou o entusiasmo em partilhar o seu conhecimento com os estudantes, agora companheiros de aventura. Construiu uma relação especial com estes estudantes, que admitiram finalmente que a ciência é algo que pode ser muito interessante. A equipa do NUCLIO, muito orgulhosa pelo merecido reconhecimento do excelente trabalho realizado espera que este seja um exemplo a seguir e que muitos cientistas passem a adoptar escolas.

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Enviado por: comanche em Junho 24, 2008, 01:53:17 pm
UA estuda tecnologias para aproveitamento do potencial energético das marés

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Uma equipa de investigadores e alunos finalistas do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro avaliaram, recentemente, o potencial da Barra do Porto de Aveiro para receber uma estação de conversão da energia de correntes e de marés. A partir de um estudo hidrodinâmico, que recorreu a um modelo computacional de mecânica dos fluidos, este projecto de final de curso simulou as correntes de maré, tendo sido possível identificar os locais mais adequados à implementação de turbinas, de acordo com a capacidade de produção das mesmas.

As correntes de maré são uma fonte energética renovável, sendo pertinente o estudo da sua integração no actual sistema energético, de forma a melhorar a sua sustentabilidade. O Departamento de Engenharia Mecânica pôs mãos à obra e, com o apoio directo da Administração do Porto de Aveiro e de alguns investigadores dos departamentos de Física e Engenharia Civil da UA, empreendeu o primeiro estudo de análise das várias opções tecnológicas para a Ria de Aveiro, como explica o Prof. Nelson Martins, coordenador do projecto.
 “O campo gravítico provocado pela lua e pelo sol origina fluxos da massa de água nos oceanos e consequentemente nas zonas de estuário. Esta movimentação de águas encerra um enorme potencial energético por explorar. Transpondo o conceito do aproveitamento energético proveniente da energia eólica ao dos fluxos de massas de água, geradas pelos ciclos de marés, impunha-se que fosse feito um estudo exaustivo relativamente aos locais favoráveis onde fosse possível implementar tecnologias que possibilitassem um aproveitamento energético eficiente a partir desta fonte de energia renovável. A nossa investigação permitiu-nos avaliar tecnicamente a possibilidade de produzir electricidade usando como fonte de energia primária as correntes de maré na zona da Barra do Porto de Aveiro”.

De acordo com a UA, após um ano de trabalho, durante o qual se fez uma revisão bibliográfica sobre o estado da arte relativamente às tecnologias disponíveis para a conversão do potencial energético das correntes de maré em potencial eléctrico e um estudo computacional do canal da Barra do Porto de Aveiro, para albergar um parque de turbinas de maré, os especialistas verificaram que a turbina Verdant, pelas suas dimensões, seria a mais indicada, como explica o investigador. “A solução que apresentou maior compatibilidade com as características do canal em estudo é proposta pela Verdant Power, consistindo em turbinas do tipo free-flow, instaladas no topo de mastros submersos, fixados no fundo do canal, apresentando características em tudo idênticas às turbinas eólicas de eixo horizontal. Estas turbinas mais conhecidas por KHPS, têm uma capacidade nominal de produção de 35 KW, com rotor de três lâminas com cinco metros diâmetro, apresentando uma elevada resistência e impermeabilidade”.

Neste momento a tecnologia usada na obtenção de energia eléctrica, a partir de correntes marítimas, encontra-se ainda em fase embrionária. As soluções mais consolidadas baseiam-se na tecnologia das centrais hidroeléctricas, devidamente adaptadas ao ambiente salino, contudo, a necessidade de um dique limita de forma significativa a utilização do estuário, nomeadamente no que se refere à navegação colocando-se ainda sérios problemas relacionados com o assoreamento devido aos sedimentos arrastados pelos rios. A tendência actual centra-se na utilização de turbinas abertas (free-flow) de forma a minimizar o impacto ambiental, interferência com outras utilizações do estuário e custo da manutenção.

Como especificou o Professor “as turbinas ficam totalmente submersas, sendo a manutenção realizada abaixo da superfície da água, o que sendo um inconveniente, apresenta a vantagem de não haver qualquer indício da existência da instalação acima da superfícies, aspecto particularmente interessante tratando-se de um canal navegável, como acontece no local em análise”.

Segundo a UA, este projecto realizou, ainda, através da aplicação do software de mecânica de fluidos computacional CFX® 5.6, um estudo hidrodinâmico do canal de navegação de modo a verificar quais os locais mais adequados para a colocação de turbinas e possível implantação de um parque. “Após se ter efectuado uma simulação para uma configuração A (turbinas alinhadas a montante e a jusante), foi verificada uma zona menos eficiente a nível energético junto ao molhe intermédio na terceira parte do canal, onde a esteira provocada por duas turbinas afecta as próximas alinhadas a jusante. Este fenómeno também pode ser devido à própria geometria do canal e à proximidade das turbinas ao molhe intermédio. Ao ser simulada uma alternativa (configuração B), onde as turbinas se encontravam desalinhadas respeitando as mesmas distâncias empíricas verificou-se uma melhoria, constatando-se apenas que uma das esteiras afectava as turbinas imediatamente a jusante”.

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Enviado por: comanche em Julho 01, 2008, 01:25:23 am
Incêndios: Portugal inventa nova farda "inteligente" para proteger bombeiros

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Aveiro, 30 Jun (Lusa) - O Instituto de Telecomunicações (IT), a "Miguel Rios Design" e a "YDreams" desenvolveram uma farda "inteligente" que transmite a localização e os sinais vitais de bombeiros, envolvidos no combate a incêndios, anunciou hoje o IT.

Incorporado com um sistema de telecomunicações e sensores, desenvolvido pelo pólo de Aveiro do IT, o novo fato de bombeiro passou no teste de certificação e foi ensaiado em simulações de combate a fogo, tanto em campo aberto como em floresta, tendo já a respectiva patente registada, com três protótipos.

O sistema, denominado I-Garment, foi financiado pela Agência Espacial Europeia e desenvolvido para a gestão de catástrofe, "uma das áreas onde a comunicação via satélite desempenha um importante papel".

O vestuário incorpora componentes de aquisição de sensibilidade e de dados, telecomunicações e software, procurando responder à necessidade de se saber onde cada membro da equipa se encontra durante a emergência.

Visa ainda determinar as suas condições de saúde, em tempo real, permitindo que as substituições sejam organizadas, adequadamente, e que as equipas sejam deslocadas de acordo com as necessidades operacionais da situação.

Segundo o IT, "a investigação permitiu desenvolver um serviço para a Protecção Civil portuguesa que, de forma integrada, permita gerir os recursos humanos no terreno, em tempo quase real, garantindo que o serviço irá funcionar mesmo quando as comunicações terrestres estão indisponíveis".

O serviço surge no formato de um fato de bombeiro que incorpora um sistema de telemetria útil para quem está a coordenar as equipas no terreno, nomeadamente sensores de posição (GPS), de sinais vitais (temperaturas e batimentos cardíacos), de silhueta e alguns botões de emergência ou pânico.

A informação é enviada, via ligação sem fios, para as patentes da Protecção Civil no quartel-general, processada e emitida de volta aos chefes de operações no terreno equipados com PDA e/ou PC.

Ao IT coube a função de construir e desenhar todo o sistema de comunicação e de telecomunicações, dimensionando as comunicações rádio que interrelacionam o bombeiro e os Veículos Operacionais no Terreno (VTO) e entre estes e o servidor principal localizado no centro de gestão, podendo ser efectuadas através de comunicação por satélite ou por wi-fi, como explica o coordenador do projecto no IT, Nuno Borges de Carvalho.

"Esta tarefa integra toda a estrutura de telecomunicações entre o fato e o camião de bombeiros mais próximo que transporta a água. Com a ajuda da protecção civil, que nos especificou todas as providências necessárias desse processo, foi incorporada uma antena no fato do bombeiro que comunica com a antena instalada no carro dos bombeiros, o qual está equipado com uma mini-rede com a identificação de todos os bombeiros que estão na zona.

Esta antena está ligada a uma central (servidor web) que está no quartel ou numa estação-base, via GSM.

Quando há uma situação de pânico, o chefe de bombeiros recebe essa informação na central, "sendo possível, ao mesmo tempo, localizá-lo in loco graças a um besouro que a farda integra".

Nas operações de emergência da Protecção Civil as redes terrestres encontram-se muitas vezes indisponíveis devido ao congestionamento do tráfico, à distância do local ou à destruição de antenas, pelo que o novo equipamento irá permitir uma disponibilidade permanente do serviço através da comunicação por satélite.


MSO.

Lusa/Fim
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Enviado por: Tiger22 em Julho 22, 2008, 08:24:28 am
Citação de: "Público"
Na Universidade Nova de Lisboa

Cientistas portugueses desenvolvem o primeiro transístor com papel

21.07.2008 - 18h26 Nicolau Ferreira
Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa desenvolveram os primeiros transístores com papel, uma descoberta que pode permitir a criação de sistemas electrónicos descartáveis a baixo custo.

“O transístor é a peça de lego para construir qualquer coisa”, explicou ao PÚBLICO Elvira Fortunato, que juntamente com Rodrigo Martins, são os coordenadores do grupo de investigação Cenimat/I3N, responsável pela descoberta.

Os transístores nasceram no final dos anos 40 e substituíram as válvulas utilizadas nos computadores e nas redes telefónicas. Tiveram o condão de reduzir o tamanho dos equipamentos, aumentar a velocidade e a durabilidade. Hoje, qualquer aparelho com um circuito integrado contém estes “interruptores” electrónicos.

O “interruptor” é formado por três componentes. Um material semicondutor que tem uma entrada e uma saída, chamadas fonte e dreno, por onde passa a corrente. E uma porta que é o que induz e controla a corrente, mas que está separada do semicondutor por um material isolante, impedindo curto-circuitos.

É esta porta que “liga” e “desliga” o transístor e que equivale ao sistema binário 0/1 em que toda a informação está codificada. É assim que os computadores, os ecrãs, os telefones, as aparelhagens funcionam. Com muitos milhões destas unidades.

O material isolante, que é a componente dieléctrica do transístor, era feito de vários materiais como o silício. As unidades eram construídas a 1200 graus célsius, por exemplo. Agora, os investigadores conseguiram o fabrico à temperatura ambiente, utilizando papel que é um “dois em um” porque também funciona como o suporte do transístor.

A celulose tem outras propriedades e não é tão boa como o silício. “Mas pode-se fazer sistemas descartáveis a baixo custo”, explicou Elvira Fortunato. E mais, pode dobrar-se que não se estraga. Estas características permitem explorar várias ideias como ecrãs de papel, etiquetas, pacotes inteligentes, chips de identificação ou aplicações médicas.

“Pode utilizar-se nos sensores biológicos para diagnóstico [na saúde]. Muitos sensores são de papel, funcionam através de uma reacção química, com o transístor pode haver uma mais-valia”, exemplificou a investigadora.

O artigo com a descoberta já foi aceite pela revista científica “Electron Device Letters” e vai ser publicado em Setembro. O pedido de patente também está feito. Agora é só ficar à espera de uma próxima plataforma digital que, antes de se deitar fora, ainda pode servir como post-it, porque, como explica a investigadora, os novos transístores “não deixam de ser papel”.
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Enviado por: comanche em Julho 28, 2008, 08:39:39 pm
Investigador da FEUP distinguido com prémio internacional

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O investigador do Instituto de Biologia Celular e Molecular (IBMC), doutorado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Pedro Martins, foi recentemente distinguido na primeira edição do prémio "EFCE Excellence Award in Industrial Crystallization 2008".

O galardão, atribuído pela Federação Europeia de Engenharia Química (EFCE) no âmbito do trabalho de investigação  "Modelling Crystal Growth from Pure and Impure Solutions - A Case Study on Sucrose", visa distinguir a melhor  tese de doutoramento na área da cristalização no período dos três anos que antecedem a atribuição.
A tese, desenvolvida no Departamento de Engenharia Química da FEUP e orientada pelo professor Fernando Rocha, foi premiada pelo seu grau de inovação, profundidade e alcance bem como pela sua relevância industrial. O trabalho consiste na investigação do crescimento cristalino sob os pontos de vista teórico e experimental, dando particular ênfase à cristalização da sacarose em soluções puras e impuras. Desenvolvida no domínio da indústria do açúcar, esta investigação engloba estudos fundamentais dos mecanismos de crescimento à escala molecular.

Financiada por uma bolsa de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), a tese compreendeu também um estágio no Audubon Sugar Institute, Louisiana State University, nos Estados Unidos, parcialmente subsidiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. O prémio atribuído ascende a 1.500 euros, comportando ainda a participação no 17th International Symposium on Industrial Crystallization - ISIC 17 – que se realizará de 14 a 17 de Setembro 2008 em Maastricht, na Holanda.
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Enviado por: comanche em Julho 28, 2008, 08:41:45 pm
Universidade de Aveiro campeã do Mundo de futebol robótico

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A equipa de futebol robótico da Universidade de Aveiro, Cooperative Autonomous Mobile roBots with Advanced Distributed Architecture (CAMBADA) sagrou-se, pela primeira vez, campeã do mundo na classe Middle Size League (MSL) do Robocup 2008, uma das mais importantes e prestigiadas competições de robótica móvel a nível mundial. O concurso, que decorreu de 14 a 20 de Julho, em Suzhou, China, contou com a presença, na liga MSL, de treze equipas provenientes dos cinco continentes.

A liga MSL põe em confronto equipas formadas por seis robots, completamente autónomos, que jogam entre si num campo de futebol de 18x12m. Estes robots, que medem até 80cm de altura e pesam até 40Kg, encontram-se na linha da frente da investigação de ponta, em áreas tão dispares como a visão artificial, fusão sensorial, controlo dinâmico, cooperação robótica ou inteligência artificial, entre outras.
A equipa CAMBADA venceu 11 dos 13 jogos realizados, tendo perdido apenas dois pela diferença mínima, com um total de 73 golos marcados e apenas 11 sofridos (melhor goal average da competição). No jogo da final, frente à equipa holandesa dos Tech United (actuais campeões da Europa) a equipa CAMBADA venceu de forma peremptória por uns expressivos 7-1.

Recorde-se que a CAMBADA surgiu em 2003, por iniciativa de um grupo de docentes e investigadores do Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro (IEETA). Este ano, a equipa campeã do mundo alcançou também o segundo título de campeã nacional, no Festival Nacional de Robótica, realizado em Aveiro, em Abri
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Enviado por: comanche em Julho 28, 2008, 08:44:08 pm
Universidade de Coimbra, iParque, IPN e Tecnopólo dinamizam Parque Tecnológico Multipolar

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A Universidade de Coimbra, o Coimbra iParque, o Instituto Pedro Nunes (IPN) e a Associação Tecnopólo de Coimbra assinam hoje, pelas 12H00, na Sala do Senado da Universidade, um protocolo que define o desenvolvimento de actividades conjuntas e modos de colaboração em diferentes domínios.

Dentro de uma lógica de parceria, é objectivo destas quatro entidades constituir um parque de ciência e tecnologia multipolar na região de Coimbra, que congregará algumas unidades já existentes – como as faculdades e laboratórios de investigação da Universidade, organismos de transferências de tecnologia, a incubadora de empresas do IPN e a própria infra-estrutura empresarial e de ciência e tecnologia do Coimbra iParque – com outras a construir num futuro próximo.
O acordo será assinado por Fernando Seabra Santos, Reitor da Universidade de Coimbra, Norberto Pires, presidente do Conselho de Administração do Coimbra iParque, e Teresa Mendes, presidente das direcções do IPN e do Tecnopólo.

Esta é mais uma oportunidade para a Universidade de Coimbra reforçar a sua aposta na cooperação com a comunidade, estreitando os laços entre os seus cerca de 150 centros de investigação e prestação de serviços e a sociedade e o mundo empresarial.

O Coimbra iParque pretende criar um espaço empresarial ideal para a inovação e o empreendedorismo geradores de oportunidades económicas, promovendo o I&D em consórcio com várias instituições de investigação da região centro bem como com empresas nacionais e internacionais.

O IPN oferece uma plataforma para a transferência de tecnologia e valências para a incubação de empresas. Nas suas incubadoras de empresas, desde 1996, já acolheu mais de cem empresas de base tecnológica que criaram cerca 900 postos de trabalho directo e possuem um volume de negócios na ordem dos 40 milhões de Euros anuais.

A Associação Tecnopólo de Coimbra tem em curso um projecto de instalação de infra-estruturas e serviços de apoio ao desenvolvimento empresarial no Pólo II da Universidade de Coimbra, dando resposta a empresas de base tecnológica que se pretendam instalar numa área de localização central e com acesso privilegiado a centros de saber.
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Enviado por: comanche em Julho 30, 2008, 08:36:19 pm
Biomedicina: Prémio europeu atribuído a cientista portuguesa dará "empurrão" à investigação nacional


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Lisboa, 30 Jul (Lusa) - O prémio atribuído terça-feira a Mónica Bettencourt Dias pela Organização Europeia de Biologia Molecular dará "um empurrão" e prestígio à investigação que desenvolve no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), disse hoje a cientista à agência Lusa.

A investigadora, que em Outubro de 2006 iniciou o seu Laboratório de Regulação do Ciclo Celular no IGC, receberá uma "bolsa de instalação" de 50.000 euros anuais durante três anos, prolongável a cinco, para estudar a formação do centrosoma, uma estrutura das células que ajuda a regular a sua multiplicação.

A compreensão dessa estrutura pode abrir caminho a novos marcadores de diagnóstico e prognóstico em casos de cancro, bem como a novos alvos terapêuticos.

A bolsa contribuirá também para a fixação da equipa da investigadora no IGC.

"Ter um destes prémios é realmente uma grande vantagem, um empurrão, para os laboratórios que estão a começar", afirmou.

"É também uma vantagem para Portugal, pois significa mais nomes associados ao programa da Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO) para jovens investigadores, temos poucos, e portanto mais poder de decisão para Portugal", acrescentou.

O prémio, atribuído por concurso e por um júri internacional, destina-se a apoiar países onde a Biomedicina precise de um empurrão e de condiç��es para contratar investigadores novos de topo, explicou a cientista.

A bolsa consiste numa parceria com instituições locais, neste caso entre a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e o IGC, cabendo àquela atribuir 150.000 euros durante três anos (50.000 euros por ano, prolongável a cinco).

Inclui ainda uma série de regalias atribuídas e pagas pela EMBO, como seminários, cursos e estadias pagos noutros laboratórios, convites para conferências e artigos, e apoio a colaborações com outros investigadores da rede.

"Se queremos que os melhores possam começar os seus laboratórios em Portugal e afirmar-se entre os melhores cientistas da Europa, temos que lhes dar condições", considerou.

Na sua óptica, isso "não só irá prestigiar o nome de Portugal no plano da ciência, como irá atrair mais investimento".

Mónica Bettencourt Dias espera que sejam atribuídas mais bolsas a portugueses no futuro, "até porque os laboratórios a serem estabelecidos ficaram muito bem posicionados no concurso europeu".

Porém, como no final são as instituições portuguesas que decidem o número final de bolsas, já que são elas que dão o dinheiro, a investigadora manifestou a esperança de que se possam convencer mais instituições portuguesas a participar no futuro.

Além desta investigadora, já tinha este ano sido distinguido com uma bolsa deste tipo o português Henrique Veiga Fernandes, que trocou o National Institute of Medical Research, de Londres, pelo Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, onde estuda o desenvolvimento dos linfócitos.

Mónica Bettencourt Dias é licenciada em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e regressou em 2006 de Inglaterra, onde se doutorou em Biologia Celular no University College London.

CM

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Enviado por: Magalhaes em Agosto 07, 2008, 06:50:17 am
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Físico de Coimbra é o português com artigo mais citado a nível mundial


O físico Carlos Fiolhais é o cientista português com o artigo mais citado em todo o mundo. O investigador da Universidade de Coimbra é co-autor com o físico John Perdew de um trabalho com mais de 5600 citações.

O artigo foi publicado em 1992, na revista norte-americana “Physical Review B”. John Perdew, da Universidade de Tulane, em Nova Orleães, nos Estados Unidos é o primeiro autor de um estudo que apresenta uma fórmula inovadora que descreve a energia de um sistema electrónico.

O artigo tem como título: "Atoms, Molecules, Solids, and Surfaces: Applications of the Generalized Gradient Approximation for Exchange and Correlation". Ao longo de mais de 15 anos, tem servido de "referência essencial numerosos grupos de investigação de todo o mundo", refere uma nota hoje divulgada pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) a que Carlos Fiolhais está ligado.

"Os artigos sobrevivem quando se revelam úteis num ou, melhor ainda, em diversos domínios", afirma o físico português. A fórmula foi "adoptada por praticamente todos os programas de modelação molecular" e 5.600 citações é considerado "um número completamente fora do comum para trabalhos científicos", explica.

O artigo é "um filho que sobe na vida", explica Carlos Fiolhais, acrescentando que "um pai só pode ficar orgulhoso". A fórmula trabalhada por Carlos Fiolhais e John Perdew tornou-se muito útil em áreas distintas da Ciência e da Tecnologia, como a Biologia, Medicina Molecular, Farmácia, Física, Química, entre outras.

Tem sido particularmente usada no campo da nanotecnologia, a engenharia que realiza a modelação e o fabrico de sistemas à escala molecular.

Segundo a base de dados Web of Science do Institute for Scientific Information, empresa norte-americana que regista as publicações científicas e mede o seu impacto, é o artigo português com mais impacto na ciência mundial.

Na lista dos artigos científicos portugueses mais citados estão trabalhos da área da Medicina, com destaque para investigações sobre o cancro e a sida.



http://ultimahora.publico.pt/noticia.aspx?id=1337669&idCanal=13


O titulo esta um pouco exagerado...
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Enviado por: comanche em Agosto 12, 2008, 11:17:37 pm
Planta portuguesa ajuda a controlar o Alzheimer

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Investigadores portugueses concluíram que extractos de uma espécie autóctone de salvia, muito presente nas serras d'Aire e Candeeiros, revelam um «enorme potencial» como terapia para melhorar capacidades cognitivas, funcionais e comportamentais em doentes com Alzheimer, escreve a Lusa.

«Vários extractos da espécie de salvia que estudamos provocam inibições bastante potentes de enzimas envolvidas na patologia de Alzheimer», disse Amélia Pilar Rauter, directora do Grupo de Química dos Glúcidos do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que lidera a investigação com Jorge Justino, presidente do Conselho Directivo da Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS).

Falta agora transformar esses extractos em princípios activos que possam ser usados pela indústria farmacêutica, adiantou.

Para já, a investigação demonstrou a acção dos extractos desta espécie de salvia em duas enzimas que controlam a evolução da doença de Alzheimer, o que, segundo Jorge Justino, permitirá não curar mas controlar o desenvolvimento da patologia.

Baixo custo e ausência de toxicidade

Para os investigadores, o grande potencial da descoberta reside no seu baixo custo, na actividade biológica relevante e na ausência de toxicidade, frisando que até o comum chá desta planta pode ser usado como terapia na doença de Alzheimer.

«Vários extractos, incluindo a infusão em água (chá), mostraram capacidade para inibir as enzimas acetyl e butirilcholinesterase, envolvidas nas neurotransmissões cerebrais e responsáveis pela progressão da doença de Alzheimer», com a vantagem de os extractos bioactivos revelarem ausência de toxicidade, frisam os investigadores.

Jorge Justino afirmou que existem já no mercado alguns fármacos que inibem as duas enzimas envolvidas nas neurotransmissões cerebrais.

Contudo, os investigadores sublinham a «necessidade urgente» da descoberta de novas substâncias «mais eficientes e menos caras que as usadas actualmente».

Os primeiros estudos nesta planta iniciaram-se em 1992, num projecto que há um ano, publicados os primeiros resultados, conseguiu o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e se encontra em fase de registo de patente.
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Enviado por: comanche em Agosto 19, 2008, 03:18:11 pm
Português dirige nova agência europeia
HELENA NORTE


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Um português é um dos mais altos responsáveis do Centro Europeu para o Controlo da Doença, a nova agência da UE na área da saúde pública. Paulo Kuteev-Moreira vai dirigir a Unidade de Comunicação.

A agência tem como preocupações a vigilância de doenças contagiosas, a criação de sistemas de alerta precoce e resposta às situações de crise, bem como a recolha de evidências científicas sobre saúde e melhoria da comunicação sobre estas temáticas com a população em geral. O objectivo principal é prestar apoio aos estados membros da União Europeia na operacionalização das suas intervenções em saúde pública.

Entre as prioridades de acção da ECDC está a prevenção de doenças como a tuberculose, a sida, a hepatite e a influenza (vírus da gripe), assim como das patologias associadas à má qualidade dos alimentos e água, infecções hospitalares ou decorrentes de intervenções médicas. A promoção da vacinação de doenças evitáveis e da correcta utilização dos antibióticos é outra das linhas de acção, explicou ao JN o professor da Escola Nacional de Saúde Pública, especialista em políticas de saúde e agora nomeado director executivo de uma das quatro unidades do ECDC, sediado em Estocolmo (Suécia).

A Unidade de Comunicação em Saúde terá como funções a produção de publicações cientificas e de informação geral sobre saúde pública, a criação de um website multilingue e estratégia global de comunicação da nova agência que, segundo Paulo Kuteev-Moreira, pretende praticar "um novo paradigma da saúde pública, da epidemiologia e da comunicação em saúde na Europa".

"É um desafio muito motivador uma vez que a sua acção está no epicentro das necessidades operacionais concretas e actuais dos sistemas de saúde europeus", sublinhou o novo director executivo (deputy head) da Unidade de Comunicação em Saúde. Preparação e Resposta a Crises, Aconselhamento Científico e Vigilância Epidemiológica são as outras três unidades do Centro Europeu para o Controlo da Doença.

A par da carreira de investigação e de docência, Paulo Kuteev-Moreira tem trabalhado como consultor do Ministério da Saúde em temáticas como política de desenvolvimento estratégico do Sistema Nacional de Saúde, integração dos cuidados de saúde, humanização, e-health e desenvolvimento integrado de serviços para os cuidados ao idoso.

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Enviado por: comanche em Agosto 22, 2008, 11:51:46 pm
Lisboa é o quartel-general do combate à malária

9 Ago 2008

RITA FERNANDES

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Doenças tropicais. A investigação em malária atravessa uma das melhores fases de sempre. Esta é a opinião de especialistas que recusam o discurso do 'lá fora é que é' e provam que, a partir de Portugal, é possível fazer boa ciência e marcar presença regular nas revistas internacionais de referência

Portugal é um centro avançado desta investigação

Maria Manuel Mota já palmilhou os corredores de universidades de Nova Iorque e Londres, onde fez pesquisa e continua a ir com regularidade, mas hoje é coordenadora e investigadora principal na Unidade de Malária do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa.

Lidera uma equipa de 14 investigadores que estudam as interacções que se estabelecem entre parasita e hospedeiro e que controlam o desenvolvimento da infecção por malária e da patologia a ela associada.

Carlos Penha Gonçalves também passou anos em laboratórios estrangeiros, na Suécia e na Grã- -Bretanha, e já está no seu segundo regresso. "Voltei", diz, "porque havia um projecto aliciante para abraçar, uma promessa que hoje é uma realidade e que se alargou a outras instituições".

Este investigador do Instituto Gulbenkian da Ciência diz que tem havido dinheiro das instituições internacionais para o combate à malária e que os investigadores portugueses têm respondido muito bem a esses apelos.

A prova está nos prémios e bolsas conseguidos por cientistas nacionais e nos diversos artigos que equipas a trabalhar em Portugal têm publicado em conceituadas revistas internacionais, como a Plos-One e a Nature Medicine. Há vários institutos onde existem grupos de investigação em diferentes áreas da malária.

O Instituto Gulbenkian da Ciência, com sede em Oeiras, é um deles. Conseguiu atrair para o País doutorados nacionais, e isso "trouxe outras perspectivas e outra ambição às instituições". Recentemente, Mónica Bettencourt recebeu uma bolsa da EMBO (European Molecular Biology Organization) para estabelecer em Portugal a sua equipa. Hoje, existem no IGC quatro equipas e mais de 20 cientistas e alguns até já partiram para outras instituições.

Carlos Penha Gonçalves sublinha que "a qualidade das pessoas tem melhorado muito e que isso tem sido um ponto de atracção, gerando mais dinheiro, mais equipamento e mais oportunidades". E não se pense que são apenas portugueses com saudades da terra que fazem esta leitura. Maria Manuel Mota destaca o exemplo de um investigador austríaco, sem qualquer ligação familiar ao país, que optou por fixar-se no IMM e aí desenvolver a sua actividade.

O interesse pela malária é centenário em Portugal como centenário é o Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) cujas equipas foram responsáveis, durante décadas, nas então colónias, pelo combate e pelo controlo eficaz não só desta doença mas também, entre outras, da tripanossomíase. Actualmente trabalham no IHMT dez doutorados, cada um com uma miniequipa.

Virgílio do Rosário licenciou-se em Moçambique e depois fez carreira em Edimburgo, no Brasil e nos EUA. Em 1991, veio para Portugal e criou, com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, o Centro de Malária e Outras Doenças Tropicais, num momento em que a massa crítica existente no País era bem menor. Licenciado em Medicina Veterinária, destaca a importância do trabalho coordenado (há já uma rede estabelecida entre instituições portuguesas, outra com entidades dos PALOP e uma terceira com parceiros espanhóis). Reconhece que houve grandes mudanças com "a criação do Centro de Malária e o aparecimento de institutos como o IMM, INETI, Faculdade de Farmácia, o IPATIMUP, a Universidade do Algarve e uma série de outras instituições que mostram os grandes avanços técnicos e científicos nesta área".

Maria Manuel Mota enaltece "a abertura pelo Governo", afirma que "há uma prioridade para a ciência", até a nível político, e que o aspecto menos positivo é a falta de consistência e regularidade dos apoios financeiros a projectos.
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Enviado por: André em Agosto 23, 2008, 12:57:31 pm
Cientistas estrangeiros escolhem Portugal para investigar

Muitos investigadores estrangeiros estão a escolher Portugal para trabalhar, aproveitando o investimento que o país está a fazer para recuperar do atraso nesta área, e alguns pensam ficar mais anos, porque entretanto criaram raízes pessoais.

O italiano Andrea Zille veio para Portugal há sete anos por razões pessoais e porque, «em relação à investigação, o país oferece mais condições que a Itália, com fundos mais bem direccionados», sendo «mais fácil entrar por mérito».

Zille, investigador do grupo de Microbiologia Celular e Aplicada do Instituto de Biologia Biomédica do Instituto de Biologia Molecular e Celular (INEB/IBMC), no Porto, está casado com uma arquitecta portuguesa que conheceu em Veneza, doutorou-se na Universidade do Minho e considera que o esforço português "ainda tem limites".

"Os bolseiros que estão a começar agora vão encontrar os problemas de insegurança que eu encontrei quando cheguei: passam anos sem um trabalho fixo e sem descontos para a Segurança Social, porque desempenham uma função que não é reconhecida como um trabalho, embora de facto o seja", explica.

O dinamarquês Soren Prag, no Instituto de Medicina Molecular (IMM) desde o ano passado, destaca que, em Portugal, um investigador "tem de ter um bom desempenho ou, de outra forma, não consegue bolsas para financiar a pesquisa".

Soren Prag veio para o IMM porque queria aprender sobre um sistema inovador de imagens desenvolvido pelo português António Jacinto, que lhe permite avançar no estudo do processo de metastização das células cancerígenas, mas agora está "a ter uma relação com uma portuguesa e curioso para compreender melhor a sua cultura".

O investigador dinamarquês considera positivos os programas Ciência 2007 e 2008, o trabalho das Fundações Gulbenkian e Champalimaud e o interesse do público em geral pela ciência.

"É muito importante ter um ambiente vibrante para desenvolver novas ideias", destaca Prag. Foi a possibilidade de desenvolver novas ideias que trouxe há sete anos para o INEB/IBMC a marroquina Meriem Lamghari, investigadora em regeneração óssea, que considera existirem "algumas oportunidades" para estrangeiros em Portugal, mas também "para portugueses que queiram voltar".

Meriem salienta que "é mais seguro ir para laboratórios já estabelecidos, nos EUA, por exemplo", mas que Portugal representa um desafio para "avançar e desenvolver áreas de trabalho". Há cerca de dois meses, o químico belga de origem argelina Fouzi Mouffouk, especialista em nanotecnologia, trocou Chicago, EUA, pelo Centro de Biomedicina Molecular e Estrutural da Universidade do Algarve (CBME/UA), que prepara um novo curso de medicina.

"Era muito difícil para mim imaginar-me a sair de uma cidade grande como Chicago para uma pequena como Faro, mas a transição correu mesmo muito bem, para mim e minha família", explicou, considerando que a sua primeira impressão foi "surpreendentemente boa", especialmente "a qualidade das pessoas" no Algarve.

Também em Portugal há poucos meses, o austríaco Gunnar Mair refere que conhece pouco do país - apenas "tinha ouvido falar de investigadores do IGC (Instituto Gulbenkian) e do IMM" -, mas descobriu logo que é muito difícil para um estrangeiro compreender e lidar com a burocracia portuguesa.

Gunnar Mair estuda a expressão genética do parasita da malária 'Plasmodium berghei', com contrato de cinco anos, na Unidade de Parasitologia Molecular do IMM, e com ele veio a companheira, a francesa Celine Carret, com uma bolsa pós-doutoral de três anos da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), para trabalhar na análise da base de dados gerada durante o estudo da malária.

"Não é frequente, na área de ciência, quando os dois parceiros trabalham no mesmo projecto, encontrar dois lugares para satisfazer os dois. Tivemos sorte", refere Carret, destacando que, em Portugal, as possibilidades que existem são atribuídas independentemente do género sexual do investigador.

"Quando falo com algumas amigas cientistas que estão pela Europa, este nem sempre é o sentimento", realça. Soren Prag gostava de "ficar em Portugal muitos anos", Meriem Lamghari pensa continuar no INEB, Fouzi Mouffouk tem contrato de cinco anos, mas afirma que gostaria de ficar mais tempo e Andrea Zille considera que "já está mais do que radicado".

Céline Carret e Gunnar Mair dizem que, depois desta experiência, o seu futuro pode não passar por Portugal. A atribuição de bolsas de doutoramento pela Fundação para a Ciência e Tecnologia cresceu 77 por cento (de 1.172 para 2.078) entre 2005 e 2007 e a atribuição de bolsas de pós-doutoramento aumentou 41 por cento, de 737 para 898.

O Ciência 2007/2008 é um programa governamental de selecção de instituições e recrutamento de investigadores para integrar 1.000 doutorados no Sistema Científico e Tecnológico Nacional, através de contratos a termo certo, com o investimento previsto de 250 Milhões de euros em cinco anos.

Lusa
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Enviado por: comanche em Agosto 28, 2008, 11:18:52 pm
Ciência e Tecnologia: Grandes Opções do Plano para 2009

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Pela primeira vez, o Orçamento de Ciência e Tecnologia ultrapassou, em 2008, o valor de 1 % do PIB, reafirmando o compromisso do Governo na prioridade dada ao desenvolvimento científico e tecnológico nacional (0,83 % em 2005). Ao mesmo tempo, a fracção do Orçamento do Estado em Ciência e Tecnologia atinge o valor inédito de 3,6 % do PIB (2,6 % em 2005).

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) financia actualmente 4 940 projectos de I&D em todos os domínios científicos (aumento de cerca de 20 % em relação a 2005). No âmbito da promoção do emprego científico, foi contratualizada com instituições do sistema científico e tecnológico nacional a inserção de 630 novos doutorados, na sequência do concurso lançado pela FCT (tendo em vista a contratação de pelo menos mil investigadores doutorados até 2009). O número total de bolsas de investigação financiadas pela FCT tem vindo a crescer, tendo atingido cerca de 5 820 em 2007 (4 300 de doutoramento e 1 190 de pós-doutoramento).

Foi lançada a Iniciativa Nacional GRID para a computação avançada em rede (INGRID) e criada a plataforma ibérica IBEROGRID, com vista à partilha de recursos entre os dois países vizinhos.

Foi concluída a primeira fase do programa de parcerias internacionais lançado em 2006, com a concretização dos primeiros programas de doutoramento e de formação avançada. Neste contexto, foram lançados projectos com interesse para o tecido económico português, nomeadamente nos sectores automóvel, energético (Programa MIT-Portugal), nas telecomunicações e sistemas de informação (Programas CMU-Portugal e Fraunhofer-Portugal) e em conteúdos digitais (Programa UT Austin-Portugal). Merece ainda especial destaque o investimento recentemente concretizado pela AGNI em Portugal, planeado em colaboração com o Programa MIT-Portugal, para o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia, com ênfase na concepção e no desenvolvimento de pilhas de combustível.

No âmbito da colaboração com o MIT, foi lançado um programa de MBA de nível internacional em colaboração com a Sloan School of Management, assim como um programa de um laboratório de apoio ao desenvolvimento e internacionalização de projectos empresariais de base tecnológica.

No contexto do reforço da participação nacional no Programas-Quadro de I&DT da UE, foi lançada em 2007 a Unidade Nacional de Estímulo à participação de instituições portuguesas no 7.º Programa Quadro de I&D da Comissão Europeia, assente num sistema nacional de pontos de contacto. Em 2007, foram aprovados pela Comissão Europeia cerca de 800 contratos envolvendo mais de 1 000 centros de investigação e empresas portuguesas.

Foi reforçada a intervenção da Agência Ciência Viva em prol da promoção da cultura científica, designadamente através, por exemplo, do reforço do ensino experimental das ciências em escolas de ensino básico e secundário e das acções de dinamização da Cultura Científica e Tecnológica, bem como da extensão da Rede de Centros Ciência Viva, que hoje consagra um total de 16 Centros.

Salienta -se, ainda, que se pretende orientar o reforço das instituições e a criação de redes e consórcios de investigação com base na avaliação em curso de todas as unidades de I&D, que estará concluída em 2008. Pretende -se, com este processo, uma melhor organização das unidades de I&D, a supressão de unidades de qualidade insuficiente e o reforço de massas críticas por agregação de instituições ou constituição obrigatória de redes de partilha de recursos com direcção e acompanhamento científicos conjuntos.

Em 2009, serão reforçados os compromissos assumidos, procurando a concretização das metas definidas: i) atingir 5,5 investigadores (ETI) por mil activos até 2010 (3,8 em 2005 em Portugal e 5,5 na UE25); e ii) reforçar o investimento público em Investigação Científica e triplicar o investimento privado em I&D (que em 2003 era apenas de 0,24 % do PIB).

Neste contexto, salientam -se o reforço da contratação de novos doutorados para o sistema científico e tecnológico nacional (pelo menos mais 500 em 2008 -2009, no sentido de se garantir o apoio a pelo menos mil novos lugares de investigação até ao final da legislatura); a atribuição de bolsas de integração na investigação (em centros de I&D reconhecidos) de estudantes nos anos iniciais do ensino superior; as Redes temáticas de C&T; os consórcios de I&D (incluindo mecanismos de apoio à formação de Escolas de Pós -Graduação em Portugal); o Programa Mobilizador dos Laboratórios de Estado, incluindo a criação de seis novos consórcios com outras instituições de I&D; a entrada em funcionamento de novos Laboratórios Associados (e o reforço das condições de funcionamento dos Laboratórios Associados); o programa de cátedras convidadas de investigação e para a atracção de grupos de I&D para instituições portuguesas; a construção do Laboratório Internacional de Nanotecnologia (ITL) em Braga, na sequência de concurso internacional já lançado; o reforço do Programa de Parcerias para o Futuro (lançamento do acordo com a Harvard Medical School, filiação de Portugal à Iniciativa de Energia do MIT e início do Programa de MBA de nível internacional); a revisão do sistema de incentivos fiscais ao investimento privado em I&D; o reforço da intervenção da Agência Ciência Viva para a promoção da cultura cientifica e tecnológica e lançamento da Iniciativa Mostrar a Ciência que se faz em Portugal (ao mesmo tempo, será ampliada a Rede de Centros Ciência Viva, prevendo -se em 2008 -2009 a construção de mais quatro centros); a Presidência Portuguesa da iniciativa europeia EUREKA durante o segundo semestre de 2008 e o primeiro semestre de 2009; e a revisão da Lei do Mecenato Científico.


http://www.ueline.uevora.pt/newsDetail.asp?channelId=EE2EF76E-CCF2-47FD-96A9-8DA6A990D4BC&contentId=8F214EA7-E9C0-4023-9E11-C5085F17805B
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Enviado por: Laruschuie em Agosto 28, 2008, 11:29:47 pm
Cientistas da Universidade Nova fazem primeiros transístores com papel

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Uma equipa do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat/I3N), da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa, produziu – pela primeira vez – transístores com uma camada de papel. Num artigo a publicar em Setembro na revista IEEE Electron Device Letters, Elvira Fortunato e colegas mostram que o novo dispositivo rivaliza em performance com as mais avançadas tecnologias de filme fino. Resultados promissores que poderão ser explorados em ecrãs de papel, etiquetas e pacotes inteligentes, chips de identificação ou aplicações médicas.

Actualmente, assiste-se a um crescente interesse da indústria electrónica pelo desenvolvimento de dispositivos com biopolímeros, pois estes potenciam um manancial de aplicações baratas. A celulose é o principal biopolímero da Terra. Por isso, alguns estudos internacionais relataram, recentemente, a utilização de papel como suporte físico de componentes electrónicos. Porém, até hoje, ninguém tinha recorrido ao papel como parte integrante de um transístor.

Numa abordagem inovadora, o grupo de investigação do Cenimat/I3N – coordenado pelos Professores Elvira Fortunato e Rodrigo Martins – fabricou transístores de filme fino nos quais uma das camadas – o dieléctrico – é uma vulgar folha de papel. «[Nos dispositivos] do artigo usámos papel vegetal, mas já fizemos [transístores] com papel de fotocópia», conta a coordenadora do Cenimat.

E para que serve o dieléctrico, ou isolante eléctrico? Um transístor é um dispositivo com três terminais – fonte, dreno e porta. Nos transístores de efeito de campo (FET, field effect transistor) – como é o caso – a corrente eléctrica que passa entre a fonte e o dreno é controlada pela tensão aplicada ao terceiro terminal, a porta. Para tudo isto funcionar, a porta tem de estar isolada electricamente da fonte e do dreno. Daí a importância da tal camada dieléctrica.

Mas os cientistas da Nova foram mais longe: lembraram-se de fabricar FETs utilizando os dois lados de uma folha de papel. Numa das faces depositaram o material que opera como porta e na outra construíram a estrutura correspondente aos restantes terminais. Desta forma, o papel actua simultaneamente como isolante eléctrico e como suporte do próprio dispositivo. «É tipo dois em um», diz Elvira Fortunato.

E funciona? A resposta é: optimamente. Os testes às propriedades eléctricas dos dispositivos mostraram que estes são tão competitivos como os melhores transístores de filme fino baseados em óxidos semicondutores (área de ponta na qual esta equipa detém patentes internacionais).

Estes resultados – aliados à possibilidade de estes FETs serem produzidos em larga escala e ao baixo custo do papel – auguram promissoras aplicações no campo da electrónica descartável.


http://www.unl.pt/nova/investigacao/noticias-inv/transistor-com-papel
Título:
Enviado por: Falcão em Agosto 29, 2008, 10:06:06 am
Citação de: "Laruschuie"
Cientistas da Universidade Nova fazem primeiros transístores com papel

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Uma equipa do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat/I3N), da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa, produziu – pela primeira vez – transístores com uma camada de papel. Num artigo a publicar em Setembro na revista IEEE Electron Device Letters, Elvira Fortunato e colegas mostram que o novo dispositivo rivaliza em performance com as mais avançadas tecnologias de filme fino. Resultados promissores que poderão ser explorados em ecrãs de papel, etiquetas e pacotes inteligentes, chips de identificação ou aplicações médicas.

Actualmente, assiste-se a um crescente interesse da indústria electrónica pelo desenvolvimento de dispositivos com biopolímeros, pois estes potenciam um manancial de aplicações baratas. A celulose é o principal biopolímero da Terra. Por isso, alguns estudos internacionais relataram, recentemente, a utilização de papel como suporte físico de componentes electrónicos. Porém, até hoje, ninguém tinha recorrido ao papel como parte integrante de um transístor.

Numa abordagem inovadora, o grupo de investigação do Cenimat/I3N – coordenado pelos Professores Elvira Fortunato e Rodrigo Martins – fabricou transístores de filme fino nos quais uma das camadas – o dieléctrico – é uma vulgar folha de papel. «[Nos dispositivos] do artigo usámos papel vegetal, mas já fizemos [transístores] com papel de fotocópia», conta a coordenadora do Cenimat.

E para que serve o dieléctrico, ou isolante eléctrico? Um transístor é um dispositivo com três terminais – fonte, dreno e porta. Nos transístores de efeito de campo (FET, field effect transistor) – como é o caso – a corrente eléctrica que passa entre a fonte e o dreno é controlada pela tensão aplicada ao terceiro terminal, a porta. Para tudo isto funcionar, a porta tem de estar isolada electricamente da fonte e do dreno. Daí a importância da tal camada dieléctrica.

Mas os cientistas da Nova foram mais longe: lembraram-se de fabricar FETs utilizando os dois lados de uma folha de papel. Numa das faces depositaram o material que opera como porta e na outra construíram a estrutura correspondente aos restantes terminais. Desta forma, o papel actua simultaneamente como isolante eléctrico e como suporte do próprio dispositivo. «É tipo dois em um», diz Elvira Fortunato.

E funciona? A resposta é: optimamente. Os testes às propriedades eléctricas dos dispositivos mostraram que estes são tão competitivos como os melhores transístores de filme fino baseados em óxidos semicondutores (área de ponta na qual esta equipa detém patentes internacionais).

Estes resultados – aliados à possibilidade de estes FETs serem produzidos em larga escala e ao baixo custo do papel – auguram promissoras aplicações no campo da electrónica descartável.

http://www.unl.pt/nova/investigacao/noticias-inv/transistor-com-papel

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A team at Universidade Nova de Lisboa in Portugal have produced the world's first field-effect transistor based on paper. The paper layer acts as an "interstrate", with the actual FET components being fabricated onto both sides: so the paper holds the transistor together and acts as an insulator. Amazingly in tests the paper transistor performed better than amorphous silicon transistors and even approaches the performance of state-of-the-art oxide thin-film transistors. Why is this interesting news? Mainly since paper is a lower-cost substrate than silicon, so this invention opens the way for cheap, or even disposable, paper displays, smart labels, RFID technology... basically expect more ubiquitous technology integration in future products.


Uma autêntica revolução!

:G-beer2:
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Enviado por: comanche em Agosto 31, 2008, 06:59:31 pm
O mundo transparente da ciência portuguesa
08-08-2008

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Se algum dia entrar num Ferrari com mostradores digitais no pára-brisas terá provavelmente à sua frente tecnologia portuguesa criada no Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. É lá que trabalha a investigadora Elvira Fortunato, recentemente distinguida na área da Engenharia pelo European Research Council (ERC).


À entrada do departamento do Cenimat, situado no Campus de Caparica, não se adivinha que naquele tímido edifício branco se produz tecnologia de ponta. Mas lá dentro, tudo é mais arrojado, a começar pelas explicações da investigadora ao PortugalDiário sobre o projecto «Invisible», que lhe valeu um prémio de 2,5 milhões de euros, e tudo menos invisibilidade. «Há duas semanas que não consigo trabalhar, só com entrevistas». Toda a gente quer saber mais sobre a solução inovadora que apresentou para criar transístores sem recurso ao tradicional (agora) silício, em que trabalha há já cinco anos.

Faça-se luz

«É uma área nova em termos tecnológicos. No fundo nós utilizamos materiais cerâmicos como semicondutores. Utilizamos materiais que são utilizados em cimentos ou em tijolos em transístores», diz. Ao seu lado, um pequeno suporte de madeira ostenta um vidro com leds incrustados, desenhando as letras «FCT» ¿ as iniciais da Faculdade de Ciências e Tecnologia. Elvira carrega num pequeno botão vermelho e faz-se luz no centro do vidro, e também na sua explicação: «Não se vêem fios a ligar aos leds. Esta superfície de vidro está coberta com um óxido condutor que tem as propriedades ópticas de um vidro, de um material isolante, mas também as eléctricas de um metal».

O facto desta tecnologia ser produzida à temperatura ambiente - «como fazer um refogado sem aquecer» - abriu também outras possibilidades. Foi assim que nasceu o transístor de papel, que poderá vir a ter uma aplicação prática na área da electrónica descartável, tal como cartões e etiquetas inteligentes. Já os transístores e circuitos transparentes abrem também uma série de portas, tal como explica Rodrigo Martins, presidente do Departamento de Ciência dos Materiais, que revela parcerias com empresas como a Samsung, a Fuji, a LG, a Saint Gobain, a HP e a Fiat. No ramo automóvel, a Ferrari merece uma explicação: «Pretende-se ter todos os mostradores ao nível da visão do condutor e ter tudo implantado no vidro da frente do automóvel».

A chave do sucesso

O trabalho da equipa de Elvira Fortunato valeu-lhe uma felicitação pessoal do Presidente da República, a desejar-lhe «os maiores sucessos nesta área». E para continuar na senda da inovação, a investigadora já tem destino para os 2,5 milhões euros. Parte irá financiar a compra de um microscópio electrónico único em Portugal, que poderá dar apoio também à área das nanotecnologias. O resto vai permitir alargar a equipa de 30 para 33 pessoas e sustentar dar estabilidade ao trabalho destes investigadores nos próximos cinco anos.

A investigadora parece não ter dúvidas sobre a capacidade de continuar a inovar e acha que com trabalho é possível criar coisas novas em Portugal. Rodrigo Martins também partilha da mesma convicção, apesar de ter lamentar que falte por vezes visão a outros níveis, fora dos laboratórios. «Quando ela foi falar com pessoas responsáveis, em vez de a incentivarem a concorrer [ao ERC], a primeira reacção foi: olhe que este concurso é para a nata da nata europeia. Há uma subalternização, quase incompreensível». Mas Elvira acabou por acreditar. E é este o conselho que deixa aos investigadores mais jovens: «Tenham brio naquilo, trabalhem, e acima de tudo tentem fazer aquilo que gostam. Reunidas estas valências, em qualquer área, qualquer pessoa terá sucesso».

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Enviado por: Chicken_Bone em Agosto 31, 2008, 08:29:34 pm
Comanche e André: Apraz-me mt q haja ppl em cima de ciência e tecnologia como eu ando e, particularmente na Pt!!!!!

Onde costumais arranjar as notícias sobre tecn pt? Só costumo encontrá-las em jornais convencionais.

Obrigado!
Título:
Enviado por: André em Agosto 31, 2008, 09:26:49 pm
Citação de: "Chicken_Bone"
Comanche e André: Apraz-me mt q haja ppl em cima de ciência e tecnologia como eu ando e, particularmente na Pt!!!!!

Onde costumais arranjar as notícias sobre tecn pt? Só costumo encontrá-las em jornais convencionais.

Obrigado!


http://www.cienciahoje.pt/index.php (http://www.cienciahoje.pt/index.php)

Mas principalmente arranjo informação pela Agência Lusa ...  :D  :wink:
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Enviado por: André em Setembro 02, 2008, 03:57:30 pm
Barco solar português passa nos testes de navegabilidade

Os primeiros testes de navegabilidade da primeira embarcação do país movida a energia solar foram realizadas esta semana na Ria Formosa e as garantias de segurança estão garantidas, disse hoje fonte oficial.
O barco ecológico que não precisa de combustível foi na segunda-feira à tarde alvo de testes de navegabilidade durante duas horas na Ria Formosa, junto a Faro, e segundo informações pela Autoridade Marítima do Sul «oferece toda a segurança equivalente a uma outra qualquer embarcação».

«A não emissão de gases poluentes torna o passeio da embarcação mais amigo do ambiente e menos ruidoso», revelou Reis Ágoas, comandante da Capitania de Faro, reconhecendo as vantagens daquela embarcação que navega silenciosamente e não polui o meio ambiente.

O «Alvor Flor do Sol», foi assim baptizado, já foi levado para o estaleiro de Portimão para ser registado e seguirá depois para Alvor, onde servirá para fazer passeios marítimos na costa portuguesa.

Os proprietários do barco, um casal luso-irlandês que detém a empresa «Alvor Boat Trips», pretendem com esta embarcação realizar passeios turísticos a oito nós de velocidade (cerca de 15 quilómetros/hora) entre Alvor, Portimão e Lagos, passando pelas praias algarvias do Vau, Três Irmãos, Rocha, Meia Praia e D. Ana.

Com 11 metros de comprimento e com uma lotação de 14 pessoas, a embarcação amiga do ambiente foi construída desde o natal passado num estaleiro naval de Faro, com sede no lugar de Mar e Guerra, no meio de estufas e pomares de citrinos e o custo da obra ronda os 140 mil euros.

«Estou muito optimista no sucesso da embarcação, porque vai defender o meio ambiente», declarou à agência Lusa a irlandesa Róisín O´Hagan.

O marido de Róisín, o português Luís Lourenço, também está convicto que o barco equipado com 15 painéis solares e 12 baterias vai ter êxito no mar português.

A divulgação do barco ecológico vai ser feita nos hotéis algarvios do grupo Pestana e na Internet e há contactos com turistas irlandeses interessados em experimentar esta aventura, conta o futuro dono do protótipo, Luís Lourenço.

O autor do projecto, Jorge Severino, «pai» das cerca de 300 embarcações da marca «Tridente» que flutuam na doca de Faro e na Escola Naval da Praia de Faro, acredita que o único futuro para as embarcações marítimo-turísticas são o motor eléctrico-solar.

«É impensável continuar a queimar milhares de toneladas de combustível e deitar gases ao mar», observa o mentor do barco, garantindo que em Portugal não há ainda nenhuma unidade semelhante e que na Europa «são poucos os exemplares» a navegar.

Lusa
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Enviado por: comanche em Setembro 02, 2008, 11:16:02 pm
Tecnologia: AvePark vai criar 600 postos de trabalho até ao fim do ano

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Guimarães, 01 Set (Lusa) - O AvePark - Parque de Ciência e Tecnologia de Guimarães, que o primeiro-ministro inaugura sábado, tem já garantida a instalação de 27 empresas que vão criar, ainda este ano, 600 postos de trabalho, disse hoje à Lusa fonte do organismo.

O vice-reitor da Universidade do Minho, José Mota, que preside ao Conselho de Administração do Avepark, anunciou que estão em curso negociações com várias outras empresas tecnológicas que aumentarão para 1.200 o número de pessoas que ali trabalharão no final de 2010.

A estrutura, sedeada nas Caldas das Taipas, será inaugurada sábado pelo primeiro-ministro, José Sócrates e pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago.

José Mota frisou que o AvePark ultrapassou a meta prevista para 2008, já que se previa que fossem criados apenas 300 empregos no primeiro ano de actividade.

O responsável acrescentou que, ainda este ano, arranca o Instituto Europeu de Medicina Regenerativa de Tecidos que, a prazo, terá 200 investigadores nacionais e estrangeiros ao seu serviço.

Dentre as empresas já sedeadas no Avepark estão 25 «spin-off's» da Universidade do Minho (UM), uma delas de grande relevância económica e científica, a 3B's, que faz investigação aplicada na área da Medicina de Tecidos, em sintonia com o trabalho do Instituto Europeu de Medicina Regenerativa.

Com pavilhões já em fase de conclusão estão, também, as empresas Orto21, que se dedica a produzir cadeiras de rodas com elevada incorporação tecnológica, e uma de recursos humanos, a CRH.

"Queremos atingir, também na área das tecnologias a média europeia", sublinhou o vice-reitor.

Adiantou que há interesse de instituições e empresas galegas em instalar-se no Avepark, nomeadamente porque a região ainda tem acesso a apoios comunitários.

Para José Mota, dadas as estruturas que acolhe, acessibilidades, fibra óptica, universidades e estruturas de investigação e acesso a fundos comunitários, o Minho "é a melhor região do país para se investir".

O Avepark, que terá uma ligação por via rápida à auto-estrada para o Porto e Braga, foi projectado para acolher, no prazo de 10 anos, 200 empresas tecnológicas.

A instalação das empresas permitirá a criação de quatro mil empregos qualificados, entre cientistas e investigadores, que assim se fixarão na região do Minho.

O parque, que tem como suporte natural a Universidade do Minho, está instalado em 80 hectares de terrenos nos arredores da vila das Caldas das Taipas, em pleno Vale do Ave.

O AvePark, que recebeu um subsídio governamental de 3,2 milhões de euros, é uma sociedade constituída pela Câmara de Guimarães, com 51 por cento do capital, pela Universidade do Minho, a Associação Industrial do Minho e a Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto (com 15 por cento, cada) e pela Associação Industrial e Comercial de Guimarães, com quatro por cento.

O investimento total em infraestruturas e no chamado edifício central - já terminado - atinge os 10 milhões de euros, verba a que haverá que somar o valor dos terrenos doados pela Câmara de Guimarães.

Os organismos que ali se instalarem beneficiam de uma rede de infra-estruturas básicas, com destaque para a de fibra óptica, ligada quer ao Campus de Guimarães da Universidade do Minho, quer à rede de computação científica nacional.

A zona será, também, dotada de serviços de apoio, nomeadamente um hotel para cientistas, bares e restaurantes, sem esquecer as zonas de lazer.

"Para além das tecnologias, estamos numa zona florestal e campestre de que queremos usufruir", sublinhou o responsável.

Para José Mota o Avepark, cuja construção será dividida em duas fases - a primeira com 45 a 50 hectares e a segunda com 30 - terá efeitos positivos, a médio prazo, de retorno do investimento para as finanças públicas, já que vai proporcionar receitas fiscais vultuosas.

O projecto do AveParK foi lançado em 1998 pelo então ministro Valente de Oliveira, mas esteve como que em «banho-maria» durante vários anos, devido às hesitações dos sucessivos governos e a «embrulhadas» bairristas de tipo municipal.

Com a criação da Agência de Inovação, e com o reforçado interesse do município de Guimarães, ganhou novo fôlego há três anos, com a criação da sociedade gestora e o recomeço do investimento.

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Enviado por: André em Setembro 05, 2008, 05:33:07 pm
Viajar confortavelmente nos autocarros constitui projecto de investigação

O autocarro é o meio de transporte de eleição de centenas de portugueses. Muitos são os que, diariamente, a ele recorrem, seja por não terem alternativa, seja por considerarem importantes as vantagens, nomeadamente no que diz respeito ao ambiente, deste meio de transporte colectivo. Apesar das melhores condições que os modelos mais recentes de autocarros oferecem, é sempre possível progredir e aperfeiçoar. Assim, um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) decidiu desenvolver um estudo com o objectivo de melhorar a eficiência, o conforto e a segurança dos passageiros em autocarros. Os resultados são promissores.

“Autoconforto” é o nome do projecto de investigação que tem vindo a ser desenvolvido, ao longo dos últimos dois anos, por uma equipa de oito investigadores, coordenada por Manuel Gameiro, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da FCTUC.

O estudo visa a melhoria da aerodinâmica da carroçaria do autocarro e das condições de conforto no compartimento de passageiros. Segundo Manuel Gameiro, “o que se pretende é desenvolver metodologias que permitam avaliar o conforto global sentido pelos passageiros em autocarros, analisando o efeito combinado dos diferentes estímulos de desconforto”.

Melhorar é possível

Quando questionado sobre se os autocarros que actualmente circulam carecem de condições, Manuel Gameiro explica que “o panorama é muito diversificado, circulando nas nossas estradas autocarros com idades muito diferentes”. Segundo o professor “será naturalmente de esperar que os modelos mais recentes sejam tecnicamente mais evoluídos e possam proporcionar melhores condições”. No entanto, o professor da FCTUC considera que “há sempre espaço para melhoria” e que, “representando o autocarro uma solução racional sob o ponto de vista energético, gastando, quando as taxas de ocupação são adequadas, menos energia por passageiro e por quilómetro percorrido do que o transporte individual, é necessário torná-lo o mais atractivo possível”.

Graças ao projecto de investigação desenvolvido pelos investigadores da FCTUC, Manuel Gameiro afirma que “será possível testar novas soluções construtivas que contribuam para melhorar a situação em diferentes aspectos, nomeadamente ao nível das suspensões, do isolamento acústico entre o compartimento do motor e o habitáculo, dos escoamentos usados para a climatização, entre outros”. A melhoria da aerodinâmica da carroçaria dos autocarros permitirá a redução de consumo de combustível, particularmente importante em autocarros de longo curso.

Testes são positivos

Ate agora, vários testes foram realizados. Manuel Gameiro explicou ao Ciência Hoje que “já foram feitos os ensaios aerodinâmicos da carroçaria de um modelo de autocarro em túnel de vento, tendo sido também efectuadas simulações numéricas da mesma situação”. O professor acrescenta que “decorreram um conjunto de ensaios em estrada, tendo sido recolhidas, através de questionários, avaliações subjectivas dos passageiros”.

O projecto será concluído em breve. “Falta, neste momento, a montagem e os testes do manequim multisensorial”, revela Manuel Gameiro. A equipa de investigadores da FCTUC, que pretende simular e avaliar as condições de conforto, vai recorrer a um manequim capaz de prever a resposta dos passageiros expostos a diferentes condições no autocarro e de avaliar, com rigor, todo o conjunto de parâmetros ambientais que interferem no conforto dos viajantes.

Produtos serão aperfeiçoados

Quando questionado sobre se é de prever que, graças aos resultados desta investigação, sejam introduzidas alterações nos autocarros portugueses, Manuel Gameiro afirma que “com certeza, os fabricantes continuarão a querer conquistar mercado e, para o fazerem, terão de melhorar os seus produtos, de forma a que satisfaçam as exigências dos clientes”. Os construtores de equipamento poderão, assim, usufruir dos resultados da investigação para aperfeiçoar os seus produtos e dar resposta às exigências de qualidade dos clientes.

O projecto “Autoconforto”, financiado pela Agência de Inovação, tem sido desenvolvido em parceria com a Marcopolo (Indústria de Carroçarias), o Instituto Politécnico de Leiria e a empresa espanhola Carrier-Sustrack.

Ciência Hoje
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Enviado por: comanche em Setembro 11, 2008, 12:52:02 am
Projecto da CERN tem 120 cientistas portugueses


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O laboratório internacional, que começou hoje recriar o "Bing Bang", tem 120 cientistas portugueses. A Organização Europeia de Pesquisa Nuclear, mais conhecida por CERN, tenta chegar à partícula que serve de base a tudo no mundo.

O acelerador de partículas está a emitir feixes de protões, à velocidade da luz, dentro de uma máquina que está debaixo de terra ao longo de 27 km, entre a Suíça e a França.

Gaspar Barreira coordena a equipa portuguesa que faz parte do CERN. Ao Rádio Clube, destacou a participação portuguesa neste projecto pioneiro. Portugal e os outros países contribuem com 8 milhões de euros por ano para o CERN. Gaspar Barreira explica como foi recriado um mini "Bing Bang".

Portugueses participam no colisionador do CERN
EDUARDA FERREIRA
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Duas equipas portuguesas participam em projectos do CERN, o Laboratório Europeu de Física de Partículas que hoje põe em marcha, entre a França e a Suíça, as experiências para reproduzir o momento inicial da matéria.

Um equipamento sofisticado que emite luz à passagem de partículas quando estas circulem a altíssima velocidade no túnel do colisionador do CERN foi entregue à responsabilidade de cientistas portugueses. Trata-se do calorímetro hadrónico. A luz por ele emitida nesses momentos é recolhida em fibras ópticas, todas calibradas uma a uma por um computador, em Lisboa. A equipa de trabalho tem sido liderada por João Varela, investigador do Instituto Superior Técnico.

Outro grupo de pesquisa português que contribui para a experiência destinada a estudar as origens da matéria e as condições em que ela se forma é coordenada por Ana Henriques. O seu trabalho tem a ver com a área de desenho e preparação de circuitos integrados. Trata-se da experiência ATLAS. Aqui, a equipa portuguesa foi responsável pela calibração do detector de partículas com o nome do projecto, um dos que estará ao serviço do CERN . Este detector será fundamental para analisar os dados sobre as colisões de feixes de partículas ocorridas em pontos determinados dos 27 quilómetros de túnel. Tais colisões serão provocadas nos próximos meses e os primeiros resultados só estarão disponíveis dentro de dois anos. Imagens do detector ATLAS serão usadas no filme baseado no livro "Anjos e Demónio", de Dan Brown. Apesar de ceder as imagens, o CERN demarca-se do conteúdo das obras.

Título:
Enviado por: AC em Setembro 11, 2008, 10:05:10 pm
Essa segunda parte está um pouco confusa.

O LHC tem 5 partes principais: o acelerador propriamente dito e 4 detectores que irão detectar o resultado das colisões no acelerador: CMS e ATLAS são os maiores, ALICE e LHCb são mais pequenos.

O Calorímetro Hadrónico é um dos componentes principais do detector CMS.

Há portugueses envolvidos em todas as 5 partes, mas principalmente em ATLAS e CMS.
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Enviado por: comanche em Setembro 13, 2008, 12:44:12 am
Investigação: Prémio NEDAI distingue cientista do Instituto Gulbenkian de Ciência  

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Porto, 12 Set (Lusa) - O cientista Ângelo Chora, que integra a equipa de Miguel Soares no Instituto Gulbenkian de Ciência, recebeu hoje no Porto o prémio NEDAI, de investigação em auto-imunidade, disse à Lusa fonte daquela instituição.

O prémio do Núcleo de Estudos de Doenças Auto-Imunes foi entregue durante o 6th International Congresso on Autoimmunity e distinguiu um trabalho que, a longo prazo, pode ajudar a combater a esclerose múltipla.

Trata-se de uma investigação sobre a Hemeoxigenase-1 e o monóxido de carbono, desenvolvida em ratos.

A investigação permitiu descobrir que se pode suprimir a neuroinflamação de origem auto-imune, como a que acontece na esclerose múltipla.

"Mas, desta descoberta até podermos curar a esclerose múltipla vai um caminho longo, muito longo. Ainda assim, é um caminho que vale a pena fazer", disse Miguel Soares, em declarações à Lusa.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica crónica, altamente incapacitante, de causa ainda desconhecida.

Os autores verificaram ainda que o monóxido de carbono age de uma forma protectora em muitas outras doenças ditas inflamatórias, incluindo a arteriosclerose ou mesmo doenças infecciosas como a malária.

O Prémio NEDAI de Investigação em Auto-Imunidade, no valor de 7.500 euros, distingue anualmente trabalhos desenvolvidos em Portugal que privilegiem a ligação da investigação à clínica.

JGJ/PF.

Lusa/fim

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Enviado por: André em Setembro 15, 2008, 09:22:11 pm
Universidade de Coimbra desenvolve robô cirurgião

Investigadores da Universidade de Coimbra estão a criar um robô que, dentro de alguns anos, estará apto a realizar cirurgias minimamente invasivas nos hospitais, com grande inovação relativamente às soluções existentes.

Dentro de um ou dois anos poderá ser utilizado já em situações reais na tele-ecografia, por ser uma aplicação não invasiva, e um ano depois poderá ser testado em cirurgia de cadáveres, antes de humanos vivos, explicou à agência Lusa Rui Cortesão, coordenador do projecto.

Para este docente de electrotécnica na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), este robô em desenvolvimento pesará apenas 27 quilogramas e será "bastante mais barato" do que um similar existente no mercado, o Da Vinci.

Segundo Rui Cortesão, o Da Vinci custa um milhão de euros, tem uma dimensão elevada, ocupando uma sala, e não transmite ao cirurgião a sensação de contacto, a informação de força, ao contrário do sistema em desenvolvimento.

O robô médico, designado de WAM, de acordo com o investigador, será indicado para cirurgia minimamente invasiva, ou seja, para a cirurgia que se realiza através de pequenos orifícios abertos no corpo humano, ou pelos orifícios naturais.

«Melhor conforto para o cirurgião, integração em tempo real dos dados intra-operativos (movimento guiado por imagem e movimento controlado por força), cirurgia menos dolorosa e traumatizante para o paciente e tempo de recuperação mais curto» são algumas das características do invento, refere uma nota do gabinete de imprensa da FCTUC.

O robô, que poderá estar no mercado «dentro de cinco a sete anos», possui «um 'coração' recheado de um software altamente sofisticado composto por inúmeros algoritmos de controlo e diversos sensores, dotando-o de uma inteligência superior e de graus de liberdade extra que estão ao dispor do cirurgião», acrescenta.

De acordo com a mesma nota, o WAM «tem uma precisão intrínseca para garantir a máxima segurança», dispondo de uma «arquitectura de controlo global para garantir tolerância a falhas sensoriais e robustez a erros nos modelos».

Além da utilização na cirurgia, o robô ajuda o cirurgião no treino de destreza para situações reais e poderá ter uma aplicação na tele-ecografia.

«Com o encerramento de maternidades este robô poderá ser uma boa opção. O ginecologista pode estar em Coimbra e examinar ecografias de Bragança, Viseu, Guarda ou Castelo Branco. Para tal bastará a presença de um técnico no hospital», refere a mesma nota da FCTUC.

Iniciada há um ano, embora na sequência de estudos ao longo de cinco, a investigação conta com o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Envolve sete investigadores da FCTUC e, numa fase avançada de testes, agregará a colaboração dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

Lusa
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Enviado por: comanche em Setembro 16, 2008, 08:50:43 pm
Genética: Investigadores do IPATIMUP identificam mecanismo de regulação de proteína que provoca o cancro do estomâgo


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Porto, 16 Set (Lusa) - Uma equipa de investigadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) identificou um novo mecanismo de regulação da caderina-E, proteína responsável pelo cancro de estômago hereditário.

"O que fizemos foi pegar em mutações desta proteína para tentar perceber qual o seu mecanismo de regulação", afirmou hoje Joana Correia, que conduziu a investigação, em declarações à Lusa.

O trabalho desta equipa de investigadores foi recentemente publicado na revista Human Molecular Genetics, uma das mais importantes na área da genética.

"Esta foi a primeira vez que foi descrita, a nível internacional, a regulação deste mecanismo", frisou a investigadora portuguesa, salientando a importância da descoberta já que "quem perde a protecção desta proteína, desenvolve cancro no estômago".

Uma das principais consequências a curto prazo da descoberta feita pela equipa de investigadores do IPATIMUP é que a identificação deste mecanismo de regulação "poderá permitir a investigação de outras moléculas que possam justificar o cancro de estômago em quem tem a proteína".

Por outro lado, também pode permitir "a descoberta de uma forma de reverter o mecanismo, ou seja, de drogas que funcionem como terapêutica em famílias que apresentem esta mutação".

Esta investigação assume especial importância em Portugal, que é um dos países europeus com maior incidência de cancro do estômago.

Os dados oficiais indicam que cerca de três por cento dos casos têm um padrão hereditário, sendo o único gene até agora identificado como responsável pela doença o que codifica a proteína caderina-E.

A investigação realizada pela equipa do IPATIMUP contou com a colaboração do Instituto de Biotecnologia da Flandres, na Bélgica.

FR.

Título:
Enviado por: comanche em Setembro 16, 2008, 09:00:21 pm

Tecnologia: Universidade de Évora aplica prémio da HP em projecto inovador de ensino à distância



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Évora, 16 Set (Lusa) - A Universidade de Évora recebeu hoje um prémio internacional da Hewlett-Packard (HP) por um projecto que cruza uma metodologia de ensino inovadora com novas tecnologias informáticas, permitindo a professores e alunos um contacto permanente, fora da sala de aula.

O projecto "e-problem", a desenvolver nos próximos dois anos e com aplicação prática nas disciplinas de Macroeconomia (licenciatura em Economia) e Geomática (Engenharia Rural), granjeou o HP Wireless Technology for Teaching à Universidade de Évora.

A academia alentejana foi a única universidade portuguesa e uma das 15 da Europa, Médio Oriente e África a conquistar o galardão, que pretende promover o interesse dos estudantes pela ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

No âmbito do Wireless Technology for Teaching, a HP atribui às universidades seleccionadas tecnologia móvel de forma a redefinir o modelo das aulas e melhorar a interacção estudante-professor.

Assim, a Universidade de Évora vai receber uma bolsa avaliada em cerca de 64 mil euros, que consiste num fundo monetário e em tecnologia móvel HP, nomeadamente 21 computadores "tablet" (que permitem escrever directamente no ecrã), iPAQs, estrutura móvel de transporte e um Ponto de Acesso Wireless HP Procurve.

Na cerimónia realizada hoje em Évora, o director-geral da HP Portugal, Carlos Janicas, elogiou o projecto da universidade alentejana, o qual "traz novas formas de aprendizagem", tornando este processo "mais eficiente".

"Possibilita uma aprendizagem que, realmente, fique na cabeça do aluno, fazendo com que o ciclo de aprendizagem avance muito mais depressa e responda também aos desafios das empresas, que, no dia-a-dia, procuram ser mais rápidas em resolver um problema de um cliente", disse.

A Universidade de Évora pretende aplicar o prémio na implementação de novos processos de ensino/aprendizagem, associando metodologias tradicionais às novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), o que possibilita novas abordagens ao ensino à distância.

Estudantes de Economia e Engenharia Rural vão utilizar computadores portáteis "tablet", com placas 3G disponibilizadas pela Portugal Telecom/TMN, e aceder ao Moodle, plataforma de e-learning da universidade, em solução open-source, para resolver um problema suscitado pelo professor, colocar-lhe dúvidas de forma mais informal e imediata, apresentar relatórios, entre outras valências.

A Universidade de Évora, com os novos recursos informáticos, pretende testar a aplicação desta metodologia de ensino/aprendizagem, denominada Problem Based Learning (PBL), que envolve o trabalho dos alunos em torno da resolução de um problema, sem necessidade do contexto formal da sala de aula, tendo o professor o papel de "timoneiro" na construção orientada do conhecimento.

"Vamos tentar aumentar o que esta metodologia inovadora tem de bom, com uma interactividade professor-aluno que, de outra forma, não seria possível. A tecnologia móvel permite a resolução de problemas e dúvidas na hora e 24 horas por dia", explicou José Belbute, professor de Macroeconomia envolvido no projecto.

Também o docente José Rafael Marques da Silva, do Departamento de Engenharia Rural, responsável pela disciplina de Geomática, destacou a importância do projecto para a resolução de problemas concretos durante as sess��es de campo que os alunos vão ter.

Os computadores portáteis "tablet" vão ser equipados com GPS e Sistema de Informação Geográfica (SIG), disponibilizado pela empresa ESRI, podendo os alunos cruzar a sua posição geográfica com a informação digital, deixando assim de estar dependentes de múltiplos mapas em papel e, em pleno campo, esclarecer dúvidas com o professor.

Para o reitor da Universidade de Évora, Jorge Araújo, o prémio da HP e o projecto candidatado decorrem da capacidade de inovação da instituição, "antiga mas não velha", e do seu esforço de ligação às empresas.

RRL.

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Enviado por: comanche em Setembro 18, 2008, 09:57:09 pm
Professor da EST participa no desenvolvimento da próxima geração de redes móveis


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O professor da Escola Superior de Tecnologia do IPCB, Paulo Marques, do Departamento de Engenharia Electrotécnica, foi convidado pelo Comité de Standardização P1900 do IEEE (Instituto dos Engenheiros de ) a participar como membro com direito a voto no grupo de especialistas que está a desenvolver as normas técnicas dos futuros sistemas de comunicação móveis.

Nesse âmbito, Paulo Marques participou na reunião que decorreu na University of Science em Tokyo no passado mês de Julho. Segundo Paulo Marques, “a participação resulta do trabalho de investigação de pós-doutoramento, realizado em cooperação com o Instituto de Telecomunicações (Aveiro) e é um passo importante, uma vez que tenho a possibilidade de influenciar as normas técnicas usada pelos fabricantes da próxima geração de redes móveis, aproximando a investigação realizada da tecnologia adoptada pelo mercado”.

Daquele comité de especialistas fazem parte institutos de investigação Europeus, Americanos, Japoneses e da Coreia do Sul, bem como multinacionais como a NEC, Motorola, ou Sony, contando actualmente com 25 membros. De acordo com o docente da EST, “o objectivo deste grupo é desenvolver normas técnicas que ao serem implementadas pelos fabricantes dão resposta aos desafios actuais das redes de telemóveis. É que devido ao aumento do número de utilizadores, as redes de telemóveis 3G em breve não conseguirão suportar todo tráfego internet gerado por utilizadores cada vez mais exigentes e garantir simultaneamente uma cobertura global. Para ajudar a resolver este problema, a visão para o futuro das redes móveis, partilhada por este comité de especialistas, passa por implementar mecanismos de cooperação entre os telemóveis, mesmo de redes e utilizadores diferentes”.

Paulo Marques acredita que “um cenário simples de cooperação, poderá ser, por exemplo, um telemóvel quase sem bateria, ligar-se a um telemóvel vizinho através duma ligação sem fios BluetoothTM, gastando para isso pouca bateria porque a distância entre eles é pequena. Por sua vez, o telemóvel vizinho retransmite a chamada para a antena do operador do primeiro telemóvel que poderá estar a alguns quilómetros de distância. Note-se que os dois telemóveis pertencem a utilizadores que podem nem sequer conhecer-se, no entanto, o segundo telemóvel gastou da sua própria bateria para permitir que o vizinho faça a chamada. A isto designa-se um mecanismo de cooperação entre máquinas. Obviamente que o utilizador do segundo telemóvel terá que ter um incentivo financeiro para ajudar o primeiro. O modelo de negócio a implementar ainda está longe de ser definido. Estas soluções são exemplos de sistemas rádio cognitivos, capazes de reagirem em função do ambiente onde estão envolvidos, usando para isso mecanismos de percepção e inteligência artificial”.

O comité de standardização P1900 volta a reunir-se em Janeiro de 2009 em San Diego onde estas ideias continuaram a ser exploradas e formalizadas num novo standard técnico. Se o mercado aceitar esta tecnologia, Paulo Marques prevê que “os primeiros telemóveis cooperativos poderão estar nas lojas no início da próxima décad
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Enviado por: comanche em Setembro 18, 2008, 10:01:37 pm
Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab/UFP) proposto a instituições inglesas

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As Universidades de Cambridge, de Nottingham e o Imperial College London são exemplos das instituições a quem o Governo britânico propôs o  (FEELab/UFP), da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), da Universidade Fernando Pessoa (UFP), para o desenvolvimento do Global Partnerships Programme, segundo a informação prestada pelos serviços da Embaixada Britânica, em Lisboa.

Para além das universidades, o Governo Britânico apresentou o trabalho científico desenvolvido no Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab/UFP) às empresas Smiths Detection International UK - (world leader in transportation security, notably airport x-ray systems used in the search for illegal and dangerous items or for explosives detection in checked baggage, hand-baggage or on passengers themselves) e LondonTecnology Network, entre outras.

Segundo o parecer dos especialistas do Governo do Reino Unido, "As FEELab are keen to further develop their technology with the help of UK business and academic interests, there is potential with this GP enquiry for academic research and commercial long term contracts, strategic alliances, technology licensing and VAR opportunities".

O programa Global Partnerships tem como objectivo principal a divulgação e comercialização em universidades e empresas do Reino Unido dos produtos desenvolvidos no FEELab/UFP, designadamente as IT Applications e Interfaces, bem como o estabelecimento de intercâmbio de actividade científica entre os dois países.

O Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab/UFP) tem desenvolvido actividade pioneira no âmbito da identificação e reconhecimento da expressão facial, com particular enfoque em instrumentos com aplicação na área da justiça como a possibilidade de gravação do primeiro interrogatório judicial ou policial e na formação dos agentes judiciários.

Para o Director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab/UFP), Prof. Doutor Freitas-Magalhães, "a atitude do governo britânico é mais um reconhecimento internacional do trabalho científico que desenvolvemos e agora com a mais-valia de se promover e comercializar a tecnologia portuguesa ao mais alto nível, ou seja, nas universidades e empresas do Reino Unido".

O Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab/UFP), fundado em 2003, é o único do género em Portugal.
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Enviado por: comanche em Setembro 18, 2008, 10:23:22 pm
Empresa portuguesa vence WorldDidac Award 2008

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A NAUTILUS voltou a vencer o maior prémio de inovação no sector de tecnologias para a educação, desta vez com as estações interactivas NETBOARD. Em 2006 foi atribuido o galardão à mesa interactiva UNI_NET. O Júri, presidido por um consultor do MIT Boston, avaliou segundo os critérios de Qualidade, Segurança, Impacto Ambiental, Design, Inovação Pedagógica, Inovação Tecnológica e Rácio Custo vs Performance. Ambos os trabalhos premiados integram o projecto ESCOLA INTERACTIVA. A cerimónia de entrega dos prémios WORLDDIDAC AWARD 2008 realizar-se-á no próximo mês de Outubro, na Suíça.

As estações interactivas NETBOARD são suportes integrados com computador, quadro interactivo e projector de vídeo com a possibilidade de fácil regulação em altura usando apenas um dedo. É a solução ideal para uma aula interactiva pois integra todos os componentes necessários para o efeito: um computador, um quadro interactivo que permite múltiplo input, potência e interactividade; a integração de um vídeo projector de curta distância que evita sombras; o sistema de som cria maior envolvência na assistência. Todos os componentes estão permanentemente calibrados, configurados e prontos a usar. Com apenas um dedo o suporte ajusta-se à altura de um aluno alto de 18 anos, a um pequeno aluno de 6, ou a um deficiente motor em cadeira de rodas, isto pela utilização de um êmbolo hidráulico autoblocante controlado por um botão.

A pensar na ecologia, a NAUTILUS desenvolveu um sistema de elevação por êmbolo hidráulico, suave e silencioso que não precisa de energia eléctrica para funcionar. As canetas dispensam o uso de baterias, logo são anulados os problemas com o seu tratamento e reciclagem. Todos os componentes são bloqueados por fechadura para que não seja possível o seu furto. Todos os cabos são ocultados para evitar vandalismo ou problemas de segurança eléctrica. O braço que suporta o projector pode ser rodado até à parede para este não ficar em balanço o que poderia ser uma tentação para algum aluno se pendurar.
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Enviado por: comanche em Setembro 18, 2008, 10:26:49 pm
INESC Porto participa na revolução da rede eléctrica de distribuição
Vanessa Ribeiro    


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O INESC Porto volta a estar na linha da frente na criação de mecanismos tecnológicos na área da Energia. Numa altura, em que se fala das várias soluções energéticas, incluindo a Nuclear, que volta a estar na ordem do dia, está em curso um projecto que provocará uma verdadeira revolução na rede eléctrica nacional, quer para os operadores (neste momento, a EDP), quer para os consumidores que, no futuro, terão formas de racionalizar os seus consumos e de amortizarem na factura a microprodução. Trata-se de um projecto único na Europa.

Energy Box - Um contador que permite a telecontagem dos consumos de energia; a mudança de tarifa à distância e a partir do momento em que o cliente o solicita; uma gestão eficiente dos consumos individuais de electricidade permitindo uma redução da factura de energia, uma maior rapidez na resposta a reclamações por parte do operador de rede; a gestão da microgeração (quando instalada), uma monitorização e controlo mais eficiente da rede eléctrica, permitindo o aumento da qualidade de serviço prestado aos clientes.

Esta é a face mais visível do InovGrid – um projecto da EDP, impulsionado pela saída do Decreto-lei 363/2007 relativo à microprodução, e que é uma plataforma de entendimento em que o INESC Porto participa. A EFACEC, a Janz e a Logica são também parceiros do projecto, que, numa primeira fase, até 2010, representa um investimento de 12 milhões de euros.  

Um sistema de telecontagem procede à medição dos consumos ou produções de energia eléctrica, enviando essa informação para um sistema centralizado de informação, através de um sistema de comunicações o que permite eliminar erros de leitura e reduzir o número de reclamações, melhorando a qualidade de serviço comercial, reduzindo custos com a contagem.

O Sistema InovGrid é, contudo, muito mais do que um sistema de telecontagem. Trata-se também de um sistema de monitorização e controlo que engloba toda a rede de distribuição (incluindo a rede de Baixa Tensão) e que irá permitir uma gestão técnica mais eficiente da rede, permitindo gerir a integração de grandes volumes de microgeração, sem comprometer a robustez e a segurança de exploração da rede, e ainda permitir aos consumidores participar na gestão activa do sistema, como fornecedores de serviços, reduzindo consumos quando solicitado. Naturalmente que a prestação desses serviços ao sistema será depois objecto de remuneração aos consumidores participantes.

Do lado dos consumidores/produtores, as vantagens são também significativas. O sistema InovGrid, para além de passar a permitir integrar técnica e comercialmente a microgeração, irá permitir aos consumidores explorar melhor planos de tarifação que venham a ser disponibilizados no âmbito do desenvolvimento do mercado da electricidade que, quando integrados com a gestão activa dos consumos individuais, se traduzirá numa redução da factura de energia no consumidor.

Por outro este sistema permitirá uma fácil e rápida mudança de comercializador por parte do consumidor, nomeadamente quando os planos de preços oferecidos se tornarem mais interessantes. A utilização deste conjunto de potencialidades irá induzir maior competitividade na comercialização da electricidade proporcionando ganhos acrescidos aos consumidores. Cada instalação de utilização será ainda dotada de uma interface com o utilizador, o que lhe permitirá visualizar informações relevantes sobre os seus consumos e produções de electricidade, sobre os perfis típicos de consumo, balanços energéticos, etc., criando assim uma consciência energética acrescida.

“Este projecto vai permitir criar casas energeticamente inteligentes com um investimento mínimo para os consumidores. No limite, vai induzir comportamentos que permitem uma melhor e mais eficiente utilização da energia ao nível doméstico”, explica João Peças Lopes, coordenador da Unidade de Sistemas de Energia do INESC Porto e Professor Catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

De salientar, que, na Europa, apenas a Itália dispõe de um sistema semelhante, mas, ainda assim, muito limitado à telecontagem e pouco flexível, quando comparado com a solução que o projecto InovGrid está a implementar. Também Espanha, França e Alemanha estão a desenvolver soluções deste tipo.

João Peças Lopes sublinha ainda: “Este projecto integra-se no conceito das redes eléctricas inteligentes do futuro. Ou esperamos que alguém desenvolva estas soluções para as importar e utilizar posteriormente nas nossas redes, porque acabaremos por ter que o fazer, ou avançamos agora respondendo ao desafio e aproveitando a oportunidade que irá permitir uma afirmação internacional da indústria portuguesa”
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Enviado por: comanche em Setembro 18, 2008, 10:46:22 pm
FEUP testa experiências no Espaço

Vanessa Ribeiro    

Projecto Straplex vai voar até à estratosfera para testar experiências científicas


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Qual o impacto das condições estratosféricas sobre um organismo microcelular? É para responder a esta e outras questões que a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) vai lançar para o espaço a plataforma Straplex (STRAtospheric PLatform EXperiment), já nos próximos dias 15 e 16 de Setembro, a partir do Aeródromo Municipal de Évora.

Depois de cinco lançamentos de teste do sistema, esta será a primeira vez que o Straplex cumpre totalmente o objectivo para que foi criado: ser o veículo de transporte de experiências científicas diversas até à estratosfera.

Nascido em 2005 no Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da FEUP, o Straplex (www.straplex.org (http://www.straplex.org)) é hoje um programa conjunto da Faculdade e do Departamento de Educação da Agência Espacial Europeia (ESA). Tem também contado com o apoio de entidades como a empresa Airliquide, o Instituto de Sistemas de Computadores do Porto (INESC-Porto), o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI) e a Associação de Estudantes da FEUP (AEFEUP), entre outros.

Trata-se de uma plataforma concebida com o intuito de levar estudantes e investigadores europeus a testar facilmente experiências científicas em condições ambientais quase orbitais e a baixo custo. No entanto, as potencialidades do Straplex vão para além da aplicação académica, já que esta plataforma pode vir a ser utilizada para testes em áreas tão diversas como a óptica, a indústria aeronáutica, as telecomunicações ou mesmo a área militar.

Na prática, este engenho consiste numa cápsula com o formato de um prisma hexagonal e 30 a 50 centímetros de altura equipada com computador de bordo, telemetria, sistema de navegação e sensores de temperatura, pressão e outras condições ambientais. Alimentado por baterias e reutilizável após cada voo, o Straplex alberga experiências científicas e leva-as, com a ajuda de um balão de hélio, a 30 quilómetros de altura, ultrapassando 99% da massa da atmosfera que protege a vida na Terra.

Após uma subida de cerca de 1h30, a cápsula desce amparada por pára-quedas para aterrar suavemente a distâncias que podem ser superiores a 100 quilómetros do local de lançamento.

Desta forma, e ao contrário do que acontece com outras plataformas semelhantes, o equipamento e as experiências são recuperados.

Programado para o nascer do Sol (7h00) do dia 15 de Setembro, o voo inaugural do Straplex será lançado no Aeródromo Municipal de Évora, onde a estação de controlo estará também instalada. Esta iniciativa contará com cerca de 40 participantes portugueses, belgas, espanhóis e suecos e a presença de representantes da ESA, que pré-seleccionou as experiências que irão agora ser lançadas. Aos portugueses cabe a responsabilidade do lançamento e todo o acompanhamento técnico do Straplex
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Enviado por: André em Setembro 19, 2008, 03:42:07 pm
Empresa portuguesa de informática vence concurso internacional de avaliação de sistemas de pesquisa

A Priberam, empresa portuguesa de desenvolvimento de soluções informáticas, ficou em primeiro lugar na competição da Cross Language Evaluation Forum em sistemas de respostas a perguntas a nível informático, disputada entre 21 participantes europeus e dos Estados Unidos.

A competição promovida pela Cross Language Evaluation Forum (CLEF), organização que pretende promover a pesquisa e desenvolvimento no acesso à informação multilingues, é financiada por fundos comunitários de incentivo ao uso e desenvolvimento de outras línguas que não o inglês.

Na oitava edição desta competição, que decorreu na Dinamarca, a Priberam conquistou o primeiro lugar nos sistemas de respostas a perguntas em português e espanhol, depois de quatro participações em que conseguiram sempre lugares de destaque, nomeadamente o primeiro lugar no ano passado no espanhol e o segundo lugar no português.

Segundo Carlos Amaral, administrador da Priberam, estes sistemas são a próxima geração de motores de busca, porque o seu funcionamento de resposta automática a perguntas "é um pouco mais à frente do que é um vulgar motor de pesquisa, como o Google, em vez de fazer perguntas por palavras-chaves só, fazem-se perguntas por linguagem natural".
A resposta surge apenas com aquilo que se perguntou, por exemplo pode-se perguntar "Qual é a altura do Evereste?" e a resposta surge "8.849 metros" e não uma lista de link's para páginas.

Amaral explicou que o sistema "ao analisar os textos quando os está a indexar, faz uma análise do que está ali, que tipo de informação é aquela, já não está a classificar palavras, pura e simplesmente".

E acrescentou que "ele [sistema] vai mesmo perceber o significado tanto do que foi perguntado como daquilo que está nos textos" dados das páginas, base de dados, entre outros, onde vai buscar as respostas onde lê, inclusive, os contextos das palavras tanto nas perguntas como nas respostas e identifica pessoas e entidades no texto.

Aliás, este último subconjunto de funcionalidades valeu também à Priberam o primeiro lugar Avaliação do Reconhecimento de Entidades Nomeadas em Português (HAREM) deste ano ao qual concorreram pela primeira vez.

O HAREM é uma iniciativa que pretende avaliar o sucesso na identificação e consequente classificação automática dos nomes próprios na língua portuguesa organizado pela Linguateca.

Estes sistemas estão já presentes nos sites do Jornal de Notícias, da rádio TSF e do Supremo Tribunal de Justiça, entre outros, ajudando os utilizadores nas suas buscas.

A Priberam é uma empresa portuguesa que trabalha no desenvolvimento de soluções informáticas, principalmente na área linguística, desde 1989 tendo como produtos mais conhecidos dos consumidores o FLIP, corrector sintáctico e ortográfico, dicionário de sinónimos e hifenizador, vendido à Microsoft e que vem nas versões portuguesas do Office e o LegiX o programa que contém toda a legislação portuguesa.

Lusa
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Enviado por: Chicken_Bone em Setembro 19, 2008, 08:45:29 pm
A Priberam tb tem um dicionario de portugues espectacular: http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx (http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx)
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Enviado por: comanche em Setembro 20, 2008, 12:26:06 am
E-book criado na FEUP vence prémio internacional
Vanessa Ribeiro    

Obra multimédia bilingue criada na Faculdade de Engenharia e editada pela Editora da Universidade do Porto é a primeira a permitir acesso online a laboratórios remotos

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O e-book "Laboratórios de Instrumentação para Medição/Laboratories of Instrumentation for Measurement”, obra multimédia bilingue criada por uma equipa de docentes/investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) acaba de vencer a V Competição Internacional “eLearning in Praxis”, integrada na VI International Conference on Emerging eLearning Technologies and Applications (ICETA) 2008, que decorreu entre 11 e 13 de Setembro em Stará Lesná, na Eslováquia. Lançada em 2008 pela Editora da Universidade do Porto (Editora UP), esta obra foi premiada na categoria “Materiais de apoio à aprendizagem online”, que galardoa um instrumento de suporte ao ensino tradicional.

Trata-se de um e-book inovador já que, pela primeira vez, permite aos utilizadores o acesso directo ao ambiente laboratorial efectivo através de ligação remota a laboratórios reais, possibilitando desta forma um contacto com as técnicas de medição muito próximo ao de um ambiente laboratorial real. Da autoria de Maria Teresa Restivo, Fernando Gomes de Almeida, Maria de Fátima Chouzal, Joaquim Gabriel Mendes e António Mendes Lopes, docentes/investigadores da FEUP, este livro é recomendado para estudantes e profissionais de engenharia e outras áreas experimentais.

Numa altura em que a “Instrumentação para Medição” se assume cada vez mais como uma componente curricular indispensável devido às crescentes exigências de rigor colocadas pela área da experimentação, o e-book da FEUP procura colmatar uma falha na literatura técnico-científica nacional. Nesta obra a introdução a conceitos, metodologias e técnicas de medição – com exemplos, imagens, animações, vídeos, simulações e experimentação – é uma constante.

Segundo Teresa Restivo, coordenadora desta obra, os autores optaram por uma edição “totalmente electrónica, permitindo assim a disponibilização mais integrada e, simultaneamente, mais harmoniosa dos diversos tipos de recursos desenvolvidos no contexto do trabalho: os textos, as imagens, os esquemas, os vídeos, as animações, as simulações e as experiências remotas”. Está ainda garantida a possibilidade de impressão dos conteúdos de texto bem como a inclusão de comentários do utilizador.

O prémio “eLearning in Praxis“ foi instituído com o objectivo de avaliar o nível de implementação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na educação e motivar a criação, implementação e divulgação de novas modalidades de ensino baseada em soluções de eLearning. Com a atribuição deste prémio, o primeiro e-book editado pela Editora UP converte-se também na primeira obra da editora premiada no estrangeiro.
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Enviado por: comanche em Setembro 22, 2008, 12:54:49 am
Coimbra: Faculdade arranjou empregos para alunos de mestrado conjunto com universidade dos EUA



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Coimbra, 21 Set (Lusa) - Um mestrado em Engenharia de Software promovido em conjunto com a Carnegie Mellon University, dos EUA, permitiu à Universidade de Coimbra arranjar emprego para os 15 alunos seleccionados para o frequentar, soube a agência Lusa.

O curso, que este ano cumpre a sua segunda edição, viu preenchidas todas as suas vagas, não obstante as elevadas qualificações exigidas aos candidatos, mas todos eles se o terminarem com sucesso terão emprego garantido.

Aproveitando o prestígio do mestrado conjunto com a Carnegie Mellon University, um instituição de top mundial na Engenharia de Software, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) conseguiu junto de 8 empresas portuguesas, antes de ele se iniciar, 15 empregos para os candidatos.

No entanto, alguns deles já tinham emprego, e dois estrangeiros que frequentam o mestrado não se quiseram vincular, o que tornou desnecessárias algumas disponibilidades.

João Gabriel Silva, presidente dos conselhos Directivo e Científico da FCTUC explicou que aos candidatos que o pretenderam celebraram contratos de trabalhos condicionados ao sucesso da obtenção do grau, comprometendo-se as empresas a pagar-lhes os 10 mil euros de propina e o empréstimo bancário que tivessem contraído para subsistir durante os 4 semestres da sua duração.

O curso é frequentado por 12 portugueses, dois brasileiros, um deles radicado em Portugal e outro no Canadá, e um venezuelano a exercer a actividade profissional em Espanha, acrescentou.

"A empresa tem a garantia de estar a contratar alguém de elevadíssimas competências", observou João Gabriel Silva, frisando que a selecção dos candidatos, realizada em conjunto com a Carnegie Mellon University, tem em conta as suas elevadas competências académicas e experiência de vários anos no desenvolvimento de software.

Três semestres são realizados em Coimbra e o quarto nos EUA, e os candidatos ao grau de mestre têm de obter a classificação de 16, e só podem tentar realizar exame duas vezes a cada cadeira, caso contrário são excluídos do curso. A avaliação é feita pelas duas universidades, que lhe atribuem duplo grau de mestre.

"Exige-se dedicação exclusiva e uma participação super-activa aos alunos. Por semana têm de apresentar dois ou três trabalhos por cadeira. É um modelo fora do vulgar", sublinhou o responsável, também ele doutorado em Engenharia Informática.

João Gabriel Silva diz que quando trouxe este mestrado para Portugal o grande desafio que se lhe colocou foi o do recrutamento de alunos, dado o elevado grau de exigência, e pelo facto de os potenciais candidatos, dadas as competências exigidas, terem já bons empregos.

No primeiro ano o curso de mestrado foi participado por 5 alunos, devido ao curto espaço que tempo que mediou até ao seu início e à reduzida divulgação. Este ano todas as 15 vagas foram preenchidas.

Trata-se de um programa de formação avançada em engenharia de software, que conta também com o envolvimento e financiamento do Estado Português, através do Programa Carnegie Mellon Portugal.

Actualmente é reconhecido como um dos melhores do mundo e único na Europa, envolvendo a indústria, que paga integralmente os estudos, a estadia e o custo de vida aos estudantes que concluam com sucesso o mestrado, tanto a nível de projectos de desenvolvimento, como de formação, explicou uma fonte da FCTUC.

João Gabriel Silva adiantou à agência Lusa que este envolvimento com a Carnegie Mellon University, dos EUA, possibilitou já à sua faculdade "importar" certos procedimentos, nomeadamente na selecção dos candidatos a mestrado, passando-se a exigir uma "carta de motivação", porque esta é condição do sucesso.

Por outro lado, admite, para outros mestrados da FCTUC, vir a negociar previamente com empresas empregos para os candidatos que tenham sucesso no final do curso.

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Enviado por: André em Setembro 22, 2008, 10:16:01 pm
Sistema Português BeAnywhere Drive à conquista dos EUA

Solução de acesso remoto da Multiplicar Negócios, o software português BeAnywhere Drive ( http://www.beanywhere.com (http://www.beanywhere.com) ) vai estar disponível, já a partir do próximo dia 1 de Outubro, nos EUA, Canadá, Reino Unido e Benelux.

O BeAnywhere Drive é uma solução de Acesso Remoto que permite ao utilizador o acesso ao seu computador em casa ou no escritório, mesmo estando longe.

O Acesso Remoto é efectuado através de uma ligação à Internet e permite controlar completamente o computador remoto, abrir e alterar documentos em Word ou Excel, enviar emails e usar o teclado e o rato tal como se estivesse lá. Tudo isto através de uma Drive USB programada para o efeito.

Produto 100% nacional, o BeAnywhere Drive já está disponível nas principais lojas do retalho, em Portugal, com nova imagem e pelo preço 49.99€.

Lusa
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Enviado por: comanche em Setembro 23, 2008, 12:06:49 am
Ele não desiste até criar um robô-cirurgião


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Elege a persistência, o trabalho e a dedicação como as premissas para o sucesso na Ciência. O dele está à vista: o robô-cirurgião que a equipa que lidera está a desenvolver já mexe e garante, no futuro, ter pernas para andar nas salas de cirurgia do País.


A ciência que domina ensinou-o a conseguir levantar-se sempre depois de cair. Sem hesitar ou temer novo tombo. 'Nem que tenha de o fazer 30 vezes.' Chama-se persistência, premissa essencial para quem trilha qualquer caminho e quer ver resultados risonhos. O caminho dele, de Rui Cortesão, chama-se Robótica, a área que escolheu para o projecto de fim de curso – no 5.º ano da licenciatura em Electrotécnica, em Coimbra – e não mais largou. À persistência, sublinha Rui, tem de juntar-se o insubstituível trabalho, uma grande dose de luta e outro tanto de dedicação e estudo.

Com os ingredientes certos em cima da mesa, a equipa de Rui Cortesão encontra-se a desenvolver um robô-cirurgião que dentro de cinco a sete anos estará no mercado, apto para entrar numa sala de operações e ter um papel decisivo na cirurgia minimamente invasiva (ver caixa).

'É uma luta com um ser sem alma que, até fazer o que nós queremos, nos atira ao chão umas quantas vezes', graceja o professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da cidade dos estudantes, agora na proa de um projecto que tem tudo para tornar-se realidade. Trata-se de fabricar um ser sem alma mas cujo ‘coração’ está recheado com um software altamente sofisticado, composto por inúmeros algoritmos de controlo e diversos sensores que o dotam de uma inteligência superior e de graus de liberdade extra ao dispor do cirurgião. Longe de querer substituir o médico, pretende antes ajudá-lo.

'A evolução que a Robótica traz à cirurgia pode equivaler à das técnicas ‘imagiológicas’ (como as TACe as ecografias) na Medicina', considera Rui Cortesão. 'A classe médica está bastante receptiva', garante o investigador, sem esconder que é necessário 'saber sensibilizá-la'. O robô que a equipa de Rui está a desenvolver começa a ter pernas para andar. 'Já mexe', embora novos problemas a resolver – como é normal na área – surjam todos os dias. Ocaminho faz-se etapa por etapa.

Uma gargalhada antecipa a brincadeira quando se lhe pergunta qual o robô que gostaria que o futuro lhe reservasse. 'Gostava muito de ter um para me limpar a casa.' E os amigos, mais apressados, já o incentivaram várias vezes a concretizar a criação. 'Num futuro mais longínquo [por comparação com aquele, próximo, que receberá o robô-cirurgião] vai ser possível, até porque temos sempre vontade de ir mais longe.' Rui Cortesão já está habituado aos objectivos que demoram a cumprir-se. 'Em investigação, tenta-se partir do presente e abrir fronteiras para o futuro.' E aprender a cair e a levantar-se quando essa abertura demora a surgir...

PRIMEIROS TESTES EM OBJECTOS ORGÂNICOS

Afaste-se as ideias dos filmes de ficção científica – este robô, o WAM, não tem olhos nem boca, ouvidos ou nariz. Mas promete dar que falar e ser companhia dentro das salas de cirurgia num futuro muito próximo. O robô, manipulador para cirurgia minimamente invasiva, vai permitir telecontrolo de sensações de contacto de alta qualidade. As inovações – e vantagens – apontadas pela equipa são várias: 'Mais conforto para o cirurgião, integração em tempo real dos dados intra-operativos, cirurgia menos dolorosa e traumatizante para o paciente e tempo de recuperação mais curto.'

O WAM é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e tem uma precisão intrínseca, para garantir a máxima segurança. Primeiro, antes das aplicações cirúrgicas reais, serão feitos testes experimentais em objectos orgânicos. Orgulhoso do projecto da equipa que lidera, de sete elementos, Rui Cortesão tem dedicado muitas horas a este projecto. 'Quando não estou a dar aulas ou a dormir', diz, divertido, quem também gosta de nadar.

Marta Martins Silva


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=8C6CB7D1-51B3-4949-9EED-5A5CDF7640B8&channelid=00000019-0000-0000-0000-000000000019
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Enviado por: André em Setembro 25, 2008, 01:07:12 am
Expedição liderada por investigador português faz «medição precisa» do Quilimanjaro

Uma equipa científica internacional, liderada pelo português Rui Fernandes, vai subir na próxima semana o Quilimanjaro, na Tanzânia, para fazer a "medição precisa" da altitude da montanha mais alta de África. Rui Fernandes, que representa no projecto o Instituto Geofísico Infante D. Luiz, de Lisboa, disse hoje à Agência Lusa que a expedição "Kili2008" integra 14 investigadores de vários países, seis dos quais são portugueses.

As anteriores medições do pico Uhuru, o ponto mais elevado do Quilimanjaro, efectuadas no século XX, na época colonial e nos anos 90, esta última através de GPS, ditaram dois valores diferentes para a sua altitude - 5.895 e 5.892 metros - resultados que ainda hoje são questionados entre os especialistas.

"O Quilimanjaro é a montanha mais alta do mundo onde se pode caminhar até ao topo", declarou Rui Fernandes, engenheiro geográfico e docente do Departamento de Informática da Universidade da Beira Interior (UBI). A expedição, que conta com patrocínios de instituições nacionais e estrangeiras, públicas e privadas, deverá permitir uma "medição precisa" da altitude, a partir de cálculos científicos "nunca antes realizados".

As medições de altitude convencionais tinham em conta o nível médio das águas do mar, mas o GPS veio permitir fazer esses cálculos em relação ao elipsóide, a superfície geométrica que melhor representa a forma da Terra. A equipa instala-se em Moshi, a cidade tanzaniana mais próxima do Quilimanjaro, e inicia os trabalhos no dia 01 de Outubro.

Vai medir a gravidade em diferentes pontos do antigo vulcão coberto de neve, que se ergue na planície da savana, próximo da fronteira com o Quénia. Novos cálculos científicos, segundo Rui Fernandes, deverão demonstrar a sua altitude "com uma precisão nunca antes obtida".

Até aos 1.800 metros de altitude, o grupo desloca-se em jipes. Segue depois a pé cerca de 30 quilómetros até ao pico Uhuru, transportando o equipamento com a ajuda de carregadores locais. Dos 14 investigadores, apenas seis vão escalar o monte, ficando os restantes fora do parque nacional do Quilimanjaro, que a UNESCO classificou em 1987 como Património da Humanidade.

Em Agosto, Rui Fernandes esteve em Moshi, para instalar alguns equipamentos necessários à concretização do projecto. Sexta-feira e sábado, os seis portugueses partem para aquela cidade, a maioria via Nairobi, no Quénia, enquanto o líder da expedição viajará por Dar es Salaam, capital da Tanzânia.

Quando atingirem o cume do Quilimanjaro, os investigadores vão assinalar o momento com um brinde de "Licor Beirão", cuja fábrica da Lousã patrocina a iniciativa. Os outros patrocinadores são a Fundação para a Ciência e Tecnologia, a Câmara Municipal da Lousã, a agência de viagens Paneuropa e a Trimble, uma marca norte-americana de equipamentos de precisão.

Participam institutos de investigação da Universidade do Algarve, Coimbra, Porto e Beira Interior. O projecto envolve ainda entidades da Tanzânia, Quénia, Egipto e Holanda.

Ciência Hoje
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Enviado por: André em Setembro 25, 2008, 04:37:35 pm
Biólogo português ganha prémio de 1,5 milhões de dólares nos EUA

O biólogo português Miguel Ramalho-Santos acaba de ganhar o Prémio de Novo Inovador, atribuído pelo National Institutes of Health, dos Estados Unidos, no valor de 1,5 milhões de dólares, disse ontem fonte da Universidade de Coimbra.

O prémio destina-se a apoiar, durante os próximos cinco anos, a investigação em células estaminais embrionárias desenvolvida por Miguel Ramalho-Santos, no laboratório que dirige, nos Estados Unidos. Actualmente, Miguel Ramalho-Santos é docente da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, em São Francisco, Estados Unidos, sendo professor assistente no Instituto de Medicina da Regeneração.

A sua investigação centra-se no controlo e função das células estaminais embrionárias, com implicações para a biologia, medicina regenerativa e cancro, adiantou à Agência Lusa fonte do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Os seus trabalhos têm sido publicados em várias revistas científicas de referência na área, nomeadamente a “Cell Stem Cell” e a “Gene Therapy”. Miguel Ramalho-Santos licenciou-se em Biologia na Universidade de Coimbra e doutorou-se na Universidade de Harvard.

É filho do sociólogo Boaventura Sousa Santos e da investigadora e docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Maria Irene Ramalho. Com o mesmo prémio foram distinguidos mais 30 jovens investigadores a trabalhar em universidades norte-americanas.

Lançado em 2007, o Prémio Novo Inovador do The National Institutes of Health visa apoiar projectos de investigação que apresentem abordagens excepcionalmente inovadoras que possam transformar a ciência biomédica e comportamental.

Desde a sua criação, o prémio já apoiou mais de 60 investigadores nos Estados Unidos, atribuindo um total de 92 milhões de dólares.

Ciência Hoje
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Enviado por: comanche em Setembro 25, 2008, 09:31:47 pm
Tecnologia Informação: Reditus compra Tecnidata por 32,5 ME e passa a ser dos maiores grupos portugueses

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Lisboa, 25 Set (Lusa) - A Reditus anunciou hoje a compra da Tecnidata por 32,5 milhões de euros, tornando-se num dos maiores grupos portuguesas na área das tecnologias de informação.

"A operação de junção, no valor de 32,5 milhões de euros, inclui todas as participadas operacionais do grupo Tecnidata", disse à agência Lusa Miguel Ferreira, presidente executivo da Reditus.

O gestor garantiu ainda que quer ter "uma [nova] estrutura accionista forte" e que esta vai contar também com accionistas da Tecnidata.

Com a integração do grupo Tecnidata, afirmou, a Reditus vai poder aumentar a oferta de serviços na área das tecnologias de informação da IT Consulting e outsourcing de infra-estruturas tecnológicas, nomeadamente redes e comunicação de dados, aumentar a base de clientes e fortalecer o negócio no domínio da segurança.

Para financiar, em parte, a operação de compra do grupo Tecnidata, a administração da Reditus pediu a convocação de uma assembleia-geral de accionistas, marcada para 27 de Outubro, com o objectivo de decidir um aumento de capital da empresa, só para accionistas.

A proposta do Conselho de Administração (CA) da Reditus à assembleia-geral vai permitir deliberar sobre um aumento de capital reservado a accionistas, passando dos actuais 32,5 milhões de euros para 45,5 milhões de euros.

O aumento de capital far-se-á através da emissão de 2,6 milhões de acções no valor nominal de cinco euros, com um prémio de emissão de 3,5 euros por acção, que originará um encaixe de 22,1 milhões de euros.

A concretização da transacção vai permitir à Reditus alcançar no final de 2008, um volume de negócios consolidado da ordem dos 100 milhões de euros, meta que estava prevista atingir apenas em 2010, calculou Miguel Ferreira.

Com a fusão, a Reditus prevê atingir no final de 2008 o rácio dívida / EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) inferior a dois e uma margem EBITDA / volume negócios superior a 10 por cento, o mesmo nível que a Reditus tem vindo a apresentar.

A operação de aquisição possibilitará que um terço da facturação conjunta será gerado no mercado externo.

A concretização da operação entre as duas empresas vai permitir alargar ainda, nomeadamente a promoção de oportunidades de sinergias de venda para entrar em novos sectores de actividade e áreas de negócio, bem como reforçar a presença internacional no segmento dos sistemas e tecnologias de informação.

"A junção dos dois grupos vai permitir, no caso da França, um mercado mais maduro e competitivo, e avançar para países como o Luxemburgo, Bélgica, Holanda e Áustria", salientou à Lusa o responsável da Reditus.

Angola e França são dois mercados com forte potencial, em que a Reditus quer aumentar a sua presença.

A empresa pretende ainda desenvolver uma estratégia de crescimento por aquisições, complementando "o forte crescimento orgânico", que tem registado nos últimos exercícios.

Fundada em 1966, o grupo Reditus a nível internacional tem uma participação na empresa francesa Caléo, especializada na área de engenharia electrónica, semicondutores e microelectrónica.

Já a Tecnidata divide-se em cinco áreas de actividade e negócios estando igualmente presente em Angola e França.



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Enviado por: comanche em Setembro 26, 2008, 12:18:35 am
Projecto de estudantes de Ovar e Arouca conquista um dos Prémios Especiais na Dinamarca


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Um dos projectos portugueses apresentados no Concurso Europeu de Jovens Cientistas, em Copenhaga (Dinamarca), da autoria de três alunos, de Ovar e Arouca, conquistou quarta-feira um dos Prémios Especiais da competição, alusivo às alterações climáticas.



Ana Beatriz Moreira, da escola de Arouca, Vasco Sá Pinto e Sérgio Almeida, da escola secundária Júlio Dinis, de Ovar, são os alunos que venceram o “Pémio do Clima". Este foi um dos Prémios Especiais, atribuídos pelo governo dinamarquês, entregues na capital daquele país, numa cerimónia no Museu Nacional.

O projecto vencedor, um dos dois que Portugal levou à competição, que termina sexta-feira, enquadra-se na área da Biologia e intitula-se “A Ameaça Xenobiótica - Paracentrotus lividus e a Barrinha de Esmoriz”. O trabalho, vencedor da última edição do concurso nacional Jovens Cientistas e Investigadores, da Fundação da Juventude, assenta num novo modelo de estudo para ecossistemas lagunares e estuarinos, utilizando bioensaios de toxicidade em ouriços-do-mar da espécie Paracentrotus lividus.

Através dos ouriços-do-mar, os estudantes conseguiram definir um novo modelo de biomonitorização (forma de avaliar a qualidade ambiental recorrendo a organismos vivos) para o ecossistema da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos, analisando três poluentes. Após receberem o diploma do prémio, os estudantes mostraram-se, em declarações à agência Lusa, incrédulos por estar entre o lote de galardoados da noite.

“Quando disseram os nossos nomes, limitei-me a levantar da cadeira, a seguir o protocolo e a receber o diploma. Só quando me sentei é que comecei a pensar que era inesperado”, confessou Vasco Sá Pinto, de 18 anos, acabado de entrar em Medicina, no Porto. Este Prémio Especial, um dos seis atribuídos pelo país organizador da edição deste ano do concurso, enquadra-se na conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas agendada para Copenhaga, em Dezembro de 2009.

Importante para o futuro

O galardão, além da importância de que se reveste para a carreira académica e profissional dos estudantes portugueses, vai permitir que participem, durante cinco dias, nessa conferência das Nações Unidas, sendo as despesas suportadas pelo Governo dinamarquês. “A nível pessoal, é claro que este prémio só terá vantagens”, congratulou-se Vasco, interessado em permanecer ligado ao mundo da investigação científica.

Também Ana Beatriz Moreira admitiu que “não estava à espera” do prémio mas apressou-se logo a telefonar aos pais: “Já lhes contei. Também não estavam à espera e ficaram contentes”. Agora, esta “caloira” de Ciências Farmacêuticas, que sonha um dia fazer o doutoramento e especializar-se no ramo das Neurociências, acredita que a distinção pode “abrir outras portas”, nomeadamente para continuar como investigadora.

“É o reconhecimento, de terceiros e a nível internacional, do nosso trabalho. Ganhar aqui um prémio, atribuído pelos melhores cientistas do mundo, é a prova de que o projecto tem alguma qualidade e penso que, a nível académico, pode ser muito importante”, disse.

Talento português

Susana Chaves, da Fundação da Juventude, mostrou-se igualmente satisfeita pela prestação portuguesa nesta cerimónia de entrega dos Prémios Especiais. “Este prémio é mesmo muito importante para estes jovens e para o desenvolvimento das suas carreiras”, realçou, lembrando que, em anos anteriores, Portugal também tem ganho outros prémios na competição, aos quais se junta agora este: “Prova que o talento português está no bom caminho”.

O Concurso Europeu de Jovens Cientistas, cujos Grandes Prémios são entregues hoje à noite, é tutelado pela União Europeia e reúne mais de oito dezenas de projectos, de quase 200 estudantes do ensino secundário, oriundos de perto de 40 países, entre os 14 e os 21 anos.


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Enviado por: comanche em Setembro 26, 2008, 11:57:20 pm
Investigação: Estudantes de Engenharia Mecânica de Coimbra ganham 1º prémio em concursos nos EUA


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Guarda, 26 Set (Lusa) -- Dois alunos do Instituto Superior de Engenharia do Instituto Politécnico de Coimbra, venceram o concurso "Mastercam Wildest Parts Competition" de 2007-2008, realizado nos Estados Unidos, na categoria pós-secundário, com o trabalho intitulado "Ferrari Enzo", foi hoje anunciado.

Nuno Neves e Sílvio Gomes, alunos do terceiro ano do curso de Engenharia Mecânica, apresentaram no concurso internacional, o protótipo de um carro Ferrari Enzo e a respectiva base de suporte, à escala de 1/100.

Os dois estudantes de Coimbra, de 28 e 23 anos, utilizaram técnicas de multi-fixturing (junção de vários blocos) e mult-part assembly (junção de várias peças) para produzirem o protótipo do veículo.

Nuno Neves disse hoje à agência Lusa que o júri ficou "impressionado" com a forma como criaram "peças separadas para os eixos e as rodas maquinadas".

O estudante reconhece que a atribuição do prémio "é o reconhecimento do esforço, dedicação e empenho envolvidos", uma vez que este trabalho absorveu "bastante tempo" e criou "diversas dificuldades" que foram superadas.

Referiu que a obtenção do primeiro lugar na classificação teve um significado "ainda mais especial" pelo facto de o concurso ter decorrido nos Estados Unidos e porque "a concorrência era de elevado nível, tendo alguns grupos concorrentes alguma tradição neste tipo de eventos".

"Nunca tínhamos concorrido a nada e tínhamos uma tecnologia mais limitada do que a concorrência", referiu o estudante, acrescentando que a vitória "foi óptima".

"Foi o reconhecimento da complexidade do trabalho e pelo tempo que a sua resolução nos absorveu", disse Nuno Neves.

Indicou que só o desenho do protótipo "demorou cerca de um ano a ser feito e a construção do modelo sólido levou três a quatro meses" de trabalho.

"Esperamos que esta vitória, seja um factor de motivação e que, ao mesmo tempo, encoraje alunos e docentes a participar em iniciativas deste tipo, por forma a pôr em prática a criatividade e conhecimentos adquiridos ao longo do curso", sustentou.

"Penso voltar a participar no concurso, aumentando a qualidade e a fasquia do projecto em termos de complexidade", garantiu Nuno Neves, que deixou uma palavra de apreço e agradecimento aos docentes Fernando Simões e Paulo Amaro "pela ajuda e apoio demonstrados no decurso deste projecto".

O concurso, cujo objectivo é a concepção de uma peça através de técnicas CAD/CAM (Computer Aided Design/Computer Aided Manufacturing), é promovido pela empresa norte-americana Mastercam, CNC Software, Inc. e está aberto a qualquer aluno, grupo de alunos, ou instrutor.

Uma das exigências do concurso é que numa das partes da peça seja utilizado o programa MASTERCAM, sendo critérios de avaliação a originalidade, a qualidade das peças, o design e o acabamento das mesmas.

O prémio atribuído aos dois estudantes de Coimbra não é monetário, consistindo na atribuição de uma licença para a utilização de um determinado tipo de software, explicou Nuno Neves.

ASR.

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Enviado por: comanche em Setembro 30, 2008, 11:02:40 pm
Vestuário inteligente: uma moda terapêutica


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Não pensa, mas age. O vestuário inteligente está na moda e permite diversas aplicações, sendo concebido de forma a melhorar a actividade diária. Constitui um mercado que já explora possibilidades infindáveis desde a medição da temperatura corporal à monitorização dos sinais cardíacos passando pela ajuda na eliminação de toxinas.


A Universidade de Aveiro (UA) tem sido bem sucedida na área de concepção e junção de indústria têxtil com a tecnologia. A Vital Jacket é uma realidade e existem vários protótipos concebidos pelo departamento de Engenharia Electrónica e Telemática. É a peça de vestuário que monitoriza o coração em tempo real e substitui o medidor de pulso.

Luís Meireles, representante da Biodevice – empresa que comercializa o produto – asseverou que este sistema se encontrará disponível já no mês de Outubro em diversos ginásios. O equipamento é composto por uma t-shirt com um dispositivo electrónico no bolso e três eléctrodos que serão colados no peito. Inicialmente, “apenas será utilizado para desporto e lazer; posteriormente, poderá ser encontrado em clínicas e hospitais, já que identifica anomalias fazendo um diagnóstico”, avançou o empresário. Esta peça vai a caminho do mercado austríaco e americano.

O desafio tecnológico pode ir muito mais além e existem outras razões para o desenvolvimento destes engenhos. No caso dos bombeiros, por exemplo, que exercem uma profissão de risco, o Instituto de Telecomunicações da mesma Universidade, em parceria com a YDreams (companhia de soluções tecnológicas) e a Miguel Rios Design criou um fato que poderá minimizar os perigos durante o combate aos fogos.

Este equipamento monitoriza, igualmente, os sinais vitais dos utilizadores durante as operações, já foi testado em simulações e possui um conjunto de tecnologias que fornece dados em tempo real e alertas quando alguns valores saem dos parâmetros previstos.

 
Miguel Rios criou o fato que minimiza perigos no combate aos fogos
Para além destes sensores, o fato também dispõe de um sistema de telemetria, informações posicionais via GPS que podem ser desencadeadas através de um botão de emergência. Todos os elementos são enviados através de uma ligação sem fios tipo Wi-Fi para um posto de comando central, por exemplo, na Protecção Civil, para assim poder facultar socorro imediato aos intervenientes.

Infravermelhos em fibras de algodão

Durante o sono do belo ou da bela adormecida, uns lençóis que para além de aquecerem, hidratam, permitem a eliminação de toxinas ou a oxigenação dos músculos podem ser muito convenientes. Sem tecnologias e mais natural é a utilização do photon platina (uma energia de infravermelhos não nocivos, idênticos aos raios emitidos pelo sol e que são fundamentais para a manutenção da saúde e crescimento das células).

A medida, importada dos japoneses, aparece utilizada na confecção de material feito de fibra de algodão envolvido em umas mais finas de poliuretano e contém pequenas partículas de titânio e platina que emitem uma energia photon sobre as zonas do corpo cobertas pelo vestuário. As peças são diversas: camisolas, meias, palmilhas, calções, bandas elásticas e almofadas ou roupa de cama.

Os efeitos são benéficos para um melhor aquecimento das regiões envolvidas, por haver activação da circulação da pele devido à vasodilatação. Os infravermelhos podem ser benéficos para pessoas asmáticas: em alguns casos reduzem a utilização de broncodilatadores ou levam mesmo à sua suspensão.

O photon platina permite ainda a oxigenação dos músculos e cérebro, reduzir patologias osteo-articulares (artrites, artroses, osteoporose, entre outras).

Esta energia actua no maior constituinte orgânico que é água, elemento transportador de nutrientes e desperdíc ios do corpo. “A modificação estrutural das moléculas, agrupando-se em agregados mais pequenos- assinala um médico e investigador do Hospital de Santo António, no Porto - permite que os nutrientes cheguem com mais facilidade às células e favorece uma melhor eliminação das toxinas".

Fatos de banho que aumentam a rapidez dos competidores

O conceito de roupa inteligente aplica-se também a um fato de banho que aumenta níveis de competitividade e de sucesso dos desportistas. Recentemente, nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, foram usados equipamentos de natação revolucionários – o LZR Racer. Com uma tecnologia patenteada e design futurista reduzem a fricção dentro de água até dez por cento e permitem uma corrida muito mais eficaz e rápida. Aprovados pela Federação Internacional de Natação, em apenas três meses e meio, conseguiram-se 35 recordes mundiais.


 
O LZR Racer valeu a Michael Phelps oito medalhas de ouro em Pequim

Segundo Rui Mould, da Petratex, empresa criadora do produto, “foi uma explosão no mundo inteiro”, mas o material utilizado é “exclusivo e confidencial”. Os fatos não apresentam “nenhuma costura, o tecido é unido ultrassonicamente”, explicou a Ciência Hoje.

O vestuário que existe em várias cores e formatos valeu a Michael Phelps oito medalhas de ouro em Pequim e todos os nadadores que usaram a peça conseguiram arrecadar 94 por cento dos prémios.

Este mercado não existe apenas em ficção científica e mais do que roupa computorizada ou fibras de titânio e platina encara-se como um show de moda futurista. Encontram-se já estilistas internacionais a trabalhar em roupa computorizada para um desfile que será realizado em Milão, Paris e Tóquio.

Tudo isto pode ser entendido como uma espécie de migração do computador da secretária para os tecidos que vestimos. Houve já uma transição dos portáteis para a palma da nossa mão ou bolso da camisola. Será o próximo passo um engenho integrado no nosso cérebro?
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Enviado por: comanche em Setembro 30, 2008, 11:19:35 pm
Projecto pioneiro no mundo
Novo identificador avisa condutores de acidentes e chama socorros


Os protótipos já foram construídos e os primeiros ensaios vão ser realizados no fim do ano, num projecto da Brisa e de investigadores académicos.

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Ser avisado - através do identificador com que se passa na Via Verde - de um acidente que aconteceu mais à frente, ou de uma travagem brusca de um veículo ou de um corte de estrada, vai ser uma realidade para os condutores portugueses. Mas não para já. A Brisa conta que a partir do final do próximo ano possa começar a comercializar estes equipamentos.

A nova 'caixa', cuja dimensão deverá ser idêntica à actual, está programada com uma maior capacidade de recepção e transmissão de informação. Isto permite que o dispositivo possa comunicar, não só com a antena da Via Verde mas também com outras antenas colocadas ao longo da auto-estrada, bem como os identificadores dos outros condutores que circulem na mesma via.

"A comunicação entre veículos pode atingir um raio de 5 quilómetros e permite, por exemplo, que quando um carro faz uma paragem brusca, quer por acidente ou por outro motivo, o seu identificador envie essa mensagem para os dos outros condutores", explica Sales Gomes, director do departamento de Inovação e Tecnologia da Brisa.

Outra vantagem é que estas unidades comunicam também em tempo real com antenas que estão na auto-estrada com ligação às centrais de socorro.

"Em caso de acidente com um condutor incapaz de pedir o socorro, não é preciso esperar que alguém ligue o 112. Existem nos veículos equipamentos, como o airbag, que accionam logo um sinal de alerta, o qual é recebido pelo identificador que o envia logo para a central de socorro", explica ainda este responsável. (VER VÍDEO)

A Brisa conta, para este projecto, com a colaboração de investigadores da Universidade de Aveiro e do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Toda a tecnologia e material estão a ser desenvolvidos em Portugal.

No entanto, como concessionária está associada a uma empresa norte-americana no desenvolvimento deste equipamento, será nos Estados Unidos, em Denver - onde a empresa gere uma auto-estrada - que será feito o primeiro ensaio no final deste ano.

Numa primeira fase, os EUA poderão comercializar 17 milhões destes identificadores.

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Enviado por: comanche em Setembro 30, 2008, 11:23:55 pm
Parceria Portugal Brasil faz Etanol com Resíduos Agrícolas



Braga –Lusa

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A Universidade do Minho (UMinho), no norte de Portugal, está desenvolvendo, em parceria com uma pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), uma tecnologia de produção de etanol a partir de subprodutos e resíduos agroindustriais, incluindo a palha da cana-de-açúcar.
 
Sandra Carvalho, do Departamento de Engenharia Biológica da Uminho, disse à Agência Lusa que o etanol pode ser produzido a partir de “resíduos da agricultura e da produção de açúcar, como da palha da cana-de-açúcar, do bagaço de cana, melaços e ainda de resíduos provenientes da indústria de papel e cervejeira.”
 
Além da professora da Uminho e de seu colega de departamento, José Teixeira, participa do trabalho a pesquisadora da USP Inês Conceição Roberto.
 
Sandra Carvalho explicou que o etanol pode ser obtido também a partir de biomassa linho-celulósica.

“A utilização dos biocombustíveis, no futuro, é inevitável.”
 
A pesquisadora destacou que o aproveitamento de resíduos e subprodutos - em Portugal, especialmente de cereais - exclui a necessidade de ocupar terrenos para produção de biocombustíveis.
 
Sandra Carvalho sustenta que “o projeto prevê a produção de 158.834 toneladas de etanol hidratado (4% água), a partir de 396.599 toneladas de resíduos agrícolas.”
 
A docente defende que a possibilidade de se recorrer a vários tipos de resíduos “torna esta tecnologia muito atrativa.”
 
A rentabilidade do processo ainda está em fase de estudo e dependerá do volume produzido. O próximo passo dos pesquisadores é encontrar empresas que queiram implementar parcerias.
 
“A tecnologia emergente é ambientalmente limpa e permite a redução das emissões gasosas,” frisou ainda a pesquisadora, para quem “a utilização dos biocombustíveis, no futuro, é inevitável.”

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Enviado por: André em Outubro 01, 2008, 09:43:03 pm
Steve Ballmer elogia o "grande trabalho" da Microsoft Portugal

A Microsoft Portugal tem feito "um grande trabalho" e é um "grande exemplo do talento global dos colaboradores da empresa", afirmou à Agência Lusa o presidente da Microsoft Corporation, Steve Ballmer.

Numa entrevista por escrito, em vésperas da sua chegada a Portugal para entregar sexta-feira o prémio da "melhor subsidiária mundial da empresa" na região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA) - a primeira a ser distinguida dois anos seguidos -, Steve Ballmer salientou que "a Microsoft Portugal demonstrou um incrível compromisso entre a excelência operacional e a diferenciação através de um grande trabalho com os clientes e uma grande aposta em vendas, marketing e serviços".

"O reconhecimento dois anos seguidos demonstra a profundidade do nosso compromisso e o enfoque em Portugal, e é um prazer poder reconhecer o grande trabalho em Portugal",acrescentou.

O presidente da Microsoft Corporation frisou que a empresa e o Governo português "partilham a crença de que as tecnologias de informação são um factor-chave na melhoria da competitividade do país no mercado global e na criação de uma grande oportunidade social e económica para os cidadãos".

Steve Ballmer disse ainda que a Microsoft quer ser líder no mercado de 'motores de busca' e tem "grandes condições" para ultrapassar a Google em serviços online, na área dos mapas e pesquisa de notícias.

"Estamos a trabalhar para sermos líderes de mercado, uma vez que é uma área propícia à inovação", disse o presidente executivo da Microsoft Corporation. "A Microsoft percorreu um longo caminho em pouco tempo" e está "em grande posição para ultrapassar em inovação o Google" nestas áreas, acrescentou.

Ballmer salientou, porém, que a "pesquisa é apenas uma peça de um grande puzzle". A Microsoft pretende fornecer aos seus clientes um serviço integrado que inclua pesquisas na Internet tirando vantagem do seu software e de outros serviços disponibilizados.

Outra aposta da empresa é o mercado da publicidade na internet. "A publicidade online, que se espera que atinja 55,9 mil milhões de euros em 2012, é a grande oportunidade de crescimento da empresa ", afirma o presidente da empresa.

O lançamento do Windows Vista, no início de 2007, foi a última grande inovação da Microsoft. Apesar das críticas que o novo sistema operativo mereceu, sobretudo quanto ao difícil uso de ferramentas e a incompatibilidades com outros sistemas, Steve Ballmer assegurou à Lusa que estudos da empresa junto dos clientes referem que, das 180 milhões de licenças que estão a usar o Windows Vista, "90 por cento dos utilizadores estão muito satisfeitos com o produto".

Além do prémio, os dois mais importantes executivos mundiais da Microsoft, Steve Ballmer e Jean-Philippe Courtois (presidente da Microsoft Internacional) vão participar ainda em duas conferências: "Portugal Tecnológico", promovida pelo governo português no âmbito do Plano Tecnológico, e "Dreamway", organizada pela Microsoft Portugal.

No Centro de Congressos de Lisboa juntam-se, numa sessão pública, ao primeiro-ministro português, José Sócrates, para apresentar novos projectos no sector das tecnologias de informação e fazer o balanço da execução do memorando de entendimento que a Microsoft assinou com o Governo em 2006, quando Bill Gates veio a Lisboa.

Lusa
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Enviado por: comanche em Outubro 02, 2008, 09:44:19 pm
Portugueses descobrem segredos da leucemia


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Medicina. Investigadores do Instituto de Medicina Molecular descobriram que uma proteína que actua como supressora de tumores, a PTEN, fica inactiva devido ao aumento dos níveis de outra proteína, a CK2. Em última análise, o desenvolvimento de um inibidor pode permitir destruir as células malignas

Tratamento actual tem eficácia de 80% nas crianças

Uma equipa do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, identificou um mecanismo até agora desconhecido, através do qual se de-senvolvem leucemias nos seres humanos. O trabalho, liderado por João Taborda Barata, centra-se no mau funcionamento da proteína PTEN (que normalmente actua como supressora de tumores) e pode, em última análise, levar ao desenvolvimento de uma nova terapêutica.

Antes deste estudo, que será publicado em Novembro na revista Journal of Clinical Investigation, pensava-se que a inactivação da PTEN ocorria apenas em casos de mutações genéticas da proteína. "O que este trabalho veio provar é que, para além dos genes, há outros factores que devemos ter em conta", referiu ao DN o director da Unidade de Biologia do Cancro do IMM.

De acordo com João Barata, no caso da leucemia T (uma leucemia aguda que ocorre geralmente em crianças e jovens adultos) "a maioria dos doentes analisados não apresenta lesões genéticas na PTEN". Esta proteína pode estar inactiva por dois motivos: há um aumento dos níveis de outra proteína, a CK2, e um aumento de radicais de oxigénio, ambos presentes em células normais.

"Apesar de estar lá, a PTEN está de mãos atadas e não consegue cumprir a sua função como supressora dos tumores", explicou o investigador. Na prática, esta descoberta pode levar ao desenvolvimento de inibidores da CK2, "que permitem destruir as células leucémicas sem destruir as normais".

A leucemia T é a doença maligna mais frequente em crianças nos EUA, sendo a eficácia de tratamento de 80%, quando ocorre em menores. A quimioterapia aplicada é muito agressiva e o desenvolvimento de um inibidor de CK2 poderia representar uma diminuição dos efeitos secundários a longo prazo. "É uma descoberta promissora, mas é apenas um primeiro passo de uma investigação que leva anos até a aplicação clínica", concluiu João Barata.
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Enviado por: comanche em Outubro 07, 2008, 12:32:29 am
Tecnologias: Presidente da Toshiba em Portugal para assinar protocolo na área da educação


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Lisboa, 03 Out (Lusa) - O presidente da Toshiba, Atsutoshi Nishida vai assinar um memorando de entendimento para a constituição de uma Rede de Investigação e Aprendizagem, durante uma visitar a Portugal na próxima semana disse hoje à Lusa fonte da empresa.

A empresa japonesa vai assinar um Memorando de Entendimento com a Fundação para a Ciência e Tecnologia, a UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica - Ciência Viva, e a Prológica, para a constituição da Rede de Investigação e Aprendizagem Toshiba Portugal, explicou o responsável.

No evento, que terá lugar no dia 07, será anunciado o investimento da Toshiba na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e contará com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor e do Coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho.

De acordo com a mesma fonte, Atsutoshi Nishida, que visita Portugal entre 06 e 07 de Outubro, vem também avaliar de perto o sucesso da massificação de computadores portáteis e do acesso à banda larga móvel, bem como entregar à Toshiba Portugal o prémio de 'Melhor Subsidiária'.

"Pelo segundo ano consecutivo, a subsidiária portuguesa foi reconhecida pela Toshiba Corporation como aquela que apresenta melhor performance, destacando-se das suas congéneres. Este facto levou a que o Presidente da Toshiba viesse a Portugal para compreender este 'case study' a nível mundial: os fortes níveis de crescimento registados na penetração de computadores portáteis e de banda larga móvel", afirmou o responsável.

A Toshiba é uma das empresas que participam no programa e-Escolas, que tem permitido a massificação dos computadores portáteis e do acesso à Internet em banda larga móvel entre os estudantes e professores do ensino básico e secundário em Portugal.

Em parte devido a este programa (bem como à aposta das operadoras TMN, Vodafone e Optimus na banda larga móvel), Portugal é um dos países com uma maior taxa de acesso à Internet em banda larga móvel, a nível mundial.

Da agenda de Atsutoshi Nishida constam ainda audiências com o Primeiro-Ministro José Sócrates e com o Presidente da República, Cavaco Silva, bem como "a assinatura de um protocolo com o Ministério da Ciência e Tecnologia e com o Plano Tecnológico que prevê investimentos ao nível da educação", acrescentou.

A visita do presidente da Toshiba é a terceira a Portugal, nos últimos meses, por parte de responsáveis de empresas de alta tecnologia, após as visitas do presidente da Microsoft, Steve Ballmer (na quinta-feira) e da presidente da Xerox, Ursula Burns (em Setembro).

Tal como o presidente da Toshiba, Balmer e Burns assinaram protocolos com o Governo português tendo como pano de fundo a sociedade de informação e o Plano Tecnológico
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Enviado por: comanche em Outubro 07, 2008, 09:10:15 pm
Medalha de prata e três menções honrosas para equipa portuguesa nas Olimpíadas de Física

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A estudante brasileira Mariana Lima foi a vencedora absoluta da XIII Olimpíada Ibero-americana de Física, que decorreu na cidade mexicana de Morelia, de 27 de Setembro a 3 de Outubro. Esta competição, destinada a alunos finalistas do ensino secundário, consiste numa prova teórica e numa prova experimental de Física e reuniu este ano 68 estudantes de 19 países.



A delegação portuguesa no México foi liderada por Fernando Nogueira e Rui Vilão, que fazem um balanço positivo da prestação nacional: “Todos os estudantes portugueses arrecadaram um prémio, tendo o estudante José Ribeiro ficado muito próximo da medalha de ouro.”

Os docentes da FCTUC reconhecem que “a prova foi de bom nível, especialmente a prova teórica, que incidiu exclusivamente sobre assuntos ignorados pelos programas oficiais do ensino secundário. Os prémios obtidos são um reconhecimento do esforço destes jovens, que trabalharam arduamente ao longo do ano para consolidar e expandir os seus conhecimentos de Física”.

A lista dos estudantes portugueses é a seguinte:

José Miguel Ferreira Ribeiro (E.S. Carlos Amarante, Braga) – Medalha de Prata
João Luís Granja da Costa (E.S. Carlos Amarante, Braga) – Menção Honrosa
Diogo Bernardo Lacerda Queiroz Almeida (Colégio Luso-Francês, Porto) -  Menção Honrosa
Ricardo Miguel Fonseca Gomes de Campos (E.S. Dr. Joaquim de Carvalho, Figueira da Foz) – Menção Honrosa
As Olimpíadas de Física são uma actividade promovida pela Sociedade Portuguesa de Física com o patrocínio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior através da Agência Ciência Viva e do Ministério da Educação. O treino da equipa decorreu no Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, integrado nas actividades da escola Quark! de Física para jovens.
Título:
Enviado por: André em Outubro 08, 2008, 06:14:46 pm
Cientistas prevêem divulgar "medição precisa" da altitude dentro de semanas

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fscienceguy288.files.wordpress.com%2F2008%2F02%2Fkili.jpg&hash=e1a93b99d1e157b93b45e8db4762962f)

Investigadores de vários países que pretendem obter a "medição precisa" da altitude do Quilimanjaro "atingiram com êxito" o cume da montanha mais alta de África, disse hoje à Agência Lusa o português Rui Fernandes, que coordena o projecto.

Rui Fernandes adiantou que a expedição regressou hoje à base, em Moshi, a cidade tanzaniana mais próxima do Quilimanjaro, prevendo que os resultados da missão científica sejam anunciados "dentro de duas a três semanas".

A maior parte dos dados necessários foram recolhidos terça-feira, a partir das 07:00 locais (05:00 em Portugal), momento da chegada ao topo da montanha, o pico Uhuru, onde alguns membros da equipa permaneceram cerca de cinco horas em observações.

Dos oito membros do grupo que deveria escalar o Quilimanjaro, dois não conseguiram chegar ao cimo, devido a vários factores adversos, designadamente frio, vento e escassez de oxigénio, além do cansaço, já que cerca de 30 quilómetros do trajecto foram percorridos a pé, incluindo igual distância no regresso.

"Tivemos alguns contratempos. Nada que não seja habitual neste tipo de missões", declarou hoje à Lusa Rui Fernandes, que representa no projecto o Instituto Geofísico Infante D. Luiz, de Lisboa.

A expedição "Kili2008" integra 14 investigadores de vários países, seis dos quais são portugueses.

"Os verdadeiros heróis desta missão foram os carregadores", afirmou Rui Fernandes, salientando a resistência e empenho dos trabalhadores autóctones contratados pela equipa, um dos quais aguentou as cinco horas de permanência no cume.

A chegada foi assinalada com a colocação de uma placa metálica alusiva à "Kili2008", a que juntaram o anunciado brinde com "Licor Beirão", uma das entidades que patrocinaram a iniciativa.

O brinde foi dedicado, em especial, à Fundação para a Ciência e Tecnologia, cujo apoio "foi determinante" para o êxito da missão, segundo Rui Fernandes.

As anteriores medições do pico Uhuru, o ponto mais elevado do Quilimanjaro, efectuadas no século XX, na época colonial e nos anos 90, esta última através de GPS, ditaram dois valores diferentes para a sua altitude - 5.895 e 5.892 metros -, resultados que ainda hoje são questionados entre os especialistas.

"O Quilimanjaro é a montanha mais alta do mundo onde se pode caminhar até ao topo", disse Rui Fernandes, engenheiro geográfico e docente do Departamento de Informática da Universidade da Beira Interior (UBI).

A expedição, que conta com patrocínios de instituições nacionais e estrangeiras, públicas e privadas, deverá permitir uma "medição precisa" da altitude, a partir de cálculos científicos "nunca antes realizados".

Os novos cálculos científicos, segundo Rui Fernandes, deverão demonstrar a sua altitude "com uma precisão nunca antes obtida".

Os restantes patrocinadores do projecto são a Câmara Municipal da Lousã, a agência de viagens Paneuropa e a Trimble, uma marca norte-americana de equipamentos de precisão.

Participam institutos de investigação da Universidade do Algarve, Coimbra, Porto e Beira Interior.

O projecto envolve ainda entidades da Tanzânia, Quénia, Egipto e Holanda.

Lusa
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Enviado por: comanche em Outubro 08, 2008, 11:53:26 pm
A new improved gene therapy can be the first treatment for Machado-Joseph disease



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Portuguese, Swiss and French researchers show, for the first time, that is possible to inhibit, in a living organism, the mutated copies of a gene without affecting any existing normal copies of the same gene. The research, to appear in the 8th of October edition of the journal PLoS One, describes how scientists successfully used the approach in rats to reverse the symptoms of Machado Joseph Disease (MJD), an untreatable and potentially fatal neurodegenerative disease. If these results can be transferred to humans – and the method is shown to work on isolated human cells - it can, not only become the first available treatment for MJD, but also open the door to promising new safer and more efficient gene therapy for other neurodegenerative disorders, such as Alzheimer’s or Parkinson’s disease.

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Enviado por: comanche em Outubro 08, 2008, 11:57:26 pm
Crioestaminal colabora com Instituto Superior Técnico em projecto sobre células estaminais


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Os laboratórios da Crioestaminal e o grupo do Prof. Joaquim Sampaio Cabral do Instituto Superior Técnico (IST) estabeleceram uma colaboração num projecto intitulado “Expansão de células estaminais do sangue do cordão umbilical”. Esta investigação pretende assegurar a possibilidade de, em caso de necessidade, aumentar o número de células estaminais existentes no sangue do cordão umbilical para transplantes em adultos.

Definir as condições ideais para aumentar a quantidade de células estaminais existentes no sangue do cordão umbilical, mantendo as suas propriedades regenerativas é um dos grandes objectivos deste projecto. O grupo de investigadores liderados pelo Prof. Joaquim Cabral espera que, a médio prazo, se possam utilizar células estaminais expandidas em laboratório, o que permitirá alargar a sua utilização a um maior número de pacientes ou em mais do que uma aplicação terapêutica.

Para Raul Santos, Administrador da Crioestaminal, “Esta parceria reveste-se de uma extrema importância uma vez que as células estaminais têm um potencial incalculável, e a investigação no sentido de as multiplicar permitirá ampliar os benefícios que podem oferecer, potenciando a sua utilização”.

O método consiste “na multiplicação de células estaminais e/ou a sua diferenciação em condições controladas em sistemas de biorreactores, como alternativa aos sistemas tradicionais de cultura, como sendo as placas de Petri, por forma a produzir células em número suficiente para uma possível aplicação clínica”, esclarece o Professor Joaquim Cabral, responsável pelo grupo do IST. O Professor sublinha ainda que “existe claramente a necessidade de definir como investigação prioritária a área de células estaminais ao nível nacional, quer no domínio da biologia fundamental, quer da bioengenharia”.
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Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 09, 2008, 11:20:02 pm
Vamos ver s este post fica. Pus um sobre a Autoeuropa encerrar por uns dias e acho q foi removido.

Fico contente, por ter conseguido passar à frente do André e do comanche em um notícia, pelo menos. :D

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O presidente da Microsoft esteve em Portugal para assinar dois novos memorandos de entendimento com o Governo português e assumir uma parceria estratégica no âmbito da iniciativa «Magalhães». Pelo meio, teve tempo para elogiar uma empresa portuguesa.

VEJA AQUI O VÍDEO

Trata-se da Mobicomp, que foi adquirida pelo gigante informático em Junho, e já prepara conteúdos para telemóveis a nível mundial. «A Mobicomp é uma empresa líder mundial e já funciona como centro de pesquisa para a Microsoft, estando baseada em Portugal. Trata-se de uma companhia que trouxe talento e inovação para a Microsoft», disse Steve Ballmer.

Ouça aqui o programa de tecnologia do PortugalDiário no Rádio Clube Português em que se falou da Mobicomp, entre outros assuntos, copiando este código para o seu agregador. Também pode fazê-lo através do iTunes pesquisando pela palavra podtec.

Carlos Oliveira, presidente da Mobicomp, agradece o elogio e promete retribuir com trabalho: «Essas palavras são sinal de reconhecimento que se pode fazer tecnologia em Portugal com impacto no mundo. É com grande orgulho que se houve este tipo de elogios, pois também é um reconhecimento do trabalho feito».

Steve Ballmer deu espectáculo à americana em Lisboa (vídeo)

Neste momento, a empresa de Braga está em «fase de total integração», procurando «trabalhar em novos produtos, muito relevantes na estratégia da mobilidade, com lançamento nos próximos meses a nível mundial», disse ao PortugalDiário.



http://diario.iol.pt/tecnologia/podtec- ... -4069.html (http://diario.iol.pt/tecnologia/podtec-microsoft-mobicomp-tecnologia/1000508-4069.html)

Babes, queremos babes.
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Enviado por: comanche em Outubro 09, 2008, 11:44:07 pm
Investigadora da U.Minho distinguida no Concurso Young Persons’ World Lecture Competition

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Anabela Alves Pinto,  investigadora do Grupo 3B’s da Universidade do Minho, conseguiu o 2º lugar no Concurso Young Persons’ World Lecture Competition (Concurso Internacional para Melhor Palestra, dirigido a jovens investigadores), uma competição mundial lançada em 2005 pelo Institute of Materials, Minerals and Mining (IOM3 - Instituto de Materiais, Minerais e Tecnologias Mineiras) com o objectivo principal de juntar jovens palestrantes provenientes de todo o mundo e assim conseguir eleger a melhor palestra na área dos materiais, minerais e tecnologias mineiras.



Este prémio foi o reconhecimento do trabalho entitulado: Valorization of renewable marine residues: Converting natural biopolymers into potential biomaterials for tissue engineering applications (Valorização de resíduos renováveis de origem marinha: Conversão de biopolímeros naturais em potenciais biomateriais para aplicações em engenharia de tecidos), que em suma tem como objectivo estudar as capacidades e as possíveis aplicações dos resíduos marinhos renováveis para utilização como biomateriais e suportes para engenharia de tecidos.Ao explorar estas estratégias, pode-se assim estabelecer uma ponte para a gestão de resíduos de origem marinha e torna-se também possível satisfazer as necessidades de um mercado de tecnologias biomédicas cada vez mais emergente.

Este trabalho teve essencialmente origem no projecto trans-fronteiriço PROTEUS, aprovado no âmbito do Programa de Iniciativa Comunitária INTERREG III A Cooperação Transfronteiriça Portugal-Espanha, e coordenado pelo Grupo de Investigação 3B’s. A Anabela foi inserida desde a sua entrada no Grupo neste ambicioso projecto que tem como objectivo e tema principal a Conversão de recursos naturais e resíduos marinhos em produtos de valor acrescentado para aplicação industrial.

Anabela Alves nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1981. Licenciou-se em Biologia na Universidade de Aveiro e em 2007 conseguiu uma bolsa de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) para investigação no Grupo 3B’s da Universidade do Minho com o tema “Development of innovative tissue engineering scaffolds from algae polysaccharides” (Desenvolvimento de suportes poliméricos inovadores para engenharia de tecidos humanos a partir de polissacarídeos de algas), trabalho esse supervisionado por Rui L. Reis, Director do 3B’s e por Rui Amandi de Sousa, investigador auxiliar do 3B’s.

Trata-se de um feito único conseguir este prémio de nível internacional atribuído por um dos Institutos mais reconhecidos nesta área, particularmente tendo em atenção o papel que o mesmo representa perante os vários grupos de Investigação na área de Materiais que existem em todo o mundo.

Este prémio prestigia assim um trabalho de grande qualidade levado a cabo pela investigadora e pelo grupo 3B’s, permitindo que se destacasse mesmo em competição com inúmeros trabalhos de qualidade realizados por outros grupos de excelência, espalhados por várias instituições a nível mundial.

Mais detalhes sobre o grupo 3B´s e as suas actividades, bem como sobre as suas novas instalações (ocupadas em Agosto de 2008) que são a sede do Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, podem ser encontrados em: http://www.3bs.uminho.pt/ (http://www.3bs.uminho.pt/)

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Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 10, 2008, 07:27:31 pm
Mais outra notícia sobre o grande grupo 3Bs.
http://diario.iol.pt/tecnologia/cortica ... -4069.html (http://diario.iol.pt/tecnologia/cortica-investigacao-grupo-amorim-tecnologia-ambiente/1000827-4069.html)

"Cortiça para combater derrames de crude ou ajudar a vencer nas olimpíadas"

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A utilização da cortiça para absorção de derrames de crude e o aproveitamento dos seus componentes para a indústria alimentar, de cosméticos ou farmacêutica são projectos em estudo pela Corticeira Amorim no âmbito da aposta da empresa na inovação, noticia a Lusa.

Em carteira está também o lançamento de um «grande projecto nacional» de sequenciação do genoma do sobreiro, destinado a aperfeiçoar esta espécie e desenvolver árvores mais resistentes a secas e pragas e capazes de assegurar uma maior produção de cortiça.
«A cortiça tem características intrínsecas que permitem um conjunto de aplicações completamente diferentes das tradicionais. Neste seminário estamos a desafiar a comunidade científica para participar na nova postura que a Corticeira Amorim tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos», afirmou António Rios de Amorim.

«Quem não inova tem um futuro limitado e nós vamos continuar a investir fortemente no desenvolvimento das aplicações actuais, mas também procurar novas aplicações, porque achamos que a cortiça tem mais para dar do que o que deu até hoje», afirmou António Amorim.

«Negócio de futuro»

No que respeita às novas utilizações da cortiça, António Amorim afirma que «o objectivo é criar um negócio de futuro, que hoje ainda não existe» e destaca que «esperar resultados demasiado imediatos em trabalho de investigação é limitar o seu potencial».

A Corticeira Amorim criou, em Outubro de 2003, um modelo de inovação único em que contratou para os seus quadros um cientista de referência - Rui Reis, professor da Universidade do Minho e director do grupo de investigação 3Bs (biomateriais, biodegradáveis e biomiméticos) - e simultaneamente assinou um protocolo com aquela universidade para criação de uma equipa totalmente dedicada à investigação em cortiça.

«Novas aplicações»

Em declarações à agência Lusa à margem do seminário, Rui Reis adiantou que esta equipa, por si liderada, está «a criar a base para desenvolver novas aplicações nunca pensadas em cortiça».

«Estamos a usar a cortiça como material de absorção de derrames de crude, por exemplo, onde tem demonstrado ter propriedades muito interessantes, mas também descobrimos que podemos expandir a cortiça, aumentando o seu volume, mas mantendo as suas propriedades, o que aumenta o negócio e permite outro tipo de aplicações», explicou.

Em fase experimental ou pré-industrial estão também projectos como a produção de colas ou vernizes a partir da cortiça e a extracção, através de tecnologias muito evoluídas (denominados supercríticos) de determinados componentes da cortiça com propriedades biológicas «muito interessantes».

Como exemplo, Rui Reis apontou propriedades antioxidantes, com utilização potencial na indústria alimentar, de cosméticos e farmacêutica, e propriedades anti-inflamatórias, também passíveis de um dia virem a ser usadas na indústria farmacêutica.

Em curso está também um projecto de mistura de cortiça com plásticos - mediante o desenvolvimento de determinados químicos a partir da cortiça que a ligam ao plástico - que permite a criação de compósitos com «propriedades especiais».

Sector automóvel

No sector automóvel, em resultado da investigação em curso na Amorim, foi já apresentado pela Mercedes um protótipo (S700) com o interior totalmente feito em material de cortiça.

De acordo com Rui Reis, o material usado neste protótipo revelou «excelentes propriedades de resistência ao som e muitos menos vibrações», para além de um «toque muito interessante e uma imagem natural».

Já no mercado, está um kaiak com interior em cortiça, considerado «o melhor kaiak de competição» e no qual foram conquistadas «a maior parte das medalhas olímpicas».


Já agora, Portugal tem um dos melhores fabricantes de kayaks do mundo. No entanto, n m lembro do nome da empresa e estou com preguiça para procurar.
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Enviado por: André em Outubro 10, 2008, 07:34:00 pm
Citação de: "Chicken_Bone"
Mais outra notícia sobre o grande grupo 3Bs.
http://diario.iol.pt/tecnologia/cortica ... -4069.html (http://diario.iol.pt/tecnologia/cortica-investigacao-grupo-amorim-tecnologia-ambiente/1000827-4069.html)

"Cortiça para combater derrames de crude ou ajudar a vencer nas olimpíadas"

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A utilização da cortiça para absorção de derrames de crude e o aproveitamento dos seus componentes para a indústria alimentar, de cosméticos ou farmacêutica são projectos em estudo pela Corticeira Amorim no âmbito da aposta da empresa na inovação, noticia a Lusa.

Em carteira está também o lançamento de um «grande projecto nacional» de sequenciação do genoma do sobreiro, destinado a aperfeiçoar esta espécie e desenvolver árvores mais resistentes a secas e pragas e capazes de assegurar uma maior produção de cortiça.
«A cortiça tem características intrínsecas que permitem um conjunto de aplicações completamente diferentes das tradicionais. Neste seminário estamos a desafiar a comunidade científica para participar na nova postura que a Corticeira Amorim tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos», afirmou António Rios de Amorim.

«Quem não inova tem um futuro limitado e nós vamos continuar a investir fortemente no desenvolvimento das aplicações actuais, mas também procurar novas aplicações, porque achamos que a cortiça tem mais para dar do que o que deu até hoje», afirmou António Amorim.

«Negócio de futuro»

No que respeita às novas utilizações da cortiça, António Amorim afirma que «o objectivo é criar um negócio de futuro, que hoje ainda não existe» e destaca que «esperar resultados demasiado imediatos em trabalho de investigação é limitar o seu potencial».

A Corticeira Amorim criou, em Outubro de 2003, um modelo de inovação único em que contratou para os seus quadros um cientista de referência - Rui Reis, professor da Universidade do Minho e director do grupo de investigação 3Bs (biomateriais, biodegradáveis e biomiméticos) - e simultaneamente assinou um protocolo com aquela universidade para criação de uma equipa totalmente dedicada à investigação em cortiça.

«Novas aplicações»

Em declarações à agência Lusa à margem do seminário, Rui Reis adiantou que esta equipa, por si liderada, está «a criar a base para desenvolver novas aplicações nunca pensadas em cortiça».

«Estamos a usar a cortiça como material de absorção de derrames de crude, por exemplo, onde tem demonstrado ter propriedades muito interessantes, mas também descobrimos que podemos expandir a cortiça, aumentando o seu volume, mas mantendo as suas propriedades, o que aumenta o negócio e permite outro tipo de aplicações», explicou.

Em fase experimental ou pré-industrial estão também projectos como a produção de colas ou vernizes a partir da cortiça e a extracção, através de tecnologias muito evoluídas (denominados supercríticos) de determinados componentes da cortiça com propriedades biológicas «muito interessantes».

Como exemplo, Rui Reis apontou propriedades antioxidantes, com utilização potencial na indústria alimentar, de cosméticos e farmacêutica, e propriedades anti-inflamatórias, também passíveis de um dia virem a ser usadas na indústria farmacêutica.

Em curso está também um projecto de mistura de cortiça com plásticos - mediante o desenvolvimento de determinados químicos a partir da cortiça que a ligam ao plástico - que permite a criação de compósitos com «propriedades especiais».

Sector automóvel

No sector automóvel, em resultado da investigação em curso na Amorim, foi já apresentado pela Mercedes um protótipo (S700) com o interior totalmente feito em material de cortiça.

De acordo com Rui Reis, o material usado neste protótipo revelou «excelentes propriedades de resistência ao som e muitos menos vibrações», para além de um «toque muito interessante e uma imagem natural».


http://www.youtube.com/watch?v=D_gecqWJPx8 (http://www.youtube.com/watch?v=D_gecqWJPx8)
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 10, 2008, 08:08:50 pm
:D
Está muito fixe!

"Rob Schneider is a stapler" - Southpark. :D

Bem, para só não colocar tretas fora de tópico, aqui vai o site dos 3Bs http://www.3bs.uminho.pt/ (http://www.3bs.uminho.pt/)

este é da  "spin-off" q saiu do grupo: http://www.stemmatters.com/ (http://www.stemmatters.com/) e aqui http://www.stemmatters.com/index.php?val=media (http://www.stemmatters.com/index.php?val=media) tem as várias noticias sobre a empresa.
Título:
Enviado por: comanche em Outubro 11, 2008, 12:42:19 am
Investigadores portugueses descobrem segredo do vírus do herpes


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Um grupo de investigadores portugueses conseguiu pela primeira vez demonstrar experimentalmente que basta ao sistema imunológico reconhecer um pequeno fragmento de uma das muitas proteínas que existem no vírus herpes para desencadear a partir daí uma resposta imunitária e controlar a infecção.



O trabalho, realizado por uma equipa chefiada pelo virologista Pedro Simas, do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, é publicado hoje na revista PloS Pathogens, e tem implicações para a medicina. "Se funciona assim em ratinhos, é de supor que o mesmo processo ocorra também nos seres humanos, o que abre portas a estudos nesta área", afirmou Pedro Simas.

Os investigadores usaram ratinhos e um vírus herpes para mostrar como a força de um vírus também pode depender de nós. É que, de acordo com o estudo divulgado hoje, “o grau de severidade de uma infecção viral provocada por um vírus herpes depende de uma pequena região proteica viral que é reconhecida especificamente por células T (do sistema imunitário) dos indivíduos infectados”. Esta observação abre novas possibilidades para adaptar as estratégias terapêuticas aos doentes. Trata-se de um “ conhecimento valioso”, nota o investigador sublinhando a importância de conhecer o ciclo de vida dos vírus e os seus pontos críticos nas células para os melhor poder combater.

O estudo foi desenvolvido na Unidade de Patogénese Viral do IMM, em Lisboa, e contou com a colaboração de um investigador da Universidade de Cambridge, Reino Unido. Sabemos que quanto maior a carga viral, mais severa a infecção. Sabemos isso, por exemplo, quando falamos em doenças como as graves infecções virais persistentes que nos podem afectar, o VIH, os herpes e as hepatites B e C. O que ainda não conseguimos perceber é por que é que a carga viral varia tanto de pessoa para pessoa.

Com base nos resultados obtido, a equipa investiga agora a possibilidade de desenvolvimento de vacinas terapêuticas para combater patologias associadas a infecções por vírus herpes, tais como linfomas.
Título:
Enviado por: comanche em Outubro 11, 2008, 12:44:55 am
Adesão ao Prémio ZON supera expectativas


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Superando as melhores expectativas, o Prémio ZON Criatividade em Multimédia, maior prémio monetário atribuído em Portugal, recebeu mais de 100 candidaturas.


"A informação que recolhemos, antes de lançar a iniciativa, apontava para 30 candidaturas como um excelente resultado para a primeira edição de um prémio com estas características. Como somos ambiciosos, colocámos a fasquia nas 50 candidaturas, o que foi por muitos considerado ilusório. Afinal, conseguimos mais que duplicar essa marca", refere Paulo Camacho, da comissão de organização do Prémio ZON Criatividade em Multimédia.

A categoria Conteúdos Multimédia foi de longe a que mais cativou os concorrentes, com 42 candidaturas, seguida pelas categorias Curtas-metragens e Aplicações, ambas com 34 trabalhos a concurso. Comprovou-se ainda a transversalidade e multidisciplinaridade desta iniciativa, tendo sido recebidas candidaturas de todos os pontos de país, algumas provenientes de empresas e instituições, outras, a título individual, e muitos trabalhos académicos.

As candidaturas estão neste momento a ser escrutinadas pelas Comissões Técnicas especializadas em cada área. Os trabalhos que passarem o exigente crivo destas comissões serão expostos ao júri, formado por representantes da Empresa e personalidades de reconhecida competência nos domínios da criatividade e inovação:

Categoria Conteúdos Multimédia: José Alberto Carvalho (RTP), Pimenta Alves (Universidade do Porto/ CoLab), António Câmara (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Univ. Nova de Lisboa/ CoLab), Nuno Cintra Torres (ZON Conteúdos);

Categoria Aplicações: José Encarnação (Fundação Fraunhofer), Nuno Correia (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Univ. Nova de Lisboa/ CoLab), Manuel Sequeira (ZON Multimédia);

Categoria Curtas-metragens: Leonor Silveira (ICA), Mário Augusto (SIC), Antunes João (ZON Lusomundo);

Os três vencedores das três categorias, de onde sairá o galardoado com o grande Prémio ZON, serão conhecidos no início de Dezembro.

O Prémio ZON Criatividade em Multimédia tem um valor pecuniário total de 200 mil euros. Os vencedores receberão ainda bolsas de investigação com estadia na Universidade de Austin, no Texas.

De referir ainda que os projectos com maior potencial de negócio serão avaliados pelo IAPMEI, podendo vir a ser dotados dos instrumentos financeiros necessários para transformar uma boa ideia num projecto empresarial.

A ZON congratula-se com a grande adesão ao Prémio e com a qualidade dos trabalhos apresentados, o que reforça o empenho da empresa em prosseguir com esta iniciativa durante os próximos anos. A ZON pretende assim desempenhar um papel cada vez mais relevante na descoberta de novos talentos e novas ideias, na promoção de novos projectos empresaria e na dinamização das indústrias multimédia em Portugal.

Recorde-se o Prémio ZON Criatividade em Multimédia apenas foi lançado em Abril de 2008, tendo conseguido, em tempo record, impor-se como uma das iniciativas de maior relevo no sector Multimédia nacional.
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Enviado por: comanche em Outubro 11, 2008, 11:09:13 pm
Caçador de máquinas celulares

O cientista português que trocou os EUA por Cantanhede

André Valente criou uma receita matemática que torna mais rápida a descoberta da cura de muitas doenças.

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O cientista português que trocou os EUA por Cantanhede
André Valente criou uma receita matemática que torna mais rápida a descoberta da cura de muitas doenças.
 

André Valente licenciou-se em Engenharia Física na Universidade de Cornell e doutorou-se em Matemáticas Aplicadas na Universidade de Harvard (EUA)
O que leva um cientista português a deixar o Instituto Nacional do Cancro dos EUA, instalado num "campus" em Washington com mais de 20 mil investigadores, para trabalhar na pequena cidade de Cantanhede?

À primeira vista parece incompreensível, mas André Valente, de 34 anos, está a fazer descobertas inéditas a nível mundial aplicando a matemática às ciências da vida, e em Portugal encontrou todas as condições para prosseguir a sua carreira na Unidade de Sistemas Biológicos do Biocant, o único parque de ciência e tecnologia nacional inteiramente dedicado à biotecnologia.

"Hoje em dia, desde que haja condições, é possível fazer investigação de ponta a nível mundial em qualquer parte do mundo, porque os cientistas trabalham em rede e estão em contacto permanente uns com os outros", explica André Valente ao Expresso. De facto, ele acaba de submeter nos EUA, juntamente com o seu colega Yuan Gao, da Virginia Commonwealth University (em Richmond, Virgínia), duas patentes que podem acelerar a cura de muitas doenças.

A primeira diz respeito a uma nova receita matemática - um algoritmo, ou seja, uma sequência de instruções com várias fórmulas matemáticas - que permite pela primeira vez descobrir com uma margem de erro reduzida e a uma escala industrial, interacções entre as proteínas das células que abrem potencialmente novos caminhos para a descoberta da cura das mais variadas doenças.

Proteínas do glaucoma e da miopia extrema ligadas

A segunda patente resulta da anterior: André e Yuan concluíram que existe uma relação entre as proteínas que estão na origem, quando não funcionam bem, de duas doenças dos olhos, o glaucoma e a miopia extrema, o que abre boas perspectivas de tratamento com novos medicamentos. A chave está no estudo de 210 complexos de proteínas conhecidos por máquinas celulares, a maioria deles descobertos pelo novo algoritmo.

Tradicionalmente, uma equipa de investigação estudava apenas uma proteína durante anos, ou muito poucas de cada vez. Era um trabalho detalhado, fiável, em profundidade, mas não permitia compreender o funcionamento global de uma célula humana. Mas tudo mudou com os desenvolvimentos experimentais e teóricos dos últimos anos e com a sequenciação do genoma humano, que permitiram pela primeira vez juntar esses dados separados para chegar a uma visão global.

O desenvolvimento de técnicas experimentais para recolher interacções entre proteínas de uma forma sistemática permitiu que a investigação avançasse muito mais rapidamente, tendo sido descobertas 1000 a 2000 interacções em células humanas.

"Este número já é cerca de 1% do grande "puzzle", o que significa que pela primeira vez temos o princípio de um mapa da rede global de interacções entre proteínas com técnicas que encaixam milhares de peças, o que está a criar grande entusiasmo entre a comunidade científica", explica André Valente. Só que o aumento da quantidade degrada a qualidade, e as técnicas de recolha de interacções "têm uma uma margem de erro que chega a ser superior a 50%".

E é aqui que entra o novo algoritmo, que permite o tratamento de muitos dados sobre as proteínas humanas, mas com a elevada fiabilidade dos métodos tradicionais em que só se estudavam interacções uma a uma. Para já, é a relação das proteínas do glaucoma e da miopia extrema que foi objecto de uma patente. Mas há outras máquinas celulares descobertas por André Valente que podem ter grande potencial. Uma delas contém sete proteínas associadas a doenças cardiovasculares, entre elas o enfarte do miocárdio.


DE HARVARD A CANTANHEDE  


André Valente licenciou-se em Engenharia Física na Universidade de Cornell e doutorou-se em Matemáticas Aplicadas na Universidade de Harvard (EUA), onde mais tarde foi investigador no Dana-Farber Cancer Institute. Antes de regressar a Portugal estava no famoso National Cancer Institute, em Washington. Com vários artigos publicados em revistas de referência mundial, como a 'Physical Review Letters', André chega ao Biocant Park, em Cantanhede, através da Universidade de Coimbra, onde é contratado pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular.

Este centro vai transferir toda a área de investigação ligada à biotecnologia para o Biocant, um pequeno mas dinâmico parque de ciência e tecnologia inaugurado em 2006 e com ambiciosos planos de expansão, que incluem desde o início actividades de divulgação ao público (nesta foto André surge no Centro de Ciência Júnior, visitado por milhares de jovens). Carlos Faro, director do Biocant, considera que André Valente "provou que é possível fazer ciência de elevada qualidade, de vanguarda, e ao mesmo tempo conseguir duas patentes com aplicação empresarial". De facto, vai ser constituída uma empresa global com base nessas patentes, "que será o primeiro "spin-off" da actividade do Biocant".
Título:
Enviado por: comanche em Outubro 11, 2008, 11:20:37 pm
Mar serve de inspiração a linha têxtil

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Inovação. Criar uma linha de novos materiais para utilização em condições extremas é o mais recente projecto do departamento de têxteis do futuro do Citeve. A Marinha foi convidada a participar pela sua experiência no terreno
O Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve) convidou a Marinha Portuguesa a participar no seu mais recente projecto - o desenvolvimento de uma linha de materiais inovadores para utilização em condições extremas, entre as quais a agressividade do meio e as baixas temperaturas a que os elementos deste corpo militar estão sujeitos. Uma iniciativa que se insere numa linha de investigação em biónica sobre as ciências do mar, explicou ao DN Fernando Merino, director do Departamento de Têxteis do Futuro do Citeve, à qual a Marinha se irá associar "dando conselhos técnicos".

O Citeve é líder de uma rede de competência em biónica sobre as ciências do mar que junta biólogos e investigadores ligados ao mar e aos têxteis com o intuito de "identificar espécies no mar que representem conceitos que possam ser transferidos para a indústria têxtil", explica Fernando Merino. Pense-se nas características de impermeabilidade e enorme resistência a temperaturas muito baixas de alguns pássaros que mergulham no mar, por exemplo. Ou na pele de um tubarão. Isso é a biónica. E imagine-se quão útil essas características poderiam ser em situações como trabalhos em plataformas petrolíferas ou outros.

A rede, para já, é de âmbito regional, com sede no Centro, mas o objectivo é a sua internacionalização. A 3 e 4 de Novembro, na Universidade de Aveiro, realizar-se-á o I Simpósio Internacional sobre Biónica, para o qual serão convidadas individualidades nacionais e internacionais na área da arquitectura, design e têxteis, e no qual o Citeve irá apresentar, publicamente, os projectos que quer desenvolver.

Foi no âmbito destas parcerias que o Citeve endereçou ao Chefe de Estado Maior da Armada para que a Marinha Portuguesa pudesse estar representada no Fórum dos Têxteis do Futuro, através do Corpo de Fuzileiros, para acções de demonstração. O Fórum, que decorreu terça e quarta-feira no Porto, no âmbito da feira Modtíssimo, é uma parceria do Citeve e da Associação Selectiva Moda e permite tomar conhecimento de algumas das mais recentes inovação das indústria têxtil nacional, que crescentemente vem apostando no segmento dos têxteis técnicos e funcionais pelo valor acrescentado que aporta. E se é certo que representa, ainda, uma fatia muito diminuta no bolo geral das vendas das empresas, não é menos verdade que se trata de artigos com grande procura de clusters de elevado potencial competitivo, como o automóvel e a saúde.

São 12 as categorias de aplicações dos têxteis técnicos e funcionais, sendo que em Portugal existem 66 empresas que se dedicam a estes produtos. No entanto, e apesar de disporem de "um leque de produtos e de tecnologias bem amplo, cobrindo todo o tipo de aplicações", estas especializaram-se preferencialmente apenas em seis categorias. São elas os equipamentos e componentes de desporto e lazer, componentes técnicos de vestuário e calçado, protecção pessoal e de bens, saúde e higiene, componentes técnicos de mobiliário, decoração e revestimentos e , por fim, o uso de fibras têxteis nos transportes, designadamente no sector automóvel.

Números sobre o consumo de têxteis técnicos em Portugal ainda não há. No entanto, a nível mundial sabe-se que este segmento representa cerca de 35% do consumo global de têxteis. As previsões apontam para que o mundo utilize 23,774 milhões de toneladas de têxteis técnicos e funcionais em 2010 , das quais apenas 400 mil na área da protecção ambiental. O grosso do consumo - 3,606 milhões de toneladas - será precisamente para o sector das embalagens industriais e de consumo doméstico. Em termos de crescimento ao ano, os geotêxteis e os têxteis para a engenharia civil são os se prevê que registem maiores crescimentos, na ordem dos 5,3%, seguidos dos destinados à arquitectura e construção.

Contudo, quando a análise é realizada em função do valor gerado, descobre-se que é o subsegmento dos transportes, com 29, 282 mil milhões de dólares, que maior valor acrescentado gera. No total das 12 categorias, prevê-se que o consumo mundial em 2010 gere 127,2 mil milhões de dólares. |
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Enviado por: comanche em Outubro 11, 2008, 11:30:43 pm
Mobicomp, a empresa portuguesa que encanta a Microsoft

Steve Ballmer elogia companhia de Braga, que promete ser fenómeno mundial

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presidente da Microsoft esteve em Portugal para assinar dois novos memorandos de entendimento com o Governo português e assumir uma parceria estratégica no âmbito da iniciativa «Magalhães». Pelo meio, teve tempo para elogiar uma empresa portuguesa.

Trata-se da Mobicomp, que foi adquirida pelo gigante informático em Junho, e já prepara conteúdos para telemóveis a nível mundial. «A Mobicomp é uma empresa líder mundial e já funciona como centro de pesquisa para a Microsoft, estando baseada em Portugal. Trata-se de uma companhia que trouxe talento e inovação para a Microsoft», disse Steve Ballmer.

Ouça aqui o programa de tecnologia do PortugalDiário no Rádio Clube Português em que se falou da Mobicomp, entre outros assuntos, copiando este código para o seu agregador. Também pode fazê-lo através do iTunes pesquisando pela palavra podtec.

Carlos Oliveira, presidente da Mobicomp, agradece o elogio e promete retribuir com trabalho: «Essas palavras são sinal de reconhecimento que se pode fazer tecnologia em Portugal com impacto no mundo. É com grande orgulho que se ouve este tipo de elogios, pois também é um reconhecimento do trabalho feito».


Neste momento, a empresa de Braga está em «fase de total integração», procurando «trabalhar em novos produtos, muito relevantes na estratégia da mobilidade, com lançamento nos próximos meses a nível mundial», disse ao PortugalDiário.

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Enviado por: comanche em Outubro 11, 2008, 11:39:25 pm
Portugal com elevado nível de informatização nos tribunais

A Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ) reconheceu que Portugal tem um «elevado nível de informatização» nos tribunais, a par da Áustria, Dinamarca, e Finlândia e à frente da Alemanha, Holanda e Itália.


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No seu relatório sobre os Sistemas de Justiça Europeus, quarta-feira disponibilizado pelo Conselho da Europa, e referente ao ano de 2006, a CEPEJ refere também que Portugal é o sétimo país europeu entre 36 que mais verbas gastou com os tribunais, por habitante.

Portugal foi considerado pelo CEPEJ um dos países com «muito elevado nível de informatização» nos tribunais, a par de países como a Áustria, Dinamarca, Estónia e Finlândia e à frente de outros como a Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália.

Em matéria de desmaterialização de processos judiciais e inovação tecnológica na justiça, Portugal foi considerado um dos países europeus com um «muito elevado nível de implementação de equipamentos informáticos para utilização por juízes e oficiais de justiça».

No mesmo indicador, o relatório refere também que Portugal é um país com um «bom nível de implementação de equipamentos para comunicação entre tribunais e o seu ambiente».

O CEPEJ reconheceu que, em matéria de litigância civil e comercial, o número de casos resolvidos foi superior ao número de casos entrados nos tribunais portugueses.

Como resultado, a pendência processual foi reduzida, e os tribunais descongestionados, alcançando-se melhores resultados que a Áustria, Espanha, França ou Itália.

O relatório reconhece também que, em 2006, o número de casos resolvidos por 100.000 habitantes foi superior ao número de casos entrados em matéria de conflitos civis e comerciais.

Neste indicador, Portugal foi o país que obteve o terceiro melhor resultado, ultrapassando a Dinamarca, a Espanha, a França, a Holanda ou a Itália.

O CEPEJ considerou igualmente que os tribunais portugueses aumentaram a capacidade de resolução de processos civis e comerciais.

Neste indicador, Portugal ficou posicionado entre os cinco países melhor colocados, à frente da Espanha, França, Itália ou Noruega.

Segundo dados do Ministério da Justiça, em 2006 e 2007 «evitou-se um crescimento da pendência de mais de 250 mil processos, eliminando-se uma tendência de mais de uma década, reduzindo-se a pendência em 28.756 processos (6.238 em 2006 e 22.518 em 2007)».

Diário Digital /Lusa




http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=352991
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Enviado por: comanche em Outubro 11, 2008, 11:54:06 pm
Engenharia cénica

Tecnologia portuguesa em oito teatros russos

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O nome de Portugal está na boca de cena de oito teatros russos. A Máquinas Ibérica, uma empresa nacional especializada em engenharia cénica, foi seleccionada para recuperar mais um teatro.

Depois de salas como a do famoso Teatro Marinsky de São Petersburgo, agora será a vez do Teatro de Arkhangelsk, uma cidade do norte da Rússia.

De Portugal vão a técnica e o material: “Os projectos que estamos a fazer na Rússia são com os nossos equipamentos, todos fabricados em Portugal. Pomos as máquinas nos palcos, para permitir que subam e desçam cenários, e fazemos também plataformas de palco”, explica Bartolomeu Costa Cabral, da direcção da Máquinas Ibérica.

A empresa tem já uma longa experiência internacional. Um dos projectos mais significativos para a empresa foi a montagem de um estúdio da BBC em Glasgow, “um dos maiores estúdios de televisão do mundo”, onde figuram 240 equipamentos com marca portuguesa, conta o empresário.

As máquinas desta empresa nacional fazem também funcionar as artes do palco portuguesas do recuperado Theatro Circo de Braga e do novo Centro Cultural das Caldas da Rainha.
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Enviado por: comanche em Outubro 14, 2008, 09:22:26 pm
Investigadores da UA publicam paper na "Reviews of Modern Physics"



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Um artigo sobre a física de redes complexas, da autoria de três investigadores do Departamento de Física da UA, Sergey Dorogovtsev, Alexander Goltsev e José Fernando F. Mendes, foi publicado na «Reviews of Modern Physics». Esta é a terceira vez que uma investigação de origem portuguesa vê os seus resultados publicados na revista de maior impacto na área da Física.

Nos últimos anos, foram dados passos importantes em direcção à compreensão dos fenómenos críticos observados em redes complexas. Os resultados, conceitos e métodos deste rápido desenvolvimento foram analisados no artigo de revisão «Critical phenomena in complex networks», da autoria de dos investigadores José Fernando F. Mendes, Alexander Goltsev e Sergey Dorogovtsev. Uma ampla perspectiva sobre fenómenos cooperativos definidos sobre redes, a suas transições de fase e outros efeitos colectivos, e também aspectos dinâmicos como sincronização são aqui discutidos.

O paper aborda e analisa possíveis respostas a algumas das grandes questões que envolvem a problemática, nomeadamente, em relação ao que é comum a todas as redes, aos seus princípios gerais de organização e evolução, ao desenho de uma rede óptima ou qual a melhor arquitectura para obter um dado objectivo e aos fenómenos de sincronização. O artigo faz ainda referência à relação existente entre as leis da natureza e as redes de comunicação, biológicas e sociais e ao contributo das redes complexas no controlo de epidemias ou transmissão de doenças sexuais (SIDA), vírus em computadores, gripe das aves, etc. e na organização de grupos sociais ou animais para se protegerem e para se auto-organizarem.

A noção de «rede» é fundamental nos nossos dias, uma vez que vivemos num mundo rodeados de redes onde tudo está espantosamente perto de tudo. As redes sociais e económicas que nos rodeiam (Internet, WWW, facebook, hi5, email, telemóveis, só para citar alguns exemplos...) estão a mudar as nossas vidas e mesmo as mais pequenas entidades biológicas como a célula são baseadas em várias redes biológicas. Redes cuja arquitectura é mais complexa do que a grafos aleatórios estão omnipresentes em toda a parte. Todas elas revelam um comportamento crítico incomum devido à sua inomogeneidade. O facto de apresentarem um conjunto de características como: serem compactas, apresentarem distâncias curtas entre quaisquer dois nodos e o facto de apresentarem arquitecturas complicadas induzem comportamentos críticos dramaticamente distintos do observado em redes convencionais reticuladas.

José Fernando Mendes é Professor Catedrático no Departamento de Física da Universidade de Aveiro, onde é actualmente Presidente do Conselho Directivo. Nasceu no Porto, e estudou na Universidade do Porto onde obteve o doutoramento em 1995, fez um pós-doutoramento na Universidade de Boston em 1996. A sua actividade de investigação desde 1998 centra-se no estudo de redes complexas. Publicou um artigo de revisão em co-autoria com S. Dorogovtsev em 2002 que é uma referência na área (é o artigo mais citado em Portugal em todas as áreas da Ciência). Em 2003 publicou um livro na Oxford University Press (Evolution of Networks) igualmente em co-autoria com S. Dorogovtsev. Recebeu o Prémio Gulbenkian Ciência em 2004. Recentemente foi convidado a proferir uma palestra na reunião anual da Academia Europeae.

Alexander Goltsev é Investigador no Departamento de Física da Universidade de Aveiro. Nasceu na Ucrânia e estudou em San Perterburgo na Universidade Estadual de São Peterburgona Russia. Obteve o seu PhD no prestigiado Ioffe Physical-Technical Institute, em São Petersburgo, em 1981. É físico teórico na área da material condensada e teoria de redes complexas. As suas investigações no efeito acústico-eléctrico em magnetes foram premiadas com o prémio Ya. I. Frenkel em 2005 e com o prémio da Academia Russo-Polaca de Ciências em 2008. Desde 2002 trabalha com S. Dorogovtsev e J.F.F. Mendes no campo das redes complexas, onde é autor de inúmeras publicações.

Sergey Dorogovtsev é Investigador Coordenador no Departamento de Física da Universidade de Aveiro. Nasceu em S. Peterburgo e obteve o doutoramento, em 1981, no famoso Ioffe Physical-Technical Institute, na área de Física Teórica. Trabalhou na Universidade do Porto desde 1999 como investigador convidado e na Universidade de Aveiro desde 2004. Publicou um livro na Oxford University Press (Evolution of Networks, 2003) em co-autoria com J. F. F. Mendes e recebeu o Prémio Gulbenkian Ciência em 2004.
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Enviado por: comanche em Outubro 15, 2008, 11:48:56 pm
Ciência: Investigadora portuguesa eleita membro da Organização Europeia de Biologia Molecular


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A bióloga portuguesa Cecília Arraiano foi hoje eleita membro vitalício da Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO), uma distinção com "sabor especial" por ser um reconhecimento internacional da carreira científica que desenvolve em Portugal.

"É uma distinção que sempre desejei", disse a investigadora ao comentar a sua eleição. Além disso, "traz um sabor especial por ser um reconhecimento internacional da carreira que tenho feito no ITQB (Instituto de Tecnologia Química e Biologia, da Universidade Nova de Lisboa em Oeiras)", acrescentou.

"No meu país tenho tido muitas dificuldades na minha carreira e são os especialistas estrangeiros quem de facto me têm dado mais valor", afirmou.

Cecília Arraiano foi eleita pelos membros da EMBO por nomeação proposta por Claudina Rodrigues-Pousada, do ITQB, com o apoio de Cláudio Sunkel, do IBMC (Porto) e de vários cientistas europeus. Torna-se assim o sétimo português a pertencer à organização, que conta entre os seus membros 45 prémios Nobel.

Ao saudar hoje a sua eleição, juntamente com as de outros 58 cientistas de vários países, Hermann Bujard, director da EMBO, disse que estes investigadores "contribuíram significativamente para o avanço das ciências da vida moleculares".

Licenciada em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (1982) e doutorada em Genética pela Universidade da Geórgia (EUA), Cecília Arraiano é responsável por um grupo de investigação no ITQB que estuda o papel da maturação e degradação do ARN (ácido ribonucleico) na regulação da expressão génica.

O ARN é um parente do ADN (ácido desoxirribonucleico), a molécula com que se escrevem os genes.

"Nos últimos anos a investigação sobre ARN tem sido considerada prioritária por se ter descoberto que através dele se podem curar doenças e até modificar o património genético", disse a cientista.

A sua equipa estuda actualmente a acção de ribonucleases (enzimas que degradam o ARN) em colaboração com parceiros internacionais, contribuindo para um maior conhecimento deste mecanismo regulador da expressão génica.

Já em 2006, uma equipa de investigadores de que fazia parte Cecília Arraiano publicou na revista Nature um trabalho que desvendava a estrutura tridimensional da ribonuclease II, o que permitiu entender melhor o seu funcionamento.

As actividades da EMBO, fundada em 1964, são financiadas pela Conferência Europeia de Biologia Molecular, uma organização intergovernamental que inclui 27 países e a que Portugal aderiu em 1993, passando desde então a contribuir para o seu orçamento de funcionamento.

Esta adesão permite beneficiar de acesso a bolsas para investigadores, de financiamento para a organização de cursos e seminários, de um prémio anual para jovens cientistas e de apoio na avaliação de projectos de investigação.

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Enviado por: comanche em Outubro 16, 2008, 12:01:37 am
Descoberto novo campo hidrotermal no Árctico


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Uma equipa de investigadores portugueses participou durante o mês de Julho numa missão oceanográfica no Oceano Árctico, a cerca de 75ºN. que foi coroada de êxito.

A missão, da qual fizeram parte dois investigadores do MNHN, tinha dois objectivos principais. O primeiro, a pesquisa de um novo campo hidrotermal, indiciado por trabalhos anteriores na região, que detectaram anomalias na composição da água do mar possivelmente causadas por actividade hidrotermal.

Descobriu-se -se efectivamente um enorme campo hidrotermal, a cerca de 3000 metros de profundidade, com uma dúzia de grandes chaminés activas, produzindo fluido negro a temperaturas próximas de 300ºC e povoado por fauna diferente quer da fauna dos campos hidrotermais atlânticos quer dos do oceano Pacífico.  
Estas descobertas vêm trazer novas pistas de investigação científica, pelo inesperado que as rodeia. Com efeito, a actividade vulcânica (e magmática em geral) no Árctico é a mais baixa de todos os oceanos, pelo que se presumia que os campos hidrotermais deveriam ser modestos. Provou-se que não é assim.

Também a natureza da fauna é inesperada e interessante, pois mostra que não só a colonização dos campos hidrotermais não se propaga através do Árctico, como, pelo contrário, existem comunidades de tipo novo.

O campo hidrotermal foi baptizado "Loki's Castle" (O Castelo de Loki) em homenagem ao deus nórdico Loki, irmão de sangue de Odin, conhecido pela sua capacidade de ocultação. O segundo objectivo da missão oceanográfica foi a visita a um outro conjunto de campos hidrotermais, junto à ilha de Jan Mayan, descoberto em 2005, e no qual foram recolhidos instrumentos de medida que lá se encontravam há dois anos, acumulando medições.

Os cientistas portugueses dispõem agora de amostras de sedimentos, de rochas e de materiais das chaminés hidrotermais para nelas realizarem estudos que incluem a sua composição química e mineralógica e suas relações com a população de micróbios que vive no interior dos sedimentos, bem como a caracterização das chaminés.

A equipa portuguesa, integrada num projecto europeu EuroMarc, dirigido pelo Centro de Geobiologia da Universidade de Bergen (Noruega), é constituída por Fernando Barriga e Álvaro Pinto, ambos do Museu Nacional de História Natural; Rita Fonseca, da Universidade de Évora; Ágata Dias, Jorge Relvas e Filipa Marques. Os seis investigadores pertencem ao Creminer, um centro de investigação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa integrado no Laboratório Associado ISR (Institute of Systems Research).  

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Enviado por: comanche em Outubro 16, 2008, 10:30:04 pm
Eureka «descobre» inovação portuguesa



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Quatro projectos, com participação portuguesa – na área de novos combustíveis, fármacos, segurança de bagagem aérea, e automóveis eléctricos –, foram ontem apresentados com porta fechada, no Porto, na primeira reunião de trabalhos de Coordenadores de Projectos e de representantes de alto nível (High Level Group) EUREKA, desde que Portugal está na presidência.

Durante a iniciativa intergovernamental de apoio à inovação europeia, foram submetidas 60 propostas às quais se juntaram mais 91 projectos EUROSTARS, com a presença dos representantes dos 40 membros (38 países, a Comissão Europeia e Marrocos como associado).

José Mariano Gago, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, falou em conferência de imprensa sobre as prioridades da presidência portuguesa e destacou a importância do facto de Portugal integrar quatro dos projectos numa rede alargada de países, salientando que ao longo dos trabalhos “a intervenção portuguesa vai aumentar”.
 


Segundo Manuel Nunes da Ponte, que preside ao High Level Group português, “estes projectos são para fazer negócio”. Ao longo da reunião tentou perceber-se, face à globalização, “que regras há que mudar para facilitar essa iniciativa europeia”. Numa vertente essencialmente virada para o mercado, a EUREKA é “uma rede de plano europeia que promove propostas de várias empresas e onde cada uma pode beneficiar do know how de outras”, concluiu.

Os quatro trabalhos com participação portuguesa são o projecto Buddy, que consiste no desenvolvimento de estruturas e materiais leves para veículos eléctricos citadinos ultra-compactos; o Safe Luggage, que visa criar um sistema de rastreamento e procura de bagagens com a incorporação de identificação electrónica; o TYPHIVAC, que pretende implementar processos de produção em ambientes controlado de dois componentes de uma vacina contra as febres tifóide, entéricas e paratifóide e o ALGANOL que pretende utilizar o dióxido de carbono emitido na combustão nas incineradoras de lixo municipal para itensificar a produção de microalgas adaptadas à geração de biocombustíveis.

A presidência da EUREKA, da qual a Agência de Inovação é a entidade responsável, está nas mãos portuguesas pela segunda vez. A iniciativa visa promover a cooperação entre empresas e institutos para que desenvolvam em conjunto produtos tecnologicamente inovadores.

Anualmente, estão previstas quatro reuniões. A próxima será em Sines, em Janeiro; seguindo-se ponta Delgada, em Março e terminam em Lisboa, em Junho.

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Enviado por: comanche em Outubro 18, 2008, 07:43:31 pm
Estudo ajuda a esclarecer regulação da actividade dos genes


Investigador português faz parte da equipa da Universidade de Cambridge



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Um grupo de investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, de que faz parte um português, descobriu que o ADN humano continua a comportar-se como humano mesmo quando colocado num ambiente de células de ratinho. Os resultados da investigação, publicada na revista Science, ajudam a perceber os mecanismos que estão por detrás das doenças de origem genética, contribuindo assim para o seu tratamento, bem como as diferenças e semelhanças de um mesmo tecido em espécies distintas.

O trabalho insere-se nos esforços dos cientistas para perceber como é que a informação codificada no genoma é interpretada e, dessa forma, explicar como é que as diferenças no ADN se traduzem em diferenças orgânicas. "Nós e os ratinhos somos obviamente diferentes e o mesmo acontece com os nossos genomas", esclarece Nuno Barbosa-Morais, investigador do grupo de Biologia Computacional da Universidade de Cambridge e um dos principais autores do estudo.
 


"O que o nosso trabalho mostra é que as células do ratinho interpretam o ADN humano como humano, e não como de ratinho, ou seja, da mesma forma que as células humanas interpretam o seu próprio ADN", disse o investigador, que foi o responsável por toda a parte computacional do projecto.

Os investigadores centraram a sua atenção em células de fígados de ratinhos usados em cujas células estaminais embrionárias tinha sido inserido um cromossoma 21 humano para estudo da síndrome de Down. Começaram por estudar a forma como os factores de transcrição se ligavam ao cromossoma humano nas células hepáticas do ratinho, assim como os níveis de expressão de todos os genes codificados para esse cromossoma, e compararam estes resultados com os valores encontrados para o mesmo cromossoma em células de fígado humano e com os obtidos para a secção homóloga de ADN de ratinho nas células de fígado de ratinho.

Inesperadamente, os resultados obtidos para o cromossoma 21 humano dentro das células de ratinho eram praticamente idênticos aos observados para o mesmo cromossoma em células humanas e muito diferentes dos observados para o ADN do ratinho. Na perspectiva do investigador português, o entendimento de como os genes são activados e silenciados é decisivo, quer para uma melhor compreensão do desenvolvimento fisiológico do organismo, quer para a compreensão de doenças de origem genética e, consequentemente, para o seu tratamento.

Nuno Barbosa-Morais, 30 anos, licenciou-se em Engenharia Física Tecnológica no Instituto Superior Técnico, em 2000, a que se seguiu um ano na Faculdade de Ciências no programa doutoral em Biofísica e Engenharia Biomédica, tendo-se doutorado em Ciências Biomédicas pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, no Instituto de Medicina Molecular.

O estudo agora publicado na Science faz parte de um dos projectos principais do seu trabalho de pós-doutoramento na Universidade de Cambridge, onde está desde 2003. "Estiveram a meu cargo praticamente todo o tratamento quantitativo e a análise estatística dos dados resultantes das experiências no laboratório", afirmou, além de ter estado profundamente envolvido na concepção e planeamento de todo o estudo e na sua escrita.

O foco da sua investigação - financiada pelo Cancer Research, um instituto de investigação sobre cancro do Reino Unido - é a compreensão da complexidade da regulação da expressão dos genes e o seu impacto nos mecanismos associados a doenças.
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Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 19, 2008, 11:23:21 pm
O site abaixo é essencialmente dedicado a mostrar a investigação portuguesa e qualquer um pode participar no conteúdo, sendo muito útil que o façam.

http://www.researchcafe.net/content/view/447/39/ (http://www.researchcafe.net/content/view/447/39/)
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Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 20, 2008, 09:34:09 pm
Covilhã: projectos inovadores recebem prémios

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Um programa informático capaz de analisar vídeos captados no sistema digestivo e automaticamente detectar problemas de saúde foi o primeiro classificado no Troféu Criar 08, concurso para fomentar o empreendorismo na Covilhã, anunciou esta segunda-feira a organização, escreve a Lusa.

Esta foi a primeira edição do concurso que pretende estimular o empreendorismo e a inovação no interior do país.

Segundo o regulamento, os vencedores receberão os prémios monetários na constituição da sua empresa no concelho da Covilhã.

Campo de Ourique é o primeiro bairro WiFi de Portugal
Estudo de português descobre evolução do ADN humano

A aplicação «Doctor Help», de João Alberto Casteleiro e Nuno Nobre, alunos do Instituto Superior Técnico, arrebatou o «Prémio Liberty Seguros», de 20 mil euros.

«O projecto tem como principal objectivo detectar pólipos, úlceras e hemorragias a partir de vídeos do aparelho digestivo», explicam os seus criadores.

«Surge aliado a nova tecnologia, uma cápsula ingerida pelo paciente, que filma todo o aparelho digestivo», sendo esse vídeo «que é interpretado pelo software», referem os autores do projecto. Para já, a aplicação vai ser testada no Hospital da Covilhã.

O segundo lugar foi atribuído ao projecto «Skypilot», de Ângelo Claro e Paulo Machado, ambos da Universidade da Beira Interior, que receberam o «Prémio Fundação da Juventude», de 10 mil euros, para criação da sua empresa de produtos para a aeronáutica.

Foi ainda entregue o «Prémio Câmara da Covilhã», de cinco mil euros, ao projecto «BioF - Functional Biopolymers» da responsabilidade de cinco investigadores da Universidade de Aveiro - Catarina Ferreira, Fabiane Oliveira, José António da Silva, Pedro Ferreira e Sónia Monteiro.

A ideia de negócio tem como ponto de partida a transformação de estiletes de lulas e potas em quitina, quitosano e derivados - produtos para serem usados como espessantes em fórmulas alimentares, purificação de águas e na regeneração de tecidos, entre outras aplicações.

O troféu Criar 08 foi promovido pelo Parkurbis - Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, Câmara da Covilhã, Liberty Seguros, Fundação da Juventude e Ensigest (IPAM). A organização anunciou hoje que em 2009 haverá nova edição do concurso.


http://diario.iol.pt/tecnologia/covilha ... -4069.html (http://diario.iol.pt/tecnologia/covilha-premio-concurso-empresas-camara-tecnologia/1004266-4069.html)
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Enviado por: comanche em Outubro 20, 2008, 11:45:44 pm
Corticeira Amorim aposta na inovação


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Na cosmética ou na área farmacêutica, na indústria automóvel, ou na absorção de derrames de crude e no aproveitamento dos seus componentes para a indústria alimentar são potenciais áreas onde poderão surgir novas aplicações de valor acrescentado da cortiça ou novos produtos.



A aposta na inovação é uma das prioridades da CORTICEIRA AMORIM que considera existirem muitas oportunidades que podem ser promovidas. De acordo com António Rios de Amorim “o sector só pode ter um futuro risonho se houver sucesso nas componentes actuais”, razão porque existe um investimento no desenvolvimento e melhoria das mesmas. E a par existem vários projectos em estudo em novas áreas.

O lançamento de um projecto de âmbito nacional de sequenciação do genoma do sobreiro em curso, é um exemplo. Tem por objectivo saber mais sobre a espécie e sobre a sua resistência a secas e pragas, de modo a que seja possível assegurar a sustentabilidade na produção de cortiça e, consequentemente, do ecossistema  que lhe está associado.

O Departamento. de Desenvolvimento de Novos Aplicações e/ou Produtos em/com Cortiça (DNAPC), da CORTICEIRA AMORIM, é responsável por conceber e desenvolver novas aplicações e novos produtos para a cortiça, para além do que actualmente é fabricado pela indústria da cortiça.  Este resulta de uma parceria estratégica com o grupo 3B´s – Biomateriais, Materiais Biodegradáveis e Biomiméticos, do Dept. de Engª de Polímeros da Universidade do Minho, um grupo Universitário que trabalha a área dos polímeros naturais e tem a sua actividade reconhecida com empresas internacionais.

Dos projectos desenvolvidos recentemente são de destacar os seguintes (a quase totalidade dos desenvolvimentos descritos encontram-se patenteados):

Expansão da cortiça: Desenvolvimento de metodologias para aumentar o volume da cortiça sem degradar as suas propriedades mais relevantes. Diversas formas de o conseguir foram patenteadas, tendo sido produzidos protótipos e testadas algumas utilizações pré-industriais.


Estudo das propriedades Absorção/adsorção na cortiça: Os estudos desenvolvidos evidenciaram a potencialidade da cortiça ser usada como material absorvente de diversos tipos de óleos e outras substâncias, tendo sido sistematizada a capacidade de absorção e elaboradas as especificações de diferentes tipologias de granulado face ao material a absorver. Apresentando-se como solução tecnicamente competitiva, a cortiça é simultaneamente uma solução ecológica – o que não deixará de constituir, cada vez mais, um forte argumento para uma eventual nova aplicação. Foram dados recentemente os primeiros passos no sentido da industrialização do projecto absorção realizados em estreita colaboração com a UN de Aglomerados Técnicos.


O aumento da resistência térmica e da resistência aos UV: Os resultados obtidos evidenciaram que é possível aumentar a resistência aos ultra-violetas e aumentar a resistência térmica de cortiça, o que poderá permitir processar cortiça, em contacto com outros materiais, a temperaturas mais elevadas. Pode também ser possível assegurar uma maior estabilidade a longo prazo da cortiça quando exposta aos raios solares.


Têm também vindo a ser estudadas novas metodologias baseadas em fluidos supercriticos, quer para extrair selectivamente componentes da cortiça que possam dar origens a produtos de alto
valor acrescentado, quer como modo de incorporar características na cortiça nomeadamente cor (que penetre totalmente na estrutura celular da cortiça), aromas, ou outras características úteis.


A CORTICEIRA AMORIM tem também procurado motivar (e simultaneamente responder a solicitações externas de) um grande número de agentes científicos, políticos e florestais para o lançamento de um grande projecto mobilizador que leva à sequenciação do genoma do sobreiro.


Estudo de colas e adesivos obtidos a partir de cortiça: Pretende-se com este projecto desenvolver uma cola mais natural, obtida a partir de componentes extraídos da cortiça, que depois poderá ser utilizada na própria indústria da cortiça.


O projecto Europeu STREP WaCheUp. Este projecto, recentemente concluído, foi liderado pelo STFI – Packforsk, Swedish Pulp and Paper Research Institute, envolvendo 8 parceiros europeus, da Suécia, Finlândia e Portugal, entre os quais a Universidade do Minho, a Universidade de Aveiro e a Amorim Florestal, S.A, que é o único parceiro industrial que integra este consórcio dada a sua, agora reconhecida, capacidade de contribuir para a investigação a desenvolver. Trata-se de um projecto que, sob o conceito de BIOREFINARIA, visa transformar em produtos químicos de alto valor acrescentado, os resíduos (e sub-produtos) das indústrias de cortiça e polpa de madeira e, simultaneamente, desenvolver métodos ecológicos e integrados no ciclo produtivo da cortiça/polpa para a obtenção dos referidos produtos e estudar as aplicações possíveis dos componentes assim obtidos.


A CORTICEIRA AMORIM tem também procurado motivar (e simultaneamente responder a solicitações externas de) um grande número de agentes científicos, políticos e florestais para o lançamento de um grande projecto mobilizador que leva à sequenciação do genoma do sobreiro.

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Enviado por: André em Outubro 21, 2008, 04:27:44 pm
Químicos portugueses descobrem novo material condutor

Químicos portugueses descobriram por acaso um novo material, a que chamaram gelatina iónica, que permite desenvolver dispositivos electrónicos - como baterias e células de combustível - mais baratos e mais amigos do ambiente.
Transparente e maleável, o novo material foi produzido a partir da dissolução de gelatina num líquido iónico, uma solução constituída por iões com cargas negativa e positiva.

A descoberta, já patenteada, resultou de um trabalho conjunto de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto Superior Técnico (IST) cujas conclusões foram publicadas no último número da revista científica britânica "Chemical Communications".

O grupo da FCT é dirigido por Susana Barreiros, sendo o do IST por Carlos Afonso.

"Estávamos à procura de um material que fosse um bom ambiente para as enzimas, que as imobilizasse e melhorasse o seu desempenho", disse hoje à Lusa um dos autores do estudo, Pedro Vidinha, da FCT.

"Sabíamos que os líquidos iónicos davam essa possibilidade, permitindo imobilizar as enzimas num ambiente físico", mas essa linha de investigação não produziu os resultados desejados e foi temporariamente abandonada - acrescentou.

Sem desistir, os cientistas procuraram outros caminhos.

"Já que tinha iões quisemos saber se o líquido iónico podia ser condutor e verificámos que era não só condutor de iões como de electrões", disse Pedro Vidinha.

Os investigadores decidiram dissolver gelatina nesse líquido iónico e verificaram que este gelificava e se mantinha estável no estado sólido, mesmo sob aquecimento.

"Comparámos então este novo material com os outros condutores e constatámos não só que era tão condutor como eles, como era mais barato, mais leve, mais fácil de trabalhar e mais ecológico, por ser biodegradável", sublinhou.

Assim, o facto de poder assumir várias formas, desde um bloco compacto a uma fibra ou um filme fino - e poder incorporar substâncias solúveis ou insolúveis em água, permite a sua aplicação tanto em pilhas como em células de combustível e células fotovoltaicas de nova geração.

"Nas pilhas, por exemplo, a gelatina iónica pode funcionar como electrólito e como eléctrodo e, dadas a sua versatilidade, permite construir uma pilha em qualquer superfície, até numa folha de papel, por exemplo, bastando para isso imprimir o electrólito e os dois eléctrodos", disse o investigador.

A equipa trabalha agora noutras aplicações, procurando tirar todo o partido do novo material, nomeadamente no campo da biotecnologia, como em bio-sensores da glucose, voltando assim às enzimas, mas também em compostos farmacêuticos e cosméticos.

Este projecto científico vai ser apresentado em breve nos Estados Unidos, em representação da COTEC Portugal, num concurso de ideias chamado Idea to Poduct, que decorrerá entre 30 de Novembro e 01 de Novembro em Austin, Texas.

Lusa
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Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 21, 2008, 06:37:08 pm
Empresa portuguesa vence prémio internacional

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A empresa portuguesa Nautilus vai receber dia 28 em Basileia, Suíça, o Worlddidac Award 2008, pela estação Netboard, um suporte que integra quadro interactivo, computador e projector multimédia, anunciou esta terça-feira a empresa de mobiliário de Gondomar, escreve a Lusa.

A distinção surge dois anos depois de a Nautilus ter vencido a edição de 2006 do Worlddidac Award, «o maior prémio internacional de inovação no sector das tecnologias para a educação», pela sua mesa interactiva Uni_Net.

As estações interactivas Netboard «são suportes integrados com computador, quadro interactivo e projector de vídeo, que oferecem a possibilidade de uma fácil regulação em altura usando apenas um dedo».

Portugueses descobrem gelatina que pode revolucionar a electrónica
Vem aí o jornal electrónico, portátil e com ecrã tamanho A4

«Todos os componentes são bloqueados por fechadura, para que não seja possível o seu furto, e todos os cabos são ocultados, para evitar actos de vandalismo ou eventuais problemas de segurança eléctrica», salienta a empresa, em comunicado, acrescentando que a regulação em altura é feita através de um «êmbolo hidráulico autoblocante controlado por um botão».

Filipe Lopes, da Nautilus, disse à agência Lusa que a inovação introduzida pelo Netboard é o suporte, concebido pelo designer Pedro Sottomayor, dado que os equipamentos são todos importados.

O quadro interactivo é da Promethean, o computador da Accer e o projector da Epson.

Entre os 2.500 e os 3.000 euros

Filipe Lopes referiu que a comercialização do Netboard começou há cerca de um mês, tendo sido já vendidas 50 estações, para a Promethean, no Reino Unido (20), para uma associada desta empresa em Espanha (15) e para escolas públicas do segundo e terceiro ciclo na Madeira (15).

O responsável referiu que o preço do Netboard varia entre 2.500 (fixo) e 3.000 euros (móvel).

Filipe Lopes revelou que a Nautilus já vendeu cerca de 2.000 mesas interactivas Uni-Net, desde o início da sua comercialização, há dois anos.

Esta mesa, que custa cerca de 850 euros, tem um computador integrado com fecho de segurança, estando a ser utilizada «um pouco por todo o país», sobretudo em escolas do primeiro ciclo.

«Os nossos clientes são, essencialmente, autarquias, porque têm autonomia para comprar equipamentos para as escolas do primeiro ciclo», afirmou Filipe Lopes, dando como exemplos as câmaras de Matosinhos, Condeixa, Albufeira e Oliveira do Hospital.

A Secretaria Regional de Educação dos Açores e escolas particulares, como o Colégio do Rosário, no Porto, são outros clientes da Uni-Net.

Estas mesas interactivas já foram exportadas também para a Escola Portuguesa de Macau e para um colégio privado em Madrid, Espanha.



http://diario.iol.pt/tecnologia/premio- ... -4069.html (http://diario.iol.pt/tecnologia/premio-tecnologia-nautilus-suica-portuguesa-empresa/1004573-4069.html)
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Enviado por: Magalhaes em Outubro 23, 2008, 04:02:04 pm
Citação de: "comanche"
Investigadores da UA publicam paper na "Reviews of Modern Physics"


http://arxiv.org/abs/0705.0010
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Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 24, 2008, 05:35:10 pm
Óbidos cativa indústrias criativas para Parque Tecnológico

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A Câmara de Óbidos iniciou a venda de lotes para a instalação de empresas no futuro parque tecnológico do concelho, concebido para atrair indústrias criativas e às quais a autarquia oferece isenções fiscais, informa a agência Lusa.

Haverá isenção do pagamento de derrama, IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas), IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) durante cinco anos (que poderão ser prorrogáveis), isenção nas taxas municipais e redução de três por cento do IRS em 2009 (e quatro por cento a partir de 2010).

O parque vai ocupar uma área de 25 hectares junto à auto-estrada A8 (que liga Lisboa a Leiria) representando «um investimento superior a 20 milhões de euros» estimando-se que possa criação três mil postos de trabalho, afirma em comunicado a autarquia. O parque terá baixa densidade de construção e equipamentos como espaços verdes, ciclovia ou circuito de manutenção.

A gestão do projecto está a cargo da empresa municipal Óbidos Requalifica, que está a preparar a constituição de uma associação gestora do parque.

A primeira empresa a instalar-se no parque de Óbidos, especializada em soluções tecnológicas para o sector imobiliário, já iniciou a construção do edifício sede.


http://diario.iol.pt/tecnologia/obidos- ... -4069.html (http://diario.iol.pt/tecnologia/obidos-tecnologia/1005755-4069.html)

Moçoilas, moçoilas.
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Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 25, 2008, 04:18:59 pm
Empresa portuguesa cria carrinho de compras que ajuda a poupar

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Promoções em vigor, localização dos produtos e valor total das compras aparecem num pequeno ecrã que ajuda a fazer opções na loja
A Wipro Retail e a Creativesystems, duas empresas instaladas em Portugal, deram um passo em frente na modernização da tecnologia de suporte à actividade comercial: desenvolveram um carrinho de compras inteligente, que, entre outras faculdades, indica as promoções do dia e o caminho mais curto para um produto, avança o «Público». É uma forma de ajudar o consumidor a poupar e a fazer as compras num mais curto período de tempo.

Num ecrã com 25 centímetros de diâmetro, que responde aos toques do cliente, aparece toda a informação. O consumidor tem de fazer um primeiro registo e colocar a sua «password» e pode ainda assinalar os alimentos aos quais é alérgico para que o sistema avise para os riscar da lista.

Além da constante ajuda na hora do comprar, o aparelho facilita a audição de música, localiza amigos e o corredor em que se encontram, permite a conversa em chats com os consumidores que se encontram na loja e navegação na Internet. Compras feitas, não é preciso tirar produto a produto do carrinho. O valor total aparece automaticamente no sistema de pagamento do estabelecimento.

Mas para que tudo funcione, é preciso que os produtos tenham uma etiqueta RFID (Radio-Frequency IDentification), ou seja, identificação por radiofrequência. Um método de identificação automática que ainda não é muito utilizado em Portugal, mas que se espera que seja num futuro não muito longínquo.


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1728 (http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1006022&div_id=1728)
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Enviado por: comanche em Outubro 26, 2008, 05:32:37 pm
Saúde: Portugal país europeu que mais transplantes ao fígado realiza por milhão de habitante - Eduardo Barroso


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Lisboa, 26 Out (Lusa) - O médico Eduardo Barroso destacou hoje que Portugal é o país que mais transplantes ao fígado realiza por milhão de habitantes na Europa e que as listas de espera são menores do que na maior parte dos países europeus.

"Somos o país na Europa que mais transplantes ao fígado faz por milhão de habitante. É uma actividade que está no topo da Europa. Apenas dois centros ingleses fazem mais transplantes do que o Curry Cabral por ano", disse à agência Lusa o responsável pelo Centro Hepato-Biblio-Pancreático e de Transplantação do Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

Segundo o médico, os transplantes hepáticos têm aumentado em Portugal anualmente.

Em 2007, realizaram-se no Hospital Curry Cabral 136 transplantes e este ano 109.

Em Portugal, a transplantação hepática é assegurada pelos hospitais Curry Cabral, de Santo António, no Porto, e pelos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Os 136 transplantes hepáticos realizados no ano passado pelo Curry Cabral representaram mais de metade do total de transplantes do país.

Eduardo Barroso sublinhou igualmente que há possibilidade em dar resposta à maior parte dos doentes.

"A quantidade de doentes hepáticos que nós temos em lista de espera e que não chegam a ser transplantados é muito menor do que na maior parte dos países europeus", realçou, acrescentando que as listas de espera vão sempre existir.

No entanto, referiu que os doentes hepáticos que entram em lista de espera não podem estar muito tempo à espera.

"Ou são transplantados ou saem da lista por razões más, porque morreram", afirmou.

"Em todo o mundo há doentes a morrer em lista de espera. É impossível resolver esse problema e nós estamos no topo mínimo de doentes que morrem em lista de espera", salientou.

A "doença dos pezinhos", as cirroses e os cancros são os principais problemas para transplante hepático.

Eduardo Barroso disse ainda que o órgão mais transplantado em Portugal é o rim.

CMP.

Lusa/Fim

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Enviado por: comanche em Outubro 28, 2008, 10:15:48 pm
Aluno da UTAD vai colaborar com uma ONG de Israel

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No âmbito do Mestrado em Informática da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), está a ser ultimada uma plataforma tecnológica que vai ser aplicada numa Organização Não Governamental (ONG) de Israel, especializada em Direitos Humanos, plataforma essa que ficará em condições de poder ser visionada em qualquer parte do planeta.



Escolhida como cenário de aplicação desta tecnologia, onde irão ser ainda no mês de Outubro realizados os respectivos testes, a ONG israelita Machsom Watch irá assim poder fazer a monitorização dos postos de controlo militares e elaborar relatórios acerca de possíveis violações dos direitos humanos que possam ocorrer nos postos.

No final do mês de Outubro e durante oito dias, o aluno de mestrado Luis Filipe Gens, irá deslocar-se a Israel, para ser feita uma apresentação oficial da adaptação da plataforma à organização Machsom Watch, dar formação na sua utilização e por último, fazer testes no terreno, ou seja, acompanhar alguns dos membros da organização nas suas rondas de monitorização dos postos, para poder observar e anotar todos os procedimentos, dificuldades, etc. que estes possam vir a ter na utilização da plataforma como apoio à sua actividade.

Após este período e tendo em conta os comentários dos membros acerca da sua experiência na utilização da plataforma, esta irá ser melhorada e adaptada, consoante as necessidades, para que possa passar a ser utilizada como apoio às actividades diárias dos membros da Machsom Watch na monitorização dos postos de controlo.
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Enviado por: comanche em Outubro 28, 2008, 10:18:52 pm
Equipa da FCTUC vence Maratona de Programação


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A equipa do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) venceu a MIUP 2008 (Maratona Inter-Universitária de Programação) ao resolver o maior numero de complexos problemas elaborados por um grupo de investigadores de informática de várias universidades e politécnicos do país e baseados em problemas reais que surgem nas empresas de informática ou em investigação.


Formada pelos alunos Diogo Ferreira, João Oliveirinha e Pedro Correia, a equipa "Californication", resolveu 5 dos 9 problemas durante as 5 horas da prova, portando-se heroicamente na luta com os segundos classificados, os Lusco-Fusco.

A MIUP 2008 reuniu, no passado sábado, 100 dos melhores Programadores das escolas de Engenharia Informática de todo o país, agrupados em equipas, e envolveu a resolução de 9 complexos problemas com recurso às linguagens de programação C, C++, Java ou Pascal.

De acordo como o responsável da Comissão Organizadora, Francisco Câmara Pereira, os “desafios eram altamente complexos. Os programadores foram confrontados com problemas que muitos engenheiros informáticos levariam vários dias a resolver”.

Visivelmente satisfeito com os resultados, o Docente da FCTUC sublinha que “ganhar uma MIUP, o principal evento de programação do país, é muito especial para o currículo de um programador. Significa ter um leque alargado de empresas interessadas na sua contratação”.

A Maratona Inter-Universitária de Programação (MIUP) é um concurso de programação para estudantes universitários que proporciona uma excelente oportunidade testarem a sua capacidade de resolução de problemas. Para além do aspecto competitivo, a MIUP possibilita também o convívio e troca de experiências entre alunos e professores das Universidades e Politécnicos portugueses.

A equipa vencedora tem agora de enfrentar a SWERC - South Western European Regional Contest, uma prova internacional que reúne equipas do sudoeste da Europa, em Novembro próximo.

Os 10 melhores da MIUP 2008, cujos resultados podem ser consultados em http://mooshak.dei.uc.pt/~miup2008/ (http://mooshak.dei.uc.pt/~miup2008/).
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Enviado por: André em Outubro 30, 2008, 06:14:44 pm
Portugueses lideram consórcio europeu para desenvolvimento industrial de novo analgésico

Investigadores portugueses lideram um consórcio europeu de cinco parceiros criado para produzir um novo fármaco com propriedades analgésicas e que poderá ser usado na terapia das doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

O projecto terá um financiamento de 695.000 euros da Comissão Europeia por quatro anos, na sequência da aprovação da sua candidatura à rubrica "Parcerias e Diálogo Indústria/Centros de Investigação" das "Acções Marie Curie", disse hoje à agência Lusa o coordenador do projecto.

Miguel Castanho, do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, explicou que o novo produto, ainda em processo de patenteação, resultou da transformação de uma molécula isolada do cérebro de mamíferos por cientistas japoneses nos anos 70, mas posteriormente abandonada por falta de interesse farmacológico.

O problema dessa molécula analgésica, chamada quiotorpina, era que tinha de ser colocada directamente no cérebro dos pacientes para ser eficaz.

O que este grupo de investigadores conseguiu foi "transformar a molécula de modo a poder ser introduzida na corrente sanguínea, passando daí ao cérebro, mantendo as suas propriedades analgésicas e de protecção contra as doenças neurodegenerativas", disse Miguel Castanho, que lidera a Unidade de Bioquímica Física do IMM.

A nova molécula foi concebida e estudada inicialmente pela equipa deste investigador, em parceria com o grupo de Isaura Tavares, da Universidade do Porto, tendo depois sido licenciada à BIOALVO, uma empresa portuguesa de biotecnologia que colaborou posteriormente no desenvolvimento do projecto, e a que se juntaram investigadores espanhóis e alemães.

As "Acções Marie Curie" inserem-se no 7º Programa Quadro de Investigação (FP7) da União Europeia e destinam-se a apoiar parcerias inovadoras entre centros de investigação públicos e instituições privadas, em especial pequenas e médias empresas, das quais possam resultar novos produtos.

Lusa
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Enviado por: comanche em Outubro 30, 2008, 08:57:25 pm
Potencialidades das microalgas podiam ser melhor aproveitadas

Universidade de Coimbra tem a maior colecção do mundo

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A colecção de microalgas de água doce existente na Universidade de Coimbra é considerada "a maior do mundo", mas as suas potencialidades estão longe de serem aproveitadas, sendo os estrangeiros os maiores beneficiados até agora.

Na Algoteca da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) estão quatro mil estirpes diferentes de microalgas de água doce, mais de 300 géneros e mil espécies isoladas de uma vasta gama de habitats, informou a instituição.

A colecção - que está à frente da existente na Universidade do Texas, em Austin - tem sido procurada sobretudo por cientistas e universidades estrangeiras, para investigação fundamental, contou a bióloga Lília Santos, coordenadora da Algoteca.


As microalgas foram colhidas em albufeiras, rios, charcos, monumentos, estátuas, vitrais e paredes, e muitas delas são únicas.

“Temos recebido muitos pedidos a partir da Alemanha, Estados Unidos e Canadá”, referiu a especialista, sublinhando que são os estrangeiros os que mais têm aproveitado o potencial da colecção existente em Portugal. Consideradas a “matéria-prima do futuro”, as microalgas representam um “enorme potencial para aplicação na medicina e na farmácia, pois são-lhe conhecidos efeitos antioxidantes, imunológicos e anti-cancerígenos”, sublinha a investigadora.

“Se tivéssemos capacidade económica para explorar todas as capacidades das microalgas, daríamos passos de gigante em muitas áreas da ciência”, frisou.

Em 2000, a FCTUC submeteu à Fundação para a Ciência e Tecnologia um projecto para o “levantamento das potencialidades de aproveitamento das estirpes de microalgas, mas não foi contemplado” com financiamento.

A Spirulina é a microalga mais cultivada a nível mundial e utilizada no combate à obesidade e na despoluição e regeneração dos solos, a Botryococcus tem aplicação na produção de biodiesel, e a Chlorella é usada na aquacultura e alimentação saudável, exemplifica a bióloga da FCTUC.

Estudos para a produção de biodiesel tem levado entidades estrangeiras a procurar a Algoteca da FCTUC, com destaque para a Austrália, Canadá e Índia, referiu.

A rentabilização das potencialidades da colecção de microalgas, afirma a bióloga, passa por “empresas que queiram apostar nesta matéria-prima e por apoios para aquisição de novos equipamentos”.

A Algoteca reúne “espécies praticamente de toda a flora portuguesa” e é o resultado do trabalho da investigadora Fátima Santos, que há mais de 30 anos se dedica à colheita, isolamento, identificação e manutenção das culturas de microalgas.
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Enviado por: comanche em Outubro 30, 2008, 11:58:17 pm
Reforço da ciência terá de ser feito pelas empresas

Portugal tem avançado, segundo relatório da OCDE,que alerta UE e EUA para formarem mais cérebros "top"

EDUARDA FERREIRA


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Portugal está a crescer no seu desempenho em ciência e tecnologia, apesar do escasso envolvimento das empresas. Em comparações internacionais, o país deixou de ocupar os últimos lugares. Em resultados e verbas.

Os tradicionais lugares de última fila ou penúltima fila deixaram de estar ocupados por Portugal em matéria de ciência, tecnologia e inovação. É certo que a dimensão do país nunca lhe reservará as posições cimeiras de colossos como os EUA, mas o último relatório bienal da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) já lhe confere alguma visibilidade que não seja apenas a relativa aos predomínio das mulheres em profissões científicas.

O relatório agora divulgado anota duas realidades. Primeira: têm sido feito esforços para aumentar as verbas do Produto Interno Bruto (PIB) (passaram de 0,75% em 2005 parar 1% em 2008 e há a promessa de alcançar 1,8% em 2010). Segunda: o tecido empresarial ainda põe muito pouco dinheiro no sector da investigação e inovação. E isto apesar de as empresas adoptarem produtos e serviços inovadores de forma bastante expressiva.

O financiamento pela indústria de actividades de investigação e desenvolvimento dá-nos um dos piores lugares na listagem de 30 países membros da OCDE. Aí ficamos em antepenúltimo. No entanto, o país continua a exportar sobretudo produtos com pouco valor acrescentado, ainda que lentamente se registe a tendência para a exportação de bens com média e alta tecnologia.

Os números deste documento da OCDE são quase sempre relativos a 2005, ainda que em muitos casos os anos subsequentes também surjam retratados.

Portugal surge com algum destaque (em segundo lugar entre 30, logo a seguir à Suíça) no aumento de doutorados em ciência e engenharias. Outro crescimento notório tem a ver com a publicação de artigos científicos: triplicou entre 1995 e 2005. Dado mais notável é a subida, em cada ano, de 11% das patentes com triplo registo (nos Estados Unidos, no Japão e na União Europeia). Isto mesmo que parte dessas patentes tenham a assinatura de mais inventores que não apenas portugueses.

A OCDE não se limitou a estudar a evolução dos seus 30 membros em matéria de ciência e inovação. Os casos da China e Índia e de outras economias emergentes, como a Rússia e Israel, foram também estudados. A Rússia, por exemplo, reforçou nos últimos anos e de forma significativa as verbas para investigação. Foi coisa que não aconteceu nos EUA, onde as empresas cortaram muito do seu financiamento. Resultado directo ou não, tem decrescido o número de patentes registadas. Na Europa, França, Alemanha e Reino Unido reduziram as verbas, o que se traduziu numa redução da média dos 27; também desceu o número de patentes.

Este menor financiamento das actividades de investigação, inovação e desenvolvimento por parte dos 30 da OCDE leva a dois tipos de alertas desta organização. Os países e os seus governos terão de aumentar a cooperação, não só entre si, mas com outros países, empresas e governos. Tal poderá atrair investimento estrangeiro e favorecer a participação em redes de inovação.

Outro alerta deixado diz respeito aos recursos humanos altamente especializados: cada vez serão mais requeridos num mercado altamente competitivo. Os agora países emergentes, que têm fornecido cientistas, deixarão de fazê-lo com o desenvolvimento dos seus próprios sistemas científicos.
 


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1036020
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Enviado por: comanche em Outubro 31, 2008, 12:03:26 am
Empresas portuguesas entram na Alta Tecnologia

Uma nova geração de empresas tecnológicas lusas está a trabalhar para melhorar a imagem de Portugal no mundo e a contribuir para uma mudança substancial no perfil das exportações.

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Sabia que o Itaú, o maior banco do Brasil e da América Latina com 47 milhões de clientes, utiliza software "Made in Portugal" para gerir o seu gigantesco centro de contactos telefónicos? E que o alargamento a Leste do espaço de Schengen no final de 2007 só foi possível antecipar dois anos graças a um programa informático desenvolvido em Coimbra? Ou, ainda, que os sensores em fibra óptica que equipam o novo avião Airbus A380 e em breve dos satélites da ESA (Agência Espacial Europeia) são fabricados no nosso país? Pois é verdade, a Altitude Software, a Critical Software e a FiberSensing são três bons exemplos de uma mão-cheia de empresas portuguesas tecnológicas que estão a dar cartas a nível internacional.
São pequenas e médias organizações, geridas por jovens empreendedores, que não só estão a influir positivamente na melhoria da imagem de Portugal no mundo, como começam a ter um papel de relevo no perfil das nossas exportações. A tal ponto que contribuíram de forma decisiva, em conjunto com a actividade local de algumas multinacionais (por exemplo, AutoEuropa, Qimonda ou NokiaSiemens), para que em 2007 tivesse ocorrido um marco histórico na economia portuguesa: pela primeira vez a balança comercial tecnológica foi positiva. Ainda em 2001, segundo dados do Banco de Portugal, 44% das exportações nacionais ainda eram produtos tradicionais de "baixa tecnologia". Mas, em 2007, já tinham baixado para 35,6%, a favor de produtos e serviços mais "high-tech". O que fez com que a maquinaria passasse a ser a primeira rubrica das nossas exportações.

Para trás terão ficado décadas, para não dizer séculos, em que as nossas exportações não iam além dos produtos tradicionais ou de indústrias que tiravam partido da mão-de-obra barata e pouco qualificada. Até os moldes portugueses que entraram em crise devido à forte concorrência asiática estão a saber reagir apostando em serviços de maior valor acrescentado. Por isso, continuam a merecer a confiança de marcas como a Porsche, Swatch ou Nokia. "A nova geração de empresários portugueses tem uma nova atitude: apostam mais na inovação e concebem os seus projectos a pensar no mercado internacional", afirma Lino Fernandes, presidente da Agência de Inovação, salientando a modernização dos sectores tradicionais. "Apostam nas produções flexíveis para melhor poder competir com a concorrência asiática", refere.

Portugueses fãs da tecnologia.  
 
Actuar como multinacional. Para Gastão Taveira, presidente-executivo da Altitude, ter a sede em Portugal não é inconveniente
Ao mesmo tempo, é justo assinalar que os portugueses têm vindo a revelar uma grande aceitação pelas novas tecnologias: temos uma das mais elevadas taxas de penetração de telemóveis do mundo (mais de 100%) e registamos um elevado índice de utilização (67% da população entre os 16 e os 74 anos) da rede Multibanco que, aliás, é reconhecida como das mais sofisticadas do mundo. Só assim é possível que 34% dos portugueses realizem pagamentos ao Estado por Multibanco e que 76% dos carregamentos dos telemóveis também sejam feitos nas caixas da SIBS.

E Portugal também tem sido palco de inovações que são "premières" mundiais. Foi no nosso país que surgiram em meados dos anos 1990 as primeiras portagens electrónicas do mundo nas auto-estradas (Via Verde) e que foram inventados os telemóveis pré-pagos (o Mimo da TMN), uma inovação tipo "ovo de Colombo" que se tornaria a grande responsável pela explosão das comunicações móveis em todo o mundo.

Também será justo dizer que a classe política dá sinais de acreditar na modernização tecnológica da economia portuguesa. Além de ter lançado o Plano Tecnológico e de ter feito acordos de colaboração estratégica com algumas das melhores universidades norte-americanas (MIT, CMU e Austin), tem tido alguns gestos simbólicos pró-Portugal "high-tech" impensáveis há poucos anos. Foi assim que o Presidente da República, Cavaco Silva, durante a última visita oficial a Espanha, ofereceu ao rei Juan Carlos um GPS (sistema de navegação por satélite) criado pela NDrive.

Além da NDrive, há outras empresas tecnológicas que já não têm vergonha de afirmar a sua origem portuguesa. Arregaçaram as mangas, colocaram fasquias elevadas e partiram à conquista do mundo. Comportam-se como verdadeiras multinacionais - a língua interna é o inglês - e ocupam nichos emergentes (disputar mercados aos gigantes mundiais como a Microsoft seria um suicídio).

Na biotecnologia também estão a surgir nomes como a Biotecnol, Alfama ou Bial que começam a ter os frutos dos longos anos de investigação e desenvolvimento que esta área do conhecimento requer. E já estão debaixo de olho das grandes farmacêuticas mundiais. Por exemplo, a Biotecnol produziu recentemente a primeira vacina do mundo contra a diarreia.

Com a banalização da Internet e a globalização, o posicionamento periférico e a reduzida dimensão do mercado interno deixaram de servir de desculpa. "Portugal precisa de acelerar uma agenda de excelência centrada nos casos de sucesso ligados à Inovação e Tecnologia", afirma Jaime Quesado, gestor do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento. E acrescenta ser necessário "envolver de forma activa a rede de talentos espalhada pelo mundo na captação de investimento estrangeiro de alto valor acrescentado e na promoção de uma imagem de eficiência e modernidade do país".

 
 
Programas informáticos à prova de bala. Gonçalo Quadros, da Critical Software, diz que a exigência é a chave do sucesso para ganhar a NASA
Terá sido como resultado desta melhoria de imagem que três estrelas nacionais da tecnologia foram compradas nos últimos dois anos: a Enabler (especialista em sistemas de gestão de cadeias de hipermercados), pelos indianos da Wipro, a Chipidea (especialista no desenho de circuitos analógicos), pelos americanos da MIPS, e até a Mobicomp (aplicações para telemóvel), que foi adquirida recentemente pela Microsoft. E que a Vulcano foi detectada pelo radar da Bosch, o que levou a que a marca alemã colocasse em Portugal o seu centro de competência em esquentadores.

Das empresas que continuam em mãos portuguesas, a mais antiga (nasceu em 1992) e a mais internacional é a Altitude Software. Já vendeu o seu software de gestão de centros de contacto em mais de 60 países dos quatro continentes e tem escritórios de representação em 18 países. Para Gastão Taveira, presidente-executivo da Altitude, o segredo do sucesso está em ter adoptado procedimentos típicos de uma multinacional. "A produção do software está centralizada em Lisboa e está padronizada, mas a comercialização está descentralizada pela rede escritórios e distribuidores em cada mercado", explica. Para este executivo, ter a sede em Portugal acaba por não ser inconveniente porque o suporte aos clientes internacionais é feita remotamente (através da Internet).

Por sua vez, a FiberSensing, uma pequena empresa (20 colaboradores) com sede no Porto, está a dar cartas a nível mundial na nova geração de sensores em fibra óptica que permitem fazer medições de alta precisão. Não foi por acaso que passou nos rigorosos ensaios e certificações das exigentes indústrias aeronáutica (Airbus) e espacial (ESA). "A nível mundial só existe uma dezena de empresas com esta tecnologia", afirma Sérgio Aniceto, presidente-executivo da FiberSensing, adiantando que, após um período em que foi preciso "evangelizar o mercado", esta tecnologia desenvolvida pelos investigadores portugueses já está a ser procurada por empresas de todo o mundo. "Recentemente, fomos contactados por empresas de Taiwan e da Coreia a quem iremos vender os nossos produtos", exemplifica Sérgio Aniceto. O segredo do sucesso tem residido em dominar uma tecnologia de ponta, antecipar as necessidades dos clientes e em estar uns passos à frente da concorrência.

Grande valor simbólico para a auto-estima do Portugal "high-tech" tem também o recente fornecimento de sistemas biométricos de controlo de fronteiras para o aeroporto da capital da Finlândia (Helsínquia) que foram criados e desenvolvidos pela Vision-Box. Isto prova que Portugal, afinal, também pode exportar tecnologia para o país da Nokia. Mas há mais empresas nacionais com um pé em Portugal e outro no mundo. A WeDo Technologies, fundada em 2001 pela Sonaecom, está em 40 países e em mais de 60 operadores de telecomunicações com o software "Revenue Assurance" (gere a garantia de receitas de grande empresas de serviços). Já a YDreams está a colocar Portugal no mapa mundial da indústria dos jogos para telemóvel (e não só). E está atacar mercados sofisticados (EUA) com conceitos inovadores no campo dos "media" digitais e interactivos.

 
 
Bater o pé aos gigantes do software. Paulo Rosado, da Outsystems, diz que ´é preciso ser paranóico com a inovação, qualidade e prazos
Outro nome incontornável das tecnológicas nacionais é a Critical Software. Além de equipar as fronteiras europeias do espaço Schengen, celebrou contratos com os gigantes do aeroespacial NASA e ESA a quem fornece programas informáticos à "prova de bala". Para Gonçalo Quadros, o presidente-executivo da empresa de Coimbra, grande parte do êxito resulta da adopção da chamada "tecnologia em duplo-uso". "São soluções desenvolvidas para os mercados com requisitos mais exigentes que depois são colocadas nos mercados 'civis'", explica Gonçalo Quadros. As taxas de crescimento de dois dígitos por ano têm sido mantidas ano após ano porque, segundo o mesmo dirigente, a empresa aposta em mercados cujas barreiras à entrada são grandes (por exemplo, NASA ou ESA). "A geração de mais valor está na proporção directa dessa dificuldade de penetração", sustenta Gonçalo Quadros.

Outsystems é outro nome que é preciso reter. É considerada uma das mais promissoras empresas europeias de software, segundo a revista "Forbes". Porquê? Construiu uma plataforma que encurta de forma considerável o tempo de criação de programas informáticos em relação aos métodos tradicionais. Para Paulo Rosado, fundador e administrador da empresa, um dos segredos do sucesso tem sido a colocação da fasquia muito alta. "Temos de ser os melhores do mundo e não apenas os melhores de Portugal". Só assim foi possível ganhar recentemente um contrato com a Safeway, a segunda maior cadeia de supermercados dos Estados Unidos. Mas para lutar em pé de igualdade com os gigantes do software, Paulo Rosado diz "ser paranóico com a inovação, a qualidade e o cumprimento dos prazos de entrega dos produtos".

A Tim w.e. é outro nome desta nova vaga, embora menos conhecido. Tem vindo a ocupar um espaço vago na distribuição de conteúdos para telemóveis a nível mundial. Tem como clientes operadores em 60 países onde conta com mais de seis milhões de clientes activos e está também a explorar o terreno quase virgem da publicidade nos terminais móveis.

Outros casos de empresas que souberam saltar fronteiras com sucesso podiam ser referidos. Desde a Number Five, nos cartões de auto-identificação, passando pela Primavera (software de gestão) e Novabase (que fabrica caixas descodificadoras de TV e fornece software e serviços em vários pontos do mundo) até à Siscog (que planeia os recursos humanos das redes de caminhos-de-ferro). Todas formam uma vaga em crescendo que só parará de aumentar se começarem a faltar recursos humanos qualificados. O talento português está na rua, é só saber aproveitá-lo...



http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/423921 (http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/423921)
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Enviado por: comanche em Novembro 06, 2008, 12:45:37 am
Neurocientista português distinguido nos EUA
Sociedade para a Neurociência reconhece trabalho de Ricardo Gil da Costa dedicada ao estudo da evolução cognitiva através de imagiologia cerebral

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O investigador português Ricardo Gil da Costa vai ser distinguido este mês pela Sociedade para a Neurociência (SFN) dos Estados Unidos pelo conjunto de estudos e publicações científicas que produziu para a sua tese de doutoramento, noticia a agência Lusa.

Será a 17 de Novembro que o prémio Donald B. Lindsley para Neurociência Comportamental lhe será entregue em Washington, por ocasião da reunião anual da SFN, em que são esperados milhares de membros, entre os quais os melhores profissionais do mundo nas várias áreas da Neurociência.

Segundo fonte da instituição, Ricardo Gil da Costa foi seleccionado entre várias candidaturas concorrentes muito fortes, tendo a escolha sido «especialmente difícil» este ano.

Ricardo Gil da Costa considerou a distinção «extremamente gratificante» tanto a título pessoal, pelo reconhecimento internacional do seu trabalho, que lhe poderá «abrir várias portas de continuidade profissional», como por ajudar a promover a sua área de investigação, bastante recente, dedicada ao estudo da evolução cognitiva através de imagiologia cerebral.

O cientista fez questão de assinalar que apesar dos trabalhos premiados terem sido feitos nos Estados Unidos (na Universidade de Harvard e nos Institutos Nacionais de Saúde), foram enquadrados no Programa Gulbenkian de Doutoramento em Biologia e Medicina, e em ligação com o Instituto Gulbenkian de Ciência e a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.


Reconhecimento da SFN, um ano depois da tese de doutoramento

Acrescentou que o reconhecimento pela SFN da sua tese de doutoramento como a melhor a nível internacional em Neurociências Comportamentais é extensivo às instituições portuguesas e aos programas doutorais portugueses.

O objectivo da sua investigação, como explicou «é compreender através de uma abordagem evolutiva como é que desenvolvemos as capacidades cognitivas que nos permitem ter desde representações mentais de objectos e eventos, a memorizar, estabelecer correlações, conceitos, ideias e comunicar».

É que «a compreensão da origem e evolução da linguagem e cognição humana é fundamental para o desenvolvimento de terapias adequadas às várias desordens neurológicas com incidências crescentes na nossa sociedade», afirmou.

Na sua perspectiva, «todo o destaque que se consiga dar, pelos vários cientistas portugueses, à educação e investigação científica em Portugal é uma mais valia importante para o reconhecimento da ciência nacional, com os devidos apoios e reconhecimento internacional».

A sua tese final de doutoramento, em Ciências Biomédicas, vertente Neurociências, foi examinada por um júri misto luso-americano e defendida no ano passado na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, sob a orientação de João Lobo Antunes.

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Enviado por: comanche em Novembro 06, 2008, 09:50:53 pm
Ciência: Equipa luso-americana comprova propriedades neuroprotectoras da carnitina e vê trabalho publicado nos EUA


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Porto, 06 Nov (Lusa) - Um estudo científico efectuado por uma equipa luso-americana confirmou as propriedades neuroprotectoras da carnitina, disse hoje à Lusa fonte do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto (UP).

Teresa Summavielle sustentou ainda que "os resultados deste estudo permitem sugerir que a carnitina poderá também retardar a progressão de outras doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson".

"Há vários trabalhos que apontam para essa possibilidade", revelou a investigadora, acrescentando que esta mesma equipa está já a desenvolver outras investigações com base nas comprovadas propriedades neuroprotectoras da carnitina.

O estudo, que foi publicado na Neuroscience, uma das principais revistas da especialidade, é a conclusão de um trabalho de colaboração entre investigadores portugueses e americanos, que inclui, entre outros, Teresa Summavielle e Ema Alves (IBMC), Félix Carvalho, da Faculdade de Farmácia da UP e Zbigniew Binienda, da Food and Drug Adminstration (FDA) dos Estados Unidos.

Financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, o projecto resultou numa investigação efectuada por esta equipa destinada a estudar as lesões cerebrais provocadas pelo uso de ecstasy (MDMA).

A carnitina, componente natural do organismo humano, é uma molécula composta por aminoácidos que circula no sangue com a função de transportar e mobilizar os ácidos gordos dentro do nosso organismo.

Por ter esta característica e por ser absorvida com relativa facilidade através do intestino, é adicionada com frequência a alimentos e bebidas.

"A carnitina está presente em vários alimentos disponíveis no mercado como a carne, mas também em bolachas integrais e algumas águas minerais aromatizadas, às quais esta substância foi adicionada", disse à Lusa Teresa Summavielle.

A ecstasy provoca grande libertação de serotonina, um mensageiro natural do cérebro, conhecido por "hormona da felicidade", responsável pelos efeitos de euforia.

O artigo explica que a presença da ecstasy no cérebro leva a uma acumulação de radicais livres altamente reactivos, com a consequente deterioração das mitocôndrias, principal organelo dos neurónios a ser afectado pelo consumo de ecstasy.

Segundo os autores do trabalho, a administração de carnitina ajuda a manter a integridade das mitocôndrias e preserva a funcionalidade dos neurónios.

Uma vez que as membranas das mitocôndrias parecem ser danificadas pela ecstasy, equipa questionou-se quanto ao possível papel protector que a carnitina teria nos neurónios quando administrada em simultâneo.

Os mecanismos pelos quais a carnitina consegue proteger as mitocôndrias não são ainda bem conhecidos e continuam a ser estudados por estes investigadores.

PF.

Lusa/Fim

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Enviado por: comanche em Novembro 06, 2008, 09:55:15 pm
VIH/SIDA: FMUC desenvolve projecto inovador com doentes na área das doenças cardiovasculares



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Porto, 06 Nov (Lusa) - Um projecto inovador sobre os riscos cardiovasculares nos doentes com VIH/SIDA, que vai ser realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), recebeu hoje a Bolsa Pfizer no valor de 60 mil euros.

Os investigadores vão estudar, segundo disse à Lusa fonte da FMUP, 1500 pacientes com VIH que frequentam a consulta do serviço de doenças infecciosas do Hospital São João no Porto.

Estudos internacionais retrospectivos indicam que o risco de um paciente com VIH sofrer um acidente cardiovascular é de 1,5 a 2 vezes maior do que na população em geral.

Os responsáveis pelo projecto pretendem verificar se a proteína dimetilarginina assimétrica, presente no organismo, pode ser um marcador do risco de acidentes cardiovasculares nos pacientes com VIH.

A hipótese surgiu porque esta proteína serve de marcador de acidentes cardiovasculares nos doentes renais, que têm uma probabilidade acrescida de sofrer de doença coronária.

Numa primeira fase, a equipa de investigação vai avaliar os níveis da proteína presente no organismo relacionando os valores com factores de risco tradicionais e não tradicionais.

Na segunda etapa do projecto, os investigadores vão desenvolver uma análise dos doentes durante dois anos, período em que serão monitorizados eventuais internamentos, complicações clínicas, mortalidade, entre outros factores.

Actualmente, os doentes com VIH dispõem de melhores condições de saúde e melhor qualidade de vida devido à eficácia dos medicamentos antiretrovíricos.

No entanto, verifica-se que os acidentes cardiovasculares são uma das principais causas de morte em doentes com VIH.

Os especialistas distinguidos com a "Bolsa Pfizer de investigação clínica em VIH/SIDA" esperam com este projecto abrir novas portas para os doentes através do desenvolvimento de terapêuticas que permitam modular a acção desta proteína e, consequentemente, reduzir o risco de acidentes cardiovasculares que ela provoca.

JZV.

Lusa/Fim.

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Enviado por: comanche em Novembro 06, 2008, 10:06:31 pm
Cientistas portugueses dão cartas em Portugal e no estrangeiro

Marília Cascalho, Leonor Gonçalves, Nuno Barbosa-Morais e Miguel Ramalho-Santos são os nomes das mais recentes ‘estrelas’ da ciência feita em português. Artigos publicados em revistas de referência e prémios atribuídos por instituições de prestígio são o resultado do trabalho destes quatro portugueses.


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Nas últimas semanas, várias investigações de cientistas portugueses que se encontram a trabalhar em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente nos Estados Unidos da América (EUA) e no Reino Unido, foram premiadas ou publicadas em importantes revistas da área ci-entífica.
Marília Cascalho, Leonor Gonçalves e Miguel Ramalho Santos viram os seus trabalhos de investigação ser premiados por várias instituições de renome. Nuno Barbosa-Morais publicou um artigo na revista ‘Science’, juntamente com a sua equipa de investigação.
Cada um na sua área, estes quatro investigadores mostram ao mundo a qualidade dos cientistas portugueses, e enchem de orgulho não só os seus amigos e familiares, mas também todo o mundo português.

Uma vacina contra a Sida

Marília Cascalho trabalha na Universidade de Michigan, nos EUA, e está a desenvolver uma vacina mutável para o vírus da imunodeficiência humana (o ví-rus da Sida). Um desafio difícil, que esta investigadora portuguesa radicada há 18 anos na Amé-rica do Norte decidiu aceitar co-mo seu.
Um dos principais obstáculos encontrados é o da rápida mutação do vírus, que se “modi-fica muito mais rapidamente do que o tempo que o organismo leva a produzir uma resposta protectora”, informou Marília Cascalho. A solução passará, em seu entender, pela criação de “uma vacina mutável, capaz de espoletar respostas imuni-tárias para diferentes variedades do vírus”.
Este projecto ambicioso da cientista portuguesa e da sua equipa recebeu recentemente um apoio precioso, ao ser premiado pela Fundação Bill e Melissa Gates, no âmbito do programa ‘Explorações de Grandes Desafios’. Esta iniciativa pretende distribuir 100 milhões de dólares (cerca de 78 milhões de euros) para impulsionar o combate a algumas das doenças que afectam os países mais pobres. O projecto de Marília Cascalho recebeu 100 mil dólares.

Sobre a dor crónica e a depressão

Leonor Gonçalves é investigadora da Universidade do Mi-nho, e realizou um estudo que demonstra “uma relação entre a depressão e a dor crónica”.
Segundo descobriu no seu estudo, “a dor crónica induz alterações no cérebro que conduzem à depressão, na medida em que se regista um aumento de neurónios em zonas do cérebro que não se sabia que ti-nham essa capacidade”.
Esta investigação foi agora galardoada com o Prémio Grünenthal Dor, destinado a distinguir trabalhos em língua portuguesa sobre temas de investiga-ção básica ou clínica relacionados com a dor. Leonor Gonçal-ves foi a primeira cientista a tra-zer este prémio para Portugal.
Apesar das conclusões do estudo, um trabalho de dois anos, a investigadora admite que os resultados “abrem mais perguntas” e levam à necessi-dade de se realizarem ainda “mais estudos” sobre a patologia da dor.

Sobre o ADN humano

Nuno Barbosa-Morais faz parte de uma equipa de investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
A equipa está a estudar o ge-noma humano, e descobriu agora que este tipo de ADN conti-nua a comportar-se como huma-no mesmo quando colocado num ambiente de células de ratos.
O trabalho tem como obje-ctivo perceber como é que a in-formação codificada no genoma é interpretada, para, dessa forma, se poder explicar como é que as diferenças no ADN se traduzem em diferenças orgânicas.
As conclusões desta investigação foram publicadas numa das últimas edições da famosa revista ‘Science’, num artigo conjunto de toda a equipa.
Nuno Barbosa-Morais tem 30 anos, é licenciado em Engenha-ria Física Tecnológica e doutorado em Ciências Biomédicas. Na sua opinião, o entendimento sobre como os genes são activados e silenciados é decisivo, quer para uma melhor compreensão do desenvolvimento fisiológico do organismo, quer para a compreensão e o tratamento de doenças de origem genética.

Prémio Novo Inovador

Miguel Ramalho-Santos licenciou-se em Biologia na Universidade de Coimbra e douto-rou-se na Universidade de Harvard, nos EUA. Actualmente, é docente da Faculdade de Medi-cina da Universidade da Califórnia e professor assistente no Instituto de Medicina de Rege-neração.
A investigação do português centra-se no controlo e na função das células estaminais embrionárias, um estudo com implicações para a biologia, a medicina regenerativa e o cancro.
Os seus trabalhos têm vindo a ser publicados em várias revistas científicas de referência, nomeadamente na ‘Cell Stem Cell’ e na ‘Gene Therapy’. Agora, o investigador ganhou o Prémio de Novo Inovador, atribuído pelo National Institutes of Health (da área da saúde), no valor de 1,5 milhões de euros.
Este prémio vai apoiar o trabalho da equipa de Miguel Ramalho-Santos nos próximos cinco anos. A investigação está focalizada nas células estaminais, nomeadamente nas embrioná-rias, que têm a capacidade de originar todas as outras.
O objectivo do trabalho passa por manipular estas células de modo a poder transformá-las quer em células de um qualquer órgão, já diferenciadas e especializadas em funções específicas, quer em tecidos necessários ao tratamento de doenças como Alzheimer, Parkinson ou a diabetes.


http://www.mundoportugues.org/content/1/3572/cientistas-portugueses-dao-cartas-portugal-estrangeiro/
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Enviado por: comanche em Novembro 06, 2008, 10:50:48 pm
Portugal à frente de Espanha
27 Outubro 2008 - 00h30

Ranking de objectivos na estratégia de Lisboa

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Portugal ocupa a décima quarta posição no ranking do ‘World Economic Forum, The Lisbon Review’, um índice que mede os progressos alcançados pelos 27 Estados-membros da União Europeia sobre os objectivos definidos para a Estratégia de Lisboa, tendo descido um lugar face ao relatório de 2006.

Segundo um comunicado do gabinete do coordenador da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho, a posição lusa no relatório bienal deste índice "representa a segunda maior subida" entre os 27 Estados-membros, numa comparação com os dados de 2004.

A Espanha, por exemplo, ficou na décima sétima posição. A Suécia lidera o ranking que avalia os progressos na sociedade de informação, inovação e I&D, entre outros.


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 0000000011 (http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=DAD908E5-9AF9-4EE9-B0D2-532C5C160C28&channelid=00000011-0000-0000-0000-000000000011)



Ver Ranking completo no link,
http://www.weforum.org/pdf/gcr/lisbonre ... nkings.pdf (http://www.weforum.org/pdf/gcr/lisbonreview/TheLisbonReview2008Rankings.pdf)
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Enviado por: comanche em Novembro 06, 2008, 11:23:36 pm
Investigadores da FEUP ganham prémio internacional com aditivo verde para gasóleo


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Em conjunto, dois investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) procuraram uma forma de tornar o gasóleo menos poluente que a gasolina. E encontraram uma solução, através de um processo flexível de síntese de aditivos verdes para redução de emissões de partículas na combustão de gasóleo.

É sabido que os motores a diesel são mais eficientes que os de gasolina. Mas, a partir de agora, o gasóleo pode passar também a ser menos poluente. Foi este o desafio abraçado há vários anos por dois Investigadores do Laboratório Associado de Processos de Separação e Reacção (LSRE) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), e que acaba por lhes valer o prémio "ABB Global Consulting Award for Sustainable Technology", no âmbito dos "IChemE Awards for Innovation & Excellence 2008".

Este galardão, que reconhece a excelência na investigação química, foi assim atribuído ao projecto de investigação "A Sustainable Process for Green Diesel Additives Synthesis: Acetals production by Simulated Moving Bed Reactor" que, na prática, se traduz num processo flexível de síntese de aditivos verdes para redução de emissões de partículas na combustão de gasóleo.

O projecto-piloto, da autoria de Alírio Rodrigues, catedrático de Engenharia Química da FEUP e director do laboratório associado, e de Viviana Silva, investigadora auxiliar desta unidade, vem criar um processo sustentável de produção de aditivos verdes para gasóleo, e já está patentado.

Até ao momento, a implementação desta tecnologia limpa e eficiente para sintetizar aditivos de gasóleo, aplicando soluções integradas de tecnologia de separação/reacção, está confinada ao Laboratório Associado LSRE-LCM da FEUP. No entanto, há já empresas interessadas na compra desta tecnologia, que já deu lugar a diversas publicações em revistas internacionais, várias patentes e duas teses de doutoramento.

O Institution of Chemical Engineers (IChemE) é uma organização internacional fundada em 1922 que conta actualmente com 27 mil membros de mais de 113 países. Com o objectivo de encorajar, celebrar e reconhecer a inovação e excelência da investigação na área da engenharia química, esta organização lança anualmente o "IChemE Awards for Innovation & Excellence".  
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Enviado por: comanche em Novembro 08, 2008, 12:55:03 am
Portugueses lideram grande investigação sobre malária

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Investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) em Lisboa rastrearam mais de 700 moléculas para identificar algumas envolvidas na infecção por malária. É a primeira fase de um ambicioso projecto que quer chegar a abranger todo o genoma humano, ou seja, mais de 30 mil genes. Para já, os resultados desta primeira etapa foram publicados hoje na revista PLoS Pathogens.


O estudo baseou-se na aplicação da tecnologia de interferência de RNA (RNAi), que permite reprimir a expressão de genes específicos, e na utlização de microscopia de fluorescência para monitorizar o efeito de tal repressão na infecção de células hepáticas (do fígado) pelo parasita da malária.

O trabalho é da autoria de Miguel Prudêncio, Cristina D. Rodrigues e colaboradores e foi liderado pela Unidade de Malária do Instituto de Medicina Molecular, chefiada por Maria Manuel Mota. Parte do estudo foi levado a cabo na empresa Cenyx Bioscience, lider mundial da tecnologia de RNAi.

O rastreio incidiu sobre genes envolvidos em processos de sinalização celular (que permitem às células receber e responder aos estímulos do ambiente), e levou à identificação de pelo menos 5 proteínas cuja inibição leva a uma diminuição da infecção nos hepatócitos (células do fígado).

“Feita a identificação destes genes, há agora que descobrir através de que mecanismos moleculares eles influenciam a infecção”, afirma Miguel Prudêncio. “O rastreio efectuado, que por si só, é um enorme passo para os estudos em malária, constitui o início e não o fim da investigação”, acrescenta Cristina Rodrigues.

A caracterização dos mecanismos de infecção em que participam os genes agora identificados é, pois, uma das actuais linhas da investigação da Unidade de Malária do IMM. O trabalho agora publicado revela a competitividade desta equipa de investigação, cuja qualidade científica tem permitido atrair importantes financiamentos internacionais.

De facto, “o presente trabalho só foi possível devido ao significativo investimento feito pela European Science Foundation que, através do seu programa EURYI, contribuiu de forma determinante para o financiamento da Unidada de Malária do IMM”, refere Maria Mota. “Esta publicação constitui o culminar dum enorme esforço científico e económico do nosso laboratório. Dado o elevado custo da técnica de RNAi, as fontes de financiamento a nível nacional não teriam sido suficientes para permitir um trabalho desta envergadura”, acrescentou a investigadora.
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Enviado por: comanche em Novembro 08, 2008, 12:59:30 am
Leões podem ser modelo para estudar a Sida no Homem


Estudo de cientista português revela a variedade genética daquela espécie

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Um cientista português descobriu que a elevada diversidade genética e de vírus existente nos leões permitirá utilizar esta espécie como modelo para estudar, entre outras doenças, a dinâmica do vírus da Sida em humanos. Por esta razão, a preservação de populações de leões em declínio assume uma elevada importância e mudar estes felinos de lugar pode levar à mobilidade de vírus potencialmente patogénicos e ameaçar a própria espécie, disse em entrevista o geneticista Agostinho Antunes.

Este investigador, do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIMAR) da Universidade do Porto, liderou uma equipa de 20 cientistas internacionais que realizou uma investigação durante anos com mais de 350 animais da Índia e de vários países de África, que é publicada hoje na conceituada revista "PLoS Genetics". "Foi um esforço grande. Não é propriamente fácil amostrar estes animais, nem fácil, nem seguro", sublinhou o geneticista que esteve também envolvido na descoberta da sequenciação do genoma do gato.


O trabalho visou conhecer melhor a variedade genética destes animais e caracterizar algumas doenças infecciosas, particularmente o FIV (desencadeia SIDA no gato doméstico), que existe com frequência elevada (até 97 por cento) em algumas populações de leões em África. "Há casos em que quase toda a população está infectada. É um caso interessante porque, ao contrário do gato doméstico, que desenvolve o Síndrome de Imunodeficiência Adquirida semelhante aos humanos, os leões não apresentam esses sintomas", explicou o cientista, que está ligado a esta investigação desde 2002.

A investigação aponta o facto dos leões já coexistirem com o vírus há muito tempo e terem desenvolvido estratégias de defesa natural como sendo a explicação para a inexistência destes sintomas nestes animais. "Esta descoberta é mais uma possibilidade de utilizar espécies como o leão, infectadas com o FIV, como modelo para estudar a dinâmica do HIV em humanos e do FIV em primatas", sublinhou.

O trabalho desvendou a evolução da dinâmica populacional dos leões e deitou por terra a ideia de que as populações de leões se resumiam a uma grande população em África e uma população na Ásia. "O que viemos mostrar é que a diversidade genética nos leões em África é bastante considerável", sublinhou o investigador, acrescentando que estes felinos têm uma "estrutura populacional bastante marcada entre diferentes regiões geográficas".

A conservação da espécie

Apesar de os leões terem capacidade de se dispersar com facilidade, na realidade o seu comportamento social cooperativo e outras características inerentes à biologia da espécie fazem com que, afinal, não troquem grande fluxo génico entre populações próximas e sejam significativamente diferentes, sustentou.

O cientista deu como exemplo o ecossistema do Serengeti, uma região que, apesar de relativamente pequena, tem a maior densidade de leões na Tanzânia. "Há uma evidência de uma estrutura genética considerável que sugere a existência, num passado recente, de três populações que agora vivem juntas e que fisicamente não se conseguem diferenciar, mas geneticamente está lá a marca", explicou.

Paralelamente, os investigadores descobriram que as populações que parecem ser mais antigas são as do Este de África e do Sul de África. "Parece ter havido algumas migrações históricas. Provavelmente a colonização do Norte de África e da Ásia terá ocorrido a partir do Sul e do Este de África há cerca de 100 mil anos", revelou. Mais do que um dado curioso, esta é uma "informação valiosa" em termos de conservação desta espécie, que é bastante ameaçada em África e tem vindo a regredir consideravelmente devido ao impacto das populações humanas. Até há bem pouco tempo, pensava-se que os leões em África eram todos muito semelhantes, uma única população, o que sugeria que se alguns leões se extinguissem em determinado local em África não era problemático porque persistiam noutros países africanos. A investigação veio mostrar exactamente o contrário: "Às vezes perder leões numa determinada zona pode ser uma perda definitiva de diversidade genética e que nunca se irá recuperar", concluiu.
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Enviado por: André em Novembro 11, 2008, 01:11:48 am
Português ajuda a aumentar a ‘inteligência’ da net

Um português foi premiado no principal evento internacional ligado a conteúdos de internet, por um trabalho que pretende aumentar a eficácia de motores de busca. É mais um passo em direcção à 'Web 3.0'.

Nuno Silva, do Instituto Superior de Engenharia do Porto, foi premiado no Euriographics, o principal evento internacional ligado a conteúdos na internet. O trabalho pretende aumentar a eficácia das buscas na internet, substituindo a pesquisa por palavras-chave por outras mais abrangentes e baseadas em conceitos.

Esta evolução permitirá dar mais um passo em direcção à chamada Web 3.0, ou Web semântica, que vai permitir, com aquela técnica, diminuir significativamente o número de páginas que encontramos ao realizar pesquisas, ao mesmo tempo em que o grau de proximidade com o tema pretendido aumenta. Por outras palavras, será possível, no futuro, referirmo-nos a situações concretas directamente nos motores de busca.

O sistema criado por Silva e pelo seu orientando, o galês Owen Gilson, permite visualizar os conteúdos em termos gráficos. Por exemplo, em vez de uma lista com o top de vendas de  CD, o programa permite apresentar um gráfico que ilustra a evolução das vendas ao longo das últimas semanas. Silva é hoje em dia um dos principais investigadores mundiais nesta área da Web.

SOL
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Enviado por: Magalhaes em Novembro 12, 2008, 01:01:28 am
Citação de: "André"
Esta evolução permitirá dar mais um passo em direcção à chamada Web 3.0, ou Web semântica

A Web Semântica é a web do futuro... e sempre será.
Título:
Enviado por: comanche em Novembro 12, 2008, 08:13:16 pm
Portugueses desenvolvem tecnologia para missão da ESA a Marte



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HPS Portugal, empresa detida pelo instituto português INEGI e pela empresa alemã HPS – High Performance Space Structure Systems, GmbH, vai coordenar o desenvolvimento de um novo material para sistemas de protecção térmica para veículos de reentrada atmosférica a serem usados na próxima missão da ESA ao planeta Marte. O consórcio integra ainda a EADS-Astrium e a Lockheed Martin INSYS e envolve verbas na ordem dos 400 mil euros.



A HPS Portugal assinou com a European Space Agency (ESA) o seu primeiro projecto enquanto líder de um consórcio internacional. O projecto, que envolve ainda a EADS-Astrium (França) e a Lockheed Martin INSYS (Reino Unido), tem como objectivo desenvolver um material novo para sistemas de protecção térmica para veículos de reentrada atmosférica. O material, que será usado na próxima missão da ESA ao planeta Marte e durante a qual vão ser recolhidas amostras do solo marciano e enviadas para a Terra, é um material resistente a muito altas temperaturas.

Segundo o antigo investigador do INEGI e actual gestor de negócios e de projectos da HPS Portugal, Pedro Portela, de momento “não existe tecnologia na Europa que permita proteger o veículo das temperaturas de reentrada. Nesse sentido vamos desenvolver alternativas diferentes, mas só uma é que vai ser seleccionada para desenvolvimento final e ensaios em túnel de vento de plasma”. Sobre os materiais a serem usados, Pedro Portela esclarece que estes “já existem, mas precisam de ser adaptados de forma a resistirem a temperaturas muito altas e fluxos de calor muitíssimo elevados e, como tal, permitirem que os veículos a serem usados pela ESA na reentrada atmosférica o possam fazer em segurança”.

HPS Portugal
A HPS - High Performance Structures, Gestão e Engenharia Lda, com sede no Porto, nas instalações do INEGI, foi criada pelo INEGI e a PME alemã HPS-GmbH e desenvolve a sua actividade focalizada em projectos aeroespaciais, estudos científicos e tecnológicos e em vários serviços de engenharia.

O recente projecto com a ESA, que envolve verbas na ordem dos 400 mil euros, tem “uma grande importância para a HPS Portugal, pois é o primeiro com a ESA em que somos líderes. Além disso, é importante para nós sermos reconhecidos pelos nossos parceiros do consórcio, entre os quais a EADS-Astrium e a Lockheed Martin INSYS, como a referencia na coordenação e gestão deste tipo de projectos com a ESA”, salienta Pedro Portela.

A ESA e Marte
De acordo com a ESA só em 2020 é que a primeira viagem a Marte para recolha de amostras de solo será possível, estando, actualmente, em fase de desenvolvimento de toda a tecnologia para que isso seja possível. A missão a Marte envolverá cinco naves: uma primeira para fazer a ponte entre os dois planetas; uma segunda para a órbita de Marte; um módulo de descida e um de saída do planeta; e por fim um veículo de reentrada no planeta Terra (e onde os materiais desenvolvidos pela HPS Portugal serão aplicados).

Todas as informações da missão da ESA a Marte podem ser consultadas através deste link: http://www.esa.int (http://www.esa.int).
Título:
Enviado por: comanche em Novembro 12, 2008, 08:19:44 pm
Projecto português distinguido pela Universidade do Texas


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O projecto Ion Jelly alcançou o segundo lugar no Cockrell School of Engineering Chalenge da Idea to Product (I2P) Global Competition, prestigiada competição internacional realizada na Universidade do Texas em Austin (UT Austin), em representação do Programa COHiTEC.

“O lugar obtido no I2P resulta da combinação do potencial da tecnologia apresentada com a qualidade do plano de comercialização desenvolvido pela equipa no âmbito do Programa COHiTEC. Para além disso, a preparação da apresentação do plano de comercialização da tecnologia obriga a uma forte interacção entre os investigadores e os MBAs de cada um dos grupos participantes, para que consigam uma comunicação efectiva do potencial da tecnologia e da dimensão dos mercados alvo num reduzido espaço de tempo”, afirmou o Professor Pedro Vilarinho, coordenador do Programa COHiTEC.
 


Segundo Pedro Vilarinh disse ao Ciência Hoje, em termos de competitividade empreendedora, “é importante ver o que é produzido cá ser reconhecido a nível internacional”.

A equipa portuguesa ficou melhor classificada (arrecadando o segundo lugar) do que outras provenientes de instituições com grande reputação internacional, como a Universidade do Texas em Austin, do Michigan, a Stockholm School of Entrepreneurship e a RWTH Achen, o que, na perspectiva do representante da COTEC, é “uma demonstração de que algumas das tecnologias com potencial de comercialização desenvolvidas em instituições de investigação nacionais são competitivas a nível global”.

O projecto

O Projecto Ion Jelly resultou de investigação efectuada no Instituto Superior Técnico e na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e visa a comercialização de baterias de filme-fino para dispositivos electrónicos, baterias essas que são extremamente finas (<1mm) e flexíveis, podendo ser impressas em diferentes tipos de materiais. Este ano, a COTEC foi representada por uma equipa constituída pelos investigadores Pedro Vidinha e Nuno Lourenço e pelos MBAs Emilie Gaudet e João Nascimento, que apresentaram a tecnologia inovadora em Austin.

“O segredo do nosso sucesso foi trabalharmos com forte espírito de equipa, tanto nas questões de definição de mercado como nas questões de definição tecnológica. E é nestas competições internacionais que a nossa competitividade é avaliada e este segundo lugar é prova de que estamos no caminho certo”, realçou o investigador Pedro Vidinha.

O Projecto Ion Jelly participou na edição de 2008 do COHiTEC, iniciativa da COTEC que pelo segundo ano consecutivo é convidada a fazer-se representar na competição da UT Austin e é distinguida neste prestigiado concurso de ideias na área do empreendedorismo de base tecnológica.

As competições Idea to Product são um conjunto de concursos de planos de comercialização de tecnologia “early-stage”, disputados em diferentes regiões do globo, que visam a identificação de oportunidades de negócio suportadas em conceitos de produtos únicos obtidos a partir de tecnologia inovadoras e dirigidos a mercados claramente definidos. O objectivo destas competições anuais é o de incentivar os participantes a criar ligações entre as tecnologias emergentes e as necessidades do mercado, essencial para apoiar etapas posteriores da sua comercialização. Pelo menos uma equipa em cada uma das 13 anteriores competições locais e globais realizadas na Universidade do Texas em Austin conseguiu financiamento para a investigação ou criou um negócio.
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Enviado por: comanche em Novembro 15, 2008, 12:34:35 am

 
Jovens portugueses são os mais interessados sobre ciência
 



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Os jovens portugueses são os europeus mais interessados em notícias relacionadas com ciência e tecnologia, revela um inquérito sobre a atitude dos jovens face à ciência divulgado hoje em Bruxelas pela Comissão Europeia.
Quase nove em cada 10 jovens portugueses (86 por cento) afirmam-se interessados em acompanhar o noticiário sobre ciência e tecnologia, o valor mais elevado na União Europeia, onde em média o interesse atinge 67 por cento dos jovens.

Relativamente aos temas científicos que mais atraem a atenção dos jovens europeus, Portugal é o país onde se verifica maior interesse pelas «descobertas médicas e corpo humano», com 53 por cento dos inquiridos a revelarem «muito interesse» e 37 por cento «algum interesse».

Os jovens portugueses são os segundos mais interessados em «novas invenções e tecnologias» (que suscita «muito interesse» em 66 por cento dos inquiridos, valor apenas suplantado pelos lituanos), «tecnologias da informação e comunicação» (60 por cento, também ligeiramente atrás da Lituânia) e «Terra e ambiente» (61 por cento, valor que fica apenas atrás da Grécia).


O tópico científico que suscita menos entusiasmo entre os jovens portugueses é «o universo, o espaço e as estrelas», de «muito interesse» para apenas 29 por cento dos inquiridos, ainda assim o quarto valor mais elevado na União Europeia (UE), depois de Lituânia, Eslovénia e Hungria.

Em contrapartida, os jovens portugueses são dos europeus menos interessados em seguir notícias sobre política (35 por cento, o quinto valor mais baixo da UE) e economia (41 por cento, o sexto valor mais baixo).

O inquérito foi realizado em Setembro junto de 25.000 jovens da UE, com idades entre 15 e 25 anos, tendo em Portugal sido inquiridos 1.001 jovens pela Consulmark.

Diário Digital / Lusa

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Enviado por: comanche em Novembro 15, 2008, 12:42:07 am
Portugueses desenvolvem localizadores com GPS

Como localizar carros e crianças com o telemóvel
2008/11/13

Nova tecnologia a partir da próxima semana

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Vai ser possível localizar carros e crianças através do seu telemóvel. Uma nova tecnologia que está a ser desenvolvida por portugueses, refere o «Diário Económico».

O telemóvel vibra a meio de uma reunião, abre a mensagem e descobre que o seu carro está a dirigir-se para fora do parque de estacionamento onde o tinha deixado. Pormenor: as chaves estão no seu bolso do casaco. Decide então accionar a imobilização do veículo, o que significa que se tiver sido furtado não irá muito longe.

Este é um cenário que passará a ser possível na próxima semana, quando a tecnológica portuguesa Inosat colocar no mercado os seus primeiros produtos de consumo: «car locator» e «child locator». Tal como o nome indica, são tecnologias de localização que funcionam com base em GPS (sistema de posicionamento global por satélite), integralmente concebidas pela equipa de engenharia da Inosat em Portugal.


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Enviado por: nelson38899 em Novembro 15, 2008, 10:44:35 pm
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Self-Repairing Aircraft Becoming a Reality

An aircraft that can repair itself is the stuff of science fiction, isn't it? Well, not anymore as work is already dedicated to making science fiction science fact in the not-too-distant future.
"Engineers from the University of Bristol in the UK have developed a self-healing composite material."

Engineers from the University of Bristol in the UK hit the headlines during the summer of 2008 by developing a self-healing composite material. Furthermore, in Portugal, a company is working on putting intelligence into materials to enable a monitoring system to detect faults and fatigue in aircraft material.

Professors behind the project

Two professors, Gustavo Dias and Júlio Viana, working at the University of Minho (UM), which is located in northern Portugal, formed Critical Materials SA in 2008.

Today, Dias and Viana are CEO and product manager, and CFO and product architect of Critical Materials respectively.

Dias, who has been working on research and development at UM with Lockheed Martin, Embraer and others, says that the inspiration for the company came from the work that he and Viana were doing at the university. "We deal with a lot of problems in critical materials; Things connecting materials with software and materials with hardware and the way they react with material. We wanted to put some intelligence into those material systems," he says.

Dias says the formulation of Critical Materials was more like a process rather than a eureka moment. Through their work with the university, they already had contact with the company Critical Software. "Things appeared naturally and were getting to the point that there were obvious connections between the materials, software knowledge and hardware knowledge," says Dias. Initial conversations took place with Critical Software in mid 2007 and just eight months later Critical Materials with the backing of Critical Software became a reality. "Critical Materials has the same values, the same vision and shares a lot of the same points as Critical Software. It was not so difficult to do," says Dias.

Critical Materials' first project is an aircraft monitoring system capable of detecting problems in materials and reporting them, thus potentially saving on maintenance schedules while enhancing safety. "Materials, even when they are smart, are actually dumb," says Dias. "The way to put intelligence into materials is to have the right combination of materials with some properties that we can work with. Some hardware, some type of saturisation and software that will give the connection between the two worlds and give some kind of intelligence to the system."

Dias explained that the system under development will have a kind of intelligence that will react with material systems and report their status. "The answer is not only for metals or only for plastics but we starting really with composites, in specific critical applications, in applications that the loss of that part can be catastrophic. That's our definition of critical," says Dias.

Describing the system as like an early warning, he says it was not reasonable to consider that all parts of a working aircraft could be monitored.

However, critical and expensive parts as well as those which are hard to get at and maintain would work well for the system and perhaps allow certain maintenance schedules to be extended.

There is both commercial and military interest in the work that Critical Materials is doing. Dias could not be too specific but says: "We are working now with a company with fixed-wing civil and military aircraft." The company is primarily taking the military route because of the lengthy certification process with agencies such as the Federal Aviation Administration (FAA) and the European Aviation Safety Agency (EASA). "If this works in a military aircraft like a transportation aircraft, it will pass easily to a civilian transport aircraft," says Dias.

The company is in early stage talks with EASA but there are no concrete developments yet. For military use of Critical Material's system there are a couple of ways to enter the market. "There are two ways in the military. The first one is to try and integrate this into some kind of new programme that will start in 2009 or 2010. The other way is major reconstructions of aircraft that are in very heavy maintenance. Perhaps we can use those aircraft as platforms just to test the system," says Dias, adding: "That's the way that we are starting to go."

Self-healing material

So, what of the self-healing material itself? Well, the pair already have some self-healing materials in the university lab. "We are starting to work with material that is bio-inspired. It can be a composite or a polymer."

He adds: "We have very small channels that work like veins. Inside those channels you have a special kind of material. If you have a defect that is propagating inside the material within the vascular system, then when that material enters contact with the base material system it will react chemically. It will then try to stop it propagating. That's the concept."

It is early days yet and of course, self-healing materials will not be able to deal with sudden, massive damage, such as an explosion. However, it is expected that the material will be able to initiate a report to maintenance crews for targeted inspection and heal a small defect in-flight and stop or slow down its progress to a more dangerous state. Dias says that the material should be able to heal an area two or perhaps three times before replacement may become necessary.

In terms of development, Dias says that the system is more software driven and will slot in with self-sensing with the first upgrade. Dias says that COTS sensors would not be part of the self-sensing concept and explained that the company was working with putting some kind of electro conductivity into materials so that any deformation would result in the material itself acting as a sensor.

The monitoring system should be out first with another four or five years needed before the interactivity between monitoring and materials will be able to take place. However, because Critical Materials is not developing new hardware its vision should be a shorter path to military and commercial reality. With the ability to work with avionics that are already in place, science fiction does not seem so far away.

http://www.airforce-technology.com/feat ... ture43086/ (http://www.airforce-technology.com/features/feature43086/)
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Enviado por: Chicken_Bone em Novembro 15, 2008, 11:11:01 pm
Noticia muito fixe! Chatice, pois desconhecia a empresa.

Trabalhas nela Nelson?

Bem, ao menos deixo aqui o site da http://www.critical-materials.com/about-us.html (http://www.critical-materials.com/about-us.html) e de uma empresa relacionada, que o pessoal tv já conheça  http://www.criticalsoftware.com/ (http://www.criticalsoftware.com/)
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Enviado por: nelson38899 em Novembro 15, 2008, 11:26:24 pm
Eu não trabalho nessa empresa, mas para quem quiser trabalhar nessa empresa ela está à procura de pessoas para os quadros, ela foi constituída no ano passado e tem alguns projectos interessantes, para quem trabalha na área dos elementos finitos, programação, materiais, mecânica electrónica e programação.
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Enviado por: typhonman em Novembro 16, 2008, 01:12:14 am
O professor Gustavo é um porreiro, que tenha sorte neste seu projecto.  :wink:
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Enviado por: comanche em Novembro 16, 2008, 07:02:05 pm
Portuguesa desenvolve nova vacina revolucionária
11-11-2008
Investigação pretende evitar infecções nos recém-nascidos como pneumonias, septicemias e meningites



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Uma investigadora portuguesa está a desenvolver, com sucesso, uma vacina que evitará infecções nos recém-nascidos, dando-lhes total imunidade a pneumonias, septicemias e meningites. Quer isto dizer que, uma vez concretizada, esta vacina impedirá problemas que poderão ir desde uma pequena infecção até à morte dos bebés.

Estas infecções dos recém-nascidos são provocadas pela bactéria que é o centro desta investigação, os estreptococos do grupo B, que se pode manifestar de forma precoce (nos seis primeiros dias após o parto) ou de forma tardia (do sétimo até aos 90 dias).

«Hoje, utiliza-se a profilaxia por método de antibióticos, quatro horas antes do parto. Isso diminuiu a forma precoce, mas não a forma tardia, pelo que se tornou necessário desenvolver esta vacina», explicou a professora do Instituto de Ciência Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), Paula Ferreira, responsável pela investigação, ao PortugalDiário.

Vacina será dada às mães

A vacina poderá vir a ser ministrada às grávidas e dará total imunidade aos recém-nascidos. Citando um estudo deste ano, Paula Ferreira adiantou que «0,44 por mil nados-vivos» têm problemas com esta bactéria, sendo que «50 por cento tem danos neurológicos posteriores».

«Executámos o modelo experimental com os ratinhos e concluímos que, se vacinássemos as fêmeas antes da gravidez, os recém-nascidos ficavam totalmente protegidos, o que não acontecia naqueles cuja mãe não tinha sido vacinada», garantiu a especialista, acrescentando que também se verificaram resultados positivos em diabetes e algumas doenças do fígado.

Meningite: crianças receberam vacina ineficaz

A Universidade do Porto já registou a patente desta vacina e a terapêutica está a ser avaliada a nível internacional. No entanto, Paula Ferreira alertou para a necessidade de alguma empresa farmacêutica se interessar pelo financiamento dos estudos que ainda são necessários.

A responsável pela investigação conta com a ajuda de vários alunos de doutoramento do ICBAS e com um investigador do Instituto Pasteur. A Fundação para a Ciência e a Tecnologia financiou o projecto científico.

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Enviado por: comanche em Novembro 16, 2008, 07:04:19 pm
Portugal realiza feira tecnólogica com mais de 200 empresas

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Lisboa, 16 nov (Lusa) - Mais de 200 empresas e entidades vão estar na feira Portugal Tecnológico, considerada uma oportunidade para as pequenas e médias empresas, por privilegiar a oferta nas áreas da tecnologia, inovação e conhecimento em detrimento da dimensão das companhias.

"Esta feira quer mostrar que a oportunidade que existe em Portugal, não decorre da dimensão das empresas, ou seja, não é só para as multinacionais ou para as grandes empresas, mas também para as pequenas e médias empresas", disse à Agência Lusa o coordenador do Plano Tecnológica, Carlos Zorrinho.

Esta é a primeira edição do evento, que acontece entre 18 a 23 de novembro, com entrada gratuita, e vai juntar mais de 100 empresas tecnológicas e 150 entidades com projetos inovadores.

Numa área superior a 20 mil metros quadrados, o "Portugal Tecnológico" vai mostrar as melhores soluções nos setores de energia, telecomunicações, educação, saúde, turismo, mobilidade, segurança e automovel.

"Os portugueses que visitarem esta feira vão perceber por que é que Portugal passou a ter balança tecnológica positiva", ressaltou Carlos Zorrinho.

Segundo o comunicado, o evento "Portugal Tecnológico 2008" trará a Portugal vários formadores de opinião, compradores internacionais de tecnologia e acolherá diversas conferências e seminários promovidos pela organização e pelos expositores.

A iniciativa é um projeto co-financiando pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e pela União Européia, por meio do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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Enviado por: nelson38899 em Novembro 18, 2008, 09:33:42 am
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Empresa portuguesa está a desenvolver tecnologia para próxima missão a Marte

Uma empresa portuguesa está a desenvolver tecnologia para a próxima missão a Marte. A HPS Portugal vai coordenar o desenvolvimento de um material para protecção térmica dos veículos a serem utilizados na próxima missão da Agência Espacial Europeia (European Space Agency-ESA) ao planeta vermelho.

A próxima missão da ESA a Marte tem como objectivo recolher amostras do solo marciano, que posteriormente serão enviadas para a Terra. Durante a reentrada atmosférica, a sonda necessita de material resistente às altas temperaturas.

A empresa portuguesa que está com este projecto é detida pelo Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI) e pela empresa alemã HPS – High Performance Space Structure Systems, GmbH.

Segundo Pedro Portela, o gestor de negócios e de projectos da HPS Portugal, de momento “não existe tecnologia na Europa que permita proteger o veículo das temperaturas de reentrada. Nesse sentido vamos desenvolver alternativas diferentes, mas só uma é que vai ser seleccionada para desenvolvimento final e ensaios em túnel de vento de plasma”.

Sobre os materiais que vão ser utilizados, Pedro Portela esclarece que estes “já existem, mas precisam de ser adaptados de forma a resistirem a temperaturas muito altas e fluxos de calor muitíssimo elevados e, como tal, permitirem que os veículos a serem usados pela ESA na reentrada atmosférica o possam fazer em segurança”.

Segundo a ESA, só em 2020 é que a missão poderá acontecer. Vão ser necessárias cinco naves para ir até Marte e trazer material do planeta, uma que faz a ponte entre os dois planetas, uma segunda para a órbita de Marte, um módulo de descida e um de saída do planeta, e por fim um veículo de reentrada terrestre.

O consórcio do projecto integra ainda a EADS-Astrium, de França, e a Lockheed Martin INSYS, do Reino Unido. O custo do projecto está estimado na ordem dos 400 mil euros.

http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=13 (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1350326&idCanal=13)
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Enviado por: comanche em Novembro 18, 2008, 08:26:42 pm
Portugueses descobrem novo mecanismo regulador

Cientistas do Instituto Português de Oncologia descobrem mecanismo que regula a formação dos vasos sanguíneos.

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Uma equipa de investigadores do Instituto Português de Oncologia (IPO) liderada por Sérgio Dias, acaba de descobrir um novo mecanismo molecular que poderá permitir regular a formação de novos vasos sanguíneos e a cicatrização de feridas, incluindo as feridas crónicas em doentes diabéticos ou com obesidade mórbida.

Os cientistas do Centro de Investigação e Patobiologia Molecular do IPO descobriram que as células que formam os vasos sanguíneos são estimuladas por um mecanismo de sinalização intracelular envolvendo a proteína Notch (presente nas células da medula óssea), que tem capacidade de mediar um sinal entre células vizinhas e induzir mudanças na actividade de genes.

Desde que foi identificada, em 1919, esta proteína tem-se revelado decisiva em muitos processos de formação e manutenção de células, tecidos e órgãos.

A formação de novos vasos sanguíneos é uma etapa fundamental para a cicatrização das feridas, porque permite a chegada de nutrientes essenciais à reestruturação dos tecidos, a sua melhor oxigenação e a chegada de proteínas anti-inflamatórias.

Este projecto de investigação foi financiado pela Fundação Gulbenkian, Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela empresa Crioestaminal. A descoberta agora divulgada vai ser publicada na próxima edição da revista científica de referência internacional 'PlosOne'.
 
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Enviado por: comanche em Novembro 18, 2008, 09:08:30 pm
Universidades analisadas à luz da Estratégia de Lisboa


Portugal fica «surpreendentemente bem» quando comparado com outros países da OCDE

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Um estudo do «think tank» Lisbon Council elogia Portugal pelos desenvolvimentos no ensino superior e na relação que os seus programas têm com o mercado de trabalho. O documento, conhecido hoje, revela que são as universidades que aceitam estudantes em larga escala e as que oferecem possibilidades de aprendizagem ao longo da vida - como acontece na Austrália, Reino Unido e Dinamarca - as ter os melhores sistemas de ensino superior no que toca aos desafios económicos e sociais das populações.



O Lisbon Council, sedeado em Bruxelas, refere no comunicado de apresentação do estudo que a performance de Portugal é "surpreendentemente boa" de entre os 17 países da OCDE referenciados. O ensino superior português fica à frente do francês e alemão em termos de Inclusão e à frente dos Estados Unidos no indicador Acesso (que mede o número de estudantes do ensino secundário com notas baixas admitidos no ensino superior). "Na era do conhecimento, a educação é um objectivo-chave de qualquer política, que comporta dividendos sociais e económicos de monta", afirmou o presidente do Lisbon Council, Paul Hofheinz, em comentário ao estudo.

O documento indica que aqueles três países levam a liderança, de entre os examinados, porque as suas universidades aceitam uma larga franja de estudantes (locais ou estrangeiros), sem descer os padrões educacionais estabelecidos. A capacidade de inclusão atrai os estudantes estrangeiros, o que permite às universidades obter vantagens competitivas na corrida global pelo talento, dizem os autores do estudo.

As universidades desses mesmos países, Austrália, Reino Unido e Dinamarca, destacam-se "no esforço oferecer uma instrução aos adultos depois de estes sairem do sistema de ensino", permitindo que um grande número de pessoas aceda ao que chama aprendizagem ao longo da vida, paralelamente à sua presença no mercado de trabalho.

Este é principal factor negativo nos resultados de Portugal. No médio prazo, aconselham os autores do estudo, seria necessário trabalhar no acesso à aprendizagem ao longo da vida (que no estudo é contabilizado pelo rácio da idade nos alunos do superior). Outra deficiência ainda notada: Portugal deve atrair mais alunos estrangeiros.

Os autores referem, em geral, que "mesmo que esta performance se deva a factores exógenos - nomeadamente o rápido crescimento económico do país desde 1985 - ela ilustra o que refere o estudo": "Portugal é um bom exemplo de como um crescimento económico pode encorajar e melhorar a performance educativa".

Em contraste, a Alemanha e a Áustria, que ficam em 15.º e 16.º lugar, sofrem de um sistema demasiado restritivo "o que afasta um elevado número de pessoas do processo de aprendizagem e dá instrução completa apenas a um reduzido número de pessoas", revela o relatório. Em último lugar ficou a Espanha, a cujas autoridades o relatório sugere uma maior aproximação entre os currículos escolares a nível universitário e a necessidades do mercado laboral.

Em conclusão, um dos autores do relatório afirma que os sistemas de ensino superior avaliados são demasiado "elitistas" e "exclusivos", alertando que não estão a responder às necessidades das economias modernas, baseadas no conhecimento. Uma conclusão defendida na Estratégia de Lisboa, em 2005.



Portugal a meio da tabela de países da OCDE

 O Ensino Superior português está em 8º lugar num ranking divulgado hoje sobre universidades de 16 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

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O relatório foi elaborado pelo Lisbon Council, um centro de estudos sobre assuntos europeus, que fica em Bruxelas.

Portugal aparece à frente da França e da Alemanha no que diz respeito à "inclusão", que avalia quantos jovens em idade universitária frequentam, de facto, a universidade.

Relativamente ao “acesso” - índice que mede a capacidade do Ensino Superior receber e ajudar estudantes do Secundário com notas menos positivas – o nosso país ocupa o segundo lugar, atrás da Polónia e à frente dos Estados Unidos.

Portugal está também na segunda posição no item "ensino efectivo", só que em "ensino atractivo" está a três lugares do fim.

A meio da tabela estamos ainda no número de licenciados por idade e também na capacidade de mudança e de adaptação dos estabelecimentos ao novo Processo de Bolonha.

Nos lugares da frente deste estudo do Lisbon Council estão a Austrália, o Reino Unido e a Dinamarca, por outro lado, no pelotão de trás encontram-se a Alemanha, a Áustria e a Espanha.
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Enviado por: comanche em Novembro 20, 2008, 10:25:16 pm
Cidades: sistema português revoluciona condução

Universidade de Coimbra desenvolveu sistema que «avisa» condutores de acidentes, congestionamentos do trânsito e condições climatéricas

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Um sistema desenvolvido pela Universidade de Coimbra vai permitir que, no futuro, os condutores de uma cidade tenham um «piloto» de mobilidade que indica em tempo real o trajecto mais rápido, seguro ou descongestionado, anunciou esta quarta-feira a instituição, noticia a agência Lusa.

Carlos Bento, coordenador do projecto, explicou que o «sistema se vai basear numa quantidade de dados de mobilidade fornecidos por operadoras de telecomunicações, transportes públicos, táxis e veículos pilotos, que permitem criar uma radiografia dinâmica da cidade».

«Essa informação será útil para o cidadão comum que todos os dias se desloca, dando a indicação do caminho que o leva a chegar ao destino mais depressa, com menor consumo de energia ou por um percurso mais saudável», adiantou o professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Por outro lado, acrescenta o investigador, o sistema, designado por City Motion, vai permitir «comparar trajectos, acompanhar os horários dos transportes públicos e sugerir alternativas de mobilidade», podendo adaptar a oferta de acordo «com os padrões de mobilidade dos utilizadores».

Segundo uma nota da FCTUC, este sistema «poderá revolucionar a mobilidade nas grandes cidades do país e do mundo» devido à sua capacidade de avisar o utilizador de que vai «deparar-se com uma estrada em obras, enfrentar uma longa fila de trânsito imprevista, esperar por um transporte público que não chega porque avariou ou entrar numa zona altamente insegura».


City Motion: um sistema mais completo que o GPS

O investigador Carlos Bento afirma que o City Motion é um sistema muito mais completo do que, por exemplo, os GPS que indicam o trajecto mais curto, «o que às vezes é um engano muito grande, porque não têm em conta acidentes, condições climatéricas adversas ou congestionamentos».

«O City Motion centraliza todas as bases de dados da cidade para o cidadão numa única interface: faz a fusão da informação fornecida por operadoras de telemóveis, sensores das estradas, gestão de frotas dos autocarros, metro, comboios, entre outros, disponibilizando um único sistema fiável e seguro», sintetiza a nota da FCTUC.

O projecto, inicialmente idealizado pelo investigador Francisco Câmara Pereira, em parceria com colegas do Instituto Superior Técnico e da Universidade do Porto, teve início em 2007 no âmbito do programa MIT Portugal, envolvendo uma dezena de investigadores - cinco portugueses e outros tantos do MIT (Massachusetts Institute of Technology, Estados Unidos da América), apoiados por sete alunos de doutoramento.

Citando o autor do projecto, Francisco Pereira, a nota de imprensa da FCTUC salienta que «o sistema em desenvolvimento permitirá a construção de serviços simples que informem o utilizador para não circular em zonas complicadas, como, por exemplo, vias associadas à prática de carjacking».

Em Portugal, numa primeira fase, o sistema City Motion vai ser aplicado nas cidades de Lisboa e Porto.

Para já, os investigadores estão a criar duas ferramentas: um planeador de rotas multimodal através de um sistema informático gratuito para o acesso do cidadão e um sistema de apoio aos decisores políticos que «mostre a dinâmica da cidade, o comportamento diário e a evolução do espaço urbano para, caso seja necessário e adequado, poderem adoptar medidas de prevenção e correcção».
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Enviado por: comanche em Novembro 22, 2008, 10:27:45 pm
Portugueses abrem caminho a antibióticos mais eficazes

Novas armas na luta contra a tuberculose

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Investigadores portugueses fizeram o retrato tridimensional da enzima GpgS, fundamental para a sobrevivência do bacilo da tuberculose, permitindo agora definir um novo alvo a abater com o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes.


'Trata-se da primeira vez que a enzima GpgS, essencial para a sobrevivência do bacilo da tuberculose, mas para a qual não existe equivalente nos seres humanos, é caracterizadaestruturalmente', explicou Sandra Ribeiro, coordenadora da equipa de investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, responsável pelo trabalho que é publicado hoje na revista científica norte-americana ‘PLoS ONE’.

A enzima agora retratada tem um papel fundamental na construção da parede da célula causadora da tuberculose que, como outras bactérias patogénicas, tem a capacidade de criar resistência a novos antibióticos. 'Conhecida, com um detalhe atómico, a forma da molécula, torna-se num alvo possível para um futuro tratamento à tuberculose', sublinhou a investigadora portuguesa.

Num futuro próximo, a esperança passa pela descoberta de tratamentos mais eficazes: 'Os compostos direccionados contra aquela enzima poderão revelar-se agentes antituberculosos eficazes e potencialmente sem toxicidade ou efeitos secundários.'

São conhecidos os efeitos adversos dos antibióticos actualmente utilizados no tratamento clínico da tuberculose, além de que o seu uso inadequado, devido à interrupção dos tratamentos ou a dosagens inapropriadas, levou ao aparecimento de estirpes resistentes a esses compostos e de difícil tratamento.

Segundo explicou a investigadora, 'é urgente a identificação de novos alvos moleculares no bacilo da tuberculose e o concomitante desenvolvimento de novos compostos, direccionados especificamente para essas moléculas, que conduzem a uma nova geração de antibióticos.
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Enviado por: comanche em Novembro 22, 2008, 10:32:34 pm
Investigadores inovam na preservação de células estaminais

Cordão umbilical pode curar doenças

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Investigadores portugueses desenvolveram um método inovador para preservar as células estaminais do próprio cordão umbilical que permitem a criação de células produtoras de insulina, para a diabetes, a regeneração óssea, o desenvolvimento de cartilagem, de tendões e de músculos. Estas células podem dar também origem a células do sistema nervoso, fundamentais para as doenças neuro-degenerativas como Parkinson ou esclerose lateral amiotrófica.


O trabalho realizado por Pedro Cruz e Hélder Cruz, no laboratório da ECBio, é diferente do actual processo de criopreservação de celulas estaminais. Em vez de serem retiradas do sangue existente no cordão umbilical, este método aproveita o próprio cordão.

'São processos diferentes, mas complementares. Um não se sobrepõe ao outro. As células estaminais retiradas do sangue do cordão têm aplicações em leucemias, linfomas, anemias e outras doenças relacionadas com o sangue. As retiradas do próprio cordão, por sua vez, destinam-se à produção de tecidos sólidos, como cartilagem, osso, tendões e músculo', explicou Hélder Cruz ao CM, sublinhando a possibilidade de tratamento da diabetes: 'Enviámos as nossas células para um laboratório francês, especializado na doença da diabetes, e os resultados que temos são excelentes. As células produtoras de insulina são autónomas e funcionais. Produzem insulina sempre que ela é necessária, sem ser preciso qualquer medição adicional.'

O desenvolvimento deste método começou há dois anos e uma das preocupações da equipa de investigadores foi a criação de um processo de isolamento de células estaminais que tivesse aplicações fora do laboratório, a um custo acessível para o consumidor final. 'Procurámos criar um método que pudesse ser aplicado por qualquer laboratório de serviços, e que não tivesse um custo proibitivo', afirmou.

Este método, tal como o que utiliza o sangue do cordão umbilical, é inofensivo para a mulher e para o bebé. As células estaminais cultivadas poderão ser aplicadas no tratamento de uma pessoa que não tenha qualquer relação familiar com o dador.

André Pereira
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Enviado por: comanche em Novembro 25, 2008, 10:06:16 pm
Descoberta registada em patente internacional

Portugueses inventam papel com memória

Depois dos transístores, Elvira Fortunato e Rodrigo Martins conseguiram pela primeira vez no mundo armazenar informação em papel.

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É uma nova descoberta que já foi registada em patente internacional, dois meses depois dos transístores com papel: uma equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, liderada por Elvira Fortunato e Rodrigo Martins, conseguiu pela primeira vez no mundo armazenar informação em fibras de papel.

Um artigo científico sobre esta invenção à nanoescala - memórias de transístores descartáveis em papel, que podem ser usadas e deitadas fora (ou recicladas) - vai sair na edição de 24 de Novembro da 'Applied Physics Letters' (APL), revista de referência mundial na área da Física do Estado Sólido publicada pelo Institute of Physics, dos EUA. E a revista britânica 'The Economist' já se referira ao assunto numa notícia que dedicou ao trabalho da equipa do Departamento de Ciência dos Materiais (DCM) da Universidade Nova, na sua edição de 18 de Outubro.

No artigo que vai ser publicado na 'APL' refere-se que "a indústria microelectrónica procura dispositivos de memória baratos e leves, o que está a levar a investigação científica a recorrer a materiais de baixo custo e dispositivos cujas estruturas podem ser fabricadas a baixas temperaturas e consumos de energia". A resposta a esta procura tem sido feita com dispositivos de materiais orgânicos, mas a tentativa de os usar como memórias - de modo a poderem escrever, apagar, ler e armazenar informação - depara com várias dificuldades "que restringem o seu campo de aplicações".

Fibras retêm informação durante 14 mil horas

É o caso do tempo de retenção da informação, que não ultrapassa 1h15. Ora os cientistas da Universidade Nova provaram que é possível reter informação durante 14 mil horas (um ano e meio) usando fibras celulósicas naturais compactadas em camadas através de processos mecânicos - isto é, papel de arquitecto fabricado exclusivamente para o DCM - que simultaneamente conduzem e armazenam essa informação. Para isso são aplicados óxidos semicondutores à temperatura ambiente.

Os "chips" baseados em fibras de papel serão muito mais baratos do que os actuais e terão um grande potencial de aplicação em áreas tão diversas como etiquetas de identificação por radiofrequência para os produtos dos supermercados ou bagagens nos aeroportos, notas (dinheiro) com dispositivos electrónicos de segurança, selos de correio lidos por máquinas inteligentes, etc. Como diz o 'The Economist', a electrónica do futuro "poderá vir a basear-se mais no papel do que em eliminá-lo"...

O papel "tem muitas vantagens, porque é biodegradável, reciclável e fácil de produzir", assinala Elvira Fortunato. "Mas os dispositivos em papel ainda não têm o mesmo desempenho dos dispositivos convencionais, embora nas nanotecnologias tudo possa acontecer no futuro, porque a informação é imaterial".

Elvira deu recentemente uma conferência em Estocolmo no Albanova University Center a convite da Fundação Nobel, onde falou sobre 'A (r)evolução dos transístores de filmes finos'. É a segunda vez que um cientista português é convidado pelo Albanova - o primeiro foi António Damásio - mas, como esclarece Rodrigo Martins, "este convite significa o reconhecimento do trabalho feito por Elvira Fortunato na área das ciências, mas nada mais do que isso". Em todo o caso, o Albanova está interessado em contactar de novo a cientista portuguesa. A organização - uma associação das universidades de Estocolmo - convida, em média, cem cientistas por ano ligados à física, química, medicina e matemática, para a realização de conferências na capital sueca.

Entretanto, o Departamento de Ciência dos Materiais da Universidade Nova assinou um contrato com a multinacional francesa Saint-Gobain. O contrato de 700 mil euros vai durar dois anos e destina-se ao desenvolvimento dos chamados vidros do futuro, pretendendo-se dar vida e cor aos vidros usando óxidos condutores.


Uma nova teoria científica  


Há uma segunda descoberta do grupo de investigadores do Departamento de Ciência dos Materiais da Universidade Nova, associada às memórias de transístores descartáveis em papel, que tem uma consequência curiosa: precisa de uma nova teoria para a enquadrar. Com efeito, o dispositivo electrónico com papel é feito à nanoescala em camadas descontínuas ou discretas, onde as fibras celulósicas estão dispostas de uma forma aleatória. Acontece que todos os dispositivos convencionais são fabricados em camadas contínuas, com fibras (não-celulósicas) alinhadas.

"Somos experimentalistas e conseguimos pôr a funcionar um novo dispositivo com um mínimo de teoria, mas não há ainda uma teoria científica robusta capaz de explicar ao pormenor esta nova forma de transporte e retenção de informação", salienta Rodrigo Martins. No fundo, "fizémos uma demonstração prática do funcionamento de um novo dispositivo electrónico e das propriedades em que ele se baseia, mas falta o seu enquadramento teórico".

Na nanotecnologia parece não haver impossíveis, porque a informação é imaterial. Como explica Elvira Fortunato, "no futuro poderemos miniaturizar ainda mais e usar uma única fibra de papel, porque assim é mais fácil controlar as suas propriedades".
 


http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/461842 (http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/461842)
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Enviado por: comanche em Novembro 25, 2008, 10:09:34 pm
HIV tem menos um segredo


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Graças à equipa do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que provoca a sida, tem menos um segredo. Rita Cavaleiro trabalhou com mais três investigadores portugueses e concluíram que pode ser possível inibir a activação imunitária e, consequentemente, travar o ritmo de progressão da doença.

O estudo partiu dos efeitos distintos das proteínas do invólucro do HIV1 (gp120) e do HIV2 (gp105) e verificou que a proteína do HIV2 é mais imunossupressora ao nível da activação da célula imunitária.

«Tentámos perceber a razão do HIV2 ser menos patogénico, isto é, ter um ritmo de progressão da doença mais lento do que o HIV1. Verificámos que as proteínas do invólucro HIV2 limitam a activação imunitária e, consequentemente, contribuem para a redução da produção do vírus», explicou Rita Cavaleiro, primeira autora do estudo, ao PortugalDiário.

Pode ser possível diminuir o avanço da doença

Desta forma, «a própria proteína do vírus até pode ser benéfica, porque diminui o ritmo de progressão da doença, o que pode parecer um paradoxo», continuou. Esta descoberta torna possível que, futuramente, se possa «actuar ao nível da infecção, arranjando moléculas que inibam essa activação e, assim, haja uma menor progressão da doença».

O estudo foi realizado por quatro portugueses: Rita Cavaleiro, Adriana Albuquerque, Rui Victorino e Ana Espada de Sousa. Contou ainda com a colaboração de dois norte-americanos e foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela Comissão Nacional de Luta Contra a Sida.

«Falta de cultura científica em Portugal»

Esta equipa venceu um prémio Pfizer de Investigação Clínica no valor de 20 mil euros: «É o reconhecimento do nosso trabalho. Para além das publicações científicas, permite divulgá-lo para o público, para que fiquem a saber para onde vai o financiamento».

Rita Cavaleiro confessou mesmo que gostava de se dedicar à divulgação para leigos. «Há uma grande dificuldade de compreensão do nosso trabalho, porque não há uma cultura científica em Portugal. As pessoas têm de perceber que não é daqui que sai uma cura, mas são pequenos passos para uma descoberta maior».


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Enviado por: comanche em Novembro 25, 2008, 10:13:47 pm
Investigador português Lino Ferreira recebe Prémio Crioestaminal 2008



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O projecto de investigação liderado por Lino Ferreira, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra e do Biocant – Centro de Inovação e Biotecnologia, venceu o Prémio Crioestaminal 2008, atribuído pela Associação Viver a Ciência (AVAC), em parceria com a primeira. O trabalho do cientista português visa desenvolver novas terapias com células estaminais para a regeneração do músculo cardíaco pós-enfarte.

Em Portugal morrem todos os anos cerca de 3300 pessoas com enfarte do miocárdio. "É um problema de saúde pública de grandes proporções a nível mundial. Em Portugal, em média, morrem diariamente 18 pessoas devido a enfarte e outras sofrem um processo de degeneração que leva ao enfarte", recordou o investigador de Coimbra, em declarações à Lusa. Segundo o cientista - pós-doutorado no MIT (Massachusetts Institute of Technology) no domínio das células estaminais, biomateriais e micro-nanotecnologias -, o objectivo é "tentar inverter este processo de degeneração" do músculo cardíaco.

"A capacidade de regeneração do músculo cardíaco é limitada e insuficiente", observou, adiantando que, "mais cedo ou mais tarde, as pessoas com enfarte do miocárdio acabam por ter problemas, porque o coração não consegue bombear o sangue com a mesma eficiência". O trabalho de investigação em apreço, que se encontra numa fase inicial e será desenvolvido nos próximos quatro anos, referiu Lino Ferreira, contempla a propagação em laboratório de células estaminais embrionárias humanas para dar origem a células cardíacas em grande número.

Outras plataformas do projecto compreendem o "transplante eficiente" destas células no músculo cardíaco e a monitorização do enxerto celular, dimensões que conferem um carácter inovador ao projecto, disse ainda o investigador. "Actualmente, há algumas abordagens da terapia celular para a regeneração cardíaca, envolvendo outras células estaminais, nomeadamente da medula óssea, cujos efeitos terapêuticos estão a ser avaliados em ensaios clínicos", referiu Lino Ferreira.

Promover projectos portugueses

Na opinião da presidente da AVAC, Maria Manuel Mota, “a investigação científica nacional deve ser mais incentivada por apoios privados de forma a tornar-se mais competitiva a nível internacional”. Por seu lado, Raul Santos, Administrador e director-geral da Crioestaminal, refere que o prémio pretende sublinhar “o potencias da investigação portuguesa”, em especial na biomedicina, e abrir “portas para o seu reconhecimento nacional e internacional”.

O galardão, de 20 mil euros, será entregue hoje à tarde no Parque de Biotecnologia de Portugal, em Cantanhede. “A selecção do vencedor foi efectuada por um júri internacional composto por especialistas de reconhecido valor em áreas da biomedicina e oriundos de instituições como o Institut Pasteur, Institut Curie, ambos em França, o Institute for Stem Cell Research da Escócia, o National Institute for Medical Research de Inglaterra e o MIT dos Estados Unidos”, lê-se no comunicado da AVAC.

O primeiro Prémio Crioestaminal foi atribuído, em 2005, à investigadora Sandra de Macedo Ribeiro, do Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra, para desenvolver um estudo sobre a base molecular da Doença de Machado-Joseph.

Em 2006, o foi entregue ao investigador Hélder Maiato, do Instituto de Biologia Molecular e Celular do Porto, para financiar um projecto que utiliza técnicas inovadoras de microscopia de alta resolução e microcirurgia laser em células vivas para estudar a um novo nível a multiplicação celular.

O terceiro foi atribuído em 2007 a Mónica Bettencourt Dias, líder de um grupo de investigação no Instituto Gulbenkian de Ciência, para apoiar um estudo sobre uma estrutura celular que pode desempenhar um papel importante na infertilidade e no cancro.
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Enviado por: comanche em Novembro 25, 2008, 10:19:01 pm
Cor não gera novas espécies

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Evolução. Pensava-se que nas aves muito coloridas a escolha sexual (feita pelas fêmeas) tinha um papel importante no surgimento de novas espécies. Afinal não é assim, dizem cientistas portugueses

Investigadores portugueses fizeram a descoberta

Nas espécies de aves muito coloridas, como os pintassilgos, os machos têm em geral mais cores do que as fêmeas. E no acasalamento esse é justamente um factor decisivo, porque a escolha é feita por elas. Pensava-se, por causa disso, que a escolha sexual deveria ter um papel importante no surgimento de novas espécies neste tipo de aves, mas afinal não é assim. Pelo menos nos pintassilgos. A descoberta é dos investigadores portugueses Paulo Gama Mota e Gonçalo Cardoso, do Laboratório de Etologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, e acaba de ser publicada na Evolution. "Conseguimos demonstrar que neste género [dos pintassilgos] a diferenciação de espécies se faz pelo processo de selecção natural e não pela selecção sexual", explicou ao DN Paulo Gama Mota, que dirige o Laboratório de Etologia da FCTUC, sublinhando que este "é mais um passo para compreender a evolução das espécies e o equilíbrio dos ecossistemas, que são fundamentais para a diversidade de espécies no mundo". A publicação do trabalho "na revista de topo mundial" nesta área é por isso "uma grande satisfação", confessa o investigador.

Na selecção natural, o que acontece é que num determinado grupo populacional se vão acumulando mutações, até que surge uma nova espécie. "Isso acontece, por exemplo, quando há isolamento geográfico prolongado", explica Paulo Gama Mota. Se houver diferenças muito grandes entre habitats, por exemplo, as populações acabam por se adaptar às suas características (de altitude, por exemplo) e isso contribui para o fenómeno da especiação (surgimento de novas espécies).

Impraticável em tempo real, uma vez que estes processos podem durar milhares ou milhões de anos, o trabalho teve de ser feito por métodos indirectos. Os dois investigadores recolheram a informação sobre 26 das 30 espécies de pintassilgos que existem no planeta no Museu de História Natural de Londres, "que tem uma das melhores colecções de aves". Depois estabeleceram uma grelha de características das diferentes espécies de forma a poder relacioná-las entre si, em termos de proximidade, e, finalmente, criaram um modelo matemático que permitiu verificar a variação de cor e relacionar esse parâmetro com o processo de especiação . "Testámos os dois modelos, o da selecção sexual e o da selecção natural, e o último claramente excluiu o primeiro", conta Paulo Gama Mota. E se nos pintassilgos é assim, os investigadores querem agora verificar a sua tese nos canários. E, com isso, testar o próprio modelo.
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Enviado por: Chicken_Bone em Novembro 25, 2008, 10:54:32 pm
Hehehehe, é para compensar as poucas notícias que tens pouco, comancha?
Por falar nisso, o André tb n parece "em forma". :D Tem incluído poucas.
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Enviado por: Chicken_Bone em Novembro 27, 2008, 06:36:34 pm
Reportagem: «Ciência à portuguesa» http://diario.iol.pt/tecnologia/ciencia ... -4069.html (http://diario.iol.pt/tecnologia/ciencia-tecnologia-reportagem-descobertas-portugueses/1016472-4069.html)


Engenheiro português da FEUP ganha prémio com inovação mundial
http://diario.iol.pt/ambiente/feup-jose ... -4070.html (http://diario.iol.pt/ambiente/feup-jose-carlos-ferreira-polight-postes-de-iluminacao-towpreg-premio/1017940-4070.html)

«Ciência à portuguesa»: uma roupa especial
Equipa da Universidade do Minho criou vestuário inclusivo para melhorar a qualidade de vida das pessoas com necessidades especiais
http://diario.iol.pt/tecnologia/reporta ... -4069.html (http://diario.iol.pt/tecnologia/reportagem-ciencia-tecnologia-um-vestuario-inclusivo/1017518-4069.html)
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Enviado por: comanche em Novembro 27, 2008, 11:51:20 pm
Investigadores portugueses recebem prémio de inovação em concurso nacional


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A Solvay Portugal e a Hovione, em parceria, entregaram os prémios SHIC’08 numa cerimónia de encerramento onde foram revelados os vencedores dos dois prémios que constituem o desafio lançado à comunidade dos investigadores portugueses - Prémio Solvay vocacionado para a área da engenharia química e ambiente, e Prémio Hovione dirigido à química fina e desenvolvimento farmacêutico.

O Prémio Solvay foi atribuído ao projecto “Produção de um Novo Biopolímero Biodegradável com Aproveitamento do Glicerol”, que apresenta, como novidade mundial, a possibilidade de transformar um resíduo do biodiesel num produto de valor acrescentado, já que se perspectiva a sua aplicação numa gama alargada de aplicações industriais, nomeadamente no sector alimentar e da cosmética, em substituição de produtos de custo mais elevado, como a goma de guar, alginatos e outros.

Uma mais-valia para o sector dos bio-combustíveis e da sustentabilidade industrial, já que ao aumentar o período de vida de um resíduo se diminui o seu impacto no meio ambiente.

Verificam-se igualmente relevantes benefícios ao nível da produção, que, por não estar dependente de condições climáticas ou sazonais, apresenta custos de matéria-prima mais baixos, devido à grande disponibilidade em glicerol.

O projecto vencedor deste Prémio Solvay é da autoria dos investigadores Maria Reis, Filomena Freitas, Vítor Alves, Rui Oliveira e Filipe Aguiar, do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa.

O Prémio Hovione seleccionou como vencedor o trabalho intitulado “Partículas porosas inteligentes: uma nova alternativa para libertação controlada no pulmão”, o qual promete impulsionar o sector dos medicamentos para os tratamentos de doenças do foro pulmonar como a asma, cancro do pulmão, entre outras.

Este projecto demonstra a possibilidade de produção de partículas porosas, as quais, devido à sua baixa densidade, são mais toleradas pelos mecanismos de defesa dos pulmões, evitando a expulsão. As referidas partículas têm ainda a característica distintiva de serem inteligentes, porque são produzidas à base de polímeros sensíveis a estímulos exteriores (pH, Temperatura), utilizam solventes amigos do ambiente (dióxido de carbono a alta-pressão), que não deixam no fim das experiências quaisquer resíduos, reutilizando, desta forma, um gás com efeito de estufa.

A responsabilidade deste projecto é do grupo de investigação de Ana Isabel Aguiar Ricardo juntamente com os seus colaboradores Teresa Casimiro, Eunice Costa, Telma Barroso e Márcio Temtem, do Laboratório associado REQUIMTE - CQFB, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa.

A cada projecto vencedor foi atribuído um prémio no valor de 10 mil euros, o qual tem como objectivo viabilizar a sua concretização.

Outros projectos destacados

Para além das ideias vencedoras, o Júri do Prémio Hovione destacou ainda os projectos:

>>"Modelo computacional para prever as trajectórias e o local de deposição de partículas produzidas por inalador de pó seco em tubos reais ou virtuais", dos investigadores João F. Pinto da Faculdade de Farmácia de Lisboa e João M. M. Sousa do Dep. de Engenharia Mecânica, do Instituto Superior Técnico;

>>"Potenciais Fármacos de Ruténio para o tratamento do cancro", de Maria Helena Garcia, do entro de Ciências Moleculares e Materiais, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa;

>>"Planeamento Óptimo da Produção" de Pedro Miguel Gil de Castro, do Instituto Nacional de Engenharia Tecnologia e Inovação;

>>"FORTE (4T)", de José Cardoso Menezes do Departamento de Engenharia Química, do Instituto Superior Técnico.


81 projectos a concurso, da responsabilidade de 260 investigadores

Os vencedores do concurso SHIC’08 foram seleccionados entre 81 projectos candidatos, no qual estiveram envolvidos 260 investigadores, docentes e estudantes universitários.

A forte adesão a este desafio resultou de um road-show que percorreu mais de 3500 quilómetros do território nacional, para chegar a 40 centros de investigação existentes e 11 Faculdades.

O SHIC’08 envolveu ainda diversas personalidades do meio académico e instituições das áreas de investigação em análise, as quais constituíram o Júri deste concurso : os representantes dos quatro parceiros institucionais (Sociedade Portuguesa de Química, Colégio de Engenharia Química da Ordem dos Engenheiros, Colégio da Especialidade em Indústria Farmacêutica da Ordem dos Farmacêuticos e Agência de Inovação), Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, para além de responsáveis da Solvay e Hovione.

Esta iniciativa conjunta teve o intuito de promover a inovação no País e posicionar as duas empresas como parceiros activos do meio académico, distinguindo projectos susceptíveis de gerar valor, e decorre de uma primeira edição conduzida pela Solvay, em 2003-2004.

Os resultados agora registados espelham o desenvolvimento e a maturidade que a actividade de I&D está a atingir em Portugal, bem como a mais-valia de projectos conduzidos em parceria. Ideia que é reforçada pela opinião do júri de avaliação, que elogia o mérito e a criatividade das candidaturas a concurso.

Para Luis Serrano, Country Manager da Solvay para Portugal e Espanha, «o Solvay & Hovione Ideas Challenge é o resultado concreto da abordagem externa ao empreendedorismo junto do meio universitário. Mais do que uma competição, constitui um ponto de encontro entre a Ciência, o mercado e a indústria, na procura de sinergias de desenvolvimento e de novas alavancas tecnológicas».

Para Guy Vilax, CEO da Hovione, «a Solvay e a Hovione souberam juntar esforços para premiar a inovação dos investigadores nas universidades. A Hovione está satisfeita com o resultado: Tivemos sucesso no nosso projecto pois as candidaturas corresponderam às expectativas tanto em qualidade como em quantidade. Temos aqui um bom exemplo de empenhamento na construção das ligações entre a universidade e a empresa, bem como da demonstração da capacidade inventiva Portuguesa».



http://www.barlavento.online.pt/index.p ... a?id=28761 (http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=28761)
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Enviado por: Chicken_Bone em Novembro 28, 2008, 12:13:14 am
Os resultados do concurso aparentam ser um pouco..suspeitos já que todos são para a Mouraria, particularmente para a Univ Nova de Lisboa, que também está no júri.
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Enviado por: comanche em Dezembro 02, 2008, 10:48:37 pm
Pesquisadores portugueses desenvolvem robô dentista

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Coimbra, 2 dez (Lusa) - Uma equipe de pesquisadores de Coimbra está desenvolvendo um "robô dentista", com o objetivo de tornar os implantes dentários mais baratos, mais resistentes e com maior conforto para os pacientes.

"Os implantes dentários são muito caros e demorados, e a pós-instalação é muito longa e dolorosa. O paciente pode demorar mais de um ano para largar o dentista", disse à Agência Lusa Norberto Pires, um dos pesquisadores envolvidos.

O projeto está em fase de conclusão e foi trabalhado durante três anos por cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia e do Instituto Biomédico de Investigação da Luz e da Imagem, ambos da Universidade de Coimbra.

Os pesquisadores acreditam que, ao otimizarem o processo de colocação dos implantes dentários, os custos possam ser reduzidos para metade. O sistema robótico simula e monitora todo o processo, ao imitar os procedimentos do dentista.

"Ganha-se em custos, em tempo e, se tivermos de fazer quatro furos em vez de seis, a recuperação é também menos dolorosa", considerou Maria Filomena Botelho, do Instituto Biomédico de Investigação da Luz e da Imagem.

Projeto

Em fase de utilização experimental, no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra, o robô realizou testes em peças anatômicas de cadáveres e num modelo de uma mandíbula em material equivalente ao osso.

O "robô dentista" está dotado de sensores de força e utiliza um mecanismo óptico que registra os movimentos e esforços utilizados na mastigação, antecipando o desconforto nos pacientes, as tensões provocadas no material, a vida útil do implante e os danos originados.

"Não há intervenção humana nenhuma, são selecionadas as melhores geometrias, colocam-se os dentes e simula-se a mastigação", disse Norberto Pires, acrescentando que se tratar de "um processo total de simulação de geometrias" que pode se revelar numa "boa indicação para os médicos-dentistas".

É a primeira vez, de acordo com Norberto Pires, que Portugal desenvolve um estudo sistemático de colocação de implantes dentários.

"O que os médicos-dentistas fazem é testar com os pacientes, não arriscando muito, e, dessa forma, vão vendo o que corre mal, partilhando depois as idéias técnicas em congressos", disse o pesquisador da Faculdade de Ciências e Tecnologia.

Os cientistas esperam concluir a pesquisa em maio do próximo ano, com a elaboração de um Guia de Boas Práticas para a Aplicação de Implantes Dentários.

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Enviado por: comanche em Dezembro 04, 2008, 11:34:27 pm
Portugal vai ter base de dados de ADN


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O regulamento e as regras de funcionamento da base de dados de perfis de ADN para fins de investigação civil e criminal foram publicados no Diário da República.

Uma nota emitida esta quinta-feira pelo Ministério da Justiça refere que a base de dados servirá para «melhor identificação de suspeitos e vítimas de crimes, identificação de vítimas de catástrofes e acidentes, investigação de paternidade e de maternidade».

A recolha, quando não voluntária, está sempre dependente de um despacho de um magistrado, estando confirmado também que qualquer pessoa tem direito a conhecer o conteúdo do registo ou registos.

O regulamento, da responsabilidade do Instituto Nacional de Medicina Legal, estipula ainda que «em caso de algum os marcadores de ADN poderão revelar informação relativa à saúde ou a características hereditárias específicas».

A base de dados vai permitir a identificação de delinquentes, a exclusão de inocentes ou ligação entre condutas criminosas e ainda o reconhecimento de desaparecidos, nos termos da lei.

No âmbito da investigação criminal, a nova lei permite a comparação de perfis de ADN de amostras recolhidas no local de um crime com os das pessoas que nele possam ter estado envolvidas, mas também a comparação com os perfis já existentes na base de dados.

A recolha de amostras para a investigação de um crime será realizada a pedido do arguido ou ordenada pelo juiz. A lei prevê, por outro lado, a recolha de amostras de ADN em pessoas ou cadáveres e a comparação destes com o ADN de parentes ou com aqueles existentes na base de dados, com vista à sua identificação.

A base de dados de ADN será tutelada pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e será construída de modo faseado e gradual, a partir da recolha quer de amostras em voluntários, quer das amostras de investigações criminais.

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Enviado por: comanche em Dezembro 05, 2008, 11:52:47 pm
Oito jovens cientistas portugueses premiados


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Oito jovens cientistas de seis universidades portuguesas foram distinguidos pela Fundação Calouste Gulbenkian com prémios de estímulo à investigação em áreas que vão da Matemática, Física e Química às Ciências da Terra e do Espaço, refere a «Lusa».

Entre os premiados deste ano contam-se três investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa, nomeadamente Elisabete Oliveira, do Departamento de Química, Gonçalo Tabuada, do Centro de Matemática e Aplicações, e Pedro Barquinha, do Centro de Investigação e Materiais, informou hoje a Fundação.

A investigação de Elisabete Oliveira centra-se em novos sensores químicos fluorescentes baseados em aminoácidos e polipéptidos, enquanto a de Gonçalo Tabuada visa desenvolver ferramentas inovadoras em álgebra não-comutativa e combinatória, referiu fonte da FCT à Agência Lusa.

Por seu lado, o projecto de Pedro Barquinha propõe o uso dos óxidos semicondutores - materiais associados ao novo conceito de electrónica transparente - para o estudo e produção de nanotransistores.

Segundo este investigador, o objectivo é desenvolver as bases científicas e tecnológicas para a electrónica à nanoescala, componente imprescindível à indústria do futuro, sobretudo no domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação.

Os outros premiados são Ana Gonçalves, do Centro de Matemática da Universidade do Minho, Eduardo Castro, do Centro de Física da Universidade do Porto, Emanuel Dutra, do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa, Juan Cabanelas, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, e Ricardo Santos, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra.

O objectivo deste Programa é estimular a criatividade e a qualidade na investigação científica entre os mais jovens, já que se destina a investigadores com idade inferior a 31 anos que trabalhem em instituições portuguesas.

Cada um dos distinguidos receberá um incentivo financeiro total de 12.500 euros, repartido entre o investigador e respectivo centro de investigação.

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Enviado por: comanche em Dezembro 09, 2008, 09:49:06 pm
Portuguesa YDreams cria marca mundial para jogos interactivos


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Alvos da estreante Audience Entertainment são produtos para cinema, estádios ou concertos
Grandes eventos, sejam sessões de cinema, espectáculos em estádios ou concertos. São esses os alvos da nova empresa mundial de jogos interactivos que a portuguesa YDreams criou em parceria com a norte-americana Brand Experience Lab.

Com esta joint-venture surge uma nova marca especializada em marketing e publicidade para grandes audiências. A estreante Audience Entertainment vai ter sede em Nova Iorque e assenta na plataforma de computação gráfica da YDreams e na experiência em campanhas publicitárias da Brand Experience Lab.

A ideia é criar animações lúdicas que passam por dar às audiências a capacidade para controlar acções em grandes ecrãs, sejam jogos ou outras actividades, numa interacção que se traduz em gestos simples, movimentos do corpo ou som, e que assume influência nos conteúdos dos referidos ecrãs.

Em comunicado, a empresa de tecnologia dirigida por António Câmara refere que este tipo de produto é «um meio em incrível crescimento para publicitários de todo o mundo». E dá um exemplo: as campanhas criadas pela Brand Experience Lab para marcas como a Volvo, Coca-Cola, MSNBC, Orange Mobile, Unilever ou Vodafone já foram exibidas mais de 600 vezes em ecrãs de cinema e têm tido procura em meios on-line como o «YouTube».

170 colaboradores

A Audience Entertainment assume-se, desde já, como líder deste segmento publicitário, contando com escritórios em Lisboa, Nova Iorque, Barcelona ou São Paulo, e 170 colaboradores.

«Estamos em negociações com cadeias de cinemas e agências de publicidade em mais de 20 países para alargarmos o âmbito da nossa actuação, que ainda é mais relevante nos tempos que correm, por ser um meio alternativo e eficaz», diz em comunicado o presidente-executivo da recém-criada Audience Entertainment, Barry Grieff.

Sobre a portuguesa YDreams, Griff vai mais longe e explica que o portfólio da tecnológica portuguesa «será fulcral» para convencer os clientes da inovação e eficácia do novo conceito.

Recorde-se que a empresa tem trabalhado nesta área há cerca de ano e meio e, no âmbito da sua actividade, já implementou projectos em quatro continentes.

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Enviado por: comanche em Dezembro 11, 2008, 10:49:45 pm
Investigadores descobrem especificidades do exossoma

Investigadores descobrem especificidades do exossoma
«Há muitos RNAs diferentes na célula e ainda não sabemos como é todo este intrincado


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Num trabalho conjunto de investigadores do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa (ITQB) e da Universidade do Texas, Houston (Estados Unidos), publicado na edição online da revista Nature Structural and Molecular Biology, ficamos a saber que as células, nomeadamente através do exossoma, mantêm um controlo apertado sobre o tipo, a qualidade e a quantidade de moléculas de RNA presentes a cada instante.

O exossoma é um complexo proteico envolvido na degradação do RNA. O da levedura, à semelhança de um canivete suíço, é afinal mais do que uma máquina de degradação e tem zonas especializadas para funções específicas.
 


Numa nota de imprensa do ITQB, é explicado que o exossoma vai degradando as moléculas de RNA a partir das pontas – diz-se que tem actividade exonucleolítica -, mas "o que os investigadores agora demonstraram é que o exossoma tem também actividade endonucleolítica, isto é, consegue cortar as moléculas de RNA em pedaços", duas formas de degradar o RNA que "dependem de regiões distintas do exossoma. Por outro lado, há outras regiões do exossoma que são específicas para a degradação de certo tipo de moléculas de RNA".

Com uma composição muito semelhante ao do DNA, o RNA é um polímero de nucleótidos, geralmente em cadeia simples, formado por moléculas de dimensões muito inferiores às do DNA. O exossoma de levedura é composto por 10 proteínas agrupadas num único complexo, sem as quais o exossoma não se forma e as células são inviáveis.

Os investigadores conseguiram perceber as diferentes áreas, especializadas em processos diversos, eliminando segmentos dessas proteínas e mantendo a actividade do exossoma. E como, apesar da levedura ser um organismo simples, o metabolismo do RNA é muito semelhante ao das nossas células, Cecília Arraiano, que coordenou a investigação no ITQB, lembra que “este estudo mostra como a degradação de RNA é complexa e especializada. Há muitos RNAs diferentes na célula e ainda não sabemos como é todo este intrincado processo é gerido”.

“Aliás, toda a investigação nesta área está numa fase muito excitante e ao mesmo tempo muito competitiva”, conclui.
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Enviado por: comanche em Dezembro 11, 2008, 10:59:37 pm
Portugal em 15º no ranking das políticas climáticas internacionais


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Portugal ficou classificado em 15º lugar em termos de melhor performance relativamente às alterações climáticas num ranking que incluiu os países desenvolvidos e os países com um forte desenvolvimento industrial recente ou representando mais de 1% do total de emissões de dióxido de carbono. O índice é da responsabilidade da organização não governamental de ambiente GermanWatch e da Rede Europeia de Acção Climática (a que a Quercus pertence) e contou com a colaboração da Quercus na avaliação qualitativa pericial efectuada a Portugal.



O índice mostra que nenhum país dos considerados pode ser considerado como tendo uma performance satisfatória no que respeita à protecção do clima. O critério específico para essa avaliação é o de que, por comparação com 1990 (ano base do Protocolo de Quioto), nenhum país está no caminho que asseguraria à escala global um aumento de temperatura inferior a 2 ºC. Assim, o CCPI não tem vencedores este ano porque nenhum país está a fazer o esforço necessário para evitar uma alterações climática com consequências dramáticas.

Portugal obteve a 15ª posição no ranking final global, sendo que a sua classificação foi a 33ª na componente tendência de emissões, 17ª na componente de nível de emissões e 9º na componente de políticas climáticas, tendo descido duas posições na análise global. No índice em 2008, Portugal obteve a 13ª posição quando estiveram em avaliação 56 países. Este lugar reflecte o facto de Portugal ter emissões per capita relativamente baixas e ter um conjunto de medidas consignadas (mesmo que ainda não implementadas) para reduzir as emissões, mas ao mesmo tempo traduz o aumento praticamente sistemático das emissões desde 1990, com dificuldades de cumprimento do Protocolo de Quioto. Note-se que dada a não atribuição dos primeiros três lugares a nenhum país, é natural também uma descida no ranking, podendo indirectamente interpretar-se até que Portugal subiu uma posição.

O país melhor classificado no ranking foi a Suécia, seguido da Alemanha, França, Índia e Brasil. O pior país foi a Arábia Saudita, tendo a Espanha ficado em 28º lugar, o Canadá em penúltimo lugar (59º) e os EUA em antepenúltimo lugar (58º). O relatório será disponibilizado pela GermanWatch em www.germanwatch.org/ccpi.htm (http://www.germanwatch.org/ccpi.htm).

O Climate Change Performance Index (CCPI) 2009 é um instrumento inovador que traz maior transparência às políticas climáticas internacionais. Com base em critérios padrão, o índice avalia e compara a performance de 57 países que, no total, são responsáveis por mais de 90% das emissões de dióxido de carbono associadas à energia. O objectivo do índice é aumentar a pressão política e social nos países que têm esquecido até agora o seu trabalho interno no que respeita às alterações climáticas.
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Enviado por: comanche em Dezembro 11, 2008, 11:03:08 pm
UC inaugura equipamento único para investigação em neurociências
 nó de Coimbra da Rede Nacional de Imagiologia Funcional Cerebral é inaugurado a 12 de Dezembro. Investimento ronda os 3,5 milhões de Euros e vai permitir tornar realidade no nosso País a investigação de ponta sobre o funcionamento do cérebro. Para assinalar a inauguração, quatro dos mais conceituados cientistas do mundo vão apresentar os últimos desenvolvimentos nesta área.





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Algumas das técnicas experimentais mais recentes e inovadoras na área das neurociências, nomeadamente estudos de imagiologia multimodal funcionais e estruturais, vão finalmente poder ser realizados em Portugal, com a instalação no edifício onde também está instalado o Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) – uma unidade orgânica de investigação da Universidade de Coimbra, situada no Pólo das Ciências da Saúde – de um equipamento único no País, cujo investimento ascende a 3,5 Milhões de Euros.

Este equipamento, que irá permitir um conhecimento mais aprofundado sobre o funcionamento do cérebro e doenças neurodegenerativas como as doenças de Alzheimer ou Parkinson, constituirá o nó de Coimbra da Rede Nacional de Imagiologia Funcional Cerebral, um consórcio de universidades portuguesas – constituído pelas Universidades de Coimbra, Aveiro, Minho e Porto – que tem por objectivo principal viabilizar o acesso da comunidade científica portuguesa a equipamentos de ressonância magnética na área da imagiologia funcional cerebral e de electrofisiologia de alta densidade.

O nó Central de Coimbra, que lidera esta Rede, vai ser inaugurado por Fernando Seabra Santos, Reitor da Universidade de Coimbra, no próximo dia 12 de Dezembro, pelas 14H00, no Auditório I da Sub-unidade I de Ensino da Faculdade de Medicina, no Pólo das Ciências da Saúde. Estarão também presentes na ocasião representantes dos vários Nós Nacionais desta Rede científica nacional, e Miguel Castelo-Branco, docente da Universidade de Coimbra e coordenador da Rede.

Para assinalar o arranque deste projecto, realiza-se, a partir das 14H30, um simpósio onde intervirão alguns dos mais conceituados cientistas mundiais na área das neurociências.

O simpósio contará com intervenções de Alexandre Castro Caldas (“O cérebro ex-analfabeto”), Alain Berthoz (“Physiologie de la Perception et de l’Action”), Fernando Lopes da Silva (“Rhythms of the Brain: Physiological Sources and EEG/MEG/fMRI Patterns”), e Rainer Goebel (“The Future of Neuroimaging).

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Enviado por: comanche em Dezembro 11, 2008, 11:07:47 pm
Nokia Mobile com tecnologia do FEELab da Universidade Fernando Pessoa


O Instituto Nokia de Tecnologia Mobile Solutions Group (INDT), situado em Manaus, no Brasil, da multinacional finlandesa, vai estabelecer parceria científico-tecnológica com o Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab/UFP), da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), da Universidade Fernando Pessoa (UFP), no Porto.


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A informação foi prestada por Flávia Almeida, do INDT, no final da reunião que manteve, durante o dia de ontem, com o Professor Doutor Freitas-Magalhães, Director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab/UFP).

Segundo Flávia Almeida, o Laboratório de Usabilidade (LU) do INDT. "único no mundo na área”, considera de “excelência” o trabalho científico-tecnológico desenvolvido no FEELab/UFP e enquadra-se nos projectos actuais e futuros da Nokia, os quais passam por tornar “mais emocional a relação que os utilizadores têm com os seus suportes móveis de comunicações”.

“A nós interessam-nos as pessoas e a sua vida emocional. Interessa-nos fabricar produtos que façam emocionalmente felizes as pessoas”, disse Flávia Almeida, para quem a escolha do Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab/UFP) pela Nokia, em detrimento de outros centros de investigação mundiais, resulta da análise “minuciosa e criteriosa, pensada ao longo de mais de um ano”, aos níveis científicos e tecnológicos, pela “referência mundial” na área e pelo “uso da mesma língua, que nos aproxima”.

Para Flávia Almeida, a parceria com o FEELab/UFP tem em vista a difusão e comercialização dos novos produtos da Nokia em todo o mundo, e em particular em toda a América Latina, com um orçamento inicial que ultrapassa os 4 milhões de dólares.

Ficou acordada, também, a visita do Professor Doutor Freitas-Magalhães ao Instituto em Maio do próximo ano.

O Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab/UFP), que foi distinguido recentemente pelo Governo Britânico no âmbito do Global Partnership Programme (GPP), foi fundado em 2003 e é único do género em Portugal.
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Enviado por: comanche em Dezembro 11, 2008, 11:10:25 pm
Professor do ISEL no topo do ensino da engenharia a nível mundial
Na segunda cimeira mundial sobre o ensino de engenharia que decorreu na Cidade do Cabo, Africa do Sul, a Federação Internacional das Sociedades de Ensino de Engenharia (IFEES), organismo que congrega todas as instituições de ensino de engenharia a nível mundial, elegeu os seus novos corpos sociais. Esta edição contou com a participação das várias sociedades de ensino de engenharia e teve igualmente a presença do Prof. Konrad Osterwalder, Reitor da Universidade das Nações Unidas e Sub-secretátio da ONU.



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A nova equipa da direcção eleita inclui, como Vice-presidente, o Professor José Carlos Quadrado, Presidente do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. O Professor José Carlos Quadrado acumula agora esta função com o cargo, que já integrava, de membro do Conselho de Administração da Sociedade Europeia do Ensino de Engenharia (SEFI) que congrega as maiores escolas de engenharia Portuguesas.

Esta eleição, prestigiante para o ensino da engenharia Portuguesa, é o reconhecimento do vigor do Ensino da Engenharia Nacional, bem como dos níveis de internacionalização alcançados por Portugal neste domínio.

Com esta eleição, a direcção da Federação Internacional, é presidida pela Prof. Lueny Morell detentora do Prémio Bernard M. Gordon (o equivalente ao prémio nobel da engenharia), e inclui para além do Professor José Carlos Quadrado, a presença de uma americana, Prof. Maria Larrondo-Petrie, um Nigeriano, Prof. Funso Falade, e um chinês Prof. Yu Shouwen.

Entre as iniciativas desta federação são de destacar as cimeiras mundiais que todos os anos juntam os lideres planetários do ensino de engenharia, encontrando-se já a próxima agendada para São Petersburgo, na Russia entre 19 e 23 de Maio de 2009, e das quais emanam muitas das directrizes mundiais no sector do ensino da engenharia a nivel planetário.

Para alem das cimeiras a IFEES já possibilitou recentemente a constituição do Conselho Global de Presidentes das Faculdades de Engenharia (GEDC Global Engineering Deans Council) bem como iniciativas de desenvolvimento do ensino de engenharia transcontinentais como por exemplo o IUCEE (Indo-US Collaborative for Engineering Education).

Para financiar estes projectos, a IFEES conta com un orçamento global de vários milhões de euros disponibilizados pelas grandes empresas de engenharia que actuam a nível mundial.
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Enviado por: nelson38899 em Dezembro 12, 2008, 09:28:58 am
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Vencedores da IV edição do
Concurso Nacional de Inovação BES

Dia 27 de Novembro, o BES Arte & Finança foi o palco para a divulgação dos projectos vencedores da quarta edição do Concurso Nacional de Inovação BES. Na cerimónia pública, que contou com a presença do Presidente da Multiwave, Prof. Dr. José Salcedo, foram distinguidos 5 projectos nos cinco sectores a concurso, bem como o vencedor absoluto.

http://www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?plg= ... 4C28E8AB46 (http://www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?plg=ADF82217-DFBB-4578-80D7-BA4C28E8AB46)


os projectos
http://www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?plg= ... b150085809 (http://www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?plg=b4f41aaa-3884-44b2-bfae-23b150085809)
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Enviado por: Chicken_Bone em Dezembro 13, 2008, 12:36:35 pm
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interio ... id=1058561 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1058561)

Notícia sobre o crescimento do orçamento para I&D
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Enviado por: comanche em Dezembro 13, 2008, 06:32:28 pm
Microelectrónica: Investigadores portugueses descobrem forma de usar o papel como memória


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Lisboa, 12 Dez (Lusa) - Uma equipa de investigadores portugueses descobriu uma forma de usar o papel como memória, depois de o ter utilizado já como suporte físico para transístores e como isolante eléctrico.

"Não será para amanhã, mas num futuro não muito distante será possível abrir uma carta e ver e ouvir em papel a pessoa que a envia", disse hoje à Agência Lusa o professor Rodrigo Martins, da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa.

A descoberta desta equipa de investigadores do I3N/CENIMAT (Centro de Investigação em Materiais), coordenada por Rodrigo Martins e Elvira Fortunato, vem descrita num estudo publicado na revista norte-americana "Applied Physics Letters".

Os mesmos responsáveis estão agora a tentar optimizar a memória em papel como dispositivo capaz de ler, escrever e ser selectivo, tendo já recebido uma oferta de compra da patente pela Sansung, com a qual estão a negociar.

Trata-se de uma tecnologia descartável, de duração até dois anos e de baixo custo, já que o papel é muito abundante, além de ter as vantagens de ser reciclável e biodegradável.

"O papel é constituído por fibras embebidas numa resina que têm uma espessura de cerca de três micrómetros" (milionésimos do metro), explicou Rodrigo Martins, presidente do Departamento de Ciências dos Materiais da FCT.

Para construir o dispositivo, acrescentou, começa por se depositar sobre o papel um óxido semicondutor com espessura na casa dos 40 nanómetros (milionésimos do milímetro), ou seja, 100 vezes menos espesso que as fibras, com o qual se cria um filme contínuo sobre as fibras.

As fibras ficam assim interligadas em paralelo e em planos compactos dispostos por camadas, "o que faz com que numa pequena dimensão seja possível ter uma enorme capacidade de armazenar cargas iónicas", precisou.

Comparando com o que se passa com um telemóvel, onde existe um condensador muito pequeno que armazena cargas, no papel há milhares de fibras, sendo isso que lhe confere a sua gigantesca capacidade, adiantou.

Para pôr o dispositivo a funcionar é preciso alimentá-lo com uma corrente eléctrica, que irá entrar por um eléctrodo, a que se chama "porta", colocado numa das faces do papel, e sair por dois contactos (a "fonte" e o "dreno").

O que se passa, continuou o investigador, "é que ao aplicar tensão na porta, esta vai induzir cargas eléctricas que se vão acumulando ao longo das fibras, que funcionam como o dieléctrico, ou seja, como o isolante de um condensador".

E é porque o percurso a percorrer pela corrente ao longo das fibras é muito grande que é também enorme a sua capacidade de armazenamento.

Finalmente, associando este dispositivo ao transístor de papel criado pela mesma equipa, será possível transmitir e guardar a informação neste suporte.

"Na folha de papel eu posso fazer com que nas suas diferentes camadas apareça um jornal completo com 40 a 50 páginas ou qualquer outra informação codificada em digital, com texto, imagem e som", sublinhou.

Os investigadores estão agora a estudar uma forma de tornar o dispositivo wireless (sem fios) e auto-sustentável, já que é necessário ligá-lo a uma corrente eléctrica.

Uma das suas aplicações industriais mais simples será em etiquetas que poderão concentrar toda a informação existente sobre um produto, desde o seu conteúdo em detalhe até à data em que foi produzido e onde, quando chegou à loja ou qual o seu tempo de exposição.

Quanto à data em que será possível prever a sua introdução no mercado, Rodrigo Martins referiu um prazo médio nunca inferior a três anos.

Na sua perspectiva, os efeitos deste "conceito disruptivo" poderão ser comparáveis aos da chegada do homem à Lua, um acontecimento que agregou quase toda a indústria norte-americana, ou, à escala portuguesa, da Escola Náutica de Sagres.

"No séc. XVI agregámos tudo aquilo a que hoje chamaríamos os industriais, desde madeireiros a construtores, marceneiros e carpinteiros para construir a nossa nau, um navio leve, capaz de cruzar os mares no tempo das Descobertas", afirmou.

Neste caso, augurou, a criação de um sistema integrado e auto-sustentável em papel poderá servir de pólo de atracção para a indústria do papel, da electrónica, das telecomunicações e da informação e, até, das bioengenharias.

CM.

Lusa/fim

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Enviado por: comanche em Dezembro 13, 2008, 06:41:41 pm
Citação de: "Chicken_Bone"

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interio ... id=1058561 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1058561)

Notícia sobre o crescimento do orçamento para I&D

Excelente notícia, este é um dos caminhos a seguir por Portugal.

Completando a notícia anterior,

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Portugal foi o país europeu que registou maior crescimento da despesa em I&D na Europa, entre 2005 e 2007. Esta evolução permitiu que a I&D passasse a representar 1,2 por cento do PIB, o equivalente a 1,9 mil milhões de euros, face aos 1,2 mil milhões apurados para 2005.

Os dados, ainda provisórios, foram apurados através do Inquérito ao Potencial Cientifico e Tecnológico Nacional, da responsabilidade do Gabinete de Planeamento e Estatística do Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior e revelam um aproximar da despesa em I&D portuguesa da registada em países como a Espanha ou a Irlanda, respectivamente com 1,2 e 1,3 por cento do PIB aplicado à I&D.

Os números mostram que para o crescimento contribui sobretudo o aumento do investimento do sector privado, responsável por 988 milhões de euros aplicados à I&D no ano passado. Não foram só as empresas existentes que investiram mais em I&D, como foi também o número de empresas que o fazem a aumentar, conclui o inquérito.

O número de empresas com actividades de I&D passou de 930 em 2005 para mais de 1500 em 2007. Já o número de investigadores passou de 4 mil para 8,6 mil no mesmo período. Os sectores com mais actividade nesta área são os dos serviços financeiros e seguros, serviços de informática e comunicações, assim como a indústria automóvel e a energia, que multiplicaram por seis a despesa em I&D no período em análise.

O segundo sector com maior despesa em I&D é o das universidades, com um valor de 573 milhões de euros em 2007. Também aqui o número de investigadores aumentou de 10.956 para 13.096.
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Enviado por: comanche em Dezembro 13, 2008, 07:01:53 pm
Ciência: Tiago Outeiro recebe 250 mil euros para investigação de Parkinson e Alzheimer


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O investigador português Tiago Outeiro vai receber 250 mil euros da Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO) para continuar o trabalho que tem vindo a desenvolver na investigação nas doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, no sentido de desenvolver novas formas de terapêutica.
O comunicado da EMBO divulgado ontem, refere que Tiago Outeiro, de 32 anos, foi o seleccionado entre 32 candidatos, sendo que apenas sete obtiveram financiamentos para os seus projectos.
Segundo a nota distribuída pela EMBO, “o objectivo das EMBO Installation Grants é apoiar jovens cientistas com currículo excepcional a constituírem a sua própria equipa de investigação e se estabelecerem como líderes de grupo independentes em determinados países europeus”. Tiago Outeiro vai ainda ficar ligado a uma rede de jovens cientistas denominada EMBO - Young Investigator Programem.
O investigador português tinha apenas 28 anos de idade quando publicou o seu primeiro artigo na Science. Desde então, tem somado distinções que são o reflexo de uma actividade reconhecida internacionalmente.
Tiago Fleming Outeiro licenciou-se em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e foi estudante de Erasmus na Universidade de Leeds, no Reino Unido. Fez depois a tese de Doutoramento no Whitehead Institute for Biomedical Research, do MIT, nos Estados Unidos, onde desenvolveu o primeiro modelo em levedura para a doença de Parkinson.
Trabalhou como investigador e consultor na empresa de biotecnologia que ajudou a criar, FoldRx Pharmaceuticals, nos EUA. Fez o pós-doutoramento no Departamento de Neurologia do Hospital Geral de Massachusetts, Harvard Medical School onde se centrou no estudo de doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer.
Foi um dos fundadores da BioEPI Clinical and Translational Research Center, empresa de biotecnologia em Portugal. É convidado para dar palestras nos EUA e em Portugal e organizador de vários congressos e cursos internacionais, tanto em Portugal como no estrangeiro. Foi presidente da Portuguese American PostGraduate Society (PAPS) em 2005-2006, e chairman em 2006-2007. Presentemente é vice-presidente do Fórum Internacional de Investigadores Portugueses (FIIP).
É o director da Unidade de Neurociência Celular e Molecular no Instituto de Medicina Molecular (IMM) onde o seu grupo se dedica ao estudo da base molecular por detrás de doenças neurodegenerativas, com o objectivo de desenvolver novas terapêuticas. O seu trabalho tem sido financiado por agências nacionais e americanas, como a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação Michael J. Fox. Mantém ainda uma posição como investigador visitante no Hospital Geral de Massachusetts, Harvard Medical School, EUA.
É ainda professor de Fisiologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e subdirector do jornal on-line «Ciência Hoje».


http://www.mundoportugues.org/content/1 ... alzheimer/ (http://www.mundoportugues.org/content/1/3780/ciencia-tiago-outeiro-recebe-mil-euros-para-investigacao-parkinson-alzheimer/)
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Enviado por: comanche em Dezembro 13, 2008, 07:05:02 pm
Doenças: Investigadores do IPO/Porto premiados por trabalho na área do cancro da mama



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Porto, 11 Dez (Lusa) - Uma equipa de investigadores do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, liderada por Maria do Rosário Couto, venceu um prémio da Sociedade Portuguesa de Oncologia pelos resultados obtidos na investigação do cancro da mama.

O prémio, no valor de 15 mil euros, destina-se a distinguir o trabalho realizado por esta equipa com um sub-grupo de doentes com cancro na mama que apresentam a molécula HER2 aumentada à superfície das células tumorais.

"O que fizemos foi monitorizar a quantidade dessa proteína que é libertada no sangue", revelou à Lusa Maria do Rosário Couto.

Segundo a investigadora, os resultados obtidos indicam que "a doença piora nos doentes em que esse valor é mais elevado, enquanto o prognóstico é mais favorável nos doentes em que o valor é mais baixo".

Maria do Rosário Couto salientou que a investigação realizada no IPO/Porto ainda não tem aplicação na prática clínica, mas frisou que o objectivo é criar condições para que esta proteína (HER2) seja validada como marcador para este subgrupo de doentes com cancro na mama.

Nesse sentido, poderá permitir uma melhor avaliação do desenvolvimento daquele tipo de cancro, assim como uma maior individualização e um uso mais racional da terapêutica para esta doença.

Esta investigação adquire especial importância em Portugal, onde o cancro da mama é actualmente a primeira causa de morte por cancro na mulher.

FR.

Lusa/fim

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Enviado por: comanche em Dezembro 18, 2008, 09:21:16 pm
Cientistas portugueses descobrem novo método de diagnóstico e tratamento de lesões pulmonares

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A Biblioteca Joanina na Universidade de Coimbra vai ser, nesta sexta-feira, o palco da atribuição do Prémio Robalo Cordeiro – Associação de Estudos Respiratórios/GlaxoSmithKline. Este prémio internacional no valor de 25 000 Euros é bianual e dirige-se a investigadores dos países da União Europeia e de Língua Oficial Portuguesa. A equipa vencedora é portuguesa.



O prémio é atribuído a um trabalho que consiste num novo método desenvolvido para visualizar especificamente a rede de  profundos através de nanoradioliposomas administrados por via respiratória. No respeitante às doenças pulmonares, particularmente tumorais, este método possibilita a abordagem aos níveis de diagnóstico e tratamento. Neste último caso, pode transportar os medicamentos de forma a estes actuarem no local das lesões, aumentado a eficácia e diminuindo os efeitos secundários.

O júri do Prémio englobou a direcção da AER, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, Patricia Haslam e Ulrich Costabel. O trabalho designa-se “Nanoradioliposomas modulados molecularmente para estudar a drenagem linfática profunda pulmonar” e a equipa vencedora, dirigida pela Prof. Filomena Botelho, é constituída por Alcides Marques, Célia Gomes, Ferreira da Silva, Vasco Bairos, Santos Rosa, Antero Abrunhosa e Pedroso Lima.

O patrono deste prémio, António José Robalo Cordeiro, professor jubilado da Faculdade de Medicina de Coimbra, é um dos grandes vultos da Medicina Portuguesa, particularmente na área do aparelho respiratório, na qual se notabilizou como clínico, pedagogo e investigador. Assim se homenageia tão eminente figura da Pneumologia nacional e internacional.
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Enviado por: André em Dezembro 21, 2008, 04:43:40 pm
Investigadores portugueses criaram medicamento que gera novos vasos sanguíneos

Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram um sistema de transporte de vírus geneticamente transformados capazes de induzir o organismo a gerar novos vasos sanguíneos em poucas semanas, para tratar doenças vasculares.

Com o conceito já patenteado em Portugal e o registo internacional em curso , os investigadores acreditam ter desenvolvido uma via para contornar certos problemas relacionados com a obstrução de vasos sanguíneos, causadora de elevada mortalidade ou diminuição da qualidade de vida e, por vezes, da amputação de membros por falta de irrigação.

Em caso de isquémia, ou seja, de obstrução de uma artéria principal, as vias terapêuticas mais correntes para a sua minimização são a cirurgia ou o tratamento com a introdução de um cateter, que acaba por libertar placas que podem causar tromboses.

Em vez de procurar uma solução que desobstruísse os vasos sanguíneos, os investigadores de Coimbra apostaram numa via alternativa, de angiogênese, que induz o organismo a gerar novos vasos sanguíneos.

Partindo de uma investigação em nanotecnologia para concepção de novos medicamentos, a que se dedica há uma década um grupo na Faculdade de Farmácia e no Centro de Neurociências de Coimbra, foi desenvolvido um transportador capaz de circular pelo sangue e levar a molécula à zona do organismo a tratar.

Criaram micro-esferas com o fármaco adequado no seu interior e características que lhes permitem circular no organismo e iludir os sistemas de defesa. Um escudo de água a envolvê-las torna-as 'invisíveis' aos sistemas de defesa do organismo.

Em função da doença, as células em stress expressam certos marcadores à superfície. Foram então estudá-los e, com recurso à engenharia, desenvolveram um mecanismo analogicamente comparável a um GPS, que fizesse ancorar essas cápsulas especificamente nas células doentes e ao entranharem-se nelas aumentassem o potencial terapêutico e minimizassem os efeitos secundários, tóxicos, do tratamento nos tecidos sãos.

Utilizando essas cápsulas dotadas de GPS os investigadores pensaram em resolver o problema fazendo a 'entrega' de genes em células das zonas doentes, que codificassem para a formação de novos vasos sanguíneos.

«Como se renascesse outra vez, a necessidade de formar novos vasos. Fomos identificar no genoma quais os genes que codificam para a formação de novos vasos», explicou à agência Lusa Sérgio Simões, coordenador da investigação.

Só que o gene - salientou - «é muito grande». Se funcionava com os fármacos, o êxito era, contudo, reduzido porque eram poucos os genes que era possível transportar no interior dessas micro-cápsulas.

Existe algo na natureza que transporta genes, os vírus, e dessa reflexão os investigadores procuraram extrair a solução para o problema.

O que o vírus leva é o seu próprio genoma. Ao chegar à célula entra nela e parasita-a, pondo-a a reproduzir outros vírus que se disseminam pelas células vizinhas.

A via foi então modificar geneticamente o vírus, criando vírus recombinantes, com genes, e introduzi-los no sistema, que os direcciona e os liga especificamente a determinadas células.

«Foi juntar o melhor de dois mundos. Um sistema que está muito bem concebido para viajar, que não é tóxico, tem elevada especificidade e afinidade para as células doentes, e um sistema, que é um vírus, que entrega o material genético com elevada eficácia», referiu Sérgio Simões, igualmente professor na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

No entendimento do investigador, trata-se de um «sistema possível e versátil», que tanto transporta vírus, de vários tipos, como retrovírus, que podem ser dirigidos para as células em função da sua especificidade.

«Ajusta-se em função da doença. Estuda-se o tipo de doença para desenhar o ‘veículo’. O que distingue é o que se mete dentro do transportador, fármacos ou vírus. Pode meter-se um gene suicida que leva à morte das células tumorais», refere como exemplo.

No caso do tratamento das doenças vasculares, dias após a administração já são visíveis as primeiras ramificações de vasos sanguíneos e semanas depois já estão maturados.

Sérgio Simões diz que a administração deverá ser acompanhada por uma terapêutica adjuvante para reduzir situações inflamatórias e para ajudar os vasos a maturar mais rapidamente, e assim diminuir os edemas.

O conceito desta terapia genética já foi comprovado laboratorialmente em roedores. No entanto, os testes com ratos vão aprofundar-se e talvez daqui a 18 meses seja possível começar a fazer ensaios em humanos.

Este novo método terapêutico, embora desenvolvido para as doenças vasculares, poderá ter aplicação no tratamento de cancro e em doenças neurodegenerativas.

No desenvolvimento dos vasos sanguíneos escolhem-se 'vírus transitórios', para evitar que estejam continuamente a renascer. Numa doença neurológica, como as de Alzheimer ou de Parkinson, seria utilizado «um vírus que expressasse durante muito tempo», porque a pessoa vai ter essa patologia toda a vida. E, em caso de necessidade, a administração de genes poderia ser repetida.

«O vírus é muito eficiente a infectar. E infectar aqui traduz-se em entregar o material genético que interessa. Juntar a eficácia de um vírus a entregar material genético, ao mesmo tempo protegendo-o dos efeitos adversos e entregando-o no sítio certo, abre-se a esperança para o tratamento de múltiplas doenças», conclui Sérgio Simões.

Este projecto ocupa os investigadores há quatro anos. Na sua fase de concepção contou com a experiência clínica em doenças vasculares de Lino Gonçalves, docente da Faculdade de Medicina de Coimbra. A equipa que o desenvolveu, além de Sérgio Simões, integrou Ana Filipe, Conceição Pedroso de Lima e o italiano Mauro Giacca, ligado a um centro de investigação em Trieste.

Lusa
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Enviado por: comanche em Dezembro 27, 2008, 10:09:50 pm
UNESCO quer centro de investigação algarvio a funcionar já em Fevereiro


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Os peritos da UNESCO que prepararam o relatório de viabilidade da criação do Centro Internacional de Ecohidrologia Costeira na Universidade do Algarve querem que o novo centro de investigação esteja a funcionar já em Fevereiro.

Segundo Luís Chícharo, professor da academia algarvia responsável pela candidatura apresentada pelo Governo à organização internacional, o prazo dado pelos peritos está relacionado com a vontade de levar a proposta lusa à votação do plenário do Conselho Executivo da UNESCO em Abril do próximo ano.

«Temos um mês para ultimar uma série de coisas e uma delas é a definição de instalações autónomas e perfeitamente reconhecidas», revelou ao «barlavento».

Já há duas semanas, depois de ter visitado a Universidade do Algarve, o grupo de peritos internacionais reuniu-se com representantes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, do Ambiente e dos Negócios Estrangeiros, para avaliar o investimento que o Governo pretende fazer no projecto.

«Em termos técnicos, não houve [da parte dos peritos] qualquer sugestão de alteração da proposta, o que é muito bom, falta agora o acordo financeiro entre os ministérios e o estabelecimento das instalações», disse ainda Luís Chícharo, em jeito de balanço.

De acordo com as declarações do responsável, a academia algarvia pretende aproveitar os laboratórios do Centro de Investigação de Ambientes Costeiros e Marinhos (Ciacomar) em Olhão, para aí estabelecer a componente de investigação do centro. «Há essa sugestão e permitir-nos-ia uma instalação rápida», refere.

A dúvida, para já, está na localização dos serviços administrativos do novo centro. A Câmara de Faro já ofereceu espaços para a instalação destes escritórios, mas há também alternativas oferecidas pela autarquia de Olhão.

A avaliação está a ser feita pela universidade, que terá que ter também em conta o que definir o Governo sobre esta matéria, nomeadamente a eventual construção de um edifício novo.

A indefinição prende-se com a necessidade de autonomia própria do centro que a UNESCO impõe. Embora seja a Universidade do Algarve a lançar o projecto e integre alguns dos mais prestigiados investigadores da academia, o centro deverá ser uma estrutura à parte.

Foi já, por isso, criada uma associação de direito privado para gerir a nova estrutura, integrando as autarquias de Faro, Olhão e Vila Real de Santo António e a empresa Águas do Algarve, além da universidade.

Segundo Luís Chícharo, o centro irá não só desenvolver investigação sobre a gestão de recursos hídricos costeiros, como também promover formação avançada para especialistas na matéria.

Está, inclusive, a ser estabelecida uma rede de colaboração com mais de três dezenas de instituições de todo o mundo, com o intuito de prestar formação e desenvolver projectos de investigação comuns.

A ser aprovado, o centro algarvio será o segundo do género na Europa e um dos 17 que a UNESCO reconhece em todo o mundo.

Será principalmente virado para a problemática da gestão dos recursos hídricos no Mediterrâneo e em África, facto especialmente importante para a UNESCO, devido à ligação aos países de expressão portuguesa.
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Enviado por: comanche em Dezembro 30, 2008, 09:08:47 pm
Ciência/2008: O ano em que o papel serviu de transístor e ganhou memória

Lisboa, 30 Dez (Lusa) - Descobertas no campo da micro-electrónica, desde o desenvolvimento de circuitos integrados transparentes à utilização do papel como suporte de transístores e de memória, destacam-se entre os avanços científicos do ano em Portugal.


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Cientistas do Centro de Investigação de Materiais (CENIMAT) da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa conseguiram pela primeira vez tornar o papel parte integrante de um transístor usando-o como isolante, em vez do tradicional silício.

Da equipa faz parte Elvira Fortunato, cujo projecto "Invisible" - de produção de transístores e circuitos integrados transparentes com recurso a óxidos semi-condutores - lhe mereceu uma bolsa de 2,5 milhões de euros, a maior concedida até agora a um cientista português.

O prémio, atribuído em Julho pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC), será aplicado na aquisição de um microscópio electrónico para observações à nano-escala e fabrico de nanotransístores, e ainda em despesas de pessoal, segundo a investigadora.

Entre as explorações possíveis desta tecnologia de baixo custo contam-se aplicações no campo da electrónica descartável, nomeadamente ecrãs, etiquetas e pacotes inteligentes, chips de identificação ou aplicações médicas na área dos bio-sensores, especialmente para diagnósticos.

A mesma equipa fez também notícia por ter desenvolvido, em colaboração com a Samsung, uma nova geração de ecrãs planos transparentes baseada na descoberta de um novo material semicondutor para os transístores constituído por óxidos, como o óxido de zinco, que oferece novas vantagens.

Já perto do final do ano, os mesmos cientistas anunciaram o desenvolvimento de um dispositivo de memória numa folha de papel que, accionada por uma corrente eléctrica, pode acumular grande quantidade de informação.

Uma das suas aplicações mais óbvias será na produção de etiquetas de identificação que poderão incluir, por exemplo, toda a informação disponível sobre um determinado produto: quando foi produzido, onde, por quem, o seu conteúdo pormenorizado, quando chegou à loja e qual o seu tempo de exposição.

O próximo passo, segundo os responsáveis pela investigação, será associar esta descoberta à do transístor e criar um dispositivo auto-sustentável e sem fios que permita não só guardar como transmitir informação.

"No futuro", disse Rodrigo Martins à Lusa, "será possível abrir uma carta e ver e ouvir nela o remetente".

Noutro desenvolvimento, investigadores da FCT da Universidade Nova Lisboa e do Instituto Superior Técnico descobriram um novo material, a que chamaram gel iónico, que permitirá desenvolver pilhas e células de combustível mais baratas e mais amigas do ambiente.

"Nas pilhas, por exemplo, o gel iónico poderá funcionar como electrólito e como eléctrodo, e, dada a sua versatilidade, será possível construí-las em qualquer superfície, até também numa folha de papel, bastando para isso imprimir o electrólito e os dois eléctrodos", segundo disse à Lusa um dos autores do trabalho, Pedro Vidinha.

Noutros avanços científicos protagonizados por investigadores portugueses, Catarina Homem, que está a doutorar-se nos Estados Unidos, descobriu que um gene, chamado Diáfano (ou Dia) tem uma importante função reguladora na formação dos tecidos e poderá desempenhar um papel no cancro.

No campo das doenças tropicais, duas equipas de investigadores portugueses, juntamente com colegas de outros países, conseguiram isolar o agente infeccioso da úlcera de Buruli, uma doença muito grave emergente em países da África Central e Ocidental.

As duas equipas foram coordenadas por Jorge Pedrosa, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho, e Manuel Teixeira da Silva, do Grupo de Imunologia de Peixes e Vacinas do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto.

Na área do combate à tuberculose, outros investigadores do IBMC e colegas da Universidade de Coimbra caracterizaram a estrutura tridimensional de uma enzima considerada essencial para a sobrevivência do bacilo causador da doença, abrindo assim caminho ao desenvolvimento de novos antibióticos mais eficazes e seguros contra esta patologia.

Segundo a coordenadora da equipa, Sandra Ribeiro, a caracterização detalhada da molécula permite torná-la "um alvo plausível para uma futura intervenção terapêutica".

Noutros destaques, Cecília Arraiano, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa, tornou-se membro vitalício da Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO), que premiou Mónica Dias e Tiago Outeiro com fundos de 50 mil euros anuais durante três a cinco anos para prosseguirem as suas investigações, respectivamente para desvendar os segredos do centrossoma, uma estrutura que regula a multiplicação das células e está frequentemente alterada no cancro, e para aprofundar o estudo das basea moleculares e celulares das doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer.

CM.


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Enviado por: André em Janeiro 02, 2009, 03:49:20 pm
Investigadora portuguesa publica estudo na Science que visa melhorar os investimentos em conservação da natureza

Uma investigadora portuguesa publica na edição de hoje da revista Science um estudo que propõe uma melhor avaliação dos resultados dos investimentos em conservação da natureza, mais próxima da que é feita nas empresas.

"Presentemente, a maioria das organizações governamentais e não governamentais reporta apenas o acréscimo que houve em termos de áreas protegidas num determinado período de tempo", disse Sílvia Carvalho à Lusa a propósito deste trabalho, realizado na Austrália no seio de uma equipa internacional.

No entanto, "essa abordagem pode ser enganadora no sentido em que reporta apenas os benefícios, ou seja, o valor natural preservado, e não as perdas, isto é o valor natural perdido, mesmo que preservado, dentro e fora das áreas protegidas".

O estudo propõe "a utilização de duas medidas adicionais que irão ajudar a evidenciar os reais benefícios e perdas dos investimentos em conservação da natureza" - explica esta estudante de doutoramento inscrita na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Concretamente, os autores propõem avaliações tanto de ganhos como de perdas de um valor natural, como por exemplo um determinado tipo de vegetação com valor de conservação relativamente a um referencial histórico.

"Vamos imaginar que preservamos 10 hectares desse habitat num determinado momento e que 100 anos depois queremos avaliar que parte dessa área continua preservada e que parte foi destruída ou transformada noutra coisa", referiu a investigadora.

Enquanto uma das medidas propostas determina que parte do investimento não originou retorno, a outra permite fazer uma avaliação da taxa de alteração do valor natural entre dois períodos de tempo, comparando a taxa de benefícios face à taxa de perdas.

Relativamente a Portugal, onde na última década muito se investiu para consolidar a Rede Natura 2000, que integra vastas áreas do território e se ampliou a Rede Nacional de Áreas Protegidas, estas propostas poderiam ajudar a avaliar o retorno desses investimento em termos de valores naturais e biológicos.

"Que taxa de destruição de habitats havia antes da designação dos espaços como áreas de conservação? Essa taxa diminuiu? Aumentou? Em que estado se encontram as populações das espécies que lá ocorrem? Os números aumentaram? Diminuíram? Valeu a pena investir? Estamos a monitorizar de alguma forma o resultado do investimento?", interroga Sílvia Carvalho.

Ou, questiona ainda, "apesar da designação de áreas com interesse de conservação, empreendimentos turísticos estão a ser construídos, florestas naturais estão a ser convertidas em eucaliptais e os efectivos das espécies diminuíram ou até mesmo desapareceram?"

Na sua óptica pessoal, "as políticas de conservação não se têm confrontado com estas questões e tanto a União Europeia, que financia, como o cidadão comum, que contribui com os seus impostos, e a comunidade interessada na conservação da natureza têm interesse em saber se o investimento obteve retorno ou não".

O estudo agora publicado na Science - intitulado "True" Conservation Progress ("Verdadeiro" Progresso em Conservação) - resultou de um wokshop em que Sílvia Carvalho participou em Queensland, na Austrália, onde se deslocou por dois períodos, o primeiro de seis meses em 2007 e o segundo de quatro meses em 2008.

O doutoramento que a investigadora está a fazer tem por tema "Diversidade e Conservação dos Anfíbios e Répteis na Bacia Mediterrânica" e visa identificar áreas prioritárias para a conservação destas espécies recorrendo a metodologias inovadoras.

Sílvia Carvalho pertence à CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos), uma unidade de investigação no domínio do ambiente, ecologia e evolução com sede no Campus Agrário de Vairão da Universidade do Porto.

Este centro de investigação, único na sua área em Portugal, obteve a classificação de "excelente" numa recente avaliação das unidades de investigação e desenvolvimento do país feita por um painel internacional de peritos para a Fundação para a Ciência e a Tecnologia e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Lusa
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Enviado por: Chicken_Bone em Janeiro 07, 2009, 06:19:40 pm
http://diario.iol.pt/ambiente/energia-c ... -4070.html (http://diario.iol.pt/ambiente/energia-calor-da-terra-energia-geotermica/1029864-4070.html)

Projecto de aproveitamento do calor da terra vai avançar
Investigadores acreditam que dentro de três a cinco anos a energia geotérmica será uma realidade

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A Universidade de Coimbra e a empresa Geovita iniciam na próxima semana os trabalhos destinados à exploração de energia geotérmica, a partir do calor da terra, numa zona de fronteira dos distritos de Coimbra e Viseu, noticia a Lusa.

O contrato para a exploração dessa nova fonte de energia vai ser assinado quinta-feira entre a Geovita e o Ministério da Economia e Inovação, revelou à agência Lusa uma fonte da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

O contrato vai permitir que os trabalhos no terreno, numa área de 500 quilómetros quadrados incluída nos concelhos de Oliveira do Hospital, Santa Comba Dão e Mangualde «avance de imediato», prevendo um investimento mínimo de 1,1 milhões de euros nos próximos cinco anos.

Entretanto, a Direcção Geral de Energia e Geologia abriu concurso para atribuição de uma potência de 12 MW para esta fonte de energia, por entender que «pode vir a constituir uma componente alternativa com algum significado no sistema energético nacional».

Este projecto surgiu na sequência de um estudo científico realizado por uma equipa do Departamento de Ciências da Terra da FCTUC, onde se concluiu que esta nova forma de energia pode satisfazer as necessidades do país em energia eléctrica durante milhares de anos, com custos altamente competitivos relativamente aos combustíveis fósseis e a outras formas de energia renovável.

Segundo a mesma fonte da FCTUC, se tudo correr como o previsto, dentro de três a cinco anos, será uma realidade a produção de energia eléctrica através do calor da terra.

Luís Neves, que coordenou a investigação, sustenta que as características deste tipo de energia «são únicas, conferindo-lhe vantagens competitivas, quer em relação aos tradicionais combustíveis fósseis, quer em relação a outras formas de energia renovável».

Segundo o investigador, a produção de energia eléctrica a partir de combustíveis fósseis é limitada pela sua progressiva escassez, e cada vez mais desaconselhada pelos impactes ambientais, em especial pelo contributo para o aquecimento global do planeta. A energia nuclear apresenta problemas de segurança e de armazenamento dos resíduos radioactivos produzidos, enquanto as energias renováveis em exploração têm como principal limitação a forte dependência de factores meteorológicos.

A energia de origem geotérmica ¿ acentua ¿ «é um recurso virtualmente inesgotável, sem impactes ambientais e permite assegurar uma disponibilidade permanente de produção».
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Enviado por: comanche em Janeiro 13, 2009, 11:47:54 pm
ICBAS dá mais um passo no desenvolvimento de vacina contra a cárie dentária

 Laboratório de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) deu mais um importante passo na investigação que visa comercializar uma vacina contra a cárie dentária. Os estudos toxicológicos mais recentes realizados em ratos conseguiram comprovar que a utilização da vacina é completamente inócua, em termos de efeitos colaterais indesejáveis.


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Depois de ter registado a patente da vacina contra a cárie dentária em 2005, a equipa de investigadores do ICBAS, liderada por Paula Ferreira, tem continuado a desenvolver estudos, no sentido de perceber qual a melhor via da sua administração, de forma a imunizar contra a doença. A cárie dentária é uma das doenças infecciosas com maior incidência nos humanos, estando ainda associada a complicações médicas, como endocardites infecciosas.

No âmbito dos estudos realizados em ratos, os investigadores do Laboratório de Imunologia do ICBAS conseguiram isolar uma proteína produzida por um dos agentes etiológicos da cárie dentária, o Streptococcus sobrinus, que facilita o crescimento da bactéria no hospedeiro. Mais recentemente, foi produzida a proteína recombinante (mais segura ao eliminar potenciais agentes patogénicos) tendo-se verificado que esta tem também um efeito protector contra a cárie dentária, sem efeitos indesejáveis observados. Os resultados já foram aceites para publicação no prestigiado The Journal of Infectious Diseases.

Por enquanto, os responsáveis pelo estudo consideram prematuro avançar com testes clínicos em humanos, considerando que nesta fase seria importante testar a vacina contra a cárie dentária em macacos. De qualquer das formas, refere a líder da equipa de investigação Paula Ferreira, “os últimos resultados foram um grande avanço em termos científicos”.

Os estudos do Laboratório de Imunologia do ICBAS em ratinhos irão continuar, nomeadamente no que se refere ao efeito benéfico da transferência de imunidade de mães vacinadas contra a cárie dentária para os filhos.  
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Enviado por: comanche em Janeiro 17, 2009, 12:01:02 am
Ciência/Média: Carlos Vaz Marques (TSF) recebe Prémio "Jornalismo Científico"




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Porto, 16 Jan (Lusa) - O secretário de Estado da Investigação Científica, Manuel Heitor, afirmou hoje, no Porto que, a nível do do trabalho científico, salvaguardadas as diferenças de escala, Portugal já ultrapassou a Itália e iguala Espanha.

O secretário de Estado falava na sessão de encerramento da cerimónia de entrega ao jornalista Carlos Vaz Marques, da TSF, do Prémio "Jornalismo Científico" da Fundação Ilídio Pinho, vencedor da segunda edição deste galardão com o trabalho "Dari, primata como nós".

A sessão foi presidida por Manuel Heitos em substituição do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, retido à última hora em Lisboa para participar no Conselho de Ministros convocado de urgência para debater o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC).

O secretário de Estado sublinhou a importância deste facto e felicitou a Fundação Ilídio Pinho pela instituição deste prémio, que dá a conhecer aos portugueses as conquistas dos seus cientistas.

Pelo trabalho vencedor, "Dari, Primata como nós", que foi escolhido por unanimidade, Carlos Vaz Marques recebeu uma escultura em prata e um prémio pecuniário no valor de 50 mil euros.

As florestas do Sul da Guiné-Bissau servem de pano de fundo ao trabalho vencedor, uma reportagem de campo em que o jornalista acompanha, no terreno, uma investigação científica relativa à vida de um grupo de primatas (chimpanzés).

O repórter conta a história em voz própria, através de entrevistas aos participantes e recorre ao ambiente sonoro da selva africana, o que dá ao trabalho algum dramatismo, que entusiasma e "puxa" o ouvinte para dentro da acção.

Uma entrevista à cientista que lidera o projecto contextualiza e dá sentido e profundidade à reportagem, "mostrando que a vida comunitária de uma tribo de macacos na floresta da Guiné-Bissau e a sociedade humana têm muito mais em comum do que possa parecer".

"Tenho especial gosto por receber um prémio por este trabalho, porque ele provocou uma pequena revolução filosófica dentro de mim, porque mostra quão perto que nós, humanos, estamos desses seres que são os chimpanzés", afirmou o Carlos Vaz Marques, no discurso de agradecimento.

O júri decidiu, ainda, atribuir duas menções honrosas, no valor de 5.000 euros cada, às jornalistas Teresa Firmino com um trabalho jornalístico sobre a "Extensão da plataforma continental portuguesa", publicado no jornal Público, e Helena Mendonça com a série de artigos "Os nossos neurónios" publicados na Notícias Magazine, revista conjunta do Diário de Notícias e Jornal de Notícias.

"Plataforma continental portuguesa" é um dossier jornalístico constituído por três artigos publicados por Teresa Firmino, a 5 de Agosto de 2007, sobre a investigação que lançou as bases científicas para a reclamação - e obtenção - de jurisdição, por parte de Portugal, de uma zona para além das 200 milhas náuticas da plataforma continental nacional.

Quanto a "Os nossos neurónios", de Helena Mendonça, constitui um conjunto de 52 reportagens de duas páginas, publicadas semanalmente, ao domingo, durante 2007. Cada um dos trabalhos foca uma investigação científica distinta, fazendo simultaneamente um retrato pessoal do investigador e da investigação desenvolvida.

A análise e selecção dos trabalhos couberam a um júri de cinco elementos, presidido por Júlio Pedrosa, antigo reitor da Universidade do Porto e actual presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Na sua alocução, Júlio Pedrosa destacou a "grande qualidade da maioria dos trabalhos apresentados", assim como o progresso verificado, tanto no número de candidaturas, como na sua qualidade, relativamente ao ano anterior.

Faziam parte do júri o cientista Alexandre Quintanilha, professor catedrático no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), António Borges, presidente do OVERGEST - Centro de Especialização em Gestão e Finanças do Instituto Superior de Ciências do Trabalho a da Empresa (ICSTE), Fernando Cascais, director do Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (CENJOR) e o jornalista José Pimenta de França, vogal do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.

A Fundação Ilídio Pinho criou, em 2006, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas, o primeiro dos prémios ao mérito e à excelência na área do Jornalismo Científico, com um valor de 50 mil euros, sendo, de longe, o mais elevado prémio de jornalismo em Portugal e um dos mais elevados da Europa.

O Prémio Fundação Ilídio Pinho "Jornalismo Científico" tem como objectivo fundamental estimular, incentivar e reconhecer trabalhos jornalísticos em língua portuguesa para a área da ciência, privilegiando aqueles que favoreçam a ligação entre a investigação e a inovação e desenvolvimento empresarial, levada a cabo pelas Universidades e Centros de Investigação.

Na primeira edição do prémio, o vencedor foi José Milheiro, também jornalista da TSF, com o trabalho "Selecção de Esperanças".

Nessa edição, à qual concorreram 15 trabalhos, foram igualmente atribuídas duas menções honrosas, uma para Cármen Inácio, com a reportagem "Geração Cientista", emitido na RTP 2, e a outra para Teresa Florença, com o trabalho "À descoberta dos nanomateriais", publicado na revista do Diário de Notícias do Funchal.

À edição de 2007 concorreram 25 trabalhos, divulgados pela Rádio, Televisão e Imprensa, versando temas muito diversos, desde as Ciências da Vida, Saúde e Robótica, entre outras.

PF.

Lusa/Fim

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Enviado por: comanche em Janeiro 17, 2009, 12:31:13 am
IST é 4º contribuinte europeu na maior experiência de fusão do mundo


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Instituto Superior Técnico atingiu em 2008 o 4º lugar entre os vários participantes europeus nas campanhas experimentais do JET (Joint European Torus), a maior experiência mundial de Fusão Nuclear por confinamento magnético.



Este é o maior tokamak actualmente existente, ao qual Portugal também está associado, que permite atingir temperaturas superiores a 100 milhões de graus, iguais ou superiores às que se pensa existirem no centro do Sol.

Com um custo de total de 12000 milhões de Euros, e com uma duração de 35 anos, este projecto constitui o primeiro exemplo da globalização da Ciência e Tecnologia, uma vez que nele participam a EURATOM (constituída pelos Estados Membros da EU e pela Suiça), o Japão, os Estados Unidos da América, a Federação Russa, a Coreia do Sul, a China e a Índia.

O JET é a única experiência que actualmente pode operar com os combustíveis Deutério e Tritio que serão utilizados num futuro reactor de fusão, sendo também a experiência mais importante para preparar a exploração do futuro reactor experimental, o tokamak ITER (“International Thermonuclear Experimental Reactor”). Portugal participou nas fases de projecto e negociação do ITER e conta ter um envolvimento significativo de unidades de investigação e empresas na fase de construção.

O ITER é a próxima experiência de fusão nuclear, actualmente em fase de construção em Cadarache (França), com as seguintes missões: em primeiro lugar, deverá demonstrar a viabilidade científica e técnica da energia de fusão, e em segundo, testar a operação conjunta de todas as tecnologias necessárias para a operação de um reactor de fusão nuclear.

O Projecto JET é realizado no âmbito do “European Fusion Development Agreement” (EFDA), de que o IST é o sócio Português.

Mais informações em www.jet.efda.org (http://www.jet.efda.org).  
 
Actualizado em ( 16-Jan-2009 )  
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Enviado por: André em Janeiro 20, 2009, 12:30:43 pm
Tabaco: Descoberta sobre papilas abre caminho a tratamentos

A descoberta por investigadores portugueses e norte-americanos de receptores de nicotina nas papilas gustativas abre caminho a novas estratégias de tratamento do tabagismo, disse hoje à Lusa um dos seus autores.

Segundo Albino Oliveira-Maia, «a aplicação de antagonistas nicotínicos na língua, como meio de modulação dos efeitos periféricos da nicotina, poderá ser um adjuvante importante nessas estratégias».

Num estudo publicado segunda-feira na edição online da revista norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os cientistas descrevem duas vias do sabor que são activadas pela nicotina e a forma como essas vias são integradas em áreas de processamento sensorial no cérebro.

«Essas vias do sabor são vias neurais periféricas, ou seja, vias que estão fora do cérebro e que transmitem informação sensorial ao cérebro», explicou este investigador e médico que está a fazer pós-doutoramento nos Estados Unidos.

O consenso geral é que a nicotina se faz sentir principalmente por efeitos directos no cérebro, ao ser absorvida nos pulmões, entrar na corrente sanguínea e actuar em receptores nicotínicos existentes nos neurónios cerebrais.

O que agora se descobriu foi a existência de outras vias de reconhecimento da nicotina que provavelmente contribuem para a dependência.

O trabalho surgiu na sequência de estudos anteriores que apontavam para a relevância dos efeitos sensoriais do tabaco no processo de habituação, nomeadamente através da activação do sistema olfactivo ou da irritação das vias respiratórias.

De acordo com Oliveira-Maia, essa informação foi negligenciada, até que em 2007 foi publicado um artigo na revista Science, de que foi co-autora Hanna Damásio, segundo o qual uma lesão numa região do cérebro chamada ínsula facilita o abandono rápido e duradouro do tabagismo.

Esse trabalho foi inspirador para o estudo agora publicado na medida em que a convergência das vias do sabor numa mesma parte daquela área do cérebro «abria a hipótese de questões relacionadas com o sabor da nicotina estarem subjacentes a funções da ínsula no tabagismo», disse o cientista.

Na investigação, ratinhos de laboratório foram geneticamente modificados para que não tivessem a proteína TRPM5, responsável pelo reconhecimento de sabores amargos, como a nicotina ou o quinino.

Verificaram então que há uma via activada pela nicotina que depende da TRPM5 e que mesmo na ausência dessa proteína há respostas à nicotina.

Demonstraram a seguir que estas respostas são dependentes dos mesmos receptores nicotínicos que são responsáveis pelos efeitos directos da nicotina no cérebro.

Depois, ao fazerem testes comportamentais para medir a capacidade de os animais distinguirem a nicotina do quinino, observaram que a inibição dos receptores nicotínicos na língua diminui essa capacidade.

Os investigadores fizeram então registos neurofisiológicos na ínsula de outros ratos enquanto estes consumiam nicotina e quinino e constataram que a actividade dos neurónios naquela área também era capaz de distinguir entre as duas substâncias.

«Estes achados não contradizem, de forma nenhuma, a importância dos efeitos directos da nicotina no cérebro», sublinha Oliveira-Maia.

«No entanto, demonstram a existência de vias sensoriais através das quais a nicotina pode modificar a actividade do cérebro por acção periférica, neste caso nas papilas gustativas» - concluiu.

A equipa de investigadores sugere que o desenvolvimento de medicamentos para aplicar nos receptores bucais da nicotina de forma tópica poderá reduzir drasticamente os efeitos secundários dos tratamentos actuais.

Albino Oliveira-Maia, actualmente investigador pós-doutoral no Departamento de Neurobiologia da Universidade de Duke, fez este estudo como parte do doutoramento, que terminou em Novembro e que resultou de uma colaboração entre aquela instituição, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e o IBMC (Instituto de Biologia Molecular e Celular).

Lusa
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Enviado por: comanche em Janeiro 20, 2009, 11:50:13 pm
Investigadores do Porto explicam o porquê de regiões cerebrais serem mais susceptíveis a doenças neurodegenerativas


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Investigadores do Serviço de Farmacologia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto desenvolverem um estudo que explica porque é que algumas regiões do cérebro são mais susceptíveis à neurodegenerescência.

A investigação, da autoria de Jorge Oliveira e Jorge Gonçalves e publicada recentemente no Journal of Biological Chemistry, comprova que as células nervosas (neurónios e astrócitos) têm diferentes níveis de resistência a desordens neurológicas.
 


De acordo com os investigadores, esta descoberta científica permitirá compreender melhor as doenças neurodegenerativas, como a de Parkinson ou a de Huntington, por exemplo, identificar novos alvos terapêuticos e potenciar o desenvolvimento de fármacos neuroprotectores mais eficazes.

Os dois investigadores da Universidade do Porto centraram o seu estudo nas regiões cerebrais denominadas córtex e estriado, sabendo, à partida, que "esta última é particularmente vulnerável a patologias neurológicas, como a Doença de Huntington".

Com base nesta premissa, Jorge Oliveira e Jorge Gonçalves desenvolveram "um modelo experimental inovador de observação das alterações na funcionalidade das mitocôndrias (indispensáveis ao bom funcionamento celular) nas células nervosas, quando submetidas a estímulos neurotóxicos".

Segundo os investigadores, "o modelo é metodologicamente inovador porque, em traços gerais, permite avaliar em células vivas parâmetros que anteriormente exigiam a ruptura das células cerebrais e a extracção das mitocóndrias".

"Ao preservar a identidade e a integridade celular, o modelo possibilita o estudo das mitocôndrias no seu 'habitat' natural, o que constitui uma maior aproximação ao real funcionamento do cérebro", explicam em comunicado.
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Enviado por: comanche em Janeiro 20, 2009, 11:53:06 pm
Investigadores portugueses identificam defeito genético associado ao cancro hereditário do estômago
 



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Uma equipa de investigadores portugueses, em colaboração com colegas noutros países, identificou um novo defeito genético associado ao cancro hereditário do estômago que permitirá às famílias portadoras aceder a um diagnóstico precoce.

Num estudo a publicar pela revista Human Molecular Genetics, investigadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), liderados por Carla Oliveira, mostram pela primeira vez que algumas famílias com esta doença, mas sem diagnóstico genético, apresentam aquele defeito no gene da caderina-E.
 



Vários grupos de investigação já tinham encontrado alterações naquele gene, o único associado ao cancro hereditário do estômago, mas numa porção muito pequena. É que "o gene tem muitas outras porções que não fazem parte da proteína, mas servem de zonas de regulação", disse hoje à Lusa Carla Oliveira.

"Imagine que este gene é um cordão com dez chouriços", exemplificou. "Nós normalmente só pesquisamos nos doentes três desses chouriços, porque normalmente não aparecem alterações nos outros sete". Isso significa que havia 50 a 60 por cento das famílias que não tinham diagnóstico, apesar de terem cancros iguais, acrescentou.

Em Portugal, considerado um país com alta incidência, estão identificadas 80 famílias com a doença, que é fatal na maior parte dos casos. "O que o estudo quis fazer foi reunir as famílias negativas que havia entre colaboradores do mundo inteiro, o que abarcava famílias de baixa, média e alta incidência de cancro de estômago, reunir essas amostras todas num único trabalho e encontrar porções do gene para além desses 30 por cento que podem ser eliminados nos pacientes", explicou.

20 por cento das famílias com mutações

O objectivo era identificar famílias negativas para mutações dos 30 por cento de DNA que são correntemente estudadas e alargar esse estudo a outro tipo de alterações que cobrissem uma frequência maior do gene.

"O que temos feito até agora é o diagnóstico das mutações dos tais 30 por cento de gene, só que a percentagem de mutações desse gene em Portugal é mais baixa do que nos países de baixa incidência", assinalou. "Nós temos cerca de 20 por cento das famílias com mutações, enquanto em países de baixa incidência como os Estados Unidos e o Canadá a percentagem de mutações que encontramos é de 50".

O estudo envolveu instituições em Vancouver, Canadá, onde Carla Oliveira fez um pós-doutoramento, e também nos Estados Unidos, na Holanda, Itália, Reino Unido e Coreia do Sul. O objectivo, segundo a investigadora, foi "unir esforços com estudiosos deste problema em todo o mundo e ao mesmo tempo juntar equipas que ajudassem a analisar os resultados das análises".

Na sua perspectiva, as conclusões do estudo poderão traduzir-se imediatamente em diagnósticos precoces aos doentes com esta síndrome e na identificação de mais famílias afectadas, ajudando assim a definir critérios para a sua inclusão em consultas de aconselhamento genético.

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Enviado por: André em Janeiro 21, 2009, 02:56:27 pm
HPV: Portugal distinguido a nível europeu

Portugal foi hoje distinguido em Bruxelas pela Associação Europeia Contra o Cancro do Colo do Útero pelo trabalho desenvolvido na prevenção desta doença, tendo o Alentejo recebido um prémio pelo rastreio em curso na região.

A distinção e o prémio a Portugal, através do programa de rastreio, de base populacional, implementado pela Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARS Alentejo), surgiram na cimeira da Associação Europeia Contra o Cancro do Colo do Útero (ECCA), que decorre em Bruxelas, no Parlamento Europeu, no âmbito da III Semana de Prevenção da doença.

«A ECCA considerou que Portugal tem sido exemplar nos três níveis de prevenção, não só com uma excelente campanha de sensibilização, mas também atacando na prevenção primária, com a vacina, e na secundária, com o rastreio», explicou à agência Lusa fonte do Ministério da Saúde.

Na cimeira, acrescentou a mesma fonte, foi destacado o «tempo recorde» em que a vacina contra aquela doença, que mata uma mulher por dia em Portugal, foi incluída no Plano Nacional de Vacinação.

Quanto ao rastreio no Alentejo, em curso desde o início de 2008, recebeu um prémio da ECCA por ter sido considerado «o modelo mais fidedigno, que deve ser adoptado no resto de Portugal, assim como noutros países da Europa», disse a fonte do Ministério da Saúde.

Contactada pela Lusa, a presidente da ARS Alentejo, Rosa Matos, congratulou-se por este reconhecimento europeu, adiantando que o rastreio na região já abrangeu, num ano, cerca de 20 mil das 110 mil mulheres alentejanas entre os 30 e os 65 anos, tendo sido realizadas 17.400 citologias.

«Este é o único rastreio em Portugal que tem uma base populacional organizada, ou seja, queremos chamar, no período de três anos, todas as mulheres da região entre aquelas faixas etárias», disse.

Segundo Rosa Matos, em 300 das 20 mil mulheres rastreadas foram detectadas lesões, as quais foram tratadas, sendo que «nove desses casos» já eram «situações cancerígenas».

«O rastreio permitiu detectar 300 lesões, em estádios diferentes de evolução. Mas conseguimos tratar as mulheres e evitar casos mais graves, como a morte», sublinhou.

Em Portugal surgem diariamente «perto de três novos casos de cancro do colo do útero», realçou a presidente da ARS Alentejo, justificando a importância de a doença ser detectada precocemente, para possibilitar o tratamento.

«Se conseguirmos detectar e tratar estas situações a tempo, conseguimos evitar a morte da mulher», assegurou, satisfeita pela campanha de sensibilização para a prevenção e o rastreio realizada na região: «Tem sido boa, mas temos de continuar porque não é fácil».

Para Rosa Mato, o prémio da ECCA é uma «vitória das mulheres alentejanas», sobretudo das «20 mil que já foram rastreadas».

«Elas é que devem estar orgulhosas porque é para as mulheres alentejanas que estamos a trabalhar», afirmou.

A fonte do Ministério da Saúde contactada pela Lusa explicou que está em curso o alargamento a todo o país do tipo de rastreio realizado no Alentejo.

«A região Centro tem, há vários anos, um rastreio que ainda não tem este nível de desenvolvimento técnico, mas vai ser adaptado, e o Norte arrancou em Dezembro com um rastreio-piloto, já alargado a mais centros de Saúde», disse, acrescentando que em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve estão «para arrancar» iniciativas do género.

O programa de rastreio do Alentejo envolve os 44 centros de Saúde e as três Unidades de Saúde Familiar da região, assim como o Departamento de Patologia (Anatomia Patológica) do Hospital do Espírito Santo de Évora (que analisa todas as amostras recolhidas) e as consultas de ginecologia dos Hospitais de Portalegre, Évora e Beja.

O rastreio, alinhado com as prioridades dos Planos Nacional e Regional de Saúde, tem como missão principal diminuir a incidência e mortalidade do cancro do colo do útero no Alentejo, promover o tratamento atempado, aumentar a sobrevivência das mulheres diagnosticadas com a doença e fazer o diagnóstico precoce a todas as mulheres assintomáticas.

Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 21, 2009, 04:50:37 pm
Universidade do Minho patenteia invento de Raios-X que tem aplicação em radiografia dental

A Universidade do Minho obteve a concessão de uma patente relativa a uma matriz de imagem de Raios-X com guias de luz e sensores de pixel inteligentes, apropriada para radiografia dental, revelou hoje à Lusa fonte da instituição.

O Gabinete da Reitoria adiantou que o invento pertence aos professores Gerardo Rocha e Senentxu Lanceros-Méndez, dos Departamentos de Electrónica Industrial e Física.

Segundo os dois investigadores, "este sistema de imagem de Raios-X digital, particularmente apropriado para radiografia dental, proporciona excelente portabilidade, alta resolução espacial, sensibilidade melhorada e significativa redução da dose de operação".

Conduz ainda, segundo frisaram, "à redução dos custos de produção, quando comparados com dispositivos similares disponíveis no mercado".

A patente, concedida a 08 de Janeiro pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), protege um sistema de diagnóstico radiográfico avançado, baseado numa combinação inovadora de detectores CMOS ("Complementary Metal Oxide Semiconductor"), electrónica de leitura para cada pixel, transferência de dados para o computador e cintiladores embebidos em camadas reflectivas, que formam guias de luz".

O mesmo conceito pode ser também aplicado em outro tipo de painéis, com o objectivo de substituir outros processos de imagem de Raios-X.

O INPI permitiu, através do Programa de Sistemas de Incentivos à Utilização da Propriedade Industrial (SIUPI), o desenvolvimento de um protótipo já próximo das necessidades do mercado, de forma a reduzir o risco na transferência desta tecnologia para um contexto industrial.

Tal apoio, sustenta a fonte universitária, "acelera a identificação de parceiros para a sua exploração, actividade na qual a TecMinho/Associação Universidade/Empresa apoia a Universidade do Minho no âmbito da sua missão de apoio à valorização do conhecimento gerado na instituição".

Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 22, 2009, 06:56:02 pm
Portugal sobe 5 lugares no ranking europeu da inovação

Os dados do «European Innovation Scoreboard 2008», divulgados hoje pela Comissão Europeia, mostram que Portugal subiu cinco lugares no ranking europeu da inovação, passando da 22ª posição, que ocupou em 2006 e em 2007, para o 17º lugar.

Os dados do «European Innovation Scoreboard 2008», divulgados hoje pela Comissão Europeia, mostram que Portugal subiu cinco lugares no ranking europeu da inovação, passando da 22ª posição, que ocupou em 2006 e em 2007, para o 17º lugar.

Esta subida posiciona Portugal no grupo dos países «Moderate Innovators» (moderadamente inovadores), quando em 2007 e em 2006 era considerado um país em «Catching-up», ou seja que se esforçava para ser inovador.

Na apresentação destes resultados, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, referiu que «este resultado é importante para Portugal e mostra a acção positiva do Plano Tecnológico em áreas decisivas para o futuro e para a economia do país», acrescentando que «Portugal está em convergência com os padrões europeus mais avançados».

O ministro adiantou ainda que, para este resultado, «contribuiu a evolução positiva da subida dos indicadores de qualificação dos recursos humanos e a melhoria dos indicadores da inovação».

Por seu turno, Carlos Zorrinho, coordenador do Plano Tecnológico, considerou que «é fundamental para Portugal estar a convergir, no que se refere à inovação, com a média europeia, sendo que nos dados hoje divulgados Portugal convergiu 4,9 por cento em relação aos países mais inovadores, enquanto que a média europeia de convergência se situou nos 4,2 por cento».

«Estes resultados não aparecem por acaso, são, sim, resultado de um conjunto de politicas públicas no contexto do Plano Tecnológico, como o programa Novas Oportunidades, o Simplex, o Compromisso para a Ciência, os programas e-escola e e-escolinha, e o Programa Factores de Competitividade», adiantou Carlos Zorrinho.

Também presente na apresentação destes resultados, Artur Santos Silva, presidente da COTEC, referiu que «os números agora divulgados devem ser valorizados, uma vez que são a confirmação dos avanços e das transformações que têm ocorrido em Portugal na última década, principalmente a nível empresarial».

Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 30, 2009, 12:12:02 pm
Universidade do Minho lança serviço para planear rotas para robôs

O Centro de Computação Gráfica (CCG) da Universidade do Minho lança sábado, a nível mundial, um serviço inovador, o «Concave Hull», que permite o planeamento de rotas para robôs de busca e salvamento, disse fonte do organismo.
O seu responsável, Eduardo Pinto, adiantou à Lusa que a nova tecnologia, transversal a várias aplicações, despertou o interesse de entidades como a «NASA Johnson Space Center», dos Estados Unidos, a Universidade de Sydney, Austrália e as firmas «Rand McNally» (mapas), e «Alcatel-Lucent», de França.

O lançamento ocorre no âmbito da inauguração do edifício do Centro de Computação Gráfica (CGC) que decorre no Campus de Azurém da Universidade do Minho, em Guimarães e que será presidido pelo secretário de Estado da Ciência.

Eduardo Pinto revelou que o «Concave Hull» pode também fazer a análise geográfica da proximidade de alunos a escolas, entre outras aplicações.

«Quando integrada em sistemas de informação geográfica, determina o contorno de quintas agrícolas e de rios ou, se integrada em sistemas de análise de imagem, detecta a delimitação da área ocupada por espécies protegidas (plantas) ou até mesmo a superfície exterior de ossos», referiu.

O responsável sublinhou ainda que o processo de registo de patente internacional está já em curso.

Lusa
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Enviado por: comanche em Fevereiro 01, 2009, 04:07:46 pm
Inovação: Portugal tem três novos projectos aprovados na EUREKA

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Sines, Setúbal, 30 Jan (Lusa) - Portugal viu esta semana aprovados três novos projectos no âmbito da EUREKA, que terminou hoje em Sines, um deles na área da água e os outros dois relacionados com a agricultura, divulgou hoje a organização.

A EUREKA (Network for Market Oriented R&D) é uma iniciativa intergovernamental de apoio à inovação europeia e tem como principal objectivo estimular a produtividade e a competitividade da indústria europeia, promovendo a ligação entre empresas e instituições de investigação.

Sines acolheu, ao longo desta semana, a segunda reunião de trabalho da presidência portuguesa da EUREKA, reunindo cerca de 150 delegados dos 38 países europeus e organizada pela Agência da Inovação (AdI), com o apoio da Câmara Municipal.

"Portugal faz um balanço muito positivo da participação das empresas nacionais na iniciativa, que conta já com 14 projectos de investigação e desenvolvimento com participação portuguesa", revelou hoje a AdI.

Os projectos das empresas nacionais incidem sobre várias áreas como as Tecnologias de Informação e Comunicação, Transportes, Tecnologia Médica e Biotecnologia, Novos Materiais, Robótica e Produção de Automatismos e Ambiente.

Segundo a AdI, estas iniciativas "oferecem uma clara visão do crescente investimento que as empresas nacionais estão a realizar na área de I&D com perspectivas de mercado a nível europeu e mundial".

Destes 14 projectos, três foram aprovados na reunião de Sines, um deles relacionado com a alimentação de suínos, de forma a maximizar as suas qualidades, num investimento de 2,44 milhões de euros, a desenvolver conjuntamente com Espanha, cuja contribuição será de 65 por cento, a que se junta a portuguesa de 35 por cento.

Os outros dois projectos saldam-se na inclusão de Portugal em duas redes, uma das quais pretende a implementação de um "cluster" da água, com outros países parceiros, com um investimento superior a mil milhões de euros, e a outra refere-se ao sector agro-alimentar.

O objectivo deste último projecto, que envolve 14 países, é fortalecer a competitividade do sector agro-alimentar, desenvolvendo produtos e processos inovadores, assim como novas tecnologias.

Durante a reunião, foi ainda apresentado como caso de sucesso na implementação da inovação e tecnologia no sector agro-alimentar, um projecto de controlo de pragas no arroz para consumo, sem recurso a químicos, desenvolvido, entre 2002 e 2008, pelo Instituto de Investigação Científica Tropical.

O objectivo principal da reunião de Sines, como explicou hoje a AdI, foi estabelecer parcerias internacionais de inovação, envolvendo companhias, fornecedores, organizações de investigação e desenvolvimento e clientes.

Portugal preside à iniciativa EUREKA até Junho, fazendo ainda parte do calendário dois outros encontros: Ponta Delgada, de 30 de Março a 03 de Abril, e Lisboa, de 15 a 18 de Junho.

AYN/RRL/JMG/JS/EA.

Lusa/Fim

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Enviado por: comanche em Fevereiro 01, 2009, 04:17:55 pm
Cancro: Investigador português identifica mecanismo de formação dos miomas


Nuno Raimundo encontrou o mecanismo molecular de formação de tumores benignos do músculo liso do útero. O estudo é divulgado hoje na edição online da revista científica Oncogene e poderá ser um novo alvo para tratamentos sem cirurgia.


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Um investigador português identificou um mecanismo molecular de formação de tumores benignos do músculo liso do útero, conhecidos por miomas, definindo assim um novo alvo para tratamentos que evitariam cirurgias e complexas consequências pós-operatórias.

Este avanço científico consta de um estudo de uma equipa internacional de que é primeiro autor Nuno Raimundo, estudante de doutoramento na Universidade de Helsínquia (Finlândia), e que acaba de ser divulgado na edição online da Oncogene, a revista do grupo Nature especializada em cancro.

"Estes tumores são geralmente benignos, mas causam problemas terríveis às mulheres, como perdas de sangue, dores e infertilidade, e na maior parte dos casos levam a que as pacientes sejam submetidas a histerectomias (remoção do útero)", disse o investigador à Lusa que, neste momento, trabalha já como cientista na Universidade de Yale, Estados Unidos.

O estudo foi realizado em Helsínquia num laboratório que trabalha com doenças mitocondriais, ou seja, causadas por defeitos nos mitocôndrios e que resultam em deficiente produção de energia metabólica.

No caso específico dos miomas existe um defeito numa proteína mitocondrial (a fumarase, ou FH), que impede as células de respirar com a eficiência necessária.

Nos casos mais graves (em que as duas cópias do gene FH, uma herdada da mãe e outra do pai, estão ambas mutadas) as doentes morrem muito novos (1-2 anos de idade), sendo que nos casos em que só uma cópia está mutada há uma elevadíssima predisposição para o desenvolvimento de tumores, em particular do músculo liso no útero e na pele, mas também de cancro do rim, ovário e testículo, entre outros menos comuns.

"Por esta razão", explicou, "o FH funciona como um gene supressor de tumor, já que o suprime quando há uma cópia do gene normal e lhe dá origem quando a cópia normal se perde".

O trabalho de Nuno Raimundo consistiu em identificar mecanismos de ligação entre os defeitos no FH e a formação de tumores, tendo para isso utilizado células com esses defeitos e recorrido a tecnologia de microchips para medir os níveis de expressão de todos os genes dentro das células.

"O que encontrei foi uma rede de genes associada à proteína SRF (Factor de Resposta ao Soro) que estava sempre reprimida nas células em que o FH não funcionava e constatei não só que isso se passava em miomas, em comparação com o útero normal, mas sobretudo que essa rede é fundamental para a formação do músculo liso maduro", afirmou.

O que resulta do estudo, sublinhou, "é que quando o FH não funciona, as células que dão origem ao músculo liso, em vez de se diferenciarem em células do músculo e pararem de se dividir, continuam a proliferar, levando à formação de miomas".

Na sua perspectiva, a identificação da rede de genes associados ao SRF identifica um alvo claro para possíveis novas abordagens terapêuticas.

"Como menos SRF está associado à formação de tumores, manipulando as vias de sinalização dentro da célula que podem aumentá-lo poderá resultar na prevenção da formação de miomas e, possivelmente, na remissão dos miomas já formados", concluiu.

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Enviado por: comanche em Fevereiro 01, 2009, 04:37:09 pm
Projecto português de controlo de pragas no arroz alargado a outros países

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Um projecto de controlo de pragas no arroz para consumo, sem recurso a químicos, que Portugal desenvolve desde 2002, vai ser alargado a outros cereais, tendo instituições de investigação de 14 países mostrado já interesse em participar.

A intenção de desenvolver um novo projecto, abrangendo outros cereais, foi revelada à agência Lusa por Maria Otília Carvalho, do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), à margem da reunião da presidência portuguesa da Eureka, iniciativa intergovernamental de apoio à inovação europeia, que decorre em Sines.

"Vou tentar fazer um novo projecto [no âmbito da Eureka], alargando-o a outros cereais. Já temos 14 países interessados, com instituições que querem fazer parte, apesar da proposta ainda não estar acabada", disse.

Segundo Maria Otília Carvalho, entre os interessados estão as universidades norte-americanas do "Kansas e do Oklahoma e dois institutos de investigação do Canadá", assim como outras "instituições de França, Dinamarca e Inglaterra", entre outros países. A SEAR - Sociedade Europeia de Arroz, instalada em Santiago do Cacém, foi a primeira instituição portuguesa que se lançou no projecto do IICT.

Entretanto, outras entidades nacionais começaram a utilizar destes métodos, como a Aparroz - Agrupamento de Produtores de Arroz de Vale do Sado, de Alcácer do Sal, ou a empresa Saludães. Desde que foi integrado na iniciativa Eureka, em 2006, Portugal passou a desenvolver o projecto em conjunto com a Alemanha, Espanha, Itália, Grécia, Israel e EUA.

Desde 2002

 
Projecto de arroz para consumo, sem recurso a químicos, tem sete anos
O projecto de controlo de pragas no arroz para consumo, sem recurso a químicos, que foi desenvolvido desde 2002 e terminou este mês, foi apresentado, na reunião da Eureka, como um exemplo de sucesso na implementação da inovação e tecnologia no sector agro-alimentar.

Uma das metodologias desenvolvidas e implementadas pelo IICT foi a utilização de "big bags (sacos grandes) herméticos", que "pesam uma tonelada", mas que Maria Otília Carvalho garantiu serem "um método muito simples e eficaz" no controlo de pragas no arroz. Nestes "big bags", explicou, reutiliza-se dióxido de carbono, que o cereal "respira" e que permite "criar vácuo", mantendo a "qualidade do arroz", antes de ir para o processamento ou para o embalamento.

A prevenção, mantendo os níveis de higiene do arroz, é também uma forma de controlo que não é nociva para o ambiente, referiu. O objectivo das metodologias no projecto passa também por "reduzir o erro de tratar [com químicos] quando nem é necessário", antes do arroz ir para o mercado, explicou Maria Otília Carvalho.

A Eureka (Network for Market Oriented R&D) tem como principal objectivo estimular a produtividade e a competitividade da indústria europeia, promovendo a ligação entre empresas e instituições de investigação.

A segunda reunião de trabalho da presidência portuguesa da Eureka decorre em Sines até sexta-feira reunindo 150 delegados dos 38 países europeus, com o objectivo de incentivar a promoção de novos projectos de investigação no sector empresarial.



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Enviado por: André em Fevereiro 02, 2009, 05:29:51 pm
Investigadora portuguesa descobriu anticorpos que podem originar novo tratamento mais eficaz

Um trabalho realizado pela investigadora portuguesa Sílvia Vilarinho deu origem a estudos em amostras humanas de doentes infectados pelo vírus da Hepatite B, que podem culminar num novo medicamento contra esta doença que afecta 400 milhões de pessoas.

No quadro da tese de doutoramento, realizada no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), da Universidade do Porto, a investigadora demonstrou que a Hepatite B pode ser prevenida pela administração endovenosa de um determinado anticorpo.

"Esta investigação, efectuada num modelo animal, esteve na origem de outros estudos, já iniciados, em amostras humanas de indivíduos infectados pelo vírus da Hepatite B", refere uma nota de imprensa do ICBAS, hoje enviada à Lusa.

Nesse sentido, o ICBAS admite que o trabalho desenvolvido pela investigadora portuguesa pode vir a originar um novo tipo de tratamento para a Hepatite B, que afecta cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo.

Esta questão assume especial importância atendendo a que, apesar de existir uma vacina eficaz há mais de 20 anos, todos os anos registam-se mais de um milhão de mortes em todo o mundo associadas a complicações resultantes desta infecção crónica.

A novidade da investigação realizada por Sílvia Vilarinho resulta da identificação de um mecanismo pelo qual determinadas células conseguem provocar a morte daquelas que estão infectadas.

Desta forma, abre-se a possibilidade de uma nova estratégia terapêutica para os doentes infectados pela Hepatite B.
"Apesar do vírus da hepatite B não ser maléfico para a célula infectada, a resposta imunitária do organismo contra essa infecção conduz ao mau funcionamento do fígado. A descoberta de Sílvia Vilarinho permitiu tratar ratinhos infectados com a administração endovenosa de um anticorpo que previne a lesão hepática", salienta o comunicado do ICBAS.

Segundo destaca, a prevenção da lesão hepática e, consequentemente, do mau funcionamento do fígado deve-se ao facto das células do sistema imunitário residentes neste órgão serem capazes de reconhecer as células infectadas.

Na sequência destes estudos em animais, já tiveram início as investigações em amostras humanas, além de ter sido registada a patente do anticorpo utilizado.

Sílvia Vilarinho, licenciada em Medicina pela Universidade do Porto, completou a tese de doutoramento no ICBAS e encontra-se actualmente a trabalhar na Universidade da Califórnia S. Francisco, nos EUA, considera a segunda mais importante norte-americana na área das ciências biomédicas, apenas ultrapassada pela de Harvard.

Lusa
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Enviado por: comanche em Fevereiro 03, 2009, 08:06:12 pm
INESC Porto contratado para prever apagões nos EUA

Governo norte-americano reforça aposta nas Energias Renováveis


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O Departamento de Energia do Governo norte-americano aprova a selecção do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC) para minimizar os potenciais riscos da crescente dependência dos Estados Unidos da América (EUA) relativamente às energias renováveis: apagões (blackouts).

Apesar da posição incipiente no contexto internacional, é nos EUA que se regista o ritmo mais acelerado no desenvolvimento de energia eólica de todo o mundo e o Argonne National Laboratory (ANL) – da rede de laboratórios do Department of Energy (DoE) do Governo norte-americano – contratou o INESC Porto para desenvolver uma plataforma de previsão de potência eólica.
 


Este projecto encontra-se inserido no âmbito de um programa que financia vários laboratórios nacionais americanos, para o desenvolvimento das capacidades em matéria de energias renováveis, especialmente eólica.

A plataforma de previsão que o INESC se propõe a desenvolver inclui ainda uma metodologia de ajuda à decisão dos operadores de rede que poderá baixar os custos de produção de energia eólica. O projecto arrancou em Dezembro último, prolongando-se até Setembro de 2010.

Uma falha de vento não esperada pode conduzir a apagões (blackouts). Estes são alguns dos problemas que muitas regiões dos Estados Unidos podem vir a enfrentar a curto e médio prazo, na sequência da crescente dependência de energias renováveis, particularmente da energia eólica.

Previsão até três dias

O projecto vai permitir prever com grande precisão a produção de energia eólica num horizonte temporal que pode ir até três dias. Com o clima que oscila entre o temperado e o subtropical e dada a geografia local, os erros na previsão do vento “podem ter consequências mais graves nos EUA do que em qualquer país europeu”, explica Vladimiro Miranda, director do INESC Porto e coordenador do projecto.

Vladimiro Miranda detém a categoria de Fellow do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), o grau máximo dessa instituição americana de ciência e engenharia electrotécnica de referência mundial.

 
Os apagões são comuns nos EUA
Espera-se ainda que a previsão mais exacta da quantidade de vento numa dada localização venha a ter um impacto considerável na indústria de electricidade norte-americana, permitindo baixar o preço da energia eólica nos Estados Unidos. A Horizon Wind Energy, empresa do grupo EDP cuja presença nos EUA é cada vez mais forte, foi convidada pelo ANL para ser observador e potencial fornecedor de dados reais.

Com 15 anos de experiência

A presença de especialistas europeus no projecto foi considerada como um elemento valorativo essencial que permitiu ao ANL ver a sua proposta aprovada. O INESC Porto pode apresentar no seu currículo mais de 15 anos de experiência, desde projectos em ilhas na Grécia, como Creta, até aos Açores, passando por projectos europeus em redes com geração eólica. Em Portugal, está em fase terminal um projecto para um consórcio de empresas, onde se inclui a Enernova, da EDP Renováveis, constituindo um centro de despacho de energia eólica em que o INESC Porto teve papel central no seu desenvolvimento.

O instituto portuense tem agido nos últimos anos como consultor, na Península Ibérica, das empresas de transporte de energia REN – Redes Energéticas Nacionais e REE – Red Eléctrica de España, para a determinação da segurança de abastecimento até 2025 face à grande penetração de eólica. Mais recentemente, o INESC Porto tem estado a colaborar com o regulador da Hungria na definição da penetração eólica naquele país.
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Enviado por: comanche em Fevereiro 03, 2009, 08:12:11 pm
IST ganha 2,5 milhões de horas no maior supercomputador Europeu


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Uma equipa de investigação do Instituto Superior Técnico (IST) é responsável por um dos projectos científicos seleccionados no concurso mais recente da Distributed European Infrastructure for Supercomputing Applications (DEISA), a rede de supercomputadores da União Europeia, e que inclui 10 supercomputadores no TOP 100.

No concurso de 2009 da DEISA Extreme Computing Initiative (DECI), aberto a todas as áreas científicas e a todos os investigadores europeus, foram distribuídas 49 milhões de horas de processamento por 42 projectos, tendo a equipa do IST recebido 2,5 milhões de horas de processamento no maior supercomputador europeu, o JUGene (11 na lista do TOP 500 dos supercomputadores), um IBM BlueGene, com cerca de 65 mil processadores, instalado em Julich na Alemanha.
 


O número de horas de computação atribuídas ao projecto liderado pela equipa do IST, desenvolvido em colaboração com o Rutherford Appleton Laboratory (Reino Unido) e a Universidade da Califórnia Los Angeles (EUA), é equivalente ao número total de horas disponíveis durante um ano de operação contínua do Cluster do IST, um dos maiores e mais potentes computadores instalados em Portugal. O valor estimado do tempo de computação atribuído é de 100 mil euros.

"Os projectos são seleccionados pelo seu potencial de alcançarem resultados científicos excepcionais em domínios de fronteira e que, ao lhes serem atribuídos recursos computacionais dedicados, poderão explorar novos limites e regimes com um detalhe e precisão até aqui impossíveis", segundo afirmou a DEISA

Aceleradores de partículas

O projecto a desenvolver pela equipa do IST pretende determinar os regimes optimizados de operação dos novos aceleradores de partículas baseados em lasers intensos.

Estes novos aceleradores têm o potencial para dar origem a uma nova geração de fontes de partículas e de luz, compactas e com custos reduzidos, que são cruciais em muitas áreas da medicina, biologia e ciências dos materiais, com aplicações que vão do tratamento do cancro até à imagiologia "in vivo" de vírus.

"O acesso a meios computacionais de grande dimensão é crítico para a competitividade em muitas áreas científicas, tecnológicas e industriais" afirma Luís Oliveira e Silva, investigador principal do projecto, que acrescenta: "Estas iniciativas estão a criar na Europa a comunidade, o know-how e as infra-estruturas para responder a problemas centrais em vários domínios e complementa o portfolio dos recursos computacionais a que a minha equipa tem acesso em todo o Mundo."

A equipa do IST utiliza regularmente, para além dos recursos locais no IST, os supercomputadores Franklin (#7 no TOP500) e Interpid (5 no TOP500), no âmbito da sua colaboração com a Universidade da Califórnia Los Angeles. Estes investigadores pertencem ao Grupo de Lasers e Plasmas do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST.
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Enviado por: comanche em Fevereiro 03, 2009, 08:26:41 pm
Têxteis: Têxteis técnicos facturam 430 milhões de euros - ATP



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Famalicão, 03 Fev (Lusa) - A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal está na Alemanha a mostrar os "têxteis inteligentes" que as empresas portuguesas conceberam e produzem, disse hoje, à Lusa, fonte ligada ao sector.

"O futuro da indústria têxtil em Portugal passa, necessariamente, pelos têxteis técnicos", salientou Paulo Vaz, director-geral da ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal.

Segundo Paulo Vaz, "não é uma indústria para operários indiferenciados mas para pessoas com formação especializada".

"Para muitas empresas do sector têxtil é a única forma de reagir á crise", sustentou.

Os números da ATP apontam para uma facturação na ordem dos 430 milhões de euros só em produtos que, embora sejam têxteis, são usados nas mais diversas áreas.

"Em 2013, o valor de facturação deverá ser o dobro do actual", disse.

Cordas, redes, coletes, tecidos antifogo e antibacterianos são alguns dos produtos que Portugal já exporta.

Em Munique, na Ispo Winter 09, a maior feira mundial de desporto que termina quarta-feira, os têxteis portugueses estão em destaque.

Entre os "têxteis inteligentes", dispostos por seis stands representando outras tantas empresas, a ATP decidiu apostar na divulgação de novos produtos.

Coletes que monitorizam o batimento cardíaco, fatos de isolamento térmico, malhas repelentes de água e de mosquitos, fios termor-reguladores e antibacterianos são alguns dos têxteis apresentados.

"A indústria portuguesa é reconhecida no estrangeiro não só pela qualidade mas também pela inovação e pelo elevado desenvolvimento técnico", salientou Paulo Vaz.

A Biodevices, uma spin-off da Universidade de Aveiro, é responsável pelo desenvolvimento do colete Vital Jacket, que permite uma medição contínua de ECG com alta definição e durante várias horas.

Os batimentos cardíacos de quem veste o Vital Jacket são miniaturizados e podem ser acedidos on-line através de um PDA.

Especialista em malhas, a empresa Sampaio e Filhos, levou para Munique dois tipos de produtos.

Uma gama de malhas com acabamentos funcionais que conferem propriedades antibacterianas, anti-raios ultravioleta e repelentes à água e a insectos.

A gama Pure Life, voltada para a sustentabilidade ambiental, incorpora algodão orgânico e reciclado, e fibras de soja, bambu e de proteínas de leite.

Em parceria com a Shoeller-wool-yarns, a empresa portuguesa LMA, criou uma colecção de roupa interior de neve para apresentar na Alemanha.

"São malhas com propriedades termo-reguladoras, antialérgicas, repelentes de odores e retardadoras de chamas", disse à Lusa fonte da LMA.

O conceito de "comércio justo", onde o algodão é comprado directamente aos produtores e pago a um preço "justo", está a ser dinamizado pela empresa Tearfil.

A têxtil junta algodão de comércio justo com algodão orgânico, transformando-os em tecidos que não irritam a pele e com propriedades antibacterianas.

"A solução para a crise do sector têxtil passa pela criação de produtos inovadores e com qualidades e competências únicas no mercado internacional", finalizou Paulo Vaz.

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Enviado por: nelson38899 em Fevereiro 04, 2009, 09:42:59 am
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Inesc vai desenvolver modelo de previsão de potência eólica para os EUA

O departamento de Energia do Governo norte-americano (DoE) convidou o INESC Porto a desenvolver uma nova e melhor plataforma de previsão de potência eólica. O projecto vai permitir prever com grande precisão e menor margem de erro a produção de energia eólica num horizonte temporal que pode ir até três dias.

O modelo encomendado pelo ANL – Argonne National Laboratory, da rede de Laboratórios do DoE estará concluído até Setembro de 2010 e quer reduzir a actual margem de erro das previsões que ronda os 20 por cento para cerca de 15 por cento, segundo explicou Vladimiro Miranda, director do INESC e coordenador deste projecto. Trata-se de uma ferramenta que poderá “minimizar os potenciais riscos da crescente dependência dos EUA relativamente às energias renováveis: apagões/blackouts”.

“O trabalho que vamos desenvolver vai adicionar novidades aos modelos que temos hoje. O que nos comprometemos a fazer para o ANL foi um modelo diferente e mais inteligente. Algo diferente e melhor do que existe”, conta o director do INESC, adiantando que as actuais ferramentas de previsão permitem já uma antecipação de três dias. O desafio agora é reduzir a margem de erro e fazer um upgrade destes instrumentos. Até ao final deste ano o INESC vai desenvolver um protótipo e avançar para testes comparativos com dados reais.

Com o clima que oscila entre o temperado e o subtropical e dada a geografia local, os erros na previsão do vento “podem ter consequências mais graves nos EUA do que em qualquer país europeu”, explica Vladimiro Miranda. Assim, o modelo concebido pela equipa de investigadores portugueses será usado no instável território norte-americano para prevenir eventuais cortes de energia. “A prevenção tem a ver com a necessidade de fazer previsão com precisão”, nota Vladimiro Miranda. O coordenador do projecto sublinha que este planeamento é mais importante nos EUA onde não existe a alternativa hidroeléctrica (como existe na Península Ibérica, por exemplo) e onde em caso de urgência devido a uma falha de energia eólica uma central térmica pode ser activada em algumas horas e uma nuclear pode demorar dias.

“Espera-se ainda que a previsão mais exacta da quantidade de vento numa dada localização venha a ter um impacto considerável na indústria de electricidade norte-americana, permitindo baixar o preço da energia eólica nos Estados Unidos. A Horizon Wind Energy, empresa do grupo EDP cuja presença nos EUA é cada vez mais forte, foi convidada pelo ANL - Argonne National Laboratory – para ser observador e potencial fornecedor de dados reais”, acrescenta uma nota de imprensa do INESC.

Uma em cada dez horas de energia vem do vento

Apesar da posição incipiente no contexto internacional com uma percentagem de produção de apenas um por cento, é nos EUA que se regista o ritmo mais acelerado no desenvolvimento de energia eólica de todo o mundo. Portugal já é um dos lideres nesta área, ocupando o terceiro lugar (atrás da Dinamarca e da Espanha) no ranking mundial da energia eólica com uma produção que já ronda os 10 por cento. “O que quer dizer que uma em cada dez horas de energia que gastamos vem do vento”, explica Vladimiro Miranda, adiantando que o INESC colabora também num projecto para garantir a segurança de abastecimento na Península Ibérica até 2025.

Porém, apesar de apenas reservar um por cento da produção de energia para a força do vento, os EUA tem já mais capacidade instalada do que Portugal em termos de volume absoluto. E esta aposta nas energias renováveis não deverá abrandar nos próximos tempos. “No último ano de mandato de Bush já se sentia uma aposta neste sector e já se ouve a notícia que a nova administração de Obama vai fazer um reforço”, refere o coordenador do projecto do INESC.

Assim, Portugal vai exportar para os EUA algum do conhecimento adquirido nesta área. “No campo da energia eólica a Europa está cerca de dez ou doze anos mais avançada que os EUA”, sublinha Vladimiro Miranda.
publico.
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Enviado por: comanche em Fevereiro 06, 2009, 12:03:05 am
Ciência: Portugueses desvendam mecanismo de silenciamento de genes nos grãos de pólen

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Lisboa, 05 Fev (Lusa) - Investigadores portugueses juntaram-se a colegas nos Estados Unidos para esclarecer o mecanismo de silenciamento de genes em grãos de pólen, num estudo hoje publicado pela revista Cell, a mais conceituada em Ciências da Vida.

Neste trabalho, investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e do Cold Spring Harbor Laboratory (CSHL) descrevem como sequências móveis de ADN são silenciadas nas células sexuais dos grãos de pólen, o que lhes faz perder a capacidade de produzir mutações.

"Os mecanismos agora descobertos poderão ser extensivos a outros organismos, como a mosca da fruta, amebas e algas", disse à Lusa um dos autores do estudo, Jörg Becker, do IGC, acrescentando que a investigação contribuirá para compreender o processo de reprodução em plantas e eventualmente para o melhorar.

Desenvolvido durante cerca de dois anos, o estudo incidiu nos grãos de pólen da planta Arabidopsis thaliana e envolveu as equipas de Jörg Beker e José Feijó no IGC, respectivamente da Unidade de Expressão de Genes e do Grupo de Desenvolvimento de Plantas, e a de Robert Martienssen no CSHL.

As sequências móveis de ADN, muito comuns em todos os genomas conhecidos, constituem 45 por cento do genoma humano e estão envolvidas na sua evolução.

"Sabe-se que essas sequências de ADN, chamadas transposões, saltam dentro do genoma e, ao mudarem de posição, ocupam regiões onde podem produzir mutações, impedindo, por exemplo, a produção de proteínas essenciais dentro da célula ou levar ao cancro", explicou Ana Godinho, também do IGC.

Se essas mutações ocorrerem em células sexuais, serão transmitidas à geração seguinte, o que implica a necessidade de um controlo rigoroso da sua expressão, segundo os cientistas.

Depois de observarem que os transposões são activados no pólen da Arabidopsis thaliana, os investigadores norte-americanos souberam que os investigadores do IGC eram os únicos no mundo capazes de isolar os constituintes do pólen daquela planta.

Foi daí que surgiu o cruzamento das equipas de um e do outro lado do Atlântico, já que, graças à técnica desenvolvida por Jörg Becker, foi possível localizar a actividade dos transposões no núcleo vegetativo dos grãos de pólen e revelar o seu papel fundamental no controlo destes elementos nas células sexuais.

Os grãos de pólen são constituídos por um núcleo vegetativo e duas células sexuais masculinas, sendo que, ao contrário destas células, o núcleo vegetativo não contribui com material genético para a nova planta.

Para saber por que razão os transposões não eram activados nas células sexuais, os cientistas usaram a técnica de separação de células desenvolvida no IGC e verificaram uma acumulação de silenciadores de genes nas células sexuais vizinhas, onde actuavam sobre os transposões, prevenindo os seus efeitos mutagénicos.

"Neste momento estamos a tentar descobrir o papel que os genes que são activados desempenham no desenvolvimento das células sexuais e potencialmente no futuro embrião", adiantou Jörg Becker, um investigador alemão doutorado em Biologia pela Universidade de Bielefeld (Alemanha) e que fez um pos-doutoramento em Portugal no grupo de José Feijó no IGC.

A Arabidopsis thaliana é uma planta nativa da Europa, Ásia e noroeste de África que é muito usada no estudo da biologia de plantas e da genética. O seu genoma, um dos mais pequenos no reino vegetal, foi o primeiro de plantas a ser sequenciado.

O estudo recebeu financiamentos da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e dos National Institutes of Health, dos Estados Unidos.

CM.

Lusa/fim

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Enviado por: comanche em Fevereiro 09, 2009, 10:46:19 pm
A ciência onde somos excelentes


Há 42 centros de investigação portugueses de classe mundial, com a nota "Excelente" dada por um painel de 256 peritos estrangeiros. Os nossos cientistas estão dispersos por 400 centros de I&D, mas a globalização está a juntá-los em centros maiores e mais competitivos.



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É na Matemática que encontramos o maior número (seis) de unidades de I&D com a classificação de "Excelente". Segue-se a Sociologia, Antropologia, Demografia e Geografia (cinco) e a Química (quatro). Os centros de investigação dividem-se em seis grandes grupos: Ciências Exactas, Naturais, da Saúde, da Engenharia e Tecnologias e Sociais, e ainda Artes e Humanidades. A sua avaliação por uma equipa de 256 peritos internacionais, divulgada no final de Dezembro passado, ainda não terminou porque faltam os resultados das áreas da Economia e Gestão e das Ciências da Terra e do Espaço. Assim, só no início do Verão será conhecido o relatório final sobre as mais de 300 unidades avaliadas.

O crescimento do número de doutorados nos centros financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) tem sido impressionante, já que triplicou nos últimos dez anos (hoje são mais de 11 mil). "Estou absolutamente convencido que as avaliações têm sido um factor crucial para a grande evolução do nosso sistema científico", afirma ao Expresso o presidente da FCT. João Sentieiro considera que "hoje há uma grande consciência dos cientistas de devolver à sociedade o dinheiro que lhes é posto à disposição, em particular na fase de dificuldades financeiras que o país atravessa, em que a ciência tem sido privilegiada". De facto, o orçamento da FCT cresceu mais de 60% em 2007, o ano a que se refere este processo de avaliação.

Por outro lado, os 256 peritos internacionais que passam as unidades de I&D a pente fino durante meses "levam para os seus países uma nova imagem da ciência que se faz em Portugal e potenciam a criação de redes de contactos e parcerias com grandes centros de investigação e universidades de prestígio mundial". No fundo, "criam-se relações de confiança para os estrangeiros trabalharem com cientistas portugueses".

 
Centro de Química Estrutural
 
Mas nem todas as unidades de I&D estão presentes neste universo. Faltam os chamados laboratórios associados, uma nova figura criada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para dar massa crítica (escala) aos nossos centros de investigação. Já existem 25 laboratórios que integram 46 unidades e o seu processo de avaliação está em curso, mas só ficará concluído no Verão.

"Com a globalização, é muito difícil a várias instituições nacionais competirem com as suas rivais estrangeiras e, por isso, a concentração é fundamental para a própria sobrevivência dessas instituições", explica João Sentieiro. A meta do Governo é reduzir em 25% as 400 unidades de I&D portuguesas através de processos de concentração. "E neste momento já chegámos aos 15% a 20%".



Os 42 Centros de Investigação com nota Excelente


 
Centro de Química Estrutural
 
Matemática Centro Análise Matemática, IST; Centro Mat. Un. Porto; Centro de Investig. Operacional, Fac. Ciências Un. Lisboa; Grupo Física Matemática, Un. Lisboa; Centro Mat., Un. Lisboa; Centro Mat., Un. Coimbra

Física Cent. Astrofísica Un. Porto; Centro Física Univ. Minho; Centro Fís. Partículas, IST, Lisboa

Química Cent. Química Orgânica, Un. Aveiro; Cent. Invest. Quím., Un. Porto; Cent. Quím. Estrutural, IST; Cent. Química, Un. Minho

Biologia CIBIO, Un. Porto; Centro Biologia, Inst. Gulbenkian

Mar Unidade Eco-Etologia, ISPA

Saúde Centro Patogénese Molecular, ADEIM, Lisboa; IBILI, Fac. Medicina, Un. Coimbra

Eng. Mecânica Centro Eng. Mecânica, Un. Coimbra; CEFT, Un. Porto; CDRSP, Inst. Polit. Leiria

Eng. Materiais CCTT, Un. Minho

Eng. Química CIEPQPF, FCT, Un. Coimbra; LEPAE, F. Eng., Un. Porto

Eng. Electrotéc. ISR, Un. Coimbra

Ciên. Jurídicas NICPRI, Un. Minho; CAPP, ISCSP; NEAPP, Un. Minho

Sociologia, Antropol., Demogr. e Geografia CIAS, FCT, Coimbra; Cen. Est. Geogr., Lisboa; SOCIUS, ISEG; C. Inv. Est. Sociologia, ISCTE; C. Estud. Mudança Socioecon., Lx.

Comunicação CECS, Univ. Minho

Psicologia CIIS, ISCTE, Lisboa

Estudos Literários Cent. Estudos Anglísticos, Lx.; CECC, Católica

Estudos Artísticos CIAUD, Fac. Arquitectura, U. Técnica Lisboa CIAC, Universidade Algarve

Filosofia LIF, F.Letras U. Coimbra; IFL, FCSH, Univers. Nova Lisboa; Inst. Filosofia, F. Letras, Un. Porto

Para mais informações , ler

http://aeiou.expresso.pt/a_ciencia_onde ... es=f494589 (http://aeiou.expresso.pt/a_ciencia_onde_somos_excelentes=f494589)
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Enviado por: André em Fevereiro 10, 2009, 01:17:45 pm
Investigadores Portugueses estudam substituto oral da insulina

Uma equipa de investigadores de Coimbra está a estudar um composto que se tem revelado promissor no desenvolvimento de um fármaco que poderá vir a ser usado como substituto da insulina no tratamento da diabetes, foi hoje anunciado.

O estudo começou há quatro anos e os resultados são considerados ainda preliminares, mas os cientistas já sabem que o composto de Venádio em análise é capaz de «promover a captação de glucose para adipócitos (células gordas)».

Esse dado é «um indicativo de que o composto em estudo pode ser potenciador da acção da insulina ou substituto da insulina», explicou à Agência Lusa a investigadora Maria Margarida Almiro e Castro, que lidera a equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) envolvida no projecto.

O composto foi testado em células e durante este ano será aferido em animais com diabetes induzida, sendo de esperar que «até ser testado em pessoas demorará ainda muito tempo, podendo mesmo vir a não acontecer, dependendo dos resultados».

O composto será ministrado a ratos na água de beber e por via intravenosa, para apurar de que forma surtirá melhor efeito.

«Sabemos que a concentração do composto se está a revelar eficaz e não é tóxica para as células», disse a investigadora, considerando que «um passo grande no estudo seria encontrar um substituto da insulina».

O processo é «muito moroso» e os compostos de Venádio têm sido muito estudados nos últimos anos, devido às propriedades farmacológicas, nomeadamente no tratamento de doenças virais, diabetes e cancro.

A descoberta feita pelos investigadores de Coimbra surge no âmbito do estudo sobre o tema «Metais em Medicina – Venádio como agente terapêutico», financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, embora a equipa da FCTUC tenha iniciado trabalhos de pesquisa nesta área em 1999.

A equipa da FCTUC, em parceria com investigadores do Instituto Superior Técnico em Lisboa, da Universidade do Porto e da Universidade da Corunha, bem como com outros laboratórios europeus englobados no Projecto COST, têm estudado uma grande variedade de compostos de Vanádio.

O objectivo é seleccionar o composto ou compostos que, numa dose mínima não tóxica, apresente propriedades terapêuticas que permitam o seu uso como fármaco.

Lusa
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Enviado por: André em Fevereiro 10, 2009, 08:23:15 pm
EXVA, uma "spin-off" instalada no Avepark lança sistema hibrido, inovador, de videovigilância

A empresa tecnológica EXVA, uma "spin-off" da Universidade do Minho instalada no Avepark - Parque de Ciência e Tecnologia de Guimarães, anunciou hoje o lançamento, em Março, do «HVR - Hybrid Video Recorder», um sistema inovador de análise de vídeo e processamento de imagem aplicado à vídeovigilância.

O sistema tem, segundo a empresa, aplicação imediata em hospitais, tribunais, rodovias, empresas, bancos e outras estruturas com necessidades especiais de segurança.

O gestor da empresa, Frederico Ferreira, adiantou à Lusa que esta tecnologia de quarta geração inteiramente portuguesa, assenta num sistema híbrido que inclui uma área da demótica, permite a conexão de câmaras vídeo analógicas e digitais, num mesmo equipamento, com aproveitamento de uma infra-estrutura analógica já existente e diferentes possibilidades, até 16 câmaras".

"A tecnologia Pentaplex - sublinhou Francisco Ferreira - permite visualização local e remota, gravações e consultas em tempo real, por computador ou PDA em qualquer ponto com acesso à Internet, bem como operações de backup (cópias de segurança) em simultâneo".

O HVR - acrescentou o gestor - "faculta a transmissão de vídeo a longas distâncias sem degradação de sinal nem utilização de equipamentos adicionais, permitindo ainda o uso de câmaras wireless (sem fios) e maior segurança e confidencialidade com imagens protegidas por palavra-chave".

Esta tecnologia de quarta geração, inteiramente portuguesa, apresenta como vantagens, segundo Frederico Ferreira, "a possibilidade de utilização de equipamentos já existentes e a adequação de soluções à medida".

"Permite também uma elevada longevidade dos discos do servidor utilizados no processo de gravação contínua garantindo maior fiabilidade para um total de 1,2 milhões de horas", acrescentou.

Por ser desenvolvido de modo a permitir a captura de imagens a várias resoluções, o HVR - Hybrid Video Recorder torna mais eficiente e viável a identificação de indivíduos suspeitos ou matrículas de automóveis, por exemplo.

"Numa época em que as questões de segurança de pessoas, bens e equipamentos assumem uma capital relevância, a EXVA prepara-se para lançar um produto que permite corresponder às expectativas do mercado com uma solução tecnologicamente fiável e economicamente competitiva", frisou o empresário.

Lusa
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Enviado por: André em Fevereiro 11, 2009, 03:59:52 pm
Empresa portuguesa obtém certificação mundial da Apple

A Wit Software, de Coimbra, é a primeira empresa no mundo a conseguir a certificação oficial da Apple Inc para uma aplicação de mensagens multimédia (MMS), uma solução que já está a negociar internacionalmente.

Luís Moura e Silva, CEO da empresa e docente na Universidade de Coimbra, adiantou à agência Lusa que a aplicação já está a ser utilizada pela Vodafone Portugal, e estão igualmente em curso negociações com mais duas operadoras móveis estrangeiras, interessadas nesta tecnologia.

Quando a Apple Inc lançou no mercado o iPhone, apesar de «um apetecível conjunto de factores, tinha falta de um aplicação a que os utilizadores recorrem no dia-a-dia», explicou o mesmo investigador da área da informática, frisando que apenas só oferecia a possibilidade de e-mail e SMS.

A partir do desenvolvimento desta aplicação da WIT Software, líder em soluções convergentes fixo-móvel, é possível enviar e receber mensagens multimédia do iPhone para qualquer rede móvel e para qualquer telemóvel de outras marcas.

«Este lançamento em Portugal e a certificação da Apple demonstram que a indústria de software Portuguesa pode ser competitiva no mercado mundial», afirmou Luís Moura e Silva.

A WIT Software começou a desenvolver tecnologia para o iPhone no início de 2008, tendo já um centro de competências nesta área. Esta aplicação de MMS já está disponível para licenciamento para os operadores GSM do mundo inteiro.

Na próxima semana a WIT Software vai participar no GSMA Mobile World Congress - um dos eventos de telecomunicações móveis mais importantes do mundo, a decorrer em Barcelona, onde irá apresentar esta aplicação e outras soluções tecnológicas do seu portfólio para o mercado das telecomunicações móveis.

Luís Moura e Silva confessou à agência Lusa esperar que a participação neste certame de Barcelona se traduza na comercialização internacional desta aplicação para o iPhone, da Apple Inc.

A WIT Software nasceu no seio da Universidade de Coimbra em 2001, apostando preferencialmente no desenvolvimento de software para operadores de telecomunicações móveis, disponibilizando ainda serviços de consultadoria e desenvolvimento de software para empresas que desejem explorar as possibilidades das comunicações fixas e móveis.

Tem consolidado a sua presença no mercado mundial, em especial nos dos Estados Unidos, Canadá e de vários países da Europa. Do seu portfólio de clientes constam, entre outros, a Vodafone Portugal, Vodacom África do Sul, Vodafone Espanha, LuxGSM, Real Networks, Vodafone Global.

Lusa
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Enviado por: comanche em Fevereiro 12, 2009, 12:10:22 am
Investigadores da FCTUC dão passo importante para desenvolvimento de fármaco substituto da Insulina



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Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), liderada por Maria Margarida Almiro e Castro, está a estudar um composto de Vanádio - complexo de vanádio com um ligando piridinona - que apresenta características muito promissoras para  o desenvolvimento de um novo fármaco a ser usado como substituto oral da insulina.


É o resultado de 4 anos de investigação, realizada no âmbito do tema “Metais em Medicina – Vanádio como agente terapêutico”, e financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). No entanto, a equipa da investigadora Maria Margarida Almiro e Castro iniciou os trabalhos de pesquisa sobre o potencial de compostos de Vanádio para fins terapêuticos em 1999.

Os investigadores de Coimbra, em parceria com investigadores do Instituto Superior Técnico em Lisboa, da Universidade do Porto e da Universidade da Corunha, bem como com outros laboratórios europeus englobados no Projecto COST, têm vindo a estudar uma grande variedade de compostos de Vanádio com o objectivo de seleccionar aquele(s) composto(s) que, numa dose mínima não tóxica, apresentem propriedades terapêuticas que permitam o seu uso como fármacos, como explica a Prof. Margarida Castro: “Sabendo que os sais de Vanádio têm capacidade insulino-mimética, mas que ao mesmo tempo são tóxicos, foi necessário compreender os mecanismos da toxicidade deste metal e sintetizar complexos de Vanádio, dando especial atenção ao “design” dos ligandos presentes nestes complexos, de modo a minimizar a sua toxicidade, promovendo a sua mais fácil entrada no organismo, o que resulta na administração de uma menor concentração eficaz. É também necessário estudar a interacção destes compostos com moléculas biológicas relevantes, o seu transporte no organismo e as suas propriedades terapêuticas”.

“É um processo muito moroso e que requer um “know-how” multidisciplinar, pois é um tipo de investigação semelhante ao que se faz na indústria farmacêutica. Muitos compostos são abandonados nas várias fases do estudo, outros que apresentam características promissoras são submetidos a testes ex vivo com modelos celulares adequados, e in vivo com modelos animais e, finalmente, são realizadas experiências com o fim de conhecer os seus alvos celulares e moleculares, ou seja, interpretar o seu modo de acção farmacológica”, sustenta a investigadora do Departamento de Bioquímica da FCTUC.

Dos estudos já realizados, com recurso a várias técnicas espectroscópicas e ensaios bioquímicos, o composto em causa apresentou sempre bons indicadores como insulino-mimético (tem um comportamento semelhante à insulina no que respeita ao controlo dos níveis de glicose). Na fase seguinte, a actividade antidiabética do composto será testada in vivo usando animais modelo para avaliar a sua toxicidade, determinar a relação dose-resposta e investigar o seu mecanismo de acção a nível celular e molecular. Se a resposta for também positiva, está aberto o caminho para o desenvolvimento de um substituto oral da insulina.

Estes resultados assumem particular relevância porque, esclarece a coordenadora do estudo, “os compostos de Vanádio têm sido muito investigados nos últimos anos devido às suas propriedades farmacológicas, nomeadamente para tratamento de doenças virais, diabetes e cancro. A possibilidade de serem usados como substitutos orais da insulina tem sido demonstrada através de estudos ex vivo, in vivo e de ensaios clínicos, estando em curso muitos estudos para obter novos compostos de Vanádio insulino-miméticos”.
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Enviado por: comanche em Fevereiro 12, 2009, 12:33:45 am
Empresa portuguesa cria aplicação de MMS para o iPhone


A Vodafone Portugal é a primeira operadora do mundo a disponibilizar o serviço.

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A WIT Software , uma empresa portuguesa especializada no desenvolvimento de aplicações para telemóveis, acaba de solucionar uma das grandes lacunas do iPhone: a impossibilidade de enviar mensagens multimédia (MMS).

A companhia de Coimbra desenvolveu uma aplicação inovadora que permite o envio e recepção de MMS a partir do terminal da Apple, para qualquer rede móvel e para qualquer telemóvel de outras marcas.

A aplicação, baptizada iMMS e certificada pela Apple, já está disponível gratuitamente para os clientes da Vodafone Portugal no iTunes, tendo chegado ao primeiro lugar do top de 'downloads' nos dois primeiros dias. A operadora nacional é a primeira em todo o mundo a lançar uma aplicação MMS para o iPhone.

A WIT Software, que começou a desenvolver tecnologia para o iPhone no ano passado, tendo já criado um centro de competências nesta área, irá agora disponibilizar a sua aplicação para licenciamento de outros operadores internacionais.

Segundo o CEO da empresa, Luís Moura e Silva, o lançamento desta aplicação, e a sua certificação pela Apple, "demonstram que a indústria de software portuguesa pode ser competitiva no mercado mundial".

A WIT está presente em vários países, incluindo os EUA, o Canadá e vários estados europeus, e entre os seus clientes incluem-se, além da Vodafone Portugal, a Vodafone Espanha, Vodafone Global, Vodacom África do Sul, Real Networks, LuxGSM e vários clientes da banca.

Na próxima semana, a companhia irá marcar presença em Barcelona no GSMA Mobile World Congress, um dos principais eventos internacionais de telecomunicações móveis, onde irá apresentar esta e outras soluções tecnológicas para este mercado.
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Enviado por: comanche em Fevereiro 12, 2009, 10:52:00 pm
Livro de robótica recebe o mais alto galardão para publicações científicas

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Considerado o bestseller da Springer 2008, o livro “Handbook of Robotics” acaba de ganhar dois PROSE Awards nas áreas Physical Sciences and Mathematics e Engineering Technology, sendo que é a primeira vez que um livro da área de engenharia é contemplado com este tipo de distinção.



Os PROSE Awards, organizados pela Associação Americana de Editores, são os mais prestigiados prémios para livros científicos. São uma espécie de “Óscares” das publicações científicas.

Tendo como editores dois dos mais prestigiados cientistas na área da Robótica: Bruno Siciliano, presidente do IEEE Robotics and Automation Society e Oussama Kathib professor em Stanford, o investigador Norberto Pires, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) é o único cientista português a fazer da equipa de autores do livro “Handbook of Robotics”.

“É um livro sobre robótica, no qual especialistas de todo o mundo escrevem nas respectivas áreas de especialidade sobre a investigação feita até ao momento, bem como perspectivam a evolução no futuro próximo. A ideia do livro foi o de constituir uma referência internacional dedicada a investigadores, novos investigadores e professores de robótica e áreas relacionadas tais como neurociências, biomecânica, simulação, sensores, redes de sensores, actuadores, etc.”, explica o também presidente da Sociedade Portuguesa de Robótica, Norberto Pires.

Ainda de acordo com o único co-autor português, “os prémios PROSE recebidos pelo livro são antes de mais um reconhecimento da qualidade da investigação e desenvolvimento obtida a nível mundial na área da robótica. Isso é particularmente significativo porque a robótica é uma área de engenharia relativamente recente mas que tem reunido à sua volta uma quantidade muito significativa de investigadores que fizeram avançar enormemente o conhecimento nesta área multidisciplinar”.
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Enviado por: comanche em Fevereiro 12, 2009, 10:56:20 pm
UA desenvolve inovador algoritmo de compressão de imagem


Ao longo dos últimos três anos, dois investigadores da Unidade de Investigação IEETA da Universidade de Aveiro têm vindo a trabalhar no desenvolvimento de um método para compressão reversível de imagens de microarrays de ADN. Os inovadores resultados alcançados foram publicados na edição deste mês da prestigiada revista científica «IEEE Transactions on Medical Imaging», a revista com maior impacto mundial na área de processamento de imagem.


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Durante os últimos anos, tem havido um desenvolvimento marcante da tecnologia de microarrays de ADN e esta tem-se tornado numa ferramenta diária em muitos laboratórios de investigação em genética. O uso alargado da tecnologia de microarrays de ADN aliado ao elevado volume de dados gerados por cada experiência, sob forma de imagens, leva a desafios no armazenamento e consulta destes dados. Os dados resultantes de cada experiência são tipicamente duas imagens de 16 bits por pixel, obtidas após a digitalização de uma grelha de amostras com um laser e captando a luz emitida por dois marcadores florescentes.

Normalmente é usado um marcador verde (Cy3) para identificação da amostra de referência, enquanto que um marcador vermelho (Cy5) é usado para identificação da amostra que se pretende analisar. Dependendo do tamanho da matriz e da resolução do scanner, estas imagens podem necessitar de alguns megabytes ou até centenas de megabytes para serem armazenadas.

A motivação para o desenvolvimento de métodos de compressão sem perdas prende-se com facto dos métodos analíticos de análise destas imagens estarem em permanente desenvolvimento, sendo imprudente, nos dias de hoje, eliminar estas imagens e guardar apenas os parâmetros obtidos por um determinado método. Para além disto, métodos que permitam descodificação progressiva são de especial interesse especialmente porque é necessário o acesso a bases de dados remotas, por vezes com canais de largura de banda reduzida.

O algoritmo de compressão desenvolvido pela equipa de investigadores do IEETA é actualmente o mais eficiente para a codificação deste tipo de imagens. Este método foi comparado com as mais recentes normas de compressão de imagem, tais como JPEG-LS e JPEG2000 bem como com os métodos específicos existentes na literatura. O método proposto baseia-se na utilização de codificação aritmética e na utilização de modelos de contexto finito. As imagens são codificadas plano a plano e os modelos de contexto finito usam informação de múltiplos planos binários para coleccionarem a estatística dos dados que depois será usada pelo codificador aritmético.

Esta linha de investigação e desenvolvimento foi agora coroada de êxito com a publicação, na edição deste mês da revista científica IEEE Transactions on Medical Imaging, de um artigo que descreve os mais recentes resultados desta investigação. Esta revista é a que detém actualmente o primeiro lugar do ranking de impacto a nível mundial na área científica de processamento de imagem.

Mais informações sobre este trabalho podem ser obtidas em: http://ieeexplore.ieee.org/xpl/RecentIs ... unumber=42 (http://ieeexplore.ieee.org/xpl/RecentIssue.jsp?punumber=42).
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Enviado por: comanche em Fevereiro 12, 2009, 11:09:14 pm
Empresa portuguesa lança sistema inovador de videovigilância


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A empresa tecnológica EXVA, uma associada da Universidade do Minho, prepara-se para lançar em Março um sistema de quarta geração de análise de vídeo e processamento de imagem aplicado à vídeovigilância.

 
Frederico Ferreira apresenta algumas das possibilidades do HVRFrederico Ferreira indica os sítios onde o HVR já está a funcionar

O HVR - Hybrid Video Recorder, um sistema que permite detectar situações de irregularidade em tempo real tornando os meios de segurança existentes mais eficazes, é realizado com tecnologia inteiramente portuguesa.

O HVR permite a possibilidade de utilização de equipamentos que já existem, adequando-os a soluções à medida. «Com o sistema que nós temos», o HVR «faz um alerta», chamando a atenção do segurança para onde existir movimento, explicou Frederico Ferreira.

Além disso, continuou, este sistema permite ao responsável pelos seguranças testar a eficácia dos mesmos. «O sistema gere aleatoriamente um símbolo» em que o responsável «terá de carregar» para receber «um relatório do tempo de reacção do segurança, disse.

Frederico Ferreira adiantou que o sistema em causa já está a funcionar no Centro Hospitalar do Médio Ave, em Santo Tirso, e no hipermercado Jumbo da Maia.

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Enviado por: comanche em Fevereiro 12, 2009, 11:29:38 pm
A aicep Global Parques criou um novo serviço online que permite identificar soluções de localização empresarial no território nacional. A ESRI foi o parceiro tecnológico


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Para ajudar os empreendedores a encontrar a localização ideal para o seu negócio a aicep Global Parques criou o Global Find. Trata-se de um novo serviço que permite identificar soluções de localização empresarial no território nacional continental.

O Global Find destina-se a ser utilizado por agências de promoção de investimento externo, câmaras municipais, bancos de investimento, escritórios de advogados que apoiem a iniciativa empresarial, bem como pelos gabinetes de consultadoria, câmaras de comércio e indústria.

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De acordo com Isabel Cardoso, directora de Marketing da aicep Global Parques, o Global Find pretende «prestar serviços para a instalação de actividades empresariais com base no conhecimento das áreas disponíveis no território nacional». De acordo com esta responsável, até agora a informação existente de áreas de localização industrial e logística estava dispersa e não focada em localização empresarial. «Não existia, nem existe um serviço alternativo», afirma Isabel Cardoso.

Assim sendo, um empresário que necessitasse de deslocar a sua empresa ou um investidor que procurasse uma localização em Portugal continental, teria de inquirir um a um, cada município ou entidade gestora de parque para conhecer a disponibilidade de lotes para localização industrial e logística. Depois de fazer o levantamento dos espaços livres teria de analisar as infra-estruturas existentes em cada um, as suas acessibilidades, entre outras variáveis que fossem pertinentes para a actividade.

Esta responsável explicou ao Semana que existem algumas iniciativas regionais de listagem de zonas/parques industriais mas que não incluem zonas PDM (Plano Director Municipal) previstas para localização industrial e logística, nem um sistema de pesquisa multicritério baseado numa plataforma de sistema de informação geográfica.

Contextualização industrial e logística
Através do Global Find, os gestores acedem a informação sobre alternativas de localização em parques industriais ou logísticos com lotes disponíveis ou zonas PDM do mesmo âmbito. Este serviço permite ainda efectuar pesquisas livres em mapa ou identificar alternativas de localização através de pesquisas multicritério baseadas em critérios de âmbito estrutural, demográfico e socio-económico. A navegação directa no mapa, caracterizando pontos de contextualização industrial e logística, como, por exemplo, portos e terminais portuários, aeroportos e plataformas logísticas, está igualmente facilitada através do Global Find.

Para já, o serviço está disponível em três idiomas – português, inglês, espanhol – e oferece dois níveis de informação, o de utilizador-base e o de registado. Para além destes, estão disponíveis serviços de consultadoria aicep. «Os nossos especialistas podem realizar pesquisas finas em desktop, podendo assim oferecer uma pesquisa totalmente personalizada a um determinado potencial investimento com características específicas», esclarece Isabel Cardoso.

O Global Find é um produto desenvolvido em ambiente Web com base numa plataforma SIG. «Foi muito claro, desde a fase de projecto-piloto, no segundo semestre de 2007, que o projecto deveria ser desenvolvido sobre uma plataforma SIG, tendo em conta a necessidade de georreferenciar os parques empresariais e respectivos lotes, bem como as zonas consignadas em PDM para a actividade industrial», justifica a mesma responsável. Quanto ao acesso dos utilizadores ao Global Find, Isabel Cardoso afirma que a via Web era uma necessidade do projecto, assim como o controlo dos acessos, uma vez que o modelo de negócios previsto implicava múltiplos níveis de disponibilização da informação.

Por outro lado, o desenvolvimento deste projecto implicava a existência de bases de dados e de uma adequada interligação entre a informação vectorial e a informação alfanumérica recolhidas, garantindo que os dados pudessem ser continuamente actualizados.

«Tendo todas estas características muito bem definidas, fez-se uma consulta ao mercado e a ESRI foi uma das empresas candidatas que se evidenciou pela sua experiência e carteira de projectos SIG já concluídos com sucesso», constata a directora de Marketing.

Actualização permanente
O desenvolvimento do projecto foi gradual. A fase piloto decorreu no segundo semestre de 2007, durante o qual se concebeu toda a estratégia do futuro projecto, incluindo a maqueta da futura ferramenta aplicacional, na qual foram explorados os formatos de pesquisa, os conteúdos de informação, a representação geográfica e o output do sistema. Durante 2008, desenvolveu-se o Global Find, bem como a plataforma de base SIG, fez-se o levantamento de informação, estabeleceram-se parcerias estratégicas e foram feitas as primeiras apresentações às entidades-alvo.

De acordo com Isabel Cardoso, o ano de 2009 será de «consolidação das parcerias, de actualização da informação e divulgação do Global Find lançando as bases de acções de aproximação ao mercado».

O serviço está disponível ao público em geral desde o dia 30 de Outubro de 2008, no entanto, a empresa não considera o projecto concluído. A directora de marketing da aicep Global Parques assinala algumas alterações e aspectos que, no seu entender, deverão ser melhorados. «Existe já uma base de levantamento de informação muito relevante, mas este é um processo dinâmico e que precisará de actualização permanente, ou seja, um lote que está livre hoje poderá estar ocupado amanhã, um parque empresarial poderá ir melhorando a sua rede de infra-estruturas disponibilizadas e esta informação necessita de ser permanentemente actualizada e rectificada», justifica a directora de Marketing.

Este esforço contínuo na recolha de informação com a parceria de diversas entidades como o INE, a Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU), as associações empresariais ou as empresas fornecedoras de utilities «contribui para a eficiência de todo o processo de escolha, colocando Portugal na oferta mundial de localizações empresariais e contribuindo para o ordenamento do território e a concentração industrial, o que gera diversas sinergias e eficiências até a nível de investimento público», acrescenta esta responsável.

Para desenvolver este Sistema de Informação Geográfica, a Aicep Global Parques escolheu como parceira tecnológica a ESRI Portugal, que forneceu a plataforma servidora que permite integrar aplicações e serviços para a gestão e visualização de dados (ArcGIS Server), através da qual são realizadas as análises espaciais na procura de novas localizações empresariais. Toda a informação geográfica é gerida, integrada, explorada, analisada e apresentada através da componente de utilizador (ArcGIS Desktop). Todas as pesquisas estão suportadas em software de modelação e análises espaciais, nomeadamente, no ArcGIS Network Analyst e no ArcGIS Spatial Analyst.

Pesquisas livres em mapa
O sistema é constituído por vários componentes. O Servidor SIG é responsável por possibilitar a gestão e disponibilização de conteúdos geográficos com base num motor de bases de dados relacionais (MS SQL Server), e tem ainda a função de disponibilizar as funcionalidades geográficas de suporte à aplicação para a Internet. O site Global Parques é a aplicação disponível aos utilizadores via Web e que funciona sobre browsers de Internet. As funcionalidades geográficas estão garantidas pelo servidor SIG. Por sua vez, o Desktop SIG destina-se à utilização interna da Global Parques, nomeadamente pela sua equipa de analistas e consultores. Para além de possibilitar a gestão dos conteúdos da base de dados SIG, este componente disponibiliza um conjunto de ferramentas para a integração, exploração, análise e apresentação de informação geográfica. É também sobre esta plataforma que estão construídos os modelos espaciais que servem de base às diversas análises e que são disponibilizados através do site para a Internet.

De acordo com Rodrigo Silva, coordenador da Unidade de Negócio da Administração Central na ESRI Portugal, toda a informação «encontra-se centrada num só sistema, não sendo necessário recorrer a múltiplas fontes, poupando tempo e recursos, tornando o processo de decisão mas rápido e eficaz».

Acedendo ao site www.globalparques.pt (http://www.globalparques.pt) e ao Global Find, o utilizador pode efectuar pesquisas livres em mapa ou identificar alternativas de localização através da selecção de critérios predefinidos de âmbito infraestrutural, demográfico e socioeconómico e colocados ao dispor do utilizador. «Por estar assente numa arquitectura escalável, suportada em standards de informação, comunicação e de interoperabilidade, esta solução garante uma elevada sustentabilidade do projecto a longo prazo», explica ainda este responsável.

Além da componente de software, a aicep teve de adquirir hardware adicional para suportar o novo serviço, como computadores e monitores, um novo servidor e processador exclusivo para o projecto e outro servidor de back-up. Sem revelar o montante investido neste projecto, Isabel Cardoso confessou que os custos suportaram a «aquisição do hardware e software adequado e o know-how especializado no desenvolvimento da solução à medida das necessidades do projecto».

http://www.semanainformatica.xl.pt/914/act/600.shtml (http://www.semanainformatica.xl.pt/914/act/600.shtml)
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Enviado por: comanche em Fevereiro 16, 2009, 10:03:30 pm
CEO da Microsoft apresenta My Phone com tecnologia portuguesa


O presidente executivo da Microsoft, Steve Ballmer, apresentou hoje em Barcelona, no Mobile World Congress, o novo serviço My Phone, que inclui tecnologia desenvolvida de raiz em Portugal, avançou a empresa em comunicado.


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O presidente executivo da Microsoft, Steve Ballmer, apresentou hoje em Barcelona, no Mobile World Congress, o novo serviço My Phone, que inclui tecnologia desenvolvida de raiz em Portugal, avançou a empresa em comunicado.

Steve Ballmer anunciou o My Phone, em parceria com a HTC, LG e Orange, um serviço incluído no sistema operativo dos dispositivos que permite aos utilizadores de telemóveis Windows, de forma muito simples, aceder, gerir e restaurar a informação pessoal contida nos telefones a partir de um portal Web.

O “My Phone” foi concebido e desenvolvido em Portugal pelo Centro de Investigação e Desenvolvimento da Microsoft na Área das Tecnologias Móveis. Este centro de I&D é resultado da aquisição da MobiComp, em Agosto de 2008, pela Microsoft.

O ‘My Phone’ começou a ser desenvolvido em Portugal, pela equipa de I&D da então MobiComp, em 2004 sob o nome MobileKeeper.

Após a aquisição da empresa pela Microsoft, a equipa da ex-MobiComp, sedeada em Braga, passou a integrar a equipa alargada de Investigação e Desenvolvimento da Microsoft na área da Mobilidade.

A prova de conceito desenvolvida pela equipa de engenheiros portugueses, com nome de código “Skybox”, foi então formatada para a versão final do serviço, cuja versão beta chegou hoje ao mercado pela mão de Steve Ballmer e estará em breve disponível para os cerca de 20 milhões de dispositivos móveis de base Windows em utilização em todo o mundo.

“O serviço irá sincronizar informação crítica (como por exemplo a agenda, contactos, tarefas, mensagens de texto, fotografias, vídeos, etc) entre o telefone móvel dos utilizadores e um sítio web protegido”, explica a Microsoft em comunicado.

Uma vez sincronizada a informação, o utilizador poderá gerir, recuperar e fazer cópias de segurança (back-ups) dos dados contidos no seu telemóvel.

“O 'My Phone' permite uma utilização muito fácil do portal web, onde os utilizadores podem aceder e gerir conteúdos no telefone e partilhar informação com outros utilizadores”, adianta a mesma fonte.

Este serviço deverá ser lançado no segundo semestre e terá uma distribuição imediata limitada em versão beta, disponível para telefones móveis com versão 6.0, 6.1 e 6.5 do sistema operativo Windows Mobile, sendo que a Microsoft se encontra de momento a estudar a sua disponibilização noutros sistemas operativos.

Assim que disponível, a versão beta do serviço “My Phone” estará disponível a partir de www.windowsmobile.com/myphone (http://www.windowsmobile.com/myphone).

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Enviado por: comanche em Fevereiro 17, 2009, 11:48:23 pm
Investigadores do IST publicam artigo do ano da Sociedade Internacional de Mecânica Experimental

João Gomes Ferreira e Fernando Branco, investigadores do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico (IST), ganharam o Prémio Harting 2009, correspondente ao melhor artigo científico da revista “Experimental Techniques”, da Society For Experimental Mechanics (Sociedade Internacional de Mecânica Experimental).

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Os dois especialistas redigiram o artigo “The use of Glass-Fiber Reinforced Concrete as a Structural Material” sobre um estudo da aplicação estrutural do betão reforçado com fibras de vidro (GRC), realizado em parceria com a empresa Pavicentro – Pré-Fabricação SA.

Este estudo culminou com a produção industrial, em larga escala, de torres para antenas de telecomunicações feitas no material desenvolvido.

O betão reforçado com era, até aqui, aplicado em elementos não estruturais, sobretudo em painéis de fachada, como é o caso, em Portugal, do Centro Comercial Colombo. O carácter inovador do estudo desenvolvido consistiu na aplicação do GRC em elementos de carácter estrutural, tirando partido das possibilidades do material, até então muito pouco exploradas.De acordo com João Gomes Ferreira, as vantagens deste novo material estrutural residem, essencialmente, na sua durabilidade, desempenho mecânico e leveza, combinando um material tradicional, o betão, com a mais avançada geração de fibras de vidro.
A revista “Experimental Techniques” faz parte da "ISI Web of Knowledge", o grupo das mais prestigiadas revistas científicas do mundo.

Mais informações em http://www.sem.org/HON-Harting.asp (http://www.sem.org/HON-Harting.asp).
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Enviado por: comanche em Fevereiro 17, 2009, 11:53:40 pm
Investigador da UM premiado por estudos sobre novo material de nanotecnologias


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O investigador de Física Nuno Peres recebeu hoje um prémio científico da Universidade do Minho (UM) – dia em que a instituição comemora 35 anos de existência e que celebrou com uma cerimónia solene, onde estiveram presentes o presidente da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, António José Seguro, o Reitor António Guimarães Rodrigues, e o presidente da Associação Académica, Pedro Soares – pelo seu contributo para o estudo do grafeno, um material descoberto em 2005 por um cientista inglês.

O universitário, num estudo publicado pela revista «Science» refere que "o potencial de utilização do grafeno na próxima geração de nanomateriais e nanotecnologias vai ser gigantesco".

 


Este material, descoberto pela equipa de André Geim da Universidade de Manchester, Inglaterra, é obtido a partir da grafite, ou seja, de um simples pedaço de carvão, de onde é extraído em formato atómico de carbono, de dimensão micro, ou nano em termos científicos.

Nuno Peres trabalha no Departamento de Física em cooperação com o Tobias Stauber, um pós-doutorado na área que também trabalha em Braga.

O estudo deste material – em que a UM é pioneira em parceria com a Universidade de Manchester – "está na fronteira do conhecimento em nanotecnologias". O grafeno tem propriedades de "transportador eléctrico", o que abre vastas possibilidades em aplicações nano-eléctricas (com a espessura de um átomo), ou seja, semi-condutores de nova geração, que transportam luz de forma muito mais rápida.

Tem, também, uma condutividade térmica muito alta, o que permite resolver problemas de aquecimento em todo o tipo de equipamentos, como é o caso, para dar apenas um exemplo, de um simples computador.

Constante física fundamental

Com apenas a espessura de um átomo, este material é altamente transparente à luz, propriedade com diversas aplicações, como é o caso das células foto-voltaicas: "com o grafeno quase toda a luz é retida, não se perde", explicou, frisando que tal característica revoluciona o sector.

Para o investigador, a possibilidade de existência de Vida no nosso planeta está estreitamente relacionada com uma constante física fundamental que determina a intensidade com que interagem a matéria e a luz, a constante de estrutura fina. O seu valor é perto de 1/137.

"Ficámos verdadeiramente espantados quando nos apercebemos que uma constante fundamental tão importante poderia ser medida de maneira tão simples. Pode ter-se um vislumbre da ordem do Universo apenas olhando para o grafeno", afirma.

Nuno Peres disse que o futuro do Instituto Ibérico de Nanotecnologias de Braga deve envolver o grafeno, no seu "portfólio" científico e frisa que "Portugal não pode ficar para trás no estudo científico deste novo material", e lembra que outros países, como a Espanha estão já a criar equipas e laboratórios nesse sentido.
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Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 19, 2009, 02:38:02 pm
Mais dois produtos estrela da NDRIVE.


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NDrive S400


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.ndriveweb.com%2Fmedia%2Fuploads%2Fproducts%2FS400_small.jpg&hash=a3d0d4058d7e285d85617ca0947aa65b)


O NDrive S400 é o mais rápido Pocket PC do mercado. É um autentico all-in-one com GPS de ultima geração, software de navegação NDrive com foto real. Está também equipado com todas as funcionalidades de um topo de gama, das quais destacamos o seu prcessador de 624MHZ, o G-Sensor, Shake control, Push e-mail e ligação TV-out.

Caracteristícas técnicas  

Sistema
CPU  Marvell PXA310( 624MHz)+ Qualcomm MSM6280  
RAM  128 MB RAM
NAND flash  256 MB flash  
OS  Windows Mobile 6.1® Professional em Português  
Ecrã
Ecrã   2.8-inch VGA flat touch screen
Câmara  3.0 megapixel with auto focus  and flash VGA for video calling
Interface
Cartão  Ranhura para cartões microSDHC™ até 32GB (inclui cartão de 4GB)
 
USB  ligação mini USB  
Aplicações  Software de navegação NDrive, Pocket Outlook, Office Mobile, MSN Messenger  
Características Especiais TV-Out, G-sensor, FM radio  
GPS GPS/AGPS  
Áudio
Altifalante    
Rede
 
WLAN  802.11b/g
WCDMA/HSDPA  900/2100 MHz  
GSM/GPRS/EDGE 900/1800/1900 MHz
Velocidade
 DL = 7.2 Mbps  
Bluetooth® 2.0 with EDR
Energia  
Consumo máximo
   
Bateria 1500 mAh
Dimensões
Dimensões (L x A x P)  110 mm x 60 mm x 20 mm  
Peso  155 g





NDrive Touch XL Real Navigation  Novidade!


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.ndriveweb.com%2Fmedia%2Fuploads%2Fproducts%2Fscreenshots%2Fthumbnail_touchxlr_2.jpg&hash=f1f563ba43d47232a4e28296804bc173)


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.ndriveweb.com%2Fmedia%2Fuploads%2Fproducts%2Fscreenshots%2Fthumbnail_touchxlr_side.jpg&hash=7952b7fe4c9d1765a71066571545352c)



O GPS mais fino de sempre, agora na versão com ecrã panorâmico 4.3"! O NDrive Touch XL é 40% mais fino e leve do que qualquer outro navegador. Contrariamente ao seu tamanho, este novo navegador NDrive capricha na qualidade e fiabilidade, com sensor de luminosidade e ajuste automático de brilho. Esta versão apresenta a já conhecida Navegação Real com fotos de diversas cidades.



SUPER SLIM, 40% mais fino e leve
Sensor de luminosidade, com ajuste automático do brilho
Navegação com FOTO AÉREA 3D REAL
Mapas Ibéria Premium, com cobertura das Ilhas e descrição detalhada de mais de 190.000 locais de interesse
Base de dados dos edifícios principais LANDMARKS 3D
Novo sistema de pesquisa 60% mais rápida
Re-cálculo de rotas 2x mais rápido
Reconhecimento de gestos
Importação e Exportação de favoritos com os mapas do Google
SDHC de 8GB incluídos (suporta até 32GB SDHC)


Caracteristícas técnicas  

Sistema
CPU  Processador Atlas III  372MHz  
RAM  64 MB  
NAND flash  64 MB  
OS  Windows CE.NET 5.0  
Ecrã
LED Sensor de luminosidade  
Ecrã  4.3”  
Resolução  480x272 píxels
Tipo  TFT LCD digital sensível ao toque  
Interface
Cartão  Ranhura para cartões SDHC até 8GB  
USB  ligação mini USB  
Aplicações  Software de navegação NDrive e jogos
 
Áudio
Altifalante  integrado (1W)  
Energia  
Consumo máximo
 3~4 horas
Bateria 1050 mAh  
Dimensões
Dimensões (L x A x P)  122 mm x 79 mm x 14 mm  
Peso  140 g


http://www.ndriveweb.com/ (http://www.ndriveweb.com/)




Há muito tempo que já despachei o meu TomTom. Em termos de base de dados os produtos NDRIVE são indiscutivelmente superiores. Há pormenores deliciosos, como por exemplo, a ementa dos restaurantes, sua capacidade, preço, foto, etc. Também não esquecer que os mapas da NDRIVE são também provenientes da InfoPortugal, que utiliza entre outros, recursos cartográficos do Exército.
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Enviado por: comanche em Fevereiro 20, 2009, 12:29:36 am
IPATIMUP comemora 20 anos e publica cada vez mais artigos em revistas internacionais

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Os investigadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), que comemora 20 anos sexta-feira, publicaram no ano passado 96 artigos em revistas internacionais.
 "Em 2008, os nossos investigadores publicaram 96 artigos científicos em revistas internacionais indexadas com factor de impacto bastante elevado, o que é muito bom", disse à Lusa o director Manuel Sobrinho Simões, acrescentando que o número de artigos publicados pelos cientistas do IPATIMUP é cada vez maior.
 


Segundo o mesmo responsável, os investigadores do instituto são os autores ou co-autores de alguns dos artigos científicos mais citados em todo o mundo. Para além disso, e segundo os dados do Instituto Internacional Estatístico (ISI, em inglês), em Janeiro Portugal tinha 399 artigos nesta lista e a Universidade do Porto 63. Desses, os investigadores do IPATIMUP foram autores ou co-autores de 11.

"Isso demonstra que a nossa investigação tem cada vez mais impacto ao nível internacional, mas também a nível nacional, já que, em apenas 15 meses, doutorámos 12 pessoas", adianta Manuel Sobrinho Simões. Na consultadoria em diagnóstico do cancro e em genética molecular, o IPATIMUP também continua a crescer, como indica Manuel Sobrinho Simões: "Fomos responsáveis pelo acompanhamento de 650 casos que nos foram enviados por 33 países de todo o mundo".

Em Janeiro de 2008, o IPATIMUP, juntamente com os institutos de Biologia Molecular e Celular (IBMC) e de Engenharia Biomédica (INEB), constituíram o Instituto de Inovação e Investigação em Saúde (I3S), uma super-estrutura inédita em Portugal.

O I3S, que não resulta da fusão dos três institutos que o integram, mas de um consórcio entre eles, reúne mais de 600 cientistas, dos quais cerca de 250 doutorados, e a sua criação permite alargar a investigação em saúde a áreas que ainda não estavam cobertas.

"Mantemos a nossa autonomia na investigação científica e, daqui para a frente, pretendemos aumentar a colaboração com o I3S, mas também com as restantes entidades do consórcio", disse o director do IPATIMUP.

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Enviado por: nelson38899 em Fevereiro 20, 2009, 01:06:02 am
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Iberomoldes cria mala segura

No ano passado perderam-se mais de 400 malas por dia nos aeroportos portugueses. Com esta realidade como pano de fundo, engenheiros da SET, na Marinha Grande, propõem criar bagagem inteligente, capaz de “comunicar” onde se encontra.
O sistema baseia-se num identificador que dá a localização em tempo real e está associado aos dados do proprietário através de uma chave numérica pré-definida. Seria embutido na mala, de forma aleatória e confidencial, durante o processo de injecção do plástico, explica Henrique Neto, administrador do Grupo Iberomoldes, que detém a SET SA.
Iniciado em 2008, o projecto Mala Segura está a ser desenvolvido em consórcio com a ANA – Aeroportos de Portugal, a Critical Software, o INESC Inovação, o PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho e a TECMIC – Tecnologias de Microelectrónica. Exigirá um investimento global de aproximadamente 2,5 milhões de euros, dos quais 1,5 milhões são comparticipados pelo QREN.
A investigação culminará com a realização de testes em aeroportos nacionais, mas pode vir a ter uma aplicação mais abrangente em terminais rodoviários, ferroviários, centros comerciais, hospitais, escolas e outros espaços públicos.
O sistema permitiria ao proprietário conhecer a localização das suas malas quase em permanência e seria um contributo para diminuir os erros na gestão da circulação de bagagem. Além de fornecer um meio para lidar com aspectos de segurança, como os relacionados com ameaças terroristas, adianta Henrique Neto.
A comercialização depende do sucesso da investigação, não existindo, para já, qualquer previsão. Henrique Neto considera que a mala segura é um exemplo de como a indústria de moldes é hoje um cluster de produto. “Temos a vocação e o interesse de contribuir para produtos inovadores, completando a vocação de fabrico de moldes, e isso já está a acontecer em muitas áreas”, diz.

http://www.regiaodeleiria.pt/?lop=conte ... 3e77&drops (http://www.regiaodeleiria.pt/?lop=conteudo&op=cd00692c3bfe59267d5ecfac5310286c&id=92d5312defad305a23cc0619cced3e77&drops)[drop_edicao]=465
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Enviado por: comanche em Fevereiro 21, 2009, 11:52:33 pm
Prémio europeu distingue investigação dos Hospitais da UC

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Investigação da UC considerada uma das 15 melhores
O Serviço de Anestesiologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) congratulou-se hoje com a atribuição de um prémio europeu a uma investigação, dirigida por um seu especialista, que garante "aumento de segurança" para os doentes.

"A equipa estabeleceu um algoritmo que é verdadeiro para a população do Sul da Europa", segundo declarou José Martins Nunes, director daquela unidade.

A investigação foi uma das 15 premiadas, em 2008, pela Sociedade Europeia de Anestesiologia Regional (ESRA). José Martins Nunes referiu que, nesta distinção da ESRA, "não há primeiros, nem segundos" classificados, sendo 15 os trabalhos premiados ex-aequo.
 


"O trabalho permite calcular por ecografia a distância da pele à 'dura mater', no decorrer da anestesia epidural para o trabalho de parto e extrapolável para a população obesa do Sul da Europa", segundo uma nota do Gabinete de Relações Públicas dos Hospitais da Universidade.

Entre centenas de candidaturas, a ESRA considerou o trabalho "Predicting dura-skin distance using ultrasound in a south European obstetric population" um dos 15 melhores no ano passado.

"Portugal recebe pela primeira vez um prémio da ESRA, pelo trabalho de investigação conduzido por uma equipa de anestesiologistas dos HUC", adianta o comunicado. Dirigido por Edgar Semedo, o trabalho contou com a colaboração de Tiago Carreiro, Francisco Matos, Margarete Rocha e Ana Eufrásio, internos de Anestesiologia daquele hospital central.

Este serviço é um dos pioneiros nesta técnica, tendo em 2008 produzido um DVD com conteúdos formativos na mesma área, "distribuído em centros de excelência a nível mundial, através de um protocolo entre os HUC e uma empresa multinacional".

"Este prémio aumenta a nossa responsabilidade perante a comunidade médica internacional e perante os doentes que em nós confiam", disse José Martins Nunes. O método agora premiado "permite aumento de segurança para os doentes, rapidez de execução, conforto e maior efectividade dos bloqueios".

O Serviço de Anestesiologia dos HUC, onde trabalham 30 internos da especialidade, efectua mais de 35 mil cirurgias por ano.


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Enviado por: comanche em Fevereiro 25, 2009, 11:34:30 am
Investigador da FCTUC vence a competição internacional KIA Urban Challenge

Programar um automóvel virtual da KIA Motors para circular sozinho na cidade, sem chocar em nenhum objecto, não provocar acidentes e obedecer aos sinais de trânsito. Foi este o desafio lançado pela Microsoft a cientistas de todo o mundo.


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O investigador Jackson Matsuura, do Instituto de Sistemas e Robótica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) venceu a competição, conhecida por KIA Urban Challenge, ao conseguir desenvolver uma solução tecnológica em tempo recorde, demorando apenas 3 dias, enquanto que, por exemplo, o terceiro classificado demorou mais de duas semanas.

Com a tecnologia desenvolvida pelo investigador da FCTUC, o seu automóvel cumpriu todas as regras estipuladas no concurso e obteve a pontuação máxima. Recorrendo a sensores, câmaras, medidores de distância por laser, GPS, entre outro material, o investigador criou uma solução inovadora que garantiu um comportamento irrepreensível do automóvel inteligente. Esta competição é uma versão simulada inspirada no DARPA Urban Challenge.

Jackson Matsuura é Docente do Instituto Tecnológico da Aeronáutica do Brasil (ITA) e está na FCTUC desde 2008 em Pós Doutoramento na área de Sistemas Inteligentes. Tem como supervisor o Professor Urbano Nunes, responsável pelo grupo de Sistemas de Transportes Inteligentes, que desenvolve investigação, já muito premiada, nas áreas das Tecnologias para Veículos Inteligentes e que se tem afirmado internacionalmente.

Questionado sobre a capacidade de transformar o modelo virtual em modelo real, Jackson Matsuura diz ser possível, “embora o Kit desenvolvido necessite de diversos ajustes, exigindo muito mais tempo de investigação, mas alguns modelos utilizados neste ambiente virtual já poderiam ser aplicados em automóveis reais”.

Para o investigador, vencer a KIA Urban Challenge “assume particular relevância porque, por regra, é um americano ou um japonês a conquistar este tipo de competições porque têm muito mais recursos para a investigação. Este prémio reconhece a qualidade tecnológica do Brasil e de Portugal”.
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Enviado por: comanche em Fevereiro 25, 2009, 11:38:57 am
Energia sem fios já no horizonte


Para electricidade sem cabos a prioridade é carregar telemóveis não electrodomésticos


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A transmissão de energia sem contactos já não é uma utopia, mas a sua aplicação à vida quotidiana e ao funcionamento de electrodomésticos sem fios não está no horizonte imediato.

Teoricamente, é admissível todo o tipo de aplicações futuras deste tipo de transmissão eléctrica, mas a prioridade está a ser dada ao carregamento remoto de telemóveis e dispositivos electrónicos do mesmo tipo, segundo investigadores contactados pela Lusa.
 


De acordo com Nuno Borges Carvalho, docente da Universidade de Aveiro (UA) e investigador do Instituto de Telecomunicações, várias empresas “start-up” nos Estados Unidos estão a trabalhar em projectos para carregar telemóveis e acender lâmpadas à distância, sem necessidade de fios, mas não passam de protótipos.

Até no Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática da UA há uma tese de mestrado em preparação que projecta acender uma lâmpada de 60 watts a uma distância de dois a três metros. O autor planeia ter em Julho um protótipo demonstrável.

Um dos projectos em estudo nos Estados Unidos visa encastrar antenas nas paredes de uma sala para carregar os telemóveis que se encontram no seu interior, mas um dos problemas que levanta é saber se a frequência necessária é nociva à saúde.

Outra ideia é a criação de pequenas plataformas de formato A4, com bobinas, onde se poderiam colocar dois ou três telemóveis a carregar por ressonância magnética, sem necessidade de carregadores.

Na perspectiva de Nuno Borges Carvalho, deverá ser possível dentro de dois a três anos carregar telemóveis ou MP3 por transmissão de energia sem fios.

Sem cabos

Com um pouco mais de tempo, cinco a seis anos, será eventualmente possível concretizar outro cenário em que os norte-americanos estão a pensar: tirar os cabos eléctricos do monitor, do teclado e todos os periféricos do PC, acrescentou.

 
Dentro de dois a três anos será possível carregar telemóveis sem fios
Outro conceito em que estão a trabalhar universidades norte-americanas seria colocar um satélite fora da atmosfera que colectaria energia solar e a enviaria por transferência "wireless" para uma central em Terra, que depois a distribuiria.

A ideia da transmissão de energia sem contacto vem de finais do século XIX, quando o sérvio Nikola Tesla conseguiu pela primeira vez libertar electrões no ar e enviar energia a alguns metros de distância.

Esse sérvio nascido na Croácia, que emigrou para os Estados Unidos, chegou a pensar que poderia enviar energia para todo o Planeta a partir de uma grande torre, mas na altura os poderes económicos e militares estavam mais interessados no envio de informação à distância e sem fios do que no envio de energia.

Curiosamente, é também um jovem físico sérvio da Croácia, Martin Soljacic, que está hoje a dar brado no MIT com protótipos capazes de enviar energia com algumas dezenas de megahertz de frequência, a distâncias visíveis, de alguns metros, através de grandes bobinas.

"O princípio é o mesmo de Tesla, ou seja, regular a indutância mútua e atingir uma ressonância entre duas partes do circuito", explicou à Lusa o investigador português de origem búlgara Stanimir Valtchev, do departamento de Engenharia Electrotécnica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Energia de alta-frequência

As energias de mais alta-frequência são mais direccionáveis e com uma antena é possível enviar energia a uma certa distância.

Nos anos 1960, na então União Soviética, foi possível enviar energia de entre 200 e 300 watts, com alta-frequência, para um modelo de helicóptero não tripulado a uma distância de 200 metros, recordou este investigador. Em comparação, um electrodoméstico normalmente exige quilowatts.

"Quando pensamos que vamos enviar energia à distância temos de olhar para as pessoas que vivem no mesmo espaço, já que uma frequência muito elevada aquece todos os materiais orgânicos que têm alguma água", disse Valtchev.

Por outro lado, para baixas frequências é preciso um campo magnético também bastante forte, que todavia perde intensidade com a distância. "Não se deve prometer grandes coisas, existem possibilidades, mas não assim são tão grandes", advertiu.

No MIT foi já possível acender uma lâmpada de 100 watts a dez metros de distância, mas para enviar a energia necessária são precisos meios bastante volumosos.

O problema é enviar a energia a essa distância com um rendimento razoável, segundo os investigadores.

Para Beatriz Borges, também investigadora do Instituto de Telecomunicações e docente no Instituto Superior Técnico, o problema é que a transmissão de energia sem contacto é ainda pouco eficiente e, por isso, o seu impacto industrial não é muito grande.
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Enviado por: comanche em Março 04, 2009, 10:13:25 pm
Dois Cientistas da FMUP foram considerados, o melhor e terceiro melhor do Mundo no campo da cardiotocografia

Os professores João Bernardes e Diogo Ayres de Campos, obstetras, docentes e investigadores do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), foram considerados, respectivamente, o primeiro e terceiro melhores investigadores do Mundo no campo da cardiotocografia (monitorização contínua da frequência cardíaco do feto e das contracções uterinas da grávida) pela comunidade científica online BioMedExperts.



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A BioMedExperts é uma comunidade online de grande reputação, que junta, via Internet, cientistas de todo o Mundo com o objectivo de dinamizar a partilha de conhecimento científico e promover a criação de parcerias de investigação. Esta comunidade integra o currículo de 1,4 milhões de cientistas de todo o Mundo.

Os dois investigadores da FMUP criaram, em colaboração com o Instituto de Engenharia Biomédica (INEB), um programa informático de grande impacto na prática clínica na área da Obstetrícia - o OmniView-SisPorto. Este programa efectua uma leitura dos sinais provenientes do feto, identificando situações relacionadas com a baixa oxigenação. O sistema emite ainda alertas automáticos que são recebidos pelos profissionais de saúde em qualquer ponto com acesso à rede informática hospitalar ou à internet. A monitorização dos bébés é assim realizada pelo programa 24 horas por dia, alertando os profissionais de saúde no caso de surgirem alterações.

O OmniView-SisPorto é comercializado pela empresa portuguesa Speculum a nível nacional e internacional, estando em uso em unidades de saúde de Portugal, Holanda, Reino Unido, Suíça e Dinamarca.

Os professores João Bernardes e Diogo Ayres de Campos são também investigadores do INEB. Já publicaram nas mais reputadas revistas científicas internacionais, tais como o American Journal of Obstetrics and Gynecology, o British Journal of Obstetrics and Gynecology, o European Journal of Obstetrics and Gynecology, entre outros. Juntos, produziram mais de cinquenta artigos científicos e venceram mais de dez prémios.
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Enviado por: comanche em Março 04, 2009, 10:19:48 pm
Futebol robótico com novos craques


ISEP contrata novos robôs humanóides para competição



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A equipa de futebol robótico do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), a cargo do Laboratório de Sistemas Autónomos, anunciou hoje a ‘contratação’ de três novos craques, para reforçar a equipa no campeonato da Robocup Federation.

Os recentes membros da equipa do ISEP são Humanoids NAO, uma evolução que se admite que possa vir a ser os próximos protagonistas do futebol robótico, já que não se trata de simples robôs humanóides.

Estes autómatos estão especialmente vocacionados para a investigação científica no campo da robótica e dos sistemas autónomos, estando o ISEP a contar com a sua prestação para a competição na Robocup Federation, a liga do futebol robótico.
 


Nesse sentido, o Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA) vai "obrigar” os três novos craques a um intenso programa de treinos, para os dotar com capacidades de percepção, controlo e coordenação adequadas à competição.

A Robocup Federation, criada em 1997 para promover a investigação em robótica e inteligência artificial, decorre este ano em Graz, na Áustria, entre 29 de Junho e 5 de Julho.

Robôs contra humanos

Para a prova deste ano são esperados três mil participantes, oriundos de 40 países de todo o mundo. O objectivo da competição é conseguir, em 2050, uma equipa de robôs humanóides, totalmente autónomos, que possa vencer a equipa humana campeã mundial de futebol.

O LSA é um laboratório de investigação e desenvolvimento avançado no âmbito da robótica aplicada a diferentes áreas de actuação, como o ambiente, a segurança, os transportes ou a recuperação de catástrofes.

No ano passado, na Feira de Hannover, Alemanha, uma das mais importantes mostras mundiais de tecnologia industrial, o LSA apresentou o FALCOS, uma aeronave não tripulada para detecção de fogos florestais e vigilância marítima, e o ROAZ, um robot de monitorização marítima de superfície que pode analisar a qualidade da água e detectar náufragos.
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Enviado por: comanche em Março 04, 2009, 10:30:50 pm
Investigadores da FCTUC desenvolvem Solução Tecnológica Inovadora para protecção da Zona Costeira Portuguesa


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Uma equipa multidisciplinar de investigadores (biologia, botânica, ambiente e engenharia) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver uma Tecnologia Inovadora para proteger a Zona Costeira Portuguesa, reabilitar áreas degradadas e criar condições favoráveis para o turismo e a pesca.
Os primeiros trabalhos surgiram com o estudo denominado Recuperação do Sistema Dunar da Leirosa, com financiamento privado, e prosseguiram com o projecto ?Novos Conceitos de Protecção para a Costa Portuguesa?, este integralmente financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Além dos investigadores da FCTUC e do IMAR - Instituto do Mar, colaboram o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e o Instituto Superior Técnico.

Considerando as elevadas vulnerabilidades e riscos de grande parte da zona costeira portuguesa, a solução tecnológica proposta tem por base observações de fenómenos naturais que conduziram ao desenvolvimento e valorização de estruturas submersas com incorporação de multi-funcionalidades.

Trata-se de um investimento estruturante, com impactos múltiplos na qualidade de vida das populações locais e na economia (nomeadamente pesca e turismo), contribuindo para um desenvolvimento harmonioso, equilibrado e sustentável da nossa vasta zona costeira. "Será, sem dúvida, uma óptima aposta. A implementação de estruturas submersas, usando material geotêxtil apresenta vantagens indiscutíveis: eficientes sob o ponto de vista de protecção, financeira e ambientalmente muito mais atractivas do que as estruturas convencionais, elevado nível de segurança, longevidade do material, mesmo em ambientes agressivos, plataformas flexíveis e de fácil implementação, ambientalmente sustentáveis e propícias à criação e realce de ecossistemas marinhos de grande valor", frisa o coordenador do estudo, Antunes do Carmo.

Para aplicação destas estruturas submersas, com um bom exemplo já implementado na Costa Este da Austrália (que rapidamente passou a constar do roteiro mundial para a prática de Surf), os investigadores começaram por desenvolver uma estrutura computacional adequada para a propagação de ondas e simulação dos efeitos de refracção, empolamento e rebentação das ondas. Um processo altamente complexo, tendo em conta o elevado número de variáveis em causa (fundos impermeáveis ou porosos, ondas tipicamente não-lineares, fenómenos de reflexão, processos de rebentação, formas, ângulos e dimensões das estruturas submersas e distâncias à linha da costa, etc.).

Os resultados conseguidos são altamente promissores e os cientistas estão já em fase de optimização das características finais da estrutura-tipo, garantindo que esta cumpre a dupla função: protecção da zona costeira de situações de mar mais energéticas e obtenção das melhores ondas em condições favoráveis para a prática de Surf.

"É urgente uma consciencialização pública para a gravidade dos problemas que ocorrerão a curto e médio prazos em diferentes zonas da costa portuguesa, em particular nas proximidades de aglomerados urbanos. Se não forem adoptadas medidas rápidas de prevenção e reabilitação das zonas mais degradadas, com o precário equilíbrio dinâmico existente aliado a uma previsível subida do nível médio do mar, que segundo estudos recentes atingirá cerca de 0.50 m a 0.60 m neste século, dentro de uma a duas décadas será muito mais dispendioso reparar os danos e mitigar os efeitos", alerta o investigador da FCTUC, especialista em Hidráulica Fluvial e Marítima.
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Enviado por: comanche em Março 04, 2009, 10:35:48 pm
Minhocas de Riba de Ave são as primeiras do mundo a tratar lixos urbanos


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As minhocas, animal que pesa entre um e dois gramas e pode viver em média oito anos, têm hoje oportunidade de brilhar. Em Riba de Ave, concelho de Vila Nova de Famalicão, é inaugurada a primeira unidade de vermicompostagem do mundo para resíduos indiferenciados. Milhões de minhocas comprometem-se a trabalhar dia e noite para tratar 1500 toneladas de lixos urbanos por ano, o que corresponde aos resíduos gerados por quatro mil habitantes.

A "cultura de minhocas" já existe há mais de 20 anos. Até ao momento, a utilização destes animais limitava-se à transformação de matéria orgânica - como esterco de pecuárias, lamas de ETAR (estações de tratamento de águas residuais) e resíduos de indústrias agro-alimentares - em húmus que pode ser usado como adubo.

Mas a unidade de Riba de Ave, da Amave (Associação de Municípios do Vale do Ave) - a funcionar há mês e meio a velocidade cruzeiro, tratando em média cinco toneladas de resíduos por dia - é a primeira do mundo onde as minhocas são lançadas aos lixos indiferenciados, incluindo cartão, papel, plásticos, metal.

Segundo explicou ao PÚBLICO Rui Berkemeier, do Grupo de Resíduos da Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) - que dá apoio técnico ao projecto -, para tratar uma tonelada de resíduos urbanos são necessários meio milhão de minhocas. Estes animais podem digerir metade do seu peso por dia. A taxa de recuperação através da vermicompostagem é superior a 80 por cento, acrescenta.

João Completo, da empresa portuguesa Lavoisier - responsável pela tecnologia utilizada nesta unidade - diz que o projecto demorou cinco anos a ser desenvolvido. "Começámos a utilizar minhocas para tratar o esterco nas vacarias, depois passámos às lamas de suiniculturas. Agora decidimos fazer uma experiência radical. Depois de dois anos de investigação pusemos as minhocas a tratar de todo o lixo".

O processo passa por duas fases. Primeiro, os resíduos sólidos urbanos indiferenciados são tratados para serem homogeneizados - para que as minhocas os possam digerir, dado que não têm dentes -, para serem higienizados - eliminando os agentes patogénicos que possam existir - e para retirar os cheiros. Estes processos demoram entre duas a três semanas, período durante o qual é aumentada a temperatura dos resíduos para 65º. "Aqui aparecem as primeiras bactérias que fazem uma primeira digestão da matéria", explica João Completo.

"Depois lançamos as minhocas que demoram entre duas a três semanas para digerirem os resíduos e transformarem o lixo em húmus, ou seja, as suas fezes".

Mas estas minhocas têm outra tarefa, como explica João Completo. "Os resíduos que não consigam digerir, como os copos de iogurte e os sacos de plástico, são limpos de todos os restos de comida e sujidade e ficam prontos para serem enviados para as várias fileiras de reciclagem". Este plástico é depois triturado e fica pronto a ser utilizado pelas empresas de reciclagem.

Outro subproduto deste "negócio" é o húmus que resulta da vermicompostagem. "A unidade tem uma fase de triagem com um crivo, com furinhos de vários diâmetros consoante o destino do húmus, seja para jardins, agricultura ou uso florestal".

Quercus vai apresentar proposta ao Ministério do Ambiente

Rui Berkemeier gostava de ver alargada esta tecnologia a vários pontos do país porque, diz o ambientalista, "só tem vantagens". Além de digerirem quase tudo - menos resíduos como têxteis, sapatos e cadeiras -, as minhocas oferecem um serviço "barato" e com custos mínimos. Segundo Rui Berkemeier, a unidade de Riba de Ave - que emprega duas pessoas fixas e uma adicional - representa um investimento de 250 mil euros e cada tonelada tratada ficará em 180 euros.

Além disso, podem ser implementadas unidades de vermicompostagem para pequenas ou grandes cidades, permitindo um tratamento descentralizado. "Isto pode reduzir a necessidade de transportar os resíduos desde quem os produz até aos grandes centros de tratamento ou armazenamento".

Estas unidades poderiam gerar, dentro de cinco a seis anos, até três mil postos de trabalho, tudo com tecnologia cem por cento portuguesa, estima a Quercus.

Actualmente existem três projectos que deverão estar concluídos este ano para outras unidades de vermicompostagem, adiantou Rui Berkemeier: um na ilha de São Miguel, no concelho do Nordeste, outra em Beja e outra na Figueira da Foz.

A Quercus pretende apresentar uma proposta ao Ministério do Ambiente para que apoie a instalação deste tipo de unidades e para que "haja investimento público". Até porque, salientou o especialista em resíduos, este ano Portugal vai falhar a Directiva Aterros no que respeita à quantidade de resíduos orgânicos que ainda vai para estes locais. "Não será preciso grande financiamento para, através das minhocas, resolver este incumprimento".

A unidade de vermicompostagem da Amave tem ainda o apoio da Sociedade Ponto Verde, sendo o equipamento fabricado pela empresa portuguesa Plasmaq.
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Enviado por: André em Março 06, 2009, 05:07:38 pm
Português que revolucionou estudo da divisão celular homenageado pelo IBMC, no Porto

O Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto vai homenagear o investigador Miguel Mota, pelo trabalho visionário desenvolvido na década de 50 do século XX, que gerou uma hipótese científica só comprovada três décadas depois.

Miguel Mota, actualmente com 83 anos, defendeu, num trabalho apresentado na década de 50, que os cinetócoros, uma estrutura dos cromossomas, eram muito importantes no processo de divisão celular.

Segundo o investigador português, os cinetócoros seriam uma espécie de motor na anáfase, ao moverem os cromossomas para os pólos, permitindo a divisão celular.

A homenagem a Miguel Mota terá lugar durante um seminário, que se realiza segunda e terça-feira, com a presença de alguns dos maiores investigadores mundiais na área da divisão celular, entre os quais Ted Salmon, da Universidade da Carolina do Norte, e Rebecca Heald, investigadora na Universidade de Berkeley e editora da revista Journal of Cell Biology.

Nesta reunião científica estará também presente Gary Gorbsky, da Oklahoma Medical Research Foundation, que comprovou experimentalmente, em 1987, a teoria apresentada em 1957 pelo investigador português.

Hélder Maiato, do IBMC, salientou a importância desta homenagem, frisando que "ainda não tinha sido reconhecida, até agora, a hipótese revolucionária" defendida por Miguel Mota.

"Um investigador português, nos anos 50, sem recurso às tecnologias que hoje são comuns nos laboratórios, avançou com uma hipótese que revolucionou a compreensão dos mecanismos da divisão celular", frisou Hélder Maiato, principal organizador da homenagem.

Miguel Eugénio Galvão de Melo e Mota nasceu em Lisboa, a 15 de Outubro de 1922, tendo assumido em 1948 a direcção do Laboratório de Citogenética da Estação de Melhoramento de Plantas, em Elvas, logo depois de ter concluído o curso no Instituto Superior de Agronomia.

Em 1957 apresentou o trabalho que viria a revolucionar o estudo sobre divisão celular, tendo-se mantido ao longo do seu percurso académico sempre ligado à investigação na área da genética, até se aposentar em 1992.

Miguel Mota trabalhou nas mais prestigiadas instituições de investigação em países como a Suécia, a Grã-Bretanha e os EUA, tendo escrito mais de um milhar de artigos científicos, que foram publicados em dezenas de jornais e revistas.

Lusa
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Enviado por: comanche em Março 10, 2009, 12:45:14 am
Investigadores portugueses descobrem mecanismo de «reeducação» de células do sistema imunitário


Investigadores portugueses descobriram como identificar e controlar células imunitárias (linfócitos T) para as fazer actuar contra infecções e não para promoverem doenças auto-imunes, num estudo que poderá ter importantes aplicações terapêuticas.

O trabalho, realizado por investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, vem hoje publicado na edição on-line da prestigiada revista científica Nature Immunology.

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"Descobrimos uma maneira de diferenciar duas populações de linfócitos T que produzem factores com actividades biológicas distintas", disse à Agência Lusa o responsável pela equipa de investigação, Bruno Silva-Santos.

Os linfócitos T são glóbulos brancos produzidos no timo, um órgão situado sobre o coração, que combatem infecções e cancro. Porém, estas células podem também ter efeitos indesejáveis, sobretudo se atacarem as próprias células do organismo.

Enquanto um dos factores produzidos por estas células, o Interferão-gama, é importante no combate a vírus e a tumores, o outro, a interleucina-17, apesar de igualmente envolvido na resposta às infecções, tem efeitos maléficos e está na base de doenças inflamatórias e auto-imunes, como a diabetes ou a esclerose múltipla.

 
Bruno Santos Silva
Segundo explicou o director da Unidade de Imunologia Molecular do IMM, o que distingue estas duas populações é um receptor, designado CD27, que está na superfície das células e lhes transmite sinais que recebe do exterior.

"Nós conseguimos manipular este receptor de forma a controlar a geração das duas populações de linfócitos T", afirmou, sublinhando que "este conhecimento poderá ter importantes aplicações terapêuticas", dadas as funções distintas das duas populações de células.

"O processo que identificámos funciona como uma reeducação das células T dos ratinhos e abre perspectivas na imunoterapia de doenças inflamatórias e auto-imunes", assinalou. Apesar deste trabalho ter sido realizado em modelos de experimentação animal, Bruno Silva-Santos garante dispor de evidências preliminares da conservação destes fenómenos nos seres humanos. Nesse sentido, referiu que a investigação futura da sua equipa "irá analisar o potencial de aplicação destes conhecimentos em células humanas".

O estudo contou com a colaboração do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), ao qual esta equipa do IMM está associada, bem como de investigadores estrangeiros nos Estados Unidos, Holanda e Reino Unido.

Bruno Silva-Santos licenciou-se em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, doutorou-se em Imunologia pela University College de Londres e fez pós-doutoramento no King's College, também na capital britânica. É docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa desde 2005 e investigador externo do IGC desde 2007.
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Enviado por: Chicken_Bone em Março 16, 2009, 09:15:10 pm
Start-up portuguesa abre filial no Reino Unido para iniciar negócio
Tomorrow Options Microelectronics Ltd é a filial que a "start-up" tecnológica - saída do Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (MIETE) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - abriu há um mês em Sheffield, no Reino Unido.

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Tomorrow Options Microelectronics Ltd é a filial que a "start-up" tecnológica - saída do Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (MIETE) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - abriu há um mês em Sheffield, no Reino Unido.

A empresa-mãe é criada no Porto, mas o negócio vai nascer no Reino Unido, estando previsto o arranque até ao final do próximo mês de Abril. Em causa está o "walkinsense", um dispositivo médico que permite avaliar e prevenir os efeitos do pé diabético, doença que afecta cerca de 15% dos diabéticos.

Trata-se do único dispositivo portátil no mundo e, talvez por isso, chamou a atenção da capital de risco do Ministério da Economia e da Inovação. A Inovcapital, que entrou em Julho de 2008 e que investiu até agora 600 mil euros na empresa, assumiu a maioria do capital, com uma posição de 72%.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=358934 (http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=358934)
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Enviado por: Chicken_Bone em Março 17, 2009, 10:08:21 pm
Empresa e Universidade do Minho produzem 2 jogos a 3 dimensões

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Empresa e Universidade do Minho produzem 2 jogos a 3 dimensões
20h27m

A empresa Sketchpixel, uma spin-off da Universidade do Minho com sede no Avepark em Guimarães, está a produzir dois jogos a três dimensões, um para locais públicos e outro para computador.

O gestor Miguel Abreu adiantou à Lusa que o jogo para computador servirá também para apresentação de museus, galerias, ou mesmo habitações.

A Sketchpixel apresentou, hoje, na FNAC em Braga a TV 3D, uma tela LCD munida de uma tecnologia que permite criar um efeito de três, com uma transmissão de conteúdos com percepção real, sem que seja necessária a utilização dos tradicionais óculos.

A reacção dos visitantes foi notavelmente positiva, visto que são várias as pessoas que prendem o olhar durante algum tempo admirando os efeitos emitidos pela tridimensionalidade do ecrã.

"Temos um outro jogo, para a tecnologia da EXVA - uma outra firma instalada no AvePark -, para jogar em locais públicos por um elevado número de pessoas em simultâneo, e que será depois adaptado para juntar à tecnologia 3D.

Sedeada no edifício do SPINPARK, instalado no Parque de Ciência e Tecnologia - Avepark, a Sketchpixel é uma empresa inovadora, na área da multimédia e dos efeitos visuais.

Miguel Abreu adiantou que, a breve prazo, serão apresentados os dois jogos, ficando para mais tarde a adaptação de títulos de outras produtoras e para outras plataformas, como as consolas 'Playstation' e 'Xbox'.

A Sketchpixel vai também inaugurar, no início de Abril, um "show room" no Spinpark, onde irá mostrar novas soluções tecnológicas como a TV 3D, a Realidade Aumentada e a Realidade Virtual.

Espera ainda poder contar com algumas das novidades dos seus parceiros, como a tecnologia de detecção de movimento desenvolvida pela EXVA, entre outros.

O 'show-room' servirá para mostrar as potencialidades comerciais das novas tecnologias, com a utilização de exemplos práticos, mas estará também aberta a escolas para visitas de estudo.

A iniciativa pretende, ainda atrair os mais jovens para as novas tecnologias.


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Tecnolo ... id=1172099 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=1172099)
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Enviado por: comanche em Março 18, 2009, 12:07:51 am
FCTUC vence o William Carter Award de 2009 com Tecnologia para Segurança Informática

Uma Tecnologia Inovadora para avaliar mecanismos de protecção de segurança da Internet de forma a que esta possa ser mais segura, acaba de ser distinguida com o mais importante Prémio Científico do Mundo na área da Fiabilidade de Sistemas Informáticos - William Carter Award  2009.


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A investigação foi desenvolvida pelo investigador José Fonseca, do grupo Software and Systems Engineering, do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e Docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda.

Para se perceber um pouco a investigação, o autor, José Fonseca, explica: “ a nossa investigação centra-se nos problemas de segurança das aplicações Web (páginas pessoais, blogs, sites noticiosos, redes sociais, agências bancárias, fóruns, sites de comércio electrónico, etc.). A proposta apresentada no artigo premiado é de um injector de ataques para aplicações web. A ideia subjacente é a de que, através do ataque controlado a uma aplicação Web, podemos avaliar o comportamento de uma série de mecanismos de segurança cujo objectivo é proteger a aplicação Web. Por ex., supondo que um desses mecanismos é um detector de intrusões. Se, apesar da presença desse detector de intrusões, conseguirmos realizar um ataque com sucesso, então podemos concluir que o detector de intrusões não cobre esse ataque (ou esse tipo de ataques). Este resultado deve levar à correcção desse detector de intrusões e, assim, contribuir para a melhoria da segurança em aplicações Web”.

Embora “o protótipo que construímos ainda se encontre numa fase inicial de desenvolvimento, já permitiu realizar experiências com resultados extremamente animadores, nomeadamente na avaliação de dois detectores de vulnerabilidades de segurança comerciais e de um detector de intrusões”, avança o investigador.

O William Carter Award, instituído em 1997, é considerado o “prémio Nobel” da área da Fiabilidade Informática. Normalmente são as melhores universidades do mundo como CMU, Stanford, Illinois, Princeton e Texas-Austin a conseguir tão alta distinção. Coimbra venceu pela segunda vez, o que “demonstra bem que a FCTUC é uma escola de referência na área da dependability (fiabilidade) de sistemas. É um feito notável que, em 13 edições do prémio, a Universidade de Coimbra tenha conseguido obter por duas vezes esse reconhecimento. É a única nessa situação e é um feito que mostra a excelência da investigação realizada em Portugal, e no CISUC em particular. A nível pessoal, este prémio representa um importante reconhecimento da comunidade científica, pelo trabalho desenvolvido”, afirma José Fonseca.

Para os orientadores do trabalho científico, Henrique Madeira e Marco Vieira, “É o reconhecimento máximo que investigadores da área de Dependable Systems (Sistemas Confiáveis) podem ter. Este galardão reconhece a excelência da investigação realizada na FCTUC e não temos dúvidas de que este trabalho científico dará origem, a curto prazo, a produtos comerciais que permitirão aumentar a segurança dos computadores. Nunca a área da segurança informática colocou tantos e tão grandes desafios aos informáticos no desenvolvimento de computadores e software confiáveis para evitar perdas muito graves”.
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Enviado por: comanche em Março 18, 2009, 12:13:31 am
«Até ao tecto do Mundo» chega aos EUA

Longa-metragem de cinema de animação conquista prémios norte-americanos

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O filme português de animação «Até ao Tecto do Mundo», cujo contexto tecnológico inovador de produção foi objecto de investigação no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, volta a ser premiado nos Estados Unidos da América.

A longa-metragem, com o «Profissional Animation Golden Lion Award» no «12º George Lindsey UNA Film Festival», um festival que integra o Top 20 dos maiores eventos do sudeste norte-americano, e com o «Aloha Accolade Award» no «Honolulu International Film Festival», o filme da autoria de António Costa Valente, Vítor Lopes e Carlos Silva, foi produzido integralmente em Portugal no estúdio de animação do Cine-Clube de Avanca.
 


A filmagem foi, em 2008, uma das portuguesas mais premiadas em festivais no estrangeiro. A estes dois galardões juntam-se dois outros conquistados também em solo norte-americano, em festivais na Carolina do Norte e na Califórnia.

«Até ao tecto do Mundo» foi ainda distinguido em Vancouver (Canadá) e foi já exibido em festivais de quatro continentes, estando prevista a sua próxima estreia em África. Logo que os acontecimentos mais recentes o permitam, este filme terá distribuição por todo o território da Guiné-Bissau, ainda antes da exibição em Portugal, o que constituirá um acontecimento inédito.

Ainda em Março, a obra cinematográfica participa, como finalista, na competição do «South Beach Animation Festival», a decorrer na Florida, entre os dias 26 e 29, e a versão em língua turca do filme será exibida no Chipre, integrando a «Children’s Film Week».

Com música do Maestro António Vitorino d’Almeida e vozes de Isabel Queirós Ângela Marques, Fernando Mendonça, Jorge Vasquez, Lucinda Afonso, Nuno Simões, Patrícia Franco, Pedro Mendonça, Rui Lopes, Rui Oliveira e Rute Pimenta, «Até ao Tecto do Mundo» é um filme para crianças, com participações diversas.
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Enviado por: Chicken_Bone em Março 18, 2009, 12:18:09 am
Comanche! Como não tens "postado" tanto, pensava que estarias desiludido (ou mesmo depressivo) com as discussões desta secção do fórum. Provavelmente, o pessoal irá ignorar (como de costume) notícias como esta do prémio de fiabilidade.

Investigadores portugueses mostram que enxaqueca é “herança” de família

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Um grupo de investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) e do Hospital de Santo António (HGSA) demonstrou que os familiares directos de pessoas que sofrem de enxaqueca são entre três e quatro vezes mais susceptíveis de ter esta doença. Foram analisadas 144 famílias num total de 483 pessoas afectadas pela doença.

O estudo foi publicado este mês na revista "Headache". Os dados “permitiram comprovar que há uma agregação familiar muito significativa” de dois tipos caracterizados de enxaqueca, com aura (que envolve distúrbios visuais, auditivos, sensitivos ou motores antes da dor de cabeça se instalar) e sem aura.

Foram estudadas 483 pessoas afectadas pela doença e os seus familiares directos (pais, irmãos e filhos). A enxaqueca é uma doença incapacitante sem cura mas com tratamento e que afecta cerca de 15 por cento da população portuguesa. A descrição de sintomas são a única forma de detectar a doença (que pressupõe a ocorrência de pelo menos cinco episódios) e aparecem entre os 17 e os 19 anos, na fase mais produtiva de um jovem adulto. “Estudar os grupos de risco pode ser um importante contributo para estudar as causas da doença, bem como definir estratégias de acção futura”, adianta Carolina Lemos, investigadora do IBMC. As alterações de sono, o stress, a pressão atmosférica, a mudança de fuso horário ou a privação de cafeína são outros factores que podem fazer surgir um episódio de enxaqueca.

O estudo comparou ainda a frequência em 144 famílias dos dois tipos de enxaqueca, com a frequência na população em geral. “Verificou-se que a frequência de enxaqueca com aura era menor em relação à enxaqueca sem aura. Os investigadores acreditam que estes resultados podem indicar uma menor prevalência de enxaqueca com aura no Sul da Europa em relação ao Norte”, refere o comunicado divulgado hoje pelo IBMC que nota ainda que “dados de estudos equivalentes realizados na Grécia, em Itália e na Dinamarca e referidos neste artigo indicavam já esta possibilidade”.


http://jn.sapo.pt/paginainicial/tecnologia/default.aspx (http://jn.sapo.pt/paginainicial/tecnologia/default.aspx)
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Enviado por: comanche em Março 18, 2009, 12:26:42 am
Citação de: "Chicken_Bone"
Comanche! Como não tens "postado" tanto, pensava que estarias desiludido (ou mesmo depressivo) com as discussões desta secção do fórum. Provavelmente, o pessoal irá ignorar (como de costume) notícias como esta do prémio de fiabilidade.


Não, apenas não tenho tido tempo disponivel para "postar" e comentar.

Cumprimentos
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Enviado por: P44 em Março 18, 2009, 01:47:21 pm
e vcs não querem que uma pessoa seja pessimista... :roll:

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Póvoa de Varzim
   18-03-2009 9:29

Crise afecta Parque de Energia das Ondas

Apresentado com uma bandeira da liderança portuguesa nas renováveis o Parque de Energia das Ondas está parado há quatro meses.

As três máquinas instaladas na Aguçadoura, Póvoa de Varzim, estão no Porto de Leixões à espera de reparação e de melhores dias para conseguir novo financiamento.

A empresa australiana Babcock & Brown, que lidera o projecto, diz que a paragem se deve a problemas técnicos verificados na estrutura, o que obrigou a retirar todas as máquinas do mar.
Mas, a Pelamis - empresa que forneceu a maquinaria – avança também que a crise financeira está a bloquear novos investimentos.

Com um custo inicial de nove milhões de euros, o projecto está congelado: primeiro, por causa de problemas técnicos, que segundo a Pelamis estão resolvidos, mas depois chegou a crise e a falta de crédito.

A empresa australiana está a vender activos para pagar dúvidas e os investimentos em Portugal poderão estar em risco.

Ontem, em declarações à Agência Lusa, o responsável da companhia de energia oceânica - empresa do grupo Babcock & Brown - disse que o problema técnico estaria resolvido até ao Verão, após o que as máquinas poderão ser colocadas outra vez em alto mar, mas admite que Portugal perdeu a corrida e que o projecto de criação de um cluster está seriamente comprometido.

http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx ... tId=280564 (http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&ContentId=280564)
Título:
Enviado por: André em Março 18, 2009, 01:54:16 pm
Isso P44 era aqui ...  :roll:  :arrow: http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=7582 (http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=7582)
Título:
Enviado por: P44 em Março 18, 2009, 02:08:13 pm
sorry :oops:
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Enviado por: comanche em Março 21, 2009, 11:23:03 pm
Tecnologia de Reparação Cerebral da UC distinguida pelo MIT-Portugal

Uma equipa da Universidade de Coimbra desenvolveu uma tecnologia inovadora e altamente especializada para identificação funcional de novos neurónios, com aplicações na epilepsia, depressão, Alzheimer, Parkinson ou esclerose múltipla. A descoberta foi considerada a biotecnologia mais promissora na área de Sistemas de Bio-Engenharia do Programa MIT-Portugal.

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Regenerar células do cérebro através do recurso a células estaminais é o objectivo de um método desenvolvido na Universidade de Coimbra, e já alvo de uma patente internacional, que foi agora distinguido com o Prémio GlaxoSmithKline, no âmbito do Programa MIT-Portugal.

Através deste projecto científico, um grupo de investigadores tem tentado determinar como actuam as células estaminais neurais para as poderem ‘programar’ para reparação cerebral ou para influenciar células residentes no cérebro que executem essa função. «As patologias do cérebro são uma das principais causas de sofrimento nas sociedades modernas e são responsáveis por consumos económicos enormes. Estima-se que cerca de 30% das pessoas padeça de algum tipo de patologia ou disfunção cerebral. No entanto, estas patologias não têm tratamentos eficientes: há fármacos que aliviam sintomas mas não promovem a cura. O nosso grupo de investigação dedica-se a olhar para lá desta fronteira. Neste contexto, a utilização de células estaminais perspectiva-se como uma boa ferramenta para vir a desenvolver novas estratégias para curar, de facto, as patologias do cérebro e não simplesmente aliviar sintomas», explica João Malva, responsável pela equipa de investigação.

As técnicas desenvolvidas permitirão, por exemplo, ‘ensinar’ as células estaminais do cérebro a ‘introduzirem-se’ nos circuitos afectados pela doença, recorrendo à manipulação farmacológica. Outra hipótese estudada passa por cultivar as células estaminais em laboratório, transplantando-as posteriormente para cérebros lesados. A descoberta poderá ter resultados revolucionários em casos de reparação cerebral de doenças em que é necessário colocar novos neurónios dentro do cérebro do doente, como a epilepsia, a depressão ou as doenças de Parkinson e Alzheimer, ou em situações em que se introduzem novas células (oligondendrócitos) para reparar um cérebro doente, como na esclerose múltipla.

Os investigadores da Universidade de Coimbra – do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e do Instituto de Bioquímica da Faculdade de Medicina – desenvolveram uma inovadora técnica de análise de flutuações de cálcio intracelular, que funciona com base nas variações de concentrações de iões em cada célula, e que permite ultrapassar a dificuldade de diferenciação das células enquanto se encontram vivas. «A utilização desta tecnologia permitirá a descoberta de novos fármacos que actuam selectivamente em diferentes grupos de células e permitirá também descobrir novos fármacos que tenham a possibilidade de aumentar a diferenciação destas células imaturas em diferentes tipos de células que são necessários para reparar as diferentes patologias do cérebro», revela João Malva.

Esta biotecnologia foi considerada a mais promissora da área da Sistemas de Bio-Engenharia do Programa MIT-Portugal, razão pela qual lhe foi atribuído o Prémio GlaxoSmithKline, numa reunião que decorreu recentemente no Biocant Park, em Cantanhede. João Malva esclarece que «este prémio procura promover as estratégias para a comercialização e transferência de tecnologia entre os grupos de investigação nas universidades e a sua implementação no mercado: na indústria farmacêutica ou no mercado associado à medicina regenerativa» e considera-o um incentivo para a continuação do trabalho do seu grupo. Também por isso, espera-se que a investigação premiada possa ser desenvolvida tendo em vista a sua introdução no mercado.

O mesmo projecto, numa fase anterior de evolução, havia aliás sido já distinguido no âmbito do Industrial Biotech, um fórum internacional que decorreu em Bruxelas nos dias 25 e 26 de Junho, onde foram apresentados vários projectos na área da biotecnologia industrial e em que participaram diversas entidades de capital de risco e centena e meia de especialistas científicos de renome internacional.
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Enviado por: comanche em Março 21, 2009, 11:27:11 pm
Investigador da UAlg distinguido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro

O investigador Nuno Rodrigues dos Santos, do Centro de Biomedicina Molecular e Estrutural (CBME) da UAlg, integrado no Laboratório Associado Instituto de Biotecnologia e Bioengenharia (IBB), acaba de receber uma bolsa Terry Fox no valor de 15.000 euros.

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Com esta bolsa, atribuída pelo Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRS-LPCC) e pela Embaixada do Canadá, que organiza em Portugal a Corrida Terry Fox, o investigador vai continuar a estudar a interacção entre células normais e cancerígenas no contexto da leucemia aguda de linfócitos T. Este cancro tem a sua origem no timo, órgão onde os linfócitos T (um tipo de glóbulos brancos) crescem e amadurecem, afecta sobretudo crianças e adolescentes e é de progressão rápida.

“Expressão da proteína RelB no timo e desenvolvimento de leucemia aguda de linfócitos T” é o nome do projecto que Nuno Rodrigues dos Santos submeteu a concurso no âmbito das Bolsas Terry Fox, todos os anos atribuídas pelo NRS-LPCC e pela Embaixada do Canadá, através das quais são distinguidas três propostas de investigação inovadoras no campo da Oncologia com bolsas individuais de 15.000 euros.

“Estou muito grato à Liga Portuguesa Contra o Cancro, à Embaixada do Canadá e à Fundação Terry Fox pela atribuição desta bolsa. Além de se tratar de um reconhecimento da qualidade do trabalho já produzido até aqui em torno da leucemia aguda de linfócitos T, será uma ajuda preciosa para continuar a explorar os mecanismos moleculares que estão na origem desta patologia”, explica Nuno Rodrigues dos Santos. Na UAlg desde 2008 ao abrigo do Programa Ciência 2007, o investigador tem vindo a debruçar-se sobre a doença desde 2000. Nessa altura ingressou no Instituto Curie (França), justamente para estudar este tipo de leucemia, logo após ter completado o seu doutoramento em Oncobiologia na Universidade de Nijmegen, nos Países Baixos.

A cerimónia oficial de entrega das três bolsas de investigação científica Terry Fox 2009/2010 teve lugar no dia 17 de Março, na sede do NRS-LPCC. Candidataram-se a estas bolsas 15 projectos de investigação, “todos com enorme potencial científico”, pode ler-se no site da LPCC, tendo sido distinguidos pelo júri Nuno Rodrigues dos Santos, da UAlg, Branca Maria Limón Cavaco, do Instituto Português de Oncologia, (IPOLFG), e Vasco Barreto, do Instituto Gulbenkian de Ciência.

Esta é a segunda vez que um investigador do IBB/CBME da UAlg é distinguido com uma bolsa Terry Fox. Antes de Nuno Rodrigues dos Santos, que centra a sua investigação na leucemia aguda de linfócitos T, foi a vez da estudante de pós-doutoramento Ana Luísa Martins Ferreira, orientada no IBB/CBME pela Prof.ª Maria José Castro, que em 2006 viu o seu trabalho distinguido pela LPCC e pela Embaixada do Canadá, recebendo uma bolsa Terry Fox para estudar a aplicação de novas técnicas de diagnóstico na área da Oncologia.

É no timo que tudo se passa

A leucemia aguda de linfócitos T, doença que Nuno Rodrigues dos Santos vai continuar a estudar nos próximos anos, é desencadeada em células precursoras derivadas das células estaminais da medula óssea que entram no timo para se diferenciarem em linfócitos T. As células estaminais da medula óssea dão origem aos linfócitos (um tipo de glóbulos brancos) que são essenciais para a resposta imunológica.

O timo é um órgão localizado no tórax por cima do coração, que funciona como uma espécie de incubadora do sistema imunitário humano: uma vez dentro do timo, as células precursoras que vão transformar-se em linfócitos T passam por várias fases de maturação bem definidas, durante as quais têm de superar uma série de testes para não serem eliminadas e passarem à etapa seguinte. Este processo é designado por selecção tímica.

“Durante o seu desenvolvimento, os linfócitos T, os que nos interessam para estudar este tipo de leucemia, circulam por diferentes regiões do timo, interagindo com células normais, cuja função é mostrar a estes glóbulos brancos pequenos fragmentos do que é normal no organismo assim “ensinando-os” a não atacar as células normais do corpo. Se os linfócitos T se colarem às células do organismo são eliminados, assim evitando o aparecimento de uma resposta imunológica contra as células do próprio organismo o que poderia resultar em doença auto-imune”, explica Nuno Rodrigues dos Santos.

E parece ser durante esta sequência de armadilhas que são montadas às células precursoras aspirantes a linfócitos T, quando entram em contacto e interagem com células normais do timo, que algo desencadeia a formação de células cancerígenas.

À procura de uma resposta nas proteínas

Nuno Rodrigues dos Santos centrou a sua investigação numa proteína que existe nas células normais do timo, o RelB, e que é muito importante para a produção de outras proteínas que vão, por sua vez, interagir com os linfócitos T em formação.

O investigador já verificou, em trabalhos anteriores, usando ratinhos como modelo de estudo, que se as células normais do timo estiverem geneticamente alteradas (com mutações induzidas), apagando o gene que controla a produção de proteína RelB, a leucemia vai desenvolver-se mais tarde.

Para perceber até que ponto esta proteína RelB seria importante para o desenvolvimento a leucemia aguda de linfócitos T, o investigador comparou a resposta de dois tipos de ratinhos transgénicos: os TEL-JAK2, que expressavam a proteína RelB, e um outro grupo de ratinhos TEL-JAK2 mas com uma mutação induzida que apagou o gene RelB.

“Os ratinhos com o gene activo desenvolveram leucemia ao fim de poucos meses, entre dois a cinco, ao passo que os ratinhos sem o gene RelB activo só foram afectados pela doença muito mais tarde, perto do final do primeiro ano de vida”.

Com a bolsa atribuída pela LPCC, Nuno Rodrigues dos Santos quer agora identificar que proteínas são controladas pela proteína RelB e de entre estas, quais são as que contribuem para o desenvolvimento da leucemia.
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Enviado por: comanche em Março 21, 2009, 11:29:41 pm
Satélite europeu GOCE leva a bordo software português

O satélite GOCE, que a Agência Espacial Europeia (ESA) acaba de lançar em órbita, leva a bordo software testado por uma empresa portuguesa de tecnologias avançadas, com sede em Coimbra - a Critical Software.


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A empresa trabalhou juntamente com a ESA no desenvolvimento do GOCE, satélite lançado na terça-feira, após alguns adiamentos, com a missão de melhorar o conhecimento sobre o impacto da actividade humana na Terra.

O satélite europeu GOCE permitirá conhecer melhor as correntes oceânicas, o comportamento dos vulcões e os movimentos tectónicos, com uma medição precisa da gravidade.

O satélite irá "medir o campo gravitacional e reproduzir modelos da Terra com grande precisão e resolução, permitindo aprofundar de forma significativa os conhecimentos sobre a Física e a investigação climática", destaca por seu turno uma nota da Critical Software.

"O que fizemos foi verificar se os sistemas e subsistemas de hardware e software a bordo do satélite funcionam e não têm falhas", disse hoje à Lusa Rui Melo Biscaia, responsável pelo Marketing e Comunicação da Critical Software.

Desenvolvido por outra entidade, o software do satélite foi testado pela empresa portuguesa ao nível da sua conformidade com os requisitos definidos pela ESA, das falhas e das melhores práticas do mercado.

"Provocamos falhas nesse software, para ver como ele reage, a sua capacidade de resposta", explicou aquele responsável.

Rui Melo Biscaia sublinha que, no espaço, "se o software falha perde-se o satélite, o que seria um custo e uma perda brutal, que não pode acontecer".

" medida que é desenvolvido, o software é "imediatamente testado, de forma a poder ir sendo reabilitado".

Todos os componentes de software do GOCE demoraram "longos meses" até serem validados, disse.  

O GOCE (Gravity field and steady-state Ocean Circulation Explorer) integra a frota de satélites da ESA que farão missões de investigação à Terra no âmbito do programa "Planeta Vivo".

A partir do espaço, são recolhidas medições para melhor compreender a interacção entre as  camadas da Terra e as repercussões que a actividade humana está a ter nos processos naturais do planeta.

O GOCE foi construído por um consórcio de 45 empresas de 13 países europeus, entre as quais a Critical Software, a quem coube testar o software embarcado.

Formada na incubadora de empresas do Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, em 1998, rapidamente a Critical Software ultrapassou as fronteiras do país, tendo como primeiro cliente a NASA. Mais tarde, passou também a ser fornecedor da ESA, com quem tem vários projectos.

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Enviado por: comanche em Março 21, 2009, 11:33:59 pm
Maria Helena Nazaré nomeada membro da direcção da EUA

Portugal tem, pela primeira vez, representante na direcção da Associação Europeia das universidades


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Maria Helena Nazaré recebeu 89,5 por cento dos votos
Maria Helena Nazaré foi eleita para o cargo de membro da Direcção da Associação Europeia de Universidades/European University Association (EUA). O mandato de quatro anos da reitora da Universidade de Aveiro decorreu ontem de manhã durante os trabalhos da X Assembleia Geral da EUA, que decorrem em Praga, na República Checa.

A proposta do nome de Maria Helena Nazaré, apresentada pelo CRUP, recebeu 89,5 por cento dos votos expressos. Esta é a primeira vez que um português ascende à direcção da EUA, o que mais releva a importância deste momento.


Recorde-se que Sérgio Machado dos Santos, antigo reitor da Universidade do Minho e ex-Presidente do CRUP, chegou a desempenhar as funções de presidente da Confederação dos Conselhos de Reitores da União Europeia (organismo cuja fusão com a Associação de Reitores Europeus deu origem à EUA).

A eleição de Maria Helena Nazaré para a Direcção da EUA representa, no entender do CRUP, um importante reforço da importância e do papel a desempenhar pelas universidades portuguesas no contexto internacional, bem como um reconhecimento do trabalho que estas têm vindo a realizar nas diversas áreas que constituem a função universitária.
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Enviado por: comanche em Março 21, 2009, 11:37:37 pm
Centenas de experiências científicas no Palácio de Cristal

Mostra de Ciência, Ensino e Inovação no centro do Porto

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A Mostra de Ciência, Ensino e Inovação da Universidade do Porto vai regressar ao centro da cidade, um ano depois da passagem pelo Pólo Universitário da Asprela. A partir da próxima quinta-feira até dia 29 do corrente, o Palácio de Cristal volta a acolher as centenas de experiências e demonstrações científicas que as faculdades e os centros de investigação da Universidade do Porto (UP) organizam especificamente para esta festa aberta da Ciência e do Conhecimento.

Entrar na pele de um agente do CSI e em poucos segundos identificar drogas com testes químicos, colocar as luvas e vestir a bata de médico e participar num parto simulado com manequins computorizados em tamanho real, participar em experiências de extracção de DNA, observar uma colónia de bactérias que – por modificação genética – são de cor verde-fluorescente.
 


Os participantes poderão ainda assistir a jogos de futebol protagonizados por robôs ou declamar o seu amor eterno com a ajuda das palavras dos grandes poetas do mundo, são apenas algumas das centenas de experiências que os visitantes poderão participar gratuitamente na meia centena de stands de faculdades e centros de investigação da UP durante aqueles quatro dias.

O recinto do Palácio de Cristal receberá centenas de professores, investigadores e estudantes que saem desta universidade portuguesa para irem ao encontro da sua comunidade e promover o gosto pela Ciência e pelo Conhecimento a miúdos e graúdos.

Para os mais jovens, para além da possibilidade de “fazer” ciência pelas próprias mãos de forma divertida, a mostra assume-se como um privilegiado ponto de orientação e descoberta de possíveis vocações profissionais.

Em particular para os estudantes do ensino secundário, em vias de decidir a área de estudos a seguir no ensino superior, esta é uma oportunidade única de, num mesmo local, reunir informação sobre os diferentes cursos e áreas de investigação das 14 faculdades da UP, contactando directamente com professores e estudantes.

(Re)aprender regras básicas

Para os não tão jovens, esta é uma oportunidade para (re)aprender de forma descontraída as regras básicas da ciência, através da visualização de demonstrações experimentais, da realização de observações científicas, do manuseamento de módulos interactivos ou de explicações sobre os mais variados fenómenos naturais. Ou, simplesmente, uma oportunidade para realizar os mais variados rastreios médicos realizados por estudantes universitários das diferentes áreas das Ciências da Saúde.

Para os mais interessados, paralelamente às actividades, decorrerá pela primeira vez no auditório da Biblioteca Almeida Garrett (Palácio de Cristal) um ciclo de colóquios e debates e um encontro de comunicadores da área.

Sob o nome comum «Science: What Else?», este evento vai contar com a participação de académicos tão prestigiados como Manuel Sobrinho Simões, Teresa Lago, Nuno Crato, Nuno Portas, João Caraça ou Daniel Serrão, que abordarão temas tão variados como a Astrofísica, o treino desportivo de alta competição, a Física de Partículas, as visões utópicas do futuro da humanidade ou a Biologia Sintética.

Com entrada gratuita em todas as actividades, a mostra estará aberta das 10h às 19 h, excepto no sábado (28 de Março), dia em que as portas apenas encerram às 23 horas.
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Enviado por: comanche em Março 21, 2009, 11:44:07 pm
Rui Costa de volta pela mão da Fundação Champalimaud


Neurocientista recruta parte da equipa e continuará a chefiar o seu laboratório de Neurobiologia da Acção dos EUA

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Rui Costa chefia um grupo de investigação sobre neurobiologia da Acção nos Institutos Nacionais de Saúde (INH) dos EUA - ver biografia de Rui Costa no Ciência Hoje, mas regressa a Portugal em Abril para integrar o projecto de Neurociências da Fundação Champalimaud. Por ocasião da Semana do Cérebro, iniciada no domingo, a Lusa falou com este neurocientista de 36 anos que começou por estudar os mecanismos da aprendizagem e da memória, em particular os causadores de deficiências da aprendizagem, nomeadamente a Neurofibromatose do tipo 1. Nesta área, o seu laboratório nos NIH investiga actualmente os mecanismos neuronais que controlam a aprendizagem de novas acções e a escolha de acções numa determinada situação.


É um trabalho que, segundo afirmou, tem implicações na compreensão dos fenótipos associados a certas doenças, como a doença de Parkinson, à compulsividade e à psicose. "A aprendizagem de acções é, no fundo, a aprendizagem de novas maneiras de fazer as coisas e de novas regras, e a escolha de acções prende-se coma a tomada de decisões", disse Rui Costa.

"O objectivo do nosso trabalho é perceber como é que aprendemos essas novas maneiras de fazer as coisas ou como geramos novas regras, porque é que escolhemos certas acções em vez de outras, como é que desenvolvemos acções automáticas ou hábitos, e como é que os hábitos eventualmente se transformam em comportamentos compulsivos", explicou.

Na sua perspectiva, o estudo das acções é "fascinante" por remeter para o conceito de objectivo ou de recompensa dentro do cérebro, já que muitas das acções são executadas para atingir um objectivo específico.

Trabalho em dois continentes

Além disso, esta investigação implica os conceitos de ordem, de sequência e de tempo relativo, e de probabilidade causal entre acção e objectivo, e está também ligada ao conceito de diversidade no cérebro, diversidade de padrões de actividade cerebral, de células e circuitos cerebrais e de comportamento.

O seu laboratório recorre a vários níveis de análise, desde as moléculas às células e aos sistemas ou circuitos de células, e utiliza manipulações genéticas e técnicas de medição e visualização de actividade cerebral.

Rui Costa vai trazer a maioria da sua equipa de investigação para Portugal, que funcionará no Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, enquanto o edifício da Fundação Champalimaud não estiver concluído, mas continuará a chefiar o seu laboratório de Neurobiologia da Acção dos NIH.

Percurso

Depois de se doutorar em Ciências Biomédicas pela Universidade do Porto e pela Universidade da Califórnia em Los Angeles, fez pós-doutoramento em Neurobiologia na Universidade de Duke, também nos EUA, e chefia desde 2006 a secção de Neurobiologia da Acção no laboratório de Neurociência Integrativa dos NIH.

Rui Costa recebeu o prémio de Jovem Investigador da Fundação Nacional de Neurofibromatose em 2001 e foi finalista do Prémio Donald B. Lindsey da Sociedade de Neurociência dos Estados Unidos em 2003.
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Enviado por: comanche em Março 21, 2009, 11:47:06 pm
João Relvas regressou a Portugal e recomenda


Neurocientista diz que «agora há mais ilhas, que começam a ter condições melhores e massa crítica»


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O neurocientista João Relvas decidiu regressar a Portugal para "vestir a camisola" e prosseguir estudos que iniciou e desenvolveu durante 17 anos no Reino Unido e na Suíça sobre importantes mecanismos celulares do sistema nervoso. Num momento em que decorre a Semana do Cérebro, é um de vários neurocientistas que estão de volta depois de se terem especializado em alguns dos melhores centros internacionais de investigação.

Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade de Coimbra (1990), saiu do país dois anos depois para estudar e trabalhar durante quase seis anos na Universidade de Cambridge. Esteve a seguir na Suíça, no Centro de Neurociência de Zurique, durante mais seis anos, até assumir a chefia de um grupo de investigação no Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), no Porto.


Num curto intervalo veio a Portugal para se doutorar em Genética Molecular pela Universidade de Lisboa (1997), mas regressou imediatamente a Inglaterra, onde obteve outro grau de doutoramento no Imperial College de Londres.

Ciência em Portugal está diferente

Com a vivência acumulada na sua longa permanência no estrangeiro, João Relvas, 42 anos, vê "de uma maneira diferente" a Ciência que se faz em Portugal. "Há coisas de que sentimos falta, mas há outras surpreendentemente positivas", afirmou. "Quando saí de Portugal, com 23 anos, só havia a (Fundação Calouste) Gulbenkian a fazer ciência, era uma ilha", recordou, justificando a sua saída porque "não existia então investigação científica no país".

"Agora há mais ilhas, que começam a ter condições melhores e massa crítica, mas estamos ainda numa fase embrionária que só vai dar frutos daqui a alguns anos", acrescentou. Lamenta, todavia, a falta de apoio aos investigadores séniores que querem regressar a Portugal.

Estudo

O grupo que dirige no IBMC, o da Biologia da Glia, estuda um conjunto heterogéneo de células do sistema nervoso com esse nome que têm uma função primária e de suporte e protecção dos neurónios. A importância desse estudo deve-se ao facto dos axónios das células nervosas estarem rodeadas por uma substância, chamada mielina, que permite não só a condução rápida dos impulsos nervosos como a sobrevivência das próprias células nervosas.

Quando falha a produção dessa substância ou a melanina é destruída podem ocorrer doenças como a esclerose múltipla, que, segundo João Relvas, é "a doença neurológica do sistema nervoso central com mais expressão nos adultos jovens e tem vindo a aumentar em Portugal". Esta é uma de um conjunto grande de doenças, chamadas desmielinizantes, com grande importância médica e que afectam tanto o sistema nervoso central como o periférico. Entre elas contam-se a Doença de Charcot e, até, o AVC, que tem elevado índice em Portugal e pode estar associado à destruição de mielina.

Além desta vertente médica, o laboratório de João Relvas no IBMC tem um grande núcleo de biologia fundamental que tem por objectivo definir como é que o meio extra-celular regula a diferenciação das células mielinizantes - os oligodendrócitos e as células de Schwann. É que, sublinhou, "a percepção dos mecanismos de regulação do processo de mielinização é crucial para ajudar a perceber as doenças".

Ligação à Suiça

João Relvas trouxe para Portugal o laboratório que abriu em Zurique, mas conserva uma ligação institucional e mantém na Suíça vários estudantes de doutoramento sob sua supervisão.

A nível internacional, mantém também prolongadas colaborações activas com colegas no Reino Unido, sobretudo na Universidade de Cambridge, mas também no Centro de Regeneração Médica, em Edimburgo.

Tem vários trabalhos publicados em revistas científicas internacionais de referência, como o Journal of Cell Biology, Journal of Neuroscience, Science ou Cell.
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Enviado por: comanche em Março 21, 2009, 11:56:26 pm
Empresa sueca aposta na FMUP para desenvolver ferramenta de diagnóstico da asma


Software de apoio à decisão médica será gratuito para todos os médicos europeus

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O Cintesis, Unidade de Investigação da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), assinou com a empresa sueca Aerocrine um contrato para o desenvolvimento de um sistema de apoio à decisão médica que vai permitir interpretar com maior precisão os resultados dos testes de óxido nítrico exalado – a mais recente ferramenta de diagnóstico da asma, que avalia a inflamação das vias aéreas.

A Aerocrine é líder mundial em testes médicos de medição de óxido nítrico exalado. O software que vai ser desenvolvido pela FMUP chama-se ENO.VIS (Exhaled Nitric Oxide. Values Interpretation System).
 


O desenvolvimento do ENO.VIS vai reunir o trabalho de sete profissionais portugueses, entre médicos, especialistas em informática e matemáticos. A ferramenta estará concluída em meados de 2010.

De acordo com o professor João Fonseca, investigador do Serviço de Bioestatística e Informática Médica e coordenador do projecto, a "equipa de investigação da FMUP vai extrair dos trabalhos científicos existentes, sobre a avaliação do teste de óxido nítrico exalado, um conjunto de regras que serão utilizadas no software que irá ser desenvolvido".

Diagnóstico seguro

Esta aplicação será disponibilizada online gratuitamente pela Aerocrine a todos os médicos Europeus. Desta forma, “os médicos poderão identificar mais facilmente as pessoas com inflamação das vias aéreas, permitindo uma maior segurança no diagnóstico de asma".

Embora a presença de óxido nítrico nas vias aéreas seja uma forma fidedigna de avaliar se existe inflamação e, consequentemente, asma, os valores de referência, que servem para distinguir os estado normal do não-normal, variam de indivíduo para indivíduo de acordo com a idade, género, peso e altura, existência de alergias, hábitos tabágicos, entre outros factores.

Como muitos destes resultados são difíceis de interpretar, esta ferramenta terá um impacto importante na acuidade do diagnóstico.

A mesma equipa de investigação da FMUP desenvolveu recentemente para o grupo Bial outro sistema de apoio à decisão médica, o CTRL+Asma, que verifica se a asma está ou não sob controlo, e que será lançado em breve.
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Enviado por: comanche em Março 22, 2009, 12:09:08 am
A1PG:Fábrica no Algarve começa a laborar no Verão de 2010


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A futura fábrica da A1GP, a erguer junto ao Autódromo Internacional do Algarve, representa um investimento “entre os 40 e os 70 milhões de euros” e deve começar a produzir monolugares no Verão de 2010.

A afirmação foi feita à Agência Lusa pelo empresário luso-sul-africano Tony Teixeira, presidente da A1GP - Taça das Nações de Desporto Automóvel, um campeonato entre 23 países no qual Portugal - que é representado por Filipe Albuquerque - ocupa o terceiro lugar, após a 10ª das 14 corridas.

A A1GP tem contrato com a Ferrari para fornecimento de motores até 2014, e está a negociar a sua renovação até 2016, mas Tony Teixeira frisou que a fábrica, a instalar no Parque Tecnológico da Parkalgar, junto a Portimão, será uma unidade da sua empresa e não da marca italiana.

“Já assinámos os contratos com a Câmara [Municipal de Portimão], já adquirimos o terreno à Parkalgar. Agora estamos a fazer o projecto de construção e gostávamos de começar a construir a fábrica o mais depressa possível, daqui a mais ou menos dois meses”, disse.

O projecto ainda não foi aprovado por Tony Teixeira nem pela Administração da A1GP, mas o empresário, que está radicado no Algarve há pouco mais de um ano, adiantou que, “para começar”, a unidade terá “entre 20 e 27.000 metros quadrados”, incluindo os escritórios e os armazéns.

A ideia é transferir de Inglaterra para o Algarve toda a estrutura da A1GP, excepto as relativas ao marketing e às transmissões televisivas, de modo a que o campeonato passe a ser “made in Portugal”.

“O investimento que trazemos para Portugal é o que a A1GP custou até hoje, que é mais ou menos 700 milhões de euros. Porque a A1GP cede o investimento completo, o que vale a A1GP, o que é a A1GP. Vem tudo para Portugal, não só a fábrica. O que eu gostava de ver era uma companhia completamente portuguesa”, disse Tony Teixeira.

Segundo o empresário, o investimento no Algarve “é total” e em Inglaterra só ficam baseados o marketing e as transmissões televisivas, “porque é ali que se fazem os negócios” dessas áreas. “Mas o resto vai ser uma coisa totalmente feita em Portugal, por Portugal para o Mundo”.

Apesar de hoje o campeonato empregar cerca de 700 pessoas, a intenção é começar por criar “um mínimo de 300 a 350 empregos” no Algarve, para onde os responsáveis da A1GP pretendem transferir “tecnologia de carros de corrida e ‘know-how’”.

“Gostávamos de criar empregos em Portugal, não de trazer 700 pessoas para cá. Gostava de começar a formar portugueses em aerodinâmica, motores, caixas de velocidades e componentes e de transferir essa tecnologia para Portugal. Para começar, gostávamos de criar um mínimo de 300 a 350 empregos”, disse.

Inicialmente, o projecto previa a criação de 700 postos de trabalho, mas “o Mundo mudou um bocado nos últimos sete meses” e o aumento do número de empregos vai depender de quantos monolugares das categorias A2 e A3 a empresa conseguir vender para iniciar os respectivos campeonatos em 2011.

A categoria A3, cujos monolugares terão 180 cv, vai consistir em campeonatos de desenvolvimento para jovens pilotos de 15 ou 16 anos saídos do karting, enquanto a A2 será composta por campeonatos nacionais cujo vencedor depois vai representar o respectivo país na A1GP.

Os monolugares A2 e A3 serão produzidos no Algarve, e “exportados por Portugal”, numa fábrica a edificar junto àquela onde vão ser fabricados os chassis e montados os carros da A1GP - cerca de 40, incluindo os de testes -, além de se proceder à sua reparação e manutenção entre provas.

“Quantos mais A2 e A3 vendermos ao Mundo, mais empregos se criam. Mas o projecto que tínhamos feito há sete meses teve de andar um bocado para trás por causa da economia do Mundo. Vamos montar a nossa fábrica em função das ordens de compra que formos tendo para a A2 e a A3””, sublinhou o patrão da A1GP.

Tony Teixeira espera que, “com o tempo”, os seus parceiros se instalem em torno das fábricas A1GP e A2/A3, que devem estar a laborar em Março/Abril e Julho/Agosto de 2010, respectivamente, criando um “cluster” para fornecer as suas unidades fabris.

“Não só vamos montar os carros e fazer os chassis aqui, como gostávamos que os nossos parceiros, no A1GP, no A2 ou A3, também estivessem cá. Quanto mais for feito em Portugal, melhor, seja carbono, sejam peças”, referiu, recordando: “Um carro leva, mais ou menos, 1.700 peças e gostávamos que cada vez mais essas peças fossem feitas cá”.

Após ter visitado Holanda, China, Malásia, Nova Zelândia e África do Sul, onde foram disputadas duas corridas em cada circuito, as próximas duas provas da A1GP disputam-se no Autódromo do Algarve, em 10 de Abril, antes de o calendário encerrar na Grã-Bretanha, em 01 de Maio.
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Enviado por: André em Março 22, 2009, 01:46:49 pm
Empresa de Ponte de Lima constrói casas amovíveis de granito

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg11.imageshack.us%2Fimg11%2F7426%2Fcasinha.jpg&hash=e11960c3634886c35b8396c8f2a5744e)


Tem 24 toneladas de peso, podem ser deslocadas de um lado para o outro, não precisam de alicerces, ficam prontas em três meses e custam 60 mil euros. São casas pré-fabricadas em granito, "made in" Ponte de Lima.

"São casas modulares, que normalmente não pagam impostos, embora esta não seja uma questão linear, já que há diferentes interpretações de câmara municipal para câmara municipal", disse, à Lusa, José de Brito, um dos administradores da "Graniminho", empresa com sede em Arcozelo, Ponte de Lima.

Além desta questão, o empresário sublinhou que a grande vantagem destas casas em relação às convencionais é que as pessoas as podem levar com elas, sempre que decidirem mudar de morada.

"É quase aquilo a que se chama andar com a casa às costas. Imagine que instala a casa num determinado local e chega à conclusão que não gosta da vizinhança. É só pegar nela e levá-la para um outro local, mais sossegado", acrescentou.

A casa tipo é um T2, com 48 metros quadrados e 24 toneladas de peso, e o seu custo ronda os 60 mil euros.

Denominada "granihouse", pode ser utilizada como casa de campo, de praia, apoio à piscina, abrigo de montanha, bungalow, camping, anexo "ou tudo o que a imaginação do cliente desejar".

"Em três meses, a casa fica pronta a habitar, num conceito chave na mão. Nós levamos a casa ao terreno do cliente e instalámo-la, ou em cima de uma pequena laje de betão ou em pilares de granito. Se um dia, por acaso, o cliente decidir mudar de ares, é só contactar-nos que nós trataremos de lhe levar a casa para a sua nova morada", disse ainda José de Brito.

Com estrutura de aço no interior, a casa é revestida, no exterior, com uma camada de 20 centímetros de granito e é "servida" totalmente equipada com móveis de cozinha, forno, placa, exaustor, roupeiros dos quartos, sanitários, mobiliário da casa de banho, isolamento térmico e acústico e todas as redes eléctrica, de águas e de esgotos.

Neste momento, a Galiza, em Espanha, é o principal mercado da Graniminho, uma empresa em funcionamento há cerca de um ano e que também já "exportou" casas pré-fabricadas em granito para França.

"No mercado português ainda estamos agora a penetrar, lentamente, que a vida não está fácil, mas penso que, aos poucos, as pessoas se vão aperceber que esta é uma casa que vale a pena", disse ainda José de Brito.

O empresário garantiu que, até agora, a fábrica nunca foi contactada para fazer a mudança de qualquer casa.

"Quer melhor prova do que esta de que os clientes ficam mesmo satisfeitos com a casa que lhe levamos a casa?", rematou, com algum humor.

Lusa
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Enviado por: comanche em Março 24, 2009, 12:12:47 am
Dislexia: Investigadora da UTAD ganhou concurso da Fundação Marie CurieDislexia: Investigadora da UTAD ganhou concurso da Fundação Marie Curie

23 de Março de 2009, 16:33


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Vila Real, 23 Mar (Lusa) - A investigadora e reeducadora da Unidade de Dislexia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Ariana Ferreira Loff, venceu o concurso internacional "Marie Curie Early Stage Researcher", que reuniu centenas de concorrentes de todo o mundo.

Atribuído pela Fundação Marie Curie, em Clermond-Ferrand, Franca, este prémio traduz-se na atribuição de uma bolsa para doutoramento, num posto de investigação da Universidade de York, sob a direcção da professora Margaret Snowling, prestigiada internacionalmente na investigação da dislexia.

O centro de investigação daquela Universidade inglesa é considerado um dos melhores centros do mundo no estudo dos processos cognitivo-linguísticos envolvidos na dislexia.

Ariana Loff, 26 anos, natural do Funchal, Madeira, parte sábado para Inglaterra, onde vai permanecer durante os próximos três anos.

Para a investigadora a atribuição deste prémio é um "orgulho" e representa o reconhecimento do trabalho de investigação que está a promover desde que terminou o curso na UTAD, há três anos.

Ariana Loff apresentou ao concurso um projecto de investigação integrado numa rede de estudo científico sobre desenvolvimento da literacia ("ELDEL - enhancing literacy development in european languages").

A jovem portuguesa foi seleccionada entre centenas de concorrentes de todo o mundo.

"É a concretização de um sonho. O trabalho na área dislexia tem sido uma paixão crescente à qual tenho dedicado a maior parte do meu tempo e energia", frisou.

Aliciante, para Ariana, vai ser também trabalhar com pessoas "sobre as quais leu nos livros" e conhecer investigadores de outros países.

O projecto vai ser desenvolvido em simultâneo em cinco países - Espanha, França, Inglaterra, Eslováquia e República Checa.

A Unidade de Dislexia da UTAD, criada em 2005, funciona no Departamento de Educação e Psicologia, sob a direcção científica e técnica da professora Ana Paula Vale.

Trata-se de um serviço de extensão da universidade, cujo objectivo principal é realizar diagnóstico e reeducação de dificuldades de aprendizagem da leitura/escrita e dislexia, assim como outras condições associadas, tais como, perturbações da linguagem, discalculia e défice de atenção.

O serviço, que está ainda articulado com outras actividades, como uma linha de investigação sobre aprendizagem da leitura e dislexia - que em 2002 e 2006 viu financiados dois projectos de investigação pela FCT (valor total de mais de 101 mil euros) - inclui a leccionação de uma unidade curricular optativa (Psicologia da Leitura e da Escrita) no 1º Ciclo do Curso de Psicologia e, por fim, estágios, particularmente de alunos de psicologia.

PLI.

Lusa/fim

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Enviado por: comanche em Março 24, 2009, 12:23:34 am
Tecnologia INESC Porto permite medir CO2 na atmosfera a partir do espaço

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O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC) desenvolveu, em parceria com a ESA – European Space Agency, uma tecnologia que permite medir níveis de dióxido de carbono (CO2), metano, óxido nitroso e ozono – gases responsáveis pelo aquecimento global e pelo efeito de estufa – com um grau superior ao das técnicas actuais.

O sistema desenvolvido pela Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos do INESC tem um grande potencial de aplicação em satélites por preencher três requisitos: é altamente eficiente e compacto e com massa e volume reduzidos. Os satélites equipados com filtros em fibra óptica do INESC Porto vão ser capazes de rastrear gases poluentes na atmosfera terrestre em concentrações com menos de um quilómetro de altura a 400 do solo.

 



A parceria INESC Porto/ESA arrancou em 2006 e começa a dar os primeiros frutos com o desenvolvimento de um filtro em fibra óptica capaz de medir os níveis de dióxido de carbono a partir do espaço.

Além do dióxido de carbono, esta tecnologia mede com grande precisão outros gases poluentes: metano, óxido nitroso e ozono, bem como níveis de humidade, pressão atmosférica, temperatura e velocidade do vento. Assume-se assim como uma ferramenta indispensável para a investigação das alterações climatéricas, um passo em frente para o controlo dos gases de efeito de estufa e na batalha contra o aquecimento global, com assinatura portuguesa.

Mapear atmosfera desde posição única

Este filtro desenvolvido tem capacidade de monitorizar todo o tipo de concentrações de gases poluentes inferiores a um quilómetro de altura e 50 de largura a 400 quilómetros de altitude, se for aplicado em órbita a bordo de um satélite.

Ao contrário do que as tecnologias actuais – balões atmosféricos e aviões equipados para o efeito – possibilitam, a implementação dos filtros criados pelo INESC Porto em satélites permite mapear a atmosfera tridimensionalmente, com maior resolução e a partir de uma posição única. O potencial de aplicação em sistemas orbitais e missões científicas desta tecnologia deve-se às suas características únicas: é altamente eficiente, compacta e com massa e volume reduzidos.

A tecnologia desenvolvida pelo INESC Porto consiste num filtro espectral ultra-estreito, sintonizável e atérmico, baseado em tecnologia de fibras ópticas para monitorização da atmosfera com base na reflexão de impulsos laser. É com base no tempo de voo da radiação e na sua absorção que se extrai o perfil de concentração dos gases poluentes na atmosfera.

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Enviado por: comanche em Março 24, 2009, 12:34:57 am
Ablynx vai duplicar investimento em Portugal

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Era para ser apenas uma filial da Ablynx, mas o empenho e a qualidade dos investigadores portugueses conseguiram transformá-la num centro autónomo, de excelência, por isso a biotecnológica belga vai duplicar o investimento da subsidiária instalada no Porto.
Começou por «ser um grupo pequeno, e para se manter assim», diz o presidente da multinacional belga Edwin Moses citado no jornal Público este domingo.

Mas como a unidade laboratorial se transformou num dos melhores centros do mundo na área do phage display - tecnologia que permite perceber que proteínas (anti-corpos) interagem para obter um determinado efeito, os planos do laboratório com sede no Porto para os dois próximos anos são ambiciosos.

A empresa pretende aumentar a facturação em 30% a facturação, crescer em 25% os recursos humanos, que para já contam com 25 investigadores e recursos do IBMC, duplicar o espaço físico e «dobrar o investimento para os 10,3 milhões de euros».

Edwin Moses, presidente da multinacional belga, justifica a estratégia com a "facilidade com que se recrutam recursos humanos extremamente talentosos" e arrisca como explicação para a "energia e entusiasmo" dos investigadores nacionais o facto de não haver muitos centros científicos com as características da Ablynx.
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Enviado por: André em Março 24, 2009, 11:56:17 am
Bióloga portuguesa descobre duas espécies de insectos desconhecidas mundialmente


Duas novas espécies de escaravelhos, até aqui desconhecidas mundialmente, foram descobertas pela bióloga portuguesa Sofia Reboleira em grutas da Serra d’Aire e Candeeiros, o único habitat destes insectos que se conhece em todo o mundo.

«Só se conhecia uma espécie de escaravelho cavernícola do maciço calcário estremenho [característico da Serra d’Aire e Candeeiros] e passamos a conhecer três», afirmou à agência Lusa a bióloga e espeleóloga da Universidade de Aveiro, Sofia Reboleira.

No âmbito da realização da sua Tese de Mestrado, a cientista desceu a cerca de cem metros de profundidade e foi surpreendida com a descoberta de dois novos escaravelhos que habitam exclusivamente no subsolo das grutas da Serra d’Aire e Candeeiros.

«Só existem numa parte daquelas grutas e em mais lado nenhum do mundo», frisou.

Sofia Reboleira explicou tratar-se de «espécies em vias de extinção», uma vez que pelo facto de estarem confinadas a um único habitat têm uma «população extraordinariamente reduzida» e são muito «sensíveis à poluição e às alterações do habitat» .

Por outro lado, «não sobrevivem» à superfície e «apenas se reproduzem no interior das grutas», fazendo depender dessa condição de isolamento e privação da luz algumas das suas características, como o aspecto despigmentado ou os olhos reduzidos, a que a própria evolução da espécie os conduziu.

As três espécies de escaravelhos, que se distinguem pelas características genitais do macho, provêem contudo de uma espécie ancestral comum que se foi reproduzindo, criando diferenças que deram origem a novas espécies.

As duas novas espécies do escaravelho do maciço calcário estremenho vão ser pela primeira vez divulgadas à comunidade científica mundial, num artigo que irá ser publicado em Maio numa revista alemã da especialidade.

A descoberta remonta ao ano de 2007, altura em que a revista National Geographic publicou um artigo sobre o trabalho de campo desenvolvido pela bióloga no âmbito da tese de mestrado (no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro), que veio a apresentar em Dezembro do mesmo ano, sob a orientação científica dos docentes Fernando Gonçalves, do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, e Artur Serrano, da Faculdade de Ciências de Lisboa.

Lusa
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Enviado por: André em Março 24, 2009, 12:48:39 pm
Investigadora de Coimbra desenvolve agente anti-cancerígeno


Uma equipa internacional de cientistas, liderada por uma investigadora da Universidade de Coimbra, desenvolveu um novo agente anti-cancerígeno que apresenta resultados promissores ao nível das propriedades terapêuticas no combate à doença, disse hoje fonte universitária.

«Apresentou resultados muito animadores e promissores, provando ser eficaz no combate à doença com menos efeitos secundários», disse hoje à agência Lusa Maria Paula Marques, a investigadora que coordena uma equipa internacional de 17 cientistas.

O agente anti-cancerígeno, desenvolvido à base de paládio - um elemento metálico utilizado em áreas como a medicina dentária ou odontologia, mas também na indústria farmacêutica, petrolífera ou electromecânica – foi testado em laboratório, utilizando células humanas saudáveis e cancerígenas.

«Fizemos testes in vitro só em células humanas, um modelo muito mais fiável do que as células animais», declarou.

Os testes passaram pela preparação de dez compostos diferentes derivados da cisplatina - base de muitas das actuais drogas anti-cancerígenas em uso clínico desde os anos 70 do século XX - cada um sujeito a um processo «moroso» de síntese, caracterização e avaliação da sua actividade do ponto de vista biológico e médico.

«É como fazer uma casa em Lego. Vão-se modificando várias peças na casinha para chegar ao melhor resultado final», ilustrou a especialista em bioquímica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

A pesquisa levou à obtenção de um agente terapêutico de paládio, em vez da platina, testado em diversos tipos de cancro, como a leucemia, útero, mama ou língua.

«Mostrou ser altamente eficaz ao causar a morte de células doentes, afectando menos células saudáveis», frisou a cientista.

A investigação liderada pela investigadora da FCTUC, é financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), tem aconselhamento médico do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra e envolve especialistas de institutos e universidades de Espanha (Málaga), Reino Unido (Oxford) e Estados Unidos da América (Nova Iorque, Virgína e

No âmbito da pesquisa estão a decorrer experiências no Roswell Park Cancer Institute, nos Estados Unidos da América, que visam testar “dentro de alguns meses” a actividade anti-cancerígena do novo composto em animais, para determinar a relação entre a dose utilizada e a resposta ao tratamento.

A fase seguinte poderá passar, então, pelo desenvolvimento de um novo fármaco que possa entrar em testes clínicos, embora Maria Paula Marques alerte para a necessidade de «mais pesquisa» e «muitos anos de investigação científica» antes da utilização clínica.

«Nos últimos dez anos têm sido estudados milhares de novos agentes contendo platina e paládio e só um chegou, por enquanto, à fase de testes clínicos», revelou.

Ainda segundo a investigadora, a eventual aplicação clínica passa, igualmente, pelo interesse de uma empresa farmacêutica.

«De outro modo é muito difícil», assinalou.

Lusa
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Enviado por: André em Março 26, 2009, 01:26:07 am
INESC/Porto inventa tecnologia para medir níveis dos gases


O INESC Porto desenvolveu, em parceria com a ESA - European Space Agency, uma tecnologia que permite medir com precisão os níveis dos gases responsáveis pelo efeito de estufa, disse hoje à Lusa fonte da instituição.

O sistema, desenvolvido pela Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos do INESC Porto, permite medir com maior precisão, relativamente às técnicas actuais, os níveis de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e ozono - os gases responsáveis pelo aquecimento global e pelo efeito de estufa.

Este filtro desenvolvido pelo INESC Porto tem capacidade de monitorizar todo o tipo de concentrações de gases poluentes inferiores a 1km de altura e 50km de largura a 400km de altitude, se for aplicado em órbita, a bordo de um satélite.

Ao contrário do que as tecnologias actuais - balões atmosféricos e aviões equipados para o efeito - possibilitam, a implementação dos filtros criados pelo INESC Porto em satélites vai possibilitar a elaboração de mapas tridimensionais da atmosfera, com maior resolução e a partir de uma posição única.

Consiste num filtro espectral ultra-estreito, sintonizável e atérmico, baseado em tecnologia de fibras ópticas para monitorização da atmosfera com base na reflexão de impulsos laser, que extrai o perfil de concentração dos gases poluentes na atmosfera com base no tempo de voo da radiação e na sua absorção.

«Esta tecnologia tem um grande potencial de aplicação em satélites por preencher três requisitos, uma vez que é altamente eficiente e compacto, com massa e volume reduzidos, podendo ser facilmente integrado em satélites», disse a fonte do INESC.

Graças a esta tecnologia, os satélites equipados com filtros em fibra óptica do INESC Porto serão capazes de rastrear gases poluentes na atmosfera terrestre em concentrações com menos de 1km de altura a 400km do solo.

A parceria INESC Porto/ESA, que arrancou em 2006 e começa agora a dar os primeiros frutos, permite também medir os níveis de humidade, pressão atmosférica, temperatura e velocidade do vento.

«Assume-se assim como uma ferramenta indispensável para a investigação das alterações climatéricas, um passo em frente para o controlo dos gases de efeito de estufa e na batalha contra o aquecimento global, com assinatura portuguesa», afirma a fonte do INESC.

O INESC-Porto foi constituído em 18 de Dezembro de 1998, tendo como associados fundadores o INESC, a Universidade do Porto e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Em Junho de 2006, a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e o Instituto Politécnico do Porto tornaram-se igualmente associados do INESC-Porto.

Lusa
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Enviado por: André em Março 27, 2009, 05:32:03 pm
Ydreams desenvolve tecnologia que pode auxiliar os árbitros


Além da petição para a introdução das novas tecnologias no futebol, Portugal também pode oferecer as soluções técnicas para ajudar os árbitros a errar menos, um exemplo disso é a uma tecnologia desenvolvida pela Ydreams.

A solução pode permitir, em tempo real, conhecer a posição tridimensional de qualquer jogador a todo instante, uma possibilidade que permite recolher dados estatísticos sobre os jogadores e, por exemplo, determinar com exactidão os fora-de-jogo.

Em parceria com o grupo de fotoquímica da Universidade Nova de Lisboa, a Ydreams desenvolveu umas tintas, invisíveis a olho nu, que apenas são detectadas por câmaras de infra-vermelhos, tendo os jogadores as camisolas marcadas com essas tintas. Seria, então, possível determinar as suas posições a qualquer momento no terreno de jogo.

Segundo Inês Henriques, investigadora da Ydreams, poder-se-iam «utilizar câmaras de infra-vermelhos para depois detectar todos os seus movimentos e, com isso, facilitar toda a estatística que é possível fazer sobre cada jogador».

No caso das arbitragens esta tecnologia poderia, por exemplo, tirar as dúvidas acerca dos fora-de-jogo, pois segundo Inês Henriques «como cada jogador é identificado segundo uma marca, seria possível ver a sua posição relativa».

E acrescentou, quanto à utilização ou não destas novas tecnologias ao dispor do futebol, que serão «as entidades competentes a decidir como é que isso poderia ajudar os árbitros».

A Ydreams é uma empresa que cria ambientes interactivos, design e diversas tecnologias para desenvolver esses mesmos ambientes, onde se pretende integrar o universo digital no mundo real com que se pretende inovar nas formas de comunicação e de acessos a conteúdos.

A tecnologia desenvolvida pela empresa está ligada à área de processamento de imagem, realidade aumentada e interfaces activadas por gestos.

Lusa
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Enviado por: Chicken_Bone em Março 28, 2009, 12:02:34 pm
Isto sim, é decepcionante..

http://gesbanha.blogs.sapo.pt/ (http://gesbanha.blogs.sapo.pt/)

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Investigadora da "patente mais cobiçada do mundo" sem empresas parceiras em Portugal

 
      ‘Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa desenvolveram os primeiros transístores com papel, uma descoberta que pode permitir a criação de sistemas electrónicos descartáveis a baixo custo.‘ (Jornal Público)
      Elvira Fortunato recebeu o 1.º prémio da European Research Council na área das Engenharias e ciências físicas e tem na mão a patente “mais cobiçada do mundo” que pode revolucionar a electrónica e o paradigma das publicações em papel, fazendo jornais e revistas com imagens em movimento.
      "Elvira Fortunato inventou os transístores em papel, mas são brasileiros os que vão investir, porque as empresas nacionais não quiseram." ("Elvira Fortunato inventou os transístores em papel, mas são brasileiros os que vão investir, porque as empresas nacionais não quiseram." (Jornal Público, 14.03.09). A cientista procurou estabelecer parcerias de investigação com papeleiras portuguesas e com a Quimonda, mas recebeu um “não”, por outro lado recebeu grandes ofertas de multinacionais, acabando por agarrar o projecto a papeleira brasileira UNL. Elvira Fortunato tem resistido sair do país apesar de decepcionada. Citando as suas palavras “Portugal é muito grande, os portugueses é que são pequeninos”.
 


http://www.videos.iol.pt/consola.php?pr ... &referer=1 (http://www.videos.iol.pt/consola.php?projecto=27&pagina_actual=1&mul_id=11967545&tipo_conteudo=1&tipo=2&referer=1)
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Enviado por: Cabecinhas em Março 28, 2009, 02:10:22 pm
Não poderia ser isto a salvação da "Qimonda" ?
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Enviado por: AC em Março 28, 2009, 02:12:26 pm
Esta tecnologia ainda deve estar a alguns anos de produção e a Quimonda não sobrevive até lá.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 28, 2009, 02:44:33 pm
O problema da Qimonda é falta de dinheiro, não de encomendas ou avanços técnológicos.
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Enviado por: Lancero em Março 28, 2009, 03:37:22 pm
http://aniceto.mentalfactory.pt/BlogPul ... ublico.pdf (http://aniceto.mentalfactory.pt/BlogPulgas/miguemotapublico.pdf)
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Enviado por: Chicken_Bone em Março 28, 2009, 08:45:36 pm
YDreams cria camisola que muda de cor

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Projecto «Eyeinvisible» da YDreams foi realizado em parceria com três empresas portuguesasUma camisola que muda de cor, um papel onde surgem desenhos, são algumas das aplicações da tecnologia «Eyeinvisible» desenvolvida pela empresa Ydreams.

Este projecto foi uma iniciativa de investigação e desenvolvimento, liderada pela Ydreams em parceria com alguma indústria portuguesa e com equipas de investigação da Universidade Nova de Lisboa, de novos produtos interactivos não convencionais, como papel, têxteis e quadros.

Materiais tornam-se interactivos

Segundo Inês Henriques, líder do projecto «invisible networks», «esses materiais tornam-se interactivos, há imagens que estão escondidas e que podem aparecer e desaparecer através da interacção com o utilizador».

E acrescentou que «isso acontece através de novos materiais electrocrónicos que têm essa capacidade através de uma pequena voltagem».

Esta tecnologia é completamente nova e diferente do que estamos habituados a ver como salienta a investigadora. «É radicalmente diferente dos computacionais, baseados em computação, é baseado em reacções químicas e não nos sistemas mais complexos de computação».

Na prática, esta tecnologia permite tratar, a nível químico, uma variada quantidade de diferentes materiais, de maneira que se torne visível, informação gráfica, cor ou texto, que não era visível, tornado assim esses materiais interactivos.

Tecnologia tem «gigantescas» aplicações

A líder do projecto considera «gigantescas» as aplicações possíveis para esta tecnologia, «desde todos o produtos baseados na publicidade, outdoors, bilboards, até às folhas de papel que hoje em dia usamos para imprimir, blocos de notas, livros, jornais e revistas, podemos pensar em aplicações dentro desse tipo de meio de comunicação com interactividade».

O projecto «Eyeinvisible» foi realizado em parceria com três empresas portuguesas, a Renova na área do papel, a Filobranca na área do têxtil e a Bi-silque, líder mundial na produção de quadros brancos para casa e escritório.

Inês Henriques anunciou que «a Ydreams também lançou uma nova iniciativa chamada invisible networks e estabeleceu uma associação para o futuro, para desenvolver novas tecnologias, também no domínio da interactividade, com mais empresas».

E deu como exemplo das novas associações a BA Glass, na área do vidro, a Amorim, na cortiça, a Portucel, no papel, a Sonae Indústria na dos laminados e a Metoxid (grupo Cuf), entre outras.

Para este nova iniciativa, a Ydreams continua a trabalhar em estreita colaboração com grupos de investigação da Universidade Nova de Lisboa e com a Universidade do Minho.

A líder do projecto espera que em 2010 já haja protótipos disponíveis, dando como exemplos um chão de cortiça que reaja ao ser pisado, mudando de cor ou apresentando uma mensagem, camisas interactivas e diversas outra aplicações.

O prazo para novos produtos, baseados nesta tecnologia, no mercado é de dois a três anos.


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1728 (http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1052979&div_id=1728)
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Enviado por: André em Março 31, 2009, 07:13:00 pm
Empresa portuguesa espera ser qualificada para missões dos satélites da Agência Espacial Europeia


A empresa tecnológica portuguesa FiberSensing, sedeada na Maia, revelou hoje que aguarda "para breve" a qualificação que permitirá que os seus sensores de fibra óptica participem em missões orbitais nos satélites da Agência Espacial Europeia (ESA).

A FiberSensing considera, num comunicado enviado à Lusa, ter apresentado "competências sólidas" para responder ao desafio lançado pela ESA relativo à concepção de sensores em fibra óptica capazes de sobreviver a uma viagem no espaço.

A tecnológica portuguesa, que é uma das poucas empresas a nível mundial que desenvolvem sensores de Bragg em fibra óptica, respondeu ao desafio da ESA numa parceria com a espanhola CRISA, que desenvolve sistemas electrónicos para aplicações aeroespaciais.

A colaboração tecnológica entre as duas empresas ibéricas visa o desenvolvimento de sistemas de monitorização de temperatura nos motores iónicos dos satélites com propulsão eléctrica, numa parceria que tem como base "o desenho, desenvolvimento, fabrico e qualificação de sensores de Bragg em fibra óptica e unidades de interrogação optoelectrónicas".

Nesta colaboração, a CRISA desenvolve as fontes de alimentação de alta tensão para motores iónicos com propulsão eléctrica, enquanto a FiberSensing se dedica ao desenvolvimento de sistemas de mapeamento térmico em sistemas eléctricos de alta tensão.

"Esta complementaridade permitirá explorar as competências da CRISA na implementação de electrónica com qualificação aeroespacial e a tecnologia dos sensores de Bragg em fibra óptica da FiberSensing tendo em vista o desenvolvimento de soluções avançadas de monitorização de temperatura", refere o documento.

Nessa perspectiva, as duas empresas já estão a analisar a exploração destas soluções em sistemas aeronáuticos comerciais e militares, tendo ainda previsto o desenvolvimento de um sistema de telemetria por fibra óptica para a nova geração de lançadores espaciais.

A FiberSensing, fundada em 2004 como spin-off do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC) do Porto, tem como principais projectos em que forneceu soluções de monitorização de estruturas a Ponte D. Luís I (Porto), o Túnel do Rossio (Lisboa), a Ponte Butzbach (Alemanha) e o comboio de alta velocidade na Holanda.

Lusa
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Enviado por: André em Abril 01, 2009, 02:25:52 am
YDreams apresenta Realidade Aumentada no MIPTV de Cannes


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimagensdemarca.sapo.pt%2Ffotos%2Fnoticias%2Fydreams_g_1226312782.jpg&hash=1f60ab266ef80fa969fd8913f512cf52)

A YDreams apresentou hoje alguns dos seus desenvolvimentos tecnológicos na edição deste ano da maior feira mundial dedicada à indústria de conteúdos para televisão e entretenimento, o MIPTV, que decorre em Cannes e teve início segunda-feira.

A empresa portuguesa foi convidada, sobretudo, devido ao seu trabalho no campo da Realidade Aumentada.

Esta tecnologia desenvolvida pela Ydreams trabalha com o tratamento de imagens reais, em tempo real, as quais são processadas para incluir dados ou elementos digitais, tais como uma personagem digital, informação ou até mesmo pintar a própria realidade com outras cores.

"A Realidade Aumentada é basicamente a tecnologia que permite a super imposição de elementos virtuais em cima de imagens reais, de preferência capturadas em tempo real", explicou Edmundo Nobre, director da área de Educação e Cultura da Ydreams.

Nobre considera que a Realidade Aumentada é até um dos pontos fortes da empresa, dando como exemplo um dos produtos, já no mercado, o miradouro virtual situado ao pé do Panteão Nacional, em Lisboa, o qual disponibiliza ao utilizador, entre outras funcionalidades, informação sobre diversas partes da cidade ao mesmo tempo que esta é visualizada.

Um outro produto, que segundo o director é "claramente de Realidade Aumentada", é o jogo interactivo que acontece dentro de um cinema, onde a plateia é convidada, no intervalo, a jogar um jogo, com os espectadores a observarem-se no ecrã a interagir com personagens digitais introduzidas.

"Um velho sonho que nós temos, foi um dos primeiros projectos em que nós começámos a trabalhar na Realidade Aumentada, a ideia de juntar o real ao virtual de uma forma mais intensa", confessou Edmundo Nobre.

O sonho é de pôr, em directo, um carro de Fórmula 1 virtual a participar numa corrida com os outros pilotos, onde o comportamento dos outros carros nos afecta, pois podem empurrar-nos para fora da pista, enquanto o nosso veículo não tem qualquer efeito sobre os outros.

A tecnologia, segundo o director da área de Educação e Cultura, já existe e os únicos obstáculos são os direitos de autor, de transmissão e das infra- estruturas que são necessárias montar para poder processar e capturar todos os dados no local das provas.

Ao longo de cinco dias, entre 30 de Março e 3 de Abril, o MIPTV reúne cerca de 4.500 empresas de 111 países em Cannes, onde os participantes vão poder interagir em vários pontos do evento com aplicações da YDreams que utilizam tecnologia pioneira em áreas como Realidade Aumentada e Computação Gráfica.

A Ydreams é uma empresa que desenvolve ambientes interactivos, design e diversas tecnologias para desenvolver esses mesmos ambientes, onde se pretende integrar o universo digital no mundo real com que se pretende inovar nas formas de comunicação e de acesso a conteúdos.

A tecnologia desenvolvida pela empresa está ligada à área de processamento de imagem, realidade aumentada e interfaces activadas por gestos.

Lusa
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Enviado por: comanche em Abril 02, 2009, 10:41:00 pm
Portuguesa vence prémio de investigação por estudo de agentes robóticos

Manuela Veloso, professora de Ciência Computacional da Universidade de Carnegie Mellon – que estuda a forma como os robôs podem aprender, planear e trabalhar para executar tarefas – é a vencedora do prémio “Autonomous Agents Research Award” (prémio de investigação para agentes autónomos), de 2009, do Grupo de Interesse Especial em Inteligência Artificial da Associação para o Equipamento Computacional (ACM/SIGART).


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O prémio, atribuído anualmente em colaboração com a International Conference on Autonomous Agents, distingue investigadores que se encontram a desenvolver um trabalho de relevo na área de agentes autónomos: robôs, agentes de software ou qualquer outro sistema que tenha a capacidade de apreender o ambiente que o rodeia e agir de acordo com essa informação, com o intuito de atingir os seus objectivos.

Manuela Veloso, que detém a cátedra Herbert A. Simon em Ciência Computacional, é conhecida pela sua pesquisa nas áreas de inteligência artificial e robótica e pelo seu trabalho pioneiro em futebol robótico, que se revelou uma ferramenta de investigação importante para estudar de que forma é que os agentes autónomos podem trabalhar em conjunto, em ambientes variáveis.

A professora portuguesa é presidente da International RoboCup Federation, que patrocina, todos os anos, o campeonato mundial de futebol robótico. Desde 1997 que Manuela Veloso e os seus alunos têm integrado equipas RoboCup, tendo sido, por diversas vezes, campeões internacionais.

“A investigação da professora Manuela Veloso é particularmente notável pelo facto de se focar na construção efectiva de equipas de agentes robóticos, nas quais o conhecimento, a percepção e a acção estão integrados responder a acções de planeamento, execução e aprendizagem de tarefas”, como referiu a SIGART no anúncio da sua decisão. “O seu impacto e visibilidade têm sido consistentemente elevados nas últimas duas décadas, pelos seus contributos técnicos, pelas impressionantes equipas de robôs e pela liderança na comunidade de investigação.”

Manuela Veloso vai dar uma conferência e receber o prémio na Autonomous Agents and Multi-Agent Systems Conference, iniciativa que se vai realizar entre 10 e 15 de Maio, em Budapeste, Húngria. Katia Sycara, professora investigadora do Instituto de Robótica, e Tuomas Sandholm, professor de Ciência Computacional foram os anteriores vencedores da Universidade de Carnegie Mellon.

A professora portuguesa recebeu o grau de doutoramento, pela Universidade de Carnegie Mellon, em 1992. É bacharel em Engenharia Electrotécnica e possui o mestrado em Engenharia Electrotécnica e Informática, pelo Instituto Superior Técnico. Manuela Veloso é ainda membro da Association for the Advancement of Artificial Intelligence e deteve a cátedra Finmeccanica para Professor Assistente da Universidade de Carnegie Mellon, entre 1995 e 1999. Manuela Veloso recebeu ainda o Prémio de Carreira da National Science Foundation e a medalha “Allen Newell” pela excelência na investigação.
 
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Enviado por: comanche em Abril 02, 2009, 10:47:34 pm
UM e EFACEC criam protótipos que monotorizam consumos e qualidade

A Universidade do Minho (UM), em colaboração com a Efacec, está a trabalhar na industrialização de protótipos, desenvolvidos para monitorizar os consumos e a qualidade da energia eléctrica, em Portugal, e evitar perdas na distribuição.

O investigador João Luís Afonso, do Departamento de Electrónica Industrial, adiantou hoje que os equipamentos "têm a função de compensar os harmónicos e os desequilíbrios de corrente, bem como de corrigir o factor de potência".

O chamado projecto Sinus, desenvolvido pela UM pretende, ainda, introduzir novas funcionalidades nos equipamentos. “Novos produtos são também alvo de investigação e desenvolvimento", adiantou o investigador.
 


Os protótipos – intitulados Filtros Activos de Potência do Tipo Paralelo – foram demonstrados em quatro empresas, designadamente numa indústria têxtil (Lameirinho SA), farmacêutica (Alliance Healthcare SA), hospital (Pedro Hispano, em Matosinhos) e na universidade.

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Segundo João Luís Afonso, "os filtros ligam-se em paralelo com a rede eléctrica e fazem com que na fonte (a montante dos equipamentos onde são instalados) a corrente seja equilibrada (com a mesma amplitude nas três fases) e com factor de potência unitário", ou seja, com menos perdas nos circuitos de distribuição. E são ainda capazes de servir como interface entre fontes de energias renováveis e a rede eléctrica.

O investigador referiu ainda que outros protótipos, os designados Monitorizadores de Qualidade de Energia, "observam, registam, e fazem cálculos sobre medidas de grandeza eléctrica ao longo de um curto ou longo espaço de tempo, para tirar conclusões acerca de consumos energéticos e identificar problemas de qualidade de energia".

Compensar a potência

"Com o desenvolvimento da Electrónica de Potência, os equipamentos ligados aos sistemas eléctricos evoluíram, melhorando em rendimento, controlo e custo, permitindo a execução de tarefas não possíveis anteriormente", assinala ainda.

Contudo, observa João Luís Afonso, "esses equipamentos têm a desvantagem de não funcionarem como cargas lineares, consumindo correntes não equilibradas – sinusoidais em linguagem técnica – e dessa forma ‘poluindo’ a rede eléctrica com harmónicos".

O investigador sublinha que "a presença de harmónicos nos sistemas de potência resulta num aumento das perdas relacionadas com o transporte e distribuição de energia eléctrica, em problemas de interferências com sistemas de comunicação e na degradação do funcionamento da maior parte dos equipamentos ligados à rede".

Os Filtros Activos permitem, assim, "compensar de forma dinâmica o factor de potência, os harmónicos e os desequilíbrios das correntes". Para o cientista, o facto do projecto ter sido liderado pela UM "prova que as universidades têm condições de desenvolver tecnologia, bastando para isso que tenham recursos".
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Enviado por: Chicken_Bone em Abril 04, 2009, 10:25:08 pm
Polight fabricará no Minho para Angola e Brasil

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Iluminação original - José Carlos Ferreira é quadro superior da EDP e empreendedor. Tem um projecto inédito de postes em compósito e 100% recicláveis

É um projecto inédito, que nasce em Portugal, no meio universitário, mas está voltado para o Brasil e Angola. Estamos a falar de uma empresa que ainda não iniciou a produção de postes de transporte de energia eléctrica em compósito e 100% recicláveis, mas que já tem muitos interessados em comprá-la.

Estes postes têm um peso cerca de 10 vezes inferior ao betão e uma resistência 10 vezes melhor que a do aço. Ou seja, a tecnologia "towpreg" (a mesma que foi usada nas garrafas de gás Pluma da Galp) reduzirá os custos de uma empresa distribuidora de energia eléctrica no estabelecimento de novas linhas aéreas em cerca de 60% dos apoios colocados.

A empresa em questão é a Ownersmark, detentora da marca Polight, registada em todo o mundo, que foi criada por José Carlos Ferreira enquanto aluno do Mestrado em Inovação e Empreededorismo Tecnológico (MIETE) da Faculdade de Economia da Universidade do Porto.

Dentro em breve, a empresa dará início ao fabrico de postes em compósito (polipropileno reforçado com fibras de vidro), caso o projecto tenha "luz verde" do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). "Se o QREN não aprovar vamos para o incentivo da Catalunha, Vigo, Brasil ou outra parte do mundo", atira José Carlos Ferreira.

O projecto Polight foi o vencedor do Prémio BES Inovação em 2008, na categoria processo industrial, mas a "peregrinação" não tem sido fácil. José Carlos Ferreira, que é quadro superior da EDP, teve o apoio da Universidade do Porto e do Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI), mas lembra-se muito bem de pedidos que lhe fizeram para adiar e até desistir do projecto.

Para arrancar com a produção dos postes de transporte de energia em compósito), candidatou-se ao QREN e apontou baterias para o Minho para estar perto dos portos de Viana e de Vigo. O investimento previsto é de três milhões de euros, que numa fase de arranque permitirá criar 30 postos de trabalho.

José Carlos Ferreira tem previsto alienar até 40% do capital da empresa a um industrial ou a sociedades de capital de risco "para arrancar com o projecto, mas outros cenários também são possíveis". De referir que a espanhola Solventis tem já 10% da empresa. A empresa unipessoal tem um capital social de cinco mil euros. José Carlos Ferreira paga "royalties" às universidades do Porto, do Minho e ao INEGI pela cedência da tecnologia "towpreg".

Os inventores da tecnologia "towpreg" são os professores catedráticos António Torres Marques, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, e João Francisco Silva, do Instituto Superior de Engenharia do Porto.

Sobre o potencial do negócio, José Carlos Ferreira, que se revê no "papel de empreendedor e não de empresário", não tem dúvidas, até porque "todos os anos são substituídos em Portugal mais de 100 mil postes de betão e ferro". Nesse caso, a EDP é um importante cliente potencial, atendendo às dificuldades que existem na colocação dos actuais postes de betão? "Pode ser...", responde José Carlos Ferreira.


http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=361920 (http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=361920)

Os resultados do QREN deverão chegar ainda nesta quinzena, por isso veremos.
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Enviado por: André em Abril 05, 2009, 01:53:50 pm
Fábrica de Famalicão veste astronautas e técnicos da ESA


Os pólos, as t-shirts e a roupa interior usados pelos astronautas da Agência Espacial Europeia são confeccionados por uma empresa de Famalicão, disse à Lusa, o administrador da Lima & Cª.

Desde 2003 que fabricamos mais de uma dezena de modelos, de cores variadas, de pólos, t-shirts e calções para a Agência Espacial Europeia (ESA)», disse José Cortinhas, o administrador da empresa Lima & Cª, em Famalicão.

O vestuário é usado pelos astronautas e por técnicos da ESA.

«Anousheh Ansari, a irano-americana que foi primeira astronauta turista a ir ao espaço, em 2006, foi vestida com roupa feita em Vila Nova de Famalicão», frisou ainda Cortinhas.

Também na Estação Espacial Internacional a roupa interior vestida pelos astronautas é totalmente produzida na fábrica de Pousada de Saramagos, em Famalicão.

Com 200 funcionários e uma facturação, em 2008, de 7,5 milhões de euros, a Lima & Cª é uma «empresa familiar».

«A fábrica é gerida por uma família e é por isso que tem conseguido evitar a crise económica», salientou o administrador.

O negócio com a ESA surgiu depois da empresa portuguesa ter criado uma 'filial' em Paris, a Copa Compagnie Têxtil, que representa a Ethnic Blue, e tem lojas abertas ao público na capital francesa.

«Em Portugal ninguém nos conhece e no estrangeiro somos uma das empresas mais conceituadas no sector têxtil e do vestuário», disse a mesma fonte.

A fábrica de Famalicão exporta quase cem por cento do que produz.

«A França, o Líbano, a Dinamarca, a Holanda, a Inglaterra, a Irlanda, os Estados Unidos e Israel são os países que nos fazem mais encomendas», referiu José Cortinhas.

A polícia, os correios e o exército francês são os clientes mais recentes não só na confecção de vestuário mas também na investigação e desenvolvimento de projectos.

«As camisolas azuis com que normalmente vemos os astronautas dentro da estação espacial são totalmente feitas em Portugal, por funcionárias que cortam o tecido, costuram e bordam as peças», finaliza José Cortinhas.

Lusa
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Enviado por: André em Abril 06, 2009, 06:47:41 pm
Docente do Politécnico de Bragança premiado nos EUA


Um professor do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) foi premiado nos Estados Unidos da América por ter desenvolvido um protótipo para poupar energia nos aparelhos em modo standby, divulgou hoje a instituição de ensino superior.

De acordo com o gabinete de imagem do IPB, o docente Pedro João Rodrigues criou um sistema que detecta o modo «standby» dos equipamentos electrónicos e corta a corrente eléctrica quando esta não for necessária.

Os televisores são alguns dos equipamentos onde este sistema pode ter utilidade já que quando desligados apenas no comando continuam a consumir energia.

O protótipo desenvolvido pelo docente português foi baptizado com o nome de «Intelligent Standby Energy Saver» e estima-se que possa reduzir em dez por cento o consumo doméstico de energia eléctrica.

Segundo o gabinete de imagem do IPB, esta estimativa equivaleria a uma redução mundial das emissões de CO2 correspondente a um terço das emissões dos Estados Unidos da América.

O trabalho foi premiado pela edição de 2008 do «Live Edge - Electronic Design for the Global Environment Challenge», que distingue projectos originais e inovadores de todo o mundo, que façam uso de componentes eléctricos e/ou electrónicos e que tenham um impacto positivo no meio ambiente.

O prémio corresponde a 25 mil dólares em dinheiro e contempla também apoio prestado por especialistas para a produção industrial e a comercialização do produto criado pelo vencedor.

O galardão é promovido pela Premier Farnell e suas aliadas Farnell Newark, Premier Electronics, Farnell-Newark CPC e MCM, lideres mundiais na distribuição de componentes electrónicos.

Segundo o gabinete de imagem do IPB, o sistema desenvolvido pelo docente português analisa os consumos eléctricos dos equipamentos, através de um algoritmo de inteligência artificial implementado num microcontrolador, conseguindo distinguir o modo «standby» do modo de funcionamento normal, mesmo quando na presença de padrões de consumo complexos.

O sistema inclui ainda sensores para detectar alterações no ambiente envolvente, de forma a garantir o fornecimento de corrente aos equipamentos sempre que necessário.

Lusa
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Enviado por: Chicken_Bone em Abril 06, 2009, 07:09:18 pm
Olééééé

Robô português ganha campeonato mundial

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A equipa do pólo da Guarda da Associação Portuguesa das Crianças Sobredotadas (APCS) venceu uma das provas do campeonato mundial de robô bombeiro, realizado no fim-de-semana nos Estados Unidos, anunciou, segundo a Lusa, esta segunda-feira a instituição.

Segundo Nabais Caldeira, presidente da APCS, a equipa da Guarda, composta por cinco elementos, participou na 16ª edição do Fire-Fighting Home Robot Contest, em Hartford (EUA), obtendo «o primeiro lugar na modalidade "walking kit division" [robôs com pernas]».

O concurso de robótica põe à prova pequenos robôs autónomos e móveis que têm como missão extinguir um incêndio num modelo de uma casa.

Equipa satisfeita com os resultados

Na competição mundial, onde estiveram representantes de Israel, China e de muitas universidades norte americanas, o único robô luso conseguiu «apagar a vela [que representava o incêndio] por duas vezes, em três tentativas», sendo o único a conseguir semelhante resultado, referiu o responsável.

Num comunicado enviado esta segunda-feira à Lusa, o dirigente adiantou que no final dos dois dias em que decorreu o evento «os cinco jovens que integraram a equipa estavam satisfeitíssimos, esquecendo o grande cansaço de uma longa viagem e o empenho a que se devotaram durante os últimos três meses».

Inovação tecnológica

A equipa foi apurada para o evento depois de ter vencido a edição portuguesa do Concurso Nacional Robô Bombeiro de 2008, realizado pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda, nas modalidades de «robôs com pernas» e «standard», recordou Nabais Caldeira.

O presidente da APCS referiu que os robôs do Pólo da Guarda estavam equipados com uma placa de circuito impresso, desenhada e construída para permitir o interface de oito sensores digitais, denominada «MD 8», inovação tecnológica concebida por Tiago Caldeira e Tiago Gonçalves, dois jovens que integram a equipa.

Foi a primeira vez que uma representação portuguesa esteve presente no mundial de robótica, recebendo dois prémios pecuniários, um cheque brinde para aquisição de componentes e uma assinatura anual de uma das mais importantes revistas cientificas que se publicam nos EUA, concluiu.


http://diario.iol.pt/tecnologia/guarda- ... -4069.html (http://diario.iol.pt/tecnologia/guarda-robo-campeonato-tecnologia-bombeiro-tvi24/1055154-4069.html)

Viva aos putos.
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Enviado por: André em Abril 06, 2009, 07:35:26 pm
Alunos do ISEP desenvolvem equipamento que reduz o consumo de energia dos electrodomésticos


Dois alunos do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) desenvolveram um sistema que permite reduzir o consumo dos electrodomésticos e poupar cerca de um mês na factura anual da luz, estando agora à espera de parcerias para o desenvolvimento do negócio.

Uma espécie de ficha tripla, com um componente que permite dar ordem para desligar a um qualquer comando à distância, é o que é preciso - segundo os alunos do ISEP - para reduzir o consumo de energia dos electrodomésticos em mais de 90 por cento.

"Ao fim de um ano, isto representa um mês de poupança na factura de energia, tendo em conta um agregado familiar médio, de quatro pessoas", assegura Rudolfo Martins, o aluno de mestrado do ISEP que desenvolveu o projecto em colaboração com o colega Pedro Ribeiro.

O projecto, que obteve uma menção honrosa no concurso "Ideias Luminosas" da EDP, visa a redução do consumo de energia de aparelhos audiovisuais e informáticos, quando estes não estão desligados na tomada

"Quando desligamos um aparelho no comando, ele não fica desligado. Fica em stand by. E este consumo não é desprezável", afirma Rudolfo Martins, alertando que desligar o aparelho no botão não é suficiente para eliminar totalmente o gasto de energia.

"Mesmo carregando no botão, o consumo do aparelho é sensivelmente o mesmo. Só desligando na tomada é que não há gasto de energia", assegura.

Os estudantes resolveram, por isso, criar um equipamento que reduz os consumos dos aparelhos em espera em "mais de 90 por cento" e que se adapta aos "hábitos de um certo comodismo e preguiça dos portugueses".

"A mais valia do equipamento é que vai ao encontro dos hábitos tradicionais das pessoas. Pode usar-se o equipamento através de um comando. Este conceito não implica uma mudança de hábitos, aproveita-os".

Assim, com este equipamento, a poupança fica à distância de um simples comando de televisão, desde que se aplique ao aparelho uma espécie de ficha tripla.

"É um equipamento semelhante ao de uma régua digital, vulgarmente conhecida como uma ficha tripla com um botão para desligar. É ligado a uma tomada normal, mas tem um fio com um componente que fica, muito discretamente, ligado ao aparelho e que serve para dar ao comando a ordem necessária", esclarece Rudolfo Martins.

O preço do aparelho seria, de acordo com os estudantes, "muito semelhante ao das fichas triplas com botão", devendo o preço final para o público situar-se "entre os dez e os 15 euros".

Os alunos estão ainda a trabalhar na fase de protótipo, mas asseguram que passar ao produto final "não exige grande dose de engenharia".

O obstáculo à produção, é, por isso, a falta de "parcerias de entidades com capacidade produtiva", sustenta Rudolfo Martins.

Os dois engenheiros, que estão a fazer um mestrado em Engenharia Electrotécnica no ISEP, têm já a sua própria empresa, a Evoleo Technologies.

Lusa
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Enviado por: comanche em Abril 06, 2009, 10:37:51 pm
Localizador de crianças por GPS made in Portugal preocupa peritos



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Ainda não é um campeão de vendas, mas está a suscitar a curiosidade de muitos pais: o Child Locator é o primeiro dispositivo de localização de crianças 100 por cento feito com tecnologia portuguesa. Está no mercado desde Novembro e, até agora, vendeu perto de 300 unidades.

Em Portugal, a discussão sobre os efeitos deste controlo parental “full time” junto dos mais novos está ainda a começar. Porém, Alexandra Simões, da Linha SOS Criança Desaparecida, avisa desde já que as vantagens oferecidas por estes “gadgets” electrónicos não podem levar os pais a descurar a vigilância sobre os menores. Outro dos problemas, apontado por António Osório, do Instituto de Estudos da Criança, "é o sentimento de culpa que estas tecnologias podem criar nos pais".

António Baptista, de 33 anos e pai de uma criança de sete, garante que quando comprou o dispositivo não foi para casa a pensar que ia proteger a filha de todos os perigos do mundo. "O que aconteceu foi que eu e a minha mulher passámos a andar com mais paz de espírito", desdramatizou.

Este economista diz-se consciente de que a filha não vai aceitar andar com o Child Locator quando chegar à adolescência. Mas, por enquanto, "até acha graça àquilo". E os pais aproveitam para relaxar. "Recebemos SMS no telemóvel a confirmar o percurso normal da nossa filha, desde a escola até casa dos avós. Portanto, usamos isto numa óptica informativa que também serve, por exemplo, para saber, quando é a empregada a levá-la à escola, se estão a sair de casa a horas. Não penso que a autonomia dela esteja a ser posta em causa".

Paz de espírito ou falsa sensação de segurança?

David Pinheiro, gestor deste produto da Inosat, explica que o dispositivo de localização GPS tem um localizador muito semelhante ao da Via Verde. Este deve ser colocado na mochila ou num bolso da criança, permitindo aos pais saber, a qualquer momento (e a partir de um telemóvel, PDA ou computador), onde se encontram os filhos, "sem terem que estar a telefonar-lhes a todo o momento". "O objectivo é mesmo proporcionar paz de espírito aos pais", sublinha, ressalvando que "a Inosat nunca 'vendeu' a ideia de que o Child Locator é capaz de ajudar a prevenir um rapto". Apesar disso, reconhece que "há pais que o compram com esse intuito".

Em países como Inglaterra as preocupações relativamente à segurança dos menores seguem muito mais avançadas. Em Outubro de 2007, o jornal The Guardian destacava a invenção do primeiro casaco para crianças com tecnologia GPS. A fabricante, uma empresa especializada no fabrico de vestuário para forças policiais, tinha acabado de descobrir no receio dos pais relativamente à segurança dos filhos um nicho de mercado a explorar. O casaco (preto, de corte moderno e com um bolso para o iPod) custava 250 libras, mais 10 libras de mensalidade pelo uso da tecnologia GPS.

Ainda em Inglaterra, o professor Kevin Warwick, da Reading University, levou mais longe a discussão ao criar um “microchip” susceptível de ser implantado no corpo de uma criança ou adolescente. E não faltaram pais interessados naquela resposta “hi-tech” aos seus piores medos mas, segundo a BBC, o investigador foi travado pelos protestos de várias associações protectoras das crianças. "Um chip destes não ia salvar vidas ou afastar os perigos. Pelo contrário, ia dar uma falsa sensação de segurança. A única vantagem é que a polícia poderia ser capaz de descobrir o corpo mais depressa", reagiu Michele Elliott, responsável pela Kidscape.

E há outros problemas que surgem à boleia destas tecnologias. "Como é que, perante um problema que surja, um pai lida com a culpa de saber que ignorou a tecnologia que tinha à sua disposição para evitar esse mesmo problema?", questiona António Osório, professor auxiliar no Instituto de Estudos da Criança.

A coordenadora da Linha SOS Criança Desaparecida, Alexandra Simões, concorda que dispositivos como o Child Locator "podem dar uma falsa sensação de segurança aos pais e prejudicar o processo de transição dos menores à idade adulta". Sem diabolizar esta tecnologia, Simões diz que tem que haver um compromisso entre "a protecção das crianças e o respeito pelos seus direitos e liberdade". Dito de outro modo, "não é controlando todos os passos de uma criança que os pais a ensinam a ser autónoma e responsável", sendo que, tratando-se de um adolescente em idade de testar os limites, "é muito natural que o dispositivo seja largado no cacifo da escola para enganar os pais". Por outro lado, "alguém que tenha um filho doente, ou diabético ou hemofílico, pode encontrar algum conforto no facto de o poder localizar a qualquer momento", reconhece esta responsável.

Mais de 70 desaparecimentos em 2008

A Inosat também pensa assim, segundo David Pinheiro. Por isso, a empresa já fechou uma parceria com a Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer que proporciona aos associados dez por cento de desconto na compra do aparelho. O preço ronda os 360 euros e, porque o dispositivo permite a definição de zonas de segurança e o estabelecimento de alertas automáticos quando o portador do dispositivo entra ou sai de locais específicos, a associação reconhece os seus benefícios, não tendo deixado, porém, de alertar no seu site para a necessidade de respeitar "a liberdade de movimentos das pessoas com demência".

Dentro de pouco tempo, a empresa, que também fabrica e comercializa o Car Locator, deverá lançar o My Locator, um dispositivo semelhante ao Child Locator "mas com um ‘branding’ diferente, para deixar claro que também pode ser usado para localizar malas de viagem ou estojos com instrumentos musicais".

Em 2008 foram comunicados 76 desaparecimentos de crianças e adolescentes, segundo a Linha SOS Criança Desaparecida. Na maior parte dos casos (34), os desaparecidos tinham entre 11 e 15 anos, seguindo-se o grupo etário dos 16 aos 21 anos. Quanto aos motivos do desaparecimento, a fuga de casa aparece à frente (46 casos), seguindo-se a fuga de instituições (16) e o rapto parental (12 casos). Daquele universo, 59 menores apareceram entretanto, sendo que 15 continuam desaparecidos, ainda segundo a SOS Criança Desaparecida que registou ainda um alarme falso e um menor falecido.
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Enviado por: comanche em Abril 06, 2009, 10:38:34 pm
Repetida
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Enviado por: comanche em Abril 06, 2009, 10:45:04 pm
Portugal em 30º lugar no uso de tecnologia

Portugal desceu dois lugares no "índice de prontidão para a sociedade em rede" elaborado pelo World Economic Fórum, ao passar da 28ª posição em 2007 para a 30ª posição em 2008.


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Portugal ocupa o 30º lugar, entre 134 países, no "índice de prontidão para sociedade em rede" ("networked readiness index") de 2008. Uma classificação satisfatória tendo em conta que o país à frente da Espanha (34ª) e Itália (45ª) neste indicador do World Economic Fórum (WEF) que mede o grau de utilização das tecnologias de informação e comunicação (TIC) como factor de competitividade dos países.

Dos factores que pesam negativamente na classificação portuguesa, o estudo do WEF aponta "a qualidade da educação em matemática" (90ª posição) e a qualidade do sistema de ensino (70ª) e a "formação contínua de quadros"  (70ª). O ambiente de mercado português também é penalizado pela "extensão e efeito fiscal" (95ªposição), "regulação governamental" (74ª) e "fiscalidade" (71ª).  
Em contrapartida, Portugal é classificado favoravelmente no "tempo requerido para criar um negócio" (9ª), premiando assim os progressos de simplificação administrativa em curso (Simplex). De resto, a política governamental de uso dos serviços online (9º) também é apreciado pelo "networked readiness índex", assim como a "importância  das TIC para a visão governamental do futuro" (4ª).

A tabela de 2008 deste índice é dominada pelos países nórdicos: Dinamarca é o primeiro da lista, a Suécia é a segunda e a Finlândia está no 6º lugar. De referir ainda que os EUA ocupam o 3º lugar, Singapura  está no  4º lugar e a Suiça o 5º lugar.


http://aeiou.expresso.pt/portugal-em-30 ... ia=f505853 (http://aeiou.expresso.pt/portugal-em-30-lugar-no-uso-de-tecnologia=f505853)
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Enviado por: comanche em Abril 06, 2009, 10:52:22 pm
Cientistas de Coimbra desenvolvem dispositivo que avalia rigor da terapia do glaucoma


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A BlueWorks, empresa tecnológica especializada em oftalmologia com sede em Coimbra, está a desenvolver o "EyeDropper", um dispositivo que permitirá avaliar o rigor com que os doentes de glaucoma cumprem a terapia. O glaucoma é uma das principais causas de cegueira no mundo ocidental.

O "EyeDropper" (quem em português significa conta-gotas) guia os doentes com glaucoma na aplicação das gotas de colírios, substâncias usadas na cura de doenças oftalmológicas. O dispositivo grava a aplicação das gotas, avalia o ângulo de aproximação óptima e emite indicadores sonoros de aproximação da inclinação ideal. "Percebe-se o movimento da gota, instante a instante, até atingir o destino", explicou Paulo Barbeiro, engenheiro biomédico envolvido no projecto.

De acordo com um texto sobre o novo dispositivo, em doenças oftalmológicas como esta, "fraco rigor (na terapia) pode conduzir à cegueira irreversível". Esta falta de rigor afecta grande parte dos doentes com glaucoma em Portugal. António Travassos, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, afirma que "só 30 a 40 por cento dos doentes cumprem rigorosamente as prescrições aconselhadas".

Neste momento, o dispositivo consiste num telemóvel acoplado a uma estrutura rígida, mas o objectivo da BlueWorks é conceber um aparelho mais autónomo e com custos inferiores ao telemóvel, capaz de acomodar um frasco de gotas, adiantou Paulo Barbeiro à Lusa. Segundo este responsável, ainda em 2009 a BlueWorks deverá criar uma pré-versão comercial do "EyeDropper". A patente do dispositivo já foi submetida ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPP).

A BlueWorks foi criada por três recém-licenciados do curso de Engenharia Biomédica e por professores do Departamento de Física e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, com o objectivo de desenvolver e lançar à escala mundial sistemas de pré-diagnóstico baseados na análise inteligente de dados e imagens provenientes de exames clínicos. A empresa está sedeada nas instalações do Centro Cirúrgico de Coimbra.
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Enviado por: comanche em Abril 06, 2009, 10:55:17 pm
Portugueses provam que azeite combate AVC


Esta é a primeira prova científica dos benefícios para a saúde e vai agora ser possível produzir melhores azeites

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Um grupo de investigadores portugueses descobriu o antioxidante do azeite capaz de combater ataques cardíacos e AVC. Esta é a primeira prova científica acerca dos «benefícios para a saúde que se têm observado em pessoas que incluem o azeite na dieta», disse a coordenadora do estudo Fátima Paiva-Martins ao tvi24.pt.

Já se sabia que os antioxidantes promoviam a saúde. Também já era sabido que o azeite era uma das fontes de antioxidantes. O que não se sabia era se havia antioxidantes do azeite melhores que outros, nem quais. Agora, os cientistas da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto identificaram qual o antioxidante presente no azeite mais eficaz no combate às doenças do coração.

Azeites mais saudáveis

A descoberta publicada na «Molecular Nutrition & Food Research» pode vir a ter um impacto substancial na alimentação e na promoção da saúde. Com estes novos dados passa a ser possível criar azeites «funcionais», mais capazes de combater doenças, através da maior concentração do antioxidante em causa.

Os produtores de azeite têm, por isso, um papel fundamental.

«É possível usar técnicas de extracção que aumentem a quantidade de todos os antioxidantes no azeite. Nem todos os azeites têm a mesma quantidade dos vários antioxidantes, pelo que se podem procurar as variedades de azeitona, e existem mais de 100, que produzam azeites com maiores quantidades.» revelou Fátima Paiva-Martins ao tvi24.pt.

«Este antioxidante pode ser extraído a partir de folhas de oliveira. No futuro, se a legislação permitir, poderá ser utilizado para suplementar azeite», acrescentou a investigadora.

O azeite e os glóbulos vermelhos

As doenças cardíacas estão relacionadas com os radicais livres que actuam sobre o colesterol «mau», o que causa aterosclerose, endurecimento das artérias e doenças coronárias. Por transportaram oxigénio, os glóbulos vermelhos do sangue estão sujeitos «ao stress oxidativo» que, além daquelas doenças, causa o normal envelhecimento celular.

Os investigadores estudaram quatro antioxidantes presentes no azeite e que protegem os glóbulos vermelhos e identificaram o 3,4-DHPEA-EDA que oferece maior protecção contra a morte daquelas células.

Quanto mais virgem melhor

Quanto maior for a concentração do antioxidante identificado maior o efeito do azeite no combate à aterosclerose. Os azeites virgens têm mais quantidades de antioxidantes que os azeites normais. O ideal são os azeites extra virgens que perdem menos antioxidantes durante a refinação.

«Por lei o azeite chamado normal é uma mistura de azeite virgem com azeite refinado. Como podemos imaginar, o azeite virgem usado nesta mistura também não é o de melhor qualidade. A diferença entre extra-virgem e virgem é que, normalmente, o primeiro é extraído de azeitona acabada de colher e a frio. Como tal pode conter maior quantidade de antioxidantes, embora dependa do método de extracção usado, e uma acidez menor. No azeite virgem e com o passar do tempo após a colheita, a azeitona vai sofrendo modificações enzimáticas e perdendo antioxidantes e assim o azeite obtido desta azeitona, que está à espera há mais algum tempo, vai ter acidez superior e menor quantidade de antioxidantes» disse Fátima Paiva-Martins ao tvi24.pt.

Abre-se assim um novo nicho de mercado. Cabe agora aos produtores agrícolas criar melhores azeites, capazes de proteger a saúde dos consumidores.


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Enviado por: comanche em Abril 06, 2009, 10:59:50 pm
Cientista Português investiga origens do Parkinson

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Desde 2007 que Tiago Outeiro, 32 anos, dirige a Unidade de Neurociência Molecular e Celular do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Esta equipa de investigadores está a desenvolver dois projectos dedicados ao estudo do Parkinson, doença resultante da perda de neurónios em várias zonas do cérebro.

"Num deles, estamos a tentar identificar genes que interferem com a formação de formas tóxicas de agregados de proteínas que se encontram na doença de Parkinson", explica o cientista à Lusa." É um projecto com um potencial muito grande, porque nesta altura ainda não sabemos muito bem quais os melhores alvos terapêuticos em que devemos intervir", acrescenta.

O outro projecto consiste na observação da relação ente os mecanismos do envelhecimento e a doença de Parkinson. "Estamos a perceber que alguns genes associados ao envelhecimento têm também um papel fundamental na doença de Parkinson". Este trabalho, iniciado há dois anos, foi galardoado em Praga, no passado fim-de-semana.

"Estamos também a desenvolver modelos animais em que possamos estudar a posição dessas proteínas no cérebro sem ter de sacrificar os animais, utilizando para isso uma técnica chamada microscopia multifotão que estamos a tentar implementar no IMM para continuar os estudos que desenvolvemos em colaboração com grupos nos Estados Unidos e na Inglaterra", acrescenta o cientista. O grupo é financiado pela Fundação Michael J. Fox criada pelo actor canadiano que sofre de Parkinson desde meados dos anos 90.

Após se ter licenciado em Bioquímica na Universidade do Porto, Tiago estudou durante 8 anos nos Estados Unidos, onde se doutorou em Biologia Celular e Molecular no MIT e completou o pós-doutoramento na Harvard Medical School. Regressou a Portugal em 2007 para liderar a Unidade de Neurociência Molecular e Celular.

Tiago Outeiro tem numerosos artigos publicados em revistas científicas internacionais de referência, como a Science, Nature, PNAS ou PloS ONE, e entre os prémios que recebeu conta-se uma "Installation Grant" da EMBO (Organização Europeia de Biologia Molecular), no valor de 250 mil euros, para continuar a estudar as doenças neurodegenerativas, ainda sem cura.
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Enviado por: comanche em Abril 10, 2009, 05:47:59 pm
Português inventa mecanismo que ajuda a poupar combustível

Invento de Rajesh Pai conquistou a medalha de prata


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Um português de origem indiana inventou um mecanismo automóvel que ajuda o condutor a poupar combustível, através de um sinal luminoso no velocímetro que o alerta sempre que está a carregar excessivamente no acelerador.

«É um mecanismo ao mesmo tempo amigo da carteira e do ambiente», referiu à agência Lusa Rajesh Pai, nascido na Índia há 43 anos mas a viver em Portugal há 20 e, entretanto, naturalizado cidadão português.


O invento de Rajesh Pai conquistou a medalha de prata, na categoria de transportes, no Salão Internacional de Genebra, que decorreu de 1 a 6 de Abril.

«Já apresentei a ideia a alguns fabricantes de automóveis e dois ou três já manifestaram grande interesse no mecanismo», garantiu.

Rajesh já pediu o registo da patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, com o nome de Green Pai Driving (GPD).

Segundo estima, um carro conduzido respeitando GPD poderá fazer, com o mesmo combustível, mais 6 por cento de quilómetros do que aquele que não está equipado com o sistema.

Em traços largos, o GPD é um sistema que mostra no velocímetro uma faixa verde.

«Se o ponteiro dos quilómetros estiver dentro dessa faixa, o condutor tem a certeza que está a fazer uma condução verde, ecológica e económica. Se a ultrapassar, a condução passará a ser vermelha e a pesar no bolso do condutor e no ambiente», explicou.
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Enviado por: Chicken_Bone em Abril 12, 2009, 06:22:34 pm
Coimbra: Empresa de software desenvolve aplicação que permite ver televisão em "tempo real" no iPhone

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Coimbra, 12 Abr (Lusa) - A empresa de Coimbra WIT Software desenvolveu uma aplicação tecnológica para a Vodafone Portugal, com certificação da Apple, que permite aos utilizadores de iPhone assistir a emissões de televisão "em tempo real".

Trata-se, segundo Luís Moura e Silva, responsável da empresa, uma das primeiras aplicações do mundo de Mobile TV a ser lançada por um operador de telecomunicações móveis a partir do iPhone 3G.

"A Apple não tinha suporte para esta tecnologia nos iPhones e o que nós fizemos foi colmatar essa falha implementando esta aplicação que já está disponível para os clientes da Vodafone Portugal", explicou à agência Lusa o investigador.

Os clientes daquela operadora apenas têm de aceder à App Store da Apple e descarregar gratuitamente a aplicação Vodafone Mobile TV, na categoria Entertainment, e subscrever o serviço junto do operador, explicou o responsável da WIT Software.

Segundo Luís Moura e Silva, professor na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, a aplicação Mobile TV "enquadra-se num conjunto de outras aplicações desenvolvidas nos últimos meses com o selo de qualidade e garantia da Apple, no âmbito da linha de desenvolvimento da empresa".

Anteriormente foram certificadas as aplicações de TeleMultibanco e de MMS.

A WIT Software aposta na distribuição comercial em Portugal, através da Vodafone, com quem mantém contrato de exclusividade, e no mercado internacional, numa perspectiva de exportação.

Nascida no seio da Universidade de Coimbra, em Março de 2001, desenvolve software para Operadores de Telecomunicações Móveis e disponibiliza serviços de consultadoria e desenvolvimento de software para empresas que desejem explorar ao máximo as possibilidades das comunicações fixas e móveis.

Com escritórios em Coimbra, Leiria, Lisboa e S. Rose, na Califórnia (Estados Unidos da América), a empresa emprega 60 pessoas e tem consolidado a sua presença no mercado mundial, nomeadamente nos Estados Unidos, Canadá e vários países da Europa.

Do seu portfólio constam, entre outros, a Vodafone Portugal, Vodacom África do Sul, Vodafone Espanha, LuxGSM, Real Networks, Vodafone Global e vários clientes do sector da Banca.


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interio ... id=1199716 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1199716)
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Enviado por: Chicken_Bone em Abril 13, 2009, 04:36:34 pm
a empresa tem um nome (provavelmente mistura de Manuel e Helena ou Filomena, etc)que parece dum brasuca ou de filhos de Portugueses radicados em França, mas está a ir bem.

Manulena
De bicicleta se começa um negócio
Há 40 anos, Manuel Pedro Custódio percorria de bicicleta os 15 quilómetros que separam Mira de Aire e Fátima para vender velas no santuário. Hoje, assiste com "bastante orgulho" à expansão da Manulena porque "sempre...

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Há 40 anos, Manuel Pedro Custódio percorria de bicicleta os 15 quilómetros que separam Mira de Aire e Fátima para vender velas no santuário. Hoje, assiste com "bastante orgulho" à expansão da Manulena porque "sempre foi muito receptivo a ideias novas", diz o filho, Pedro Custódio, que agora é o director-geral desta empresa familiar.

A Manulena de hoje ainda fabrica velas religiosas, mas diversificou o negócio apostando no segmento das velas decorativas e perfumadas. Investiu no design e prepara-se para lançar uma loja online, a Manulena Candle, no final do mês. "Não pretendemos fazer concorrência directa aos nossos comerciantes, mas recebemos muitas solicitações de consumidores que pretendem os nossos produtos e não os conseguem encontrar. Esta loja é para dar resposta a essa dificuldade", explica Pedro Custódio.

A empresa concentra a actividade em duas áreas. Fabrica produtos brancos para a Zara Home, Area, Tesco, Potter & Moore, Modelo e Continente e possui as marcas próprias Sensia e Manulena Candle. A inovação mantém a chama do negócio acesa e uma das últimas criações é a Sensia "pocket", uma vela perfumada que pode ser adquirida em quiosques. "É o segmento da chamada compra por impulso e os testes estão a correr bem" observa Pedro Custódio.
O principal cartão de visita é, contudo, a gama de produtos Sensia Elimina. São três velas que neutralizam os odores de animais, da cozinha e do tabaco. A primeira delas, garante o empresário, é única no mercado. "A minha mulher é médica veterinária e estava constantemente a pedir-me velas para a clínica, para eliminar os cheiros dos animais.

Percebemos que existia uma necessidade específica, e como estamos sempre atentos às oportunidades e necessidades do mercado, desenvolvemos o produto", conta.

O investimento nesta gama de velas atingiu os 250 mil euros e o produto, colocado nos hiper e supermercados nacionais e espanhóis, concorre nas prateleiras com marcas como a Air Wick, Brise ou Ambi Pur.

E a crise? "O mercado não é fácil, mas também nunca o foi", responde Pedro Custódio, de 38 anos. Por isso, apostam em conceitos para a flexibilidade e a inovação para a contornar as dificuldades. E há mercados como o alemão onde, em tempos difíceis, o consumo de velas cresce, porque "as pessoas passam mais tempo em casa", observa.

Os estudos indicam que as mulheres, com idades compreendidas entre os 25 e os 40 anos, são as maiores consumidoras destes produtos, que satisfazem todos os gostos e carteiras. As velas de maior consumo custam entre um e três euros, mas há outras que podem valor 50 euros, observa Pedro Custódio. Exemplos? Uma cabeça de Buda, maior que uma bola de futebol, ou um 'bouquet' de rosas, muito solicitado para casamentos, responde o presidente executivo.

As velas da Manulena ainda ardem no santuário de Fátima, por quesitos de fé, mas a força de vendas há muito que se situa lá fora. O mercado internacional representa 70% do volume de negócios, que em 2008 foi de 2,7 milhões de euros, sendo que o inglês tem um peso de 50%. O próximo passo é promover as marcas Sensia e Manulela Candle no mercado ibérico e diversificar a carteira de clientes, anuncia Pedro Custódio.

Até para evitar a repetição dos problemas de 2005, quando a empresa perdeu um cliente que absorvia 60% da produção. "Percebemos que temos de depender mais de nós e das nossa marcas que das marcas brancas e de outros clientes", conclui.



Perfil
Pedro Custódio, 38 anos, é o director-geral da Manulena, um empresa fundada pelo seu pai em 1968. Licenciado em Gestão de Empresas, saiu dos bancos da faculdade para entrar na Manulena, onde tem os irmãos como sócios. "Cresci neste meio. Sempre acompanhei a fábrica e o negócio e o meu pai deu-nos a experiência, aquilo que não está escrito nos manuais, explica Pedro Custódio. O fundador aceitou, com naturalidade, a introdução de inovações na empresa. "Sempre foi muito receptivo a ideias novas e assiste com bastante orgulho à evolução do negócio". A Manulena de hoje ainda vende no santuário de Fátima, por onde iniciou o negócio, mas os mercados internacionais já valem 70% do seu volume de negócios.

Muitos cheiros para satisfazer mercados exigentes
A Manulena tem apostado nas marcas próprias e no aumento dos padrões de qualidade para satisfazer mercados exigentes como o Reino Unido, Suécia, França, Alemanha ou Estados Unidos. A empresa emprega 50 colaboradores e registou, o ano passado, um volume de negócios de 2,7 milhões de euros. Longe vão os tempos em que as velas serviam apenas para iluminar ou pagar os bons préstimos de Deus, no socorro a aflições. Daí partiu-se para os jantares românticos, naturalmente, à luz das velas. Hoje, este produto, fabricado a partir da cera, ganhou requinte com a introdução de odores, para dar um toque de classe a determinados ambientes, ou simplesmente para eliminar maus cheiros. O que se consegue, introduzindo nas velas, substâncias aromáticas, tais como essências e extractos naturais de flores ou frutos, por exemplo. É este nicho que tem sido a aposta maior da Manulena.


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Enviado por: comanche em Abril 13, 2009, 10:22:01 pm
Artes:Investigadores aplicam técnicas de física ao estudo de obras de arte do Século XVI


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Coimbra, 13 Abr (Lusa) - Investigadores da Universidade de Coimbra estão a aplicar técnicas da física ao estudo de obras de arte do Século XVI, permitindo caracterizar a obra dos autores estudados, informou hoje a Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC).

Segundo uma nota divulgada pela FCTUC, uma equipa multidisciplinar liderada pelo físico Francisco Gil desenvolveu o projecto de investigação, que incidiu sobre obras de arte do Século XVI, nomeadamente trabalhos dos Mestres de Ferreirim e da oficina de João de Ruão.

Integrando físicos, químicos, geólogos e historiadores da arte da Universidade de Coimbra e especialistas em conservação e restauro do Museu Nacional Machado de Castro, a equipa estudou cinco esculturas em pedra de Ançã de João de Ruão, preparando-se para analisar uma sexta, e oito painéis em madeira pintada da autoria dos mestres de Ferreirim, disse hoje à agência Lusa Francisco Gil.

"Através de técnicas como espectroscopia Raman (que, em poucos segundos, fornece informação química do material) e difracção de raio X pelo método de pó (esta última aplicada pela primeira vez ao estudo de obras de arte, usando amostras micrométricas) os investigadores analisaram, caracterizaram e compararam a obra das duas oficinas de artistas, ao longo dos últimos quatro anos", lê-se na nota da FCTUC.

Segundo o coordenador do projecto, este representa "um contributo importante para a evolução da história da arte".

"Permite mostrar - explicou - a riqueza que se vivia na época, a qualidade dos materiais, o gosto e o nível de vida dos artistas. João de Ruão usava por excelência ouro, vermelhão e lápis-lazúli, enquanto os mestres de Ferreirim utilizavam materiais mais pobres".

O estudo "poderá servir para descobrir a origem dos materiais, porque se trata da época áurea pós-Descobrimentos, em que os materiais podem ser originários de África, Índia ou Brasil", refere, no texto, o professor do Departamento de Física da FCTUC.

No âmbito do projecto, foram analisadas outras variáveis, nomeadamente os produtos e factores de degradação ao longo dos séculos das obras de arte destes dois grupos de criadores, assinala a mesma nota.

Em declarações hoje à Lusa, Francisco Gil frisou que este trabalho é importante para a caracterização da obra dos autores, permitindo esclarecer dúvidas em termos de autoria, e também para intervenções de conservação e restauro.

Os investigadores vão agora iniciar o estudo das obras escultóricas do mestre Pêro, artista do Século XIV, em particular os túmulos da Rainha Santa Isabel e da sua neta Isabel para, posteriormente, estabelecer a ligação aos túmulos da família da rainha, em Aragão.

Este projecto será desenvolvido em parceria com as Universidades da Beira Interior, de Barcelona e de Florença, adianta a nota da FCTUC.

MCS.

Lusa/fim

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Enviado por: comanche em Abril 13, 2009, 10:34:14 pm
Pedido meio milhar de patentes em 2008


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Sinal de capacidade de inovação, o pedido de registo de patentes para novos produtos ou técnicas por parte de empresas e investigadores continua a aumentar.

Em Portugal, foram perto de 5 mil, em 2008, e todos os anos tem aumentado.

São sobretudo centros de investigação e universidades quem regista patentes, em Portugal, e todos os anos os números têm aumentado. No ano passado, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial recebeu 513 pedidos de registos de invenções, bem acima dos cerca de 300 recebidos no ano anterior.

O dinamismo dos inventores nacionais, contudo, ainda não se reflecte da mesma maneira no registo internacional. É certo que o número praticamente duplicou desde 2004, mas ainda assim no ano passado os pedidos não ultrapassaram os 95 - uma quantidade ínfima comparada com os 164 mil pedidos apresentados, no total, à organização sediada na Suíça e que põe em prática o Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes. São os Estados Unidos quem lidera a lista, desde há uns 30 anos, e por uma grande margem: sozinhos respondem por perto de um terço de todos os pedidos. É o reflexo do dinamismo dos seus investigadores.

Em 2008, entre as cem maiores utilizadoras do sistema, 38 eram norte-americanas, 28 japonesas e 13 alemãs. Mas é para o outro lado do globo que se deve olhar quando se procura a entidade que, sozinha, mais pedidos de registo apresenta: a empresa chinesa de telecomunicações Huawei Technologies foi a que mais pedidos de registo de patentes apresentou ao sistema internacional (1.737).

Firmas como a Huawei ou a ZTE (também de telecomunicações e também na lista das cem mais dinâmicas) permitiram já à China alcançar o sexto lugar entre os países com mais número de pedidos de registo de patentes.

O actual sistema mundial de patentes data de 1978 e está, neste momento, a ser reformulado.

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Enviado por: comanche em Abril 15, 2009, 11:27:07 pm
Tecnologia portuguesa no novo Exchange Server


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Com a versão final prevista para a segunda metade deste ano e o início de 2010, o Exchange 2010 integra tecnologia desenvolvida em Portugal.

O novo servidor de comunicações da Microsoft inclui capacidades de reconhecimento e síntese de fala em português criadas pelo Centro de Investigação e Desenvolvimento em Reconhecimento da Fala (MLDC - Microsoft Language Center), sedeado no Tagus Park.

Além do português, o Centro de I&D da Microsoft produziu também o reconhecimento de fala de mais 14 línguas europeias adicionais e, em estreita colaboração com os pólos de Redmond/EUA e Pequim, desenvolveu a síntese de fala de mais três e oito línguas europeias respectivamente, refere-se num comunicado enviado à imprensa.

Além das capacidades de reconhecimento de fala, o Exchange 2010 apresenta também como novidade um sistema de arquivo de correio electrónico e novas ferramentas para gestão da carga de mensagens na caixa de entrada e uma lista de melhoramentos para administradores, salienta a fabricante.

O Microsoft Exchange 2010 está disponível em versão beta a partir desta terça-feira, podendo ser descarregado a partir do endereço www.microsoft.com/exchange/2010 (http://www.microsoft.com/exchange/2010).
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Enviado por: comanche em Abril 15, 2009, 11:31:51 pm
Português resolveu história da Astronomia 17 anos antes

Investigador da UC pretende reivindicar descoberta de José Monteiro da Rocha em 1780

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José Monteiro da Rocha, astrónomo português e o primeiro director do Observatório da Universidade de Coimbra, foi o primeiro a resolver um dos problemas maiores da Astronomia, mas perdeu o reconhecimento para outro cientista, 17 anos depois.

O investigador Fernando Figueiredo, especialista em Astronomia portuguesa do século XVIII, mergulhou a fundo nos registos antigos e estará presente no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (UC), na próxima terça-feira (dia 21 de Abril) às 16 h, para revelar o que já descobriu sobre este e outros grandes nomes do conhecimento em Portugal.


O cientista da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) é o próximo convidado do ciclo de conferências «Astronomia à Terça», promovido pelo Museu da Ciência no âmbito do Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009). A entrada é gratuita.

"A palestra pretende ser uma pequena e rápida visita pela História da Astronomia em Portugal. O objectivo é fazer notar ao público que alguma coisa se fez de interessante no nosso país desde o tempo dos Descobrimentos", explica Fernando Figueiredo.

Um dos exemplos da importância da ciência portuguesa é mesmo o primeiro director do Real Observatório Astronómico da UC, que no século XVIII foi o primeiro a determinar a órbita de cometas, 17 anos antes do Heinrich Olbers, que acabou por ficar na História como sendo o autor da descoberta.

"José Monteiro da Rocha resolveu um dos maiores problemas de Astronomia do século XVIII, a determinação da órbita de cometas, e fê-lo de 17 anos antes do alemão Olbers. No entanto, é este alemão que fica na história por ter resolvido o problema em 1797, quando o director do Observatório o resolveu em 1780", conta Fernando Figueiredo.

José Monteiro da Rocha é um dos astrónomos que o investigador tem estudado no decurso do projecto que desenvolve na instituição. E são precisamente os resultados dessa aventura pela história da Ciência que Fernando Figueiredo vai levar ao museu. Uma iniciativa que, de resto, pretende captar todos os tipos de público.

Reivindicar lugar na história

Determinado a reivindicar para a ciência portuguesa do século XVIII um lugar na História mundial, o investigador da FCTUC irá também fazer um pequeno percurso pela História da Astronomia portuguesa e apontar lugares de interesse que ainda hoje podem ser visitados.

Para Fernando Figueiredo, há aspectos "interessantes" que não são do conhecimento do grande público e que merecem ser divulgados. "Por exemplo, o telescópio chegou ao Japão em 1613, levado por missionários jesuítas portugueses e, ao contrário do que se pensava, as observações que Galileu fez entre 1609 e 1611 foram conhecidas quase imediatamente em Portugal".

O investigador conta ainda que, "em 1772, a Reforma Pombalina da Universidade criou a primeira faculdade de matemática do mundo, constando no seu currículo uma cadeira de Astronomia".

Depois de Pawel Haensel, do Nicolaus Copernicus Astronomical Center (Polónia), e de Orfeu Bertolami, colaborador da NASA e da Agência Espacial Europeia, Fernando Figueiredo é o terceiro investigador a participar na «Astronomia à Terça» do Museu da Ciência da UC.
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Enviado por: comanche em Abril 16, 2009, 12:00:01 am
Português distinguido com "Australian International Design Award"

Carlos Aguiar, professor convidado da Faculdade de Engenharia, ligado ao Design Studio da FEUP e à area focal EDAM do programa MIT Portugal foi recentemente distinguido com a edição 2009 do “Australian International Design Award”, pelo projecto de design da garrafa portátil de gás propano CoMet.


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Trata-se da primeira vez que um projecto de design português é distinguido com um prémio de design no continente australiano, demonstrando assim, de forma inequívoca, a globalidade dos mercados actuais e a competitividade da inovação nacional a nível internacional.

Com design de Carlos Aguiar, a garrafa portátil de gás com produção da Amtrol-Alfa pertence à família CoMet de garrafas de tecnologia compósita (metal e fibra de vidro) desenvolvidas por aquela empresa e pelo INEGI. A parceria revolucionou o mercado quando apresentou a proposta da garrafa Pluma.

Na sequência desse projecto, surgiram outros igualmente inovadores como o recentemente distinguido. Este, diferente dos modelos tradicionais, consiste numa garrafa portátil de gás propano CoMet (Snap and Go) que utiliza uma jaqueta baixa (conhecida no mercado português por K6 da Repsol), associada a uma base dotada de IML de identificação. Esta solução permite desenvolver, em tempo record, um novo produto que recebeu a designação de “snap and go”, demonstrativa da incomparável facilidade de utilização e superior ergonomia em relação aos modelos tradicionais.

O modelo agora premiado, comercializado pela ELGAS (companhia integrada no grupo mundial LINDE ) só foi possível através do carácter altamente modular, sobre o qual o projecto foi desenvolvido, permitindo dar resposta ultra rápida às necessidades do mercado australiano em termos de capacidade e arrumação.

Para Carlos Aguiar este prémio veio juntar-se a outras distinções internacionais importantes, algumas delas de carácter inédito em Portugal na área de Design de Produto: Design Plus (Frankfurt) e Red Dot (Essen), IF-Gold (Hannover); Good Design(Chicago) e G-Mark (Tóquio), bem como nomeações para finalista do Prémio de Design da República Federal Alemã.
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Enviado por: comanche em Abril 16, 2009, 12:03:42 am
Scientists discovered a new molecular mechanism linking viral infection to cancer susceptibility

Author of the original paper: Pedro Machado Simas

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Portuguese scientists discovered a new molecular mechanism that allows gamma herpes viruses to chronically infect patients and helps to explain why these patients present an abnormally high incidence of the lymphocyte (or white blood cell) cancer lymphoma, particularly when their immune system is compromised.

The research, just published in the advance online edition of The Embo Journal ¹, reveals how these viruses mimic the host molecular machinery to shutdown NF-kB –a key regulatory protein complex involved in cell division and death – on infected lymphocytes, and how this - probably by disrupting the cells normal regulatory systems - creates the conditions for the development of lymphomas.
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Enviado por: Chicken_Bone em Abril 19, 2009, 09:24:22 am
FEUP desenvolve projecto para diagnosticar otites
Novo dispositivo poderá revolucionar a prática dos médicos pediatras e de clínica geral

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Tem a dimensão de um telemóvel, é tão fácil de usar como um termómetro digital e serve para diagnosticar otites através da cor. O dispositivo, criado por uma equipa da FEUP, poderá chegar ao mercado dentro de um ano.

Chama-se Otoscópio óptico-electrónico e promete revolucionar o exercício dos profissionais de saúde - sobretudo pediatras e de clínica geral - que geralmente têm dificuldade em interpretar patologias relacionadas com o ouvido médio. Tal como um termómetro digital indica a febre através dos graus que aparecem no visor, este dispositivo traça o diagnóstico de eventuais otites através de uma paleta de cores.

É útil sobretudo na avaliação de bebés "porque não falam", e crianças. De acordo com o professor Rodrigues Rodrigues, director do serviço de otorrinolaringologia do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde este projecto foi testado, "as otites e as amigdalites representam cerca de 80% a 90% das infecções nas crianças até aos quatro anos de idade".

"Como a eficácia deste dispositivo não está dependente da subjectividade do utilizador, torna-o mais rigoroso do que os que existem actualmente", garantiu ao JN João Manuel Tavares, professor de engenharia mecânica e gestão industrial e um dos cinco autores do projecto, cuja patente já foi solicitada. "É fácil de manusear, a informação é fácil de ler e não será dispendioso" - para uso doméstico não terá um preço superior a 50 euros; para uso profissional será inferior a mil euros.

Além disso, acrescentou José Soeira, aluno da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) responsável pelo design industrial do protótipo, e cujo trabalho serviu de mote para a sua tese de mestrado, "é prático, pode ser transportado na bata dos médico, tal e qual como o estetoscópio, e obedece a todas as regras de segurança e higiene".

Rodrigues Rodrigues reconhece que o novo otoscópio pode constituir "uma ferramenta importante no despiste de otites", podendo mesmo "representar uma viragem no diagnóstico realizado por pediatras e médicos de clínica geral (nunca por otorrinos)", mas revela-se mais cauteloso relativamente ao uso doméstico do aparelho. "Não creio que seja uma opção desejável. Em alguns casos poderia mesmo ser perigoso por poder criar situações de alarme falso ou o inverso". Ao contrário, acredita que o dispositivo poderá vir a figurar em todos os hospitais, centros de saúde e consultórios de pediatras.

A comercialização do dispositivo, cuja autoria cabe também aos professores da FEUP Jorge Reis e Joaquim Magalhães Mendes, e à pediatra Georgeta Oliveira, está neste momento a ser avaliada pela Tomorow Options, empresa que está a ser incubada no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto. "Há a possibilidade de serem nossos parceiros", confirma João Manuel Tavares, acrescentando que "o protótipo tem condições para estar no mercado dentro de um ano".

O desenvolvimento do projecto acabou por ir mais longe do que havia sido inicialmente previsto, possuindo mais-valias que ultrapassam o mero diagnóstico de otites. "Tem tecnologia para aferir todas as patologias ou lesões da pele que possam ser realçadas com a emissão de luz controlada". De qualquer forma, ressalva, "servirá sempre como auxiliar e nunca como substituto dos médicos".


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Socieda ... id=1205567 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1205567)
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Enviado por: Chicken_Bone em Abril 19, 2009, 07:02:59 pm
Robô controlado por ondas cerebrais
Projecto desenvolvido por cientistas portugueses e suíços é apresentado em Coimbra

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Uma nova tecnologia que permite controlar um robô, a mais de 1.500 quilómetros de distância, utilizando apenas ondas cerebrais e a visão, foi desenvolvida por cientistas portugueses e suíços e vai ser apresentada em Coimbra, avança a Lusa.

O projecto, coordenado por um investigador da Universidade de Coimbra, permite que um utilizador, na Suíça, com um computador e um dispositivo de eléctrodos na cabeça possa controlar uma máquina, em Portugal, por controlo remoto.

O cientista, na Suíça, «vê imagens de cá e reage lá», interagindo com o robô «sem teclas, apenas através de ondas cerebrais», disse este domingo à Agência Lusa Jorge Dias, investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

«É um sistema de feedback visual», acrescentou, frisando que o investigador suíço dá «ordens» ao robô com a visão, através de um sistema direccional que permite à máquina mover-se para a direita ou esquerda, para cima e para baixo.

Tecnologia com «forte impacto social»

Argumenta que é uma tecnologia com «forte impacto social» já que permitirá que pessoas com deficiências motoras muito graves possam obter mais autonomia no seu dia-a-dia.

«Com um simples e discreto dispositivo de eléctrodos, cidadãos com necessidades muito especiais, por exemplo, tetraplégicos ou acamados, terão autonomia para realizar tarefas quotidianas como atender o telefone, pedir ajuda, abrir a porta ou abrir o frigorífico», ilustrou Jorge Dias.

Sublinhando que o conceito de comando de uma máquina através de ondas cerebrais «está provado e validado», Jorge Dias sustentou que «a grande dificuldade e desafio» do projecto passava por garantir «uma interface robusta» entre os dados cerebrais e o robô, o que foi conseguido.

«No máximo, dentro de 5 anos esta nova tecnologia será mais popular porque é financeiramente atractiva e sem dificuldade de manuseamento», destacou.

O projecto dos investigadores da FCTUC e Hospital Universidade de Genebra vai ser alvo de uma demonstração, terça-feira, pelas 10:30, no Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, situado no Pólo II da Universidade de Coimbra.


http://diario.iol.pt/tecnologia/robot-o ... -4069.html (http://diario.iol.pt/tecnologia/robot-ondas-cerebrais-coimbra-tecnologia-projecto-tvi24/1058071-4069.html)
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Enviado por: HSMW em Abril 19, 2009, 08:05:15 pm
:shock:  :shock:
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Enviado por: Chicken_Bone em Abril 19, 2009, 08:34:29 pm
Pá, tens que ver o "House MD" mais frequentemente. :D
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Enviado por: HSMW em Abril 19, 2009, 09:05:03 pm
Não vejo esse mas vejo o "Fringe"  c34x
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Enviado por: Chicken_Bone em Abril 19, 2009, 09:28:04 pm
'Tá explicado porque desconhecias a tecnologia então. :roll:
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Enviado por: comanche em Abril 23, 2009, 10:52:13 pm
Portugal ensina a Europa a transformar pneus em asfalto

Projecto do Laboratório Nacional de Engenharia Civil é apresentado na Eslovénia

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Um projecto do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para reutilizar pneus velhos no fabrico de asfalto está a ser apresentado esta semana na Eslovénia como um exemplo a seguir por outros países europeus, escreve a agência Lusa.

O projecto foi um dos escolhidos pela segunda Conferência Europeia em Investigação nos Transportes Rodoviários. Maria de Lurdes Antunes, investigadora do LNEC, representa Portugal naquele que é o principal fórum europeu que junta políticos, empresários e estudiosos em questões relacionadas com o ambiente e transporte.

Segundo esta investigadora, Portugal é «um dos primeiros países europeus» a utilizar restos de pneus velhos no fabrico de asfalto, juntamente com betume e outros inertes, «usamos borracha de pneus utilizados no agregado final». Maria de Lurdes Antunes explica que o asfalto com borracha de pneus é mais durável, mais resistente e provoca menos ruído.

Em 1999, foi instalado na zona de Santo Tirso o primeiro piso deste tipo. Agora, quase uma década depois, Portugal «tem muitos dados» sobre a durabilidade e resistência deste tipo asfalto que, apesar de mais caro, permite estradas mais amigas do ambiente.

A implementação desta tecnologia levou Portugal a tornar-se parceiro num novo projecto comunitário, denominado DirectMat, que visa elaborar uma espécie de «guia de boas práticas» para os construtores civis na reparação de estradas.

A utilização de resíduos e inertes nas estradas, como asfalto já danificado, e a diminuição dos custos ambientais são os objectivos principais deste projecto, que irá incluir uma «base de dados com todos os desenvolvimentos» técnicos que permitam minimizar os danos das intervenções.

Para além do LNEC, na Eslovénia estão também expostos outros trabalhos de investigadores portugueses, como é o caso de uma equipa da Universidade de Coimbra. O projecto conta com modelos de gestão da velocidade máxima das estradas de acordo com o ambiente envolvente, quer de acordo com as características do piso e do território mas também em relação a questões como os fluxos humanos.

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Enviado por: André em Abril 25, 2009, 07:27:47 pm
Equipa portuguesa em projecto arqueológico pioneiro na Síria

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg168.imageshack.us%2Fimg168%2F8382%2Ftellbeydar.jpg&hash=b3685177488cb0222e0a6393f11cea97)


Uma equipa de arqueólogos da Universidade de Coimbra (UC) está a realizar escavações na Síria sobre o período helenístico, cujos resultados serão pioneiros a nível mundial, por pouco se saber sobre essa época.

A actividade da equipa desenvolve-se desde o início de Abril na antiga cidade de Nabada, actual Tell Beydar, na fronteira com o Iraque e a Turquia, e onde pela primeira vez aparece a escrita na Alta Mesopotâmia, no terceiro milénio antes de Cristo (A.C.). “O interessante desta investigação é que ela é inédita a nível mundial. Não se conhece praticamente nada sobre o período helenístico nestas cidades no terceiro milénio na Alta Mesopotâmia”, declarou à agência Lusa Conceição Lopes, directora da equipa de arqueólogos e professora na UC.

Trata-se de uma investigação ainda no início, mas “muito promissora”, que vai desafiar a equipa “a lançar bases, a definir coisas que serão pioneiras em termos mundiais”, designadamente a fazer a tipologia dos edifícios. Conceição Lopes realça que cidades do terceiro milénio são tão importantes que as equipas internacionais têm-se interessado fundamentalmente pelo terceiro milénio, sobre o início da escrita, da civilização, da revolução urbana, não apostando no período helenístico.

Os arqueólogos portugueses ocupam-se de escavar um grande edifício, que ainda não se sabe o que é, na antiga cidade de Nabada, sobre a qual se conhecem 30 hectares, e que teve uma ocupação entre 2.900 A.C. até pelo menos à época romana.

Convivência com outros países

Convivem no campo arqueológico com equipas de outros países europeus, de Itália, Bélgica ou Alemanha, que investigam o terceiro milénio, e a escassos quilómetros onde pesquisou, no primeiro quartel do século XX, o arqueólogo Max Mallowan, marido da mestre da literatura do crime Agatha Cristie.

É constituída por Ricardo Cabral (responsável no campo), e André Tomé, ambos já doutorandos na universidade holandesa de Leiden, e ainda por Ana Meireles e Tiago Costa, estes alunos de mestrado em Coimbra.

Trata-se de uma equipa que, além escavar, está a produzir ciência, pois do trabalho dela numa região considerada o berço da civilização resultarão teses de doutoramento e de pós-doutoramento. No termo do projecto de cinco anos serão ainda apresentadas publicações sobre os resultados.

O período de campanha arqueológica, que se iniciou este mês desenrola-se até finais de Maio, retornando a equipa em Setembro para estudos dos materiais recolhidos, especialmente de cerâmicas, e para prospecções em outros locais.

A equipa portuguesa é financiada pela Universidade de Coimbra e pela Fundação da Ciência e Tecnologia, mas o desejo é angariar um mecenas que possibilite o seu alargamento e até a ampliação do âmbito dos estudos, revelou Conceição Lopes.

No próximo ano a equipa será ampliada por uma desenhadora portuguesa, que trabalhará também para as equipas internacionais no terreno, mas o desejo é de gradualmente a abrir a alunos de outras universidades portuguesas.

A Universidade de Coimbra foi convidada a integrar o European Centre for Upper Mesopotamian Studies (ECUMS), uma rede europeia em estudos arqueológicos na Mesopotâmia, na sequência do “excelente desempenho” dos seus alunos Ricardo Cabral e André Tomé, que há um ano estagiavam com a equipa belga.

A antiga cidade de Nabada é uma das mais importantes cidades na época helenística, localizada na estrada que ligava Anatólia ao Irão, e Iraque. Teve intensa actividade comercial, pois possuía grande quantidade de celeiros, que chegaram a abastecer as tropas de Alexandre o Grande durante as movimentações naquele território.

Ciência Hoje
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Enviado por: Chicken_Bone em Abril 26, 2009, 06:10:16 pm
Portugueses inventam transístor que muda a cor de qualquer superfície

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Quer mudar, sempre que lhe apetecer, a cor das paredes ou dos tectos da sua casa, dos vidros das janelas, dos electrodomésticos ou do seu carro? Num futuro próximo tudo isto será possível graças à última invenção de Elvira Fortunato e Rodrigo Martins: o transístor electrocrómico, que muda a cor a qualquer superfície contínua onde é implantado.

O casal de cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL) - que já tinha inventado o transístor e a memória (electrónica) de papel - registou a nova patente internacional deste dispositivo no início de Abril. Os transístores poderão ser aplicados em superfícies de papel, vidro, cerâmica (azulejo), metal ou qualquer polímero (plástico, borracha, poliuretano, poliestireno, etc.), tendo um grande potencial de aplicação em todo o tipo de mostradores (ecrãs) - computador, TV, telemóvel, PDA - bem como nos suportes da publicidade estática.
Electrónica produzida... por impressão a jacto de tinta

Uma impressora de jacto de tinta alterada...
Uma impressora de jacto de tinta alterada...
E podem ser produzidos por jacto de tinta através de uma vulgar impressora cujos tinteiros foram cheios com uma solução de cor amarelada que contém nanopartículas electrocrómicas - material que, por aplicação de uma tensão eléctrica, muda de estado de oxidação, isto é, muda de cor. Trata-se da tecnologia emergente da Electrónica Impressa, onde os grandes fabricantes mundiais estão a apostar.

Quando o material usado é uma folha de papel, esta é impressa com a solução electrocrómica, passando quinze vezes pela impressora. Depois constroem-se os transístores utilizando o papel como material isolante (que impede os curtos-circuitos) em vez do silício, colocando a porta - que controla o fluxo de energia - numa das faces, e os dois eléctrodos condutores na outra - a fonte, por onde entra a energia, e o dreno, por onde sai.

Para já, a equipa do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da Faculdade de Ciências e Tecnologia liderada por Elvira Fortunato e Rodrigo Martins está a usar nas suas experiências pioneiras transístores de 0,3 a 0,4 milímetros, mas Rodrigo Martins adianta que "podem ser muitíssimo mais pequenos, com 1 mícron (uma milésima parte do milímetro), o que permitirá aumentar a definição da imagem dos mostradores".

O Expresso assistiu a uma experiência feita com uma página do jornal que continha a notícia dos transístores. Ao sair da impressora, a página impressa numa folha de papel (ver fotos) estava invisível, mas quando foi aplicada uma tensão eléctrica, a notícia surgiu com letras e foto a azul. E há cores alternativas. "Deste modo podemos construir mostradores em papel; para já são monocromáticos mas a seguir iremos combinar várias cores", prevê Elvira Fortunato.
Redução de custos

... Papel embebido numa solução electrocrómica...
... Papel embebido numa solução electrocrómica...
A grande vantagem desta nova tecnologia é a redução de custos de produção. A Samsung lançou em Fevereiro no mercado mundial um novo ecrã de TV com tecnologia dos óxidos semicondutores criada na Universidade Nova de Lisboa, que permitiu ganhos de 300% na funcionalidade dos dispositivos! Com os transístores electrocrómicos, a equipa da UNL espera uma nova redução de custos.

Actualmente, os mostradores ou ecrãs electrónicos funcionam com transístores vulgares e pixels (os elementos de informação mais pequenos numa imagem digital) feitos de cristais líquidos (LCD) ou baseados na tecnologia OLED (díodos emissores de luz). A inovação dos cientistas portugueses "é uma solução dois em um: o pixel é o próprio transístor, o que torna o seu processo de fabrico mais barato", explica Elvira Fortunato.

... e uma carga eléctrica fazem surgir uma página do Expresso com a notícia da descoberta
... e uma carga eléctrica fazem surgir uma página do Expresso com a notícia da descoberta
Entretanto, as patentes relativas aos transístores e à memória (electrónica) em papel foram registadas sob uma única marca: Paper-e. "Depois dos transístores de papel temos estado a fazer descobertas em série", constata a cientista, acrescentando que "usar o papel como isolante do transístor é um ovo de Colombo, é uma fotocópia com frente e verso, parece tudo muito simples, porque se mudarmos a estrutura do papel mudamos a sua funcionalidade".

Mas não será um material com um tempo de vida mais curto que o silício? "As aplicações em papel são feitas na óptica da electrónica descartável, porque o papel é de longe o material mais barato e, portanto, o tempo de vida interessa muito pouco, como nos confirmam os próprios especialistas do sector", esclarece Elvira. Além disso, "é o substrato mais leve que conheço", remata Rodrigo Martins.

Rodrigo Martins e os transístores de papel
"Portucel e Renova não se interessaram"

O que levou a papeleira brasileira Suzano, e não uma empresa portuguesa, a interessar-se pelos transístores de papel?
Por falta de visão das empresas portuguesas. Contactámos a Renova e a Portucel, que não se manifestaram interessadas, o que é surpreendente, porque estávamos a oferecer produtos de raiz, únicos no mercado mundial. Com empresários assim Portugal não vai a lado nenhum. Neste mundo global é necessário que o nosso país tenha empresas industriais de A a Z, ou seja, que sejam competitivas porque controlam todo o processo produtivo. Mas continuamos a fazer as mesmas coisas, a ser mercantilistas, a procurar o lucro fácil.

E como surgiu a Suzano?
A papeleira brasileira soube das nossas descobertas, entrou em contacto connosco e convidou-nos a visitar a sua sede em São Paulo, onde nos reunimos com a administração e com o responsável pela investigação. E mostraram-se totalmente interessados em comprar uma parte da nossa patente para fabricarem papel electrónico. Estivemos cinco dias no Brasil com tudo pago pela Suzano, fomos recebidos ao mais alto nível, mas quando nos deslocámos à Portucel nem o almoço nos ofereceram...

A Universidade Nova vai vender as patentes do transístor e da memória de papel às fatias?
A Universidade do Texas em Austin (UTA) avaliou as patentes num mínimo de dez milhões de euros. O registo foi feito de modo a poderem ser vendidas às fatias para nichos de mercado (mostradores, biossensores, memórias, segurança pessoal, etiquetas inteligentes), o que significa que vamos ganhar muito mais do que os dez milhões de euros.

Têm tido o apoio de instituições portuguesas?
Técnicos ligados ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) estão interessados em valorizar as patentes e no processo de comercialização. A própria avaliação das patentes foi feita no âmbito do Programa UTA/Portugal.  

As últimas invenções

    * Transístores em papel - Transístores fabricados pela primeira vez no mundo à temperatura ambiente e com uma camada de papel como isolante em vez de silício, cada vez mais escasso e caro. O papel serve também de suporte e é muito mais barato e flexível (dobra mas não parte), sendo produzido em larga escala
    * Memórias de papel - São memórias de transístores descartáveis em papel, que podem ser usadas e deitadas fora ou recicladas. Retêm informação durante 14 mil horas (um ano e meio)
    * Células fotovoltaicas a jacto de tinta - Processo muito mais simples e barato, que fabrica células fotovoltaicas com uma impressora de jacto de tinta normal cujos tinteiros foram cheios com uma solução de nanopartículas de óxidos metálicos. É a última revelação da equipa da Universidade Nova


Nova marca E-Paper
Portugueses inventam transístor que muda a cor de qualquer superfície
Patentes valem €10 milhões
Chama-se 'Paper-e - Green electronics for the future' devido ao seu reduzido impacto no ambiente, e é uma nova marca internacional que dá cobertura a duas patentes da Universidade Nova: o transístor em papel (noticiado em todo o mundo) e a memória de papel. O registo das patentes custou 70 mil euros mas a avaliação feita pela Universidade do Texas aponta para que o seu valor seja superior a 10 milhões de euros.


http://aeiou.expresso.pt/portugueses-in ... ie=f510881 (http://aeiou.expresso.pt/portugueses-inventam-transistor-que-muda-a-cor-de-qualquer-superficie=f510881)
Título:
Enviado por: Edu em Abril 26, 2009, 08:35:35 pm
Caro Chicken_Bone, essa tecnologia é deveras expectacular, é pena que muito provavelmente ira ser uma empresa extrangeira a aplica-la e a ganhar dinheiro com ela (muito dinheiro). Se fosse aplicada por nós em produção nacional podiamo-nos tornar grandes... muito grandes...

Cumprimentos  :wink:
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Abril 26, 2009, 09:00:05 pm
Olá Edu. Eu não sou caro, especialmente para gajas boas. hehe

Sim, a tecnologia é espectacular e, provavelmente acabará por ser explorada por uma empresa estrangeira.
Se fizeres uma busca, encontrarás uma notícia em que o CENIMAT se queixava precisamente de que, apesar de terem contactado várias empresas nacionais, a maioria nem se deu ao trabalho de responder.

Eu gostaria que houvesse um consórcio de empresas que envolvesse a Portuguesa Logoplaste ( www.logoplaste.com (http://www.logoplaste.com) ), uma das "rainhas" mundiais de embalagem e que pegasse na tecnologia, já que pelo (pouco) que sei poderá ser usada em substratos plásticos. A ver.....
Título:
Enviado por: André em Abril 27, 2009, 01:16:53 pm
Investigador português vence prémio em computação evolucionária


O investigador da Universidade de Coimbra Ernesto Costa foi distinguido com o prémio europeu de carreira em computação evolucionária, uma área que procura solucionar problemas complexos inspirando-se nos comportamentos da natureza e dos organismos biológicos.

Atribuído pela terceira vez pela EvoStar, a Conferência Científica líder na Europa neste campo da ciência, o «EvoStar Award» reconhece, «não só a excelência de todo o percurso científico de investigadores, mas também o seu contributo para a afirmação desta área do conhecimento a nível mundial», revela uma nota da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

A computação evolucionária procura resolver problemas de grande complexidade e melhorar os programas de computadores, inspirando-se nas teorias de evolução das espécies de Charles Darwin e Gregor Mendel e nos comportamentos de animais, como as formigas ou abelhas, ou no desempenho do sistema imunitário, para extrair os seus princípios e transpô-los para programas de computadores.

«É na Natureza que encontramos as melhores soluções para os problemas mais críticos, porque os organismos, para conseguirem sobreviver, desenvolvem os mais espantosos mecanismos», explica.

Embora seja uma área de ciência fundamental, Ernesto Costa adiantou à agência Lusa que tem havido colaborações em aplicações, seja na química, em aparelhos de electrónica, na biologia e em diversas soluções empresariais.

Salienta que, com base nos princípios do sistema imunitário do organismo humano, foram já gerados algoritmos para criar filtros anti-spam, ou, na química, para encontrar a fórmula de um composto.

A «EvoStar Award» é para o investigador o reconhecimento de uma carreira de «dez ou doze anos» e «do trabalho de excelência do grupo» que fundou e coordena no Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), o único existente em Portugal em Computação Evolucionária.

Apesar do reconhecimento internacional, Ernesto Costa lamentou, em declarações à Agência Lusa, que o mesmo não se passe a nível nacional, por ser «difícil vender esta área científica» a agências financeiras e à própria Fundação da Ciência e Tecnologia, apesar de a computação evolucionária ser «uma nova maneira de resolver problemas para a NASA, a Agência Espacial Europeia e para muitas empresas».

Na Conferência Científica EvoStar, onde foi galardoado Ernesto Costa, foram também atribuídos prémios para as melhores comunicações às investigadoras Sara Silva e Anabela Simões, que se juntam a mais dois do género atribuídos anteriormente a membros do seu grupo, a testemunhar o «reconhecimento internacional da excelência da investigação desenvolvida no CISUC».

Lusa
Título:
Enviado por: André em Abril 28, 2009, 10:28:13 pm
Primeiro medicamento 100 % português aprovado pela Agência Europeia do Medicamento


O primeiro medicamento de raiz e patente portuguesas, um antiepiléptico da Bial, foi aprovado pela Agência Europeia do Medicamento (EMEA) e deve chegar às farmácias no final do ano, anunciou hoje a empresa.

Em comunicado, a Bial informou que a EMEA aprovou a autorização de introdução no mercado, pedida em Fevereiro, seguindo-se agora a fase de solicitação do preço e comparticipação às autoridades de cada país para a venda do medicamento.

O investimento na investigação do fármaco, ao longo dos últimos 15 anos, ultrapassou os 300 milhões de euros.

O antiepiléptico, que é administrado em uma toma diária, foi testado em 23 países, envolvendo mais de mil doentes.

Segundo a empresa, os estudos clínicos comprovaram uma redução significativa da frequência de crises parciais em doentes com epilepsia refractária, em combinação com outros agentes antiepilépticos, e um potencial para melhorar a qualidade de vida e os sintomas depressivos dos doentes.

Fundada em 1924, a Bial, o maior grupo farmacêutico português, com sede em S. Mamede do Coronado, comercializa diversos produtos em mais de 30 países, em quatro continentes e investe mais de 20 por cento da sua facturação anual em "I&D", prioritariamente no sistema nervoso central, cardiovascular e alergologia.

DN
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Enviado por: comanche em Abril 29, 2009, 08:19:20 pm
Jovem do IST revoluciona Mundo das Telecomunicações


O protocolo entre o Instituto Superior Técnico e a Nokia Siemens Networks, de colaboração do tecido científico com a indústria, acaba de reconhecer os estudos e pesquisa do doutoramento de Daniel Fonseca como um verdadeiro caso de sucesso, resultando em diversas patentes internacionais, com elevado valor comercial e científico das descobertas realizadas.

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No âmbito da investigação realizada por Daniel Fonseca, vários protótipos experimentais foram já implementados e testados tendo sido alcançados recordes de transmissão, comunicados em conferências e revistas internacionais de divulgação científica.

Os conceitos desenvolvidos por Daniel Fonseca permitiram a obtenção de várias patentes internacionais, que atestam o valor comercial e científico das descobertas realizadas. Conjuntamente, também o departamento de desenvolvimento da Nokia Siemens Networks está a avaliar a introdução dos resultados em produtos a comercializar no futuro.

A investigação de Daniel Fonseca centrou-se no aumento da capacidade de transmissão de informação de sistemas ópticos através da utilização de formatos avançados de modulação, nomeadamente recorrendo a uma modulação intitulada modulação em banda lateral única. Este tipo de tecnologia permite duplicar a capacidade de transmissão dos sistemas actuais e aumentar a distância máxima de transmissão, sem que o desempenho fique limitado por efeitos de propagação ópticos.

De acordo com Paulo Oliveira, Professor do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, Instituto Superior Técnico, “o protocolo de colaboração tem como grandes objectivos promover a partilha de conhecimentos, potenciar a formação dos alunos e impulsionar a experimentação de novas tecnologias nas empresas.”

Outros casos estão a ser desenvolvidos no âmbito da parceria entre o IST e a Nokia Siemens Networks, contribuindo para a qualificação avançada de profissionais em áreas estratégicas para a empresa. A parceria, assinada em 2005, visa uma aposta conjunta na inovação, investigação e desenvolvimento, nas áreas de telecomunicações e tecnologias de informação, recorrendo à excelência dos engenheiros Portugueses.

Actualmente a Nokia Siemens Networks elabora o seu recrutamento em universidades com excelência de ensino, como o IST, sendo uma das maiores empresas na área de infra-estruturas de telecomunicações.
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Enviado por: comanche em Abril 29, 2009, 08:25:02 pm
Têxteis inteligentes que combatem doenças de pele


A empresa "New Textiles" de Guimarães, iniciou a comercialização de têxteis inteligentes e roupa interior confeccionada para combater doenças de pele, prevendo facturar 300 mil euros em 2009, disse, hoje, fonte da firma.

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O gestor, Pedro Pinto adiantou que a "New textiles" começou, há duas semanas, sob a marca "Skintoskin", a comercializar na rede portuguesa de farmácias e parafarmácias roupa para bebés, crianças e adultos, produzida com uma fibra composta por algodão, algas e prata.
 


"O nosso objectivo é o de vender 30 a 40 mil peças em 2009", frisou, assinalando que a fibra actua na protecção contra o prurido (comichão) e tem propriedades anti sépticas. A actividade da empresa foi hoje apresentada em conferência de imprensa, no AvePark- Parque de Ciência de Tecnologia, sedeado nas Caldas das Taipas em Guimarães, onde labora.

Pedro Pinto adiantou que a distribuição da roupa, que engloba oito modelos de t-shirts, pijamas, "baby-grows", meias e cuecas, ficou a cargo da empresa "Alliance Health Care". A produção é feita na fábrica da empresa têxtil Sonix, em Barcelos.

Revelou que em 2010 vai avançar para os mercados espanhol e dos países do leste da Europa, caso venha a conseguir alianças com parceiros locais do sector, prevendo, por isso, atingir uma facturação de três milhões de euros em 2011.

Dermatite atópica

Na opinião do gestor, que se formou em Engenharia Têxtil no pólo de Guimarães da Universidade do Minho, o tecido da roupa "reduz drasticamente a colonização da pele por bactérias, a que se chama dermatite atópica".

Assegura que "o sucesso dos produtos, como adjuvantes no tratamento e prevenção destas doenças de pele, é comprovado através de testes clínicos in vitro e in vivo, sendo que decorre desde Outubro de 2008 um estudo direccionado para a eficácia do produto, com 60 crianças que sofrem de dermatite atópica".

Realçou que os artigos Skintoskin estão notificados no Infarmed como dispositivos médicos da classe 1.

A dermatite atópica é uma doença crónica de pele que afecta as crianças durante o primeiro ano de vida, estimando-se que, em Portugal, entre 10 a 20 por cento das crianças sofram com esta doença.

A New Textiles é uma empresa spin off da Universidade do Minho, que apostou na investigação e desenvolvimento tendo investido 110 mil euros na investigação, desenvolvimento e recursos humanos afectos.

Directa e indirectamente - garantiu - o projecto dará trabalho a 70 pessoas, tanto na investigação e desenvolvimento técnico do produto, como na sua produção e marketing.
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Enviado por: André em Maio 04, 2009, 06:09:18 pm
Físicos portugueses descobrem 5 novas partículas subatómicas


Uma equipa de físicos portugueses das Universidades de Coimbra e Lisboa descobriu cinco novas partículas subatómicas, chamadas mesões, que um dos seus autores comparou a notas da partitura de uma nova música.

"Vejo tudo isto como pautas em que tentamos descobrir música a partir de poucas notas", afirmou hoje o físico teórico português de origem holandesa Eef van Beveren, do Centro de Física Teórica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

A existência dessa "música" começou a ser sugerida há meio século, mas só há 30 anos é que estes cientistas souberam que ela consistia em pautas ligeiramente diferentes, em que havia notas dispersas, "uma aqui, outra ali", mas sem sequência, explicou.

"E sem ter sequência era muito difícil adivinhar o aspecto geral dessa música", acrescentou.

O que fez a equipa - que inclui também os portugueses George Rupp, do Instituto Superior Técnico (IST), e Rita Coimbra (aluna de doutoramento) e o chinês Xiang Liu - foi descobrir cinco "notas" que faltavam à partitura.

Numa dessas pautas, a que os cientistas chamam "pauta de encanto e anti-encanto", foram descobertas há 30 anos seis notas que tinham propriedades idênticas, mas estavam em sítios diferentes.

"O que nós fizemos foi descobrir mais cinco e isso significa que temos agora uma sequência de 11 notas numa linha e isto já dá para descobrir qual é a música que está a ser contada", afirmou Eef van Beveren. "A partir disto vamos fazer a sugestão de qual a música que está em todas as pautas".

O estudo, já aceite para publicação pela revista EuroPhysics Letters - uma revista europeia de referência no domínio da Física - foi feito a partir de um modelo matemático único desenvolvido por van Beveren e George Rupp para decifrar os resultados de uma experiência realizada num acelerador de partículas japonês por um consórcio internacional de investigadores conhecido por Grupo Belle.

Foi no processo de análise e interpretação dos dados publicados em Agosto do ano passado por este grupo que a equipa portuguesa encontrou com "enorme surpresa e satisfação", no sítio certo, essas cinco partículas.

A descoberta foi recentemente confirmada na análise de outro conjunto de dados de outra experiência, realizada nos EUA, referiu van Beveren.

Embora haja mais trabalho experimental a fazer para confirmar a descoberta, o cientista considera-a "um passo de gigante" para aumentar o conhecimento na Física de partículas.

Van Beveren e George Rupp, que se conheceram na Holanda, desenvolvem um longo trabalho de colaboração, tendo escrito o primeiro artigo conjunto em 1980.

Lusa
Título:
Enviado por: Magalhaes em Maio 04, 2009, 08:58:23 pm
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Eef van Beveren
Deve ser minhoto...
Título:
Enviado por: André em Maio 04, 2009, 09:13:54 pm
Citação de: "Magalhaes"
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Eef van Beveren
Deve ser minhoto...


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Título:
Enviado por: Magalhaes em Maio 04, 2009, 11:24:10 pm
Citação de: "André"
Citação de: "Magalhaes"
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Eef van Beveren
Deve ser minhoto...

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Físico teórico holandês naturalizado português, mais precisamente.
Título:
Enviado por: André em Maio 05, 2009, 09:34:34 pm
Investigador português propõe substituição de articulações humanas por cartilagem sintética

Um docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) está a desenvolver um método de substituição de articulações humanas por cartilagem sintética, anunciou hoje o estabelecimento.

A proposta de João Lima Lopes, que está a iniciar o doutoramento na Universidade do Minho, recebeu o "Best Power Award" no V Simpósio Internacional de Materiais, que decorreu em Abril em Lisboa, organizado pela Sociedade Portuguesa de Materiais e Instituto Superior Técnico.

"João Lopes admite que as articulações danificadas podem ser substituídas por cartilagem sintética e permitir que o doente tenha uma vida normal enquanto espera pela regeneração da cartilagem através da engenharia de tecidos que, por norma, tem um elevado tempo de espera", refere o ISEP.

Segundo o ISEP, "trata-se de um substituto sintético da cartilagem humana que poderá revolucionar a vida de milhares de pessoas e que, no futuro, poderia ser uma solução definitiva e não uma opção transitória".

"Artrite reumatóide, acidentes, obesidade ou deficiências congénitas que podem obrigar à substituição de um membro do corpo humano têm agora uma nova esperança de tratamento", salienta o instituto.

João Lopes verificou que "é possível processar materiais sintéticos com propriedades semelhantes às da cartilagem articular natural, nomeadamente baixo atrito e considerável resistência mecânica, para que possam substituir parcialmente zonas danificadas da cartilagem".

Lusa
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Maio 05, 2009, 09:40:52 pm
André: na minha crítica seguinte só estou a a referir-me ao trabalho jornalístico (ou falta dele) por parte da Lusa e não a ti que a colocaste.

Essa notícia está terrivelmente incompleta, porque é tão vaga. A única coisa de jeito é que anuncia que o gajo recebeu um prémio, aparentemente importante.
Título:
Enviado por: André em Maio 06, 2009, 04:52:38 pm
Citação de: "Chicken_Bone"
André: na minha crítica seguinte só estou a a referir-me ao trabalho jornalístico (ou falta dele) por parte da Lusa e não a ti que a colocaste.

Essa notícia está terrivelmente incompleta, porque é tão vaga. A única coisa de jeito é que anuncia que o gajo recebeu um prémio, aparentemente importante.



Vê se esta tá melhor ...  :arrow: Docente do ISEP sugere substituição de articulações humanas por cartilagem sintética

A substituição sintética da cartilagem humana poderá revolucionar a vida de milhares de pessoas. “No futuro, poderá ser uma solução definitiva e não uma opção transitória”, adiantou ao Ciência Hoje  João Lima Lopes, o investigador e docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), responsável pelo projecto . Esta proposta recebeu o “Best Power Award” no V Simpósio Internacional de Materiais, que decorreu em Abril em Lisboa, organizado pela Sociedade Portuguesa de Materiais e pelo Instituto Superior Técnico.

“As articulações danificadas podem ser substituídas por cartilagem sintética e permitir que o doente tenha uma vida normal enquanto espera pela regeneração da cartilagem através da engenharia de tecidos que, por norma, tem um elevado tempo de espera”, admite João Lima Lopes.

O docente do ISEP adianta ainda que, “já existem vários materiais propostos para substituição de cartilagem danificada, estes apenas serão realmente aplicáveis se a extensão da zona afectada for reduzida ou se as suas propriedades mecânicas e tipológicas (isto é, o seu desempenho ao atrito e ao desgaste) forem as adequadas. Assim, em termos de propriedades mecânicas, muito trabalho tem sido feito, no entanto, no que toca aos aspectos tipológicos há alguma escassez de informação”, afirma o investigador.

Para João Lima Lopes, se o método de substituição for aplicável “o material sintético seria colocado no defeito, constituindo uma continuidade na superfície da cartilagem danificada”, onde segundo o docente, existem detritos, partículas, “de cartilagem que irão ser absorvidas pela membrana sinovial”, mas ate que isso aconteça, as partículas "soltas' vão danificar a superfície extremamente lisa da cartilagem sã”.

A substituição sintética das articulações humanas poderá ajudar as pessoas com artrite reumatóide, que sofreram algum acidente, que são obesas ou que sofrem de deficiências congénitas, o que pode “obrigar à substituição de um membro do corpo humano têm agora uma nova esperança de tratamento”, como explica João Lima Lopes.  

O investigador analisou que “é possível processar materiais sintéticos com propriedades semelhantes às da cartilagem articular natural, nomeadamente baixo atrito e considerável resistência mecânica, para que possam substituir parcialmente zonas danificadas da cartilagem”.

O material usado para a constituição da cartilagem sintética é o hidrogel, que segundo João Lima Lopes, é um material que “absorve água mas que mantém uma certa rigidez”. “O que pretendemos fazer é, para esta aplicação específica, obter uma combinação de dois materiais sintéticos que já existem, no sentido de encontrar a proporção adequada que confira ao material as propriedades mecânicas semelhantes às da cartilagem natural, permitindo um compromisso entre coeficiente de atrito e taxa de desgaste.”

Ciência Hoje
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Maio 06, 2009, 09:21:55 pm
Embora continue a achar que a notícia não é grande coisa, sim está bastante melhor! :D

Para não fugir ao tópico, vai uma notícia para complementar a dos mecos que descobriram mais mesões.

 Cientistas da Universidade de Coimbra e do IST descobrem 5 novas partículas
Partículas subatómicas foram encontradas por uma equipa de físicos e vão melhorar a compreensão dos mecanismos básicos da matéria.  



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Eef Van Beveren, investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade de Coimbra, e George Rupp, investigador do Instituto Superior Técnico de Lisboa, coordenam uma equipa de físicos que acaba de encontrar cinco novas partículas subatómicas.

A descoberta foi feita a partir de uma modelo matemático original desenvolvido pela equipa, que decifrou os resultados de uma série de experiências feitas em aceleradores de partículas nos EUA, Rússia, Japão e Alemanha. E vai ser publicada na "EuroPhysics Letters", a revista científica europeia de referência na área da Física.

Segundo a FCT, esta descoberta "é essencial para um melhor conhecimento e compreensão dos mecanismos básicos da matéria do Universo". As cinco novas partículas são mesões, isto é, partículas contituídas por um quark e um anti-quark. O quark é um dos dois elementos básicos da matéria (o outro é o lépton).

"Foi uma enorme surpresa e satisfação encontrar, no sítio certo, estas cinco partículas, cuja existência eu e o George Rupp já suspeitávamos há trinta anos", afirmou Eef Van Beveren, acrescentando: "Demos um passo de gigante utilizando o nosso modelo único da dinâmica dos quarks com o objectivo de aumentar o conhecimento da Física das Partículas".


http://aeiou.expresso.pt/cientistas-da- ... --=f512802 (http://aeiou.expresso.pt/cientistas-da-universidade-de-coimbra-e-do-ist-descobrem-5-novas-particulas--=f512802)
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Maio 09, 2009, 01:17:42 pm
Português desenvolve terapia para corrigir as articulações

por DIANA MENDESHoje

João Lopes está a testar quais os materiais que podem ser utilizados para corrigir defeitos e lesões nas articulações. Há milhares de portugueses com artrite reumatóide, obesidade ou lesões traumáticas que podem beneficiar destes novos materiais no futuro. No entanto, a substituição total de cartilagem ainda está muito distante, garante o investigador.

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Um investigador português está a desenvolver um material que pode vir a ser aplicado em articulações que estejam parcialmente danificadas, na sequência, por exemplo de doenças como a artrite reumatóide, obesidade e até traumas relacionadas com acidentes. A equipa de investigação está a desenvolver o material mais indicado para aplicar nas cartilagens. O passo seguinte será testá-lo em animais.

O trabalho está a ser desenvolvido por João Lopes, docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto, no âmbito da sua tese de doutoramento no Centro de Tecnologias Mecânicas e de Materiais.

O investigador contou ao DN que, até agora, "os resultados têm sido animadores, porque os materiais já têm compatibilidade comprovada. Estamos a optimizar estes materiais para que tenham um bom desempenho em termos de atrito e desgaste", salienta o investigador.

A utilização de materiais sintéticos semelhantes à cartilagem articular pode ser "utilizada desde que o defeito não seja muito extenso. No futuro, pode ser que o consigamos fazer com a totalidade da cartilagem", avança. "A ideia é conseguirmos colocar um material que preencha o defeito e em que sejam colocadas células do paciente para que cresçam e formem nova zona de cartilagem. Mas isso ainda não é possível para já".

O caminho, enquanto se investiga a substituição sintética de tecidos, como a pele e o osso (mas não a cartilagem), é a substituição parcial. A cartilagem é o tecido sem vasos e nervos que une dois ossos. Quando fica degradada ou é destruída, os ossos ficam em contacto, o que afecta a mobilidade e é extremamente doloroso para o doente.

Habitualmente, "quando há pequenos defeitos, são retirados os resíduos que se desprendem da cartilagem. Faz-se uma espécie de abrasão. A alternativa é retirar parte da cartilagem da articulação e colocar tecido de outra zona que não seja tão solicitada".

Desenvolvendo um novo material para substituição da cartilagem, "reparamos o defeito sem causar outro", refere João Lopes. Neste momento, estão a ser testados e desenvolvidos vários materiais: "Nós vamos usar hidrogéis, que são materiais que absorvem água mas que continuam com resistência mecânica", diz, acrescentando que a cartilagem é um hidrogel do ponto de vista mecânico, e que é composta por 60% a 80% de água.

Nos casos em que a lesão é grave, é comum ser restaurada através da substituição por uma prótese. Como ainda não é possível substituir os tecidos, esta é a alternativa. No entanto, a colocação de uma prótese, especialmente se se tratar da anca ou do joelho, nem sempre é totalmente eficaz, porque ao fim de dez ou quinze anos, começam a surgir problemas.

Para já ainda não é possível saber se esta 'cartilagem' será durável ou se poderá ter de ser substituída. João Lopes ressalta ainda que "mesmo que o material não substitua as próteses, poderá ser usado no revestimento das próteses de metal e polímeros.
 
Lesões de desporto e traumas

Rui André, presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia não acredita que os 40 mil doentes com artrite reumatóide sejam os principais a beneficiar destes novos tecidos, mas sim os doentes que foram vítimas de acidentes, ou traumas ou lesões desportivas.

"Doenças como a artrite reumatóide são inflamatórias e continuam a destruir os tecidos, por isso não faz sentido substituir partes da a cartilagem. A única solução para a fase aguda é aplicar remédios contra a inflamação e a aplicação de uma prótese quando a articulação está destruída", frisa o responsável.

Mas faz sentido aplicá-la a pessoas que sofreram um acidente ou que tenham uma lesão. É o caso dos desportistas, que fazem muitas lesões nos joelhos ou nas ancas", avança. Aí, as lesões são localizadas e não vão proliferar.

Apesar de tudo, os investigadores esperam beneficiar as pessoas com obesidade, que causa muitos problemas articulares, ou as que tenham determinadas deficiências congénitas (de nascimento).


http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interi ... id=1226702 (http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1226702)
Título:
Enviado por: André em Maio 12, 2009, 02:46:57 pm
Português descobre duas novas espécies de aranhas


Um especialista da Universidade de Coimbra descobriu duas  novas espécies de aranhas em Portugal. Após a confirmação feita por uma universidade suíça, o biólogo quer aprender mais sobre as suas utilidades para o ser humano. Mas para isso terá de emigrar, pois afirma não existirem condições no País para se dedicar ao estudo destes animais.

Chamam-se Tegenaria barrientosi e Parapelecopsis conimbricensis as duas novas espécies de aranhas descobertas em Portugal. O achado foi feito pelo biólogo da Universidade de Coimbra Luís Crespo. Apesar de a descoberta ter sido feito em 2004, só agora chegou a certeza de que estas duas espécies ainda não tinham sido descritas pela ciência.

Este achado pode abrir caminho para novos estudos sobre a evolução da espécie, cujo conhecimento tem várias utilidades para os seres humanos.

As duas aranhas chegaram às mãos de Luís Crespo em 2004, depois de uma colega da universidade as ter recolhido como amostra de mestrado. "Analisei a aranha e, em conversa com o meu colega Pedro Cardoso, decidimos envia-la para a Suíça para ter a certeza que era uma espécie nova.", explicou o biólogo ao DN.

Foi na Universidade de Basileia que a amostra foi analisada pelo especialista Angelo Bolzern. E foi pelas "diferenças no aparelho reprodutor" - algo que demorou a analisar pois há aranhas com sistemas reprodutores semelhantes - chegou-se então à conclusão que se poderiam adicionar mais duas espécies de aranha à lista de 819 que existem no nosso País - contas feitas pelo próprio Luís Crespo - e às cerca de 170 mil de todo o mundo. Isto apesar de ainda só estarem referenciadas 40 mil espécies, como revelou o investigador.

"As aranhas têm um papel importante no equilíbrio dos ecossistemas e podem até ser úteis para a sociedade", refere o investigador que explica que o facto de as aranhas serem pouco sociáveis não deixa as pessoas compreenderem a utilidade que estas podem ter para a espécie humana.

O biólogo dá alguns exemplos sobre a utilidade desta espécie: "Quando são feitos estudos de impacto ambiental é analisada a quantidade de aranhas existentes, pois elas são bons indicadores biológicos." A seda produzida pelas aranhas também é estudada e o investigador fala mesmo numa "corrida" para se tentar compreender o mecanismo de produção de seda destes animais que é melhor que a dos próprios bichos-da-seda.

O objectivo destes estudos é sintetizar a seda das aranhas. "Desta forma consegue-se um material mais impermeável, que não apodrece, que é muito resistente e que pode ser utilizado para se fabricar roupa", explica.

Outra utilidade destes insectos passa por se estudar as suas toxinas: "A análise do veneno das aranhas pode ser usada para se criarem fármacos para as doenças do foro nervoso", conta o biólogo.

"Ainda nada se sabe acerca do comportamento" das duas novas espécies, a não ser que uma delas - a Tegenaria barrientosi - pertence a uma família de aranhas que constrói teias junto ao solo, onde aguarda pela queda da presa, explicou o especialista.De cor acastanhada, a Tegenaria barrientosi tem um corpo com cerca de sete milímetros, enquanto a Parapelecopsis conimbricensis, de cor escura, mede entre dois a três milímetros. Esta medida é feita sem contar o comprimento das patas.

DN
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Enviado por: comanche em Maio 13, 2009, 12:32:06 am
Tecnologia inovadora promete "revitalizar" o sector


Uma nova tecnologia de produção de calçado desenvolvida pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC) Porto promete "revitalizar" a indústria portuguesa do sector através de consideráveis ganhos de produtividade.


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Designada 'One Step Production Process', a nova tecnologia consiste, segundo o INESC, num "sistema de produção revolucionário" que permitirá às fábricas portuguesas "produzir em simultâneo vários modelos de construção de calçado com uma única linha de montagem".

"Todas as fases produtivas, desde o corte à montagem, estão integradas num único sistema, o que se traduz no aumento da rapidez e variedade de produção e na capacidade de responder aos prazos de encomenda cada vez mais curtos das grandes multinacionais", destaca o INESC em comunicado.

No contexto actual de deslocalização das fábricas das principais marcas de calçado para países como China e Índia, o 'One Step Production Process' assume-se como "uma resposta para voltar a fixar a produção de calçado em Portugal", dotando as fábricas da tecnologia necessária para manter no país a produção com elevado valor acrescentado, caracterizada por pequenas quantidades e grande variedade.

De acordo com o INESC Porto, a empresa portuguesa Kyaia, detentora da marca Fly London, foi a primeira a adoptar a tecnologia, tendo obtido "ganhos de produtividade superiores a 15 por cento ao dia e uma redução do tempo de produção para metade", porque a nova tecnologia permite usar a mesma linha de montagem e os mesmos recursos humanos para produzir em simultâneo diversos modelos de construção de calçado.

Desta forma, os trabalhadores de uma fábrica já não necessitam de estar dispostos pela sequência de produção de um determinado modelo de construção de sapatos, passando antes a ocupar um posto fixo, em que "é a tarefa a ir ter com eles".

Segundo o INESC, para além dos ganhos de produtividade conseguidos, eliminam-se ainda stocks e desperdícios e reduzem-se os custos de produção, o que aumenta a competitividade portuguesa no sector.

A tecnologia 'One Step Production Process' nasceu do projecto europeu Cec-Made-Shoe, um investimento de 20 milhões de euros co-financiado em 50 por cento pela Comissão Europeia que em 2008 conquistou o prémio GAPI-CTCP Tecnológica 2008 do Centro Tecnológico do Calçado em Portugal pela sua componente inovadora.

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Enviado por: André em Maio 13, 2009, 04:25:15 pm
Critical Software desenvolveu tecnologia para a ESA


Os satélites Herschel e Planck, que a Agência Espacial Europeia lança quinta-feira numa das suas mais complexas missões, leva a bordo um sistema operativo adaptado e qualificado pela empresa portuguesa Critical Software.

Em nota de imprensa, a empresa revela que integrou o consórcio industrial europeu, liderado pela Thales Alenia Space, que desenvolveu o sistema operativo dos computadores dos dois satélites.

O objectivo era adaptar e qualificar o sistema operativo dos computadores desses dois satélites para uma missão que é considerada das mais complexas de sempre da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

Os satélites foram desenvolvidos em paralelo e partilham o mesmo tipo de computador e plataforma. O software básico que controla o hardware mais crítico e o computador em si é baseado num sistema operativo de tempo real que a Critical Software adaptou e qualificou especificamente para estas missões, acrescenta.

«As missões Herschel e Planck são as missões mais complexas alguma vez desenvolvidas pela ESA. A Critical Software foi chamada numa fase difícil do desenvolvimento. Os recursos que podem ser lançados para o espaço são sempre limitados e o sistema operativo excedia bastante os recursos de memória e processamento disponíveis no computador de bordo de cada satélite», explica.

A empresa portuguesa diz que «conseguiu resolver o problema, adaptou e optimizou o sistema para que este cumprisse com os constrangimentos que existiam, sem comprometer a sua fiabilidade», evidenciando assim o seu conhecimento em sistemas espaciais complexos.

Os dois satélites – salienta a Critical Software - representam «importantes feitos alcançados pela tecnologia europeia». Ambos vão ter de enfrentar uma viagem de quatro meses a partir da Terra, para uma órbita que se situa a aproximadamente 1,5 milhões de quilómetros da Terra.

O satélite Herschel é o maior observatório de infravermelhos colocado no espaço. Tem aproximadamente 7,5 metros de altura, quatro metros de diâmetro e uma massa de lançamento de cerca de 3,4 toneladas.

Está equipado com o maior espelho integral alguma vez construído para um telescópio espacial (3,5 metros de diâmetro), e instrumentos que serão mantidos à temperatura de 0,1 K (-273,05 ºC, apenas 0,1 ºC acima do zero absoluto), o que fará com que seja o objecto mais frio do Universo durante o tempo de vida da missão, permitindo observar comprimentos de onda nunca anteriormente explorados.

O Planck irá recolher e caracterizar a Radiação Cósmica de Fundo, considerada a radiação fóssil do Universo, a primeira luz libertada após o Big Bang, utilizando receptores de rádio extremamente sensíveis e que operam a temperaturas bastante baixas. Tem 4,2 metros de altura, um diâmetro máximo de 4,2 metros e uma massa de lançamento de cerca de 1,9 toneladas.

Com a escolha destas designações para os satélites a ESA presta homenagem a Max Planck, fundador da teoria quântica e um dos mais importantes físicos do século XX, e a Frederick William Herschel, astrónomo descobridor dos raios infravermelhos.

A Critical Software é uma empresa internacional que desenvolve soluções inovadoras e fiáveis para o suporte a sistemas críticos orientados à missão. Entre os seus clientes contam-se também a NASA, a agência espacial americana.

Lusa
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Enviado por: André em Maio 14, 2009, 02:30:11 am
Pombos não se orientam pelo odor

Investigadores da Universidade de Lisboa concluíram ser falsa a antiga crença de que os pombos e outras aves utilizam os odores naturais para construir um «mapa olfactivo» que os orienta no regresso a casa.

A descoberta foi recentemente publicada na revista Current Biology, por Paulo Jorge e Alice Marques, cientistas do Centro de Biologia Ambiental (CBA) da Faculdade de Ciências, que realizaram várias experiências com pombos na estação de campo do CBA, na Herdade da Ribeira Abaixo em Grândola.

Os cientistas expuseram pombos jovens e inexperientes a odores totalmente novos, que não transmitem qualquer tipo de informação sobre a localização espacial, ao contrário dos odores naturais.

Numa nota enviada à Lusa, a Universidade de Lisboa refere que o resultado da experiência foi uma «grande surpresa para os cientistas e para a comunidade científica em geral».

Os jovens pombos conseguiram regressar ao local de partida, tão bem quanto os pombos expostos a odores naturais, demonstrando que o papel dos odores não é a construção de um mapa olfactivo, mas sim a de activar nos pombos um sistema de integração que não se baseia em pistas olfactivas.

«O presente trabalho, alicerçado numa experiência simples mas muito engenhosa, prova que é possível abalar crenças estabelecidas há várias décadas, no seio da comunidade científica e fora dela, e perspectiva novas direcções na investigação deste fantástico comportamento» , lê-se na nota.

Muitas espécies de aves fazem grandes percursos sem perder a capacidade de encontrar o caminho de regresso «a casa», um comportamento ainda mais conhecido nos pombos que conseguem percorrer centenas de quilómetros e voltar ao lugar de onde partiram.

Os cientistas portugueses abalaram uma antiga crença, mostrando que o papel dos odores é mais subtil do que se pensava.

Lusa
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Enviado por: Chicken_Bone em Maio 24, 2009, 12:27:04 pm
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Portuguesa Gameinvest desenvolve novo videojogo em parceria com americanos
A Gameinvest, empresa portuguesa de videojogos, anunciou hoje o estabelecimento de uma parceria com a RealGames, divisão de jogos casuais da empresa americana RealNetworks, para o desenvolvimento de um novo jogo na área do PC Download.
Germano  Oliveira

A Gameinvest, empresa portuguesa de videojogos, anunciou hoje o estabelecimento de uma parceria com a RealGames, divisão de jogos casuais da empresa americana RealNetworks, para o desenvolvimento de um novo jogo na área do PC Download.

A Gameinvest já está a desenvolver o produto, que irá ser distribuído posteriormente pela RealGames nos três mercados onde opera – Europa, América Latina e Estados Unidos.

“Trabalhar directamente com a RealNetworks permitir-nos-á atingir uma audiência ainda mais abrangente e chegar até novos jogadores”, refere a directora-geral da Gameinvest, Mariana Cardoso, em comunicado.

No ano passado, a empresa portuguesa lançou o Toy Shop Tycoon para a Nintendo DS, entre outros jogos. A caminho está já o novo “Hysteria Hospital: Emergency Ward”, a ser lançado em Junho para PC, Nintendo DS e Wii. Para Julho, está previsto o lançamento do jogo “Defenders of Law”, para PC Download.


http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=369180 (http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=369180)

Por onde anda o Comas?
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Enviado por: Chicken_Bone em Maio 25, 2009, 11:46:39 am
Arquitectos portugueses criam material de construção que funde betão com a natureza

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Dois arquitectos portugueses criaram um híbrido entre betão e matéria orgânica, por onde vegetação pode nascer e crescer espontaneamente. Chamam-lhe betão orgânico e afirmam que pode reduzir os riscos de cheias e devolver os espaços verdes aos grandes centros urbanos.

"Essencialmente é um híbrido composto por betão normal misturado com terra compactada, que permite o crescimento de vegetação", explica João Ferrão, um dos arquitectos envolvidos neste projecto. O material pode ser utilizado na pavimentação de espaços exteriores, revestimentos de rampas e muros de suporte. “Não está pensado para lajes ou outros elementos estruturais de um edifício, mas tem capacidade de carga suficiente para que automóveis possam circular sem que o material perca as suas propriedades”, afirma o arquitecto.

João Costa Ribeiro, o outro criador do betão orgânico, aponta como principal vantagem deste híbrido a capacidade de absorver e reter água. "Ao longo dos anos as cidades tornaram-se progressivamente impermeáveis, aumentando com isso o risco de inundações", explica. "O betão orgânico é muito permeável e permite contrabalançar esta tendência".

O arquitecto acredita também que este material pode devolver a natureza aos espaços urbanos, cada vez mais artificiais. "A vegetação está cada vez menos presente nas nossas cidades", defende João Costa Ribeiro. “As calçadas, que permitiam uma mistura entre pavimento e área plantada têm sido trocadas por materiais de produção industrial, que separam a natureza daquilo que é artificial”. O betão orgânico será então “uma forma de fundir a natureza com o inorgânico”.

A ideia surgiu em 2003, quando a empresa de ambos, a Extrastudio, submeteu a concurso um projecto de remodelação do Father Collins Park, em Dublin, na Irlanda. Os arquitectos, inspirados na vegetação que cresce entre as rupturas do asfalto, idealizaram um modo de “misturar de forma orgânica os edifícios do parque com o resto da paisagem natural envolvente”, conta João Ferrão. “Queríamos que os caminhos que ligam os edifícios aos campos circundantes se desvanecessem ao entrar em contacto com o verde da natureza”. O projecto acabou por não vencer o concurso mas, no final desse ano, os arquitectos desenvolveram os primeiros protótipos, em gesso, daquilo que viria a ser o betão orgânico.

Em 2005, apresentaram um protótipo na quarta edição da ExperimentaDesign- Bienal de Lisboa, que nesse ano tinha o lema de “O meio é a matéria”. A participação neste evento despertou a atenção para o projecto e rapidamente começaram a ser contactados por inúmeros interessados no material. “Desde arquitectos paisagistas até empresas com intuitos mais comerciais, todos nos pediam quantidades enormes de betão, até 10 mil metros quadrados”, conta João Ferrão. As propostas chegaram “da Alemanha, Inglaterra, China, Brasil, mas acima de tudo dos Estados Unidos e da Europa do Norte.” As finalidades que cada um dos interessados queria dar ao material também eram bastante distintas. “Pediam-nos de tudo, desde parcerias para desenvolver betão com cinzas incorporadas na Coreia do Sul, até utilizações verticais em fachadas de edifícios.”

No entanto, os arquitectos viram-se obrigados a recusar todas estas propostas ambiciosas, pois não tinham ainda os meios para produzir quantidades tão grandes de betão. “Somos arquitectos, obviamente que produzir materiais não estava, na altura, dentro das nossas competências”, diz João Ferrão.

O projecto ficou esquecido durante algum tempo até que, em 2007, a empresa portuguesa AMOP propôs uma parceria para desenvolver o material. Depois de vários protótipos e testes, o material será finalmente aplicado no pátio de uma casa desenhada pelo arquitecto Gonçalo Byrne, inserida no projecto Vila Utopia, em Carnaxide.

Apesar de já terem o primeiro cliente, os arquitectos ainda estão a estudar qual a melhor forma de comercializar o material. “Estamos a discutir com a AMOP se o material será um produto de luxo ou algo que seja produzido em massa”, diz João Ferrão. Os arquitectos tendem mais para a segunda alternativa, mas colocam algumas reservas. “Tememos que, caso o betão orgânico seja vulgarizado, comece a ser mal aplicado”, esclarece João Costa Ribeiro.

O arquitecto receia que o material tenha o mesmo destino que as grelhas de enrelvamento, estruturas de betão que também permitem o crescimento de vegetação no seu interior. “É um produto com potencial, que pode ser aplicado de forma semelhante ao nosso, mas muitas vezes reparo que é utilizado de forma errada”, diz. “Há estacionamentos de centros comercias que, por se localizarem em reservas ecológicas nacionais, precisam de grelhas de enrelvamento. Mas este material exige manutenção a longo prazo, é preciso que a vegetação seja regada e tratada. Essa manutenção é normalmente esquecida e, ao fim de algum tempo as grelhas tornam-se em nada mais do que betão com terra batida no meio. O betão orgânico é um material muito mais complexo e necessita também de um maior cuidado.” Mesmo com estas incertezas sobre o futuro do produto, os arquitectos acreditam que o material estará disponível no mercado ainda este ano.


http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1381829 (http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1381829)
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Enviado por: André em Junho 05, 2009, 04:53:31 pm
Portugal é País convidado de certame de ciência e tecnologia


Depois da Finlândia, no ano passado, Portugal é, em 2009, o país convidado de honra do 5.º Salão Europeu de Investigação e Desenvolvimento, que hoje termina, em Paris. Ciências da vida, ciências do mar, robótica, soluções tecnológicas para simplificação de processos e novos produtos são  alguns dos exemplos de modernidade que Portugal levou à Cidade das Luzes.

Robótica oceânica e o trabalho desenvolvido no estudo do fundo marinho, na Zona Económica Exclusiva, para a extensão da plataforma continental; o Alert, um novo sistema de gestão hospitalar, que já está a ser exportado; um outro para detecção automática de incêndios, ou ainda casos de inovação na biotecnologia. Estes são alguns dos exemplos de investigação, tecnologia e inovação desenvolvidas nos últimos anos em Portugal que estão em destaque no 5º Salão Europeu de I&D (Investigação e Desenvolvimento), que hoje termina em Paris, e no qual Portugal é o país convidado de honra.

"Este convite resultou de um reconhecimento do percurso de Portugal nesta matéria e de sermos neste momento o país europeu com o maior crescimento científico", afirmou ao DN o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago que participou na conferência inaugural do salão, em Paris, na quarta-feira.

"Os esforços constantes em matéria de investimento em pesquisa e inovação" e a "competência científica reconhecida em certos sectores de actividade, em particular os das nanotecnologias e das energias renováveis", foram motivos apontados por François-Denis Poitrinal, o presidente do certame, citado pela Lusa.

Na conferência e mesa-redonda sobre o tema "Investigação e Desenvolvimento perante o desafio da recuperação económica", que abriu o salão, esteve sobretudo em foco o papel que o investimento em investigação e desenvolvimento podem ter no combate à crise e no fortalecimento da economia.

Mariano Gago defendeu, como contou ao DN, que "esse investimento, nesta altura, deve aumentar, e não diminuir".

Essa foi de resto, também, a opinião manifestada pelos participantes das empresas francesas e europeias de base tecnológica presentes no debate. "Ficou claro que, no actual contexto, esse será um factor de selecção natural no tecido empresarial, para o futuro", sublinha o ministro da Ciência.

No ano passado, o país convidado de honra do salão foi a Finlândia, "o que significou para nós também uma grande responsabilidade", explicou, por seu turno, ao DN Lino Fernandes, presidente da Agência de Inovação que, juntamente com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, organizou a participação portuguesa no certame.

"Optámos por utilizar apresentações multimédia sobre os indicadores de crescimento de Portugal nesta área e uma variedade de exemplos de inovação tecnológica desenvolvida em Portugal", explica Lino Fernandes.

Cerca de 150 empresas portuguesas de base tecnológica estão representadas no salão de Paris, conta também com exemplos de tecnologias para a simplificação da burocracia na administração pública.

Hoje, o futuro das tecnologias do mar está em destaque numa conferência pelos investigadores António Pascoal, do Instituto de Sistemas e Robótica, e Pedro Afonso, da Universidade dos Açores.

DN
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Enviado por: André em Junho 06, 2009, 04:38:23 pm
Português revoluciona transmissão de dados

 
Daniel Fonseca desenvolveu uma forma de duplicar a capacidade de transmissão das redes de fibra óptica, imprescindíveis para serviços como a Internet, a televisão ou as comunicações móveis 3G. O invento do engenheiro português foi desenvolvido no âmbito de uma tese de doutoramento do Instituto Superior Técnico e não implica custos acrescidos.

Tentar "resolver problemas" e encontrar "alternativas mais eficientes" para todo o tipo de dispositivos electrónicos já era um passatempo para Daniel Fonseca muito antes de se tornar numa perspectiva de carreira. "No nosso liceu, as Oficinas de São José, em Lisboa, conseguimos fazer uma estação de rádio sem nunca termos uma antena. Basicamente, utilizámos a estrutura eléctrica do edifício todo como antena. Não tinha grande alcance, mas já dava para cobrir a área de toda a escola."

Agora, aos 32 anos, este engenheiro electrotécnico do departamento de investigação da Nokia/Siemens é responsável por um conjunto de patentes, em fase de desenvolvimento para o mercado, com potencial para revolucionarem as transmissões de dados em fibra óptica. Um invento desenvolvido no âmbito de uma tese de doutoramento que concluiu no Instituto Superior Técnico (IST) e que permite duplicar a sua capacidade sem perda de qualidade e com poucos custos adicionais.

A fibra óptica, para a qual o Governo português negociou recentemente empréstimos internacionais da ordem dos 800 milhões de euros, é uma forma de transmissão de dados através da luz, que ocupa um papel cada vez mais imprescindível em serviços como a Internet, a Televisão e as comunicações móveis de 3.ª geração.

E as "soluções" propostas pelo investigador lisboeta, caso "provem os seus méritos" na difícil competição internacional da inovação tecnológica, interessam ao mundo inteiro.

As patentes desenvolvidas por Daniel Fonseca consistem no recurso a novas técnicas de modulação óptica e processamento electrónico que permitem aumentar a eficácia da fibra óptica sem ter de alterar as redes existentes. "A solução que foi proposta é híbrida", explica. "Utilizando os recursos de transmissão que existem hoje em dia e mudando só o transmissor e o receptor, os pontos terminais da rede, consigo aumentar significativamente o seu desempenho."

Os destinatários da tecnologia são os operadores de telecomunicações, aos quais a empresa vende os equipamentos com que gerem as suas redes. Mas o interesse para o consumidor é óbvio: "Quanto maior for a largura que banda que nós disponibilizamos, maior qualidade terão esses serviços para o utilizador. E se a empresa conseguir melhorar a qualidade sem grandes custos adicionais, então pode fazer essa melhoria sem aumentar os preços".

Daniel Fonseca não é o primeiro português a desenvolver tecnologias com grande potencial. E o facto de as suas patentes terem surgido no seguimento de uma tese de doutoramento que concluiu no IST também já tinha precedentes.

De resto, existem já neste momento várias micro e pequenas empresas nacionais a desenvolverem ideias baseadas no trabalho de antigos universitários.

O que torna o caso de Daniel Fonseca raro - para não dizer único - é que esta pesquisa nasceu de uma parceria formal entre uma grande multinacional e uma instituição do ensino superior nacional. Actualmente, no nosso País, são ainda raras as grandes empresas (e não há nenhuma portuguesa) a apostarem directamente neste tipo de colaboração.

O investigador acredita, no entanto, que essa é uma realidade que está a mudar rapidamente: "Há benefícios para as duas partes. As empresas têm acesso aos últimos desenvolvimentos teóricos, enquanto as universidades têm a oportunidade de ter um contacto mais directo com a aplicação prática das inovações."

DN
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Enviado por: André em Junho 09, 2009, 05:26:04 pm
Nova tecnologia portuguesa anti-terrorismo recebe prémio europeu

 
Uma nova tecnologia de desactivação de explosivos, que utiliza pequenos projécteis impulsionados por jactos de água, desenvolvida por investigadores da Universidade de Coimbra (UC), foi premiada numa conferência europeia de armas não-letais.

A nova técnica envolve um dispositivo portátil, accionado por controlo remoto: uma pequena carga explosiva acelera os jactos de água, os quais transportam pequenas agulhas de encontro ao explosivo-alvo, desactivando-o.

“Vão chocar com o explosivo e fragmentá-lo mas sem o explodir”, disse hoje José Carlos Góis, um dos investigadores do Laboratório de Energética e Detónica (LEDAP) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

A nova tecnologia, que se encontra em fase de testes laboratoriais “tem funcionado bem”. Segundo o investigador, actua próximo das cargas explosivas a desactivar “para não desviar os projécteis da sua trajectória”, frisou.

Resulta de um trabalho que vem sendo desenvolvido nos últimos sete anos na UC e representa, segundo o coordenador e principal investigador do projecto, o ucraniano Igor Plaksin, “um grande avanço nas tecnologias para neutralizar, de forma cirúrgica, materiais extremamente perigosos”.

“Diariamente, em todo mundo, são descobertos artigos suspeitos de conter dispositivos perigosos, potencialmente, para aplicações terroristas e criminais. É imperativo desenvolver continuamente tecnologia de ponta, capaz de neutralizar e eliminar, de forma segura, esses dispositivos”, acrescentou.

Desenvolvida pelo LEDAP e Associação para o Desenvolvimento Industrial da Aerodinâmica (ADAI) da FCTUC, foi distinguida recentemente com o prémio de melhor poster científico na Conferência Europeia de Armas Não-Letais, realizada na Alemanha.

Combate ao crime organizado

Igor Plaksin considera a distinção “muito estimulante” para o trabalho desenvolvido pelos investigadores da Universidade de Coimbra, ainda mais por serem oriundos de “um país pequeno e com recursos limitados”.

“É indicador da importância e atenção que a sociedade internacional atribui à prevenção e detecção do terrorismo e ao combate ao crime organizado”, frisou. O galardão foi atribuído por um grupo de trabalho europeu relacionado com este tipo de armas, que engloba investigadores universitários e especialistas das forças policiais e militares de Itália, Rússia, Reino Unido, Suíça, França, Suécia e Alemanha, entre outros países.

Portugal faz-se representar por um consórcio que reúne a PSP, Ministério da Administração Interna e Universidade de Coimbra, através do LEDAP, o único laboratório nacional de investigação e desenvolvimento a trabalhar com produtos explosivos.

CiênciaHoje
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Enviado por: André em Junho 18, 2009, 11:43:25 pm
Universidade de Aveiro convidada a colaborar com o CERN


A Universidade de Aveiro (UA) foi uma das 58 universidades/Centros de investigação convidadas pelo CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) para desenvolver investigação em torno dos detectores gasosos (detectores de radiações) tendo em vista futuros melhoramentos nos vários detectores do acelerador de partículas Large Hadron Collider.

Os resultados do trabalho desenvolvido em Aveiro, através da área de Detecção da Radiação e Imagiologia Médica (DRIM) do pólo de Aveiro do Laboratório Associado I3N, terão aplicações directas no campo da imagiologia e física médica.

O desenvolvimento que a tecnologia dos detectores de radiação tem vindo a sofrer tem permitido avanços significativos no campo da física das partículas. Para além do seu uso generalizado na física de partículas e na física nuclear, os detectores gasosos têm sido utilizados em muitas outras áreas, nomeadamente na investigação em astro-partículas e em aplicações nas áreas da imagiologia médica, ciências dos materiais e segurança.

Estes detectores apresentam, ainda, algumas limitações que podem comprometer o seu uso em importantes experiências futuras, uma vez que não permitem conjugar os elevados fluxos de radiação esperados e a necessária resolução espacial. Estas dificuldades podem ser ultrapassadas com os detectores gasosos recentemente desenvolvidos, baseados em sistemas amplificadores micro-estruturados (MPGD–Micro Patterned Gaseous Detectors), os quais têm permitido o aparecimento de novos conceitos de detectores e aplicações.

No sentido de conjugar esforços numa coordenação eficiente para o avanço no desenvolvimento dos MPGDs e das tecnologias associadas, foi criada, por iniciativa do CERN, uma colaboração internacional que envolve cerca de 300 pessoas de 58 universidades e centros de investigação de excelência, pertencentes a 21 países.

Esta colaboração, denominada «CERN – RD51 – Development of Micro-Pattern Gas Detectors Technologies», visa o desenvolvimento de investigação nessa área, tendo em vista futuros «upgrades» nos vários detectores do LHC e em aplicações directamente relacionada com a física fundamental (como, por exemplo, na busca da matéria negra) e com a sociedade no geral (Imagiologia e física médica, inspecção e segurança).

Ciência Hoje
Título:
Enviado por: André em Junho 24, 2009, 07:40:33 pm
Docente português recebe prémio mundial da HP

António Luís Pinto Ferreira de Sousa, professor da Universidade do Minho, foi distinguido com o prémio da segunda fase do programa mundial de investigação HP Labs Innovation Research Program, anuncia a HP.

 concurso estiveram 60 projectos de 46 universidades de 12 países da Europa, América, África e Ásia, todos eles agraciados com prémios do HP Labs, o pólo central de investigação da HP.

«Há mais de uma década que o grupo de Sistemas Distribuídos da Universidade do Minho se tem dedicado ao estudo e construção de sistemas confiáveis. A iniciativa dos HP Labs constitui o reconhecimento, por uma empresa de referência, da importância desta temática num tópico emergente como é o Cloud Computing. A renovação do prémio por mais um ano, é o reconhecimento do trabalho efectuado, o que nos enche de orgulho e motiva ainda mais para continuarmos o trabalho desenvolvido», afirmou António Sousa.

O HP Labs Innovation Research Program visa proporcionar a docentes, institutos de investigação e universidades a oportunidade de desenvolver pesquisas avançadas em colaboração com a HP.

«Os premiados vão trabalhar com os investigadores dos HP Labs na pesquisa em áreas como infra-estruturas inteligentes, interacção imersiva e serviços de cloud computing, que inclui computação social», anuncia a HP.

SOL
Título:
Enviado por: cromwell em Junho 24, 2009, 07:50:00 pm
Citação de: "André"
Docente português recebe prémio mundial da HP

António Luís Pinto Ferreira de Sousa, professor da Universidade do Minho, foi distinguido com o prémio da segunda fase do programa mundial de investigação HP Labs Innovation Research Program, anuncia a HP.

 concurso estiveram 60 projectos de 46 universidades de 12 países da Europa, América, África e Ásia, todos eles agraciados com prémios do HP Labs, o pólo central de investigação da HP.

«Há mais de uma década que o grupo de Sistemas Distribuídos da Universidade do Minho se tem dedicado ao estudo e construção de sistemas confiáveis. A iniciativa dos HP Labs constitui o reconhecimento, por uma empresa de referência, da importância desta temática num tópico emergente como é o Cloud Computing. A renovação do prémio por mais um ano, é o reconhecimento do trabalho efectuado, o que nos enche de orgulho e motiva ainda mais para continuarmos o trabalho desenvolvido», afirmou António Sousa.

O HP Labs Innovation Research Program visa proporcionar a docentes, institutos de investigação e universidades a oportunidade de desenvolver pesquisas avançadas em colaboração com a HP.

«Os premiados vão trabalhar com os investigadores dos HP Labs na pesquisa em áreas como infra-estruturas inteligentes, interacção imersiva e serviços de cloud computing, que inclui computação social», anuncia a HP.

SOL


Magnífico. :D
Se o governo presta-se aos nossos investigadores e à nova tecnologia inventa em Portugal, imaginem o avanço e reconhecimento internacional que o nosso país teria.
Título:
Enviado por: cromwell em Junho 29, 2009, 09:03:12 pm
http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Prototipo ... cle=222461 (http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Prototipo-de-carro-electrico-portugues-sera-apresentado-na-Noruega.rtp&headline=20&visual=9&tm=6&article=222461)
Título:
Enviado por: André em Julho 18, 2009, 02:02:59 pm
O Made in portugal também já chegou ao espaço


Portugal pode nunca ter posto um homem em órbita, mas o conhecimento português já deu um empurrão em missões da NASA. Simuladores de falhas técnicas e de constelações de satélites, sistemas de informação ambiental, cortiça. O selo do "made in Portugal" em tecnologias da NASA é uma realidade desde os anos 80, quando o Grupo Amorim comprou a empresa americana GTS, que fornecia módulos de cortiça para a NASA. "Por garantirem um bom isolamento térmico e uma excelente relação desempenho, os compósitos de cortiça são muito utilizados nas missões espaciais", explica Joana Martins, da Amorim. Aliás, a cortiça também já foi à Lua: "Os compósitos de cortiça foram usados como material de isolamento térmico na missão Apollo 11", conta ainda a responsável de comunicação.

Mas não é só de cortiça que é feito o cartão-de-visita dos portugueses na NASA. E muitas vezes é a própria agência que dá o primeiro passo nas relações com as empresas nacionais. Foi o que aconteceu com a Critical Software. Em 1998, os três doutorandos da Universidade de Coimbra - agora directores da Critical - foram surpreendidos por um email da NASA. A tecnologia de injecção de falhas que João Carreira, Gonçalo Quadros e Diamantino Costa estavam a desenvolver tinha chegado aos ouvidos dos responsáveis do Jet Propulsion Lab. Este centro, que desenvolve a robótica para a exploração do sistema solar, estava interessado em usar o Xception, "uma tecnologia que injecta erros nos sistemas e que permite perceber como o sistema reage, e assim antever as piores possibilidades de falhas", conta Rui Melo Biscaia, da Critical Software. Hoje, passados 11 anos, a Critical faz parte do grupo de investigação de técnicas de verificação e validação de software da NASA.

Tal como a Critical, a Chiron, uma empresa saída da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa em 1996, também teve um empurrão da NASA. Entre 1995 e 2002, a empresa foi responsável pela concepção e pelo desenvolvimento do MAPS (Mapping Analysis and Planning System), um sistema de armazenamento e análise de variáveis ambientais a pedido do Kennedy Space Centre, na Florida. E a 1400 quilómetros de distância, no Glenn Research Centre, no Ohio, há mais tecnologia portuguesa a ser usada pela agência espacial americana.

Desde Julho do ano passado que a NASA usa o Granada-FCM da Deimos Engenharia, que simula toda a futura constelação de satélites do sistema Galileo, o correspondente europeu do GPS, que ainda está a ser desenvolvido.

Em Portugal, a indústria aeroespacial é representada por 12 empresas onde trabalham 300 técnicos altamente especializados, apesar de o país não ter agência espacial. Mas a participação portuguesa está também ancorada nos projectos da Agência Espacial Europeia, a que Portugal pertence desde 2000. E a lógica de participação propicia uma actividade contínua de empresas nacionais na exploração espacial: cada país-membro investe e recebe, como contrapartida, encomendas para contribuir em projectos do ExoMars, o futuro robô que vai explorar Marte e levar com ele a inovação portuguesa ainda mais além.

Ionline
Título:
Enviado por: André em Julho 29, 2009, 08:47:37 am
Satélite lançado com ajuda de engenheiros portugueses


O primeiro satélite de Observação da Terra, desenvolvido com a ajuda de uma empresa portuguesa, é lançado hoje para o espaço. O DEIMOS-1 vai "fotografar" todo o país, permitindo detectar e acompanhar a evolução de incêndios florestais e cheias no país.

Construído com a ajuda de engenheiros portugueses da empresa Deimos Engenharia, o DEIMOS1 pesa cerca de 100 quilos e deverá estar no espaço durante os próximos cinco ou seis anos.

"Equipado com três câmaras ópticas, que se assemelham às vulgares máquinas fotográficas digitais", o satélite vai armazenar e transmitir dados essenciais para desenvolver aplicações e serviços nas áreas da monitorização do ambiente e recursos naturais.

Nuno Ávila, da empresa portuguesa Deimos Engenheria, apontou algumas das funcionalidades do satélite: "permite saber qual a taxa de crescimento das plantas, controlar pragas, conhecer o teor de nutrientes no solo, fazer inventários florestais, conhecer a regeneração de uma zona vítima de uma catástrofe natural, entre muitas outras coisas".

Ao cobrir todo o território português fornecendo imagens actualizadas de três em três dias, o satélite vai permitir ainda "detectar e seguir a evolução de umas cheias ou de um incêndio", acrescentou o director da empresa.

Mas o grosso do trabalho da equipa de engenheiros portugueses "ainda está para começar", quando se começar a processar parte das imagens que chegam do satélite, a uma altura de 686 quilómetros.

Segundo a empresa portuguesa com sede em Lisboa, o primeiro centro DEIMOS para processamento, arquivo e distribuição de dados vai ser criado na Universidade de Valladolid, ao qual se seguirão outros, nomeadamente na Deimos Engenharia, em Portugal.

"Problemas técnicos" levaram a adiar para hoje às 19:45 (hora de Lisboa) o lançamento do DEIMOS-1, que estava marcado para dia 25 de Julho a partir do Cosmódromo de Baikonur.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 23, 2009, 06:35:21 pm
Portugueses ajudam a desenvolver satélites da ESA


O CITEVE- Centro Tecnológico da Industria Têxtil e do Vestuário, em Famalicão, está a trabalhar no desenvolvimento de uma solução de isolamento térmico para revestir satélites da ESA-Agência Espacial Europeia, disse hoje fonte do organismo.
O director-geral Braz Costa adiantou que o Citeve está a cooperar com o INEGI- Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, e com a empresa HPS Portugal e HPS Alemanha detida pelo INEGI e pela empresa alemã High Performance Space Structure Systems (HPS), GmbH.

O gestor adiantou que "a solução é constituída por várias camadas têxteis unidas por costura em forma de "cobertor" através de um método especificamente estudado e desenvolvido para o efeito".

O boletim informativo do Inegi - citado pelo CITEVE - refere que "Portugal e Alemanha estão a cooperar no desenvolvimento do fabrico de sistemas de protecção térmica passivos para satélites e componentes a serem usados em missões da European Space Agency (ESA)".

O INEGI, a HPS Portugal, o CITEVE e a HPS-GmbH são as instituições envolvidas num projecto financiado em 75% pelo Space Office da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e que envolve verbas globais de 1,5 milhões de euros.

Isolamento Multi-camada (MLI, do inglês Multi-layer Insulation), é o nome dado ao sistema de protecção térmica que consiste em "camadas de material reflector da luz solar que é tecido e costurado em forma de cobertor. O cobertor é depois usado para revestir o satélite ou componentes e, assim, evitar que a radiação solar aqueça demasiado o interior do satélite".

Além destas características, o MLI funciona, igualmente, como complemento para manter a temperatura do interior do satélite constante nas zonas em que este se encontra à sombra.

Apesar de ser um componente obrigatório em todos os satélites, na Europa contam-se pelos dedos de uma mão os fornecedores de MLI.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Chicken_Bone em Dezembro 23, 2009, 08:26:15 pm
viewtopic.php?f=22&t=7520 (http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?f=22&t=7520)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 02, 2010, 06:42:46 pm
Portugueses criam software de controlo inteligente de produção


Uma equipa de investigadores de Coimbra criou um software que transforma um vulgar PC num controlador inteligente de sistemas de produção industrial, permitindo optimizar processos, aumentar a qualidade e reduzir custos, foi hoje anunciado.

Designado Mimesis, o software para aplicação na indústria é um "controlador inteligente, flexível e robusto" que já está em fase de comercialização, disse à agência Lusa o coordenador do projecto, Rui Araújo.

O Mimesis é uma das três áreas do projecto SInCACI - Sistemas Inteligentes de Controlo, Aquisição e Comunicação Industrial, que a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver em parceria com a empresa Acontrol, que opera na área de automação e controlo industrial.

O novo software recorre à inteligência computacional para corrigir de forma dinâmica e antecipada o funcionamento do processo industrial, "de forma a evitar eventuais falhas, perdas ou danos", segundo nota divulgada hoje pela FCTUC.

"A ideia é controlar o sistema industrial a partir do conhecimento humano" que é replicado pelo software, através de regras semânticas em vez do modelo ou resposta matemática, sublinhou o investigador.

Ao usar as regras semânticas, conhecidas por regras difusas, o Mimesis permite criar um sistema de controlo automático a partir de informações imprecisas, escassas ou incompletas.

Optimização de processos, aumento da eficiência energética, redução de custos, segurança no ambiente industrial e aumento da qualidade do produto final são os ganhos introduzidos com o novo sistema.

Co-financiado pela Agência para a Inovação, o projecto SInCAC engloba também o desenvolvimento, em curso, de sensores virtuais, que recolhem, analisam, seleccionam e relacionam conjuntos de variáveis disponíveis em ambiente industrial, com o objectivo de encontrar "estimativas de variáveis alvo".

Desta forma, explicou Rui Araújo, o sistema adapta-se a si próprio, consegue alterar o estado do ambiente do processo produtivo e, assim, melhorar o seu próprio desempenho.

O projecto, com duração de três anos, engloba ainda uma terceira área, de desenvolvimento de hardware e software de comunicação industrial em tempo real.

Os investigadores direccionaram o seu trabalho, numa primeira fase, para as indústrias do papel e do cimento, mas pretendem alargá-lo a diversas indústrias, incluindo a gestão e monitorização de Estações de Tratamento de Águas Residuais.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 08, 2010, 11:22:27 pm
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Qualquer superfície é um ecrã táctil

A empresa nacional Displax apresentou esta semana uma película que transforma qualquer superfície num ecrã táctil. Referenciada em vários meios de comunicação social estrangeiros pela sua capacidade inovadora, os primeiros produtos só devem estar disponíveis em Julho próximo.

"O poder, precisão e versatilidade desta tecnologia", explicou Miguel Oliveira, CEO do grupo Edigma em que se integra a Displax e que a divulgou em Amesterdão na feira Integrated Systems Europe, torna-a na "primeira tecnologia a nível mundial que transforma qualquer superfície plana ou curva num ecrã multitoque".

A película de polímeros com 100 mícrones, mais fina do que uma folha de papel, integra uma rede de nanoligações que permite registar até 16 pontos de contacto em simultâneo. Após processamento informático, e sem ser "afectada pelas diferentes condições de luminosidade", pode-se assim efectivar uma acção num ecrã com diagonal até três metros.

A Displax afirma tratar-se "também da primeira tecnologia multitoque a ser sensível ao sopro (airflow detection), através da capacidade de medição da intensidade e direcção do fluxo de ar".
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 23, 2010, 07:37:53 pm
Empresa portuguesa faz caneleiras dos jogadores do Chelsea e da Selecção Nacional


A SAK, ou Security Against Kicking, é a empresa portuguesa que fabrica caneleiras personalizadas, com recurso a tecnologia 3D, que conquistaram os jogadores da Selecção Nacional e do Chelsea.
Fabricadas em materiais compósitos, caracterizados pela leveza e resistência, a grande vantagem das caneleiras da SAK Project é "encaixar perfeitamente na perna do jogador", diz à Agencia Lusa Filipe Simões, um dos fundadores da empresa.

"Não são uma protecção adicional, mas uma extensão natural da perna", é a forma como a empresa de Viseu apresenta as suas caneleiras high tech, uma das novidades da 17.ª edição do Fórum Têxteis do Futuro, que arranca quarta-feira no edifício da Alfândega, no Porto.

Filipe Simões explica que, nos primeiros dois anos, a empresa esteve concentrada no desenvolvimento e aperfeiçoamento das caneleiras. "Só agora vamos começar o trabalho de divulgação e é uma mais-valia contar com a aprovação de um dos melhores clubes do mundo", adianta o empresário, referindo-se ao Chelsea.

A empresa de Viseu começou por desafiar a Selecção Portuguesa a experimentar as caneleiras personalizadas, e foi pela mão do defesa Paulo Ferreira que foram levadas para terras de sua majestade.

"Os colegas foram conquistados e o Chelsea tornou-se nosso cliente habitual", diz, acrescentando que aproveitaram uma vinda da equipa inglesa a Portugal, para jogar com o FC Porto, para digitalizar as pernas dos jogadores.

Neste momento a SAK Project está a negociar o fornecimento de caneleiras a equipas de futebol da Holanda, Espanha e Itália, e começa a aventurar-se noutras modalidades, nomeadamente o hóquei em patins.

"Temos um produto que protege jogadores que valem milhões", acrescenta.

A empresa dedicada à produção de caneleiras nasceu em 2008, da junção da formação de Rui Pina na área de materiais compósitos com o conhecimento de Filipe Simões, engenheiro electrotécnico, que decidiu potenciar as possibilidades da tecnologia 3D.

Com o produto reconhecido no mercado, os dois jovens empresários querem "passar a ter capacidade produtiva e a controlar todo o processo", que actualmente é subcontratado a várias empresas. "Dominar o processo produtivo vai permitir um maior controlo dos tempos de produção, sendo que neste momento demoramos cerca de duas semanas a satisfazer as encomendas", explica Filipe Simões.

Em ano de Campeonato do Mundo, o 17.º Fórum Têxteis do Futuro, que arranca hoje no Edifício de Exposições e Congressos da Alfândega do Porto, vai ser dedicado ao futebol com o objectivo de sensibilizar os agentes económicos ligados ao desporto para a importância dos têxteis no rendimento dos atletas.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 01, 2010, 08:35:43 pm
Consórcio português quer criar os primeiros robôs vigilantes «inteligentes»

Um consórcio português pioneiro em todo o mundo pretende construir os primeiros robôs vigilantes “inteligentes”. O objectivo é que estes robôs sejam extensões dos operadores humanos no terreno, com capacidade para fazer rondas, reconhecer e seguir intrusos, bem como trabalhar em equipa com outros robôs ou mesmo com humanos, o que não acontece com as actuais soluções segurança.

O projecto denominado ROBVIGIL pretende assim reduzir os riscos humanos associados às tarefas de vigilância, graças a potencialidades específicas dos futuros robôs, tais como aproximar-se e cercar pessoas ou atravessar locais perigosos.

Dotados de uma capacidade de visão de 360 graus, estes robôs vigilantes deverão também conseguir detectar gases, incêndios, fumo, água no chão e comunicar através de tele e videoconferência, quer com outros robôs, quer com humanos. Esta capacidade de trabalho em equipa e visão omnidireccional são alguns dos principais elementos diferenciadores do projecto ROBVIGIL, dado que os futuros robôs vigilantes estarão preparados para cooperar entre si e com pessoas para a prossecução de um objectivo.

Pretende-se que estes robôs “inteligentes” simplifiquem as tarefas humanas, uma vez que podem ser teleguiados em tempo real através de controlo remoto, inaugurando um novo paradigma de cooperação homem/máquina.

Na base deste projecto estão tecnologias já testadas anteriormente com sucesso em projectos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e  do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC Porto) e que podem agora ser devidamente exploradas no mercado com os recentes avanços e a aposta nas Redes de Nova Geração (RNG).

Avanços das RNG, como a fibra óptica, permitem construção destes novos robôs
Estas redes (fibra óptica, wireless, exemplos de tecnologias que suportam as RNG) permitem a transmissão de grandes quantidades de informação em tempo real. Neste projecto em concreto, graças às potencialidades de vídeo, tele/videoconferência e controlo remoto em tempo real abertas pelas RNG, passa a ser possível transformar robôs em extensões do segurança humano no terreno.

Esta é uma iniciativa QREN, co-financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa Operacional, cuja duração está prevista para dois anos, sendo que  as primeiras unidades experimentais devem chegar ao mercado já em 2012.

O projecto, orçamentado em 1,2 milhões de euros arrancou em Fevereiro e é composto inteiramente por empresas portuguesas, embora seja dirigido ao mercado internacional. Integram este consórcio o INESC, a Clever House – Sistemas Inteligentes, Lda., distribuidores em Portugal dos líderes mundiais em robótica civil e de segurança, a Strong Segurança, S.A., Empresa de Segurança e Desenvolvimento de Soluções de Electrónica para Segurança, e a Sinepower Consultoria, Projectos de Engenharia Electrónica, Lda, Power, empresa de electrónica.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Cabecinhas em Março 02, 2010, 09:50:09 pm
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Segurança e Defesa / Sistema de localização de snipers

O sistema PILAR é um sistema de localização de snipers baseado em sensores e algoritmos acústicos que foi concebido para localizar disparos que se produsam até cerca de 400 metros de distância tendo sido provada a sua efectividade em ambientes ruidosos tais como aeroportos militares
 
O sistema instala-se em campo em alguns minutos e é capaz de detectar a localisação da ameaça nos 3 segundos posteriores à  primeira detonação, dispondo de acessórios para poder filmar com diversos sensores ópticos quem está a realizar a acção.
 
O sistema está a ser utilizado actualmente por diversos exércitos de todo o mundo e dispõe de diversos certificados.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi121.photobucket.com%2Falbums%2Fo215%2FCabecinhas%2Fpilar.jpg&hash=35d18047b8af79eae3eeb0091d7aaba1)

http://www.mra.pt/ALAVA/prod_Sistema_de_deteccion_de_Francotiradores_sec0302_niv2.html
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 08, 2010, 05:20:24 pm
Investigadores projectam «casa do futuro» a baixos custos


Investigadores de Coimbra projetaram uma casa modular, cuja tipologia pode ser facilmente alterada em função das necessidades dos moradores, e com baixos custos de construção, foi hoje anunciado.

O projeto assenta no uso intensivo de aço leve e resulta numa «redução de 28 por cento dos custos de construção», sendo o preço do metro quadrado 550 euros, «perfeitamente quase imbatível» para o mercado português, na opinião do coordenador, Luís Simões da Silva.

Projetada por uma equipa multidisciplinar da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), a vivenda, de arquitetura moderna, possui características «affordable houses» (casas acessíveis), e surge em resposta a um desafio lançado pelo maior grupo de indústria de aço do mundo – a ArcelorMittal, a grupos de investigadores de oito países, entre os quais Portugal.

O objetivo era uma habitação unifamiliar, a baixo preço, mas funcional e que cumprisse todos os requisitos técnicos, nomeadamente em termos de segurança, conforto térmico, acústico e de eficiência energética.

«A grande mais valia é que tudo isso foi conseguido a um custo baixo», disse o investigador da FCTUC à Lusa, sublinhando que, «esteticamente, se mantém uma casa portuguesa».

Uma das inovações é o processo modular de construção, que imprime versatilidade à casa, para que «muito facilmente evolua com as necessidades da família» que a habita.

Ao contrário do que se verifica com a construção tradicional, nesta casa do futuro «facilmente se consegue» efetuar uma remodelação sem que os moradores tenham de abandonar o espaço.

«As pessoas num dia conseguem reformular a sua casa e passar de dois para um quarto ou aumentar um quarto porque todo o processo é modular e é muito fácil conseguir ampliar a casa, mudar a tipologia, sem ter de a abandonar», disse o investigador.

Para que a casa fosse versátil e «funcionasse em qualquer zona de Portugal», foi projetada para «a região sísmica mais gravosa - Sagres - e para ter neve correspondente à zona da Serra da Estrela e vento correspondente à zona costeira», acrescentou.

Luís Simões da Silva explica que a redução dos custos comparativamente a uma casa semelhante mas de construção tradicional é possível não só porque a soma dos custos dos materiais e da mão de obra envolvida é «à partida, mais barata», mas também porque há um «ganho de dez por cento de área útil».

«Ao utilizarmos uma estrutura de utilização de aço intensiva, conseguimos, para o mesmo grau de isolamento térmico, ter paredes mais finas», ou seja, «para a mesma área de construção temos mais área útil, sem qualquer aumento de custo», frisou.

«Estamos a fazer esforços para que empresas (de construção) comecem a aplicar o conceito», disse o cientista.

Outros 15 grupos de investigadores da Índia, Brasil, China, Polónia, Suécia, Roménia, e República Checa apresentaram projetos semelhantes para o mercado dos respetivos países, em resposta ao desafio da ArcelorMittal.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 27, 2010, 02:08:53 pm
Portugal tem 17 empresas de novas tecnologias nos Estados Unidos


Um total de 17 empresas portuguesas de novas tecnologias já têm escritórios nos Estados Unidos, dedicando-se a «nichos de mercado» que vão desde software a tecnologias de saúde, afirmou o presidente do AICEP - Portugal Global.

«Estas empresas têm conquistado progressivamente nichos de mercado importantes, designadamente no domínio do software para a indústria da saúde, tecnologias de interacção, soluções inovadoras de software financeiro e industrial», disse Basílio Horta.

O presidente do AICEP esteve recentemente nos Estados Unidos, na abertura de uma missão empresarial - no período de 13 a 19 do corrente mês - e foi até Sillicon Valley, na Califórnia, considerado um dos principais centros para empresas de base tecnológica a nível mundial.

Na missão participaram diversas empresas de tecnologias, como BetterSoft, Brisa - Inovação e Tecnologia, Lógica, Soft Limits, Vortal, Whatever SGPS e Wedo Technologies.

«São empresas portuguesas com elevado potencial de internacionalização e relativamente às quais, a inovação estratégica pode desempenhar um papel importante no seu futuro. (…) Houve enfoque nas pequenas e médias empresas, tecnologias de informação, energia, biotecnologia e electromecânica, além de organismos públicos associados à inovação e modernização da economia», referiu Basílio Horta.

No final, a Leadership celebrou um acordo para promover a instalação de empresas portuguesas no Plug and Play, uma incubadora de empresas, e o trabalho conjunto para obter apoio do governo português e das grandes empresas portuguesas à instalação de um centro de empresas portuguesas em Silicon Valley.

As potencialidades do estado da Califórnia e a retoma da economia norte-americana animam o presidente do AICEP, interessado em captar investimento para Portugal.

«O crescimento económico dos Estados Unidos é um dado encorajador que nos permitem inferir que 2010 possa vir a ser um ano de retoma, com impacto positivo em Portugal», disse.

O AICEP encontra-se há cerca de seis meses sem delegado em Nova Iorque, estando as acções a serem coordenadas a partir do escritório em São Francisco.

Segundo Basílio Horta, «já existe solução e será anunciada muito em breve».

De acordo com uma fonte, o AICEP aguarda que o nome proposto seja formalmente aprovado a nível do governo.

A nova orgânica do AICEP contempla um Centro de Negócios na capital financeira norte-americana, coordenando as actividades não só nos Estados Unidos, mas também no Canadá e no México, todos os três países que integram o mercado NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio).

No ano passado os resultados das exportações portuguesas foram negativos - menos 24 por cento - mas «embora o euro se tenha mantido a um nível bastante elevado no último trimestre de 2009, verificou-se uma clara desaceleração desta tendência nos últimos meses», referiu Basílio Horta.

Em Janeiro, segundo dados do INE citados pelo presidente do AICEP, a subida das exportações para os Estados Unidos foi de 54,1 por cento.

Basílio Horta alerta, no entanto, para a necessidade de estabelecer se este aumento é sustentável, uma vez que não está ainda disponível a identificação dos grupos de produtos que conheceram essa evolução positiva.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 29, 2010, 01:47:45 pm
Portugueses participam na criação de mão robótica inteligente


Uma mão robótica inteligente, capaz de substituir a mão humana, está a ser desenvolvida por uma equipa de investigadores europeus, integrada por portugueses, cujo trabalho se centra na inteligência associada ao movimento.

O objectivo do projecto europeu "HANDLE" é criar uma mão apta a identificar e manipular todo o tipo de objectos, como se de uma mão humana se tratasse, anunciou hoje a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Liderado pela Universidade Pierre e Marie Curie, em Paris, o projecto envolve os Institutos de Sistemas e Robótica (ISR) da FCTUC e do Instituto Superior Técnico de Lisboa, por Portugal, e cientistas do Reino Unido, Espanha, Suécia e Alemanha, além da empresa de robótica Shadow (Londres).

O trabalho da equipa de Coimbra foca-se no "estudo da percepção (com base no tacto e na visão) de objectos pelos humanos e no desenvolvimento de modelos matemáticos que serão usados na nova geração de mãos robóticas.

"O que fazemos é a leitura da manipulação dos objectos para duplicar esse movimento. A maior dificuldade é sabermos como se deve manipular coisas de determinada forma, para que encontremos a mais comum", disse hoje à Lusa Jorge Dias, coordenador, em Coimbra, do estudo.
A partir dos dados sensoriais envolvidos na manipulação dos objectos são desenvolvidos "sofisticados algoritmos de software que processem toda essa informação e reproduzam a acção da mão humana".

"No final, esperamos ter uma mão o mais possível funcional. O que se pretende é que o robô faça os movimentos pretendidos mas não de uma forma programada, com base nas aprendizagens guardadas (memorizadas) previamente", disse o especialista em Engenharia electrotécnica.

Jorge Dias explicou que, se para um humano é simples pegar num ovo ou numa caneta para escrever - porque treina esse tipo de movimento todos os dias e de forma inconsciente -, para uma máquina não, tem de aprender como se fosse uma criança de dois, três anos".

É justamente na transposição para os computadores dos modelos biológicos de manipulação que reside o maior desafio.

No fundo, o que os cientistas estão a fazer é a "adicionar inteligência, autonomia e destreza às actuais mãos robóticas mecânicas para que, no futuro, tenhamos uma mão inteligente (recheada de sensores, músculos e tendões artificiais) capaz de identificar um objecto, perceber a sua função e manuseá-lo correctamente", explicou.

A medicina (próteses avançadas, cirurgia, reabilitação) é uma das possíveis áreas de aplicação da mão robótica inteligente, que, segundo o investigador da FCTUC, poderá também revelar-se "uma peça chave para que os robôs humanóides possam efectuar tarefas com elevado nível de exigência, onde não há espaço para falhas".

Iniciado há um ano, o projecto tem a duração de mais três anos e um orçamento global de seis milhões de euros.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 29, 2010, 09:37:20 pm
Portugueses vencem competição internacional de Inovação


Marina Santana e João Pina são os dois portugueses que fazem parte da equipa vencedora da primeira competição internacional de inovação promovida pela Universidade de Carnegie Mellon. Os estudantes são colaboradores da empresa Novabase e estão a frequentar o mestrado profissional de grau dual em Engenharia de Software ministrado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e pela Universidade de Carnegie Mellon, ao abrigo do programa Carnegie Mellon | Portugal.

Intitulada «Algorithmic Facilitation of the Delphi Method Using Crowdsourced Forecasting Data», a apresentação vencedora propôs a aplicação de um novo método de previsão das tendências de consumo na Internet: usar as redes sociais para reunir informação e rankings das várias ideias e sugestões dos consumidores na Internet, aplicando depois um algoritmo que avalia a capacidade de previsão de cada participante.

Segundo Marina Santana, “este prémio mostra que a formação de nível mundial que estamos a receber, tanto na Universidade de Coimbra como em Carnegie Mellon, é, de facto, inspiradora. Sempre fomos apaixonados pela área da inovação e empreendedorismo e por isso decidimos frequentar um curso de gestão na Tepper Business School, enquanto estamos na Universidade de Carnegie Mellon”.

João Pina acrescenta: “Conseguimos, na nossa equipa, tirar partido das nossas competências multidisciplinares, com abordagens no âmbito tecnológico, socioeconómico e do comportamento do consumidor. Estamos muito orgulhosos por vermos o nosso trabalho reconhecido, principalmente numa competição de alto nível, onde participam alguns dos profissionais mais talentosos do mundo”.

Projecto interdisciplinar

A Orange Team, a equipa vencedora, integrou, além dos portugueses Marina Santana e João Pina, Logan Powell, Shing Yan Lau, Elaine Lee e Rakesh Mishra e recebeu um prémio no valor de dois mil dólares.

A iniciativa assenta num projecto interdisciplinar patrocinado pela própria universidade, através dos seus vários pólos de ensino – o Project Olympus, o Don Jones Center for Entrepreneurship, e o Institute for Social Innovation and Master of Information Systems.

A competição foi aberta a todos os estudantes licenciados e/ou com formação superior e reuniu um conjunto de nove equipas de seis alunos cada, que apresentaram as suas ideias sobre novas tendências de consumo na Internet. O júri era composto por um conjunto de seis jurados, especialistas da indústria das novas Tecnologias, Informática, Internet e por peritos na área de capital de risco.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 02, 2010, 12:39:57 am
Português desenvolve aplicação que controla cadeiras de rodas com o olhar


Uma aplicação capaz de conduzir uma cadeira de rodas eléctrica através do olhar foi desenvolvida por um professor do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) no âmbito do projecto 'Magic Key', que tem permitido desenvolver aplicações informáticas para pessoas deficientes.

O investigador Luís Figueiredo disse hoje à Lusa que o sistema da sua autoria, denominado Magic Wheelchair, recorre a “uma câmara de alta definição e uma aplicação informática que determina a direcção do olhar do utilizador", tendo assim um controlo absoluto sobre a cadeira de rodas.

"Se [o utilizador] olhar para a direita, ela vira para a direita. Se olhar para a frente, anda para a frente. Se fechar os olhos ela não anda e se baixar os olhos para baixo, a cadeira anda para trás", explicou.

A intenção do investigador não foi criar uma cadeira de raiz, mas sim adaptar o sistema a uma cadeira já existente, eléctrica ou manual. O dispositivo destina-se "a pessoas que estejam completamente imóveis, não possam usar nenhum dispositivo tradicional ('joystick' ou por impulsos na cabeça) e tenham apenas a capacidade de movimentar os olhos".

Apesar de o Magic Wheelchair dar "autonomia total ao utilizador em ambientes interiores”, em ambientes exteriores há interferência da luz solar com os sistemas, confessou Luís Figueiredo, contando que está a procurar solucionar aquela limitação.

“Resultados foram muito bons”


Ainda assim, o dispositivo já foi testado com Pedro Monteiro, presidente da Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, cuja doença o impede de utilizar qualquer movimento voluntário do seu corpo, sendo a única excepção a capacidade de movimentar os seus olhos, e “os resultados foram muito bons”.

Luís Figueiredo não possui estimativas de quanto custa, por exemplo, instalar a aplicação numa cadeira eléctrica já existente, mas deixa claro que "se houver uma única pessoa que com este sistema possa melhorar a qualidade de vida, vale a pena investir". O projecto tem vindo a ser apoiado, para além da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do IPG, pela Guarda Digital - Associação Distrital para Sociedade de Informação e pela Fundação PT.

O professor venceu em 2006 e em 2008 o prémio engenheiro Jaime Filipe, atribuído pelo Instituto da Segurança Social, com as aplicações informáticas "Magic Eye" (controlo do rato do computador apenas com os olhos) e "Magic Key" (controlo completo do computador movendo o cursor do rato através de movimentos laterais e subtis da cabeça e a tecla do rato pelo movimento de piscar de olho).

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 17, 2010, 12:27:04 am
Estudantes inventam pesca sem rede


Quatro antigos estudantes e um docente do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) são os autores de um novo sistema de pesca industrial que dispensa a utilização de redes. São bolhas de ar que aprisionam os cardumes, depois aspirados para o barco com recurso a uma bomba. A patente de âmbito nacional e internacional está registada e o interesse por parte de investidores “é muito grande”, segundo Leopoldina Alves, directora do Centro de Transferência e Valorização do Conhecimento (CTC) do IPL.
Vocacionado para a pesca do cerco, o projecto Bubble Net surgiu na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche. Já recebeu financiamento superior a 30 mil euros, o que possibilitou criar um protótipo e realizar testes.

Uma das principais vantagens do conceito Bubble Net é que “seria uma arte limpa, permitindo pescar sem provocar danos no meio marinho”, explicou Humberto Jorge, presidente da Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Centro (Anopcerco). Mais: evitaria o desperdício de pescado e o custo de aquisição e manutenção das redes. Humberto Jorge conclui que se trata previsivelmente de um investimento oneroso, mas compensador a longo prazo.

Leopoldina Alves admite que “há um risco associado” ao negócio, sobretudo porque está vocacionado para o mercado internacional e para armadores com frotas de grande dimensão.
Desde Maio de 2008 até Fevereiro, o IPL registou 32 invenções no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.

Ionline
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Cabecinhas em Abril 17, 2010, 06:15:57 pm
Parabéns pelo projecto e tudo mais... mas fica a questão se somos nós que inventamos porque raio teimamos em baptizar as coisas com estrangeirismos?
Código: [Seleccione]
Bubble Net
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Doctor Z em Abril 26, 2010, 11:03:57 am
Citação de: "Cabecinhas"
Parabéns pelo projecto e tudo mais... mas fica a questão se somos nós que inventamos porque raio teimamos em baptizar as coisas com estrangeirismos?
Código: [Seleccione]
Bubble Net
Boas,

Se calhar porque se vende melhor para os estrangeiros, isto é apenas marketing...
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Cabecinhas em Abril 26, 2010, 11:06:29 am
Se um produto é bom, tanto vende se o nome for português, francês, alemão, etc... chamo a isso síndroma de inferioridade, é como a questão da própria palavra de "marketing"!
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Maio 01, 2010, 08:17:54 pm
Português torna buscas na Internet mais inteligentes


Lógica de Markov permite  que o computador consiga decidir quais as hipóteses mais prováveis e mais eficientes

Imagine que está em casa e deseja saber mais sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento do Governo, de que tanto se ouve falar na comunicação social. Vai a um motor de busca e procura pelo "PEC". Ao serem-lhe apresentados os resultados, aparece-lhe uma página em que se mistura o Plano de Estabilidade e Crescimento com o pagamento especial por conta. O motor de busca devolveu os resultados sem distinção. Pedro Oliveira vai ajudar os computadores a perceberem a diferença entre os dois e a pesquisar exactamente aquilo que queremos procurar, com ajuda da Web semântica, uma extensão da rede actual. Recebeu o Prémio Nacional de Trabalhos em Inteligência Artificial 2009, atribuído pela Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial.

O objectivo do projecto é que, perante um número grande de possibilidades, o computador consiga decidir quais as hipóteses mais prováveis e mais eficientes, o que irá tornar a Web mais inteligente.

A investigação, denominada "Probabilistic Reasoning in the Semantic Web using Markov Logic", foi desenvolvida no âmbito do mestrado em Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, que obteve a nota máxima de 20 valores.

"A Lógica de Markov é um conjunto de procedimentos e algoritmos baseados em matemática e aprendizagem computacional que nos permite raciocinar sobre conhecimento incerto e complexo", explica ao DN Pedro Oliveira. Aplicando-a para a área da Web semântica, à qual já chamam "Internet do futuro", fazendo com que "perceba melhor o seu próprio conteúdo" e "entendam o significado das palavras".

"É um trabalho de grande peso teórico e muito de raciocínio, que irá contribuir para que os computadores tenham a capacidade de entender a linguagem natural, dos humanos", explica Paulo Gomes, orientador da tese de mestrado. Uma das tecnologias desenvolvidas ocorre ao nível dos motores de pesquisa, que se tornam mais precisos, porque a palavra ganha um significado.

"Por exemplo, ao utilizar um motor de busca para pesquisar informação sobre uma determinada empresa, em vez de lhe ser apresentado um conjunto de páginas que eventualmente possam ter informação sobre essa empresa, como acontece com os motores de busca actuais, ser-lhe-ia apresentado directamente informação relevante sobre ela, como por exemplo o seu número de empregados, CEO, lucro anual, etc.", explica o aluno da Universidade de Coimbra.

Pedro Oliveira sabe que alguns motores de busca já tentam fazer este tipo de pesquisa, "mas baseiam-se em 'adivinhar' essa informação, não sendo muito fiáveis em muito dos casos".

É por isso que a Web semântica irá ser um passo em frente: " O significado do conhecimento é explícito, o que permite aos motores de busca raciocinar sobre o conhecimento que estão a apresentar, como, por exemplo, sugerir empresas semelhantes ou mostrar automaticamente informação sobre empresas subsidiárias", diz. Este trabalho deu a Pedro Oliveira a oportunidade de estagiar numa empresa nos EUA, líder no sector de tecnologias relacionadas com a Web semântica. O Prémio Nacional de Trabalhos de Licenciatura em Inteligência Artificial, no valor simbólico de 250 euros, promove a investigação nesta área e ainda não tem data de entrega.

DN
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: HJAB em Maio 01, 2010, 09:02:28 pm
Excelentes exemplos da capacidade dos Portugueses: obrigado
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Maio 11, 2010, 08:04:53 pm
Papa recebe t-shirt electrónica que mede ritmo cardíaco


Bento XVI vai receber no Porto uma t-shirt eletrónica que permite monitorizar clinicamente os batimentos cardíacos, numa oferta conjunta da Universidade Católica e da Diocese.
Em declarações à Lusa, o presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica, Joaquim Azevedo, explicou que esta t-shirt está a ser produzida por uma empresa lançada por Luís Meireles, antigo aluno e investigador da instituição universitária.

A empresa foi gerada no Centro de Incubação e Desenvolvimento de Empresas em Biotecnologia da própria Universidade Católica do Porto.

A t-shirt monitoriza os batimentos cardíacos, armazenando dados de forma contínua. É composto por uma pequena caixa de hardware colocada num bolso e permite a realização de um exame preciso e rigoroso ao coração.

A oferta foi decidida na sequência da vontade manifestada pelo bispo do Porto de entregar a Bento XVI lembranças que espelhassem o potencial tecnológico das universidades da região.

A universidade pública do Porto também acedeu à vontade manifestada pelo prelado Manuel Clemente, tendo anunciado segunda feira que vai entregar a Bento XVI uma guitarra em fibra de carbono, desenhada por uma empresa incubada na Faculdade de Engenharia.

O papa fecha sexta feira no Porto a sua viagem de quatro dias a Portugal.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Junho 09, 2010, 01:12:24 pm
Universidade de Sevilha recorre a tecnologia portuguesa para melhorar qualidade dos edifícios


A Universidade de Sevilha está a implementar uma solução tecnológica desenvolvida em Portugal que pretende tornar os edifícios de serviços e da indústria em espaços simultaneamente confortáveis e sustentáveis.

Criado pela “spin-off” WSBP – We Solve Buildings Problems, formada por um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), a JANUS E2S parte do conceito “analisar o passado e observar o presente para melhorar o futuro”.

Esta tecnologia baseia-se numa rede de sensores inteligentes que monitorizam em tempo real as condições meteorológicas, o consumo de energia do edifício e a qualidade ambiental interior (sensação de conforto percepcionada pelos ocupantes, inerente às condições físicas e psicológicas a que estes estão expostos), através da medição dos níveis de dióxido de carbono, da temperatura e da humidade, sendo que a informação é enviada para uma base de dados acessível através para uma plataforma Web.

Depois de conhecida a “radiografia” do desempenho do edifício, a empresa elabora um conjunto de recomendações técnicas, hierarquizadas por grau de complexidade e por nível de investimento.

São exemplo disso as alterações comportamentais dos ocupantes do edifício no que respeita  à abertura e fecho de portas e janelas ou  aos períodos de funcionamento de computadores e impressoras; a deslocação de consumos para horas de tarifa mais económica; a melhoria do isolamento térmico do edifício e instalação de sistemas inteligentes de sombreamento, entre outros.

Análise do “metabolismo” do edifício

A JANUS E2S distingue-se por ser uma tecnologia que efectua uma análise detalhada do “metabolismo” do edifício. “As avaliações correntes do desempenho dos edifícios são baseadas apenas na medição dos consumos de energia. Esta tecnologia avalia o problema na sua globalidade, tendo em conta não só a quantidade de energia consumida, mas também a qualidade ambiental conseguida no espaço interior, as condições meteorológicas exteriores e os impactos económicos e ambientais das soluções tecnológicas utilizadas”, afirma Manuel Gameiro da Silva, investigador da FCTUC e um dos responsáveis da empresa.

De acordo com estudos da União Europeia, o maior potencial de poupança de energia, para o cumprimento dos objectivos da política 202020, está nos edifícios de Serviços (na ordem dos 35 por cento), que são responsáveis por uma importante percentagem das emissões de gases com efeito de estufa.

Estes Indicadores exigem a “adopção de medidas racionais de utilização da energia. Por outro lado, estudos científicos [Seppanen and Fisk, 2005 A procedure to estimate the cost effectiveness of indoor improvement in office work - 8th Rehva World Conference Clima 2005, Lausanne] indicam uma relação directa entre o desconforto no local de trabalho e a fraca produtividade dos colaboradores. Assim, ao melhorar o conforto ambiental consegue-se um aumento de produtividade”, sustenta Manuel Gameiro da Silva.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 05, 2010, 05:15:23 pm
Empresa de software de Coimbra conquista prémio europeu


A empresa de software FeedZai, uma ‘startup’ tecnológica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), foi distinguida com o Prémio Europeu de Empresas Inteligentes, na categoria “Modelos Digitais”, revelou hoje a faculdade.
Entre as mais de duas centenas de concorrentes, a FeedZai foi distinguida com o prémio “Smart Entrepreneurship Competition 2010”, na categoria “Modelos Digitais”, atribuído em Burgos (Espanha), segundo uma nota divulgada hoje pela FCTUC.

A competição foi promovida pela European BIC Network, uma rede internacional que reúne centros de inovação empresarial de 26 países de todo o mundo, desde a China, Rússia e México até à Inglaterra, Finlândia e Áustria, entre outros.

Fundada em dezembro de 2008 por três engenheiros formados na FCTUC, a empresa de produtos de "software" iniciou a atividade há cerca de um ano e está a incubar no Instituto Pedro Nunes (IPN), disse hoje à Agência Lusa o seu CEO, Nuno Sebastião.

“O prémio foi muito gratificante. É um prémio de uma rede de incubadoras europeias [a BIC], em relação à qual o IPN ainda está em processo de adesão”, afirmou, ao destacar a importância do galardão tendo em conta que “Portugal não é visto lá fora como um país tecnológico”.

O prémio representa ainda, segundo Nuno Sebastião, “um selo de qualidade e certificação, o que significa uma porta de acesso às mais prestigiadas e importantes instituições da Europa, como a Agência Espacial Europeia (ESA), que se mostrou interessada em desenvolver parcerias de negócio com a FeedZai”.

"O nosso foco é mundial, o nosso produto é internacional. Logo após a cerimónia, tivemos a oferta de uma incubadora de Londres para abrir lá uma sucursal", disse hoje Nuno Sebastião.

Especialista em processamento de dados em tempo real, a FeedZai está a desenvolver o produto "Pulse", com aplicação em diversas áreas, nomeadamente energia, banca e telecomunicações, testando-o com clientes selecionados, nacionais e estrangeiros, e prevendo-se que saia para o mercado em dezembro, adiantou o presidente.

A solução "Pulse" tem a capacidade de “analisar quantidades gigantescas de informação por segundo, conseguindo prever as necessidades de uma rede de energia de um país ou, na área das telecomunicações, prever as necessidades de uma operadora móvel”, explica, na nota, Paulo Marques, docente da FCTUC e CTO da empresa.

Distinguida no ano passado com o Prémio BES Inovação, a FeedZai foi a primeira empresa a ser criada no âmbito do programa Carnegie Mellon - Portugal.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 09, 2010, 05:55:04 pm
Torneira que poupa água desenvolvida em Portugal


O desperdício doméstico de água em Portugal atinge anualmente três mil milhões de metros cúbicos, o que equivale a 750 milhões de euros, mas está em vias de ser minimizado.

Um investigador da Universidade de Aveiro (UA) criou uma torneira misturadora inovadora que vai permitir reduzir o desperdício de água em casa. Este dispositivo, que se encontra patenteado a nível internacional, permite reutilizar a água que é desperdiçada cada vez que se abre a torneira da água quente e se espera que ela aqueça.

“Em média, são três litros de água potável que correm directamente para o esgoto, por cada utilização”, estima Vítor Costa, que desde 2007 tem vindo a trabalhar neste projecto que permite que a torneira só forneça água quando já está quente, de acordo com a temperatura desejada.

“A água fria, que se encontra na tubagem, entre a caldeira/esquentador e a torneira, é guardada num reservatório e entra novamente na rede, o que pode representar uma economia de centenas de litros de água no final do mês”, adiantou o docente da UA.

O sistema pode também ser usado em instalações antigas sem a necessidade de fazer grandes obras de construção. “Pode usar-se com uma torneira usual, mas é preciso acrescentar um componente hidráulico e um reservatório que vai acumular a água”, explicou.

Desenvolvido em conjunto com a Metalúrgica Luso-Italiana, uma empresa portuguesa que concentra a sua actividade no fabrico e comercialização de torneiras, este sistema misturador com função de poupança de água deverá chegar ao mercado ainda este ano. “Temos alguns protótipos que funcionam e, neste momento, estamos na fase de fazer as últimas afinações”, referiu Vítor Costa, que prevê que o produto possa estar à venda “muito em breve”.

De acordo com o investigador, a perspectiva de comercialização e conquista de mercado por um produto deste género é “muito grande” e, embora o sistema seja “mais caro” do que uma torneira convencional, a diferença de preços irá compensar a médio/longo prazo, em termos da poupança da água.

O investigador sublinha ainda que a escolha deste produto pode ser importante para obter uma boa classificação energética dos edifícios, acrescentando que o sistema não usa qualquer fonte adicional de energia.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 16, 2010, 02:55:04 pm
Biossensores made in Portugal ganham prémio de inovação em Barcelona


Os biossensores colam-se às mãos para captar o sinal de sudação. A partir desse momento, estamos à mercê da máquina que consegue captar em tempo real os impulsos emotivos. É uma espécie de polígrafo, mas não é a mesma coisa.

Da fase de serenidade, passamos ao entusiasmo assim que sai uma gargalhada ou para agitação quando o assunto da conversa resvala para a declaração de IRS. Um gesto do interlocutor, como um toque nas costas ou um espirro, provoca reacções emocionais imediatas que são expostas no ecrã de um pequeno computador.

Hugo Gamboa, de 34 anos, doutorado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores, vai explicando as aplicações dos sensores de medição e a linha de produtos que a sua empresa, a Plux, desenvolve para o mercado. Esta tecnologia sem fios, única a ser fabricada em Portugal, já é usada por universidades europeias e empresas em estudos e medições de biossinais de pacientes.

Da saúde ao desporto, passando pela investigação, o potencial dos biossensores é imenso e a empresa portuguesa, fundada em 2007, quer levá-lo ao mercado. Acabou de receber o primeiro prémio na categoria de Biggest Innovation na área da Saúde no HiT Barcelona World Innovation Summit, depois de um processo de selecção feito pelo Audax/ISCTE. Na plateia, estavam investidores de capitais de risco europeias e americanas, público que Hugo Gamboa quer captar.

Vontade de crescer

"Estamos à procura de parceiros externos. A equipa que temos está bem para a actividade actual mas para ter mais acesso ao mercado é preciso crescer", diz, no pequeno escritório da Plux, no centro de Lisboa.

A empresa de engenharia de biossensores vende em média cerca de 50 aparelhos por ano e as receitas servem para cobrir as despesas. Ter um gestor de marketing em Barcelona foi o passo mais recente para dar impulso à comercialização do produto - um kit composto de mala, computador com um software de biofeedback (técnica usada para a reabilitação muscular), sensores de medição, entre outros equipamentos.

Para já, Espanha, Inglaterra, Irlanda, Suécia, Holanda e Noruega são alguns dos países com quem já fazem negócio. "Este ano, queremos ter uma estrutura de marketing madura, depois de uma fase em que investimos muito no desenvolvimento do produto. A investigação é, para nós, a parte mais fácil. Agora precisamos de ganhar mercado", continua.

Para dedicar tempo à Investigação e Desenvolvimento, a pequena empresa recebeu os primeiros fundos do QREN em 2008 e já este ano conseguiu captar cerca de um milhão de euros para os seus projectos.

A produção é toda feita internamente pela equipa de 14 trabalhadores, mas o previsível crescimento vai implicar uma parceria com uma empresa nacional.

Hugo Gamboa mostra duas malas brancas onde estão guardados os biossensores e restantes equipamentos. São os dois produtos (Bioplux Clinical e Bioplux Research) que saíram de anos dedicados à pesquisa, incluindo nos tempos livres e antes mesmo de a empresa se formalizar.

"Somos quatro sócios: eu, um colega de curso do Instituto Superior Técnico (Filipe Silva), um aluno muito bom que tive na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (Hugo Silva) e um amigo de longa data com experiência em gestão (Rui Falcão)", conta.

No trabalho de doutoramento que estava a fazer na área da Biometria Comportamental, Hugo precisou de comprar biossensores. "Eram caros e de má qualidade. Têm mercado na investigação, mas o custo é perto de dez mil euros", diz. Foi da necessidade e das conversas com Filipe Silva que nasceu o espírito empreendedor. Para conseguir montar o produto, Hugo deixou de dar aulas, continuou o seu doutoramento e dedicou-se aos biossensores made in Portugal sem salário certo.

Para arrancar com a Plux, os sócios investiram capital próprio e têm conseguido não se financiar na banca, também graças aos fundos comunitários. "Ter a marca CE no produto é um processo muito burocrático, mas pelo qual tivemos de passar para conseguir resultados. Estamos a apostar no Brasil, onde teremos de produzir o equipamento de acordo com outras regras, que não comunitárias".

Este ano, querem chegar a Dezembro com mais dinheiro do que o suficiente para pagar as contas.

É nas universidades que validam o produto (a nível médico ou nas aplicações desportivas, por exemplo) e outras empresas de maior dimensão, como a ISA e a Critical Software, ajudam a impulsionar o negócio. Actualmente, os kits da Plux estão em 14 clínicas que usam diariamente o serviço nas suas unidades de Fisioterapia.

A parceria estabelecida no ano passado com a Atral Cipan para a distribuição foi fundamental para dar os primeiros passos no mercado. Outros utilizadores são as universidades, em trabalhos de investigação que ajudam a perceber melhor o funcionamento do corpo humano (ver caixa).

A Plux está integrada numa holding (a iZone) detida por Rui Falcão e que reúne várias empresas tecnológicas.

Público
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 17, 2010, 05:11:03 pm
Portugueses testam plástico biodegradável


Morango, pimento, melão e vinha. É nestas culturas que o consórcio liderado pela empresa portuguesa Silvex vai testar um novo tipo de plástico biodegradável, denominado Agrobiofilm. O objectivo é substituir o filme de polietileno utilizado para cobrir as culturas, que tem várias desvantagens a nível ambiental. Se tudo correr como previsto, este plástico biodegradável poderá começar a ser comercializado já em 2011, embora a fase de testes só termine dentro de dois anos.

Segundo explica ao i Paulo Azevedo, director-geral da Silvex, o projecto compreende mais duas PME europeias, a norueguesa BioBag e a francesa ICSE. A Silvex irá produzir para o mercado global e terá o exclusivo da comercialização do plástico em Portugal e Espanha, mas o produto também será vendido noutros mercados - até porque na fase de investigação estiveram envolvidas várias universidades e centros de pesquisa de França, Espanha e Dinamarca. Em Portugal, a parceria coube ao Instituto Superior de Agronomia, da Universidade Técnica de Lisboa.

"O projecto tem um custo total previsto de um milhão e meio de euros", revela Paulo Azevedo, sendo que dois terços serão financiados através do sétimo programa-quadro da União Europeia. Neste momento, já há testes a decorrer em Portugal (melão e pimento) e em França (vinha). Os ensaios com morango iniciam-se em Setembro.

Para que serve

Os agricultores usam filmes para cobrir as culturas porque isto permite-lhes aumentar o seu rendimento, poupar água de rega, conservar melhor os nutrientes, proteger contra infestações sem recurso a herbicidas, evitar o apodrecimento dos frutos, diminuir a amplitude térmica... as vantagens são muitas, mas as desvantagens também.

O filme de polietileno usado actualmente - só em Portugal e Espanha são 90 mil toneladas por ano - coloca vários problemas no final de cada ciclo da cultura (número de dias desde a plantação à colheita). Primeiro, o filme parte-se em mil pedaços à medida que o tempo avança, o que torna "virtualmente impossível a sua completa remoção dos campos", como indica Paulo Azevedo, e é uma tarefa dispendiosa, porque realizada manualmente. Também pode provocar a perda de subsídios por parte dos agricultores, se os inspectores do Ministério da Agricultura encontrarem restos de plástico no solo.

Depois, para reciclar o polietileno é preciso tratá-lo. Uma tarefa complicada, visto que no final se encontra cheio de humidade, restos de plantas, sujo de terra e contaminado com resíduos de pesticidas. O tratamento é tão moroso que "ainda persistem práticas perigosas para o ambiente e saúde dos consumidores, como sejam o enterramento no solo e queima a céu aberto no campo", alerta Paulo Azevedo.

São estes os problemas que o Agrobiofilm resolve integralmente. O produto é obtido a partir da matéria-prima MaterBi, feito pela empresa italiana Novamont. No final de cada ciclo, este plástico é enterrado e decompõe-se, sendo inofensivo para o ambiente. Além disso, consegue adaptar-se conforme se trate de morangos ou pimentos. Como? "O filme será desenhado para cada cultura", indica Paulo Azevedo, tendo em conta o seu ciclo e porte, o tipo de solo e as condições meteorológicas. Por fim, será uma boa alternativa na agricultura biológica, em que a proibição do uso de herbicidas obriga a uma dispendiosa monda manual das infestações.

Ionline
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 24, 2010, 04:47:11 pm
Investigadores fazem tecido que não se suja


Um tecido "à prova" de café, vinho ou azeite que será transformado em toalhas de mesa e guardanapos; um couro livre de cheiros desagradáveis e tingido com substâncias amigas do ambiente; e um ladrilho que é também um interruptor de iluminação. São estas as mais recentes inovações do Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (Centi), em Famalicão, que, em breve, estarão no mercado.

Segundo o director do Centi, António Vieira, estes produtos foram pensados para "facilitar o dia-a-dia das pessoas, protegendo o ambiente e poupando recursos". Um bom exemplo é o easyclean , um tecido que repele a sujidade e que a empresa Têxteis Penedo transformará em toalhas de mesa e guardanapos, fruto da parceria com o Centi e o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário (Citeve).

Além de não se sujar, este produto têxtil, sem substâncias nocivas para o ambiente, é fácil de limpar. E por isso não precisa de ser lavado com frequência, reduzindo a factura da electricidade, da água e dos químicos dos detergentes.

O segredo está na fórmula química que os cientistas desenvolveram com nanomateriais que não deixam as substâncias aquosas e oleosas penetrar no tecido. António Vieira diz que "a tecnologia, com ligeiras adaptações, poderá ser aplicada noutros tecidos de algodão para várias aplicações".

Também para melhorar o dia-a-dia e proteger o meio ambiente, e um "baixo risco de reacções alérgicas", o Centi criou couros biocoloridos, reflectores de luz e antimicrobianos - "livres de odores desagradáveis". O projecto Nanoleather foi desenvolvido em parceria com o Centro Tecnológico das Indústrias do Couro (CTIC) e a empresa Curtumes Rodrigues.

Os investigadores desenvolveram uma formulação química, com recurso "a tecnologias de funcionalização à nanoescala e ecológicas", que permite que o couro seja tingido com um produto amigo do ambiente.

Trata-se de "gerar cor in situ na matriz de colagénio do couro, pela utilização de enzimas e agentes naturais adequados, em condições preestabelecidas de pH e temperatura", diz Vieira. Os cientistas fizeram ainda um "revestimento no couro à nanoescala reflector de luz", que permite, por exemplo, que o estofo do carro forrado com este material aqueça e assim envelheça menos quando é exposto ao sol.

Também a pensar no consumidor, a indústria de cerâmica Dominó para a criação de um ladrilho interruptor de iluminação. Trata-se do Sensortile, um produto de última geração que controla a "intensidade de emissão de luz de cargas luminosas". A inovação surge através da aplicação de um material inteligente na cerâmica que responde ao toque, "através da incorporação de LED para iluminação identificativa".

No final, consumidor e empresas envolvidas ficam a ganhar. A empresa Têxteis Penedo, por exemplo, conclui o director do Centi, "poderá facturar, nos próximos um a dois anos, um a dois milhões de euros com as toalhas e guardanapos". Por sua vez, a empresa Dominó espera "que, dentro de dois a três anos, o ladrilho represente cerca de 10% do seu volume de vendas", conclui.

DN
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 31, 2010, 10:43:33 pm
Universidade do Minho cria reactor único no mundo


Cinco investigadores da Universidade do Minho (UM), em Braga, criaram um reactor “único a nível mundial”, que permite o tratamento de águas residuais com elevado teor de gordura, segundo disse um dos autores do projecto. Segundo Merijn Picavet, o engenho, entretanto patenteado, aplica-se a uma vasta área de indústrias como matadouros, lacticínios, transformação de peixe, lagares de azeite ou refinarias de óleos.

“A grande novidade é que este reactor consegue tratar as águas industriais com alto teor de gordura, enquanto que todos os que existiam até agora removiam a gordura antes de tratar a água”, explicou o investigador.

Com o tratamento das águas com a gordura, “produz-se mais biogás, que depois pode ser utilizado para produção de calor em caldeiras, para produção de electricidade ou mesmo para ser injectado em redes de gás natural, depois de purificado”, disse ainda o investigador.

O reactor patenteado recebeu vários prémios, nomeadamente o Prémio BES Inovação em 2005 e o Prémio Nacional de Inovação Ambiental em 2006, além de ter sido alvo de um prémio internacional em 2004. Hoje, a UM vai ceder, por contrato, o direito exclusivo de utilização e exploração comercial daquela patente à Ambisys, uma “spin-off” daquela universidade.

Uma “spin-off” é uma nova empresa que nasce a partir de um grupo de pesquisa de uma empresa, universidade ou centro de pesquisa público ou privado, normalmente com o objectivo de explorar um novo produto ou serviço de alta tecnologia.

Carácter exclusivo

A Ambisys passará, assim, a ter a exploração e comercialização directa do produto patenteado, através de uma licença que tem carácter exclusivo a nível mundial. “Esta iniciativa acentua a abertura da universidade à indústria, a sua preocupação ambiental e a aposta na inovação tecnológica”, salienta, em comunicado, a UM.

A Ambisys nasceu em Maio de 2007, da conjugação de interesses do Grupo Monte e do Grupo de I&D em Biotecnologia Ambiental do Departamento de Engenharia Biológica da Universidade do Minho.

É um veículo de transferência de tecnologia Universidade-Empresa e que simultaneamente dá resposta a necessidades do mercado nas suas áreas de intervenção especializada, nomeadamente no projecto, arranque e acompanhamento de processos de tratamento de água, efluentes e resíduos orgânicos.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 29, 2010, 03:42:11 pm
Cientistas Portugueses criam laser para administrar fármacos através da pele


Um projecto para administração de fármacos com laser através da pele desenvolvido na Universidade de Coimbra (UC) foi galardoado com um prémio internacional, atribuído por uma rede de instituições de ensino superior ibero-americanas.

O prémio, de 200 mil euros, vai ser aplicado na conclusão do processo de patente, na comprovação da viabilidade do método e na produção de um protótipo, de modo a que no prazo de dois anos possa ser testado em unidades de saúde, revelou à Lusa Carlos Serpa, que desenvolveu a investigação com Luís Arnaut e Gonçalo de Sá, no Departamento de Química da UC.

Com recurso a um equipamento laser, os fármacos são administrados de forma rápida e indolor, e em alguns casos poderão ver melhorada a sua eficácia terapêutica por a aplicação ser localizada.

Analgésicos, produtos para tratamento de doenças de pele, mas também moléculas de maior dimensão, como vacinas ou a insulina, e cosméticos são alguns dos produtos que poderão ser ministrados através desta metodologia.

Além das vantagens na aplicação dos fármacos, um outro factor de viabilidade do projecto Laser Leap é utilizar um equipamento de baixo custo, estimado em 20 mil euros.

O Laser Leap venceu a primeira edição do Prémio AVCRI atribuído pela RedEmprendia - Red Universitaria Iberoamericana de Incubación de Empresas, uma associação criada com o apoio do Grupo Santander, que congrega 15 das mais prestigiadas universidades do espaço ibero-americano, sendo a de Coimbra a única universidade portuguesa.

O Prémio AVCRI - Agencia de Valorización y Comercialización de los Resultados de la Investigación pretende apoiar financeiramente projectos de investigação que possam chegar à "fase de prova de conceito" ou mesmo a uma aplicação prática e comercializável.

O prémio será entregue na quinta-feira aos investigadores na Reitoria da Universidade de Coimbra.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 18, 2010, 08:11:42 pm
Engenho inovador limpa lagoas com excesso de algas


Dois engenheiros açorianos, Luís Teves e Gonçalo Teixeira da Mota, desenvolveram um projecto inovador capaz de combater o problema da eutrofização - desenvolvimento intensivo de algas devido a um abastecimento excessivo de nutrientes, que reduz o oxigénio - das lagoas na região, ao longo de 2011. O projecto chama-se URM 85 (Unidade de Remoção de Microalgas e Cianobactérias) e traduz-se na criação de um protótipo, com características anfíbias e de cen- trifugação, que permite depurar 85 metros cúbicos de água por hora.

Tudo se passa dentro de uma embarcação preparada, tripulada por três pessoas, de onde se recolhe a água através de um colector e sistema de bombagem acoplado que "varre" toda a lagoa. O protótipo recebe a água, remove as suas impurezas e devolve-a à lagoa em bom estado. Na prática, a água que entra no mecanismo turva e eutrofizada sai do mesmo limpa. Luís Teves e Gonçalo Teixeira da Mota explicam que "a separação de fases se produz por centrifugação, onde a fase líquida é devolvida à lagoa e a biomassa fica armazenada para tratamento e desidratação".

A tecnologia móvel inventada por estes dois engenheiros, a partir de tecnologia já experimentada noutros processos, representa um projecto pioneiro nos Açores e no resto do País, o qual deverá ser implementado em 2011 pela empresa de ambos, a Algicel - Biotecnologia e Investigação, mediante o aval do Executivo insular. Para já, o URM 85 está em fase de registo de patente, mas a sua eficácia já foi testada no decurso de uma experiência que simulou a remoção de microalgas e cianobactérias na Lagoa de São Brás, em São Miguel. Neste ensaio contaram com a cedência de uma embarcação por parte do Governo Regional, bem como com a monitorização laboratorial dos testes, através das análises realizadas por uma equipa especializada da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa - que é, aliás, a mesma que monitoriza a qualidade da água das lagoas de São Miguel.

Os resultados foram animadores: o mecanismo mostrou ser capaz de limpar as lagoas de uma forma fácil e rápida, remover e reduzir significativamente a concentração de microalgas e cianobactérias nas várias camadas de água, melhorando a qualida- de química e ecológica das águas. As virtudes do engenho passam unicamente pelo tratamento físico, sem recurso a produtos químicos.

A eutrofização é provocada pela concentração de nutrientes e de matéria orgânica no meio aquático, daí resultando proliferação de algas verdes e cianobactérias que geram desequilíbrio ecológico. No caso das microalgas que se desenvolvem nas lagoas dos Açores, entre as quais a das Furnas, esse crescimento é favorecido pelas boas condições de temperatura e luminosidade e, em particular, pelos nutrientes (adubagens e fertilizantes) que são arrastados para as suas águas, provenientes de explorações agro-pecuárias situadas na respectiva bacia hidrográfica.

A nível mundial, encontram-se eutrofizados 53% dos lagos na Europa, 48% na América do Norte, 41% na América do Sul e 54% na Ásia. É por isso que os dois empreendedores consideram que o seu invento pode ser aproveitado para ajudar a devolver a pureza ambiental às lagoas, como pode ser ainda uma mais-valia económica por via da sua exportação para países com o mesmo problema.

Este projecto da Algicel decorreu de um outro de investigação, feito em colaboração com o departamento de Biologia da Universidade dos Açores, que se prende com a criação de uma unidade--piloto, na Quinta de São Gonçalo, em Ponta Delgada, para a produção de microalgas (sobretudo a astaxantina, com propriedades antioxidantes) destinadas às indústrias farmacêutica, alimentar e de biocombustíveis. Trata-se de um novo negócio, em franca expansão no mundo. Em 2011, a Algicel pretende construir uma unidade industrial em São Miguel para a produção de dez toneladas de biomassa por ano.

DN
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 17, 2010, 08:31:12 pm
Vinho: Investigadores portugueses vencem prémio nos EUA


O projeto vinícola VinePAT, desenvolvido nas universidades do Minho e Católica e no Laboratório Nacional de Energia e Geologia, venceu o concurso "Cockrell School of Engineering Championship", realizado na Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos.

Fonte da Universidade do Minho adiantou hoje que o VinePAT "é um sistema de recolha e análise de dados, baseado em técnicas de espectroscopia e Tecnologia Analítica de Processo (PAT), que permite aos viticultores controlar a qualidade das uvas que produzem".

Permite-lhes ainda "decidir sobre os tratamentos a aplicar na fase de maturação das uvas, bem como a altura ótima para a vindima".

A equipa premiada no concurso «Idea to Product (I2P) Global Competition», representando a COTEC Portugal no evento, integrou os investigadores Rui Martins (Departamento de Biologia da Universidade do Minho) e César Ferreira (Universidade Católica) e os estudantes de MBA João Ferreira e Joaquim Valente (EGP - University of Porto Business School).

Segundo a UMinho, "o sistema envolve um dispositivo portátil que recolhe múltiplos parâmetros e, em tempo real e de forma não invasiva, fornece numa plataforma online, a informação rápida e suficiente para o viticultor. Ou seja, o método é uma espécie de raios X químico à uva ou a impressão digital desta".

A competição I2P Global 2010 juntou 18 equipas de oito países, de escolas como a Penn State University, Georgia Institute of Technology, University of Illinois, Stockholm School of Entrepreneurship e Aachen University, entre outras.

Foi a primeira vez que um projeto representante do Programa COHiTEC, da COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação venceu esta prova de prestígio mundial, após dois segundos lugares (2009, 2008) e um terceiro lugar (2007).

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 01, 2010, 05:31:08 pm
Português o melhor jovem investigador da Europa, Médio Oriente e África


O português João Barros foi este ano o distinguido com o Prémio Jovem Investigador para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA), atribuído pela Sociedade das Telecomunicações (ComSoc) do Institute of Electrical and Electronics Engineers, Inc. (IEEE), uma organização sem fins lucrativos, líder a nível mundial para o avanço da tecnologia, que conta com mais de 375 mil membros em mais de 150 países espalhados pelo mundo.

Este galardão, que premeia cientistas com idade até 35 anos com grande actividade em publicações e conferências realizadas por esta sociedade nos últimos três anos, será entregue ao professor associado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) em Junho de 2011 na Conferência Internacional de Comunicações (ICC) do IEEE em Quioto, no Japão.

João Barros encara esta distinção como “uma grande honra”, na medida em que reflecte o reconhecimento internacional dos resultados obtidos pela sua equipa em Portugal, “na voz da principal organização científica que opera na área das telecomunicações”.

Aos 34 anos, João Barros é docente da FEUP e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), director nacional do programa Carnegie Mellon Portugal e responsável pela delegação do Instituto de Telecomunicações (IT) no Porto.

Como investigador, o seu trabalho é reconhecido internacionalmente pela investigação em áreas relevantes para a internet do futuro, em particular a segurança de redes sem fios, as redes distribuídas de sensores e os protocolos de comunicação com base em codificação em rede.

Através da aplicação de princípios fundamentais da teoria da informação, o grupo de investigação que João Barros lidera na FEUP e no IT tem encontrado novas formas de comunicação segura e eficiente em ambientes altamente dinâmicos, caracterizado pela mobilidade dos utilizadores e a instabilidade dos canais de comunicação.

Actualmente, a investigação deste cientista debruça-se sobre as redes veiculares como elementos fundamentais nos sistemas de transporte inteligente. Em conjunto com investigadores do Departamento de Ciências de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, da Universidade de Aveiro, do MIT e da Carnegie Mellon University, João Barros está a investigar como é que carros, autocarros e outros veículos podem ser usados como instrumentos de recepção, processamento e transmissão de informação.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: HSMW em Dezembro 01, 2010, 06:06:42 pm
E para a próxima semana é o EuroSkills no pavilhão da FIL:
http://www.euroskills2010.pt/
http://www.euroskills2010.pt/Home/tabid/39/language/pt-PT/Default.aspx
Aqui fica com o programa de actividades.
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: PCartCast em Dezembro 02, 2010, 05:29:05 pm
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Castelo Branco testa vaivém espacial
O Laboratório de Ensaios Termodinâmicos (Labet), situado em Castelo Branco, está a testar os componentes do primeiro vaivém espacial da Agência Espacial Europeia. Depois de uma parte do corpo do aparelho, o laboratório prepara-se para testar o nariz da nave.

Por: João Carrega
18 de Junho de 2009 às 15:10h

Considerado o mais avançado da Europa, o Laboratório de Ensaios Termodinâmicos (Labet), pertencente ao Instituto de Soldadura e Qualidade, dirigido por Telmo Nobre, foi o primeiro a nível mundial a desenvolver testes do revestimento térmico da nave espacial que está em desenvolvimento pela Agência Espacial Europeia. Os trabalhos decorreram nas instalações do Labet em Castelo Branco, paredes meias com o Reconquista, na Zona Industrial.

Os testes realizados recentemente foram feitos a uma parte do corpo da nave espacial. Para que isso fosse feito, Telmo Nobre e a sua equipa "desenvolveram um equipamento especial e um método de ensaio inovador, bem mais completo do que aquele que é utilizado na NASA. Além do estudo das temperaturas, fizemos também um estudo das tensões e deslocamento, com aplicação de cargas", explica aquele responsável.

O ensaio feito em Castelo Branco simulou 50 lançamentos da nave no espaço e 50 reentradas na atmosfera. Os resultados foram positivos. "Em termos térmicos verificámos que a estrutura que será utilizada na nave correspondeu muito bem. Com uma temperatura de 1000º (mil graus) no exterior, verificámos que o seu interior não ultrapassava os 34 ou 35º. Já ao nível mecânico há melhorias a fazer. A este nível, os testes que aqui fizemos acabaram por comprovar algumas desconfianças do próprio construtor", explica Telmo Nobre.

Para realizar os testes em Portugal o Labet apresentou uma proposta a qual foi aceite. "Comprámos novos equipamentos e os construtores - os italianos da Thales Alenia - ficaram satisfeitos com os trabalhos realizados em Castelo Branco, pelo que tudo indica que iremos ficar parceiros dessa empresa até à construção final do vaivém", adianta.

Novos testes

De acordo com Telmo Nobre para este ano estão previstos novos testes, agora ao nariz da nave. Aquele responsável mostra-se entusiasmado com os resultados obtidos e com o reconhecimento internacional que o laboratório de Castelo Branco tem.

Ao que tudo indica a nave espacial europeia deverá fazer o primeiro voo não tripulado em 2013 ou 2014, sendo o ano de 2017 uma previsão para o início dos voos tripulados. Durante a construção da nave, o Labet vai ter um papel importante no teste da estrutura do vaivém.

O reconhecimento do Laboratório instalado em Castelo Branco surge do trabalho desenvolvido pelos técnicos do Labet sob a coordenação de Telmo Nobre. Aquele responsável é, nesta área, uma referência internacional, desempenhando o cargo de presidente do Grupo WP11 - divisão de Transportes Terrestres das Nações Unidas.

http://www.reconquista.pt/noticia.asp?i ... on=noticia (http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=184&id=14529&idSeccao=1886&Action=noticia)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: PCartCast em Dezembro 02, 2010, 05:34:23 pm
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Espécies descobertas

"É absolutamente fascinante." É desta forma que a bióloga Sofia Reboleira descreve a descoberta que fez do pseudo-escorpião, considerado "uma relíquia" por ser um dos exemplares "mais modificados ao longo de milhões de anos, em que se adaptaram para viver debaixo da terra".

Sem antecessores vivos à superfície, o pseudo--escorpião, de cerca de 2 centímetros, só existe nas grutas do Algarve e é apontado como "um gigante", já que o tamanho destes animais oscila, normalmente, entre 1 e 5 milímetros.

Porém, não foi só nas grutas algarvias que Sofia Reboleira descobriu novas espécies. Também nas grutas do Montejunto, Cadaval, foi descoberta uma nova espécie de escaravelho cavernícola. "Vive exclusivamente ali, é despigmentado e tem os olhos muito reduzidos", descreve a cientista, sublinhando a raridade do escaravelho, cuja sobrevivência depende da matéria orgânica arrastada pelas águas para o subsolo e para o qual "a poluição e destruição de grutas significa perigo de extinção".

A descoberta das duas espécies ocorreu durante o trabalho de campo no âmbito do doutoramento de Sofia Reboleira, orientado por Fernando Gonçalves (do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro) e Pedro Oromí (Univ. La Laguna, Tenerife, Espanha).

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... escobertas (http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/lazer/ciencia/tecnologia/especies-descobertas)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Vicente de Lisboa em Dezembro 02, 2010, 05:45:54 pm
Citação de: "PCartCast"
Castelo Branco testa vaivém espacial
Oi? Isso é uma granda noticia, mas... Não foi cancelado (http://http)?  :|
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: PCartCast em Dezembro 02, 2010, 06:12:51 pm
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Citação de: "PCartCast"
Castelo Branco testa vaivém espacial
Oi? Isso é uma granda noticia, mas... Não foi cancelado (http://http)?  :?

Eles tiveram um incêndio nas instalações em Setembro passado, neste artigo vem a dizer que os projectos para a ESA em princípio estão salvaguardados.
http://www.reconquista.pt/noticia.asp?i ... on=noticia (http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=248&id=23307&idSeccao=2738&Action=noticia)

Por isso parece que ainda está activo :).
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 24, 2011, 10:23:05 pm
A primeira bateria de papel é portuguesa


Uma equipa de investigação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa desenvolveu a primeira bateria de papel. A tecnologia armazena energia a partir do vapor de água existente no ar e pode servir para alimentar telemóveis e outros dispositivos electrónicos como tablets ou consolas.

O grupo, liderado por Elvira Fortunato e Rodrigo Martins, criou estas baterias, nos laboratórios do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat), a partir de um vulgar papel de escrita e para a energia ser armazenada automaticamente com o vapor basta que, no local, a humidade relativa seja superior a 40 por cento.

Os cientistas inventaram também as primeiras biobaterias, que são carregadas pelos fluidos do corpo humano, como suor e plasma sanguíneo, e que se destinam a dispositivos como pacemakers.

Elvira Fortunato foi a vencedora do maior prémio dado a um investigador português - o Prémio European Research Council 2008 - e, com a sua equipa, já tinham sido a responsável pela descoberta do transístor de papel. A equipa do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat), dirigida por esta cientista, recebeu 2,5 milhões de euros.

A equipa do Cenimat, dirigida por esta cientista, recebeu 2,5 milhões de euros. Elvira Fortunato foi ainda escolhida pela Direcção de Ciência Hoje para receber o Prémio Seeds of Science na categoria «Engenharia e Tecnologia», em 2008, que distingue a cientista devido ao seu trabalho como co-coordenadora da equipa que produziu pela primeira vez um transístor que integra uma camada de papel na sua estrutura.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 27, 2011, 12:46:52 pm
FEUP cria cadeira de rodas inteligente


A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) divulgou hoje a criação de uma plataforma que permite transformar qualquer cadeira de rodas elétrica numa cadeira de rodas inteligente capaz de ser comandada por voz e por sensores.

O invento chama-se "IntellWheels" e é capaz de se desviar sozinho dos obstáculos, planear tarefas, comunicar com outros dispositivos, além de permitir ao paciente selecionar o seu modo preferido de comando da cadeira de Rodas.

O protótipo, desenvolvido por um grupo de docentes da FEUP que investigam no Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores (LIACC) e no INESC Porto, resulta de um projeto cujo objetivo era transformar uma cadeira de rodas comercial num equipamento inteligente, de custos reduzidos e com poucas alterações do ponto de vista ergonómico.

Iniciado em 2006, o projecto permitirá, de acordo com o comunicado da FEUP, «oferecer uma maior autonomia e qualidade de vida aos cidadãos de mobilidade reduzida, podendo vir a ser comercializado em breve».

O «IntellWheels» também prevê a realização de uma recolha alargada de dados e a realização de um vasto conjunto de experiências, utilizando pacientes reais, de modo a validar completamente todas as metodologias desenvolvidas.

Luís Paulo Reis, docente da FEUP e coordenador do projecto, admitiu em comunicado que a conclusão da investigação realizada e a validação da plataforma, protótipos e simulador vai possibilitar, a médio prazo, «transformar as cadeiras de rodas inteligentes em produtos comerciais, com elevadas capacidades no auxílio a idosos e outros indivíduos com graves deficiências motoras».

Para além da FEUP, do LIACC e INESC Porto, juntaram-se recentemente ao projecto três novos parceiros: Universidade de Aveiro (UA), Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Porto (ESTSP/IPP) e a Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC).

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 14, 2011, 10:46:47 pm
Software informático capaz de reduzir em cinco milhões de toneladas as emissões de CO2 por ano desenvolvido por investigadores portugueses


Dois investigadores portugueses desenvolveram um software que reduz drasticamente o consumo de energia eléctrica dos computadores e que se fosse aplicado à escala mundial evitaria a emissão de cinco milhões de toneladas de CO2 na atmosfera por ano.

A descoberta, a que Carlos Reis e Jorge Pacheco deram o nome de «SPIRIT», tem como objectivo reduzir o consumo de energia eléctrica e as emissões de CO2 associadas a este consumo por “infra-estruturas de computação de média e grande escala”. Por isso mesmo, não se aplica a utilizadores domésticos, com computadores isolados, disse Carlos Reis.

As chamadas “infra-estruturas de computação de grande escala” são instalações de tipo industrial espalhadas pelo mundo que estão ao serviço de grandes companhias como a Google, a Microsoft e o Facebook.

Neste tipo de empresas ou entidades, os diferentes computadores, que podem ir de algumas centenas até às dezenas de milhar, estão ligados entre si através de uma rede de comunicação privada, uma intranet.

As placas de rede destes computadores possuem uma funcionalidade que permite aos computadores que estão num estado dormente, “acordar” quando recebem pela rede o sinal apropriado, explicou o investigador.

“O SPIRIT é um software que é executado no computador-mãe desta rede. A sua função é apenas decidir sobre o estado de vigília de todos os computadores. Se um computador está desligado e precisa de ser ligado então o SPIRIT envia pela rede o sinal apropriado e acorda-o. Por oposição se está ligado e não é preciso, o SPIRIT desliga-o”, especificou Carlos Reis.

Benefícios de ordem económica

Em termos de benefícios, podem ser apontados os de ordem económica, como a redução do consumo de electricidade e, consequentemente, do custo de operação destas infra-estruturas, e os ambientais. Carlos Reis refere testes feitos durante um ano na Universidade de Lisboa com apenas 200 processadores e em que foi conseguida uma redução no consumo de electricidade equivalente a uma redução de emissões de 5 toneladas de CO2, um gás com efeito de estufa, reconhecido como o principal responsável pelas alterações climáticas.

A partir daqui os investigadores calcularam a poupança energética e ambiental possível a nível mundial com a utilização deste software. “Se o SPIRIT ou um software equivalente fosse adoptado em infra-estruturas de computação em todo o mundo, a poupança seria no mínimo, e por ano, igual à energia produzida por uma central nuclear, o que equivale a não libertar na atmosfera cinco milhões de toneladas de CO2 por ano”, afirmou Carlos Reis.

Actualmente, as de computação de média e grande escala são já responsáveis por um por cento de todas as emissões de CO2, metade das emissões de toda a indústria de aviação, referiu o investigador, salientando porém que “este número está a crescer a 16 por cento ao ano”.

A descoberta foi publicada no final do ano passado na revista da especialidade «Minimizing CO2 Emissions in a Computing World».

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Get_It em Fevereiro 15, 2011, 03:10:32 am
Citar
Se o SPIRIT ou um software equivalente fosse adoptado em infra-estruturas de computação em todo o mundo (...)
Se? Apenas digo isto: parabéns por terem reinventado a roda.

Cumprimentos,
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 16, 2011, 04:43:47 pm
Robótica: Grupo criado no Porto vai exportar tecnologia


A exportação de tecnologia na área da automação para mercados em forte expansão, como o Brasil, é um dos eixos da estratégia da maior unidade de robótica do Norte do país que hoje foi formalmente constituída no Porto.

A fusão entre os grupos de robótica do INESC Porto e do ISEP partiu de um movimento de bases iniciado pelos próprios investigadores, cujos objetivos passam por otimizar recursos, incrementar massa crítica e sinergias e fortalecer a capacidade científica e tecnológica de ambas as instituições.

A partir de agora vai ser possível aumentar e melhorar as actividades de transferência e de comercialização de tecnologia portuguesa para mercados em forte expansão.

Mesmo no contexto nacional, esta Unidade de Robótica vai reunir novas competências necessárias para dar resposta às necessidades da economia do mar (segurança marítima, indústria naval, náutica de recreio e pesca, conservação e transformação do pescado) e para desenvolver I&D com aplicação nas tecnologias de produção automatizadas para o mercado dos equipamentos industriais.

É sobre estes três eixos que assenta a estratégia da nova Unidade de Robótica, que reúne 42 investigadores do INESC Porto (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto) e do ISEP (Instituto Superior de Engenharia do Porto).

Em declarações à Lusa, Vladimir Miranda, diretor do INESC, congratulou-se com este exemplo de “união” que as duas instituições estão a dar ao país.

“Ao constituirmos este acordo, uma ponte entre o sistema politécnico e universitário, queremos dar exemplo de que a união de forças e a cooperação valem muito mais do que discussões estéreis sobre o ‘pedigree’ de cada um”, sustentou.

Também o presidente do ISEP, João Rocha, considerou que o memorando de entendimento que hoje foi assinado “resulta da constatação de que é possível estabelecer sinergias entre actividades similares, criando assim grupos com massa crítica suficiente para poderem concorrer quer do ponto de vista científico que da criação de valor através da transferência da tecnologia para o mercado empresarial”.

“Quer o INESC quer o ISEP tem desenvolvido actividades nomeadamente na área da robótica, actividades, essas, que, sendo complementares, serão potenciadas por um grupo que será agora muito maior e terá agora capacidade significativamente superior”, acrescentou.

Na cerimónia de assinatura do acordo entre as duas entidades estiveram expostos vários projetos e protótipos na área da robótica. Entre eles, estava o “TRIMARES”, um submarino robô capaz de inspecionar estruturas de barragens e o assoreamento das bacias com grau de precisão na ordem dos centímetros e em tempo real.

Este submarino robô, de tecnologia INESC Porto, vai ser utilizado no primeiro trabalho conjunto de consultoria internacional que o novo grupo de robótica se prepara para executar no Brasil.

“O projeto não se extingue no robô, um dos objetivos passa precisamente pela criação de uma empresa spin-of para prestar esses serviços de inspeção e verificação de estruturas de barragens e rios”, sustentou Vladimiro Miranda.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 28, 2011, 07:10:23 pm
Portugueses desenvolvem «mala inteligente»


Um consórcio português de quatro empresas e duas entidades do sistema científico e tecnológico desenvolveu uma «mala inteligente», dotada de um sistema inovador de localização, que promete acabar com o pesadelo das bagagens perdidas nos aeroportos.

Desenvolvido pela ANA - Aeroportos de Portugal, SETSA - Sociedade de Engenharia e Transformação, Critical Software, Tecmic - Tecnologias de Microeletrónica, Inov – Inesc Inovação e PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, o projeto “Mala Segura” recorre às tecnologias RFID (‘radio frequency identificator’), WSN (‘wireless sensor network’) e GPS/GSM (‘global positioning system’) para garantir a localização e rastreamento de malas “em permanência e a nível global, tanto em ambientes fechados como em espaços abertos”.

Segundo os promotores, que hoje apresentaram o projeto no Aeroporto do Porto, esta tecnologia pode ser usada quer no transporte aéreo, quer marítimo, ferroviário ou rodoviário, mas “a gestão aeroportuária pode significar 90 a 95 por cento do mercado”.

Em declarações à agência Lusa, Pedro Pereira, da SETSA (que integra o grupo Iberomoldes), garantiu que “a disponibilidade técnica dos parceiros [para lançar no mercado a nova tecnologia] é imediata”, dependendo a sua implantação, no caso do transporte aéreo, da autorização da IATA (International Air Transport Association).

Artur Arnedo, da ANA, revelou por sua vez à Lusa que o projeto vai ser apresentado na próxima reunião anual do ‘baggage working group’ da IATA, a 22 e 23 de março, “e basta que esta diga ‘ok’ que é já um fator muito relevante para as empresas de malas as começarem a fabricar”.

Resultante de um investimento de 2,5 milhões de euros, 1,5 milhões dos quais cofinanciados pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), o projeto foi desenvolvido ao longo de 30 meses, propondo-se “inverter a tendência de crescimento do número de malas ‘mishandled’ (extraviadas) por passageiro, principalmente no setor da aviação civil”.

Em declarações à agência Lusa, Pedro Pereira, da SETSA (que integra o grupo Iberomoldes), garantiu que “a disponibilidade técnica dos parceiros [para lançar no mercado a nova tecnologia] é imediata”, dependendo a sua implantação, no caso do transporte aéreo, da autorização da IATA (International Air Transport Association).

Artur Arnedo, da ANA, revelou por sua vez à Lusa que o projeto vai ser apresentado na próxima reunião anual do ‘baggage working group’ da IATA, a 22 e 23 de março, “e basta que esta diga ‘ok’ que é já um fator muito relevante para as empresas de malas as começarem a fabricar”.

Resultante de um investimento de 2,5 milhões de euros, 1,5 milhões dos quais cofinanciados pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), o projeto foi desenvolvido ao longo de 30 meses, propondo-se “inverter a tendência de crescimento do número de malas ‘mishandled’ (extraviadas) por passageiro, principalmente no setor da aviação civil”.

Já para o utilizador, uma mala equipada com este sistema pode ter um custo final “25, 30 ou 40 por cento” superior ao atual.

Em alternativa, pode optar-se pela aquisição de uma etiqueta com sistema RFID adaptável a qualquer mala.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 03, 2011, 10:30:43 pm
Criado sistema que pode evitar tragédias como de Entre-os-Rios


Um grupo de investigadores do Instituto de Telecomunicações (IT), na Universidade de Aveiro, desenvolveu um sistema para monitorizar remotamente e em tempo real a integridade de obras de arte rodoviárias, que poderia ter evitado a tragédia de Entre-os-Rios.

"Este sistema permite avaliar com antecedência se algo está a correr mal numa determinada infraestrutura", disse à Lusa o coordenador do projeto, Rogério Nogueira, adiantando que com esta solução teria sido possível evitar a tragédia provocada pela queda da ponte de Entre-os-rios, que roubou a vida a 59 pessoas, em 2001.

O projecto, utilizando a tecnologia de sensores de fibra ótica, prevê a colocação de vários sensores de deformação, aceleração e temperatura, em pontos críticos das estruturas a estudar, que enviam os dados para um sistema central.

"Desta forma, é possível analisar em tempo real a integridade da estrutura e disparar alarmes em situações de risco", explicou o investigador, adiantando que o sistema é desenhado à medida e é alimentado com energia solar.

Segundo Rogério Nogueira, este sistema apresenta várias vantagens relativamente à forma tradicional de inspeção de uma obra de arte, que é a ida de um técnico ao local, periodicamente, para avaliar a estrutura.

"Neste caso, temos um processo que monitoriza todos os dias e envia os dados remotamente. Basta um sistema central que pode monitorizar várias obras de arte em simultâneo", justificou.

O investigador realça ainda que o sistema desenvolvido no IT pode ser usado em obras de arte antigas e servir também para monitorizar edifícios, por exemplo, por causa da questão das derrocadas.

"Já fizemos um trabalho numa igreja centenária da Misericórdia de Aveiro para registar a evolução das deformações num conjunto de pontos selecionados do arco-cruzeiro da Igreja", adiantou.

Esta solução foi desenvolvida através de uma parceria com a empresa JustBit e em colaboração com a Estradas de Portugal.

O sistema que está em fase de protótipo, vai começar a ser testado num viaduto na A17.

"Os sensores já estão instalados e o sistema vai começar a operar na próxima semana", adiantou Rogério Nogueira, acrescentando que, posteriormente, a solução será testada em outros cenários.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 04, 2011, 08:15:52 pm
Universidade de Évora aposta em carvão de cortiça


A Universidade de Évora foi pioneira na transformação de desperdícios de cortiça em carvão activado, material de carbono com inúmeras aplicações, e quer agora criar um produto específico, superior ao comercial, capaz de interessar o mercado.

“O mercado está cheio de materiais nesta área e a grande vantagem” para atrair a indústria “será encontrar um material que se distinga dos outros”, afiançou hoje à Agência Lusa Paulo Mourão, da academia alentejana.

O investigador do Centro de Química de Évora revelou ser essa a linha da investigação em curso. Criar um carvão activado a partir de cortiça com “um desempenho diferente do clássico em relação a determinado poluente ou molécula”.  “Aí, abre-se um nicho de mercado e é nisso que estamos a trabalhar, tentar encontrar um casamento mais forte e duradouro do que aquilo que existe entre um dos nossos carvões activados e determinada molécula”, disse.
O Centro de Química de Évora acumula, há mais de 20 anos, experiência na área dos carvões activados. Com a tese de doutoramento de Paulo Mourão, num trabalho entre 1998 e 2006, a academia foi pioneira na sua obtenção a partir da cortiça.

A cortiça juntou-se, então, ao leque de materiais precursores que, mediante processos químicos e físicos, origina carvão activado, como recursos naturais (subprodutos agrícolas), produtos sintéticos (polímeros) e resíduos industriais. Este material é capaz de absorver (reter substâncias de um fluído na sua superfície sólida e volume poroso acessível) moléculas diversas, poluentes ou outros compostos e tem aplicações cada vez mais variadas.

“As mais conhecidas”, realçou, são nos tratamentos das águas residuais ou potáveis, gases, zonas poluídas e também em células de combustível das pilhas de armazenamento de energia dos carros de nova geração. Mas está também presente no dia a dia, com aplicações “mais básicas”, nomeadamente para “combater” odores, como nas palmilhas dos sapatos e em vários tipos de filtros, do frigorífico ao exaustor ou ao ar condicionado.

A nível mundial, o consumo de carvão activado “chega hoje às megatoneladas”, mas, em Portugal, referiu Paulo Mourão, “não seriam viáveis” os custos da produção em larga escala do produto. Sobretudo recorrendo à cortiça, cujos desperdícios originam vários subprodutos comerciais.

“Será complicado, porque há outras fontes no mundo e a indústria não está localizada em Portugal”, disse. Mas a situação pode alterar-se, caso o investigador obtenha um produto muito específico e superior ao comercial, que seria rentável. Aí, assegurou, poderia despertar o interesse do agricultor que possui uma área de montado, abundante no Alentejo, e até o “apetite” da indústria da cortiça, oferecendo-lhe um novo encaminhamento para os desperdícios.

“Estamos a trabalhar nessas áreas, vamos testando os nossos materiais. Em determinadas condições, parece-nos que será possível preparar materiais com características acima das normais”, limitou-se a desvelar, para já, Paulo Mourão.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Upham em Abril 05, 2011, 06:53:06 pm
Boa tarde!

Este artigo recorda-me que quando comecei a trabalhar à quase 30 anos (numa empresa metalurgica) as máquinas industriais eram instaladas em cima de sapatas amortecedoras de vibrações cuja composição (tipo sanduiche, com camadas de vários materiais) incluia cortiça.  :wink:

Cumprimentos
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 05, 2011, 10:05:55 pm
IATA impressionada com a «mala inteligente» portuguesa


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.thelowcosttraveller.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2010%2F10%2FIATA-Applauds-Aviation-Industry-on-Climate-Change-Efforts-10-10.jpg&hash=3ff9d4d61a5d0f1c1e0e4258a97002d5)

O consórcio português "Mala Segura", que desenvolveu uma "mala inteligente" com um sistema inovador de localização, apresenta em Outubro à Associação Mundial de Transporte Aéreo (IATA) uma solução desenvolvida do projecto que espera vir a ser implementada mundialmente.
Segundo adiantou à agência Lusa Bruno Pereira da Silva, da comissão executiva do consórcio, a IATA ficou "impressionada com a 'mala inteligente' portuguesa" - apresentada em finais de Março na reunião anual da IATA Baggage Working Group - e "deu sinal positivo para a apresentação de um plano de estudo alargado na próxima reunião, a realizar em Outubro".

Conforme explicou, o projecto português "foi apresentado como sendo uma nova visão da implementação de RFID ['radio frequency identificator'] em bagagens", numa altura em que a IATA equaciona "abandonar formalmente a tendência de generalização de RFID nas bagagens no sector da aviação, devido aos custos elevados inerentes à solução de etiqueta RFID descartável".

Segundo destaca, a tecnologia "representou uma surpresa e admiração para as companhias aéreas e para os aeroportos mundiais, dada a inovação apresentada mas, principalmente, o seu estado avançado de implementação".

Neste sentido, a IATA propôs ao consórcio nacional que, na próxima reunião da 'Baggage Working Group', apresentasse "um plano de estudo alargado da solução", envolvendo já a participação da indústria das malas e das companhias aéreas.

Conforme salienta Bruno Pereira da Silva, o 'Mala Segura' permitiu "que a IATA não abandonasse o projecto de generalização de RFID nas bagagens, prolongando-se o seu estudo de viabilidade".

O projecto da "mala inteligente" foi desenvolvido pela ANA (Aeroportos de Portugal), SETSA (Sociedade de Engenharia e Transformação), Critical Software, Tecmic (Tecnologias de Microeletrónica), Inov -- Inesc Inovação e PIEP (Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros) e recorre às tecnologias RFID, WSN ('wireless sensor network') e GPS/GSM ('global positioning system') para garantir a localização e rastreamento de malas "em permanência e a nível global, tanto em ambientes fechados como em espaços abertos".

O grande objectivo é evitar o extravio das malas nos aeroportos, segmento que pode significar 90 a 95 por cento do mercado, mas a tecnologia pode ser usada também no transporte marítimo, ferroviário ou rodoviário.

O projecto implicou um investimento de 2,5 milhões de euros, 1,5 milhões dos quais cofinanciados pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), e foi desenvolvido ao longo de 30 meses.

Segundo dados dos promotores, em 2009 ter-se-ão extraviado 10 mil bagagens por dia nos aeroportos da União Europeia e 90 mil a nível mundial, o que significa 600 mil por semana e três milhões por mês.

A tecnologia do 'Mala Segura' consiste "numa espécie de etiqueta embutida nas paredes da mala, contendo informação padronizada sobre o passageiro", aliando as tecnologias WSN e GPS/GSM à já utilizada RFID, para "tornar o sistema menos sensível à ocorrência de erros".

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 19, 2011, 08:53:30 pm
Empresário de Boticas criou método de esterilização inovador


Um empreendedor de Boticas, município próximo de Chaves (Trás-os-Montes), Hélder Gonçalves, criou um método de esterilização de utensílios hospitalares inovador e suscitou o interesse de uma multinacional israelita que comprou a máquina e vai manter emprego qualificado no concelho.

O empresário, a trabalhar na área de esterilização há mais de 20 anos, deixou Lisboa e “rumou” a Boticas, terra dos pais, onde criou uma empresa que distribuía equipamentos de esterilização e desinfecção.

Contudo, novas regras “políticas” nos hospitais e algumas alterações nos concursos públicos fez com que a empresa perdesse clientes. Por isso, o empresário decidiu tirar um curso na Coreia do Sul onde recebeu “um certificado de estupidez” porque tudo que aprendeu estava “errado”.

De regresso a Portugal pôs “mãos à obra” e criou uma máquina esterilizadora com peróxido de hidrogénio, patenteou o processo de esterilização e registou a marca. Algumas das máquinas esterilizadoras foram vendidas para os Estados Unidos, Israel, Índia, Indonésia, Itália, Geórgia e Peru. Mas, “em Portugal ninguém as quer, os hospitais não têm interesse nos equipamentos nacionais”, frisou Hélder Gonçalves.

A máquina – realçou – tem custos de manutenção mais baixos do que as concorrentes. “Mas, perco os concursos de forma aberrante”, lamentou. Em Portugal, Hélder Gonçalves só conseguiu vender duas máquinas esterilizadoras: uma para o Hospital de Mirandela e outra para a Maternidade de Coimbra. Aliás, devido à “falta de reconhecimento e apoio” por parte do Estado português, a empresa foi aglutinada pela multinacional israelita Tuttnauer. O processo de esterilização deixou de ser português e passou a ser israelita, mas “a tecnologia continua a ser portuguesa, a construção é que é feita em Israel”, garantiu Hélder Gonçalves.

Os empresários lutam para criar produtos com alta tecnologia em Portugal, mas “depois ninguém se interessa pelo que é nacional”, continuou. Uma das cláusulas do acordo com os israelitas, segundo contou o empresário, foi a criação da Tuttnauer Portugal, em Boticas, pelo que “será possível manter e criar mais postos de trabalho”. Assim, alguns componentes primários da máquina continuarão a ser fabricados em Portugal.

Além disso, a distribuição para Espanha, França, Itália, Alemanha, Síria e Irão também será feita a partir de Boticas. A multinacional frisou, “estima vender 20 máquinas anuais”. O próximo passo é “criar um centro de investigação, no concelho, em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) de Vila Real”.

“Existe um projecto conjunto relacionado com a criação de um novo processo de esterilização na área industrial”, revelou Hélder Gonçalves. O empreendedor arrecadou, em 2010, o prémio Inovação Transfronteiriço à Excelência Empresarial da Confederação Empresarial de Ourense.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: typhonman em Abril 22, 2011, 01:39:23 am
Citação de: "Lusitano89"
Empresário de Boticas criou método de esterilização inovador


Um empreendedor de Boticas, município próximo de Chaves (Trás-os-Montes), Hélder Gonçalves, criou um método de esterilização de utensílios hospitalares inovador e suscitou o interesse de uma multinacional israelita que comprou a máquina e vai manter emprego qualificado no concelho.

O empresário, a trabalhar na área de esterilização há mais de 20 anos, deixou Lisboa e “rumou” a Boticas, terra dos pais, onde criou uma empresa que distribuía equipamentos de esterilização e desinfecção.

Contudo, novas regras “políticas” nos hospitais e algumas alterações nos concursos públicos fez com que a empresa perdesse clientes. Por isso, o empresário decidiu tirar um curso na Coreia do Sul onde recebeu “um certificado de estupidez” porque tudo que aprendeu estava “errado”.

De regresso a Portugal pôs “mãos à obra” e criou uma máquina esterilizadora com peróxido de hidrogénio, patenteou o processo de esterilização e registou a marca. Algumas das máquinas esterilizadoras foram vendidas para os Estados Unidos, Israel, Índia, Indonésia, Itália, Geórgia e Peru. Mas, “em Portugal ninguém as quer, os hospitais não têm interesse nos equipamentos nacionais”, frisou Hélder Gonçalves.

A máquina – realçou – tem custos de manutenção mais baixos do que as concorrentes. “Mas, perco os concursos de forma aberrante”, lamentou. Em Portugal, Hélder Gonçalves só conseguiu vender duas máquinas esterilizadoras: uma para o Hospital de Mirandela e outra para a Maternidade de Coimbra. Aliás, devido à “falta de reconhecimento e apoio” por parte do Estado português, a empresa foi aglutinada pela multinacional israelita Tuttnauer. O processo de esterilização deixou de ser português e passou a ser israelita, mas “a tecnologia continua a ser portuguesa, a construção é que é feita em Israel”, garantiu Hélder Gonçalves.

Os empresários lutam para criar produtos com alta tecnologia em Portugal, mas “depois ninguém se interessa pelo que é nacional”, continuou. Uma das cláusulas do acordo com os israelitas, segundo contou o empresário, foi a criação da Tuttnauer Portugal, em Boticas, pelo que “será possível manter e criar mais postos de trabalho”. Assim, alguns componentes primários da máquina continuarão a ser fabricados em Portugal.

Além disso, a distribuição para Espanha, França, Itália, Alemanha, Síria e Irão também será feita a partir de Boticas. A multinacional frisou, “estima vender 20 máquinas anuais”. O próximo passo é “criar um centro de investigação, no concelho, em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) de Vila Real”.

“Existe um projecto conjunto relacionado com a criação de um novo processo de esterilização na área industrial”, revelou Hélder Gonçalves. O empreendedor arrecadou, em 2010, o prémio Inovação Transfronteiriço à Excelência Empresarial da Confederação Empresarial de Ourense.

Ciência Hoje

É vergonhoso que isto aconteça, é por isso que os "cérebros" saem lá para fora, assim como as grandes ideias, lá fora serve, aqui não....!!! :|
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Maio 15, 2011, 05:26:16 pm
Robô que detecta período fértil das porcas vence concurso de ideias da Universidade do Porto

 :arrow: http://tv.up.pt/videos/D9092GM4 (http://tv.up.pt/videos/D9092GM4)

Um robot que detecta o período fértil das porcas e confirma automaticamente a gestação três semanas após a inseminação é o projecto vencedor do concurso de ideias de negócio da Universidade do Porto (U.Porto) – que visa promover e gerar oportunidades para o aparecimento de propostas empresariais inéditas.

Idealizado por Rui Valpaços, o projecto vencedor, denominado “ScrofaTech”, apresenta como mais valia “garantir o sucesso na inseminação artificial” das porcas, uma vez que este robot tem uma câmara térmica para medir as diferenças de temperatura na vulva e dispõe de um “colete de prova”, que permite exercer pressão nos quadris do animal, simulando o varrasco (macho na cobrição).

O robot conta também com um ecógrafo inteligente sem fios para efectuar uma ecosonografia e verificar se o processo de inseminação foi bem-sucedido. O vídeo demonstrativo desta ideia de negócio, disponível online, refere que detectar o cio da porca no momento exacto “é um trabalho exaustivo”, sendo que “mesmo um trabalhador experiente tem dificuldade em saber precisamente qual o momento certo”.

Com a detecção exacta do cio, acrescenta, é possível aumentar a produtividade de leitões por ano e evitar “gastos desnecessários na alimentação” dos animais. Nesta 2.ª edição do concurso iUP25k, que este ano contou com a participação de centenas de grupos de pessoas, foi atribuído o segundo prémio ao projecto Scootzz, que consiste na produção e comercialização de scooters eléctricas, que assenta nas vertentes ecológica e redução de custos associados às deslocações nos meios urbanos.

LuSea é o nome do trabalho que venceu o terceiro prémio e “é uma ideia alicerçada no potencial biossintético de um grupo particular e muito diverso de microrganismos marinhos – as cianobactérias”.

Relativamente ao prémio do público, este recaiu sobre “InPhytro”, que “pretende recorrer a culturas in vitro/biorreactores como via de propagação e crescimento das plantas medicinais seleccionadas em condições totalmente controladas (luz, atmosfera, composição química do meio, etc.)”.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Maio 23, 2011, 09:57:18 pm
Universidade do Minho inova no tratamento do ar de interiores


Uma equipa da Universidade do Minho (UM) está a desenvolver um equipamento “pioneiro” que “melhora significativamente a qualidade do ar” no interior de edifícios e que permite poupança na factura energética além de ter “boas perspectivas de mercado”.

De acordo com a UM, três investigadores na área de engenharia estão a levar a cabo o desenvolvimento de um “dispositivo que tem acção sobre parâmetros microbiológicos, reduzindo a presença de bactérias, fungos ou legionella, entre outros” actuando também sobre os elementos físico-químicos, como dióxido de carbono, monóxido de carbono e ozono. “Acreditamos que o equipamento vai efectivamente tratar e purificar o ar; não é um mero aparelho de ventilação”, afirmou o investigador Rafael de Sousa.

A UM esclareceu que “a qualidade do ar interior é melhorada com a introdução de um sistema próprio de tratamento, que cumpre rigorosos parâmetros legais” e que “a diminuição da factura energética é conseguida graças a estudos em análise fluidodinâmica computacional (CFD), que baixam as potências necessárias”.

Outra vantagem deste dispositivo, adiantou a UM, é que devido “ao elevado número de doenças respiratórias e à crescente preocupação com a exposição a agentes tóxicos e patogénicos, a investigação tem boas expectativas de mercado”.

A equipa do projecto é constituída por três engenheiros: Ivan Abreu, mestrado em Engenharia Mecânica e que tem amplo trabalho em CFD na Fórmula 1 e em aviões de voo não tripulados, Rafael de Sousa, mestre em Engenharia Biomédica e bolseiro na TecMinho, e também Amaral Nunes, professor doutorado do Departamento de Engenharia Mecânica da UM.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Malagueta em Maio 26, 2011, 03:19:05 pm
A FiberSensing, empresa tecnológica portuguesa, integra o consórcio que ganhou o contrato para o fornecimento de sensores ópticos e unidades de medição optoelectrónicas ao ITER (International Fusion Energy Organization), revelou ao PME NEWS Rui Lousa, CEO da empresa.
 



 

O contrato assinado entre o consórcio constituído pela FiberSensing e a Smartec (empresa suíça do grupo Roctest) e o ITER visa assegurar "o fornecimento de um sistema de grande escala para a monitorização das bobinas supercondutoras do reactor de fusão nuclear ITER, bem como o desenvolvimento e qualificação de tecnologia-chave para o subsistema de monitorização e controlo da nova geração de reactores nucleares".

O ITER é um projecto científico cujo propósito é o "desenvolvimento de uma fonte de energia nova, limpa e sustentável, através da produção e comercialização da energia de fusão nuclear (o processo que ocorre no núcleo do Sol), procurando ser uma alternativa às convencionais fontes de dependência energética".

A fusão nuclear, ao que explica a FiberSensing, é um processo de produção de energia que consiste na fusão dos núcleos de dois átomos leves, como, por exemplo, o hidrogénio, o hélio, o deutério ou o trítio, para formarem elementos mais pesados, com redução da massa dos reagentes. A fusão nuclear é o processo responsável pela produção da energia do Sol e das outras estrelas. O Sol recorre à sua imensa massa e à força da gravidade para produzir as reacções de fusão. As principais vantagens deste processo, salienta a FiberSensing, são que a energia de fusão nuclear não emite partículas tóxicas para a atmosfera (ao contrário das energias fósseis), nem produz resíduos nucleares nocivos ao ser humano (ao contrário da energia nuclear actual).

Rui Lousa, CEO da empresa, salientou ao PME NEWS que "a participação neste projecto inovador à escala mundial e de grande dimensão científica é mais um reconhecimento objectivo da capacidade da tecnologia dos sensores de Bragg em fibra óptica, bem como uma demonstração cabal da capacidade das empresas portuguesas em competir com sucesso nos mercados internacionais."

A FiberSensing, fundada em 2004, é uma empresa tecnológica portuguesa, que se dedica ao desenvolvimento e produção de sistemas avançados de monitorização baseados em sensores de Bragg em fibra óptica. Entre os seus accionistas encontra-se a InovCapital e o INESC Porto - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto -, além do grupo de fundadores da empresa, investigadores do INESC Porto. Considerando a elevada sofisticação da tecnologia que fabrica, a empresa apostou na internacionalização, assumindo desde o início da sua actividade um posicionamento global, ao submeter com êxito vários projectos nacionais e internacionais ou através de parcerias com vários grupos internacionais de referência.

Actualmente, a FiberSensing opera a nível internacional com parceiros espalhados pelos quatro continentes e mais de 100 clientes em todo o mundo, maioritariamente nos EUA, Brasil, Espanha, Alemanha, Suíça, França, Grécia, Itália, Hungria, Taiwan e Colômbia.

Os principais mercados de actuação são os sistemas de monitorização para infra-estruturas de produção e distribuição de energia, as grandes obras de engenharia civil e geotécnica e as indústrias aeronáutica e espacial. Entre os projectos de maior referência recentemente desenvolvidos e participados pela Fibersensing destacam-se os contratos com a AIRBUS, com a ESA (Agência Espacial Europeia) e agora com o ITER.
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: nelson38899 em Junho 04, 2011, 10:26:27 am
Citar
Projecto Gradouro galardoado nos EUA

 

O projecto Gradouro, sediado no Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) e desenvolvido conjuntamente pelo Centro de Tecnologias Mecânicas e de Materiais (CT2M) e pelo Centro de Física da UMinho, foi novamente galardoado (ver anexo) no maior simpósio mundial de joalharia, o Santa Fe Symposium. A 25ª edição deste evento anual decorreu de 15 a 18 Maio em Albuquerque, New Mexico.

 

O Applied Engineering Award foi atribuído em reconhecimento do trabalho publicado pelo projecto Gradouro no que diz respeito a métodos que mostram os benefícios dos princípios da engenharia aplicados à indústria de joalharia. O prémio resulta da apresentação do trabalho “On the Use of an Induced Solidification Process Based on Mould Thermal Gradients to Reduce Casting Defects”. As técnicas demonstraram ser de extrema eficácia na qualidade dos produtos obtidos por fundição.

 

O prémio Honorary Ambassador of the Santa Fe Symposium on Jewelry Manufacturing Technology foi atribuído pela organização do simpósio e pelo sector de joalharia mundial, em reconhecimento do trabalho acumulado e apresentado pelo projecto Gradouro, no sentido de promover o evento, a educação e a cooperação entre os industriais joalheiros de todo o mundo.

 

Já em 2010 o projecto Gradouro tinha recebido o prémio Research Award, em virtude da apresentação do artigo “On the Use of an Incremental Casting Technique to Obtain Color Gradients in Jewelry Components”, relativo a uma tecnologia desenvolvida e patenteada no âmbito do projecto.

 

O Gradouro continua a ser considerado um dos projectos mais relevantes a nível mundial, na área da joalharia. É expectativa deste projecto que os resultados possam ser relevantes para os industriais portugueses de ourivesaria e joalharia no sentido da sua afirmação mundial.

 

Mais informações em: www.gradouro.dem.uminho.pt (http://www.gradouro.dem.uminho.pt).

Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Junho 14, 2011, 09:05:49 pm
Biomaterial português promete "rejuvenescer" a coluna


Um novo biomaterial desenvolvido por investigadores portugueses pode devolver qualidade de vida a milhões de pessoas em todo mundo que sofrem de uma das causas mais comuns de dores de costas: o desgaste dos discos intervertebrais - espécie de “amortecedores” entre as vértebras da coluna que distribuem as cargas e estão constantemente sobre pressão.

Embora já haja formas de reduzir os problemas provocados pelo desgaste destas estruturas – como fisioterapia, utilização de anti-inflamatórios, intervenções cirúrgicas para remoção do disco danificado ou fusão de vértebras -, não há nenhum tratamento com uma abordagem regenerativa, como a que é proposta num trabalho científico do grupo 3B's - Biomateriais, Biodegradáveis ​​e Biomiméticos-, da Universidade do Minho.

O disco intervertebral é uma estrutura que tende a desgastar-se ou a romper-se ao longo da vida, graças à sua desidratação, e cuja auto-reparação é muito difícil. É composto por duas partes: numa posição central está o núcleo polposo, que é formado por proteínas em estado gelatinoso e com grande quantidade de água, enquanto na parte exterior se encontra o anel fibroso, que tem grande resistência às cargas de torsão, inclinação e compressão.
“O nosso biomaterial é focado na regeneração do núcleo polposo” e pode ser “introduzido no disco através de uma cirurgia”, revelou ao Ciência Hoje Miguel Oliveira, um dos investigadores envolvidos neste trabalho, cujos resultados foram publicados no Journal of Tissue Engineering and Regenerative Medicine. De acordo com o cientista, quando o núcleo polposo perde água e o disco altura, ganha-se instabilidade mecânica, sendo que os nervos comprimem-se, o que induz dores. O hidrogel agora criado pode ser utilizado para aliviá-las, mas sobretudo, para reformar a parte degenerada e eliminar a lesão.

“Este material é formado a partir dos heteropolissacarídeos expelidos pela bactéria Pseudomonas elodea. Modificámos o polissacarídeo para ser injectado no disco e ajudar à sua regeneração. Com o tempo, o biomaterial vai sendo biodegradado e substituído pelas células que existem no núcleo”, explicou, acrescentando que o hidrogel “pode ser combinado com células dos pacientes, ajudando-as a produzir a matriz do tecido”.
A grande mais-valia desta alternativa consiste precisamente na sua “abordagem regenerativa”. Miguel Oliveira sublinhou que “mimetiza a estrutura de um disco normal e  tem propriedades mecânicas e fisicoquímicas iguais.  Além disso, a performance biológica do material é inovadora”. Actualmente já foram concluídos os ensaios in vitro e em modelos animais de pequeno porte. “Começámos agora ensaios pré-clínicos em animais de grande porte, como ovelhas. Ensaios em humanos deverão ser só daqui a três ou quatro anos”, esclareceu o investigador do grupo 3 B’s. “Até agora, o material tem-se demonstrado eficaz”, pelo que se adivinha a sua utilização clínica num futuro próximo, conclui.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Junho 15, 2011, 08:50:06 pm
Universidade de Coimbra cria tecnologia que desactiva dispositivos terroristas


Uma equipa de investigadores do Laboratório de Energética e Detónica (LEDAP) da Universidade de Coimbra (UC) acabou de ser premiada pelo desenvolvimento de uma tecnologia inovadora para a neutralização cirúrgica de dispositivos explosivos improvisados (bombas tipicamente utilizadas por terroristas).

Distinguidos durante o 6º Simpósio Europeu de Armas Não-Letais, que decorreu na Alemanha, o trabalho foi considerado o 3º mais importante da Europa nesta área por ter "menos efeitos colaterais do que as técnicas actuais", segundo avançou, ao Ciência Hoje, Luís Rodrigues, investigador do LEDAP envolvido no projecto.

Para funcionar, o dispositivo deverá ser colocado “o mais próximo possível” da bomba a neutralizar, mas “poderá ser transportado por um robô” e assim evitar o risco de possível perda de vidas humanas. A partir daí, “a desactivação já poderá ser feita remotamente”, continuou o cientista.

Os explosivos improvisados “são a principal causa de acidentes mortais entre os militares destacados em países de conflito, como o Afeganistão” e o recente método poderá ser “eficaz contra qualquer tecnologia, já que não existem bombas sofisticadas”, assegurou ainda Luís Rodrigues ao Ciência Hoje.

O trabalho de investigação assume particular importância para “equipas de desminagem e militares em cenários de guerra porque permite actuar de forma mais precisa e segura do que as tecnologias actualmente em uso”.

Segundo avançou em comunicado o líder do projecto, Igor Plaksin – que foi receber o prémio à Alemanha –, a distinção “premeia o esforço continuado de desenvolvimento e aperfeiçoamento da tecnologia ao longo dos últimos quatro anos”.

Para a esfera militar não-bélica

Este dispositivo cujo nome ainda não é conhecido, já sofreu diversas melhorais e em relação ao primeiro, por exemplo, o actualmente premiado tem apenas um quarto do tamanho. O objectivo final “é termos um aparelho pequeno, portátil e que reduza os danos a uma esfera de um a dois metros, ou seja, com uma destruição muito reduzida”, esclareceu Luís Rodrigues.

No culminar do projecto, “deverá sair um protótipo e, posteriormente, um modelo de produção para servir a esfera militar não bélica”, sustentou Luís Rodrigues. A equipa centra a sua investigação apenas em tecnologia de carácter não ofensiva.

O trabalho foi desenvolvido, igualmente, através da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial. O Laboratório de Energética e Detónica (LEDAP) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) é o único laboratório nacional de investigação e desenvolvimento (I&D) a trabalhar com explosivos.

O prémio foi atribuído pelo European Working Group on Non-Lethal Weapons, um grupo fundado em 1998 e que, além de Portugal, engloba investigadores e especialistas das forças policiais e militares da Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Rússia e Suíça, entre outros.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Junho 28, 2011, 08:37:00 pm
Tecnologia inovadora da UTAD permite pedir ajuda em segundos


Enviar um pedido de socorro por telemóvel para uma central de emergência pode tornar-se mais fácil e mais rápido graças ao projecto “SOS Phone”, desenvolvido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Esta tecnologia inovadora, cuja apresentação pública dar-se-á dia 2 de Julho no centro comercial Dolce Vita Douro, em Vila Real, consiste numa aplicação para smartphones que permite usar serviços de emergência sem recurso à voz e sem necessitar de realizar uma chamada telefónica.

De acordo com Benjamim Fonseca, professor do Departamento de Engenharias da UTAD que , em conjunto com o investigador Hugo Paredes e as alunas de Engenharia Biomédica Miriam Cabo e Tânia Pereira,  desenvolveu este software, a descrição de diversas ocorrências de emergência é muito simplificada com esta alternativa.

“O utilizador tem apenas que seleccionar com o dedo no ecrã táctil as várias opções relativas à situação que pretende descrever. Depois é gerada um SMS em código alfanumérico - mas que a aplicação torna legível para o utilizador – e enviada para a central de emergência, onde um software simples descodifica a mensagem e põe-na em linguagem corrente, para que o operador tenha logo acesso à situação reportada”, explicou ao Ciência Hoje.

Trata-se de uma aplicação que possibilita um relato muito rápido do ocorrido e que evita, assim o longo questionário que habitualmente caracteriza a chamada telefónica para um serviço de emergência e que agrega à  descrição da situação as coordenadas de localização do utilizador, de forma a facilitar uma mais rápida assistência. O protótipo desenvolvido pela UTAD, preparado inialmente apenas para ser utilizado no Windows Phone, mas que pode ser “facilmente adaptado para o iPhone ou para o sistema Android”, permite assim que todo o processo de pedido de ajuda possa ser concluído de forma muito rápida. Dependendo da situação a reportar,  poderá demorar entre alguns segundos e um ou dois minutos.
Benjamim Fonseca realçou que esta aplicação pode ser “particularmente útil para surdos”, visto que recorre apenas a pictografias que simbolizam os aspectos a relatar, mas também para “pessoas em estado de choque ou para idosos, que por vezes têm dificuldade em articular conversas e explicar as situações que pretendem descrever”.

Além disso, apresenta a mais-valia de ser sujeita a um registo do utilizador, para que o Sistema Nacional de Emergência saiba quem está a emitir o pedido de ajuda, “o que minimiza os falsos alarmes que muitas vezes ocorrem na linha do 112”, frisou o investigador da UTAD.
Para já, este sistema ainda não se encontra disponível para utilização pública, pois “tal vai depender das negociações encetadas com o Sistema Nacional de Emergência”, referiu Benjamim Fonseca, acrescentando que “este primeiro protótipo pretende apenas validar a sua aplicabilidade”. Contudo, durante o dia da sua apresentação, vão ser encenadas diversas situações de emergência por alunos da UTAD, sendo convidados os transeuntes a testarem a aplicação num telemóvel e a certificarem-se da sua utilidade.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 06, 2011, 11:42:35 pm
Próximo “rover” da ESA vai para Marte com tecnologia portuguesa


O próximo rover da Agência Espacial Europeia (ESA) a pousar em Marte vai ter tecnologia portuguesa. Desenvolvida por investigadores da Universidade de Coimbra e do Instituto Pedro Nunes, em parceria com a empresa Active Space Technologies, uma nova geração de aerogéis vai garantir o isolamento térmico do veículo.

Em conversa com o Ciência Hoje, Ricardo Patrício, responsável da Active Space Technologies, explica que este material se distingue dos demais aerogéis “devido à sua flexibilidade”.

O aerogel é um “material extremamente poroso e leve o que permite uma excelente performance técnica. É óptimo para aplicação espacial como isolante térmico de componentes electrónicos”, esclarece o investigador.

Os que estão agora a ser desenvolvido serão utilizados para manter uma gama de temperatura ideal para o bom funcionamento dos aparelhos electrónicos. “Principalmente para proteger do frio, visto que as temperaturas podem descer aos 40 graus negativos e os componentes electrónicos só funcionam até aos 20 negativos”, esclarece.

A grande vantagem do aerogel é a sua característica de flexibilidade, “muito importante para conter as vibrações de grande energia que vão acontecer durante o lançamento”.

Este projecto, iniciado em 2005, começou por ser uma proposta da Active Space Technologies ESA de estudo de mercado com o objectivo de perceber que tipo de aerosóis existia. “Deparamo-nos com esta lacuna no mercado e iniciámos o trabalho com a ESA para desenvolver a tecnologia”.

O segredo da flexibilidade do material está no uso de “um processo específico de secagem dos produtos à base de sílica que garante uma menor densidade e maior flexibilidade”.

Outras aplicações dos aerogéis

Além das aplicações na área das ciências espaciais, este material pode também ser aplicado em construção civil e ser utilizado para filtrar materiais pesados, como os hidrocarbonetos, por exemplo, para filtragem de derrames de petróleo no mar.

A aplicação na área da saúde é também uma das possibilidades. “Podemos criar um tipo de cápsulas para medicamentos que garantam a libertação controlada e segura de fármacos”.

“Temos um componente I&D bastante forte e estamos a estudar estas aplicações mas ainda internamente, a pensar em potenciais parceiros”.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 08, 2011, 11:08:00 pm
Universidade Católica do Porto identifica bactérias resistentes a antibióticos


A Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica no Porto acaba de detectar e identificar a existência de bactérias resistentes a antibióticos em água potável e em estações de tratamento de águas residuais domésticas. Das análises efectuadas nestes locais, a instituição concluiu que muitas bactérias, nomeadamente as que estão presentes em água da torneira, apesar de aparentemente inofensivas, podem ser portadoras de resistência a antibióticos. Este facto é explicado, em parte, pela célere evolução e adaptação das bactérias.

Nas análises efectuadas, a instituição está a analisar, por exemplo, a forma como o hospital – que se supõe ser uma das principais fontes de resistência a antibióticos – interage com o ambiente em termos de propagação dessas formas de resistência, nomeadamente pela água.

A investigação pretende verificar, ainda, se a água potável se assume como um portal de entrada ou se os esgotos representam uma via de contaminação ambiental. Os resultados possibilitarão o desenvolvimento de métodos para uma melhor monitorização e controlo das bactérias resistentes a antibióticos, nomeadamente no que se refere a efluentes hospitalares.

O estudo sobre a existência de bactérias resistentes a antibióticos presentes na água potável revela que, embora a desinfecção reduza a grande maioria das bactérias, estas podem desenvolver-se nas canalizações, sobretudo em períodos de maior estagnação, ou seja, de menor tiragem de água. De facto, as investigações realizadas mostram que algumas bactérias de origem ambiental, detectadas em água da torneira, podem apresentar níveis preocupantes de resistência a antibióticos frequentemente utilizados em situações clínicas.

Relativamente ao projecto de tratamento de águas residuais domésticas e disseminação de resistência a antibióticos, a ESB avaliou qual o papel das ETAR’s enquanto reservatórios ambientais propícios ao aparecimento de bactérias resistentes a antibióticos. Embora o tratamento dos esgotos seja satisfatório – e conduza à remoção de cerca de 99 por cento das bactérias presentes nos efluentes –, a libertação de resistentes a antibióticos para cursos de água naturais continua a ser uma realidade e deveria ser minimizada.

Neste caso, a inclusão de uma etapa de tratamento terciário, embora não elimine totalmente as bactérias resistentes a antibióticos, permitiria reduzir a carga bacteriana total. Apesar dos cuidados tomados, é importante salientar que os esgotos tratados são, muitas vezes, libertados para pequenos cursos de água naturais, o que contribuiu para a dispersão deste tipo de bactérias no ambiente. Neste caso, o uso destas águas para rega de produtos alimentares pode transportar tais bactérias para a cadeia alimentar humana.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 12, 2011, 10:00:58 pm
Projecto desenvolve tipo específico de vigilância inteligente


O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Investigação e Desenvolvimento em Lisboa, o Instituto Superior Técnico e o Instituto de Sistemas e Robótica estão a desenvolver um projecto que pretende automatizar parte do processo de controlo e manutenção operacional da rede de vigilância, permitindo a dedicação do supervisor humano apenas às intervenções mais críticas. A investigação, que iniciou em 2010 e será concluída em 2013, está a desenvolver e a implementar novas técnicas de planeamento e decisão que permitem a um sistema de vigilância inteligente lidar com ambientes dinâmicos e incertos, percepção limitada (devido a ângulos de visão limitados, oclusões, má luminosidade, etc.) e a gestão de múltiplos eventos relevantes.

O projecto intitulado ‘MAIS-S: Sistema Multiagente de Vigilância Inteligente’ abordará ainda a inclusão de robôs móveis como elementos activos da rede de vigilância. Robôs móveis podem complementar as capacidades de detecção da rede, por exemplo deslocando-se a locais que a rede fixa não tem capacidade de cobrir com suficiente definição. Um robô móvel pode ainda servir como substituto de elementos da rede que falhem.

Em entrevista ao Ciência Hoje, Francisco Melo, professor auxiliar do IST e investigador do INESC-ID, explica que “um sistema de vigilância, de um ponto de vista muito geral, pode ser entendido como uma rede de sensores ligados entre si que monitorizam um determinado ambiente, tendo como objectivo detectar eventos que requeiram actuação humana”.

Para além da aplicação na segurança de instalações como bancos ou casinos, em que os sensores são tipicamente câmaras, “há outros domínios onde os sistemas de vigilância desempenham um papel fundamental”. Exemplos disso são os “sistemas de detecção de incêndios em edifícios, em que os sensores podem incluir detectores de fumo e medidores de temperatura; sistemas de monitorização de integridade estrutural em edifícios/pontes, cujo objectivo é detectar fadiga nos materiais, etc”, descreve Francisco Melo, um dos principais investigadores do projecto.

Capacidade de resposta

Um sistema de vigilância inteligente, em que alguns dos sensores são montados em robots, permite que parte do processo associado à gestão e controlo do sistema possa ser feito automaticamente. Assim, é possível “dar à própria rede alguma autonomia em algumas tarefas, nomeadamente de manutenção da própria rede”, explica o investigador.

“A utilização de redes de vigilância inteligentes poderá ter um impacto significativo na melhoria da capacidade de resposta/intervenção em situações de crise, sobretudo em aplicações não explicitamente relacionadas com segurança”, assinala.

“O objectivo do projecto, mais do que desenvolver um tipo específico de rede de vigilância inteligente, é estudar técnicas de automatização que possam ser utilizadas em cenários diversos daquele abordado no âmbito do projecto. Por exemplo, a inspecção de edifícios ou pontes é feita periodicamente, em alturas pré-determinadas, por inspectores humanos. O desenvolvimento de redes de vigilância inteligentes que possam ser utilizadas para monitorizar estas estruturas nos intervalos que decorrem entre inspecções humanas pode permitir a detecção precoce de situações que podem ameaçar a integridade das estruturas e prevenir situações de colapso potencialmente dispendiosas tanto em custos materiais como humanos”, acrescenta.

O ‘MAIS-S: Sistema Multiagente de Vigilância Inteligente’ prevê ainda a implementação de um protótipo de rede inteligente nas instalações do Instituto de Sistemas e Robótica. Segundo Francisco Melo, “a instalação de um protótipo é fundamental para validar e testar num cenário minimamente real os frutos da investigação desenvolvida no âmbito do projecto. O facto de, no Instituto de Sistemas e Robótica, já existir uma rede com câmaras montadas facilita bastante o trabalho de implementação e teste do protótipo”.

Inovação científica

De um ponto de vista científico, a investigação aborda os problemas de escalabilidade dos sistemas de decisão multiagentes, permitindo a sua utilização em sistemas de grande dimensão. Aborda também questões de comunicação eficiente dentro da rede. Finalmente, inclui o desenvolvimento de novos algoritmos de visão por computador.

Como explica Francisco Melo, “o projecto está focado no desenvolvimento de modelos e técnicas automáticas/inteligentes de decisão em cenários multi-agente, isto é, cenários onde existem vários decisores que devem coordenar as suas acções de forma a atingirem um objectivo comum”. Segundo o cientista, “este tipo de modelos e técnicas têm assumido, nas últimas décadas, um papel fundamental na investigação em inteligência artificial e sistemas multiagente”.

Além da investigação formal em termos de modelos de decisão, as inovações na base da investigação incluem sensores móveis autónomos (que não necessitam de ser controlados manualmente), o que “deverá trazer uma flexibilidade significativa à rede, flexibilidade que não está presente na maioria dos sistemas de vigilância actuais”, afirma Francisco Melo.

O projecto ‘MAIS+S: Sistema Multiagente de Vigilância Inteligente’ é um dos 22 projectos de investigação desenvolvidos no âmbito do Programa Carnegie Mellon Portugal, que é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 30, 2011, 06:05:24 pm
Tecnologia portuguesa avaliada em estudo britânico


Uma tecnologia desenvolvida por investigadores portugueses, que alerta os profissionais de saúde para a ocorrência de baixa oxigenação fetal durante o parto, vai ser avaliada a partir de quinta-feira em hospitais do Reino Unido, num estudo de grandes dimensões.

“É um estudo que implica avaliar cerca de oito mil grávidas em trabalho de parto no Reino Unido, que pretende obter informação sobre a utilidade deste software, destes alertas, na utilização de rotina nas salas de trabalho de parto em todo o mundo. É uma avaliação decisiva para o sistema”, explicou hoje à Lusa Diogo Ayres de Campos, responsável pelo desenvolvimento do Omniview-SisPorto e investigador da FMUP.
A tecnologia foi desenvolvida por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do Instituto de Engenharia Biomédica (INEB). O projecto, que deverá prolongar-se por “um ano ou dois”, envolve grávidas em trabalho de parto nos St. George’s Hospital - University of London, University Hospital of Wales - Cardiff e Ninewells Hospital - University of Dundee.

O objectivo é realizar uma avaliação da eficácia desta tecnologia portuguesa que já está em utilização em vários hospitais nacionais e internacionais (Dinamarca, Holanda, Reino Unido, Suíça, França, Estónia e Israel).

O sistema, designado de Omniview-SisPorto, único a nível mundial, efectua uma análise computadorizada dos sinais fetais habitualmente monitorizados durante o trabalho de parto, detectando alterações associadas à baixa oxigenação fetal e avisando os profissionais de saúde através de alertas sonoros e visuais, emitidos em tempo real.

De uma forma aleatória, as grávidas participantes vão ser seleccionadas para serem acompanhadas - ou não - durante o parto, pelo sistema informático português. O estudo permitirá comparar os indicadores de saúde obtidos nos dois grupos, com o intuito de verificar se o número de incidentes causados por baixa oxigenação fetal é menor (e em que proporção) nas parturientes que usufruíram do OmniView SisPorto.
Estudos anteriores demonstraram que os alertas do sistema prevêem a totalidade das situações de baixa oxigenação fetal, com apenas seis por cento de falsos positivos. “Embora esses estudos tenham demonstrado que o OmniView-SisPorto é um sistema com elevada precisão, os resultados do trabalho científico que se iniciou agora no Reino Unido, quer pela metodologia usada quer pela sua dimensão, resultarão na evidência científica mais forte e conclusiva até à data”, frisou o especialista em Obstetrícia.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 15, 2011, 07:40:58 pm
Trabalho de Português em derivados de lagosta e algas mineralizadas para regenerar tecidos premiado
 

Rui Reis, investigador da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, foi galardoado com a principal distinção da Europa na área dos Biomateriais – o George Winter Award, atribuído pela European Society for Biomaterials (ESB) e que se destina a reconhecer, encorajar e estimular contributos notáveis para a investigação na área dos biomateriais.

Insistiu em salientar que "este prémio carreira" destaca, igualmente, "o contributo da restante equipa de investigação na área de regeneração de tecidos", com materiais naturais aplicados em células estaminais. Materiais naturais como amido de milho ou soja e quitina – um polímero equivalente ao colagénio que pode ser encontrado em derivados de camarões ou lagosta –, algas mineralizadas (verdes e em corais) são alguns dos biomateriais mais utilizados para a criação de osso e cartilagem, segundo explicou ao Ciência Hoje.

Os materiais de origem marinha são combinados e utilizados "como suporte de células estaminais para a regeneração, em cultura de células, no domínio de defeitos ósseos ou tecidos".

No entanto, os projectos deste cientista vão ‘de vento em popa’, já que conta já com mais de uma dezena de patentes registadas e “a investigação está cada vez mais próxima da aplicação clínica” – estando, entretanto, apenas a ser aplicada em pequenos e grandes animais. O trabalho de Rui Reis já saiu do laboratório e “está numa empresa que conta com capitais de risco e alguns investidores privados”.

Os materiais, em termos empresariais, ainda “não são comercializados para pacientes humanos”, por falta de regulações nacionais e europeias, mas “estarão disponíveis a outros laboratórios que os possam usar”, avançou ainda ao Ciência Hoje.

Com 44 anos, Rui Reis torna-se um dos galardoados mais jovens a receber esta distinção, já que “costuma ser atribuída a cientistas aposentados ou em vias disso”. O prémio será entregue, no próximo dia 7, durante a conferência anual de biomateriais da sociedade, em Dublin, na Irlanda, com a presença de mais de mil investigadores de todo o mundo.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Malagueta em Setembro 22, 2011, 09:43:07 am
A Biopremier foi fundada no final de 2003, por Manuel Rodrigues e Mário Gadanho, naquele tempo investigadores em Universidades. O desafio a que se propuseram foi o de criar uma empresa de biotecnologia de âmbito internacional, especializada em novos testes de DNA. Os seus produtos seriam comercializados sob a forma de serviços ou de kits, para os sectores agro-alimentar, clínico e veterinário.

Nos dois anos seguintes, a empresa começou a prestar serviços especializados, principalmente para Universidades e Institutos em Portugal e na Europa, enquanto os promotores conciliavam o seu trabalho com a investigação realizada na Universidade.

Em 2006, a Biopremier obteve o Estatuto Nest e a homologação IAPMEI Inovação, dados pela Agência de Inovação e pelo IAPMEI, respectivamente. Durante esse mesmo ano, a empresa obteve o seu primeiro round de financiamento de capital de risco, juntando-se na sua estrutura accionista a InovCapital (ex-PME Capital) e o Biocant Ventures, tendo-se efectuado nos dois anos seguintes novos aumentos de capital social, realizados por todos os accionistas.

Consequência do investimento obtido em 2006, em 2007 a empresa construíu os seus novos Laboratórios, localizados no Instituto de Ciência Aplicada e Tecnologia (ICAT), sito na Faculdade de Ciências de Lisboa. Os Laboratórios foram desenhados de modo a permitir que os passos críticos da realização de um PCR, pudessem ser efectuados em diferentes laboratórios, com base num sistema de marcha em frente das amostras. Este projecto recebeu a aprovação de fundos PRIME, no âmbito do SIPIE.

Em 2008, a Biopremier recebeu a aprovação de 2 projectos QREN SI I&DT, um deles catalizando o início das actividades no sector clínico. Nesse mesmo ano, a empresa já prestava serviços para outros Laboratórios pertencendo a grupos multinacionais e para várias empresa alimentares.

Em 2009, a Biopremier finalizou novos testes para a autenticação de espécies alimentares, e conseguiu o seu primeiro cliente na área da distribuição a retalho (Minipreço, grupo Carrefour), mantendo-se essa colaboração até ao presente. Também em 2009, a empresa iniciou as primeiras colaborações com Hospitais e desenvolveu uma plataforma para avaliação da diversidade microbiana. A empresa, em colaboração com uma equipa multidisciplinar, concluiu o desenvolvimento de software, propriedade da Biopremier, que possibilitou um incremento extraordinário no desenho e avaliação teórica de moléculas de DNA, traduzindo-se em altas taxas de sucesso no desenho de moléculas, após experimentação práctica.

Durante 2010, a Biopremier iniciou o desenvolvimento dos primeiros dois kits de diagnóstico que chegarão ao mercado no início de 2013, direccionados para infecções respiratórias inferiores e gastrointestinais; e começou as primeiras actividades de investigação no campo da virologia clínica. Tal como desde 2007, a empresa continuou a crescer em termos de facturação e do número de clientes, nomeadamente outros Laboratórios, empresas de distribuição a retalho (Intermarché, Grupo Jerónimo Martins) e de processamento alimentar; mantendo em paralelo, um investimento constante em inovação e desenvolvimento de novos produtos.

Em Janeiro de 2011, a Biopremier obteve uma tripla Acreditação flexível, de acordo com a Norma 17025:2005, para 25 testes de Biologia Molecular, totalmente desenvolvidos internamente, alguns deles únicos na Europa. A Acreditação obtida pela Biopremier, é aplicável aos sectores Alimentar, Clínico, Veterinário e Ambiental, e tem um reconhecimento internacional. Deste modo, a Biopremier é o único Laboratório privado em Portugal com testes de Biologia Molecular acreditados para os sectores clínico e veterinário, e das poucas entidades acreditadas em Portugal, para esses mesmos sectores. Em 2011, a Biopremier fará os investimentos necessários para dar início à internacionalização da empresa, principalmente para o sector alimentar, aquele que se iniciou mais cedo e que tem neste momento um portfolio de análises mais alargado.

Durante 2011, a Biopremier iniciou o teste para a detecção de Dermatófitos, o primeiro essencialmente direccionado para o sector Veterinário.

Em Junho de 2011, a empresa conseguiu o interesse de novos investidores nacionais e internacionais, que compraram a posição da InovCapital na empresa, e permitiram um segundo round de financiamento. Também em Junho, a Biopremier foi galardoada com o Troféu Desafio 2011, dado pela revista económica Invest.

No Outono de 2011, a Biopremier será a primeira empresa de biotecnologia portuguesa a ser listada em Bolsa, nomeadamente no Open Market em Frankfurt, dando mais um passo significativo para o seu crescimento e reconhecimento internacional.
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Setembro 27, 2011, 10:24:11 am
Investigadores portugueses criam pranchas de surf inovadoras

Construir pranchas de surf mais baratas e com custos de mão-de-obra reduzidos, com maior capacidade de personalização e com a possibilidade futura de se produzir espumas a partir de materiais biológicos, foi o objectivo de um projecto realizado por investigadores do Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP) da Universidade do Minho (UMinho).
O assunto foi entregue no PIEP ao professor Fernando Moura Duarte e a Andreia Vilela, recém-licenciada em Engenharia de Polímeros na UMinho e o  resultado foi a descoberta de uma forma mundialmente inovadora para produzir o miolo das pranchas de surf, bodyboard e longboard.
“O objectivo era o fabrico independente, automatizado e com baixo custo unitário. A equipa de investigação caracterizou ainda os vários tipos de pranchas existentes, cujo comportamento é definido pelo compromisso entre densidade/rigidez e a facilidade com que o material flutua/desliza. Os peritos validaram também, pela primeira vez na Europa e talvez no mundo, um novo sistema para fazer espumas de pranchas de surf, baseado no difenilmetano diisocianato (MDI), um polímero mais amigo do ambiente e da saúde”, refere um comunicado da UMinho. A ordem para inovar partiu da jovem empresa Masterblank, de Alcobaça, que queria comercializar ‘blanks’ (o recheio das pranchas), na sequência do fecho da maior produtora mundial, a norte-americana Clark Foam. Os produtos são comercializados em vários continentes pela Masterblank, cuja gerente já venceu o Prémio Jovem Empreendedor do Ano.
Segundo Fernando Duarte, “os desafios tornam-se mais aliciantes quando têm aplicação prática, é a relação biunívoca universidade/indústria”. Com o conhecimento adquirido, a firma de Alcobaça alarga-se a outros mercados, nomeadamente a produção de espumas rígidas para isolamento térmico e acústico de edifícios, para frio industrial e para carroçarias isotérmicas. A empresa continua a ser a única fabricante de blanks no país e das raras na Europa.

http://www.mundoportugues.org/content/1 ... novadoras/ (http://www.mundoportugues.org/content/1/9800/investigadores-portugueses-criam-pranchas-surf-inovadoras/)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 30, 2011, 08:03:27 pm
Português premiado por simulação de raios cósmicos


Um investigador do Instituto Superior Técnico (IST) venceu um prémio internacional com uma imagem de uma simulação numérica do fenómeno de aceleração dos raios cósmicos, foi hoje anunciado em Lisboa. Frederico Fiúza, do Instituto de Plasma e Fusão Nuclear do IST, disse que a aceleração dos raios cósmicos é um dos maiores mistérios da física por desvendar e o seu trabalho «um passo importante num longo caminho».

O estudo deste tipo de fenómenos naturais tem também por objectivo conseguir reproduzi-los em laboratório, de forma controlada, o que permitiria acelerar feixes de partículas com energias moderadas para aplicações médicas, nomeadamente para tratamento do cancro. O prémio que distinguiu o investigador de 27 anos foi atribuído na 22.ª Conferência Internacional de Simulação Numérica de Plasmas, realizada recentemente em New Jersey, nos Estados Unidos.

Frederico Fiúza disse não lhe ter sido ainda comunicado o valor do prémio desta edição, mas disse que deverá rondar os 500 dólares, a avaliar pelos anteriores, pelo que considera ser mais importante pelo prestígio do que pelo valor monetário.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 09, 2011, 10:48:02 pm
Empresa portuguesa vai para Sillicon Valey desenvolver 'uma espécie de Facebook"


A tecnológica portuguesa Opensoft fez as malas e rumou a Sillicon Valley (EUA) para desenvolver o projecto Spreadd, uma espécie de «Facebook» para empresas que localiza automaticamente trabalhadores por áreas de interesse potenciando a partilha de conhecimentos. A ideia do "Spreadd" surgiu há cerca de um ano, mas só há seis meses foi posta em prática dentro da Opensoft, apresentando semelhanças com a rede social "Facebook", ainda que com objectivos completamente diferentes.

«É uma base de dados que é alimentada com o que as pessoas fazem normalmente e as áreas em que costumam trabalhar e depois avisa automaticamente aqueles que também têm interesses idênticos», disse em entrevista à agência Lusa o presidente executivo da Opensoft, José Vilarinho.

Entre as semelhanças com a rede social mais famosa do mundo, destaca-se a possibilidade de comentar, fazer um 'like' ('gosto') ou partilhar qualquer tipo de ficheiro.

«O objectivo é juntar a informação de uma empresa e criar uma oportunidade de colaboração, partilha e interacção para permitir que empresas de alguma dimensão não percam produtividade por estarem dispersas» detalhou o coordenador do projecto Pedro Alves.

Em poucas palavras: «o 'Spreadd' é um produto desenvolvido para empresas que junta as pessoas certas, à volta das actividades certas, no momento certo», diz Pedro Alves.

A Opensoft dá como exemplo o caso de duas trabalhadoras da mesma empresa que desenvolvem projectos sobre energias renováveis, uma nos escritórios do Brasil, já com vários trabalhos na área, e outra em Portugal, pela primeira vez a escrever um documento sobre o assunto.

«Não seria interessante que a Sónia fosse informada de que a Alice está a trabalhar num documento relacionado com energias renováveis, na área em que ela é "expert"? Dessa forma, a Sónia podia iniciar uma interacção com a Alice e fornecer 'inputs' interessantes para o documento», exemplificou Pedro Alves.

Outro cenário que pode trazer ganhos de eficiência consideráveis é a detecção de dois colaboradores que estão a executar a mesma tarefa sem se aperceberem.

«Podem ser comerciais e estar ambos a escrever uma proposta para o mesmo cliente. Muito mais interessante seria "avisar" os colaboradores em causa que poderiam passar a trabalhar em conjunto ou decidir que só um deles deveria estar a executar a tarefa», acrescentou.

O caráter inovador e a sofisticação do produto levaram a incubadora tecnológica da Leadership Business Consulting, a GSI Accelerators (GSI – Global Strategic Innovations), a escolher o "Spreadd" para ir para Sillicon Valley, local mundial de excelência na investigação em informática e tecnologia, até ao final do ano.

«As nossas expectativas são as de que vamos voltar já com clientes e parceiros e com o produto em aceleração», disse José Vilarinho.

Com perspectivas de uma retracção de 20 por cento na procura em Portugal no final deste ano, a tecnológica portuguesa diz estar a apostar em caminhos diferentes, sobretudo na internacionalização.

«Os EUA são um mercado apetecível e Sillicon Valley pode ser o caminho ideal para o desenvolvimento do produto», reforçou. O projecto será aprofundado no 'Plug and Play Tech Center', centro vocacionado para o desenvolvimento de ideias e negócios.

Com 50 colaboradores e uma facturação de 3,3 milhões de euros em 2010, face a 4 milhões de euros em 2009, a Opensoft apenas espera «alguma retoma» da economia portuguesa em finais de 2012, pelo que mercados como Angola e Moçambique são outras apostas. Fundada em 2001, a Opensoft desenvolveu projectos como o Portal das Finanças.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 29, 2011, 05:20:33 pm
Empresa portuguesa apresenta dispositivo que evita úlceras em doentes acamados


A Tomorrow Options, 'spin-off' INESC TEC/FEUP, apresentou hoje, no Porto, um dispositivo microelectrónico que vai auxiliar as equipas de enfermagem a prevenir o aparecimento das úlceras de pressão em pacientes privados de movimentos. O MovinSense, colocado no peito do paciente acamado e privado da capacidade de se movimentar sozinho, regista a posição do paciente e comunica via wireless com as equipas de enfermagem, alertando-as sempre que é necessário reposicionar um paciente.

O objectivo é prevenir o aparecimento de úlceras de pressão, um tipo de ferida facilmente evitável e que, por isso, é consensualmente considerado um erro clínico, mas cujo tratamento é dispendioso, custando em média cerca de quatro por cento do orçamento de saúde de um país desenvolvido.

«Em Portugal não conseguimos obter dados mas, no Reino Unido, por exemplo, o sistema de saúde público gasta actualmente cerca de 3,1 biliões de libras, só com os custos directos de tratamentos», explicou Paulo Ferreira dos Santos, presidente da Tomorrow Options, uma pequena empresa nascida na Universidade do Porto, que integra 17 funcionários de oito nacionalidades diferentes.

Numa demonstração realizada no Serviço de Cuidados Intermédios no Hospital de S. João com alguns dos pacientes acamados, Paulo Ferreira dos Santos explicou que o MovinSense é o único equipamento do mercado que monitoriza o paciente e não a cama, além de exigir um menor investimento financeiro e ocupar menos espaço de armazenamento.

«Na prática evita a sobre-exposição da mesma área do corpo à pressão, mas permite também alertar o enfermeiro quando o doente está muito agitado», disse.

Dados disponibilizados pela empresa referem que um colchão anti-escaras e uma cama articulada eléctrica custam em média mais de mil euros e um colchão com sensores de pressão custa em média mais de 2 mil euros, por exemplo.

Monitorizar 10 pacientes com o MovinSense exige um esforço monetário de «cerca de 6500 euros», porque «o sistema só requer a compra de um aparelho emissor e de tantos aparelhos receptores quantos os pacientes a monitorizar». Cada aparelho tem um custo inferior a 500 euros e possui uma bateria com autonomia para mais de uma semana.

«O tratamento de uma única úlcera de grau 1 (mais simples) custa cerca de 1.050 euros, que é o equivalente ao investimento em dois dispositivos MovinSense», salientou.

Como tal, frisou o empresário, «o investimento no MovinSense fica amortizado logo que o aparecimento de uma úlcera é evitado».

O MovinSense está pronto a entrar no mercado, estando Tomorrow Options já a negociar a sua distribuição com empresas internacionais.

«A receptividade não tem sido boa, tem sido excelente em todo o lado. Temos interessados na Suécia, no Reino Unido, em Itália, nos EUA. Julgo que não temos em mais porque ainda não conseguimos mostrar o dispositivo em mais países», disse o responsável.

Em Portugal também «há interessados, mas existe alguma dificuldade em conseguir vender enquanto os prazos de pagamento dos hospitais forem estes».

«Temos que pagar a nossa estrutura e o sistema português, com pagamentos a 400 dias, não é de certeza para uma pequena empresa como a nossa, que não tem capacidade financeira para suportar esse custo, infelizmente», lamentou o empresário.

A Tomorrow Options submeteu uma patente com extensão internacional relativa à tecnologia e à sua aplicação.

«Enquanto os prazos de pagamento forem estes, Portugal está excluído, mas não por interesse dos médicos ou dos enfermeiros. Infelizmente não podemos ir mais além porque é impossível vender a um cliente que não paga», acrescentou.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 05, 2011, 10:38:33 pm
Novo sistema de refrigeração que arrefece dez vezes mais rápido desenvolvido pela Universidade de Coimbra


Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram uma tecnologia de refrigeração inovadora que permite arrefecer alimentos e bebidas dez vezes mais rápido do que os equipamentos tradicionais, como os frigoríficos.

O SuperCooling é um sistema de refrigeração rápido comparável ao aquecimento de produtos num microondas. O novo sistema de refrigeração, por vácuo, encontra-se ainda em protótipo mas os primeiros resultados são promissores para os investigadores, ao conseguirem arrefecer uma garrafa de água de 33 cl em três minutos, segundo uma nota hoje divulgada pela Universidade de Coimbra (UC).

A investigação foi iniciada há dois anos, em colaboração com a empresa Redutor, e está a ser desenvolvida por Cátia Augusto, sob orientação dos docentes Adélio Gaspar, José Joaquim Costa e José Baranda Ribeiro.

Em declarações à Lusa, Cátia Augusto afirmou que, embora "a tecnologia de base já seja estudada em termos científicos, para este fim (refrigeração rápida) é a primeira vez que está a ser usada" em Portugal.

"Neste momento, no nosso ambiente doméstico, temos um equipamento de aquecimento rápido -- o microondas -- e pretendíamos outro conceito, o do arrefecimento rápido", disse a investigadora, referindo que, num frigorífico convencional, uma garrafa de 33 cl "não arrefece em menos de 30 minutos".

A nova tecnologia, sublinha, poderá vir a ter um "forte impacto, não só no sector doméstico, mas também em vários sectores de mercado, nomeadamente na restauração e hotelaria", pela rapidez e poupança de energia que representa.

"Se falarmos em sectores como hotelaria, em que precisam de ter bebidas constantemente frescas, isto poderá ser uma grande mais valia, porque não precisam de ter tantos equipamentos, como os frigoríficos tradicionais, sempre a funcionar e, com isso, ter um consumo energético elevado", afirma Cátia Augusto.

A investigadora do Departamento de Engenharia Mecânica da UC destaca a versatilidade da tecnologia que, afirma, "poderá dar origem a uma nova geração de equipamentos ou ser acoplada nos actuais".

Os resultados obtidos até ao momento em laboratório permitem, acrescentou, ir além da refrigeração porque "revelaram também um grande potencial de aplicação em outros processos do quotidiano", nomeadamente na área da secagem.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Dezembro 11, 2011, 03:27:40 pm
Nanocor começa a ser comercializada em dois anos

A vencedora do Concurso Nacional de Inovação BES permite uma poupança de cerca de 70% de água no tingimento de tecidos face aos corantes reactivos.

Tingir os tecidos com mais eficiência e menor custo. É esta a proposta de Jaime Rocha Gomes, professor da Universidade do Minho, que, em conjunto com a empresa Ecoticket, venceu o Concurso Nacional de Inovação BES de 2011, com o projecto Nanocor.

O Nanocor arrancou há cerca de um mês numa tinturaria em Portugal e ainda está numa fase-piloto. No entanto, "já existem amostras e está a ser desenvolvida uma máquina-piloto", avança Jaime Rocha Gomes ao Diário Económico. O professor acredita que os testes industriais ainda demoram algum tempo, mas que dentro de dois anos esta tecnologia estará pronta para entrar em comercialização. "Actualmente, estamos a testar a tecnologia nanocor numa tinturaria e esperamos avançar depois para o mundo, mas temos de bater à porta dos investidores. A internacionalização é o nosso objectivo", revela o mesmo responsável.

A tecnologia nanocor permite tingir fibras celulósicas, como o algodão, com a mesma qualidade dos corantes tradicionais. A utilização de nanopartículas coloridas, em vez dos nanopigmentos, traduz-se em melhorias nos parâmetros de cor, como a uniformidade, a intensidade e a solidez à lavagem. Além disso, tem vantagens em termos toxicológicos e ecológicos.

http://economico.sapo.pt/noticias/nanoc ... 33312.html (http://economico.sapo.pt/noticias/nanocor-comeca-a-ser-comercializada-em-dois-anos_133312.html)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: nelson38899 em Dezembro 13, 2011, 08:57:52 pm
A partir do minuto 18, existem umas novidades interessantes.

http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=15928&e_id&c_id=7&dif=tv
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 13, 2011, 11:09:17 pm
Tecnológicas portuguesas procuram o "sonho americano"


Cinco jovens empresas tecnológicas portuguesas, que se dedicam a segurança informática ou plataformas médicas nanotecnológicas, vão tentar o "sonho americano" em 2012, numa primeira abordagem ao mercado dos Estados Unidos e também abrindo caminho à internacionalização.

Dognaedis, Wizi, ObservIT, Feedzai e TreatU foram escolhidas para o projecto piloto "Empreendedorismo em Residência" da Universidade Carnegie Mellon (CMU), entre mais de 30 "start-up" portuguesas contactadas este ano em todo o país pelos empreendedores e professores universitários Barbara Carryer e Dave Mawhinney.

Premiada na semana passada no concurso BES Inovação, a Dognaedis é uma 'spin-off' da Universidade de Coimbra e da equipa de segurança informática do Instituto Pedro Nunes (CERT-IPN), tendo arrancado em Julho de 2010, que agora enfrenta "o grande desafio que é a internacionalização", segundo Mário Zenha-Rela.

"As nossas expectativas são conseguir mostrar que temos valor - e quem vence nos EUA vence no mundo - pelo que daí estaremos prontos para entrar noutros mercados internacionais", disse à Lusa o responsável da Dognaedis.

O "produto" é segurança de informação: a identificação preliminar de problemas, auditoria, consultoria e monitorização em permanência da infraestrutura de clientes.

As cinco empresas virão a Pittsburgh em Fevereiro para um evento onde poderão contactar potenciais clientes, parceiros e investidores.

Mais antiga é a Observit, de Bernardo Motta, que desenvolveu o único software de gestão de vídeo vocacionado para centros comerciais, a aposta inicial no mercado norte-americano.

"A nossa expectativa é em Pittsburgh concretizar um primeiro negócio nos EUA. Queremos vender a uma empresa gestora de shoppings um projecto-piloto de remodelação do CCTV, para darmos início ao nosso portefólio de projectos norte-americanos, condição para abordarmos potenciais parceiros e investidores", disse Motta.

João Januário, cuja Feedzai desenvolve software para processamento de grandes volumes de informação, tendo como clientes grandes empresas de "Utilities", telecomunicações ou banca, sublinha que "é muito difícil a uma 'start-up' portuguesa conseguir atrair a atenção de uma empresa europeia ou americana" e espera uma "incisiva abordagem ao mercado norte-americano".

"Teremos a oportunidade de fazer um `roadshow" para potenciais clientes, parceiros e investidores em auditório e em reuniões um a um. Existe um real envolvimento da CMU em reunir neste evento algumas empresas americanas que a FeedZai considera poderem ser futuros clientes ou parceiros", disse Januário à Lusa, cuja empresa tem como investidores a EDP Ventures, Espírito Santo Ventures ou Novabase Capital.

Fundada por três profissionais de desenvolvimento terapêutico, a TreatU desenvolveu uma plataforma para administração de medicamentos direccionada para doentes oncológicos, que reduz efeitos secundários adversos e custos de tratamento.

Com base em nanotecnologia, a TreatU encontrou como "maior obstáculo" em Portugal "a limitação do investimento de Venture Capitals e Business Angels na área de desenvolvimento farmacêutico", e procura investidores fora do país, "criando oportunidades de penetração no mercado global das terapias dirigidas em oncologia", disse à Lusa Vera Moura.

A primeira plataforma deve estar pronta para licenciamento à indústria farmacêutica em apenas 4 anos, "com um investimento de 4 a 5 milhões de euros e um retorno de até 5 vezes", adiantou.

A Wizi, de Paulo Dimas, nasceu no Instituto Superior Técnico, e em 8 anos ganhou o investimento do Fundo ISQ Capital e Inovcapital e desenvolveu três produtos baseados em tecnologia de geo-localização, dois deles já lançados pela Optimus e Vodafone.

O trabalho com a CMU tem sido na definição da estratégia de internacionalização e posicionamento no mercado norte-americano, o "mais competitivo do mundo neste domínio" e para o qual a empresa está agora "muito mais bem preparada para atacar".

"E pensar no mercado americano obriga-nos a ser os melhores e daí podemos conquistar o resto do mundo", diz Paulo Dimas.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 14, 2011, 08:03:44 pm
Empresa Portuguesa lança LCDs capazes de detectar movimentos


Uma empresa de Leiria está a iniciar a comercialização de LCD transparentes espelhados, capazes de detectarem movimentos e o género da pessoa reflectida, disse à Lusa o director-geral da Sendae, Pedro Azevedo.

"Trata-se de um LCD que consegue criar um efeito holográfico e com grande potencial ao nível da interactividade", sublinhou aquele responsável, revelando que a empresa trabalha com a Universidade do Minho ao nível do 'software'.

Uma aposta passa pelo Reino Unido, que "é o maior mercado na área do digital fora de casa e está sedento deste tipo de produtos por causa das Olimpíadas de 2012 [em Londres]", realçou o director-geral da empresa.

Com o LCD transparente espelhado, mais vocacionado para aplicações comerciais, "será possível a pessoa ver-se ao espelho quando ensaia uma peça de roupa numa loja, enquanto o LCD lhe transmite informação sobre o produto ou acessórios", explicou Pedro Azevedo, que é um dos três fundadores da Sendae.

Isto é possível porque o LCD integra um 'software' que detecta movimentos e possui a capacidade de identificar o género da pessoa espelhada.

O empresário frisou que "os ecrãs transparentes espelhados podem assumir-se como uma ferramenta de comunicação, mas tanto empresas como escolas podem usar esta nova tecnologia, já que tem todo esse potencial interactivo".

Fundada em Leiria em Fevereiro deste ano, "centrada só na tecnologia do LCD transparente", a Sendae, segundo Pedro Azevedo, já conseguiu garantir preços para competir com fabricantes asiáticos.

"O valor base do LCD espelhado de 22 polegadas rondará os 930 euros e o de 46 polegadas os 2.115 euros", disse.

O LCD, que pode surgir na forma de um cubo ou de uma caixa, fixo numa parede ou num balcão, está a ser negociado, para além do Reino Unido, nos mercados russo, espanhol, norte-americano, francês, chileno e australiano, informou o director-geral da Sendae.

O investimento global, nesta fase, está estimado em 80 mil euros, segundo a empresa.

"A verba respeita sobretudo à parte da investigação, ao desenvolvimento do produto, à fase de testes e à fabricação de protótipos, mas também a acções de marketing e promoção interna e externa", explicou Pedro Azevedo, acrescentando que "O LCD é fruto de várias parcerias com fornecedores", mas montado na própria empresa.

"A carteira de clientes que for angariada irá posteriormente determinar o montante a investir no fabrico", precisou o responsável da Sendae que, para além dos três sócios, conta com mais cinco colaboradores.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Dezembro 15, 2011, 01:30:54 pm
Fibra de plástico lusa conquista mercado mundial

Na Maia nasceu há oito anos uma fibra de plástico que está a conquistar a indústria mundial. Trata-se de uma fibra mais leve do que água, que tem uma elevada resistência e possui ainda outra característica que tem contribuído muito para o seu sucesso: é 100 por cento reciclável.

A fibra de polipropileno tem várias aplicações na indústria automóvel, por exemplo em carros de corrida e em veículos militares, já que este plástico é ultraleve, sendo ao mesmo tempo resistente a balas e a granadas foguete.

"Vários carros militares utilizam este material para proteção antibalística", salientou José Gramaxo, Presidente do Grupo Euronete, em declarações à RTP.

A fibra de plástico tem um valor inferior em relação à fibra de carbono, material utilizado maioritariamente no setor industrial. Por outro lado, em relação à fibra de carbono, o material à base de polipropileno tem quase o dobro da resistência e pesa menos 70 por cento.

A fibra de polipropileno, que tem patente internacional registada há já oito anos e tem como principal cliente o mercado norte-americano, é uma aposta da empresa da Maia em investigação e desenvolvimento.

Para além da utilização do produto no setor antibalístico, as aplicações vão desde o setor automovel, painéis de publicidade,  barcos de desporto, materiais de construção e até produtos de consumo, como por exemplo capacetes.

Agora, a empresa está a estudar a aplicação deste material em novos mercados, como a aplicação em malas de viagens, o que está a tornar esta fibra um dos materiais mais inovadores do século XXI.
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 02, 2012, 08:53:07 pm
Universidade do Minho estuda próteses «naturais e inteligentes» para amputados


A criação de próteses que se comportem com um membro original é o objetivo do projeto que está a ser desenvolvido, em robôs, por uma equipa da Universidade do Minho (UM), foi hoje anunciado. "Uma das aplicações futuras passa pela criação de próteses e membros artificiais mais naturais, contribuindo para a mobilidade, autonomia e reabilitação de pessoas com membros amputados", sublinha Cristina Peixoto Santos, professora da UM e coordenadora do projeto.

A inovação está em integrar controladores biológicos no modelo, conferindo aos robôs um padrão de movimento mais natural e menos robótico e uma capacidade de se adaptarem ao meio em que se movem.

O objetivo perseguido no trabalho "Locomoção Adaptativa e Inteligente" concentra-se na programação de robôs para que, de forma autónoma, tomem decisões, através de uma arquitetura, que reproduz o que se passa no sistema nervoso humano.

Neste projeto de investigação, que conta com a colaboração do Instituto Superior de Engenharia do Porto, desenvolve-se a arquitetura de controlo da locomoção de robôs quadrúpedes, que lhes permitirá lidarem com ambientes desconhecidos, sendo capazes de criar alternativas no seu percurso, perante diferentes tipos de terreno e obstáculos.

A aplicação deste trabalho parte dos modelos biológicos, procurando replicar a resposta do sistema nervoso a problemas de controlo.

"A originalidade do software de controlo reside na capacidade de aprendizagem, que permite que o robô assimile situações já experienciadas de forma a não repetir o mesmo erro", sublinha Cristina Santos. A investigação será depois transposta para os humanoides.

O projeto "Locomoção Adaptativa e Inteligente" é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia com o montante de 197 mil euros e tem conclusão prevista para 2013.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Janeiro 05, 2012, 11:36:56 am
Radiodifusão: Alemães vão usar plataforma lusa

Um projeto desenvolvido por dois alunos portugueses da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco (ESTCB) fascinou os responsáveis do Instituto para a Radiodifusão Alemã (Institut für Rundfunktechnik - IRT) , que querem utilizá-lo no país e já ofereceram contrato de trabalho a um dos jovens.

Hugo Esteves e Pedro Duarte, recém-licenciados em Engenharia Eletrotécnica e das Telecomunicações, criaram uma plataforma online de agendamento do espetro rádio que planeia, automaticamente, as frequências usadas pelas equipas de som e imagem durante eventos como concertos e espetáculos, o que garante a inexistência de interferência entre os equipamentos no terreno.

A convite de um dos orientadores do projeto, Hugo Esteves apresentou este mês o projeto em Munique, durante um congresso internacional, e atraiu a atenção da indústria graças à capacidade da plataforma de automatizar um processo hoje realizado manualmente.

Graças às características inovadoras do trabalho dos investigadores portugueses, o Instituto para a Radiodifusão Alemã ofereceu mesmo um contrato profissional a Hugo Esteves,  convidando-o a desenvolver a plataforma em terras germânicas, avança o site oficial do IPCB.

O jovem mostrou-se muito satisfeito com a possibilidade de apresentar o trabalho conjunto, que considera "uma prova de que em Castelo Branco se produz do melhor", fora das fronteiras nacionais.

Entretanto, o projeto, que, segundo o IPCB, "ultrapassou claramente as expectativas", continua a ser promovido com a ajuda dos orientadores junto de órgãos da Comissão Europeia e Reguladores de alguns países.
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Fevereiro 06, 2012, 03:22:35 pm
:Palmas:  :Palmas:

Agora é construi-las em série em Portugal e exportá-las.

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Projeto português venceu desafio internacional nos EUA

Uma tecnologia desenvolvida na Universidade de Coimbra (UC), a 'LaserLeap' (seringa a laser), que permite a administração "rápida e eficaz" de fármacos através da pele, venceu um desafio internacional de fotónica nos EUA -- foi ontem anunciado.

Concebida por uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, a 'LaserLeap' foi uma das duas vencedoras no Photonics West 2012, "um dos maiores encontros científicos do mundo na área da fotónica", explicou Carlos Serpa à Agência Lusa.

Do "desafio para em três minutos provar a criação de uma tecnologia inovadora que facilmente se transforma em negócio" saiu vencedora, no domínio mais biológico", esta seringa a laser, enquanto na vertente "mais física" venceu outra tecnologia, adiantou o investigador da UC e diretor executivo da 'start up' LaserLeap.

Carlos Serpa "mostrou que a 'LaserLeap', que permite a administração rápida e eficaz de fármacos através da pele sem utilização de seringas tradicionais, é uma tecnologia do futuro", segundo uma nota da assessoria de imprensa da UC.

O estado avançado do projeto (http://www.laserleap.com (http://www.laserleap.com)), com um protótipo de produto já concluído, impressionou não só o júri, como também "empresários americanos presentes no evento e que nos contactaram para eventuais parcerias", adianta Carlos Serpa no comunicado.

Aplicações no tratamento do cancro da pele e de determinadas doenças dermatológicas, na administração de vacinas ou ainda em aplicações de cosmética, são algumas das utilizações da Laserleap, uma tecnologia indolor e de baixo custo.

Na cosmética, disse Carlos Serpa à Agência Lusa, "pode ser um bom método" para a administração de ácido hialurónico e de outras moléculas.

Além de ser indolor e de dispensar o uso da seringa, este método tem a vantagem de ser reversível, dado que a pele, num minuto, regressa ao estado normal.

O Photonics West 2012, que reuniu mais de 20 mil participantes de todo o mundo -- cientistas, empresários e estudantes - decorreu em São Francisco, Califórnia, de 21 a 26 de janeiro.

No comunicado, o investigador do Departamento de Química adianta que outro aspeto relevante para o júri foi "o potencial" para a empresa vir a adotar um modelo de negócio do tipo 'lâmina de barbear', vendendo o laser e os dispositivos descartáveis.

"A ciência em Portugal tem progredido muito nos últimos anos, mas mais na parte de produção de artigos científicos e menos na aplicação", disse Carlos Serpa, ao referir que esta tecnologia desenvolvida na UC resulta do trabalho de três anos de uma equipa de investigadores e que pode passar agora "a ser um produto útil à sociedade e rentável".

A fotónica consiste em "tudo o que tem a ver com a interação da luz com a matéria e com a manipulação da luz", explicou.

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interio ... ia&page=-1 (http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2286549&seccao=Tecnologia&page=-1)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Fevereiro 07, 2012, 09:37:49 pm
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Revolucionário: vem aí o substituto do ar condicionado

O Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho (UM) está a criar um revestimento «revolucionário» para paredes e tectos que aquece e arrefece a temperatura interior das casas e escritórios, avança a Lusa.

Segundo José Barroso de Aguiar, coordenador do projecto, aquela inovação ajudará a poupar na fatura eléctrica e contribuirá para um maior conforto térmico e para a ecossustentabilidade.

Baseada em microcápsulas termicamente activas aplicadas na superfície das argamassas, a tecnologia «deverá ser uma prática corrente dentro de dez anos».

Em concreto, coloca-se nas paredes e tectos a argamassa inovadora composta por gesso/cal/cimento, areia, água e cápsulas microscópicas de PCM, um material de mudança de fase.

Esta camada serve como climatizador, transitando de fase líquida para sólida, e vice-versa, em temperaturas próximas da ambiente (20-25ºC).

Por exemplo, passar de fase sólida para líquida faz descer o termómetro e reter energia do compartimento.

«Com estes aditivos nas argamassas, consegue-se reduzir o consumo de energia (eficiência energética), uniformizar a solicitação de energia à rede, aumentar o conforto térmico dos edifícios, evitar o gasto de energias não renováveis e, por efeito, minimizar o consumo de dióxido de carbono», sublinha o investigador.

Para José Barroso de Aguiar, «vai valer a pena pagar mais quando se constrói, mas saber que esse custo inicial, no PCM, se amortiza em poucos anos, graças à poupança em electricidade».

O projecto, designado «Contribuição de Argamassas Térmicas Activas para a Eficiência Energética dos Edifícios», é apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e termina em 2013. Junta cerca de 25 investigadores das universidades do Minho (promotora), Aveiro, Coimbra.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html (http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/frio-calor-ar-condicionado-universidade-do-minho/1323524-1730.html)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 10, 2012, 09:30:48 pm
Publicação científica portuguesa triplica em dez anos
 

A publicação científica portuguesa, avaliada em quinquénios, triplicou em apenas uma década. Entre 2006 e 2010 publicaram-se 38.338 artigos com autores de instituições nacionais, um salto em relação às 12.693 publicações lançadas entre 1996 e 2000. Este é o dado que sobressai do novo relatório “Produção Científica portuguesa, 1981-2010. Dados Bibliométricos”, que mostra um aumento de 3421 novos artigos em comparação com o quinquénio de 2005-2009.

O documento, publicado há duas semanas pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI), sob tutela do Ministério da Educação e Ciência, reforça a ideia que a produção científica continua a aumentar, eclipsando os 1618 artigos publicados entre 1981 e 1985. A informação tem por base os dados disponibilizados pela Thomson Reuters – Essential Science Indicators, que divide a produção científica em 22 áreas científicas e agrega os dados em quinquénios para relativizar descidas ou subidas anuais abruptas que não têm significado estatístico.

Os dados provisórios mostram que a Química lidera com 5427 artigos publicados no último quinquénio, seguida pela Medicina Clínica com 4389 e a Física com 3833. Embora só em uma das 22 áreas o número de artigos tenha diminuído – a Ciência Computacional –, continua a ser um desafio perceber qual a relação entre o crescendo na produção científica e a qualidade do trabalho que sai das universidades e dos institutos.

“Tem havido uma melhoria significativa na quantidade da produção científica nacional ao longo dos últimos 20 anos. Por outro lado, não dispomos ainda de instrumentos que permitam aferir a respectiva melhoria qualitativa”, disse Joana Mendonça, subdirectora geral do GPEARI, ao PÚBLICO.

Um dos indicadores que o relatório apresenta, é o impacto de citação mundial da área, que indica se os artigos nacionais de uma dada área são mais ou menos citados do que a média mundial. Um impacto de 1 é igual ao da média. “Vinte das áreas científicas aumentaram o seu impacto internacional, sendo que nas áreas de Ciências Agrárias, Medicina Clínica, Engenharia, Neurociências & Comportamento, Física, Ciências dos Animais e das Plantas, Ciências do Espaço e [a área] Multidisciplinar, o impacto internacional da produção científica nacional é superior ao impacto médio mundial”, disse Mendonça.

Espaço é líder

Quem vem em primeiro lugar no impacto de citação mundial são as Ciências Espaciais. No quinquénio de 2006-2010, só foram publicados 555 artigos nesta área, a quarta menor, (a área Multidisciplinar publicou 38 artigos, Imunologia 325 e Psicologia/Psiquiatria 507), mas o impacto foi de 2,09. Em comparação, a área da Física, que vem em segundo lugar, tem apenas 1,37.

“Não importa o número de artigos, mas a importância que têm para a comunidade internacional”, disse Mário João Monteiro, director do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, ao PÚBLICO. O cientista e professor defende que estes resultados são fruto de uma comunidade de cientistas jovens, que desenvolveu-se a partir de 1990 e está fortemente internacionalizada.

“Quase duas centenas de investigadores tiveram que ir fazer o doutoramento lá fora, voltámos integrados em equipas internacionais. Pelo facto de estarmos a sair do zero, fizemos um curto-circuito do processo” na evolução da ciência que se faz em Portugal, interpreta o investigador, notando que este apagão não pôde ser feito da mesma forma em outras áreas, que já tinham uma tradição científica nacional.

Por isso, nas Ciências Espaciais, oitenta por cento dos artigos são também assinados por autores estrangeiros. “A astronomia de qualidade tem que ser feita em consórcios, é impossível um país ter dinheiro [para este tipo de investigação]”, explicou.

Mas há lugar para a liderança. “O tamanho do país não é razão para falta de competitividade numa ou em mais áreas científicas (veja-se por exemplo a Holanda, Dinamarca, Suíça, Finlândia)”, defendeu Joana Mendonça. Na área das Astrofísica isso já acontece, disse por seu lado Mário João Monteiro. “Portugal, à medida que vai armazenando massa crítica, vai liderando”, disse o cientista, apontando para o caso do astrónomo Nuno Santos, da Universidade do Porto, que é o representante português do projecto de um instrumento do Observatório Europeu do Sul, um consórcio de quatro países que inclui Portugal. “Liderar é garantir que há portugueses que participam ao mais alto nível nos projectos da área.”

Público
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Fevereiro 18, 2012, 11:20:58 am
Para quem nao viu ontem no canal 1.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61 (http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=528256&tm=7&layout=122&visual=61)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 05, 2012, 10:47:17 pm
Invento português permite descolagens a cada 30 segundos


O aeroporto de Lisboa está sobrelotado? As companhias queixam-se da falta de espaço? A portuguesa Active Space Technologies, sediada em Coimbra, deitou mãos à obra e inventou duas tecnologias que permitem poupanças significativas de tempo durante o voo e na descolagem. Uma boa notícia para os aeroportos, para as companhias e para os passageiros. A Airbus comprou os dois inventos e já está a testá-los.

A tecnologia Greenwake é uma espécie de laser colocado bem no nariz da aeronave. Serve para medir os vórtex (remoinhos de ar) que são criados pela descolagem dos aviões. Atualmente, é normal esperar por  mera precaução três a quatro minutos para que esse efeito desapareça e outro avião levante voo. Bruno Carvalho, CEO da empresa, estima que a diferença pode ser entre descolar de 30 em 30 segundos e fazê-lo só a cada três ou quatro minutos. "Diz-se que o Aeroporto de Lisboa está sobrelotado e esta pode ser uma solução", sugere.

O sistema Delicat acaba por ser um complemento do GreenWake na poupança de tempo. Evita turbulências no ar e consequentes atrasos. Ao detetar precocemente poços de ar, os flaps das asas do avião adaptam-se e evitam sobressaltos.

Bruno Carvalho e Ricardo Patrício, ambos engenheiros de formação e com 35 anos, estavam na Agência Espacial Europeia há dois anos quando se lembraram de passar da teoria à prática e fundaram a Active Space Technologies. Corria então o ano 2004 e a aposta deu frutos. A empresa deverá faturar mais de dois milhões de euros em 2012, contra 1,2 milhões em 2011. Tem crescido todos anos, à exceção de 2010. Com filial na Alemanha e escritórios comerciais na Holanda, os negócios têm surgido naturalmente e é previsível que cheguem aos 4 milhões de euros nos próximos três anos.

Dinheiro Vivo
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Março 19, 2012, 08:44:19 am
Refer negoceia exportação de plataforma tecnológica

A Ferbritas criou uma plataforma tecnológica para facilitar o levantamento e expropriações de património imobiliário.

A Ferbritas, participada a 100% da Refer, está a negociar a exportação de uma plataforma tecnológica inovadora (FBSIC), criada pelos técnicos da empresa, que facilita a inventariação, o cadastro e a expropriação de património imobiliário de empresas e particulares.

O presidente da Ferbritas, Luís Mata, sublinhou que "existem, neste momento, contactos para exportamos o FBSIC [Ferbritas Sistema de Informação Cadastral] para o Médio Oriente, em particular, para a Arábia Saudita e Líbano, Brasil, África [Moçambique, Angola e África Central em particular] e América do Norte".

Além do potencial de exportação do FBSIC, Luís Mata está também confiante que esta plataforma tecnológica poderá ser aproveitada por potenciais clientes da Ferbritas dentro do Estado, no âmbito da Administração Central e Local e do Sector Empresarial do Estado, assim como privados.

http://economico.sapo.pt/noticias/refer ... 0602.html# (http://economico.sapo.pt/noticias/refer-negoceia-exportacao-de-plataforma-tecnologica_140602.html#)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 28, 2012, 10:37:29 pm
Novo localizador de bens e pessoas desenvolvido na Guarda


Um investigador do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) desenvolveu um sistema de localização de baixo custo, que pode ser aplicado em pessoas, bens e animais, segundo informou o responsável pelo projecto.

"É um sistema de localização para pessoas ou bens, que utiliza o sistema global de posicionamento através de satélite, mais conhecido por GPS", explicou Luís Figueiredo, coordenador do projecto «Magic Traking». O responsável adiantou que a aplicação pode ser “muito útil” em situações de desaparecimento de idosos, tendo sido criada a pensar "em pessoas que sofrem de Alzheimer, que facilmente perdem o sentido de orientação, deixam de conhecer os locais onde estão e se perdem".

Utilizando o Magic Tracking, que "funciona como um relógio", os familiares "facilmente" podem localizar os desaparecidos, visualizando a sua localização no computador, através do Google Earth.

Luís Figueiredo esclareceu que o dispositivo também é dirigido às instituições que cuidam de idosos e têm preocupações com a segurança dos utentes. Estando munidas com aquele sistema, durante saídas e passeios, os vigilantes saberiam "sempre onde é que estava cada uma das pessoas", evitando eventuais desaparecimentos, observou.

Adiantou que está também a ser equacionada a possibilidade de o equipamento ser disponibilizado a caçadores, para evitar o extravio de cães durante as caçadas. "Com um dispositivo destes acoplado à coleira do cão, facilmente podem recuperar o animal e isto sempre a custos extremamente reduzidos", declarou.

O serviço "não é uma novidade, mas a diferença está nos preços e nas funcionalidades" disse, indicando que a disponibilidade do sistema tem custos mensais de 0,50 euros. Com custos anuais "extremamente baixos", as pessoas podem proteger familiares e amigos, automóveis e outros bens, observou Luís Figueiredo.

Aplicações Magic

De acordo com o responsável, os equipamentos são comercializados pela empresa MagicKey, sediada no IPG, a preços que variam entre 100 e 150 euros. A empresa, vocacionada para a concepção e desenvolvimento de programas informáticos e tecnologias de comunicação para clientes específicos, tem como sócios o responsável pelo projecto e o IPG.

Também disponibiliza as aplicações MagicEye, MagicKeyBoard, MagicKey, MagicSwitch, MagicWatch, MagicWheelChair, MagicJoystick e MagicPhone, todas destinadas a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos com deficiência.

Luís Figueiredo venceu em 2006 e em 2008 o Prémio Engenheiro Jaime Filipe, atribuído pelo Instituto da Segurança Social. Obteve o galardão com as aplicações informáticas MagicKey Eye Control, (controlo do rato do computador apenas com os olhos) e MagicKey (controlo completo do computador movendo o cursor do rato através de movimentos laterais e subtis da cabeça e a tecla do rato pelo movimento de piscar de olho).

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 11, 2012, 08:48:04 pm
Tecnologia portuguesa previne morte súbita no desporto


Amanhã, em Cascais, é apresentado publicamente o Microchip de DNA, um teste laboratorial criado por investigadores portugueses que se destina à prevenção e combate da morte súbita com especial incidência no desporto.
 
Esta nova tecnologia foi desenvolvida no Instituto Superior Técnico (IST) e no INESC-ID e, neste momento, o objectivo é transformar o projecto numa actividade empresarial que permita vender os testes a quem esteja interessado em garantir que os seus desportistas não sofram do risco de morte súbita.
 
“No lançamento de amanhã a tecnologia vai para o mercado com o apoio de uma empresa [a SHPG-HeartGenetics] que provavelmente começará a fazer testes entre dois a três meses”, afirma Arlindo Oliveira ao Ciência Hoje.
 
Segundo o presidente do IST, o Microchip de DNA “faz a análise de mutações de DNA que permitem detectar se uma pessoa está sujeita a um risco elevado de sofrer de Miocardiopatia Hipertrófica”, que é uma condição especialmente grave nos atletas e que causa morte súbita.
 
A ideia “é poder testar pessoas que estão em risco por serem atletas, por exemplo, e que devem parar de fazer desporto de alta competição porque correm o risco de sofrerem morte súbita”, explica o investigador.
 
De acordo com Arlindo Oliveira, o risco de morte súbita em Portugal ameaça centenas de desportistas. “Há muitas pessoas que têm esta síndrome, claro que nem todas estão em risco se não praticarem desporto. Mas para desportistas o risco é de um em quinhentos. Pode não parecer muito elevado, mas como é uma tecnologia que será exportada para o Brasil e Europa estamos a falar de evitar dezenas ou centenas de mortes dependendo da dimensão do mercado”, sublinha.
 
Actualmente, existem tecnologias semelhantes ao Microchip de DNA fora do País “mas são muito mais caras e não tão precisas”. Os testes que existem “são da ordem dos milhares de euros” enquanto este “pode ser feito mais barato e aplicado a uma população mais vasta”, avança Arlindo Oliveira.
 
Para o cientista, a entrada deste equipamento no mercado “é uma prova que conseguimos desenvolver em Portugal tecnologias que são competitivas a nível internacional”. Para além disso, a exportação deste Microchip pode vir a "aumentar o nosso número de exportações e consequentemente enriquecer a economia nacional”.
 
No futuro, os Microchips de DNA podem vir a ser aplicados a outras patologias, o que pode revelar um “potencial de desenvolvimento de testes genéticos muito significativo”, conclui.
 
Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 17, 2012, 09:53:43 pm
'Software' português desenhado para aumentar produtividade de empresas


Uma empresa portuguesa lança na próxima quinta-feira um programa informático que permitirá aos gestores dirigir e saber o que se passa na sua companhia em qualquer ponto do mundo. A Elo – Sistemas de Informação (ELO SI), empresa de engenharia de sistemas, informa que a nova tecnologia, desenvolvida nos últimos dois anos por quatro dos seus engenheiros informáticos, permite “reduzir índices de ineficiência, aumentar a produtividade e garantir níveis de segurança nas empresas”. A empresa está a negociar a sua comercialização internacional.
 
Em comunicado, a Elo diz tratar-se de “uma aplicação 100 por cento ‘web based’, o que permite que, a qualquer hora e em qualquer lugar, os líderes de uma empresa saibam o que se está a passar do outro lado do mundo com a sua própria empresa”.
 
Gerir horários, verificar níveis de autorização de acesso a obras e informações ou confirmar níveis de segurança são outras das aplicabilidades do sistema.
 
“Através de uma identificação biométrica, é possível perceber se determinado colaborador tem, ou não, autorização para entrar numa obra, independentemente do país onde estiver localizada a empreitada”, explica Alcides Cruz, co-fundador e gestor da ELO SI. “O nosso sistema pode estar alojado num país e funcionar noutro”, refere o responsável.
 
Para além destas funcionalidades, a plataforma permite “gerir o tempo que um colaborador passa a desempenhar uma determinada tarefa”, o que na opinião de Alcides Cruz é uma “funcionalidade fundamental na eliminação de ineficiências, produzindo ganhos de produtividade”.
 
Segundo o comunicado, são já várias as empresas, nacionais e estrangeiras, que adoptaram um “sistema de informação tipo ELO SI”, tais como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Guarda Nacional Republicana, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Banco de Portugal, CP, Metro do Porto, STCP, Pescanova, Portucel, Sonae, Rádio Popular, e o IPO do Porto.
 
“Trata-se de um sistema com capacidade de cálculo, no qual podem ser introduzidas diversas variáveis na gestão diária dos colaboradores, que são lidos automaticamente pelo software. Os resultados possibilitam adoptar medidas de gestão, simplificando processos e com ganhos ao nível da produtividade”, explica o comunicado.
 
A ELO – Sistemas de Informação, com sede no Porto, é uma empresa 100 por cento portuguesa, criada em 1994, que conta com 25 colaboradores.
 
Dispõe de duas unidades de negócios: uma em Lisboa e outra em Vigo, Espanha, sendo este o “primeiro país para o qual começou a exportar as suas soluções, em 2008”, seguindo-se Angola, Moçambique, Cabo Verde e Dubai.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Maio 03, 2012, 09:12:17 pm
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Maio 15, 2012, 08:35:26 pm
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Maio 17, 2012, 12:36:08 pm
Empresa nacional lança tecnologia para o espaço

A empresa Sinergiae, do sector das renováveis, construiu uma peça que vai integrar a nova sonda espacial europeia.

A sonda espacial europeia Pilot vai integrar uma peça inteiramente desenvolvida e fabricada em Portugal pela empresa Sinergiae, do sector das renováveis. Esta nova tecnologia da empresa sediada em Coimbra,vai permitir que a sonda não fique "cega" na viagem para a estratosfera.

A equipa de investigadores do departamento Space & Techhnology da empresa portuguesa desenvolveu uma tecnologia que permite impedir o aparecimento de cristais de gelo na janela da sonda onde dão entrada os dados provenientes do espaço, como explica o presidente e o maior accionista da empresa, José Pimentão, ao Diário Económico, sem revelar o valor do investimento.

Sobre a importância desta nova tecnologia para a empresa e para a economia nacional, o mesmo responsável não deixa de assinalar como "extremamente positivas" e recorda que se trata de mais uma iniciativa para o "reforço de competências das empresas nacionais num sector tão competitivo como é a área espacial". E recorda que este reconhecimento pela inovação nacional, por parte Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES-França), entidade que gere a sonda Pilot, resulta de um trabalho que começou em 2007, com a celebração das primeiras parcerias. Mais recentemente a empresa passou a ser considerada fornecedor de primeira linha de componentes ‘hardware' para missões espaciais.

http://economico.sapo.pt/noticias/empre ... 44709.html (http://economico.sapo.pt/noticias/empresa-nacional-lanca-tecnologia-para-o-espaco_144709.html)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Maio 29, 2012, 11:16:11 pm
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Junho 06, 2012, 07:32:36 pm
Portugueses desenvolveram "outdoors" biodegradáveis


Investigadores das universidades do Minho (UMinho) e Fernando Pessoa (UFP) desenvolveram "outdoors" biodegradáveis, feitos à base de fibras de soja, milho e bambu, um projeto pioneiro que visa a proteção ambiental, foi hoje anunciado. O projeto está a ser alvo de patente e conta com apoio de empresas nacionais e internacionais.

Segundo os investigadores, esta inovação surge 24 anos após a Lei 97/88, que proíbe o uso de materiais não biodegradáveis para publicidade, "mas que, na verdade, não está a ser cumprida".

"Espero sinceramente que os anunciantes deixem de usar materiais com propriedades tóxicas e que são prejudiciais à saúde", refere Jorge Neves, docente do Departamento de Engenharia Têxtil da UMinho.

O professor considera que os novos "outdoors" biodegradáveis poderão ter um custo "semelhante" ao dos suportes convencionais, que utilizam poliéster laminado ou revestido a resina de PVC (policloreto de vinilo).

"A União Europeia restringiu muito o uso do PVC, face aos danos causados no sistema imunitário, reprodutivo e endócrino", realçou Fernanda Viana, doutorada em Engenharia Têxtil na UMinho e docente da UFP.

A engenheira publicitária confia na aceitação desta inovação, mas lembra que, face à situação económica atual, "o anunciante tende a optar pelo baixo custo, mesmo que acarrete consequências ambientais e legais".

Os primeiros cartazes ecológicos deverão ser afixados "em breve", estando igualmente prevista para dentro de pouco tempo a produção do material em série.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Junho 08, 2012, 07:25:35 pm
Vigilância nos mares europeus tem marca portuguesa


A tecnologia portuguesa GeoC2, a solução inovadora 3D para comando e controlo no âmbito da cooperação civil-militar da empresa portuguesa Inovaworks Command and Control, é hoje apresentada à Comissão Europeia, em Bruxelas.
 
Esta tecnologia será o motor da componente portuguesa do projecto europeu BlueMassMed – uma iniciativa da Comissão Europeia que inclui Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Malta, e que foi desenvolvido para fomentar a partilha de informação operacional entre 47 forças e entidades envolvidas no exercício da autoridade do Estado no mar, das quais 12 são portuguesas. O projecto quer monitorizar o tráfego marítimo destes países. Os objectivos passam, por exemplo, por controlar problemas como possíveis colisões, naufrágios e contrabando.
 
A solução GeoC2, construída no último ano e meio pela Inovaworks Command and Control (uma spin-off do laboratório de tecnologia Inovaworks), foi desenvolvida em estreita colaboração com a então Estrutura de Missão para Assuntos do Mar (EMAM), papel que veio posteriormente a ser assumido pela Direcção-Geral de Política do Mar (DGPM).
 
Este produto tem como principais elementos diferenciadores o uso de um núcleo de sistema de informação geográfico (SIG) puramente 3D, em que é possível criar e analisar áreas, corredores e volumes subaquáticos, marítimos ou aéreos de forma expedita, e a sua abertura a múltiplas organizações nacionais através da capacidade de integração, análise e partilha de informação baseada em standards abertos, oferecendo uma abordagem orientada para a disponibilidade de múltiplos serviços e redes federadas.
 
Hugo José Pinto, director-geral da Inovaworks Command and Control, afirma que a sua equipa ficou “entusiasmada com a utilização da solução de Comando e Controlo GeoC2 num projecto desta natureza e dimensão”. Foi “com muito orgulho que empenhámos uma equipa de excelência para colaborar com a DGPM”.
 
A solução implementada, esclarece, “permite a análise, a partilha de informação e a comunicação em tempo real sobre uma 'sala de situação' virtual em que todos os intervenientes das organizações portuguesas e dos parceiros europeus podem trabalhar em conjunto”.
 
Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: nelson38899 em Junho 08, 2012, 10:44:47 pm
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Helicóptero e avião não tripulados cartografam áreas ardidas | iOnline
terça-feira, 05-06-2012
i Online



 Duas "spin-off" da Universidade do Minho (UMinho) lançaram um serviço, pioneiro em Portugal, que permite cartografar as áreas florestais ardidas através da utilização de um helicóptero e um avião não tripulados, foi hoje divulgado. O projeto "Firemap", lançado pelas GeoJustiça e Pangeo, possibilita a aquisição de imagens de elevada resolução, georreferenciada e estruturada com uma base de dados geográfica nacional, no sentido de caracterizar as zonas ardidas e, possivelmente, ajudar na prevenção de futuros incêndios. "A delimitação de terrenos percorridos por incêndios assume hoje uma especial importância, pois constitui a base do planeamento de ações de recuperação de áreas ardidas, de prevenção estrutural e de organização anual do sistema de vigilância e combate. A floresta é um recurso ambiental e económico que temos que preservar. O conhecimento rigoroso destas zonas é uma necessidade", explica Carla Freitas, fundadora da GeoJustiça. Esta "spin-off" é especializada na recolha, no tratamento e na interpretação de informação geográfica de apoio à resolução de conflitos judiciais e extrajudiciais. Para além da cartografia elaborada com base nas imagens retiradas por equipamentos de voo não tripulados, será também entregue um relatório com informação detalhada sobre o número de incêndios florestais, a área ardida, o perímetro de área florestal afetada e a caracterização da vegetação existente. Segundo os promotores, esta solução responde à crescente necessidade de diversas entidades, como os Gabinetes Técnicos Florestais, a GNR, a Autoridade Nacional de Proteção Civil, a Autoridade Florestal Nacional e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, em mapear os terrenos percorridos por incêndios, através do levantamento e tratamento da informação geográfica. "O que acontece é que estes organismos não dispõem de meios, nem de know-how para o efeito", reforça Paulo Pereira, doutorado em Ciências pela UMinho e responsável da Pangeo, cujo objetivo é disponibilizar serviços ligados à conservação da natureza, à educação ambiental e à informação geográfica. O desenvolvimento do "Firemap" envolve ainda a colaboração das empresas GeoAtributo e "Passos no ar", direcionadas para o planeamento e ordenamento do território e a produção de imagens aéreas, respetivamente. "São quatro projetos empresariais de áreas distintas mas complementares, garantindo ao consórcio apoio técnico-científico e acesso ao mais moderno equipamento e a laboratórios de apoio", afirmou Carla Freitas.

http://umonline.uminho.pt/ModuleLeft.aspx?mdl=~/Modules/Clipping/NoticiaView.ascx&ItemID=64849&Mid=119&lang=pt-PT&pageid=74&tabid=13
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Junho 12, 2012, 10:50:56 pm
Cientistas inventam um frigorífico solar


Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) criaram um frigorífico solar inovador, capaz de produzir frio equivalente a cerca de 3 a 4 quilos de gelo por dia.
 
A nova invenção chama-se FRISOL e na sua base está a implementação da refrigeração por adsorção, utilizando sílica-gel, um material extremamente eficiente na retenção de moléculas de vapor, não tóxico e de baixo custo. Pode adsorver água até 40 por cento do seu próprio peso quando está fria, voltando a libertar a água ao ser aquecida.
 
A equipa da UC já construiu um protótipo com equipamento completamente autónomo, necessitando apenas de energia solar para accionar o processo de refrigeração.
 
Segundo explica José Costa, um dos coordenadores do projecto, o frigorífico solar poderá ser “muito útil em zonas remotas sem rede eléctrica, como por exemplo, em África, para a conservação não só de produtos alimentares, mas essencialmente de medicamentos. A indústria já manifestou interesse por se tratar de uma tecnologia de baixo custo”.
 
Contudo, o engenho pode ser também usado em alternativa aos frigoríficos comuns, apenas precisa de energia solar para o seu funcionamento.
 
O FRISOL consegue manter o frio durante dois ou três dias sem sol, graças ao isolamento térmico da caixa frigorífica. O princípio de funcionamento é aparentemente simples: o ‘coração’ do sistema é a sílica-gel, colocada no interior de um colector solar, completando-se o circuito com um condensador, um reservatório de condensados, um evaporador (onde é produzido o frio) e uma caixa frigorífica. O fluido refrigerante é a água, e o sistema funciona sob vácuo, sendo por isso necessário retirar todo o ar do interior do sistema.
 
Provado o conceito, o projecto vai agora entrar em fase de optimização, testes de robustez, e estudo de novas aplicações práticas.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 02, 2012, 05:45:50 pm
Seringa a laser sem agulha é portuguesa e deve chegar ao mercado em 2013


 :arrow: http://videos.sapo.pt/nsJQWuaeP8ZTtD6COkVv (http://videos.sapo.pt/nsJQWuaeP8ZTtD6COkVv)

Uma seringa a laser, sem agulha, está a ser desenvolvida em Coimbra e deverá chegar ao mercado dentro de um ano, anunciou hoje Carlos Serpa, um dos investigadores envolvidos.
 
O Laserleap (seringa a laser) é um sistema em nada semelhante às tradicionais seringas com agulha, mas que, tal como estas, permite fazer chegar o medicamento ao destino pretendido, só que sem picada e recorrendo a laser.
 
O protótipo da “seringa” foi hoje apresentado na Universidade de Coimbra (UC), onde o projeto nasceu, em 2008, por um grupo de três investigadores do Departamento de Química, que inclui também Luís Arnaut e Gonçalo Sá.
 
Através do laser, é criada uma onda de pressão que, ao chegar à pele, gera uma “espécie de tremor de terra”, deixando-a "durante alguns segundos permeável”, o que facilita a aplicação do fármaco, administrado em creme ou gel, explicou Carlos Serpa.
 
O fármaco “surte efeito mais rapidamente, nomeadamente no caso dos analgésicos tópicos”, acrescentou.
 
Aplicações no tratamento do cancro da pele e de determinadas doenças dermatológicas, administração de vacinas ou aplicações em cosmética são algumas das utilizações da tecnologia Laserleap.
 
Testado em três dezenas de estudantes do Departamento de Química, o sistema “não provoca dor nem vermelhidão, de uma maneira geral - “apenas cinco por cento dos casos, mas passa rapidamente” – e é considerado “seguro para os humanos”.
 
Vencedor da primeira edição do prémio RedEmprendia (2010), no valor de 200 mil euros, o Laserleap, levou já à criação de uma empresa - LaserLeap Tecnologies, em setembro de 2011, e atualmente incubada no Instituto Pedro Nunes – e a um pedido de patente internacional, em abril de 2011.
 
Ainda recentemente, o projeto venceu o desafio internacional lançado no Photonics West 2012, um dos maiores encontros científicos do mundo na área da fotónica.
 
A RedEmprendia é uma associação criada com apoio do Grupo Santander e orientada para o empreendedorismo, que congrega 20 universidades ibero-americanas - em Portugal, as Universidades de Coimbra e do Porto.
 
Durante a apresentação do protótipo, o presidente da RedEmpreendia, Senen Barro, classificou o projeto português de “excecional”, referindo que, na “corrida” ao prémio, estiveram outros também “bastante bons”.
 
“A qualidade de vida de muitas pessoas pode mudar radicalmente” com a nova seringa, considerou.
 
O diretor da divisão do Santander Universidades para Portugal, Marcos Ribeiro, afirmou, por sua vez, que “o país precisa agora, mais do que nunca, que as universidades prossigam o motor de desenvolvimento” que representam para o “crescimento sustentável das sociedades”.
 
Depois de salientar a importância da RedEmpreende no desenvolvimento dos projetos de investigação, o reitor da UC, João Gabriel Silva, manifestou-se preocupado com a “diminuição global dos montantes disponíveis para os projetos de investigação”, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
 
“Se estas restrições se mantiverem, é obvio que muito do percurso positivo que Portugal tem feito nos últimos 10, 15 anos vai ser posto em causa, o que é preocupante e não é compatível com as afirmações que se fazem de que as universidades são decisivas para o desenvolvimento do país”, sustentou.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 09, 2012, 06:33:19 pm
Portugal apresenta avião autónomo em feira da especialidade



O AR4 serve para missões de defesa e vigilância e foi mostrado numa das principais feiras da especialidade.

Portugal apresentou hoje numa das principais feiras de aviação e defesa mundiais o primeiro avião autónomo português. Chama-se AR4 Light Ray e foi desenhado para múltiplas missões de informação, vigilância, identificação de alvos e reconhecimento. Tem 180 cm de envergadura, 140 cm de cumprimento, atinge uma velocidade de 55 km/hr, consegue um alcance de 20km e uma autonomia de duas horas de voo. A responsável é a TEKEVER, uma empresa nacional de alta tecnologia.

Foi a primeira vez que uma empresa portuguesa apresentou com um produto desta natureza devidamente certificado para fins operacionais numa Feira Internacional da especialidade, a Farnborough Air Show, na Grã Bretanha. O mercado é dominado por norte-americanos e israelitas e está a crescer de forma vertiginosa.

As aeronaves de voo autónomo são não só um êxito tecnológico como comercial, registando um crescimento enorme de vendas em todo o Mundo, pela sua eficácia, custo operacional e ausência de risco pessoal em tarefas perigosas.

DN
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 10, 2012, 07:19:30 pm
Bombeiro cria dispositivo que protege veículos das chamas


Um bombeiro de Gouveia está a desenvolver um dispositivo que monitoriza a temperatura exterior dos veículos de combate a incêndios florestais e acciona um mecanismo para evitar a sua destruição quando surpreendidos pelas chamas. O sistema ‘Fire Protection: autoprotecção e monitorização de veículos de bombeiros para o combate a incêndios florestais’ foi criado pelo bombeiro Sérgio Cipriano, estudante no Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e administrador do portal http://www.bombeiros.pt (http://www.bombeiros.pt) em colaboração com a empresa ‘Mangualdense Bruno Pessoa'.

Segundo o mentor do projeto, este surgiu após verificar que, nos últimos dez anos, morreram em Portugal «67 bombeiros em missões de socorro, 20 dos quais em combate a incêndios florestais».

Sérgio Cipriano explicou que o Ministério da Administração Interna aprovou, em 2010, um despacho que prevê que os novos veículos de combate a incêndios florestais disponham de uma estrutura tubular externa com cortina de protecção accionada, em caso de emergência, do interior da viatura.

No entanto, «se ninguém carregar no botão [para que a motobomba entre em funcionamento e lance uma cortina de água], a viatura acaba por arder», observou.

O dispositivo ‘Fire Protection’ vem, segundo este bombeiro, colmatar esta falha, permitindo proteger os homens e o veículo de forma mais eficaz.

«Com a aplicação de sensores de temperatura em redor do carro, conseguimos captar a temperatura que está exteriormente e, assim, o dispositivo, que foi aprovado em portaria, acciona automaticamente sem estar dependente da mão humana», disse Sérgio Cipriano à agência Lusa.

A tecnologia está em desenvolvimento, faltando apenas «definir qual é a temperatura ideal que se pretende monitorizar no exterior», adiantou.

Em caso de acidente, o sistema também notificará a central de telecomunicações ou o comandante das operações, fornecendo as coordenadas GPS da viatura para envio imediato de meios de auxílio.

O dispositivo será ainda suportado por um software que identifica, com precisão, um veículo num mapa cartográfico, tendo possibilidade de o imobilizar em caso de roubo e de enviar alertas para a central de telecomunicações em caso de capotamento, indicou.

O sistema "Fire Protection" terá um custo estimado de 1.600 euros, mas pode salvar vidas e evitar a destruição de veículos durante o combate às chamas, segundo o responsável.

«É um dispositivo que acaba por ter um valor (custo) residual», disse Sérgio Cipriano, assinalando que um veículo de combate a incêndios florestais «custa entre 100 a 200 mil euros».

O sistema ficou em segundo lugar no concurso regional de inovação e empreendedorismo promovido pelo IPG.

Na tarde do próximo sábado, o dispositivo será apresentado em Famalicão da Serra, Guarda, durante a sexta jornada de análise ao incêndio florestal registado em 9 de Julho de 2006, que vitimou um bombeiro e cinco sapadores chilenos.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Julho 11, 2012, 03:56:09 pm
O novo parceiro dos agentes de segurança é um robô e é português
É um robô português que patrulha espaços, anda sozinho e detecta fumo, gás, água e pessoas. Com câmaras e sensores, o objectivo é facilitar o trabalho dos agentes de segurança, mas ainda precisa destes para uma boa supervisão.

Com cerca de 1,60 metros de altura e uma forma cónica, mais larga na base para ter estabilidade, a invenção, que ainda não tem nome, actua como vigilante e funciona como uma espécie de parceiro dos agentes de segurança humanos que a podem programar consoante as suas necessidades.

“Pode ser telecomandado ou fazer a ronda, porque ele reconhece o local”, explicou ao PÚBLICO Carlos Pinho, gestor do projecto que partiu do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC-TEC) do Porto. Para tal, basta que sejam marcados pontos num mapa e exportados para o robô.

Com recurso a sensores de fumo, humidade, monóxido de carbono, movimento, entre outros, o robô “consegue detectar ameaças de diferentes tipos de forma automática e enviar alarmes para os operadores humanos”, que configuram a sensibilidade dos sensores a partir dos quais desejam receber alertas, conta o gestor do projecto.

Deste modo, adapta-se a espaços e ambientes com características diferentes, como fábricas ou centros comerciais. “Numa fábrica, por exemplo, a temperatura definida será mais alta do que num shopping. [O operador de segurança] só é alertado quando há alarmes que ultrapassam o que foi definido”, concretiza Carlos Pinho.

Outras funcionalidades do robô são os modos de visão térmica, em alta definição ou a 360 graus, que permitem a detecção de formas humanas e são particularmente úteis quando os seguranças humanos têm de se ausentar. O autómato transmite streams de vídeo em tempo real e emite notificações de ocorrências anormais. É igualmente capaz de tirar fotografias na ausência total de luz, com recurso a um sensor de infravermelhos.

Entre as suas valências, o robô consegue reconhecer matrículas, que depois são comparadas com outras assinaladas como suspeitas em bases de dados, podendo desempenhar funções num parque de estacionamento. “E com as câmaras térmicas, através da temperatura do motor e dos pneus, consegue detectar se o automóvel chegou há pouco tempo”, acrescenta.

O gestor do projecto ressalva, no entanto, que o robô foi criado para servir de “complemento às actividades de segurança actuais”, estando sempre dependente de um humano para uma supervisão eficaz. “Não é um elemento que, perante uma ameaça, consiga tomar uma acção. Nem sequer tem braços”, explica Carlos Pinho. “Quanto muito, pode andar à volta da pessoa, mas não pode derrubá-la”, acrescenta, salientando a importância do robô em operações que possam implicar riscos para os agentes de segurança humanos.

O robô está patrulhar experimentalmente os corredores do Centro Empresarial Lionesa, em Leça do Balio. "Os operadores humanos gostaram muito de trabalhar com o robô e reconheceram-lhe utilidade”, afirmou o gestor do projecto.

No futuro, o plano para o protótipo, que é fruto de um consórcio de empresas, que contou com a investigação e desenvolvimento do INESC-TEC, passa pela exportação. Ainda em fase de certificação, há interesse para que no final do ano sejam produzidas algumas unidades, ainda não estando definido qual o modelo de comercialização a aplicar.

In Publico
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Julho 11, 2012, 10:37:25 pm
Está pronta a primeira «Scooter» elétrica portuguesa
Investigadores do Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra (ISR/UC) desenvolveram a primeira «scooter» portuguesa totalmente elétrica que, através de tecnologia inovadora, permite configurar o sistema de propulsão ao gosto de cada utilizador.

As inovações presentes no protótipo incluem a comunicação entre o grupo propulsor, o controlador (um ‘tablet pc' com sistema operativo Android), as baterias ou o carregador através de um sistema sem fios (bluetooth).

A ‘scooter’ foi «pensada e desenvolvida num contexto de utilizador urbano. Todos os principais dispositivos comunicam entre si, permitindo fazer uma gestão inteligente do conjunto», disse à agência Lusa Ana Vaz, coordenadora do projeto.

O protótipo possui três modos de utilização - Eco, Sport e Safety - «completamente configuráveis» e dispensa a tradicional chave, utilizando um cartão sem o qual a moto não funciona e que insere no sistema de controlo do perfil de cada utilizador.

«Uma família pode ter três ou quatro cartões: os pais podem andar num modo que permita a velocidade máxima e os filhos, com a chave em modo ‘Eco', podem acelerar ao máximo que a moto não ultrapassa os 60 km/h», exemplificou Ana Vaz.

A investigadora admitiu que a equipa que lidera «não foi regrada» ao construir o protótipo em termos de custos, nem ele foi pensado, à partida, como modelo de negócio.

«Mas, como protótipo, tem um preço excecional, equivalente ao preço de entrada de gama de uma ‘maxi scooter’ de 200 ou 400 cm3 de cilindrada», com preços que «rondam os 5 mil euros», frisou.

Ana Vaz avançou ainda que o protótipo desenvolve uma potência de 13,6cv numa utilização normal, podendo atingir picos de 28cv em utilização «mais intensa».

Com a carga de bateria completa, a autonomia varia entre os 70 km «em utilização mais aguerrida, com muitas subidas e descidas e os 140 km em utilização económica», referiu a investigadora.
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 16, 2012, 10:55:20 pm
Universidade de Aveiro cria sistema para monitorizar e detectar quedas de idosos


Investigadores do Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática da Universidade de Aveiro (IEETA/UA) estão a desenvolver um sistema de monitorização contínua de idosos e detecção de quedas, anunciou hoje aquela Universidade. O sistema envolve dois pequenos dispositivos embebidos em têxteis sob a forma de peças de vestuário e atinge sensibilidades acima dos 90 por cento para a detecção de postura e 80 por cento para a detecção de quedas.«Ainda estamos em fase de desenvolvimento, mas o objectivo é que venha a ser produzida uma peça de roupa que integra os módulos, para enviar a informação para um computador ou outro dispositivo de um familiar ou instituição», disse à agência Lusa Óscar Pereira, que integra a equipa responsável pelo projecto.

Segundo este investigador da Universidade de Aveiro, o sistema indica a postura de cada pessoa e, no caso de quedas, dá o alerta para um computador ou telemóvel. Simplicidade, baixo custo e eficácia são características do sistema inovador que foi já distinguido com o prémio para a melhor demonstração de «tecnologia vestível» para saúde personalizada, no âmbito de uma conferência internacional realizada no Porto, entre 26 e 28 de Junho.

O trabalho, da autoria de Óscar Pereira, de David Ribeiro, Susana Brás, sob coordenação de João Paulo Cunha, foi avaliado com base numa demonstração efectuada numa das sessões da conferência.

«Falta agora ver se há investidores interessados na sua produção e comercialização», comentou Óscar Pereira.

Desenvolvido no âmbito do projecto "Vital Responder", que surgiu na sequência do "Vital Jacket" (que monitoriza sinais vitais), o sistema tem financiamento do programa Carnegie-Mellon Portugal, sendo o IEETA o parceiro líder de projecto, que envolve a Universidade do Porto e a de Carnegie-Mellon, nos Estados Unidos da América, além da empresa Biodevices, spin-off da Universidade de Aveiro.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Setembro 11, 2012, 12:47:23 pm
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Português cria gel «revolucionário» para tratar feridas crónicas

Um investigador português criou um gel «inovador» com células estaminais para o tratamento de feridas crónicas, mas para a aplicação desta terapêutica é preciso encontrar células criopreservadas compatíveis com o doente e que possam ser doadas.

A empresa Crioestaminal, que financiou em cerca de 300 mil euros a investigação, apresentou publicamente, nesta segunda-feira, o que apelida como um ¿«gel revolucionário com células estaminais do cordão umbilical para o tratamento de feridas crónicas».

Segundo o cientista Lino Ferreira, o gel deverá ser especialmente aplicado em pessoas diabéticas com úlceras nos pés que já não cicatrizam.

«É um gel que contem células estaminais do sangue do cordão umbilical e células derivadas destas células estaminais [endoteliais]» que é aplicado na ferida.

No entanto, o investigador admite que este gel não promove o tratamento, ou cicatrização completa das feridas, apenas «ajuda a cicatrizar».

A fabricação do gel, quando estiver comercializado, também obedece a regras, a principal das quais é a compatibilidade entre o dador e o doente.

Lino Ferreira explicou que primeiro é preciso encontrar um dador compatível com o doente específico e que, só então, é fabricado o gel com aquelas células, para aquele doente em particular.

A compatibilidade não parece ser problema, já que nestes casos não é preciso haver «compatibilidade completa», disse o investigador, especificando que «não serão necessárias muitas amostras, nem um leque muito grande de dadores para encontrar essa correspondência».

Para procurar células estaminais do cordão umbilical compatíveis, à partida, terá de ser com recurso a células criopreservadas.

No entanto, as células criopreservadas em bancos privados de células estaminais, como é o caso da Crioestaminal, são apenas para uso do próprio dador ou da família, pelo que um diabético não poderá contar com nenhuma das centenas de células criopreservadas nestes bancos.

Questionado sobre isto, o investigador não especificou qual seria a fonte deste material genético, limitando-se a responder que a procura «seria do ponto de vista alargado, junto de banco público ou privado».

O investigador diz que antes de dez anos não será possível ter o gel comercializado e não se compromete com datas para início dos ensaios clínicos com pessoas, adiantando apenas que está à procura de um parceiro que financie os ensaios, com um custo inicial estimado em um milhão de euros.

André Gomes, fundador e administrador da Crioestaminal, avança contudo que os ensaios serão lançados até ao final do ano, para estarem já a ser feitos a partir do próximo ano, com um grupo de 20 a 30 pacientes, por um período de dois a três anos.

Quanto ao financiamento, André Gomes garantiu que a Crioestaminal será o principal financiador do projeto e que está agora em negociações para arranjar um parceiro.
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 28, 2012, 06:11:22 pm
Investigador de Aveiro desenvolve nanofluído «super» refrigerante


Bruno Silva tem uma visão. Uma nave levanta voo a caminho de Marte. Pela primeira vez o Homem vai pisar o planeta vermelho. As altas temperaturas na descolagem e as enormes oscilações térmicas que o vaivém sofrerá durante os meses de viagem até ao distante objectivo não são problema já que o sistema de refrigeração da nave funciona na perfeição. O segredo que baixa e sobe as violentas temperaturas, e as mantém ao gosto das máquinas e dos astronautas, é um nanofluído desenvolvido pelo Bruno no Centro de Tecnologia Mecânica e Automação da Universidade de Aveiro (UA).

A visão futurista do investigador pode não estar muito longe da realidade. O fluído que está a desenvolver já ganhou o adjectivo de inovador pois, em relação a outros líquidos que alimentam os actuais sistemas de refrigeração, permite melhorias enormes na performance dos equipamentos.
 
«Já provámos que o fluído consegue sobreviver e manter-se estável ao longo da descolagem do vaivém», desvenda o investigador, antigo aluno de mestrado no Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da UA, local onde agora arregaça as mangas num doutoramento em Sistemas Energéticos e Alterações Climáticas. Muitos testes vão ser ainda precisos para que a contagem decrescente possa, um dia, contar com a resistência e eficácia do nanofluído desenvolvido pelo Bruno. Mas já faltou mais.
 
Afinal que fluído é esse? «Nós não inventámos a pólvora, simplesmente estamos a melhorá-la», diz o investigador membro da equipa de cientistas do DEM que, nos últimos anos, sob coordenação da investigadora Mónica Correia, se tem dedicado ao desenvolvimento do prometedor sistema.
 
Com pormenores irreveláveis ainda fechados no segredo do laboratório, Bruno Silva explica que o fluído tem um material base constituído por água e etilenoglicol, usados em qualquer sistema de refrigeração. A essa mistura são adicionadas nanopartículas, constituídas por nanotubos de carbono.
 
O aspecto final da mistura tem como resultado, pelo menos o visível a olho nu, um líquido escuro ao qual, carinhosamente, a equipa de investigadores chama «a nossa tinta preta».
 
E que inovação tem «a nossa tinta preta»? «A elevada condutividade térmica e a estabilidade ao longo do tempo», responde Bruno Silva. O cientista garante que as características do nanofluído permitem, quando comparado com os líquidos usados nos actuais sistemas de refrigeração, melhorar em mais de 20 por cento a sua eficácia. Assim, se se pensar, não só nos sistemas de refrigeração convencionais, seja o normal ar condicionado ou o que garante que o nosso computador pessoal não expluda, mas também nos que regulam as temperaturas dos super computadores e servidores, das enormes máquinas de diagnóstico da medicina nuclear, das centrais nucleares ou das naves espaciais, uma poupança energética em 20 por cento assume proporções multimilionárias.
 
Testes em laboratório garantem que a equipa do Bruno está no caminho certo. «Sabemos que o nanofluído funciona, só não sabemos o quão bem funciona», explica. Saber a quantidade certa de nanopartículas a utilizar para que «a nossa tinta preta» obtenha ainda melhores resultados e perceber exactamente que reacções químicas e físicas estão na base dos resultados «fabulosos» que a equipa tem alcançado são as prioridades da equipa de investigadores do DEM. É que com as duas respostas obtidas, a visão inicial do Bruno pode, perfeitamente, ser uma previsão absolutamente certeira.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 05, 2012, 06:15:14 pm
Investigadores de Aveiro constroem o "fórmula 1" da monotorização topográfica


Realizar levantamentos topográficos a pé, metro a metro, hora a hora, a passo de caracol e com elevados custos é um método do passado.
 
Uma equipa de investigadores do Instituto de Telecomunicações e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro acaba de desenvolver um sistema de caracterização topográfica muito mais rápido, barato e eficaz quando comparado com a prática tradicional.
 
Chama-se «sistema integrado de alta resolução para monotorização topográfica» e mantém a elevada precisão do rigoroso método realizado a pé. Instalado num todo o terreno, que pode ser uma vulgar moto 4, o aparelho transforma-se num "fórmula 1" e consegue caracterizar uma média de 30 a 40 hectares por hora.
 
Está equipado com receptores GPS e um distanciómetro laser. Este último equipamento permite calcular a distância entre as posições obtidas pelos recetores GPS e a superfície do terreno. O sistema, preparado essencialmente a pensar em grandes extensões de terreno, permite ainda que todos os dados sejam recebidos numa unidade de sincronização da informação a partir da qual os dados são processados, podendo este sistema funcionar em qualquer parte do globo por quem tem de decidir.
 
A equipa de investigadores quer que, por exemplo, gestores das orlas costeiras ou responsáveis por obras que exijam grandes e precisos estudos de terreno tenham ao dispor informações precisas sobre o terreno onde querem agir.
 
“Este tipo de sistema de levantamento topográfico permite, a partir dos modelos digitais de terrenos, extrair inúmeros dados que podem ser usados de forma imediata pelos gestores de litoral”, garante Paulo Baganha Baptista, coordenador do projecto e especialista em Ecossistemas Marinhos e Modelação.
 
Face ao grave cenário de erosão costeira que assola diversas zonas do litoral português, o investigador aponta que “conhecer exactamente as variações morfológicas dos terrenos costeiros ao longo do tempo é fundamental para que se tomem decisões acertadas” na defesa, principalmente, das zonas que têm frentes urbanas expostas ao avanço do mar.
 
O mercado africano, nomeadamente o dos países de língua oficial portuguesa onde grandes obras avançam todos os dias, é outro dos horizontes que a equipa quer monitorizar.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 08, 2012, 05:00:26 pm
Teste criado em Coimbra permitirá reduzir ensaios da indústria cosmética com animais


Três investigadores da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveram um teste que permite avaliar o potencial alergénico cutâneo e «reduzir significativamente» as experiências com animais na indústria de cosméticos, anunciou hoje a instituição. Trata-se de «um teste inovador 'in vitro' baseado na utilização de células de pele imortalizadas», o qual, através da análise de diversos parâmetros, permite conhecer «o potencial alergénico cutâneo de químicos antes da sua introdução no mercado».

O projecto resulta de estudos realizados nos últimos seis anos pelos investigadores Teresa Cruz Rosete, Bruno Neves e Susana Rosa, do Centro de Neurociências e da Faculdade de Farmácia da UC, e esteve na origem da empresa Toxfinder, que está em incubação no Instituto Pedro Nunes (IPN).

A Toxfinder «é uma empresa de prestação de serviços no âmbito da toxicologia», disse Teresa Rosete à Lusa, indicando que a sua equipa pretende alargar a aplicação do teste à área das alergias respiratórias.

«Estamos agora a tentar financiamentos, ao nível do Quadro Nacional de Referência Estratégico Nacional (QREN), para pôr a empresa a andar», adiantou.

Denominado Sensitiser Predictor, o teste visa evitar o sacrifício de animais em laboratório e «já foi distinguido com vários prémios nacionais e internacionais», segundo uma nota da assessoria de imprensa da Reitoria da Universidade de Coimbra.

Além de cumprir a imposição legislativa da União Europeia «no sentido de abolir a utilização de animais em testes de produtos da indústria de cosmética», o Sensitiser Predictor é um método «muito mais rápido do que os que recorrem aos ensaios em ratinhos, mais económico e passível de ser usado em grande escala», assegurou Teresa Rosete.

A docente da Faculdade de Farmácia de Coimbra salientou que os seus sócios na Toxfinder têm actualmente ligações a outras instituições científicas da região: Bruno Neves é docente da Universidade de Aveiro, enquanto Susana Rosa é investigadora do Biocant, de Cantanhede.

Com uma patente internacional em fase de avaliação, o projecto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, carece também da validação do European Centre for the Validation of Alternative Methods, para ser considerado «teste de referência» nos países da OCDE.

Apesar da pressão da União Europeia «para se acabar com os ensaios em animais, a verdade é que ainda não existem testes alternativos para diversos itens de toxicidade, nomeadamente sensibilização cutânea», refere a nota da Universidade de Coimbra.

Para Teresa Rosete, o Sensitiser Predictor poderá marcar «a mudança de paradigma na avaliação da toxicidade» de compostos químicos, quando a comunidade científica internacional «está precisamente a apostar no desenvolvimento de métodos simples e rápidos, para substituir os testes em animais».

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 16, 2012, 12:15:22 pm
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Edu em Novembro 04, 2012, 07:03:51 pm
Metalsines tenta conquistar mercado internacional com vagão inovador
04.11.2012 - 17:03 Por Carlos Cipriano

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Novo veículo simplifica transporte de camiões em comboios e é mais funcional e mais barato do que qualquer outro usado no mundo inteiro. Já há compradores e investidores interessados, diz a empresa.


Chama-se Eco-picker, o vagão de comboios patenteado pela Metalsines destinado a transportar veículos pesados e que pode revolucionar a maneira como o transporte rodoviário se pode articular com o caminho-de-ferro.

O novo veículo é de uma simplicidade desarmante quando comparado com outras soluções existentes no mercado. É composto por três peças: uma plataforma rebaixada, na qual pousa o camião, que encaixa em dois bogies (rodados). Esse estrado metálico pode subir ou descer ao nível do solo permitindo a entrada ou saída do veículo, bastando desatrelar um dos bogies.

"Esta solução não implica nada de sistemas hidráulicos, nem de ar comprimido, nem eléctricos, nem electrónicos. É apenas mecânica, o que lhe permite uma manutenção simples e barata", diz Silva Santos, director-geral da empresa, que realça o facto de a operação de entrada ou saída dos camiões não necessitar praticamente de pessoal nas estações.

O transporte de camiões semi-reboques em comboios de mercadorias é hoje usual em todo o mundo devido às vantagens óbvias em transferir tráfego rodoviário para o caminho-de-ferro. A viagem sobre carris propriamente dita é o mais fácil, mas o que torna a intermodalidade rodoferroviária complexa são as operações de carga e descarga dos camiões no comboio.

Existem diferentes tipos de vagões para esse efeito, sendo mais comuns os sistemas francês, alemão e sueco, mas Silva Santos diz que o da Metalsines é o menos moroso de todos e até nem precisa de cais de embarque, podendo a operação decorrer em qualquer local onde haja carris embutidos (que estão ao nível do solo, normalmente incrustados em cimento ou alcatrão, em vez de assentes em travessas e brita).

"No limite, o camião até pode sair numa passagem de nível e fazer-se à estrada", diz este responsável, que referiu a vantagem deste sistema para transportar camiões para estaleiros de obras em locais afastados das estradas, como minas ou barragens. A operação pode ser realizada em 30 segundos, ao contrários dos sistemas actuais que demoram entre cinco e dez minutos.

O preço é também concorrencial. Um vagão para transportar semi-reboques ronda os 200 mil euros, enquanto o da Metalsines deverá ser comercializado por 130 a 140 mil euros.

O Eco-picker foi apresentado em Setembro em Berlim, na Innotrans, a maior feira mundial da indústria ferroviária e, segundo Silva Santos, foi um êxito. "Mostraram-se interessados operadores logísticos suíços, suecos, gregos, ingleses, franceses, sul-africanos, americanos, brasileiros", disse. Um interesse também partilhado pelos próprios operadores ferroviários de mercadorias, havendo potenciais clientes na Austrália, Argentina, Uruguai, Canadá, França, Itália e Tunísia.

O êxito deste sistema - que Silva Santos reconhece ser um autêntico ovo de Colombo - deve-se à ideia de um consultor externo, um português que trabalha em Moçambique, onde foi confrontado com a necessidade de fazer chegar camiões por comboio a sítios distantes e onde quase não há estradas.

A empresa quer começar a produzir em série, mas não enjeita parcerias com estrangeiros dadas as limitações da Metalsines para fazer uma grande fábrica em Portugal. Canadianos e polacos são possíveis candidatos a partilharem as vantagens desta patente.

O projecto do Eco-picker representou para a Metalsines um investimento de 300 mil euros. Se a sua produção em série se concretizar com o sucesso que se prevê, será necessário um investimento adicional de 2,5 milhões de euros em duas novas naves e em equipamentos. O número de postos de trabalho criados deverá ficar, segundo a empresa, entre 250 e 500.

A Metalsines nasceu nos anos 1970, sob tutela do Estado, com uma carteira de encomendas de 3030 vagões destinados à CP. Nos anos 1980, o Instituto de Participações do Estado era ainda o seu maior accionista, mas na década seguinte a empresa integra a Senete, uma holding que incluía a Mague e a ABB. Esta última, ao assumir o controlo da holding, passou a deter a Metalsines e a Sorefame, que, por sua vez, mudariam várias vezes de mãos - Daimler-Benz, ADTranz, Daimler-Chrysler - até que em 1999 a metalomecânica de Sines é vendida à Netincome SGPS, passando, três anos depois, para o grupo Castele.

Em 2004, a Metalsines esteve à beira da falência, tendo ficado sob o controlo do Banif até 2008, ano em que é adquirida pelo actual proprietário, o grupo FTM (Francisco Tavares Machado).

A empresa - que emprega 30 trabalhadores efectivos e recorre a trabalho temporário para responder a momentos de mais trabalho - terminou recentemente as últimas encomendas de vagões para a CP e para a Takargo. Silva Santos diz que o mercado nacional está agora deserto e critica a opção do Estado português por colocar a EMEF (empresa do grupo CP) a produzir vagões naquilo que considera ser concorrência desleal.

Neste momento, as prioridades têm estado na tentativa de responder a concursos para os mercados emergentes e na conclusão de um grande trabalho para um cliente italiano. O Eco-picker poderá ser agora o novo fôlego da empresa.


Porque é que o estado em vez de usar o dinheiro do FMI para enterrar nos bancos não apoia empresas como estas, que assim em vez de terem de partilhar o volume de negócios com parceiros internacionais faziam tudo em Portugal.
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 13, 2012, 07:10:13 pm
Universidade de Aveiro faz energia a partir quase do nada


Um futuro sem pilhas. É este o sonho dos investigadores da Universidade de Aveiro, Nuno Borges Carvalho e Alírio Boaventura, que criaram um sistema que converte ondas de rádio em energia eléctrica. O primeiro exemplo do trabalho que está a ser desenvolvido pelos dois cientistas portugueses é um comando de televisão sem pilhas, que ainda é um protótipo, mas que pode rapidamente ir parar à casa de quem gosta de fazer zapping, mas não quer gastar dinheiro a trocar pilhas.

«É um projecto único no país e é um dos resultados mais visíveis do trabalho levado a cabo pala academia de Aveiro no que toca à transferência de energia sem fios», anuncia em comunicado a Universidade de Aveiro, lembrando que «só em Portugal os telespectadores gastam anualmente cerca de 3 a 4 milhões de pilhas para mudarem de canal sentados no sofá».

O telecomando desenvolvido por Alírio Boaventura, investigador do Instituto de Telecomunicações (IT) da Universidade de Aveiro (UA), pode mesmo provocar uma verdadeira revolução ecológica ao permitir que as pilhas, que são altamente poluentes, sejam uma coisa do passado.

Constituído apenas por uma placa de circuitos e, para já, por quatro botões que permitem mudar de canal e regular o volume, o segredo do telecomando antipilhas, explica a Universidade, «está na sua antena conversora de energia».

É esta antena que converte em energia elétrica DC as ondas de rádio emitidas por um leitor RFID previamente instalado no televisor.

«Um modelo possível de exploração desta tecnologia passa por, futuramente, incorporar o sistema rádio (RFID) em dispositivos como televisores. Alternativamente e de forma a garantir compatibilidade com os equipamentos já instalados, um adaptador de radiofrequência para infravermelhos poderá ser usado», explica Alírio Boaventura.

Nas experiências feitas, os cientistas desenvolveram uma antena que transforma o sinal eletromagnético numa corrente elétrica contínua capaz de ligar duas lâmpadas LED.

«Se fosse junto da antena de TV do Monte da Virgem, em Gaia, daria para ligar bem mais do que dois LEDs», garante Nuno Borges Carvalho, investigador do IT e um dos responsáveis pelos avanços que a UA tem feito no estudo de um filão energético que paira no ar à espera de ser aproveitado, a conversão de radiofrequências em eletricidade.

«Este princípio pode ser aplicado a qualquer tipo de emissão eletromagnética, quer seja rádio FM, TV, Wi-Fi ou GSM, o que permite que, no futuro, se possa vir a carregar a bateria de dispositivos móveis sem estar dependente de uma única frequência», aponta Nuno Borges Carvalho, numa nota do gabinete de imprensa da Universidade de Aveiro.

«Com esta tecnologia vai ser possível, por exemplo, criar chaves de carros que estão sempre a coletar energia das comunicações rádio e que só a gastam quando são usadas. O conceito também pode ser útil para criar sensores ambientais, alarmes, lanternas ou até mesmo fornecer energia ‘gratuita’ à iluminação pública situada num raio à volta do retransmissor da estação de rádio», prevê Nuno Borges Carvalho. «Em qualquer destes casos temos a vantagem de dispensar o uso de pilhas ou de energia elétrica da rede pública», diz o investigador.  

SOL
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 26, 2012, 09:53:23 pm
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 06, 2012, 07:55:28 pm
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 01, 2013, 06:11:41 pm
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 03, 2013, 02:44:05 pm
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 03, 2013, 08:37:46 pm
Empresa portuguesa cria nanopartícula antimosquitos


A Success Gadget desenvolveu uma nanopartícula de sílica que pode ser aplicada na indústria têxtil, na construção civil e mesmo em saúde. A empresa de Barcelos já está a desenvolver diferentes princípios activos para a nanopartícula, atribuindo-lhe, por exemplo, capacidade de repelir mosquitos, tão perigosos quanto o mosquito do dengue e da malária.
 
César Martins, formado em biotecnologia, e o “inventor” desta tecnologia funcional, explica que “já havia algumas coisas do género no mercado mas tinham fraca durabilidade e eficiência”.
 
O produto com assinatura portuguesa distingue-se pela resistência a “80 lavagens” e quando aplicado em tintas, vernizes ou argamassas, “atinge uma durabilidade de cinco anos", pormenoriza César Martins.
 
Foram necessários dois anos de estudo para a empresa chegar às nanopartículas de sílica onde agora apenas modificam o princípio activo para os vários efeitos que desejam alcançar: antimosquitos, antimicrobiano, antimicótico, entre outros.
 
A este projecto das nanopartículas chamaram Smart Container que alia inovação a preocupações ecológicas. “Por um lado, a nanopartícula antimosquiteira não mata os mosquitos, afasta-os, e, por outro, todos os nossos produtos têm o menor grau de toxicidade possível, tanto para animais como para pessoas”, sublinha César Martins.
 
As nanopartículas não travam batalhas apenas contra os mosquitos. Para breve, a empresa vai ter meias antimicóticas "para o pé de atleta", luvas antifrieiras e meias para o pé diabético “que previnem infecções e ajudam na circulação”.
 
Neste momento, os produtos Smart Container são sobretudo comercializados para países estrangeiros como Angola, Moçambique e Estados Unidos da América.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Janeiro 08, 2013, 10:26:00 am
In Diário Economico
Uma empresa portuguesa, a FLUPOL, em parceria com o INESC Porto, criou um sistema de pintura robotizado que reproduz os movimentos de um operário especializado.

Empresa diz que invenção poupa oito anos de formação de um operário especializado. E quer apostar na exportação para o Brasil.

É o primeiro robot pintor do mundo. E foi criado por um consórcio nacional que integra a FLUPOL, o INESC Porto, a Companhia de Equipamentos Industriais e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que foi a responsável pelo sistema de aprendizagem.

É um manipulador industrial que reproduz os movimentos humanos efectuados pelos operários especializados, através da aprendizagem através de visão artificial. Uma invenção que permite libertar os pintores das tarefas repetitivas, minimizando também o seu contacto com ambientes agressivos (tintas, dissolventes, etc). A empresa garante ainda que, com este sistema robotizado, é possível "poupar oito anos de formação de um operário especializado".

Cada robot é programado directamente pelo próprio operário, que o prepara em todos os níveis: velocidade, aceleração, etc. O controlo é feito remotamente por computador e não há partilha de informação confidencial com elementos externos.

"Uma aposta que a FLUPOL - que já exporta mais de 75% do que produz - considera uma oportunidade para crescer ainda mais nos mercados externos através da internacionalização de novas unidades de produção", como diz o CEO, José Bandeira, que espera ainda "aumentar a competitividade nos mercados internacionais porque o preço do produto vai incluir custos de distribuição e taxas alfandegárias", que José Bandeira acredita que "em mercados-chave como o Brasil, pode fazer toda a diferença".
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 08, 2013, 05:42:28 pm
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Edu em Janeiro 15, 2013, 01:18:07 pm
Ovo estrelado instantâneo vai ser primeira patente portuguesa no sector dos ovos
Lusa  15/01/2013 - 10:41

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Projecto da Derovo não leva gordura e os mercados muçulmanos são o principal alvo para a sua comercialização.

Um ovo estrelado instantâneo, produzido por uma máquina ainda em protótipo, será a primeira patente portuguesa no sector dos ovos, disse na segunda-feira o administrador do grupo Derovo, líder do projecto.

O protótipo funcional para a produção em contínuo de ovos estrelados, desenvolvido ao longo de quatro anos, foi apresentado, em Pombal, à ministra da Agricultura Assunção Cristas, e os promotores do projecto "Egg Ready" garantem que o produto, que é depois embalado individualmente, está pronto a ser consumido como um ovo estrelado normal, após ser aquecido num forno micro-ondas.

"Vai ser uma patente da primeira tecnologia portuguesa para o sector dos ovos, dominada por alemães e holandeses", disse Amândio Santos, administrador executivo da Derovo.

Assunção Cristas assistiu à produção dos ovos estrelados que saíam de uma máquina, com a cadência de 100 ovos por hora, idealizada pelo Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho e construída pela firma Valinox, parceiros no projecto.

"Até no ovo estrelado é possível inovar, não há limites à nossa imaginação", frisou Assunção Cristas perante as explicações do funcionamento da máquina.

A ministra considerou que o ovo estrelado "é altamente nutritivo", possuindo "todas" as proteínas diárias necessárias e, no caso do projecto do grupo Derovo sem "o problema do colesterol" por não ter gordura na sua confecção.

O gestor confirmou que o ovo "não leva gordura" e que é feito em três fases, variando o tempo de permanência na máquina "consoante se pretende a gema mais cozida ou mais líquida".

Amândio Santos apontou os mercados muçulmanos como estando "ávidos" por um produto desta natureza.

"É a grande aposta através do ovo congelado, a Fly Emirates (companhia de aviação) vai ser o primeiro cliente de catering deste produto", revelou.

O responsável destacou ainda a colaboração entre a Universidade do Minho e a empresa, frisando que "cada vez mais" as empresas têm dificuldades em alocar recursos financeiros às áreas da inovação.

"As universidades perceberam as necessidades das empresas e as empresas a linguagem das universidades. Hoje está criada uma relação de parceria perfeitamente possível para potenciar a inovação das empresas sem um custo demasiado elevado", frisou o empresário.

Já António Vicente, docente da Universidade do Minho, explicou que a instituição estudou duas vertentes do projecto: por um lado o processo de conservação do ovo e, por outro, a construção da máquina que o iria processar.

"A ideia era produzir, em contínuo, ovos estrelados que depois possam ser embalados, guardados durante um tempo razoável [três semanas em fresco e 18 meses em congelado] que permita a sua exportação e o consumo na hotelaria, restauração e serviços de ‘catering’", explicou.

O professor do Departamento de Engenharia Biológica frisou que tiveram de ser estudadas temperaturas, tempos, formas de embalamento e a maneira de preservar o ovo "e garantir que teria a sua qualidade intacta" até ao final do processo.

Leonel Conceição, director de produção da Derovo, frisou que o projecto teve um custo de cerca de 300 mil euros e avançou depois de várias empresas clientes do grupo pedirem "uma solução" para eliminarem a presença de ovos com casca nas suas cozinhas, por uma questão de higiene e segurança alimentar.

O próximo passo é projectar um equipamento, até final de 2013, "uma vez que o protótipo funciona lindamente" ao nível de produção em massa à escala industrial, que tem um custo estimado de cerca de meio milhão de euros.

http://publico.pt/economia/noticia/ovo-estrelado-instantaneo-vai-ser-primeira-patente-portuguesa-no-sector-dos-ovos-1580759
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 26, 2013, 07:30:28 pm
Universidade do Minho cria pavimento que muda de cor quando há gelo na estrada


Uma equipa da Universidade do Minho (UMinho) desenvolveu um pavimento que muda de cor quando se forma gelo na sua superfície, uma tecnologia que poderá evitar acidentes e vítimas nas estradas de todo o mundo, anunciou hoje aquela academia. O pavimento consegue ainda retirar manchas de óleo da via.
 
Segundo a UMinho, esta “inovação mundial” deve-se à introdução de nanocompósitos à base de óxidos nos pavimentos tradicionais.
 
Joaquim Carneiro, do Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho e líder do projeto, explicou que quando a temperatura baixa ao ponto de congelação da água (0ºC) é produzida uma reação que leva o asfalto a adquirir a cor vermelha.
 
“Os condutores conseguem, assim, visualizar as zonas encarnadas em que se formam as placas de gelo e tomam as devidas precauções”, disse ainda.
 
Além disso, as minúsculas partículas à base de óxidos têm a capacidade de limpar o próprio asfalto.
 
Reagem quimicamente com o óleo que sai dos veículos em acidentes ou em derrames no asfalto, degradando o óleo e convertendo-o em dióxido de carbono e água
 
A pesquisa de Joaquim Carneiro foi apresentada numa conferência internacional e “já despertou o interesse” dos governos da Finlândia e Portugal.
 
Depois das provas laboratoriais na UMinho, será agora testada em ambiente real, numa autoestrada da região Centro, cujas condições de rigor climático, altitude, humidade e temperatura são consideradas propícias.
 
“Acreditamos que os testes vão ser positivos e a implementação deste ‘asfalto inteligente’ será uma realidade a médio prazo, promovendo a prevenção rodoviária e evitando acidentes em todo o mundo, em especial nas regiões frias e montanhosas, como a Escandinávia, o Canadá, a Rússia ou os Andes”, disse Joaquim Carneiro.
 
O seu próximo projeto incide na utilização de fibras de carbono que alertem para a formação de fissuras no asfalto, de forma a que sejam detetadas e reparadas mais rapidamente.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Março 12, 2013, 06:10:12 pm
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Robô português ganha concurso internacional

Um corta-relva autónomo para campos de golfe, inventado por uma empresa portuguesa, venceu um concurso internacional de robótica em Lyon, França, disse esta terça-feira um dos criadores à agência Lusa.

O robô foi distinguido num evento destinado a novas empresas do setor no âmbito do Innorobo, um dos maiores certames de robótica na Europa.

A Selftch, empresa criadora, nasceu pela mão de três engenheiros formados no Instituto Superior Técnico e um mestre em economia da Universidade Nova de Lisboa, que ambicionam colocar a robótica ao serviço de tarefas do dia-a-dia.

O Golmow (nome que junta as palavras inglesas golf e mower, que significa ceifador) é 100% elétrico e autónomo, com uma aplicação própria, que, graças a navegação por GPS, permite à máquina circular com precisão de centímetros.

Com a distinção, «a empresa espera conseguir captar a atenção de investidores», explicou à agência Lusa João Estilita, um dos empreendedores, natural da Covilhã, ligação que levou a sede da empresa para o Parkurbis - Parque de Ciência e Tecnologia da cidade.

O Parkurbis acolheu o desenvolvimento da invenção que agora está a ser testada em dois campos de golfe perto de Lisboa, referiu.

João Estilita acredita que a máquina irá «revolucionar a manutenção dos campos nos próximos anos, permitindo que as zonas conhecidas como fairways ou pistas sejam cortadas de uma forma completamente autónoma e limpa».

Segundo contou, está em curso «a segunda fase de investimento para começar o processo de industrialização e comercialização», pelo que a distinção no Innorobo é vista como uma ajuda para conquistar investidores.

O evento a decorrer de 19 a 21 de março deverá juntar cerca de 50 empresas com diversas novidades na área da robótica.

A obtenção do primeiro lugar permite à nova empresa figurar «ao lado de grandes empresas mundiais de robótica e fazer a apresentação do projeto numa sessão interativa a um painel de investidores», concluiu.

O Golmow é um projeto cofinanciado pelo Quadro de Referência Estratégico nacional (QREN).
@Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 13, 2013, 08:45:37 pm
Portugueses criam método para aumentar volume da cortiça


Uma equipa de investigadores portugueses criou um novo método que permite aumentar o volume de cortiça, tornando assim a sua utilização mais sustentável para fins comerciais. O processo, limpo e eficiente, consiste em introduzir água na cortiça e recorrer a micro-ondas que façam aumentar o volume de granulados de cortiça. “O processo baseia-se na aplicação de micro-ondas para fazer a expansão das células de cortiça. É um processo ambientalmente vantajoso, sem utilização de produtos químicos ou de geração de efluentes poluentes. Como se pode dizer que se «faz mais» com a mesma produção, também há um efeito benéfico em termos de floresta e da pressão a que ela eventualmente poderá estar submetida para a extração da cortiça”, explica Helena Pereira, investigadora e vice-reitora da Universidade Técnica de Lisboa.

Com este novo método, já patenteado, consegue-se maior quantidade de matéria-prima em volume para o processamento industrial da cortiça. A patente pertence à indústria corticeira nacional Amorim.

A invenção deste processo resulta de um trabalho de décadas. A equipa de investigadores constituída por Helena Pereira, Rui Luís Gonçalves dos Reis, CEO do Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, Susana Pinto Araújo da Silva Estima, chefe do departamento de I&D da Corticeira Amorim e António Jorge Velez Marques, professor do Instituto Politécnico de Lisboa, trabalha nesta área desde 1990 com o objectivo de maximizar a cortiça bombeando o volume das células.

Concluíram agora que a cortiça humedecida com água e exposta a radiação de micro-ondas, pode expandir-se de 40% até 85% do seu tamanho original. “O processo apenas expande as células de cortiça, sem alterar a estrutura e sem qualquer degradação química. Deste modo as propriedades da cortiça que levam ao seu interessante comportamento mecânico, à baixa permeabilidade e capacidade isolante, térmica e sonora, mantêm-se. O que quer dizer que as aplicações tradicionais da cortiça que utilizam aquelas características, como rolhas, camadas de isolamento, revestimentos, continuam a ser feitas. O processo apenas diminui a densidade do material, o que é vantajoso”, pormenoriza Helena Pereira.

 A cortiça humedecida com água é colocada no interior de uma máquina de micro-ondas e é então exposta a radiação, até cinco minutos, fazendo com que o material expanda o seu volume. Este método torna possível expandir a cortiça num curto espaço de tempo utilizando um mínimo de energia, uma melhoria importante que terá repercussões importantes na indústria dadas as enormes quantidades de cortiça usadas comercialmente todos os anos.

A ideia é candidata ao Prémio Inventor Europeu, atribuído pelo Instituto Europeu de Patentes (IEP). É a primeira nomeação de sempre de inventores portugueses para este galardão.

 Em relação à nomeação, Helena Pereira comenta ser “sempre uma alegria quando o nosso trabalho é reconhecido. E neste caso muito especialmente, pois a investigação sobre a cortiça e o sobreiro tem ocupado grande parte da minha actividade científica há mais de 30 anos”.

A entrevistada considera ainda ser importante o facto de “ser a cortiça a estar nomeada para este prémio” sublinhando que “Portugal tem aqui o seu nicho mundial de competência, tanto a nível de produção, não esqueçamos que o sobreiro é a Árvore Nacional, como da indústria e do conhecimento científico".

 Os vencedores do Prémio serão anunciados pelo IEP numa cerimónia que terá lugar a 28 de Maio, em Amesterdão, Holanda.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 23, 2013, 08:05:21 pm
Cientista portuguesa inventou teste rápido ao grupo sanguíneo


Uma investigadora da Universidade do Minho inventou um dispositivo portátil que permite em poucos minutos detectar o grupo sanguíneo da pessoa analisada, tendo sido seleccionada para participar na maior competição tecnológica mundial dirigida a estudantes do ensino superior.

Ana Ferraz, aluna de doutoramento na Universidade do Minho, ganhou a final nacional da edição 2013 da Microsoft Imagine Cup e irá representar Portugal na final internacional que decorrerá em São Petersburgo, na Rússia, entre 08 e 11 de Julho.

«O procedimento demora no máximo cinco minutos, tem baixo custo e é adequado a situações de emergência. É um sistema bastante pequeno, fácil de transportar e que pode ser usado em diferentes serviços hospitalares, em qualquer ambulância ou até no local do acidente», explicou a investigadora à Lusa.

«A aplicação desenvolvida pode estar no telemóvel, num tablete ou num PC, de onde se envia a mensagem para qualquer laboratório com o resultado do teste», disse ainda Ana Ferraz, acrescentando que, além de detectar o grupo sanguíneo, o dispositivo dá informações rigorosas que podem auxiliar os profissionais de saúde em situações de emergência, reduzindo os riscos de incompatibilidade e erro humano, nomeadamente em situações de transfusão.

«Gostaria de arranjar investidores e poder avançar com a produção deste sistema, criar uma empresa em Portugal, criar postos de trabalho, assegurando também o meu futuro», sublinhou a investigadora, que disse estar confiante de que a sua participação na final mundial das olimpíadas de software, na Rússia, lhe possa trazer vantagens a este nível.

For a Better World é o nome desta solução tecnológica que Ana Ferraz começou a desenvolver ainda na licenciatura, no Instituto Politécnico do Cávado e Ave. Além de rápida e portátil, esta invenção não representa grandes custos: segundo Ana Ferraz, o protótipo custou-lhe «apenas 130 euros».

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: nelson38899 em Maio 07, 2013, 09:39:40 pm
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Projeto português ganha concurso de ideias norte-americano
O Ziphius foi o grande vencedor do concurso Insert Coin, ganhando o prémio do júri e do público, num total de 25 mil dólares. A classificação é um passo importante para conseguir o financiamento do drone desenvolvido pela Azorean.

mais info: http://tek.sapo.pt/noticias/computadores/projeto_portugues_ganha_concurso_de_ideias_no_1306025.html
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Maio 14, 2013, 05:32:47 pm
Cadeira de rodas comandada por pensamento inventada por portugueses


Um investigador da Universidade do Minho coordena um projecto nacional de robótica cujo objectivo é desenvolver uma cadeira de rodas comandada através de movimentos de cabeça ou corpo, voz, expressões faciais ou, até, pensamentos, foi hoje anunciado. Em comunicado, aquela academia acrescenta que a tecnologia, testada em pacientes com paralisia cerebral, consegue desviar-se dos obstáculos, planear tarefas e comunicar com outros dispositivos.

"A ideia foi, sobretudo, a de criar uma cadeira de rodas inteligente, de baixo custo e impacto ergonómico, que pudesse ser comandada por um interface multimodal flexível", explica Luís Paulo Reis, da Escola de Engenharia da Universidade do Minho.

Os utilizadores poderão escolher entre vários modos de comando e até combiná-los.

Entre as opções já disponíveis, existem os comandos de voz, movimentos de cabeça ou o "brain computer interface", que permite dirigir a cadeira através dos pensamentos".

O projecto conta com o apoio das universidades do Minho, Porto e Aveiro, do Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores, do Centro Algoritmi da UMinho, do INESC Tec, do Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto e da Associação do Porto de Paralisia Cerebral.

Já foi premiado cinco vezes, por entidades nacionais e internacionais.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Maio 15, 2013, 06:20:39 pm
Investigação cresce em Portugal


O Sistema Nacional de Investigação e Inovação tem crescido a uma taxa média de 8% ao ano, um número que advém, entre outros factores, da performance de algumas universidades portuguesas em rankings internacionais e no nível de investimento empresarial em Investigação e Desenvolvimento (I&D).

 Esta é uma das conclusões do relatório “Diagnóstico do Sistema de Investigação e Inovação, desafios, forças e fraquezas rumo a 2020” elaborado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Apesar desse crescimento, Portugal continua abaixo do seu potencial. No relatório da FCT lê-se que “apesar do crescimento bastante significativo observado na produção científica, Portugal continua a posicionar-se a níveis inferiores ao seu potencial”.

A par das universidades, também o sector das empresas teve um papel importante na área científica passando a ser “um actor mais determinante na execução e financiamento das actividades de I&D com um ganho de peso apreciável, embora continue a revelar uma participação insuficiente na mobilização de recursos do sistema no fim da década”.

Deste trabalho conclui-se também que na década de 2000-2010 houve um aumento de diplomados pelo Ensino Superior em áreas científicas e tecnológicas, por mil habitantes, na faixa etária dos 20-29 anos.

Quanto às áreas de especialização, Portugal destaca-se nas Ciências do Mar, bem como nas ciências do Ambiente e a Biologia, “os quais apresentam elevado potencial para clusters nacionais relevantes de natureza tecnológica ou económica tais como os do Mar, da Biotecnologia e de Saúde, das Engenharias da Produção e Civil, dos Materiais, e dos Transportes”.

Estas áreas científicas também estão em destaque quando se averiguam os temas das publicações feitas na última década. Neste campo há a juntar por exemplo a Farmacologia e Farmácia e Química-Física.

O documento pormenoriza que “o número de publicações em colaboração internacional triplicou entre 2000 e 2010”. Na produção científica nacional, a alteração mais significativa “por área entre 2000 e 2010, quanto ao número de publicações, verifica-se no posicionamento das Ciências Médicas e da Saúde em primeiro lugar em 2010 (por troca com as Ciências Exactas que ocupavam o primeiro lugar em 2000). As Ciências da Engenharia e Tecnologias, as Ciências Naturais, as Ciências Sociais, as Ciências Agrárias, e as Humanidades constituem as áreas que se seguem em número de publicações”.

De referir ainda que existe, de acordo com o estudo da FCT, um perfil diversificado da produção científica portuguesa por região e que “o nível atingido no esforço de patenteamento continua a ser muito baixo face à média europeia, apesar do crescimento observado”.

Tendo como horizonte o fim da segunda década de 2000, a FCT delineou alguns objectivos para os próximos anos, tais como “aumentar a qualificação terciária na população entre os 25 e os 34 anos, o patenteamento nacional, a exportação de produtos tecnológicos, o número de investigadores na população activa e o emprego nos sectores intensivos em conhecimento”.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Junho 03, 2013, 07:28:24 pm
Aplicação portuguesa para diabéticos chega aos tops no iPad
Em Portugal estima-se que o número de diabéticos ronda a casa do milhão de pessoas. Aliar as necessidades de saúde às novas tecnologias pode ajudar a prevenir males maiores no dia a dia.

A GliControl é uma aplicação que permite gerir a diabetes através da monitorização dos níveis de glicemia, hidratos de carbono e insulina. Desenvolvida por um programador português, o software teve recentemente uma forte adesão junto dos utilizadores e chegou a ocupar o sexto lugar na categoria de medicina para iPad e o primeiro lugar na subcategoria de diabetes...

http://tek.sapo.pt/tek_mobile/apps/apli ... 20003.html (http://tek.sapo.pt/tek_mobile/apps/aplicacao_portuguesa_para_diabeticos_chega_ao_1320003.html)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 12, 2013, 03:37:27 pm
Pavimento português de produção de energia entra em funcionamento na Covilhã



Os dois engenheiros que desenvolveram então a referida tecnologia, aperfeiçoaram-na, registaram a patente, criaram uma empresa (Waydip) e conquistaram prémios e investidores

O primeiro pavimento português de produção de energia com base na passagem de pessoas e veículos começa a funcionar na sexta-feira, na Covilhã.

Os modelos “Waynergy” - nome do projeto – estiveram durante os últimos meses a ser colocados na estrada, passadeira e passeio que ficam em frente ao hospital e começarão, a partir das 12:30 de sexta-feira, a produzir energia suficiente para iluminar o pavimento e para dar energia os semáforos daquele local.

“Também será possível alimentar o painel publicitário que fica no local, para fazer e dar a conhecer a medição da energia criada. Mais tarde, começaremos a injetar energia na rede”, especificou à agência Lusa Francisco Duarte, um dos criadores do projeto.

Trata-se do primeiro teste real do projeto que começou a ser desenvolvido em 2010, em parceria com a UBI.

Francisco Duarte, 29 anos, e Filipe Casimiro, 27 anos, mestres em Eletromecânica, sentiram que era hora de desenvolver uma tecnologia que aproveitasse a ideia de produzir energia aproveitando a mobilidade das pessoas.

“O conceito parecia-nos muito viável. Lá fora já se tinham desenvolvido alguns mecanismos, mas não eram rentáveis. A nível mundial faltava tecnologia que permitisse gerar mais energia com um custo de produção muito inferior, que permitisse que este aproveitamento fosse tão rentável, como por exemplo, o dos painéis solares”, refere Francisco Duarte.

Os dois engenheiros desenvolveram então a referida tecnologia, aperfeiçoaram-na, registaram a patente, criaram uma empresa (Waydip) e conquistaram prémios e investidores.

Na sexta-feira dão o último passo da investigação (que será sempre melhorada) e o primeiro para a entrada no mercado.

Francisco Duarte não esconde que ligar os módulos será sentido de forma “especial e com grande emoção”, porque é “o início de uma nova fase do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos”.

O engenheiro eletromecânico recorda que será uma “etapa importante para validar tudo o que foi desenvolvido em laboratório e verificar eventuais falhas” antes de se iniciar a produção e comercialização.

A aposta no mercado externo é assumida pela Waydip, que pretende, para já, obter o retorno de mais de 300 mil euros que já foram investidos no projeto.

Ionline
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 27, 2013, 05:00:40 pm
Drone aquático português já tem financiamento


 :arrow: http://vimeo.com/68765413 (http://vimeo.com/68765413)


Ziphius, o primeiro robô aquático do mundo controlado por uma aplicação, foi bem-sucedido na sua campanha de financiamento coletivo, tendo angariado o valor pretendido, de 125.000 dólares (quase 95 mil euros), dois dias antes do fim da campanha.

Com os 125.000 dólares angariados, a Azorean, empresa que desenvolveu o Ziphius, vai proceder à finalização do projeto e comercialização do Ziphius, que envolve um investimento considerável.

Além do financiamento, a campanha de Kickstarter “permitiu obter uma visibilidade internacional muito interessante", salienta Cristina Gouveia,  da Azorean, em comunicado enviado ao Boas Notícias.

O Ziphius despertou o interesse do Engadget, Mashable, Time, Cool Hunting, CNET, Nouvel Observateur, Sciences & Avenir, Huffington Post, Expresso, Correio da Manhã, Açoriano Oriental e muitos outros meios de comunicação nacionais e internacionais.

"Devido ao impacto mediático, temos hoje ofertas de parceiros para todas as fases de desenvolvimento e comercialização do produto a nível global. Temos ainda um leque alargado de investidores interessados na Azorean. E acima de tudo temos o apoio de uma comunidade de pessoas interessadas em tornar o Ziphius uma realidade”, sublinha a responsável.

O Ziphius contou com o apoio de 472 pessoas de todo o mundo, sendo que a equipa recebeu também " muitas mensagens de apoio e sugestões de aplicação do Ziphius, o que é extremamente recompensador".

O Ziphius começará a ser comercializado em Março de 2014 mas já é possível obter informações e efetuar pedidos de pré-venda no website do Ziphius -http://myziphius.com.

O Ziphius, que funciona em água doce e salgada, é excelente para entretenimento ou monitorização ambiental. É o primeiro drone aquático controlado via WiFi por uma aplicação desenvolvida para tablets e smartphones Android e iOS.

A aplicação permite controlar os poderosos motores do drone aquático e a posição vertical da sua câmara, bem como assistir a vídeos em tempo real e jogar a jogos de Realidade Aumentada utilizando o feed da câmara. A versão final é personalizável devido às capaz que se podem mudar e que estão disponíveis em várias cores.

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 31, 2013, 08:00:43 pm
Universidade de Aveiro estuda técnica inédita contra a erosão depois dos incêndios florestais


Reduzir drasticamente o nível de erosão dos solos florestais depois da ocorrência de um incêndio é o grande objetivo do mulching, uma técnica que pela primeira vez está a ser estudada em Portugal pela mão de uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro (UA). Tendo em conta que após um incêndio a erosão por ação da água das chuvas pode levar a perdas de cerca de 50 toneladas de solo, a técnica em estudo pela UA pode reduzir a escorrência de águas nos terrenos ardidos em mais 40 por cento e, com isso, diminuir a erosão do solo em 90 por cento. O método inovador que a UA quer introduzir em Portugal, e que em tradução livre se pode designar por ‘acolchoado’, consiste na distribuição pelos solos consumidos pelo fogo de uma camada de restos florestais triturados.

“Com a vegetação e a manta morta da superfície dos terrenos transformados em cinzas o solo fica extremamente vulnerável à ação da erosão”, aponta Sérgio Alegre. O investigador do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, e responsável pelos primeiros estudos em Portugal da utilização do mulching, relata que há terrenos que chegam a perder várias dezenas de toneladas de solo por hectare durante o primeiro ano depois de um incêndio.

“As implicações negativas que este cenário acarreta vão desde a perda de fertilidade e productividade dos solos até à destruição dos ecosistemas e bens a juzante das áreas afectadas como é o caso de caminhos, pontes, praias fluviais ou propriedades”, diz o investigador.

 O problema da erosão adensa-se, por exemplo, quando esta afeta o normal funcionamento de barragens e centrais hidroelétricas. “Com a acumulação das toneladas de sedimentos levados pela chuva até aos rios, e destes até às albufeiras das barragens, estas podem perder o volume útil para armazenar a água, o que leva à necessidade do seu desassoreamento e limpeza para poder acumular mais água”, explica Sérgio Alegre.

 Ainda que em Portugal o desaparecimento do solo por erosão após incêndio não esteja muito bem estudado, Sérgio Alegre aponta para investigações realizadas em “países que têm uma longa tradição nesses estudos”, nomeadamente nos EUA, onde as perdas podem atingir até 65 toneladas por hectare ardido durante o primeiro ano após o incêndio. Aqui bem perto, na Galiza, já se quantificaram perdas de 10 a 35 toneladas por hectare durante um ano.

“No caso de Portugal, só agora começamos a ter algumas estimativas, mas são medições pontuais em pequenas parcelas de erosão, pelo que é precisso continuar a investigar para conhecer os efeitos dos incêndios a escalas maiores”, refere.

Máterias-primas à mão de semear

Níveis de pluviosidade, inclinação dos terrenos, características geológicas, clima, tipos de vegetação e ciclo de incêndios a que o terreno tem estado sujeito são alguns dos fatores ligados ao processo de erosão e que influenciam as perdas de solo. “Depois de um incêndio é preciso avaliar as zonas onde há risco de erosão. É claro que não podemos tratar toda a superfície ardida com o mulching porque seria inútil aplicá-lo nalgumas áreas que não precisam”, aponta Sérgio Alegre.

 É o caso das áreas sem declive ou áreas ardidas com uma baixa intensidade do fogo onde as árvores ainda possuem folhas nas copas que, depois de caírem, fornecem de uma proteção natural ao solo. No caso dos pinhais, “a caruma funciona como um mulching natural tão efetivo como os restos florestais triturados”.

Matérias-primas para triturar a pensar no ‘acolchoamento’ não faltam em Portugal. “Pode-se aplicar as toneladas e toneladas de cascas de madeira que não são utilizadas pelas fábricas de pasta de papel. É um material muito bom pois tem fibras longas que se adaptam ao solo formando uma espécie de rede que retém água e sedimentos”, explica o investigador do CESAM.

 O mulching pode igualmente fazer uso do que sobra das podas e de “restos derivados das limpezas dos matos, dos jardins ou das bermas das estradas que, na maioria dos casos, são enviados para lixeiras”.

Técnicas actuais ineficazes

Aplicado à mão ou com recurso a meios aéreos sobre os terrenos mais expostos a fenómenos de erosão, o mulching pretende substituir as “ineficazes” mas muito usadas barreiras de madeira cravadas nos solos ardidos para reterem águas e sedimentos. Sérgio Alegre aponta que “ em comparação com o mulch, essas barreiras, não cumprem a função de reter as águas e de mitigar a perca de sedimentos dos terrenos expostos à erosão”.

Pelo contrário, o investigador do CESAM, garante que o mulch, numa primeira fase, reduz as perdas de solo e, posteriormente, através da própria decomposição dos restos florestais, acaba por se incorporar no ecossistema florestal. “Como é um material que pode reter água por absorção ou por retenção nas micro-barreiras que as fibras formam, este método reduz a quantidade de água que flui para os rios até 40 ou 50 por cento”, explica Sérgio Alegre.

 O processo, que “dá o mesmo trabalho que a colocação das barreiras”, pode evitar despesas maiores. O investigador não tem dúvidas: “Se com esta técnica se evitar que a perda do solo, um recurso não renovável à escala humana, leve à alteração dos ecossistemas aquáticos a jusante da área ardida, ou que, por exemplo, uma barragem fique cheia, então os gastos estão mais do que justificados”.

Ciência Hoje
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 13, 2013, 08:15:39 pm
Tecnologia portuguesa vence prémio internacional da ONU


O serviço True-Kare, da tecnológica portuguesa Olisipo, é um dos vencedores dos World Summit Awards, atribuídos pela Organização das Nações Unidas. O projeto luso venceu na categoria de 'e-Health & Environment', numa iniciativa que analisou mais de 460 projetos oriundos de todo o mundo.
 
Por forma a distinguir os melhores conteúdos digitais móveis do mundo, os World Summit Awards reúnem uma seleção com os melhores projetos desenvolvidos localmente, mas que tenham relevância a nível global.
 
O True-Kare venceu na categoria "e-Health & Environment", por, segundo o júri, ser uma "solução eficaz e eficiente na prestação de cuidados a uma crescente população de idosos".

Trata-se de um serviço que simplifica a vida dos seniores com mais de 65 anos, ao permitir que uma pessoa ou instituição preste apoio remoto aos outros.
 
Sob o mote 'Smart Content for Smart People', o júri dos World Summit Awards selecionou, em cada categoria, 40 de entre mais de 400 projetos em análise, para, por fim, eleger os cinco grandes vencedores em cada uma das oito categorias a concurso.
 
A entrega dos prémios vai agora ser em Colombo, no Sri Lanka, entre 23 e 26 de Outubro, num evento organizado pela Information and Communication Technology Agency (ICTA) e pelo governo do Sri Lanka.

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 17, 2013, 07:43:02 pm
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 18, 2013, 12:58:46 pm
Citação de: "Lusitano89"
Universidade de Aveiro estuda técnica inédita contra a erosão depois dos incêndios florestais


Reduzir drasticamente o nível de erosão dos solos florestais depois da ocorrência de um incêndio é o grande objetivo do mulching, uma técnica que pela primeira vez está a ser estudada em Portugal pela mão de uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro (UA). Tendo em conta que após um incêndio a erosão por ação da água das chuvas pode levar a perdas de cerca de 50 toneladas de solo, a técnica em estudo pela UA pode reduzir a escorrência de águas nos terrenos ardidos em mais 40 por cento e, com isso, diminuir a erosão do solo em 90 por cento. O método inovador que a UA quer introduzir em Portugal, e que em tradução livre se pode designar por ‘acolchoado’, consiste na distribuição pelos solos consumidos pelo fogo de uma camada de restos florestais triturados.Máterias-primas à mão de semear
Ciência Hoje

Uau, vão usar uma técnica que eu uso à anos para manter o chão solto e para reter a humidade na minha horta à anos. Já agora, o mulching é uma técnica usada à décadas e décadas, tendo como principal defensora e divulgadora a Ruth Stout.

 :arrow: http://en.wikipedia.org/wiki/Ruth_Stout (http://en.wikipedia.org/wiki/Ruth_Stout)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Luso em Setembro 18, 2013, 05:31:24 pm
Esses farsantes são bons apenas numa coisa: em marketing.
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: PereiraMarques em Setembro 18, 2013, 10:34:52 pm
Citação de: "Luso"
Esses farsantes são bons apenas numa coisa: em marketing.

Malandrão, só dizes isso porque te deram más notas no mestrado  :mrgreen:
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Luso em Setembro 19, 2013, 10:00:43 am
Não, Pereira: eu só tive boas notas no mestrado, apesar de.
A tese foi outra coisa.
Ai o meu rico dinheirinho...  :cry:

Mas o que mais mexe comigo é trabalhar com os "produtos" dessa instituição, nomeadamente com os

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg427.imageshack.us%2Fimg427%2F6694%2Fturkey980ig.jpg&hash=f14ad2fec62c57d5a6a9ac04cd62ab57)

E seus mentores.
Não só sou eu que o digo.

Como em todo lado, há umas excepções à regra, e esses são moderadores em fora, e reles republicanos.
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 04, 2013, 11:53:34 pm
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Outubro 07, 2013, 11:25:57 am
Citar
Salvador Caetano e Siemens apresentam primeiro autocarro de aeroporto totalmente eléctrico

A Salvador Caetano Indústria e a Siemens Portugal apresentam na próxima semana, na Alemanha, o primeiro autocarro totalmente eléctrico desenvolvido para uso exclusivo em aeroportos, resultado de um investimento de um milhão de euros.

Num comunicado conjunto, as empresas adiantam tratar-se de um “conceito totalmente inovador”, resultado da conversão de autocarros de aeroporto COBUS diesel, que haviam sido construídos na CaetanoBus (fábrica do grupo Salvador Caetano sediada em Gaia), em veículos com um sistema de tração 100% eléctrico e com um novo ‘design’”.

Segundo salientam, trata-se de uma “solução inovadora de reciclagem e reutilização de autocarros” que permite “estender o ciclo de vida destas viaturas por mais 10 anos”.

Pela primeira vez em exibição na Inter Airport Europe - considerada a principal feira internacional para o sector de aeroportos e que decorre de terça a sexta-feira em Munique, na Alemanha - o eCobus é o culminar de um projecto de 20 meses que implicou um investimento de um milhão de euros, apoiado em 40% pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).

Equipado com baterias “de última geração” e dotado de um sistema de armazenamento de energia “fiável e seguro”, o eCobus permite, segundos os construtores, “reduzir os custos de manutenção e alcançar as zero emissões directas sem gerar ruído”.

O objectivo é que, “em breve”, as cerca de 3.000 unidades COBUS movidas a diesel que circulam actualmente nos aeroportos de todo o mundo sejam reconvertidas em unidades eléctricas.

Segundo a CaetanoBus (que contribuiu com o seu ‘know-how’ no desenvolvimento e produção dos autocarros COBUS) e a Siemens Portugal (responsável pelas soluções tecnológicas de mobilidade eléctrica do veículo), o eCobus permite reduzir em aproximadamente 75% a factura energética face aos autocarros movidos a diesel ou a gás, diminuindo as emissões de CO2.

Para além dos impactos ambientais associados ao projecto, o facto de alargar o tempo de operação dos COBUS em mais 10 anos “resulta num benefício financeiro para os operadores”, destacam.

Para além da Salvador Caetano e da Siemens, é parceiro tecnológico do projecto o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI), a quem coube o desenvolvimento de um modelo de dimensionamento dinâmico para optimização da conversão de cada modelo de veículo de aeroporto.

In Jornal de Negócios
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 06, 2013, 10:12:09 pm
Investigadora do Minho premiada pela NASA e pela Agência Espacial Europeia


Uma investigadora da Universidade do Minho foi premiada pela Agência Aeroespacial Norte-Americana (NASA) e pela Agência Espacial Europeia por desenvolver um método "inovador e eficiente" de produção de hidrogénio "100% biológico" que pode ser utilizado para gerar electricidade.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Universidade do Minho (UMinho) informa que Ângela Abreu foi distinguida com a Melhor Apresentação Oral do "Workshop Internacional sobre Ambiente e Energias Alternativas", que decorreu num dos polos da ESA, em Frascati, Itália, com o trabalho "Biohydrogen production using bionanocoatings for immobilizing highly efficient hydrogen-producing bacteria".

A investigadora, do Centro de Engenharia Biológica da UMinho, ganhou ainda uma bolsa "travel grant" da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

"Os processos de produção de hidrogénio são sobretudo feitos a partir de combustíveis fósseis. O nosso processo é inovador por recorrer a resíduos orgânicos e a efluentes, ou seja, é 100% biológico", explica Ângela Abreu.

Segundo aquela cientista, "este bio-hidrogénio é um vector energético que pode depois ser usado em células de combustível para produção de electricidade, entre outras aplicações".

A UMinho explana ainda que o processo desenvolvido pela equipa de Ângela Abreu, que conta com a colaboração da Universidade da Carolina do Norte (EUA) e o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, "utiliza bactérias altamente eficientes, que conseguem decompor os resíduos orgânicos e, desta forma, produzir bio-hidrogénio".

Segundo explica, "uma grande mais-valia do projecto é a imobilização das bactérias nos reactores através de um revestimento de látex com nanoporos que permite a troca da matéria orgânica e do hidrogénio".

Ângela Abreu é licenciada em Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com mestrado em Tecnologias Ambientais e o doutoramento em Engenharia Química e Biológica pela UMinho, em colaboração com a Universidade Técnica da Dinamarca.

Actualmente é investigadora de pós-doutoramento no grupo BRIDGE do Centro de Engenharia Biológica da UMinho.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 21, 2013, 05:15:08 pm
Universidade do Minho cria bebida alcoólica a partir da borra de café


Uma investigação da Universidade do Minho permitiu criar, a partir da borra do café, uma bebida com um teor alcoólico que a torna tão forte como vodka ou aguardente e que foi considerada pela revista Time uma das 25 melhores invenções do ano. Em comunicado, a Universidade do Minho explica que aquela é a primeira bebida destilada directamente da borra de café e que, por se basear no aproveitamento daqueles resíduos, tem "elevado potencial comercial".

Solange Mussatto, responsável pela investigação, lembra que os resíduos do café são "muito ricos", desde logo porque "a borra representa cerca de 80% do grão".

"A nova bebida foi identificada como café alcoólico mas, na verdade, é um destilado, como uma aguardente transparente, com 40 por cento de etanol e aroma a café", refere a investigadora.

O resultado é "diferente do que existia até agora", pois a nova bebida é obtida dos resíduos, ao contrário dos licores actuais, que são produzidos a partir dos grãos de café.

A nova bebida foi obtida em laboratório, depois de os resíduos secos de café serem fervidos em água e de esta ter sido coada, tendo-lhe sido adicionados açúcar e levedura para catalisar a fermentação.

"Num formato de produção em contexto industrial, apesar de o processo ser relativamente simples e barato, a recolha de grandes quantidades de borra de café necessita de um sistema com alguns cuidados, já que estes resíduos têm humidade e outros factores de fácil contaminação", realça a investigadora.

A patente já foi registada, aguardando agora os responsáveis por alguém que se interesse pelo produto, numa vertente comercial.

Entretanto, foi feito um estudo para chegar às melhores condições para a produção da bebida, desde a extracção do aroma da matéria-prima, fermentação e destilação.

Também já foi caracterizado o produto final para apurar se reunia a composição adequada para consumo, que tem regras europeias quanto a compostos voláteis para uma bebida alcoólica, "tendo sido comprovado ser regulamentar para consumo".

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 21, 2013, 10:35:55 pm
Citação de: "Lusitano89"
Universidade do Minho cria bebida alcoólica a partir da borra de café


Uma investigação da Universidade do Minho permitiu criar, a partir da borra do café, uma bebida com um teor alcoólico que a torna tão forte como vodka ou aguardente e que foi considerada pela revista Time uma das 25 melhores invenções do ano. Em comunicado, a Universidade do Minho explica que aquela é a primeira bebida destilada directamente da borra de café e que, por se basear no aproveitamento daqueles resíduos, tem "elevado potencial comercial".

Ora aqui está uma "invenção" interessante! E é verdade não estou a ser irónico! Porque é que às vezes querem inventar projectos de milhões, em que está "tudo contra nós" (i.e. não temos os técnicos, não temos os laboratórios, não temos o know how, não temos o financiamento, etc.), e não se aproveitam os projectos "pequenos", em que se arrisca menos, mas onde por vezes até há mais hipóteses de vingar!!!
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 03, 2014, 10:55:15 pm
Box para televisão "made in" Minho lançada em Las Vegas


Uma nova box para televisão 100 por cento "made in Minho" e "completamente inovadora" vai ser lançada na próxima semana em Las Vegas (EUA) na maior feira internacional de eletrónica de consumo, foi hoje anunciado.

Denominado QUID Box, o projeto foi desenvolvido pela empresa de Braga Portlane, em parceria com a Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), num trabalho que demorou cerca de dois anos.

"É uma box completamente inovadora, pela quantidade de funcionalidades extra que integra e que, por isso, vai muito além dos atuais dispositivos, que praticamente só servem para a descodificação de canais", explicou Nuno Rodrigues, do IPCA. Em declarações à Lusa, aquele investigador disse que uma das inovações tem a ver com tecnologia de reconhecimento de gestos, que funciona "não através de uma câmara VGA mas sim através de um sensor de infravermelhos".

A nova box permite também reconhecimento de voz sem qualquer periférico, ou seja, será possível dar comandos de voz sem estar a falar para um microfone ou para um comando. Tem ainda capacidade de descodificação de canais online, que são grátis mas que neste momento estão apenas ao dispor do utilizador através do computador. A QUID Box disponibiliza uma loja online, dando acesso a conteúdos áudio e vídeo, bem como à pesquisa e compra de serviços e produtos variados. Há igualmente uma loja de aplicações e de jogos.

Os responsáveis pela nova box sublinham que um dos seus principais aspetos diferenciadores é a sua interface "simples e intuitiva", especificamente desenvolvida para utilização em ambiente de TV em sala de estar, utilizando uma combinação complementar de gestos e comandos de voz.

Toda a navegação na interface é efetuada através de barras de navegação não intrusivas, utilizando transparências e áreas reduzidas de interface que permitem ao utilizador continuar a visionar os conteúdos de vídeo, à medida que navega e explora as diferentes funcionalidades da box. "Este princípio, subjacente ao desenvolvimento de todas as funcionalidades do dispositivo, permite democratizar a utilização da televisão, já que um utilizador pode estar a visualizar um filme enquanto outro está a utilizar uma determinada aplicação utilitária", acrescentam os promotores.

A QUID Box será lançada na Consumer Electronics Show (CES), a maior feira internacional de electrónica de consumo, que decorrerá de 7 a 10 de janeiro em Las Vegas e que deverá ser visitada por mais de 20 mil potenciais investidores mundiais. O preço de mercado rondará os 200 euros.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 14, 2014, 12:57:32 pm
Tecnologia portuguesa pode prever tsunamis


Uma equipa de engenheiros portugueses está a desenvolver um recetor de GPS/Galileo, que através da medição da superfície da água poderá prever com elevada precisão, nomeadamente, tsunamis.

Em declarações à agência Lusa, Nuno Catarino explicou que decorrem dois projetos nesse sentido, um interno, o Sargo, cofinanciado pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) e acompanhado pelo Instituto Hidrográfico e Instituto Superior Técnico.

Um outro projeto, o E-GEM, inclui nove parceiros europeus e está a desenvolver um "instrumento que deteta os sinais refletidos na água de GPS e o futuro equivalente que é o Galileu".

Utilizando depois cálculos geométricos, determina-se qual a altura da superfície aquática, como mar e rios, e como aplicações possíveis contam-se a determinação da altura e da frequência das ondas.

"Basicamente, é uma técnica nova que usa os sinais de GNSS ou de GPS/Galileo como fonte, em vez de usar, por exemplo, o solo. As aplicações serão tantas quanto em observação normal da terra, ao caracterizar a superfície que reflete", resumiu o coordenador.

Um dos parceiros europeus do E-GEM é responsável pelo estudo de tsunamis: "detetando as diferenças na superfície do mar, em alto mar, com elevada precisão, consegue-se prever, teoricamente, que poderá haver um tsunami, ou não".

Nos últimos meses foram já feitos testes no topo do Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, e os resultados de altimetria são esperados para março ou abril.

O projeto europeu, liderado pelos portugueses e no valor de 2,8 milhões de euros, dura três anos, no final dos quais a equipa da DEIMOS Engenharia espera ter um instrumento que poderá ser instalado em qualquer albufeira, ou costa.

A tecnologia é denominada refletometria e não necessita de manutenções periódicas, nem a condições ótimas de funcionamento, como por exemplo as boias marítimas.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Janeiro 22, 2014, 04:17:53 pm
O link tem um video.

Universidade de Aveiro cria rolha com "chip" que revela o histórico do vinho

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... vinho.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/agricultura/vinho/detalhe/universidade_de_aveiro_cria_rolha_com_chip_que_revela_o_historico_do_vinho.html)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 19, 2014, 01:18:08 pm
Primeira toalha de praia anti-mosquito é 100% portuguesa


É a primeira toalha de praia anti-mosquitos e é uma inovação 100% portuguesa. A ideia é resultado de uma parceiria entre a marca Enamorata, especialista em moda de banho, e tecnológica Smart Inovation, de Barcelos.
 
Com forte potencial no combate a doenças como a febre amarela, dengue e malária, a tolha portuguesa é a primeira no mundo a com uma vertente eficaz e definitiva de anti-mosquito, como conta a empresa de têxtil balnear em comunicado enviado ao Boas Notícias.

"Apesar de já existirem roupas anti-mosquito, o efeito anti-repelente perdia-se ao fim de poucas lavagens", refere Fátima Costa, da Enamorata. "Só agora, com o desenvolvimento da nanotecnologia, foi possível criar um produto duradouro e eficiente, com resistência a 80 lavagens e até uma temperatura de 90 graus".
 
A criação da nano-partícula de sílica com efeito repelente ficou a cargo da Smart Inovation, em Barcelos, sempre aliada a preocupações ecológicas. "Por um lado, a nano-partícula anti-mosquito não mata os mosquitos, afasta-os", esclarece César Martins, daquela empresa. "Por outro, os nossos produtos têm o menor grau de toxicidade possível, tanto para animais como para pessoas".
 
Agora em fase de certificação pelo IHMT (Instituto de Higiene e Medicina Tropical), o novo produto, confeccionado à base de têxteis bio funcionais, pretende dar uma garantia ao cliente da eficácia do princípio ativo anti-repelente.
 
Para os empresários responsáveis, a toalha de praia anti-mosquito corresponde a um grande passo da indústria têxtil e medicina na utilização dos materiais têxteis para o bem da humanidade. "Recorde-se que a malária é a doença que mais mata em todo mundo, depois da tuberculose. Em África, uma criança morre a cada 45 segundos de malária”, salientam.

O preço por unidade é de 50 euros e a sua aquisição é possível através da loja online da marca portuguesa.  :arrow: http://enamorata.pt/loja/pt/ (http://enamorata.pt/loja/pt/)


Boas Noticias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 26, 2014, 06:07:25 pm
Portugal regista recorde de pedidos de patentes


Apesar do contexto económico-financeiro adverso, 2013 foi o melhor ano de sempre relativamente aos pedidos de proteção de Invenções em Portugal, revela o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). No ano passado foram registados 4.640 pedidos de patentes.

Em comunicado de imprensa, o INPI revela que, pela via Nacional, recebeu 867 pedidos. Já as validações para uma Patente Europeia em Portugal cifraram-se em 3.773. Os dois valores juntos resultam em 4.640 pedidos de proteção de invenções.

Embora ainda não existam dados definitivos para as vias Internacionais, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) indica no seu site, a título provisório, que houve 131 pedidos da via PCT de origem portuguesa apurados até Outubro de 2013, valor este que supera ligeiramente os 129 pedidos de 2012 verificados durante. A Organização Europeia de Patentes disponibilizará os seus dados em Março.

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 04, 2014, 03:08:09 pm
UE: Portugal foi o país que mais cresceu em inovação


Portugal foi o país que mais cresceu em inovação (3,9%) entre as 28 nações da União Europeia (UE), revelou o Painel de Avaliação da Inovação divulgado esta terça-feira em Bruxelas. O País continua, ainda assim, em 2014, entre os "inovadores moderados", com desempenho abaixo da média da UE.
 
De acordo com o referido Painel, que divide os Estados-membros em quatro grupos, citado pela Lusa, os países "líderes em inovação" são a Dinamarca, a Finlândia, a Alemanha e a Suécia, registando todos eles resultados mais de 20% acima da média da UE.
 
Já os "seguidores em inovação", que apresentam desempenhos 10% abaixo da média da UE, são a Holanda, o Luxemburgo, a Bélgica, o Reino Unido, a Áustria, a Irlanda, a França, a Eslovénia, o Chipre e a Estónia.
 
Portugal permanece no grupo dos "inovadores moderados", acompanhados por países como Espanha, República Checa, Grécia, Eslováquia, Malta, Lituânia e Croácia.
 
De acordo com a avaliação de 2014, o nosso País foi, porém, aquele cujo desempenho na inovação mais cresceu na União Europeia, alcançando um incremento de 3,9%.
 
Sublinhe-se que abaixo dos "inovadores moderados" está ainda o grupo dos "inovadores modestos", com desempenho mais de 50% abaixo da média da UE, no qual se integram Polónia, Letónia, Roménia e Bulgária.

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 27, 2014, 05:03:29 pm
Portugal ultrapassa Espanha em inovação


Portugal subiu duas posições em 2014 no barómetro de inovação da COTEC, ocupando o 29.º lugar entre 52 países, conseguindo ultrapassar a Espanha e alcançar a liderança entre os países do sul da Europa. Segundo o conjunto de indicadores do barómetro da COTEC, esta recuperação permite a Portugal voltar a aproximar-se da média global, num 'ranking' que é liderado pela Suíça, que este ano ganhou terreno face ao segundo posicionado, a Finlândia.

Segundo o barómetro anual, Portugal pertence ao conjunto de países considerados inovadores moderados, o qual conta também com a presença de países anglo-saxónicos (Canadá e Austrália), países da Europa do sul (Espanha e Itália), China e Israel, bem como alguns outros países do leste da Europa (Estónia, República Checa, Eslovénia, entre outros).

Ainda assim, Portugal continua a ter falta de capacidade de transformação do potencial de inovação em resultados concretos com impacto económico-social, sendo considerado um "país cigarra" (desperdiçador).

Portugal melhorou em todas as dimensões da análise - condições, recursos, processos e resultados -, tendo a subida mais significativa ocorrida ao nível dos "processos", o que significa que estes ficaram mais ágeis, o que é fundamental para a passagem de conceito a produto o mais rapidamente possível.

Já a maior queda aconteceu no pilar "capital humano", incluído na análise aos recursos, o que é atribuído à menor despesa em educação, ao menor número de doutorados em Portugal e às crescentes dificuldades em atrair e reter talento, segundo o barómetro da COTEC em parceria com a Everis.

A COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação foi constituída em abril de 2003 com a missão de promover o aumento da competitividade das empresas localizadas em Portugal, através do desenvolvimento e difusão de uma cultura e de uma prática de inovação, bem como do conhecimento residente no país.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 27, 2014, 07:35:05 pm
Lançada Plataforma Tecnológica de Alta Pressão para a indústria


A Universidade de Aveiro (UA) apresentou hoje uma Plataforma Tecnológica Multidisciplinar de Alta Pressão, baseada numa nova tecnologia de conservação de alimentos, anunciou fonte académica.

Com a plataforma, a Universidade de Aveiro "quer posicionar-se como um parceiro de excelência a nível internacional para realizar investigação e desenvolvimento industrial", possuindo um portefólio de três equipamentos "de elevada polivalência e abrangência, em termos funcionais", incluindo produção para testes de mercado.
"A alta pressão permite a pasteurização não-térmica de alimentos, sendo mesmo realizada em muitos casos a temperaturas de refrigeração, sem perder as propriedades organoléticas originais dos alimentos", explica Jorge Saraiva, coordenador da plataforma.

O investigador do Departamento de Química e da Unidade de Investigação de Química Orgânica, Produtos Naturais e Agroalimentares da UA observa que a tecnologia de alta pressão no ramo alimentar, para além da aplicação com objetivos de pasteurização, se alarga também ao desenvolvimento de novos produtos alimentares, "de que as novas texturas por gelificação a frio são exemplo, e a um novo processo de esterilização térmica assistida por alta pressão".

Outra aplicação de sucesso industrial que indica é a extração da parte comestível de moluscos e crustáceos, mantendo as características de cru desses produtos.
A tecnologia de alta pressão é cada vez mais uma realidade também na Biotecnologia e na Farmacêutica, permitindo a melhoria da celulose para produção de papel, bem como a extração de produtos naturais a frio, para a indústria farmacêutica e a melhoria de vacinas.

Esta é já a quarta plataforma tecnológica que a Universidade de Aveiro constitui, depois de ter avançado com plataformas para os setores Agroalimentar, dos Moldes e do Mar, numa aposta para reforçar a ligação ao tecido empresarial e dar respostas a setores chave da economia nacional.

As Plataformas Tecnológicas têm por missão desenvolver projetos de investigação e inovação no desenvolvimento de produtos e serviços para as empresas, promovendo projetos de investigação aplicada em consórcio, com potencial para originar processos e tecnologias inovadoras que possam ser aplicados pela indústria.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 23, 2014, 01:53:12 pm
Produto português lava veículos sem água


É ecológico, económico e versátil, uma vez que, além dos automóveis, pode ser aplicado em várias superfícies. O V8 é um produto nacional que já chamou a atenção da Marinha de Guerra e da Autoeuropa. Foi desenvolvido por uma empresa familiar e está a conquistar mercado “lá fora”.

A empresa Isodet foi criada há cerca de 14 anos por Jorge Governo Antunes e pelo seu pai, ambos com formação na área da química. Mais tarde juntaram-se à Isodet a mãe e a irmã de Jorge Antunes, também com formação na mesma área.

Neste momento, a empresa tem no mercado cerca de 100 produtos, mas aquele que mais tem dado que falar é, sem dúvida, o V8 Waterless. Este produto foi criado para fazer a lavagem a seco de veículos automóveis mas a sua “aplicação pode ser ampliada a outras situações, como na limpeza de embarcações ou até de capacetes e casacos de cabedal”, explica ao Boas Notícias, Jorge Governo Antunes. “Na realidade, a amplitude de aplicações ainda está a ser explorada”, acrescenta.

A Marinha de Guerra portuguesa é, talvez, um dos clientes mais inesperados deste produto: “A Marinha de Guerra usa o V8 para limpeza dos navios, aplicando-o tanto nos vidros, como nos cascos e até na casa das máquinas porque, além de ser prático, não polui e garante, no caso dos vidros, uma visibilidade excelente, evitando superfícies embaciadas”.

Poupar 165 litros de água por lavagem

A poupança que oferece ao utilizador - uma embalagem de 12 euros dá, em média, para cinco lavagens automóveis - é uma das características que tem garantido o sucesso do produto. No entanto, a vantagem mais importante será a ambiental: de cada vez que se lava o carro, o V8 garante uma poupança de 165 litros de água.

Vendido no mercado doméstico no formato de ‘spray’ em pistola, este produto “consiste numa cera especial que remove a sujidade e puxa o lustro bastando, após a aplicação, passar dois panos de microfibra. Ao mesmo tempo, o V8 cria uma espécie de escudo que limita a incidência de raios ultravioleta e infravermelhos melhorando a aparência da pintura e dos plásticos e borrachas”, diz o responsável.

Este brilho que confere às pinturas faz com que o V8 seja “especialmente procurado por proprietários de veículos antigos”. Aliás, quando a Força Aérea “inaugurou o Museu do Ar, em Sintra, alguns dos aviões da coleção foram tratados com o V8”. E também “os carros da presidência, no Museu dos Transportes e Comunicações, na Alfândega do Porto, foram lavados e polidos com o produto da Isodet”.

Produto presente em 10 países

A eficácia e a versatilidade do V8 têm vindo a permitir que o produto conquiste cada vez mais clientes lá fora. Neste momento, o V8 está presente em cerca de 10 países da Europa, África do Norte e América Latina e “estão a ser ultimados os contactos com o Dubai”, conta Jorge Antunes que é o responsável pelo desenvolvimento de produtos da Isodet.

Além disso, está também a ser negociada uma parceria com a Autoeuropa para que se crie, na fábrica da Volkswagen, em Palmela, “uma estacão de serviço ecológica para lavagem dos carros dos funcionários e dos carros que são usados em eventos”. A parceria poderá ainda ir mais longe, já que está a ser discutida, também, “a possibilidade de incorporar o V8 na linha de montagem para substituir alguns produtos usados nos acabamentos”.
 
V8 já ajudou portugueses a criar próprio emprego

Um dos maiores “orgulhos” de Jorge Antunes, relativamente ao V8, é o facto deste produto estar a ser usado por algumas “pessoas que estavam desempregadas para criarem o seu próprio emprego”.

“São pessoas que criam microempresas de lavagem de veículos que, por exemplo, seguem as provas automobilistas onde prestam esse serviço. Como este produto não exige licenças especiais nem a autorização para escoamento de águas de escorrência, é muito fácil montar um pequeno negócio”, sublinha.

O V8 é produzido pela Isodet, no Seixal, com matérias-primas nacionais (sendo que apenas um ingrediente é importado do estrangeiro). Em termos de comercialização, o produto ainda não está nas grandes superfícies já que a aposta da empresa tem sido mais ao nível da venda para profissionais - uma situação que a Isodet pretende alterar em breve, apostando no mercado doméstico. Contudo, o V8 pode ser encomendado por email ou telefone e remetido ao cliente por correio.

Mesmo assim, e apesar da crise, esta empresa familiar está a faturar 250 mil euros ao ano: prova de que profissionalismo e dedicação são elementos fundamentais para criar um produto de excelência (e amigo do ambiente) que tem vindo a impor-se no mercado, tanto cá dentro como lá fora.
 

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 26, 2014, 04:47:44 pm
Estudantes portugueses criam equipamento para filtrar microplásticos dos oceanos


Cinco estudantes da Universidade Nova de Lisboa estão a desenvolver um equipamento que, instalado em embarcações, filtra os microplásticos existentes nos oceanos, com o qual venceram um prémio de ideias de negócios e que pretendem comercializar. O sistema, embutido no casco dos barcos, ao nível da linha de água, tem uma entrada de água que é filtrada, ficando os microplásticos retidos no filtro do equipamento, explicou à Lusa um dos representantes do projeto Clean Dynamics, Tiago Lamelas.

Segundo o responsável, após a filtragem a água passa por uma turbina, produzindo energia capaz de alimentar pequenos equipamentos, como sistemas de coordenadas geográficas ou de alarme.

Os microplásticos armazenados podem ser depois encaminhados para valorização energética ou reutilização como matéria-prima em indústrias.

A existência nos oceanos destes materiais, que resultam da degradação de objectos em plástico até uma proporção mínima, constitui um “perigo”, uma vez que são ingeridos pelos peixes, “que mais tarde vêm parar à nossa alimentação”, referiu Tiago Lamelas.

O equipamento, que deverá ter um preço entre 300 e 400 euros, pode ser adaptado e instalado em embarcações de diferentes tipos e tamanhos, desde pequenos veleiros a grandes petroleiros.

Os cinco estudantes, entre os 23 e os 27 anos, iniciaram o projecto no âmbito de uma disciplina de empreendedorismo, estando agora a desenvolver o protótipo.

Para montar o negócio estimam precisar de 200 mil euros, os quais esperam vir a conseguir junto de grandes empresas das áreas energética e de transporte marítimo.

Recentemente, venceram um concurso de ideias de negócios, na categoria “Mar e Energias”, promovido pelo Sines Tecnopolo, estrutura sediada em Sines que funciona como incubadora de empresas e presta serviços de consultadoria e formação.

Para a equipa, a estadia de uma semana na Energy Excelerator, incubadora de empresas do Havai (Estados Unidos da América), vai ser “muito importante”.

No mesmo concurso, venceu, na categoria “Criar Futuro(s)”, o projecto EcoInCer, dos empreendedores Erika e Filipe Davim, de Aveiro, que visa a transformação das escórias resultantes da incineração do lixo urbano em matéria-prima para as indústrias da cerâmica e do vidro.

A dupla ganhou o direito a passar uma semana numa incubadora da rede europeia de apoio a empresas (Entreprise Europe Network) e aponta a Itália como destino preferencial, por ser “o motor da cerâmica mundial”.

Já com um protótipo e patente internacional registada, Filipe e Erika Davim, 33 e 35 anos, respectivamente, precisam de 300 a 800 mil euros, dependendo das infraestruturas e dos equipamentos que tenham de adquirir, para montarem a sua empresa, que poderá vir a criar perto de 15 postos de trabalho.

A valorização das escórias representa uma diminuição dos resíduos enviados para aterro sanitário, que é o seu destino actual, indicou à Lusa Filipe Davim.

A função da EcoInCer é tratar esses resíduos e transformá-los em matéria-prima, feita “à medida” dos clientes, que substitui materiais como areia, barro ou sílica, reduzindo a utilização de produtos naturais, alguns dos quais “em crescente escassez”, com a consequente “escalada do preço”.

Numa primeira fase, tencionam dirigir-se às empresas portuguesas, estando já algumas a testar os produtos, mas ambicionam também sub-licenciar a patente noutros países com indústrias cerâmica e vidreira fortes e não põem de parte a exportação.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Maio 20, 2014, 09:45:17 pm
Tecnologia lusa revoluciona aeroportos internacionais


Uma empresa portuguesa está a revolucionar os aeroportos de todo o mundo graças a uma tecnologia inédita que promete ser o futuro da experiência dos passageiros que viagem de avião. O sucesso fez, inclusive, com que a Vision Box fosse a única empresa do mundo a ser selecionada para a mostra tecnológica que aconteceu na passada sexta-feira, em Aruba.
 
A inovação já se encontra presente em mais de 30 aeroportos internacionais, onde fornece soluções que para além de aumentar a segurança global naqueles espaços, simplifica os processos de controlo de passageiros, reduzindo substancialmente as filas de espera.
 
A chave do conceito passa pela utilização da biometria, sendo que, nos pontos de controlo do aeroporto, o passageiro só precisa de olhar para uma câmara para ser reconhecido e passar à fase seguinte do processo de embarque, sem necessidade de apresentação de qualquer tipo de documento ou cartão.
 
Desta forma, ao chegar ao aeroporto, o passageiro dirige-se a um posto de check-in, onde é verificada a autenticidade do seu passaporte e recolhidos os respetivos dados biométricos que irão constituir o 'envelope virtual do passageiro'.
 
A informação é, por isso, armazenada e partilhada (através de um modelo seguro de partilha de dados) com as entidades aeroportuárias, a sua linha aérea e autoridades de fronteira. A partir daí, o passageiro pode utilizar os serviços self-service de entrega de bagagem e cruzar todos os pontos de controlo do aeroporto utilizando apenas aquilo que, de forma mais exata e inequívoca, o identifica: a sua biometria, neste caso o reconhecimento facial.
 
Como tal, o percurso do passageiro ao longo do aeroporto torna-se 100% self-service, com este a ter controlo total da sua viagem dentro do aeroporto. Deixa, portanto, de ser exigido qualquer tipo de interação com agentes da polícia, segurança ou linhas aéreas, nem apresentação de documentação e verificação manual de documentos.
 
Aos olhos do passageiro, segundo a Vision Box, os resultados são uma maior fluidez, rapidez e comodidade. Por todos estes aspetos, a inovação não passou despercebida aos olhos da organização da mostra tecnológica que aconteceu na passada sexta-feira em Aruba, na Venezuela, que elegeu a empresa portuguesa como a única entre 10 concorrentes internacionais com oportunidade de integrar o prestigiado certame.

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Junho 18, 2014, 07:03:16 pm
GPS português que deteta árvores prontas para colheita recebe prémio europeu


Um projeto desenvolvido por um português utiliza o GPS para detetar árvores, como oliveiras ou sobreiros, que estão prontas para a colheita, permitindo ao agricultor ter uma operação mais eficiente, trabalho que foi premiado numa iniciativa europeia.

Manuel Penteado, aluno de mestrado do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade de Lisboa, foi distinguido com o 3.º lugar do prémio europeu Farming by Satellite (agricultura por satélite), promovido pela Agência do GNSS Europeu, responsável pelas atividades de navegação por satélite na Europa. «Desenvolvemos um estudo de deteção remota para o montado de sobro através do cálculo do índice de vegetação e obtivemos bons resultados na gestão, a partir dessa base [trata-se de] transformar, na prática, como seria para os agricultores a operação da colheita», explicou hoje à agência Lusa Manuel Penteado.

Detetadas as árvores já preparadas para serem colhidas, através de deteção remota com sensores montados em aviões, o agricultor pode definir um percurso e não perder tempo no seu trabalho de recolha mecanizada ou manual. «O objetivo foi detetar áreas prontas para serem colhidas e tornar o processo mais eficiente», através da criação de roteiros específicos, realçou o aluno do ISA. A ideia proposta permite reduzir os custos de colheita e melhorar a qualidade e valorização do produto final, diminuir o impacte ambiental da atividade agrícola, com a otimização do trajeto das máquinas agrícolas, e tornar o período de colheita mais curto.

Esta operação foi elaborada para olival e montado de sobro, mas «é possível alargar a outras espécies como nogueiras ou amendoeiras», disse Amanuel Penteado, acrescentando que «para o norte de África [esta] seria uma ferramenta muito útil».

A organização que premiou o trabalho de investigação poderá contribuir com ajuda logística para concretizar o projeto.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 02, 2014, 04:00:29 pm
Empresa lusa vai modernizar sistema de saúde grego


Uma empresa portuguesa está a desenvolver uma solução destinada a modernizar o sistema de saúde grego. A tecnologia da Multicert vai tornar o processo de prescrição de receitas na Grécia totalmente digital e permitir, também, um cruzamento de dados entre as receitas prescritas e os medicamentos vendidos pelas farmácias.
 
O projeto foi encomendado à companhia nacional, especialista em certificação e segurança digital, pela empresa grega ByteComputer e vai envolver perto de 40 mil médicos, 10 mil farmacêuticos e 300 mil prescrições diárias, número equivalente a cerca do dobro das receitas prescritas diariamente no nosso país.
 
"A Multicert está a expandir o seu negócio e a levar o seu know-how além-fronteiras", congratula-se Jorge Alcobia, diretor-geral da empresa portuguesa, em comunicado.

"A modernização do processo de pescrição de receitas que vai acontecer na Grécia será um importante passo no desenvolvimento tecnológico do país e do seu sistema de saúde e a Multicert ficará associada a esse novo rumo", acrescenta o responsável.
 
Por intermédio do sistema digital que está a ser criado pela equipa de especialistas portugueses, as receitas médicas vão passar a ser a desmaterializadas, isto é, os médicos prescrevem a receita em formato digital e assinam através de um certificado igualmente digital fornecido pela Multicert.
 
Depois, no ato da venda, o farmacêutico contra-assina a receita digital com o seu certificado, explica a companhia. "Deixa, assim, de haver recurso ao papel em todo o processo e garante-se um eficaz cruzamento de dados entre as receitas prescritas pelos médicos e os medicamentos vendidos pelos farmacêuticos", avança o comunicado da Multicert.
 
O sistema, que será utilizado por médicos e farmácias gregas e tem o nome de PKI - Public Key Infrastructure, é totalmente criado e concebido pela empresa portuguesa e a sua aplicação não deverá ficar por aqui.
 
"O objetivo é que a PKI venha a ser utilizada, também, para outros fins, tanto na Grécia como em outros países onde estamos a desenvolver contactos", antecipa Jorge Alcobia.
 
Em Portugal, a Multicert também já emite certificados qualificados para todos os médicos, através de uma parceria com a Ordem dos Médicos e o banco Santander Totta.
 
No chip da cédula profissional dos médicos, que é similar a um cartão multibanco, estão alojados os dados do médico, da sua cédula profissional e certificados digitais que poderão ser usados para a emissão de receitas.

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 05, 2014, 06:50:24 pm
Tecnologia lusa promete revolucionar dinheiro virtual


Há uma jovem empresa de Braga que está a dar cartas na área das soluções informáticas. A Seegno está a desenvolver, para um cliente norte-americano, um sistema que promete revolucionar os pagamentos online e criou também uma aplicação que está a ser usada em 90 hospitais dos EUA.

Foi Halsey Minor, o fundador da prestigiada revista online CNET, que recrutou os serviços da Seegno para concretizar a ideia da plataforma Bitreserve, cujo objetivo é tornar a utilização de dinheiro digital mais barata e simples, através do protocolo Bitcoin. Halsey Minor decidiu apostar na equipa da Seegno depois de conhecer outros projetos desenvolvidos pela empresa de Braga.

A Bitcoin é uma moeda virtual, lançada em 2008, cuja criação e transferência é baseada em protocolos de criptografia independentes de qualquer autoridade central. Ao “eliminar intermediários, este protocolo protege os consumidores da especulação financeira”, explica Jorge Pereira, engenheiro informático e um dos fundadores da Seegno, ao Boas Notícias. Contudo, para se tornar eficiente, este sistema terá de ser ampliado a mais utilizadores e entidades comerciais. É esse um dos objetivos da Bitreserve.

Neste momento, diz Jorge Pereira, já há várias empresas, sobretudo nos Estados Unidos (EUA), que aceitam a Bitcoin, como por exemplo a loja online Amazon (mas apenas em alguns produtos). Também em Portugal o sistema tem vindo a conquistar espaço, com eventos como o Boom Festival a aceitar a moeda virtual.

orge Pereira sublinha que os sistemas de transações online, como o Paypal, penalizam os utilizadores ao cobrar elevadas taxas pela utilização dos seus serviços e também pela conversão de moeda, por exemplo de dólares para euros.

“O Paypal cobra cerca de 3.4% + 30 cêntimos por cada transação ao passo que o Bitreserve não cobra entre transações da mesma moeda, e apenas 0.5 % para conversões de moeda”, ou seja, “não representa praticamente qualquer custo para o utilizador”.
 
“Ao contrário dos outros sistemas, a Bitreserve não lucra com a utilização do serviço, fazendo apenas valer-se dos depósitos que recebe”, acrescenta o responsável, explicando que a fonte de sustentabilidade da Bitreserve será “relacionada com parcerias de utilização e aplicações 100% seguras dos valores depositados pelos utilizadores”.

Outra inovação deste serviço é o facto de fazer a conversão de Bitcoins para euros, dólares e outras cinco moedas, sem recorrer à volatilidade tradicionalmente associada às conversões.

Versão beta do Bitreserve já tem 3 mil utilizadores
 
O sistema Bitreserve ainda está em versão beta mas já conta com mais de três mil utilizadores registados, sendo que empresa de Halsey Minor conta com escritórios em São Francisco, Charleston (ambos nos EUA) e Shangai (China) e em Braga, no espaço da Seegno.

O Bitreserve é o projeto mais promissor da Seegno, mas a jovem empresa de soluções informáticas criada por três ex-alunos da Universidade do Minho está a destacar-se noutras áreas e em vários países.

Aplicação da Seegno em 90 hospitais dos EUA

A empresa ajudou, por exemplo, a desenvolver o VRI Direct, uma aplicação de videoconferência com traduções em tempo real que permite que cidadãos estrangeiros e deficientes auditivos consigam comunicar com os respetivos médicos, independentemente do seu idioma.

“Esta aplicação está, neste momento, a ser usada por mais de 90 hospitais norte-americanos, em 19 estados diferentes”, revela Jorge Pereira, acrescentando que VRI Direct está agora a “expandir para a área de consultas online e conta já com um projeto-piloto de utilização em tribunais”.

Para o mercado alemão, a Seegno desenvolveu um sistema de filtragem cujo principal objetivo é proteger crianças e jovens no universo online. A solução permite aos pais e às escolas bloquearem conteúdos indesejáveis nos mais diversos formatos e limitarem a receção de correio eletrónico e mensagens privadas apenas a pessoas conhecidas, bem como estabelecer horários de utilização ou restringir o acesso a determinados locais.
 
Faturação de 600 mil euros em 2014
 
A empresa, com sede em Braga, foi fundada por Jorge Pereira, Tiago Ribeiro (ambos formados em Engenharia de Sistemas e Informática) e Rui Marinho (licenciado em Engenharia Biomédica), dedicando-se principalmente ao desenvolvimento e ao design de soluções de ‘software’.

A Seegno foi fundada em 2008 com um capital social de seis mil euros, constituído com “o dinheiro do mealheiro” dos então estudantes da Escola de Engenharia da UMinho. Para este ano a empresa prevê uma faturação superior a 600 mil euros.

A Seegno conta com a colaboração permanente de 15 funcionários, mas pretende expandir a equipa. As pessoas interessadas devem enviar o curriculum vitae para o jobs@seegno.com.

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 20, 2014, 06:17:25 pm
Portugueses contribuíram para tecnologia laureada


Investigadores nacionais da Universidade de Aveiro (UA) deram "contributos significativos" para os avanços da tecnologia LED azul que valeram, recentemente, aos cientistas Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura a atribuição do Prémio Nobel da Física 2014.
 
Em comunicado, a UA afirma que "a relevância do trabalho desenvolvido pelos investigadores portugueses está bem patente nos trabalhos em coautoria com os laureados e na citação que estes mereceram na investigação que conduziu ao prémio Nobel da Física" deste ano.
 
De acordo com a universidade, a participação do Departamento de Física da UA na área de investigação de materiais da família dos nitretos para aplicação em díodos emissores (LED) de luz azul, em que foi pioneira a nível nacional, remonta à década de 90.
 
Em 1996, a Comunidade Europeia deu início ao projeto multidisciplinar e internacional "Rainbow", na qual a UA participou, com a coordenação das professoras Helena Nazaré e Estela Pereira, e que se destinava ao desenvolvimento de protótipos LED e díodos laser no azul.
 
Na sequência deste projeto, explica a UA, "fortaleceram-se redes internacionais de colaboração entre os cientistas que trabalhavam nesta área", o que permitiu que quatro investigadores da UA - Estela Pereira, Teresa Monteiro, Rosário Correio e Sérgio Pereira - desenvolvessem trabalhos onde também participaram dois dos laureados com o Prémio Nobel da Física 2014.
 
Além destas coautorias, destaca a instituição universitária portuguesa, existe também um outro trabalho liderado pela equipa da UA e assinado por Sérgio Pereira, Rosário Correia e Estela Pereira "que obteve reconhecimento direto por parte dos três laureados ao ser citado por estes autores num artigo publicado na Nature Materials".
 
"A citação de um trabalho cujas conclusões, hoje adotadas pela comunidade científica, desafiavam frontalmente as ideias então instituídas, atesta bem a qualidade e relevância da investigação feita na UA nesta área do conhecimento", congratula-se a universidade.
 
Atualmente, as investigadoras Teresa Monteiro e Rosário Correia integram o Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (I3N), laboratório associado em que participa a UA, enquanto Sérgio Pereira é investigador do Centro de Investigação em materiais Cerâmicos e Compósitos (CICECO), outro laboratório associado da universidade.
 
Mais de duas décadas depois, estes cientistas continuam a desenvolver investigação no âmbito das propriedades óticas e estruturais em diversos sistemas de materiais "que, espera-se, venha a ter impacto positivo no futuro da humanidade", finaliza a UA.

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 25, 2014, 05:58:23 pm
Sensor pode diminuir mortes em acidentes agrícolas


Sensível à elevada taxa de acidentes mortais com tratores, um português criou um dispositivo de alerta para acidentes com máquinas agrícolas ou industriais, facilitando o socorro de eventuais vítimas.

Segundo avança a agência Lusa, só no primeiro semestre de 2014, registaram-se 66 acidentes com tratores agrícolas, que provocaram a morte a 36 pessoas.

O dispositivo “Hi-Tractor” passa por um conjunto de elementos de computação, composto por sensores e atuadores, que através de um software específico regista atividades anormais nos veículos agrícolas pedindo ajuda de forma imediata.

Este tipo de máquinas, apesar de úteis, são "perigosas" quando são operadas em condições "extremas ou por pessoas com poucas habilitações para o efeito", sendo responsáveis por um número "considerável" de mortes todos os anos, disse Adriano Menino, responsável pelo projeto, em declarações à agência Lusa.

O aparelho já começou a ser testado e promete "revolucionar" o socorro em caso de acidente com tratores agrícolas, quando estes estão em movimento em terrenos mais acidentados e assim ajudar a reduzir o número de mortes.

"O dispositivo dá em tempo real as coordenadas do local às equipas de socorro ou outros elementos que o operador da máquina queira avisar com antecedência em caso real de acidente", acrescentou o investigador.

Para além do “Hi-Tractor”, o projeto inclui uma pulseira SOS “que poderá ser utilizada de forma manual pelo agricultor e assim espoletar um pedido de ajuda, quando por vezes, não há condições para pedir auxílio de imediato", explicou Adriano Menino, natural de Torre de Moncorvo, Trás-os-Montes.

Trata-se de uma boa solução "porque trabalhamos em sítios perigosos e se isto der resultado as pessoas são alertadas mais depressa e, em caso de acidente outra fatalidade, o socorro é mais rápido ", disse António Ferreira, tratorista há 35 anos, à agência Lusa.

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 11, 2014, 02:20:59 pm
Americanos investem 3,9 milhões de €€ em start-up portuguesa


A start-up tecnológica portuguesa Veniam acaba de conquistar um investimento de 4,9 milhões de dólares (cerca de 3,9 milhões de euros) por parte de um consórcio liderado pela empresa norte-americana de capital de risco True Ventures e com a participação de outras duas companhias e investidores privados.
 
A empresa nacional, nascida e incubada, em 2012, nas universidades de Aveiro e do Porto, já está presente em Silicon Valley, nos EUA, e dedica-se ao desenvolvimento de tecnologia inovadora, pretendendo criar o conceito de "Internet em movimento".
 
Para o fazer, explica um comunicado da Universidade de Aveiro, a Veniam utiliza a conetividade entre veículos, objetos móveis e utilizadores finais para ampliar a cobertura de rede WiFi a custos reduzidos, implantando redes veiculares nas cidades que transformam carros, autocarros ou camiões em 'hotspots' (pontos de acesso) WiFi móveis.
 
O objetivo da empresa é, portanto, transformar frotas de veículos, públicos ou privados, em redes ativas, sem que haja uma dependência das redes móveis. Paralelamente, a utilização desta tecnologia permite recolher um grande volume de dados, representando grandes oportunidades para o melhoramento dos transportes públicos, a recolha inteligente do lixo ou a monitorização de infrastruturas críticas.
 
"A tecnologia é inteiramente desenvolvida em Portugal e, pela sua inovação, tem despertado um grande interesse em todo o mundo", afirma Susana Sargento, investigadora do Departamento de Electónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro (UA), que fundou a start-up com João Barros, da Universidade do Porto, e dos norte-americanos Robin Chase e Roy Russell, empreendedores norte-americanos que criaram a Zipcar, a maior empresa global de car-sharing.

Empresa criou no Porto a maior rede veicular do mundo
 
Em 2014 a Veniam desenvolveu, no Porto, a maior rede veicular do mundo, com a ligação entre mais de 400 autocarros da cidade, permitindo o acesso à rede WiFi a cerca de 60 mil pessoas por mês. A próxima meta é, agora, expandir a presença em Silicon Valley e acelerar o processo de implantação de redes veiculares em várias cidades dos Estados Unidos.
 
A solução "tem despertado um enorme interesse e estamos confiantes de que as redes de veículos em grande escala estarão na base de uma expansão mais rápida da Internet of Things (Internet das ‘Coisas’) tanto nas cidades como em ambientes industriais", asseguram os responsáveis da Veniam.
 
O financiamento que garantiram, recentemente, junto dos investidores norte-americanos, vai "permitir expandir rapidamente as atividades nos EUA e na Ásia para a implementação de novas plataformas nas cidades a nível internacional", congratula-se Susana Sargento.
 
A investigadora da UA realça que uma das ambições da empresa "é continuar sempre a criar emprego qualificado em Portugal ao nível da equipa de engenharia com investimento direto estrangeiro." Neste momento, esta equipa encontra-se na Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro (IEUA) e no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).
 
Desde Agosto de 2014, a Veniam tem sede em Mountain View, Califórnia, e laboratórios de desenvolvimento em Aveiro (IEUA) e no Porto (UPTEC).

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 11, 2015, 11:12:20 pm
Português cria tinteiros que imprimem circuitos


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fboasnoticias.pt%2Fimg%2Fhugo-almeida.jpg&hash=3b4dfbcaf5d2e0a4ab9eb265a95d1edd)

Hugo Miranda, aluno da Universidade de Aveiro, desenvolveu tinteiros que podem ser usados numa impressora convencional para imprimir circuitos eletrónicos em papel fotográfico.

As tintas do tinteiro criado pelo português, que frequenta o Mestrado de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações, são compostas por nano partículas de material condutor de eletricidade e permitem que qualquer pessoa possa criar circuitos sem os problemas que levanta a construção industrial de placas de circuito impresso, explica a UA em comunicado.

A inovação permite que, em poucos minutos, se possa ter em mãos um circuito com a leveza de uma folha de papel, de uma forma simples e barata, revela o mesmo comunicado.

Hugo conta que a "grande vantagem desta impressora é que podemos criar um protótipo de forma rápida e barata, bastando para isso desenhar a placa no computador, imprimi-la e adicionar os componentes à mesma”.

Outra vantagem é possibilidade de imprimir circuitos eletrónicos a partir da própria casa.

Para além dos tinteiros, Hugo Miranda já testou estas tintas numa caneta de feltro, "com iguais resultados de boa condutividade elétrica, seja em papel fotográfico, seja em películas de vidro ou resina", e o criador garante que irá testar outros materiais em breve.

O estudante prevê o uso dos circuitos impressos em "drones, antenas, etiquetas inteligentes e sensores", tecnologias que precisam de componentes com um peso cada vez menor e altamente moldáveis.

Tecnologia é acessível a todos

Hugo Miranda contou com a colaboração de Hélder Machado, também estudante do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática. Hélder transformou uma tecnologia altamente dispendiosa, tornando-a acessível a qualquer pessoa.

“As impressoras que permitem imprimir circuitos de forma similar a esta são usadas principalmente na indústria e custam dezenas de milhares de euros”, cita o comunicado.

Se for necessária alguma mudança, “basta voltar a imprimir os circuitos com as alterações que pretendemos a qualquer momento", explica Hugo.

A ideia da impressão a partir de casa começou com alterações efetuadas numa impressora normal, ao nível das cabeças de impressão. Depois, Hugo tentou mudar os tinteiros e a tinta.

“As propriedades físicas da tinta foram então alteradas, por forma a tornarem-se similares às utilizadas em impressoras convencionais e, dessa maneira, a funcionarem em qualquer impressora comercial, sem que estas sofram qualquer alteração”, conta o jovem.

Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 02, 2015, 06:05:22 pm
BBC destaca drone português controlado pelo cérebro


A Tekever, empresa portuguesa especializada no fabrico de drones, desenvolveu um aparelho controlado pelo cérebro. A inovação esteve em destaque, durante a última semana, na cadeia televisiva BBC.

O drone, que é comandado por ondas cerebrais, foi exibido durante uma demonstração que teve lugar no passado dia 24 em Vila Franca de Xira. A Tekever explicou à televisão britânica que esta inovação, que recorre a uma espécie de touca com sensores, pode ser manuseada por pessoas com movimentos limitados.

Esta touca é fabricada com diversos sensores que captam as ondas cerebrais que depois são convertidas em comandos para o drone através de algoritmos presentes num computador, num funcionamento semelhante aos eletroencefalogramas (EEG).

Durante o teste, um técnico da Tekever sentou-se à frente de um computador, de forma a controlar os movimentos do drone, através das ordens que a touca detetava.

Este sistema foi testado durante vários meses, período durante o qual os pilotos 'ensinaram' ao cérebro como é que ele se deveria comportar para fazer o pequeno círculo subir ou descer no ecrã do computador, de forma a conseguir controlar a direção do drone.

"Acreditamos que as pessoas vão ficar aptas a pilotar aeronaves da mesma forma que fazem atividades diárias, como por exemplo andar ou correr", disse Ricardo Mendes, responsável da empresa, à BBC.

A Tekever, que trabalha também para diversas empresas de segurança, forças políciais e o exército, espera no futuro alargar esta tecnologia ao controlo da maioria das aeronaves.

Para Ricardo Mendes, esta tecnologia poderá trazer diversas medidas de segurança, evitando possíveis incidentes, como o caso de o piloto sofrer convulsões durante a pilotagem.

"Os algoritmos que aparecem no ecrã podem prevenir em caso de acidentes", acrescentou o responsável à estação britânica.

Boas Noticias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Março 06, 2015, 05:57:06 pm
Universidade de Aveiro desenvolve protótipo de camião para abastecer carros elétricos


A Universidade de Aveiro anunciou hoje que o seu Departamento de Engenharia Mecânica desenvolveu um protótipo de camião-cisterna para armazenar energia.

Tal como hoje vemos os camiões-cisterna a transportar combustível, o protótipo criado pela Universidade de Aveiro consiste num camião que armazena energia para abastecer carros elétricos.

Chama-se Dispositivo Modular de Armazenamento de Energia Elétrica (DMAE) e pretende diminuir a resistência à opção pelo automóvel elétrico.

Sobre o camião é montada uma estrutura metálica que aloja baterias de iões de lítio, com um Sistema de Gestão e Controlo que permite diminuir os tempos de espera para carregar o automóvel, ultrapassar as limitações decorrentes da rede elétrica e possibilitar novos modelos de negócio na área energética.

Uma das inovações é que o camião pode armazenar eletricidade em qualquer central de produção de energia renovável e fornecer carga a dez automóveis elétricos, em simultâneo, no modo rápido, número superior ao que atualmente se verifica nos pontos da rede de carregamento elétrico nacional.

"As baterias inseridas no dispositivo são interligadas por uma rede de eletrónica de potência, de forma inteligente, formando uma matriz dinâmica de baterias", explica José Santos.

O investigador responsável pelo desenvolvimento do Sistema de Gestão e Controlo do DMAE adianta que "a matriz é dinâmica, pois as interligações no seu interior e as ligações com o exterior do dispositivo são monitorizadas e geridas pelo Sistema de Gestão e Controlo em tempo real".

O projeto foi desenvolvido em parceria com a empresa D2M-Energytransit, à qual pertence a patente do DMAE.

"A vantagem do conceito DMAE, será que a considerável capacidade de armazenamento [até 4 MWh com as melhores baterias de veículos elétricos existentes atualmente], não é resultante de uma grande bateria construída de raiz, mas sim do agrupamento de baterias já existentes, pelo que os custos são por isso notoriamente inferiores", explica José Santos.

Considerando a associação do conceito DMAE com o modelo de "swap stations" (já existentes em alguns países), em que os automóveis trocam a bateria em vez de esperar pelo carregamento parcial, a modularidade do dispositivo ganha ainda maior vantagem, pela rotação das baterias nele inseridas.

Nesse caso os automobilistas ganham duplamente, por verem reduzido o tempo para repor a autonomia total (estima-se inferior a cinco minutos a operação de troca) e a diminuição da limitação da autonomia, principal receio dos condutores.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 06, 2015, 06:30:13 pm
Tecnologia desenvolvida em Coimbra integra missão espacial a Mercúrio


A missão BepiColombo está prevista para janeiro de 2017. Vai levar equipamento criado em Portugal capaz de analisar os níveis de sódio da atmosfera do planeta Mercúrio. Uma tecnologia desenvolvida pela Active Space Technologies (AST), empresa localizada em Taveiro, Coimbra, vai integrar uma missão científica ao planeta Mercúrio desenvolvida pelas agências espaciais europeia e japonesa e prevista para janeiro de 2017.

De acordo com informação hoje disponibilizada pela empresa, a tecnologia em causa foi recentemente integrada num dos três veículos espaciais da missão BepiColombo, em desenvolvimento pelo parceiro japonês, e vai analisar os níveis de sódio da atmosfera do planeta Mercúrio.

"Foi um dos primeiros protótipos que desenvolvemos para missões espaciais ainda em 2006 e é muito gratificante ver a nossa tecnologia a ser finalmente integrada nesta fase da missão", afirma, em nota de imprensa, Ricardo Patrício, responsável da Active Space Technologies. Na nota, a AST adianta que o objetivo da missão espacial "será estudar de forma exaustiva o campo magnético do planeta, a sua magnetosfera, o interior e a superfície" de Mercúrio, o planeta do sistema solar mais próximo do sol.

Na página de internet da agência espacial europeia (ESA) lê-se que a missão BepiColombo está prevista para ser lançada em janeiro de 2017 e que os veículos espaciais - um de transporte e dois que irão orbitar em redor de Mercúrio ao longo de um ano, suportando temperaturas de cerca de 350 graus centígrados - demorarão sete anos a chegar ao planeta.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 11, 2015, 09:05:34 pm
Investigação portuguesa para transformar urina em eletricidade e fertilizantes interessa à NASA


Apenas utilizando a urina poderá produzir-se energia para iluminação, para ligar eletrodomésticos ou para acionar bombas de água em alguns países de África.
Investigadores da Universidade do Minho estão a produzir fertilizantes e eletricidade com urina humana, um projeto que despertou interesse junto da NASA e que, segundo os autores, pode revolucionar regiões remotas.

Apenas utilizando a urina poderá, por exemplo, produzir-se energia para iluminação, para ligar eletrodomésticos ou para acionar bombas de água em alguns países de África. Luciana Peixoto, uma das investigadoras ligadas ao projeto, diz que em países com pouco sol pode produzir-se, por exemplo, iluminação de jardim. Em certas comunidades, diz, não só se elimina um possível foco de doenças, a urina, como se criam fertilizantes e ainda se produz eletricidade. Segundo Luciana Peixoto, o interesse da NASA relaciona-se com o possível aproveitamento da urina dos astronautas para produzir fertilizantes para plantas no espaço

A investigadora, do Centro de Engenharia Biológica, da Universidade do Minho, não sabe dizer a quantidade de urina necessária, mas garante que com 300 mililitros se conseguem produzir dois volts (o equivalente a uma pilha das mais pequenas, que põe a trabalhar um relógio de parede simples) contínuos durante 30 a 45 dias. Com cinco carrega-se um telemóvel, com 20 um computador.

O projeto, já com dois anos, tem parceiros a desenvolver a parte virada para a indústria, estando a decorrer uma fase de testes utilizando 300 litros de urina.
Um trabalho de investigação que a par de dezenas de outros está hoje e sábado a ser apresentado no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, no âmbito do primeiro Festival Nacional de Biotecnologia, uma iniciativa internacional coordenada pela Association of Science-Technology Centers e que tem estreia mundial em Portugal.
A urina humana é muito rica em fósforo e matéria orgânica e "tem tudo o que precisamos para produzir fertilizantes e eletricidade" explica Luciana Peixoto à Lusa, acrescentando que, além do fósforo, tem azoto, magnésio e amónio.

Para fazer o fertilizante a urina é deixada durante seis dias, adicionando-se depois magnésio para aumentar a velocidade de depósito. Após esse prazo há uma concentração rica em fósforo (excretado pela urina porque existe nos alimentos, muitos deles com fertilizantes a mais) e depois, em 30 minutos, esse concentrado é transformado em pó ou em grânulos, um fertilizante, segundo a responsável, mais rico em fósforo do que qualquer fertilizante comercial.

"Estamos a fazer testes toxicológicos e de germinação", diz a investigadora, mostrando pequenas caixas onde alfaces começam a germinar numa solução com o fertilizante feito a partir da urina. E acrescenta: "acreditamos que iremos ter uma produção semelhante à de uma com o fertilizante comum". Quanto à produção de eletricidade a explicação é muito mais técnica: "com a urina que sobra, com grande fonte de carbono e glicose, introduzimos numa célula de combustível microbiana, com bactérias eletroativas que degradam as fontes de carbono...".

Luciana Peixoto está entusiasmada. Acredita que "otimizando o sistema" chegará a uma produção assinalável de energia através da urina.
E mostra um pequeno led a piscar, acionado pela energia extraída de um pote com "lama do jardim". "Está a produzir assim continuamente há meses", diz, para logo acrescentar: "mas a urina é muito melhor".

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Get_It em Abril 16, 2015, 07:18:02 pm
Portugueses criam anti-corpos contra Alzheimer com ajuda do vírus da dengue
Citação de: "Nuno Noronha, SAPO"
O projecto de investigação "sdAb+péptido" desenvolveu anti-corpos que reconhecem e desagregam uma proteína cerebral responsável pela evolução do Alzheimer, com a ajuda duma molécula transportadora, encontrada no vírus da dengue.

Esta foi uma das quatro investigações apresentadas hoje, em Coimbra, que resultaram do projecto Do IT - Desenvolvimento e Operacionalização da Investigação de Translação, financiado pelo Programa Operacional Factores de Competitividade, e que tem como objectivo colocar a tecnologia ao dispor da saúde.

A investigação, desenvolvida entre a TechnoPhage, o Instituto de Medicina Molecular e a Bial, permitiu desenvolver anti-corpos que desagregam a proteína que leva à evolução da doença de Alzheimer, explicou o professor Miguel Castanho, do projecto de investigação, hoje à tarde, no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Contudo, para a desagregação da proteína, os anti-corpos necessitam de péptidos (biomoléculas), que os transportam até ao alvo, que se encontra no cérebro, disse o investigador.

Os péptidos utilizados para este projecto de investigação foram encontrados na dengue, visto que os vírus têm a capacidade de "transportar o seu genoma para dentro de células", aclarou.

Segundo Miguel Castanho, quer a construção da molécula transportadora quer os anti-corpos desenvolvidos poderão ter outras aplicações, sendo que o projecto direccionado para a doença de Alzheimer apresentou resultados "satisfatórios para todas as fases do projecto", estando agora a ser testado em modelos animais.

Também foi apresentado, durante a tarde, o projecto Diamarker, que desenvolveu uma ferramenta de diagnóstico de factores de risco genéticos e a sua correlação com biomarcadores direccionados para a diabetes tipo 2, numa parceria entre a Biocant, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, as universidades de Coimbra e de Aveiro, entre outras instituições da região Centro.

Já o projecto do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), em conjunto com a Eurotrials, a Genetest, o IPO do Porto e o Centro Hospitalar de São João, centrou-se nos biomarcadores genéticos para a avaliação da resposta terapêutica no carcinoma colorrectal.

Segundo Paulo Canedo, do IPATIMUP, os biomarcadores podem evitar "toxicidades" desnecessárias, evitar "custos adicionais" e aumentar a eficácia dos tratamentos.

Para o investigador o projecto Do IT, permitiu ao próprio IPATIMUP uma aproximação às empresas, saudando a iniciativa.

O Do IT foi um desafio lançado pelo Health Cluster Portugal, que, através de um investimento de 6,8 milhões de euros, 21 instituições, como hospitais, universidades e empresas, trabalharam em projectos ao longo dos últimos três anos ligados à área da saúde.
Fonte: http://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/projecto-criou-anti-corpos-para-combater-o-alzheimer-com-ajuda-da-dengue

Cumprimentos,
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Abril 20, 2015, 04:32:34 pm
Espaço: Tecnologia portuguesa em novo projeto europeu


A multinacional portuguesa Active Space Technologies, especialista em tecnologia aeroespacial, foi escolhida para integrar um novo projeto espacial europeu com um valor global de 3,5 milhões de euros e no âmbito do qual vai desenvolver um radiador desdobrável para satélites.
 
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, a empresa nacional revela que está em causa "um projeto ambicioso" e que a Active Space Technologies terá a seu cargo o "fabrico de todos os componentes mecânicos, nomeadamente as peças do radiador e do mecanismo de abertura".
 
Segundo a companhia, o projeto pretende resolver um problema associado à necessidade de, dada a inexistência de uma atmosfera, após serem lançados, os satélites terem de rejeitar o calor por radiação sob pena de aquecimento de todo o sistema e consequente deterioração.
 
Hoje em dia, a solução, explica a Active Space Technologies, passa pela implementação, nos satélites, de radiadores, cujo papel é, precisamente, a emissão deste calor para o espaço.

O problema é que os radiadores "necessitam de ter uma grande área, o que pode tornar-se proibitivo tendo em conta das apertadas restrições" dos foguetões, utilizados como veículo de lançamento dos satélites.
 
A empresa portuguesa propõe-se, agora, resolver esta questão com recurso a uma novidade: a conceção de "um radiador desdobrável que assume uma configuração compacta durante as fases de lançamento, mas que se posiciona corretamente depois de estar em órbita".
 
"Este projeto de desenvolvimento apresenta um enorme potencial de aplicação comercial, tanto em satélites de telecomunicações como em outros de índole científica, o que representa um avanço considerável na indústria aeroespacial global", afirma João Neto, gestor do projeto por parte da Active Space.
 
A conclusão do desenvolvimento, adianta a empresa portuguesa, está prevista para Janeiro de 2018. Além da Active Space Technologies, integram o consórcio responsável pelo projeto empresas de renome na industria aeroespacial como a SENER, Tecnalia, Thales França, Thales Itália e IberEspacio.  
 
Boas Notícias
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Junho 01, 2015, 03:32:24 pm
Uma vacina contra ataques biológicos made in Coimbra



Uma equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra desenvolveu uma vacina nasal que combate um ataque por antraz. De acordo com um comunicado da universidade, partindo do princípio que as vacinas injectáveis ministradas a militares não são 100% eficazes, a equipa criou um sistema que actua no local onde o antraz é inalado e impede que ocorra infecção e desenvolvimento da doença numa fase mais precoce. O grupo vai mais longe, ao assumir que os fins preventivos da vacina alargam-se a outros níveis. De acordo com o comunicado, “a introdução no mercado de uma vacina deste tipo poderá dissuadir a utilização de armas biológicas com antraz”.

O trabalho durou três anos, dando origem a uma protecção imunitária que, diz a coordenadora do grupo, Olga Borges, “promove a produção de anticorpos protectores nas mucosas, formando uma barreira à entrada do antraz na corrente sanguínea”. Nesse sentido, foram desenvolvidas “nanopartículas muco-adesivas que têm como função estimular o sistema imunitário, permitindo que este responda de forma mais eficaz à presença do antigénio (molécula estranha ao organismo) do antraz”. Por outro lado, assegura a investigadora, “as nanopartículas asseguram ainda que a vacina não seja destruída pelas enzimas das mucosas ou que se desloque para o estômago, onde seria inativada pelos ácidos”.

A investigação começou por fazer parte de um projecto europeu, proposto pelo Ministério da Defesa Português e aprovado pela Agência Europeia de Defesa. Mas, devido às restrições orçamentais em curso no nosso país e noutros da UE, e às redefinições de áreas de investigação do Ministério, o projecto ficou sem o financiamento da área da defesa, tendo sido suportado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

SOL
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Junho 14, 2015, 08:54:49 pm
@ Expresso
Citar

Meias capazes de se aquecerem? Estão aqui e são portuguesas

Na Faria da Costa, o preço médio de um par de meias à saída da fábrica ronda os €1,5, mas o novo modelo de aquecimento ativo WYFeet — Warm your Feet, que propõe diretamente aquecer os pés do cliente, vai passar os €50 e, no final do ano, estará à venda na Noruega, a €250 por par, e poderá calçar militares na Índia.

À primeira vista, a nova meia de lã, acrílico e coolmax (um fio funcional que facilita a respiração do pé) é igual a qualquer outra, mas a sua criação foi preparada em laboratório durante 36 meses, numa parceria com o Centro de Tecnologia Têxtil CITEVE,  envolveu um investimento de €300 mil e está a ser patenteada porque  permite programar  três níveis de temperatura diferentes e mantê-los entre 8 e 16 horas, em função do clima local.

Para isso, integra um microchip encapsulado no pé da própria meia e uma bateria elétrica, semelhante à de um telemóvel, “mas pode ir a lavar à máquina”, sublinha Nuno Costa, diretor-geral da empresa de Barcelos, fundada pelo pai em 1988.

“É uma aposta na diferenciação e valorização do produto porque a concorrência nos artigos básicos é feroz. Acreditamos obter, assim, também um maior reconhecimento para a nossa oferta de peúgas tradicionais”, explica o gestor, à espera de um crescimento de 10% a 15% nas vendas este ano, depois de faturar €3 milhões em 2014, com as exportações a responderem por 95% deste valor.

Dos 75 trabalhadores, há sempre um grupo de cinco a 10 pessoas a trabalhar no gabinete de desenvolvimento de produto. Uma das suas missões é criar peúgas funcionais de desporto para destinos como os Estados Unidos, de forma a combater o mercado sazonal das meias de lã.

“Nascemos a fazer peúgas tradicionais, mas quisemos inovar, fazer coisas mais específicas, ser mais competitivos. O nosso lema é simples: Para onde eles vão (a concorrência), já de lá nós viemos”, comenta Nuno Costa.

A capacidade de produção de duas mil dúzias de peúgas por dia está a  aumentar para as 2500 dúzias. Para isso, a empresa investe este ano €250 mil em equipamento e na substituição de lâmpadas por leds, à espera de obter uma poupança superior a 10% na fatura elétrica.

Outra aposta da empresa é aproveitar a experiência acumulada no trabalho com a lã e a flexibilidade interna da produção para alargar a oferta a cachecóis e gorros, já à venda no Reino Unido.
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 29, 2015, 10:03:47 pm
Investigadores do Porto testam submarino para exploração petrolífera

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fdiariodigital.sapo.pt%2Fimages_content%2F2015%2FROVHercules2005.jpg&hash=bf44569ac8473ceff821fe34c0436abd)


Uma equipa de investigadores, engenheiros e submarinistas testou na segunda-feira, perto do Porto de Leixões, um protótipo de um submergível que poderá vir baixar o preço da prospeção de petróleo em altas profundidades.

Coordenado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC-TEC) da Universidade do Porto, o desenvolvimento do protótipo resulta de uma parceria «em consórcio com várias empresas e com a colaboração valiosíssima da Marinha Portuguesa», explicou à Lusa Alfredo Martins, investigador no INESC-TEC e professor no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

A rondar os 1.300 quilos e o tamanho de um pequeno automóvel utilitário, o submergível permite aplicações de mercado aos níveis civil e militar, tanto no âmbito da «mineração, avaliação de condições para oceanografia e aplicações biológicas ou militares», assim como na exploração autónoma e barata de jazidas petrolíferas.

Batizado, para já, de "Turtle", palavra inglesa para tartaruga, o protótipo pode ser controlado à distância máxima de oito quilómetros por um computador portátil equipado para realizar leituras de ondas sónicas.

«É cada vez mais importante, uma vez que Portugal é responsável, sobretudo agora com a expansão da plataforma continental, por uma área muito vasta do fundo oceânico", considerou Alfredo Martins, sublinhando a capacidade de submersão do equipamento até mil metros de profundidade, que no futuro poderá aproximar-se da "média de quatro quilómetros que possui o oceano Atlântico».

De acordo com o investigador, o "Turtle" será ainda pertinente na medida em que «hoje em dia há muita exploração petrolífera a grande profundidade, como é o caso da Galp no Brasil com exploração a dois mil metros, e este tipo de tecnologia permite operar a essas profundidades com reduzidos custos de operação.»

O corte acentuado nos custos de exploração submarina, prospeção mineral, seguimento ou análise de vida marinha e ainda medição de atividade sísmica é explicado sobretudo pela elevada autonomia do protótipo, para além da produção barata - assim que realizada em série - que dispensa «os habituais quilómetros de cabo e estruturas à superfície que implicam».

As aplicações de segurança, defesa portuária ou de seguimento de embarcações em alto mar com discrição são também valências do submergível que cativaram a atenção e apoio da Marinha Portuguesa.

«Permite descer de forma autónoma e energeticamente eficiente e, uma vez colocado no fundo, pode ser reprogramado para se deslocar para uma nova posição, sem ser necessário voltar à superfície, o que reduz bastante os custos», esclareceu o investigador.

Este «primeiro submarino de profundidade concebido e desenvolvido inteiramente em Portugal» foi testado no mesmo dia em que a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) anunciou que foram investidos mais de 236 milhões de euros, entre 2007 e 2013, na pesquisa de petróleo em território nacional.

Entre os principais atores no terreno a investir encontram-se a Partex (da Fundação Calouste Gulbenkian), a Repsol, a Eni e a Galp. De acordo com José Miguel Martins, da ENMC, citado pelo semanário Expresso, «mais de metade da Zona Económica Exclusiva (ZEE) [portuguesa] tem potencial petrolífero».

O projeto que deu origem ao "Turtle" teve a sua génese num programa da European Defense Agency (Agência Europeia de Defesa), ou EDA, e foi "um dos seis entre 70 projetos a nível europeu" cujo apoio foi aprovado em articulação com um financiamento nacional comparticipado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

«Basicamente, o que a EDA faz é dizer: 'este projeto ganhou e merece ser financiado'», frisou Alfredo Martins, pouco antes de analisar os dados recolhidos ao longo do teste realizado com a colaboração da Marinha Portuguesa e salientando «a ambição de dotar o país e a economia nacional de ferramentas que permitam explorar o mar profundo português, que é vasto».

Estão ainda agendados dois novos testes com o submergível português com a cooperação da Marinha Portuguesa para o mês de outubro e outro com a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), até ao fim do ano.

Lusa
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: miguelbud em Dezembro 02, 2015, 08:54:27 am
Seringa a laser sem agulha é portuguesa e deve chegar ao mercado em 2013


 <img src="{SMILIES_PATH}/icon_arrow.gif" alt=":arrow:" title="Arrow" /> http://videos.sapo.pt/nsJQWuaeP8ZTtD6COkVv (http://videos.sapo.pt/nsJQWuaeP8ZTtD6COkVv)

Uma seringa a laser, sem agulha, está a ser desenvolvida em Coimbra e deverá chegar ao mercado dentro de um ano, anunciou hoje Carlos Serpa, um dos investigadores envolvidos.
 
O Laserleap (seringa a laser) é um sistema em nada semelhante às tradicionais seringas com agulha, mas que, tal como estas, permite fazer chegar o medicamento ao destino pretendido, só que sem picada e recorrendo a laser.
 
O protótipo da “seringa” foi hoje apresentado na Universidade de Coimbra (UC), onde o projeto nasceu, em 2008, por um grupo de três investigadores do Departamento de Química, que inclui também Luís Arnaut e Gonçalo Sá.
 
Através do laser, é criada uma onda de pressão que, ao chegar à pele, gera uma “espécie de tremor de terra”, deixando-a "durante alguns segundos permeável”, o que facilita a aplicação do fármaco, administrado em creme ou gel, explicou Carlos Serpa.
 
O fármaco “surte efeito mais rapidamente, nomeadamente no caso dos analgésicos tópicos”, acrescentou.
 
Aplicações no tratamento do cancro da pele e de determinadas doenças dermatológicas, administração de vacinas ou aplicações em cosmética são algumas das utilizações da tecnologia Laserleap.
 
Testado em três dezenas de estudantes do Departamento de Química, o sistema “não provoca dor nem vermelhidão, de uma maneira geral - “apenas cinco por cento dos casos, mas passa rapidamente” – e é considerado “seguro para os humanos”.
 
Vencedor da primeira edição do prémio RedEmprendia (2010), no valor de 200 mil euros, o Laserleap, levou já à criação de uma empresa - LaserLeap Tecnologies, em setembro de 2011, e atualmente incubada no Instituto Pedro Nunes – e a um pedido de patente internacional, em abril de 2011.
 
Ainda recentemente, o projeto venceu o desafio internacional lançado no Photonics West 2012, um dos maiores encontros científicos do mundo na área da fotónica.
 
A RedEmprendia é uma associação criada com apoio do Grupo Santander e orientada para o empreendedorismo, que congrega 20 universidades ibero-americanas - em Portugal, as Universidades de Coimbra e do Porto.
 
Durante a apresentação do protótipo, o presidente da RedEmpreendia, Senen Barro, classificou o projeto português de “excecional”, referindo que, na “corrida” ao prémio, estiveram outros também “bastante bons”.
 
“A qualidade de vida de muitas pessoas pode mudar radicalmente” com a nova seringa, considerou.
 
O diretor da divisão do Santander Universidades para Portugal, Marcos Ribeiro, afirmou, por sua vez, que “o país precisa agora, mais do que nunca, que as universidades prossigam o motor de desenvolvimento” que representam para o “crescimento sustentável das sociedades”.
 
Depois de salientar a importância da RedEmpreende no desenvolvimento dos projetos de investigação, o reitor da UC, João Gabriel Silva, manifestou-se preocupado com a “diminuição global dos montantes disponíveis para os projetos de investigação”, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
 
“Se estas restrições se mantiverem, é obvio que muito do percurso positivo que Portugal tem feito nos últimos 10, 15 anos vai ser posto em causa, o que é preocupante e não é compatível com as afirmações que se fazem de que as universidades são decisivas para o desenvolvimento do país”, sustentou.

Lusa

Finalmente vai ser comercializada. http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/pme/start_ups/detalhe/laserleap_a_seringa_a_laser_made_in_portugal_vai_chegar_ao_mercado.html#comments
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 05, 2016, 06:25:09 pm
Dic2me: a aplicação portuguesa que ajuda nos ditados da escola


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fstatic.globalnoticias.pt%2Fstorage%2FDN%2F2016%2Fdn2015_big%2Fng5866791.jpg&hash=11fbb198615c175ef68f1fe6ac72f305)


José Pinto, pai de três crianças (duas delas em idade escolar), confrontou-se com a falta de tempo para os ajudar nos ditados da escola. "Quando o meu filho mais velho, que tem agora 11 anos, andava na escola primária a professora estava sempre a recomendar que ele e os colegas fizessem ditados em casa para melhorar a ortografia, mas ninguém tinha tempo para fazer isso", recorda. Quando ficou desempregado José Pinto decidiu pôr mãos à obra para resolver este problema.

Assim, nasceu a Dic2me, uma aplicação informática gratuita, "onde as crianças escutam o ditado, digitam o texto e o sistema corrige os erros e manda o relatório com os erros e a evolução do aluno para o professor", explica o autor da invenção ao DN. A ferramenta está ainda em fase de testes, mas a partir da próxima semana vai começar a ser aplicada numa turma do 2.º ano na Escola Pedro Santarém.

"Estou muito expectante para ver os resultados", afirma, Manuel Esperança, diretor do agrupamento (de Escolas de Benfica) que vai acolher esta experiência. "As crianças mostram-se sempre muito motivadas para as tarefas com tecnologias e acreditamos que pode ter impacto na melhoria das aprendizagens", acrescenta o professor.

José Pinto pretende motivar os alunos, mas ajudar também as famílias. "Os pais não têm tempo e nem todas as famílias podem pagar explicações onde estas competências são trabalhadas e esta ferramenta é gratuita".

Além disso, a aplicação foi construída tendo em conta os conselhos dos professores. Existe uma base de dados com textos que os professores selecionam e uma vez selecionado, este é lido de forma muito pausada e os alunos podem voltar a ouvi-lo. José Pinto espera distribuir a Dic2me em todas as escolas do 1.º ciclo e até vender licenças para outros países. "Mais tarde podemos vender licenças de versões em Espanhol, Inglês e Francês. Também é possível fazer esta aplicação para outros países de língua portuguesa."

DN
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 09, 2016, 03:53:17 pm
Empresa portuguesa cria base de dados para tornar a indústria espacial mais limpa


Por trás de cada lançamento no espaço da Agência Espacial Europeia (ESA) estão anos de trabalho. Veja-se a famosa sonda Roseta: o aparelho foi lançado em 2004, mas a missão tinha sido aprovada muito antes, em 1993. Além do trabalho científico no desenvolvimento do satélite, houve a construção da sonda e do foguetão que a enviou para o espaço, o que requereu matéria-prima, material usado no trabalho fabril e combustível. Neste processo e na escolha de certos materiais, pode haver impactos no ambiente da Terra e na saúde dos trabalhadores que a ESA quer evitar.

A agência está a trabalhar num método para que, no desenvolvimento dos projectos espaciais, se escolham materiais e procedimentos que tornem as missões mais amigas do ambiente e reduzam os riscos do projecto. Neste contexto, a empresa portuguesa ISQ (antigo Instituto de Soldadura e Qualidade) foi contratada para desenvolver uma base de dados que torne possível a comparação de cenários diferentes de matérias-primas e processos fabris.

O objectivo final, segundo a agência, é tornar a ESA um motor de mudança da indústria aeroespacial e das outras indústrias mundiais. “A ESA quer marcar uma posição em relação às questões de sustentabilidade”, diz ao PÚBLICO Eduardo João Silva, engenheiro do ambiente da ISQ e responsável pelo projecto do ISQ para ESA, iniciado em Julho de 2014. “E quer tentar perceber de que forma este sector pode contribuir para [resolver] um conjunto de problemas ambientais.”

A iniciativa da ESA chama-se Espaço Limpo (Clean Space, em inglês) e destina-se a promover a concepção e desenvolvimento de tecnologias mais verdes, bem como reduzir cada vez mais os detritos no espaço. A preocupação não se fica assim apenas pelas emissões de dióxido de carbono e gases com efeito de estufa das missões espaciais, que têm um impacto nas alterações climáticas e no aquecimento global. Outras questões importantes são o risco da diminuição da camada de ozono, do esgotamento dos recursos, da toxicidade dos materiais tanto para as pessoas como para o ambiente, e do uso de água e do solo.

Dentro da iniciativa, a ESA está a criar desde 2011 o que chama “ferramenta de ecodesign”, que irá ser usada no desenvolvimento de novos projectos espaciais, “desde os satélites até à ida à Lua”, exemplifica Eduardo João Silva. A ferramenta, cujo orçamento total previsto era de cinco milhões de euros, vai permitir avaliar não só o impacto ambiental de cada aspecto dos projectos – para se poder tomar decisões ambientais mais correctas –, como terá em conta o que a legislação existente na Europa deixa ou não fazer em termos ambientais.

Para o desenvolvimento desta ferramenta, foi necessário quantificar e analisar “as emissões, os recursos consumidos e as pressões tanto na saúde humana como no ambiente de diferentes bens e serviços ao longo do seu ciclo de vida”, lê-se no site da ESA. Esta avaliação permite compreender o efeito das alterações que se podem fazer no ciclo de vida dos materiais. O objectivo é “evitar que, ao tentar-se minimizar os impactos numa fase do ciclo de vida [do material], isso leve a um maior impacto noutra fase”, explica a ESA.

Para tudo isto, os projectistas da ESA deverão ter já em 2017 a oportunidade de consultar a base de dados que a ISQ está a criar e prevê ter pronta em meados deste ano. A empresa portuguesa candidatou-se ao projecto e recebeu 600.000 euros da ESA para o realizar. “A ISQ desenvolveu um inventário que permite comparar cenários”, diz Eduardo João Silva. O trabalho contou com a colaboração de duas empresas norueguesas: a Asplan Viak, de construção civil, e a Sintes, especialista na tecnologia de impressão 3D.

Um dos aspectos que estão a ser analisados na recta final do trabalho da ISQ é dos combustíveis. O investigador dá um exemplo da hidrazina – um composto bastante tóxico que integra o combustível dos satélites e é utilizado quando os aparelhos estão no espaço. “É um composto usado apenas no sector aeroespacial e a queima é feita em órbita”, diz o engenheiro ambiental. O problema é o seu transporte em terra ou a exposição dos trabalhadores quando enchem o tanque do satélite. “Pode haver um acidente”, alerta o responsável da ISQ. “Existem alternativas de combustíveis ainda em fase de desenvolvimento. O índice de maturidade destas tecnologias ainda não é suficiente para ser usado. Mas é uma aposta.”

Para o inventário, os trabalhadores da ISQ tiveram de analisar para cada substância o seu impacto desde a extracção da terra até à sua utilização final – no caso dos materiais dos satélites, o seu fim pode ser no regresso à Terra. Alguns dos componentes avaliados foram os painéis fotovoltaicos, a liga de titânio, os componentes electrónicos, as baterias de lítio, os termoplásticos e os tanques de armazenamento de combustível de foguetões.

Feitos com liga de titânio, os tanques para o combustível dos foguetões são um bom exemplo de desperdício: 98% da liga de titânio usada para fabricar os tanques de combustível é desperdiçada. Uma possibilidade futura será o uso de impressoras 3D para a construção dos tanques. “As impressões 3D acabam por ter um impacto positivo porque só é necessário 2% do titânio”, refere Eduardo João Silva. “Prevê-se que no futuro próximo esta tecnologia venha a ser possível.”

As impressoras 3D produzem objectos a partir de um pó. Para já, ainda não se sabe produzir o pó com os componentes metálicos que formam a liga de titânio. Mas esta alternativa contemplada na base de dados da ISQ também seria importante para os processos de produção.

Actualmente, para se construir estes tanques é preciso cortar o aço e usa-se uma lâmina que contém tungsténio (volfrâmio), um elemento químico raro que pode, de repente, não estar disponível no mercado, condicionando a produção destas lâminas e, em consequência, dos tanques de combustível. “Esta exposição [à possibilidade de não haver tungsténio] pode influenciar a escolha de outro material”, defende Eduardo João Silva. “E todo o design tem de ser diferente para aguentar as características de outro material”, diz, sublinhando a importância da avaliação deste tipo de riscos na construção aeroespacial, uma indústria dependente de materiais como as terras-raras, que de um momento para outro podem deixar de estar disponíveis.

No fundo, a mudança na forma como se fazem as coisas exige tempo e pensamento. “As empresas que se focam em ir ao encontro das normas emergentes [na área do ambiente] têm mais tempo para fazer experiências com os materiais, as tecnologias e os processos”, explica a ESA, no seu site, acrescentando que, deste modo, “a indústria europeia deverá ganhará uma vantagem competitiva nos mercados mundiais”.


Público
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 21, 2016, 04:40:29 pm
Portugueses inventam aparelho que mede sal na comida em três minutos

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fstatic.globalnoticias.pt%2Fstorage%2FDN%2F2016%2Fdn2015_detalhe_topo%2Fng6001285.jpg&hash=e7257bc86ab0288642e86287e4a83b31)

Investigadores da Universidade do Porto patentearam este mês uma máquina que mede o sal na comida em três minutos e que promete no futuro ser uma espécie de robô 'bimby' para registar o teor de sal das refeições.

A primeira versão do protótipo integra um ecrã semelhante ao dos 'smartphones', pesa 250 gramas, tem 10 centímetros de comprimento e quatro de profundidade, e pode ser levado para qualquer cozinha portuguesa para medir a quantidade de sal das refeições em cantinas de escolas, infantários, hospitais, lares de idosos ou restaurantes.

Nesta fase, o protótipo ainda não pode ser chamado de robô, mas no futuro está previsto que seja desenvolvido um procedimento automatizado (agitação da amostra, juntar os vários componentes), como numa 'bimby', um robô de cozinha usado pelo mundo fora.

"Está previsto fazermos uma espécie de um robozinho para este tipo de análise de uma forma mais automática e requerer menos tempo do utilizador. O objetivo final é ter um equipamento que automaticamente faça a análise dos alimentos e dê orientações para quem está na cozinha saber qual a percentagem de sal e contribuir para o bem-estar das pessoas", dizem os responsáveis pelo protótipo.

A ingestão de sal não deve ultrapassar cinco gramas por dia, mas há crianças em Portugal a consumir 17 gramas de sal por dia e adolescentes a consumir 22 gramas de sal por dia através de 'pizzas', chourição e pastelaria, indicam estudos recentes.

Para combater o excesso de consumo de sal, que está relacionado com o desenvolvimento de hipertensão arterial e com alguns tipos de cancro, como o do estômago, investigadores da Faculdade de Ciências da Nutrição Alimentação e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) inventaram esta máquina que promete "revolucionar" a forma de comer dos portugueses.

O aparelho vai permitir, por exemplo, avisar a cozinheira com "um sinal vermelho" que aparece no ecrã, que a sopa tem sal a mais e que pode corrigir o excesso acrescentando água de forma a não ficar com a sopa salgada e prejudicial para a saúde.

Joaquim Mendes, engenheiro mecânico da FEUP e um dos autores do protótipo, explica que se pensou numa máquina que pudesse facilitar o interface com o equipamento, com menu simples, apelativo e de fácil utilização, de baixo custo, compacto e reprodutível para entrar no mercado.

Carla Gonçalves, nutricionista, especialista em Ciências do Consumo e autora teórica desta máquina, explica que a ideia começou a desenvolver-se, porque o consumo de sal em Portugal continua a ser excessivo e porque não existia uma máquina portátil e rápida para resolver o problema nas cozinhas portuguesas.

Antes da existência deste protótipo, o processo de medição de sal na comida era realizado em laboratório, moroso e com custos elevados.

José Luís Moreira, engenheiro químico da FEUP e que também colaborou na criação do protótipo, explicou que o método de medição do sal na comida é muito rápido, simples, acessível ao maior número de pessoas e vai dar resultados com exatidão suficiente para quem estiver a controlar no terreno.

O aparelho está desenhado para responder à alimentação dos portugueses e, portanto, tem em conta as principais categorias da alimentação da população, permitindo analisar desde salsichas, pão, ou outros produtos de cafetaria e restauração que fazem parte dos cardápios nacionais.

Neste momento, população portuguesa consome uma média de 11 gramas de sal por dia, os adolescentes têm um consumo de sete gramas/dia e as crianças também apresentam um consumo excessivo por volta 6,5% a 7,5 gramas/dia.


DN
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 05, 2016, 12:48:28 pm
Investigadores da UMinho patenteiam motor inovador



Três investigadores da Universidade do Minho acabam de patentear um motor capaz de obter rendimentos muito elevados ao aproveitar a energia que é desperdiçada em motores convencionais. Até a NASA está de olho nesta inovação.

O projeto tem apoio de um empresário norte-americano e está em terceiro lugar entre 200 trabalhos do concurso “Create the Future Design Contest” da revista NASA Tech Briefs.
 
A votação ainda se encontra aberta, encerrando só a 09 de setembro, e quem desejar pode ajudar esta equipa de investigadores portugueses acedendo à página de votos nos projetos aqui.
 
Os engenheiros envolvidos no projeto são Jorge Martins, Francisco Brito e Tiago Costa, em conjunto com Bernie Bon, um empresário dos EUA entusiasta por motores.
 
“Vimos a ideia inicial de Bernie num grupo do Linkedin, trocámos impressões e daí juntámo-nos ao projeto, introduzindo vários melhoramentos”, conta Jorge Martins em comunicado.
 
Outros dois investidores norte-americanos apoiaram a divulgação do conceito em conferências e suportaram o registo da patente nos EUA. Um terceiro elemento deverá financiar, em breve, a produção do primeiro protótipo, revela um comunicado da UMinho.

O novo motor, “Hyper4 High Efficiency Engine”, é mais leve e compacto, permitindo o desenho de um ciclo termodinâmico sobrexpandido, algo que Jorge Martins estuda há 15 anos.
 
A maior eficiência está em redirecionar a energia desperdiçada num motor convencional, tanto em gases quentes de escape como no arrefecimento do radiador. Assim, este motor alia várias estratégias de aumento de rendimento, como combustão a volume constante, taxa de compressão variável, sobrexpansão e regeneração interna.
 
Os investigadores confiam que o novo conceito de motor seja comprovado em protótipo em termos da sua eficiência e das prestações, para depois singrar no ramo automóvel ou em outras aplicações estacionárias como geradores, cortadores de relva ou drones.
 
Os investigadores afirmam que “desde que haja aceitação dos principais agentes industriais” não há razão para o projeto falhar.



>>>> http://boasnoticias.pt/noticias_Investigadores-da-UMinho-patenteiam-motor-inovador_24826.html?page=0
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 22, 2016, 07:10:12 pm
Português inventa alternativa às lombas na estrada


O projeto Vehicle Energy Efficient Extractor (Venex) é uma espécie de “tapete” de 40 metros que promete desacelerar os automóveis sem causar desconforto ao condutor ou danos no veículo.

O projeto, apresentado por Francisco Duarte, aluno de doutoramento em Sistemas de Transportes do Programa MIT Portugal na Universidade de Coimbra, venceu Prémio Inovação em Segurança Rodoviária 2016, promovido pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) e pela BP Portugal.

Francisco Duarte propõe um sistema de redução de velocidade “que induz a desaceleração dos veículos sem causar desconforto para os automobilistas, danos para os veículos e sem causar ruído, queixas habitualmente atribuídas às habituais lombas redutoras de velocidade (LRV)”, anunciou o MIT Portugal em comunicado.

“Prevê-se que os ensaios laboratoriais decorram no início do próximo ano e que o projeto-piloto seja implementado no segundo semestre de 2017″, adiantou.

Designado Vehicle Energy Efficient Extractor (VENEX), o protótipo “funciona como uma espécie de tapete que é colocado no pavimento e reduz de forma ativa a velocidade de circulação dos veículos através da extração de energia cinética, com um impacto mínimo sobre as viaturas”, ao contrário das LRV.

“O sistema absorve a energia do veículo e fá-lo desacelerar de forma segura, sem ruído e sem que seja sentido pelo condutor. Deste modo, os condutores que circularem dentro dos limites legais definidos não serão penalizados, sendo retirada a energia em função da necessidade do local”, segundo a filial portuguesa do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Em substituição das lombas, a redução de velocidade passa a resultar da “extração energética do veículo, sem qualquer ação do condutor, ao invés de funcionar por indução de desconforto dos ocupantes do veículo, o que provoca frequentemente danos nos automóveis e lesões nos passageiros”, devido ao impacto.

“Ao atuar diretamente sobre as viaturas, esta solução poderá ser eficaz em diversos locais, como na imediação de passadeiras, cruzamentos, rotundas, zonas residenciais, escolares e hospitalares, entre outras áreas onde se pretenda controlar de forma eficaz a velocidade”, salienta a nota.

O prémio Inovação Segurança Rodoviária é uma iniciativa do ACP, em parceria com a BP Portugal, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e a Agência Nacional de Inovação. O montante de 10 mil euros concedido a Francisco Duarte será investido no desenvolvimento do protótipo.


>>>>  http://www.autoportal.iol.pt/noticias/geral/portugues-inventa-alternativa-as-lombas/
Título: Marinha Americana financia projecto do INESC TEC
Enviado por: Get_It em Janeiro 14, 2017, 10:59:54 pm
Citação de: Eunice Oliveira
O INESC TEC vai estudar novos algoritmos que permitam monitorizar múltiplos objectos, em condições extremas de luminosidade. A análise de imagens, utilizando técnicas de visão por computador, é essencial para algumas áreas do Gabinete de Investigação Naval dos Estados Unidos da América (ONRG – Office of Naval Research Global), entidade que vai financiar o projecto.

«A obtenção de informações precisas e confiáveis através da análise de imagens é muito importante, nomeadamente na área dos sistemas autónomos e não tripulados», refere Maximino Bessa, investigador do INESC TEC e professor na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Estes sistemas precisam de ser operados numa ampla variedade de condições de iluminação. Muitas vezes as imagens são recolhidas em situações extremas de luz onde podem existir múltiplos objectos em situações de iluminação muito distintas. «Por exemplo, um objecto pode estar numa área muito escura (numa sombra), enquanto outro pode estar numa área muito brilhante (sob o brilho do sol)», explica o investigador.

Trata-se da primeira vez que o INESC TEC consegue aprovação de um projecto com a ONR, que faz parte do Departamento da Marinha do Governo dos Estados Unidos da América e tem como objectivo coordenar, executar e promover os programas e ciência e tecnologia da USN e do USMC.

Além do INESC TEC, que coordena o projecto, participam também a UTAD e a Universidade de Warwick.  O projecto tem a duração de dois anos.
Fonte: https://noticias.up.pt/marinha-americana-financia-projeto-do-inesc-tec/ (https://noticias.up.pt/marinha-americana-financia-projeto-do-inesc-tec/?platform=activo)

Cumprimentos,
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: perdadetempo em Fevereiro 08, 2017, 04:08:22 pm
Esta já é de 1 de Fevereiro

Citar
Back in 2012, Jaime Jorge did something few of his Portuguese compatriots ever did: He turned down a job at Google in London. Jorge, then a 24-year-old software developer, chose to start his own enterprise instead. Five years later, Codacy, the company he co-founded with Joao Caxaria, uses algorithms to automatically correct mistakes in software code for scores of businesses worldwide, including PayPal and Adobe.

They’ve never looked back. “Instead of working 18 hours a day for someone else, we did this cool project for ourselves,” Jorge says at a cafe in Baixa, Lisbon’s historic district. “We had an alternative.”   continua

https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-02-01/portugal-once-launched-ships-now-it-launches-startups (https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-02-01/portugal-once-launched-ships-now-it-launches-startups)
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 20, 2017, 01:27:41 pm
Coimbra testa robôs para ajudar idosos


Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: ICE 1A+ em Maio 24, 2017, 11:31:26 am
Orgulho em fazer pate desta equip
Fundilusa
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A história desta empresa
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Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Junho 28, 2017, 01:03:17 am
Cientistas do Porto inventam máquina que lava loiça em seis minutos com ultrassons


A Silampos, empresa que criou a primeira panela de pressão em Portugal, desafiou cientistas do Politécnico do Porto a inventar uma máquina especial que lava a loiça em meia dúzia de minutos, recorrendo à tecnologia de ultrassons e eletrónica.

Depois de produzir na década de 60 do século XX a primeira panela de pressão em Portugal, a Pequena e Média Empresa (PME) portuguesa Silampos, fundada em 1951, em Cesar, no concelho de Oliveira de Azeméis, prepara-se agora para voltar a "revolucionar a forma de cozinhar" e de "viver a cozinha", com uma máquina para lavar a loiça com recurso a inovação disruptiva, avançou hoje à Lusa Rui Coutinho, coordenador da Porto Design Factory, um evento que arranca no Porto na próxima quinta-feira, dia 29, para revelar projetos inovadores que devem entrar no mercado na próxima década.

Segundo Rui Coutinho, uma equipa multidisciplinar composta por estudantes do Politécnico do Porto, que trabalhou durante dez meses num contexto de pós-graduação em inovação de produtos e serviços, em parceria com uma universidade da Califórnia (EUA), conseguiu desenvolver uma "solução de lavagem de loiça a partir de técnicas relacionadas com ultrassons e com eletrónica" que permite reduzir "substancialmente o tempo de lavagem da loiça, melhorar esse processo, torná-lo mais ecológico, poupando água e retirar todo e qualquer detergente químico".

"Se imaginarmos uma família de duas pessoas, que tipicamente demorará uma semana a conseguir encher a máquina de lavar (...), ela passa a ter uma solução que permite lavar entre três a seis minutos toda a loiça de um jantar de forma ecológica, mais sustentável, mais rápida e mais económica", explica.

Simultaneamente, a recente criação tecnológica, denominada de Piavo, vai permitir que a tecnologia seja "acoplada a qualquer banca de qualquer cozinha" ou que as bancas das cozinhas sejam desenvolvidas "em função da dimensão do agregado familiar", acrescentou Rui Coutinho.

O Piavo, novo sistema de limpeza, "rápido, eficaz e preciso que limpa os utensílios de cozinha entre três a 12 minutos, baseia-se em "inovação disruptiva", ou seja, a inovação utiliza tecnologias que já existem em indústrias adjacentes, como a técnica de ultrassons que existe em laboratórios e hospitais, transpondo essa inovação para contextos menos "habituais" ou "menos previsíveis", concluiu aquele especialista do Politécnico do Porto.

A Porto Design Factory, uma plataforma experimental do Instituto Politécnico do Porto que iniciou trabalhos em 2013, arranca esta quinta-feira no Porto, e até sexta-feira vai mostrar vários projetos desenvolvidos pelos alunos do Politécnico do Porto, em parceria com universidades internacionais, designadamente projetos para empresas como a Sonae MC, Ikea Industry ou Sport Zone.

O conceito de 'Factory' (fábrica, em português) no Porto, surge depois de se ter começado na Finlândia, e ter chegado a Shangai (China), Melbourne (Austrália) e Santiago (Chile).

Para sexta-feira, pelas 16:00 está prevista a visita do ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor, informou hoje o Politécnico do Porto.


>>>>>>  http://www.dn.pt/sociedade/interior/cientistas-do-porto-inventam-maquina-que-lava-loica-em-seis-minutos-com-ultrassons-8595335.html
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: ICE 1A+ em Julho 10, 2017, 10:03:32 pm
Testes em ambiente real da weecoat07
Fundilusa
 :G-beer2:
Not a valid vimeo URL
Nanotecnologia com resultados macro!!!!
Seguem os testes
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Julho 21, 2017, 02:20:07 pm
Estudantes da Universidade de Aveiro desenvolvem robô para ajudar Proteção Civil




Num cenário de catástrofe porquê arriscar a vida no reconhecimento do interior de um edifício desmoronado? A solução é um robô capaz de entrar nos escombros, mapear em três dimensões o espaço, detetar focos de incêndio e medir a temperatura, humidade e monóxido de carbono e, em tempo real, enviar os dados para o exterior. Pequeno e autónomo, o robô desenvolvido por um grupo de estudantes de Engenharia Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro (UA) quer ser uma preciosa ajuda quando todos os minutos são essenciais para salvar vidas.

Projetado por 15 estudantes do Mestrado Integrado em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações, no âmbito da unidade curricular de Projeto em Engenharia Electrotécnica lecionada pelo docente Nuno Borges CArvalho, o robô já está em fase de protótipo e à espera de todos os apoios para, no futuro, ser fundamental no trabalho da Proteção Civil. Para tal, os estudantes têm já delineado a HART – Human Aid Robotic Technologies, uma empresa que, quando nascer, vai dar suporte ao desenvolvimento e comercialização do robô.

Projeto único num mercado onde abundam soluções voltadas essencialmente para ambientes militares e que fazem uso das câmaras apenas para recolha de imagens, o robô tem também por novidade a capacidade de dispensar um operador já que, apontam os estudantes do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática, na fase final de desenvolvimento o robô vai ser capaz de se mover e adquirir informação de forma autónoma.

Com 1,5 quilogramas e 23 por 28 centímetros, o robô pode facilmente ser usado em todos os cenários que necessitem de medir condições ambientais e em que a obtenção de um modelo tridimensional possa ser útil. Nestes cenários os estudantes incluem incêndios, colapsos parciais, grutas, demolições e operações de reconhecimento, busca e salvamento. O robô pode ainda ser usado para ajudar na avaliação da integridade e extensão de danos num edifício afetado por um sinistro.

Do interior dos escombros o robô conseguirá informar sobre a temperatura, humidade, concentração de monóxido de carbono e presença de focos de incêndio. Será ainda possível visualizar um modelo tridimensional do espaço onde o robô se encontra.

Todos estes dados serão disponibilizados em tempo real às equipas de salvamento através de uma aplicação de computador criada para o efeito, onde a informação é apresentada de forma clara, simples e concisa, para acelerar o processo de análise e tomada de decisões.

Nesta fase de desenvolvimento, apontam os estudantes, o robô já consegue fazer a sensorização do ambiente e gerar o respetivo modelo 3D. Dentro em breve, será a vez da implementação da capacidade de adquirir e sobrepor vários modelos 3D e da instalação do movimento autónomo. Depois disso estará pronto a entrar em ação.


>>>>>  http://boasnoticias.pt/investigacao-do-departamento-eletronica-telecomunicacoes-informatica/
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 01, 2017, 07:30:22 pm
Drone lusófono até refeições quentes entrega


Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 16, 2017, 03:27:06 pm
Aterrar em Marte pela mão de uma empresa de Lisboa


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fstatic.globalnoticias.pt%2Fstorage%2FDN%2F2017%2Fmedium%2Fng8736321.jpg&hash=47f73913b1fa269541f73bf5d105aa2b)


Criada há 11 anos, quando o espaço era ainda embrionário no país, a empresa Spinworks criou um sistema mais preciso para descer noutros planetas

Dentro de três semanas, Francisco Câmara, João Oliveira e Tiago Hormigo mudam-se com os computadores e um drone todo equipado com câmaras de vídeo e vários sistemas eletrónicos para uma pedreira perto de Alenquer. Será ali, no meio do nada, num terreno desativado que eles próprios estão agora a preparar, para que se pareça com uma paisagem marciana no arranjo das rochas, que vão fazer a primeira grande prova de fogo da sua nova tecnologia espacial.

Trata-se de um sistema de deteção e desvio de obstáculos em tempo real para uma aterragem de precisão em Marte - que também pode ser usado em missões à Lua, a cometas ou a asteroides -, que a sua empresa, a Spinworks, sediada em Lisboa, desenvolveu nos últimos dois anos para a ESA, a agência espacial europeia.

Neste momento, já está tudo mais do que testado no computador - e a funcionar sem falhas. Na fase final da aterragem em Marte, que tem uma atmosfera muito rarefeita e uma gravidade cerca de três vezes menor do que a Terra, tudo acontece muito depressa: dos 400 metros de altitude até ao solo são apenas 30 segundos. Nessa descida alucinante, o software tem apenas dez segundos para avaliar o risco do local em que a nave vai descer: é o tempo de detetar um eventual obstáculo e ainda ter margem de manobra para um desvio rumo a um sítio seguro. Neste momento, o sistema que os jovens engenheiros da Spinworks desenvolveram já consegue fazê-lo em modo virtual. Num ecrã gigante, na parede, Francisco Câmara, um dos líderes do projeto, com João Oliveira e Tiago Hormigo, projeta o filme de uma das muitas simulações feitas. Visto de cima para baixo, lá está o terreno rugoso virtual a aproximar-se. Ao lado, aquela mesma zona da "superfície marciana" surge pintada a duas cores - a verde estão as áreas seguras para pousar, a vermelho as perigosas.

Subitamente, o sistema percebe que o ponto escolhido para a aterragem se encontra na zona vermelha - porque há uma rocha no caminho, ou uma cova -, e então aciona os comandos para dirigir a "nave" para a parte verde, onde por fim aterra em segurança.

O algoritmo que comanda a descida está a correr sem falhas e no tempo certo: as imagens da câmara chegam a cada décimo de segundo, como previsto, e são combinadas com as de um LiDAR, um sistema de varrimento de laser que lê o relevo, e tudo é processado em tempo real, de forma que a nave pode salvar-se a tempo de uma aterragem desastrosa.

"Com o LIDAR temos um nível de precisão do relevo da ordem dos seis centímetros, muito mais preciso do que todos os outros sistemas existentes", diz Francisco Câmara, sublinhando que este tem uma taxa de sucesso acima dos 99% numa aterragem em Marte. Atualmente, pousar no Planeta Vermelho tem taxas de sucesso de apenas 80%, dado que não há ainda nenhum sistema de aterragem deste tipo - outros grupos, além da Spinworks, estão a trabalhar nisso, na Europa e nos Estados Unidos.

Falta agora a prova dos nove, no terreno, o que vai ser feito na tal pedreira, com uma série de testes, ou seja, de aterragens, com um drone que a própria equipa construiu e equipou com a sua tecnologia. E, para que tudo se assemelhe ao que acontece com a descida de uma sonda no Planeta Vermelho, o drone tem de estar a uma altitude de cem metros no momento em que inicia a manobra de aterragem.

"Temos de fazer pelo menos mil descidas, em diferentes pontos e a horas distintas do dia, para no final termos uma estatística robusta", explica Francisco Câmara. Num projeto deste tipo, "não pode haver mais de um por cento de aterragens falhadas", resume.

A campanha seguinte também já está marcada: será em novembro, em Marrocos, num vasto terreno de solo avermelhado, pedregoso e muito "marciano", já preparado para isso mesmo. É ali que decorrem muitos dos derradeiros testes de veículos e tecnologias de missões a Marte.

Se tudo correr bem, como a equipa da Spinworks espera, em janeiro o projeto estará concluído e entregue à ESA. Até lá, ultimam-se detalhes - e respira-se confiança.

Seis jovens, uma empresa e o sonho de voar alto

No princípio eram seis, todos jovens de 20 e poucos anos, todos saídos do Instituto Superior Técnico, da área da Engenharia Aerospacial, todos com alguns anos de experiência no estrangeiro, na ESA, ou empresas de referência, como a Airbus. "Quando entrámos no Técnico não havia indústria aerospacial em Portugal", lembra Tiago Hormigo, que trabalhou no centro de controlo da ESA, em Darmstadt, na Alemanha, e foi um dos fundadores da Spinworks, em janeiro de 2006. A temporada lá fora, "a trabalhar no que de melhor se fazia na Europa na área do espaço, logo à saída do curso", fez toda a diferença. "Isso galvanizou-nos", recorda Tiago Hormigo. E a possibilidade de criar uma empresa em Portugal acabou por surgir com naturalidade. Hoje a Spinworks tem 19 engenheiros e investigadores e de projeto em projeto, todos ganhos em concursos internacionais e competitivos, nomeadamente no âmbito da ESA, a equipa cresceu, ganhou know-how e desenvolveu tecnologia própria e competitiva, como a do sistema de aterragem de precisão noutros planetas.

Do espaço para a Terra, há novas aplicações

O primeiro projeto que a Spinworks ganhou, logo em 2007, no valor de um milhão de euros, foi a produção de antenas para o Galileo, o sistema europeu de navegação por satélite. "Não foi fácil, porque só recebíamos a verba depois de entregar as antenas, mas foi um sucesso", lembra Tiago Hormigo. Isso foi decisivo para se abalançarem a novos concursos, nomeadamente da ESA. E nessa altura começou a desenhar-se o caminho para esta nova tecnologia de deteção e desvio de obstáculos para aterragem de precisão. "Achámos que valia a pena investir nesta tecnologia", conta Francisco Câmara. Logo em janeiro de 2007 ganharam um projeto da ESA para desenvolver um sistema desse tipo para a missão Next Lunar Lander, que acabou por ser cancelada. Mas o conhecimento ficou e voltou a servir de trampolim para a diversificação de outras aplicações, também terrestres, como o apoio à agricultura e silvicultura, com drones e imagem em tempo real. "Desenvolvemos os nossos próprios drones para isso e prestamos serviços a agricultores e produtores florestais", diz Francisco Câmara.


>>>> http://www.dn.pt/sociedade/interior/aterrar-em-marte-pela-mao-de-uma-empresa-de-lisboa-8707757.html
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Viajante em Setembro 08, 2017, 05:14:48 pm
Avaliador da Yupido diz que viu a “televisão revolucionária”. E lembrou-se de Steve Jobs

O revisor oficial de contas que avaliou o aumento de capital da Yupido ficou "maravilhado" com a "televisão" que lhe mostraram. E, perante um "bem desta envergadura", diz que se lembrou de Steve Jobs.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg.obsnocookie.com%2Fs%3Dw800%2Cpd1%2Fo%3D80%2Fhttp%3A%2F%2Fs3cdn.observador.pt%2Fwp-content%2Fuploads%2F2017%2F09%2F08105349%2Fcaptura-de-ecracc83-2017-09-08-as-10-50-50_770x433_acf_cropped.jpg&hash=dc3a408291e6dc9bf056e0c9098ccd93)
"A missão da Yupido é dar aos seus clientes a infraestrutura e o apoio que precisam para operar com menos custos e maior eficiência", escreve a empresa

António José Alves da Silva, o revisor oficial de contas (ROC) que comprovou que a Yupido valia 28,8 mil milhões de euros no último aumento de capital da empresa, disse ao Observador que, quando viu a imagem da “televisão” que os fundadores e um grupo de técnicos lhe mostraram, lembrou-se logo de Steve Jobs. Não tem dúvidas de que vai “revolucionar o sistema”.

O ROC tem mais de 50 anos de carreira, é consultor da sociedade de advogados Rogério Fernandes Ferreira & Associados e é reconhecido pelos seus pares como um dos profissionais mais respeitados da área. Ao Observador, explicou que foi contactado apenas para fazer a avaliação do bem, mas que não podia revelar “os caminhos que seguiu para chegar aos 28,8 mil milhões” porque tinha assinado um compromisso profissional de sigilo.

“Reuni com algumas pessoas, os responsáveis pela empresa e alguns técnicos. Vi a imagem da televisão e pouco mais. Não sou nenhum técnico especializado, mas fiquei maravilhado“, refere. Segundo o que foi avançado pelo Eco, Alves da Silva escreveu no relatório que o bem era uma “plataforma digital inovadora de armazenamento, proteção, distribuição e divulgação de todo o tipo de conteúdo media” e que se destacava “pelos algoritmos que a constituem”.

No relatório consultado pelo Eco, o ROC assume que era da sua “responsabilidade a razoabilidade de avaliação do direito intangível em causa”. Ao Observador, Alves da Silva diz que três anos depois está “completamente confortável” com o valor que deu à “televisão” e reiterou o que também já tinha escrito no relatório: que o valor real podia ser ainda maior.

Questionado pelo Observador se estava habituado a avaliar bens tecnológicos, admitiu que “desta envergadura não”, mas que tem um currículo profissional com centenas de relatórios de avaliação a bens que entravam para as empresas como capital. E demarcou-se das restantes contas da empresa (em 2016 os prejuízos são superiores a 21 mil euros), dizendo que o único serviço que prestou à Yupido foi a avaliação do relatório.
O “Senador da Fiscalidade”

Os aumentos de capital de uma empresa devem ser objeto de um relatório elaborado por um ROC, designado por deliberação dos sócios. Nos dois anos seguintes, este ROC não pode exercer quaisquer cargos ou funções profissionais na sociedade que, neste caso, é a Yupido.

António José Alves da Silva foi reconhecido como “Senador da Fiscalidade” pelo Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal e pela Revista de Finanças Públicas e Direito Fiscal, numa sessão onde foi orador o então ministro da Saúde Paulo Macedo. E também foi presidente da Sociedade Portuguesa de Contabilidade e do Conselho Técnico da Câmara dos Técnicos de Contas.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fs3cdn.observador.pt%2Fwp-content%2Fuploads%2F2017%2F09%2F08142209%2Fcaptura-de-ecracc83-2017-09-07-as-19-50-42.jpg&hash=80f17cb84f14d8ded9b30f9c182b591a)

A 20 de julho de 2015, Cláudia Sofia Pereira Alves, Torcato André Jorge Claridade da Silva, Filipe Antunes Besugo e os advogados da Pares Advogados Tiago André Rodrigues Gama e Sofia Cristina Asseiceiro Marques Ferreira constituíram a Yupido S.A, uma empresa de consultoria que é uma espécie de faz tudo da era digital, com um capital inicial de 243 milhões de euros. A sede da empresa é na Rua Tomás da Fonseca, Torre G.1, 1º andar, em São Domingos de Benfica, mas não há lá ninguém a trabalhar.

O Observador apurou que algumas das reuniões de trabalho que os fundadores da Yupido tinham com pessoas externas à empresa aconteciam num apartamento na zona de Telheiras. Esta quinta-feira, bateu à porta do escritório e, apesar de ter ouvido ruído e de alguém ter aberto o “olho mágico”, que permite ver quem está do lado de lá da porta, ninguém respondeu. Os jornalistas do Observador confrontaram os vizinhos com as fotografias de Torcato Jorge e Filipe Besugo, que confirmaram a identidade dos jovens.

De acordo com o que foi avançado pelo Expresso, Francisco Mendes, porta-voz da empresa, diz que “o capital tem por base uma operação global”, que a empresa trabalha “em tecnologias de informação” e que “está a preparar plataformas que visam servir pessoas e empresas” e que os primeiros serviços seriam “lançados para o ano”. A mesma publicação avança que a Polícia Judiciária já está a “analisar” a empresa.

O relatório e contas da Yupido em 2016 aponta para prejuízos de 21.570 euros e depósitos à ordem em bancos no valor de 243 milhões — o valor do capital social inicial da empresa. Não há registo de pagamentos a funcionários ou a sócios. Não há vendas. Não há, até à data, registo de que a Yupido tenha colaboradores.

Lê-se no relatório que foi emitida uma certificação legal “sem reservas” das contas da empresa, mas esse documento — que comprova a veracidade desta informação –, não está anexado ao relatório. O Observador apurou que não foi emitido qualquer relatório pela parte do ROC, porque o auditor não “estava satisfeito com a informação que foi dada” para justificar o aumento de capital da empresa.

http://observador.pt/2017/09/08/avaliador-da-yupido-diz-que-viu-a-televisao-revolucionaria-e-lembrou-se-de-steve-jobs/
https://www.yupido.com/company-info.php

Realmente uma notícia fora do normal. Uma empresa criada em 2015, sem funcionários nem negócios até ao momento é avaliada por um ROC em 29 mil milhões de euros! É a empresa mais valiosa do país!!!!! Nem a Galp chega aos calcanhares!
Como dizem nos comentários, secalhar sentaram o senhor (o ROC que avaliou o aumento de capital) já com certa idade à frente de uma TV 4K e curva e ele ficou maravilhado!!!!
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 05, 2017, 03:30:10 pm
Uma boia telecomandada por qualquer um. Mesmo que não saiba nadar


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Tecnologia e produção portuguesa, a boia salva-vidas U-Safe consegue salvar com rapidez, em qualquer condição de mar e sem colocar em risco quem está a salvar. Que pode ser uma criança ou alguém que não saiba nadar. Basta saber teleguiar com o comando. As boias nacionais vão estar na próxima edição da Volvo Ocean Race.

Questão prévia: não se trata de uma brincadeira para crianças nem é um brinquedo para adultos que não largam a criança que têm dentro deles. Também não há espaço para brincadeiras. O assunto é sério. Trata-se de salvar vidas no mar.

A Noras Performance criou, patenteou, desenvolve e já começou a produzir a boia salva-vidas U-Safe, um equipamento telecomandado que permite socorrer um náufrago à distância, em qualquer condição de mar, rapidamente e sem colocar em risco a vida de quem está a salvar. Três características diferenciadoras a que se acrescenta outra. “Qualquer criança ou qualquer pessoa que não tenha capacidade técnica para salvar alguém consegue utilizar”. Para tal, “basta atirar a boia para a água e está pronta a funcionar”, garante Jorge Noras, presidente da empresa, empresário e inventor. Para tal, há um joystick (comando) que se assemelha a qualquer um utilizado nas consolas de jogos ou nos comandos de carros telecomandado, aviões ou mesmo drones.

A U-Safe foi concebida em forma de U, facilitando, desta forma, a navegação. “As faces são assimétricas, aspiráveis nas duas faces e mesmo que sofra capotamento continua a funcionar”, explicou Jorge Noras durante a apresentação do acordo de parceria tecnológica com a organização da Volvo Ocean Race, em que a empresa sedeada em Torres Vedras irá fornecer esta tecnologia de salvamento às equipas participantes da próxima edição da regata à volta do mundo, em 2020.

“Pesa 8 kg e consegue transportar até 200 kg”, descreveu. E atinge uma velocidade de “15 nós”. A tecnologia é 100% portuguesa. “É tudo feito em Portugal à exceção do motor que, no entanto, foi desenhado e pensado por mim”, sublinhou durante uma demonstração que decorreu na Doca de Pedrouços e que contou com a participação dos Escuteiros Marítimos de Belém.

A bateria carrega “por indução”. Ou seja, é carregada por ondas magnéticas, não tem ficha elétrica (por causa da água) e basta pousar num suporte que, esse sim, tem de estar ligado. “Tem uma autonomia de 40 minutos, está patenteada para esse tempo embora já consiga mais minutos”, garantiu. Por agora demora “10 horas a carregar”, embora Jorge Noras adiante que está a desenvolver um novo modelo para encurtar esse tempo de carregamento. Em desenvolvimento está também um “suporte fixo com painel solar associado”.

6 anos para ver o sonho concretizado

Da ideia, à patente, à execução e à produção “foi um caminho de 6 anos”, resumiu o empresário Jorge Noras. Comercializada a partir de janeiro de 2018, a um preço de 6 mil euros, o objetivo inicial é vender “2500 boias” adiantou Eduardo Filipe, General Manager da Noras performance, números que deverão “triplicar”, garante. “Temos distribuidores de mais de 100 países interessados”.

Tendo com público-alvo os “profissionais da busca e salvamento pelo mundo, marinhas, iates, cruzeiros e pequenos navios”, este responsável deixa a promessa de desenvolver uma outra boia “para ser massificada, a preço mais acessível e com as mesmas caraterísticas”, avançou.

E porque “há mar e mar, há ir e voltar”, frase imortalizada por Alexandre O’Neill, os avanços tecnológicos não podem parar e Jorge Noras sabe disso. “Estou a estudar uma boia para ser utilizada em zonas de tubarões (África do Sul e Austrália)” e uma outra para ser “montada na popa dos barcos com dispositivo suspenso. E quando alguém cai à água, a boia deteta, solta-se e vai ter sozinha com a pessoa (através de um sistema de GPS instalado na boia e utilizado pela pessoa)”, avançou. “Pode ser a próxima novidade na edição futura da Volvo Ocean Race”, rematou.


>>>>>>  http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/uma-boia-telecomandada-por-qualquer-um-mesmo-que-nao-saiba-nadar
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 30, 2017, 01:23:52 pm
O futuro desenha-se a grafeno e papel eletrónico em laboratórios portugueses


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No Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do Instituto Superior Técnico, Elena Tatarova lidera uma equipa que usa a mesma força que anima o sol e os relâmpagos para guiar cada átomo e fabricar o material mais forte que se conhece: o grafeno.

Do outro lado do Tejo, na Caparica, uma das mais premiadas cientistas portuguesas, Elvira Fortunato, e Rodrigo Martins, da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, coordenam investigadores e estudantes que tornam a fantasia realidade com uma revolução iminente: o papel eletrónico.

Composto por átomos de carbono dispostos numa camada única em estrutura hexagonal, o grafeno em que trabalha a equipa no Técnico é um material bidimensional, em que a matéria só se move no plano horizontal.

“Poderá potencialmente substituir muitos materiais convencionais” e, pelas suas propriedades de extrema condutividade térmica e elétrica, pode servir para aplicações que vão da dessalinização da água ou do desenvolvimento de sensores capazes de identificar moléculas individuais ao armazenamento de energia em supercondensadores que poderão um dia substituir as baterias como hoje as conhecemos.

O desafio da equipa liderada por Elena Tatarova é chegar a um método de produção em massa do mais puro grafeno, e a cientista acredita que dentro de um ano terá pronto o protótipo desse futuro laboratório com tecnologia para “mudar as regras do jogo”.

Os métodos atuais de fabrico de grafeno, disseminados na Ásia, incluem a esfoliação com ácidos, que desbastam a grafite, o mesmo mineral dos lápis de carvão, até se chegar à camada única que caracteriza o grafeno.

O problema, diz Elena Tatarova, é que os químicos usados “praticamente destroem a estrutura do grafeno” e nunca se obtém um material puro, livre de moléculas de oxigénio ou defeitos.

A aposta do Técnico - para a qual recebeu este ano quatro milhões de euros do projeto europeu Pegasus, no qual participam cinco países - é o uso do plasma, um estado da matéria semelhante ao gasoso, que é o meio com mais densidade energética que se conhece no Universo.

“Trabalhando com o plasma, controlamos cada átomo e molécula, e o fluxo das partículas em tempo real, o que nos permite usar mais eficazmente a energia, essencial para a produção a baixo custo”, afirma Elena Tatarova.

Usando o plasma, pode “arquitetar-se o material à escala atómica”, escolhendo a posição de cada átomo e fazendo combinações, como por exemplo o 'n-grafeno', em que coexistem átomos de carbono e de nitrogénio (azoto), com extraordinárias propriedades de armazenamento de energia.

Além disso, o plasma consegue retirar e dirigir os átomos de carbono de qualquer forma de biomassa ou até mesmo do ar, de qualquer fonte de carbono.

“O lixo é biomassa”, salienta, e tudo pode ser usado como matéria-prima, o que torna o método do plasma um campeão em sustentabilidade ambiental.

Um feixe de luz e um zumbido forte assinalam o funcionamento do reator de plasma de um dos laboratórios do Instituto, onde coexistem máquinas de milhões de euros.

Depois de alguns minutos de funcionamento, é recolhido o material, em minúsculos flocos absolutamente negros.

“O nosso método é o mais eficaz. Aqui, um grama de grafeno puro pode ser produzido por 45 euros. No mercado, atualmente, um grama pode valer entre 500 e mil euros”, afirma Elena Tatarova.

No Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da Universidade Nova, “não há limites quando se quer fazer boa ciência” garante Elvira Fortunato, demonstrando como uma máquina de laser usada na indústria para fazer carimbos ou gravar logótipos em malas pode ser usada para criar sensores com grafeno a partir de plástico normal.

Rodrigo Martins aponta que a ficção científica e a fantasia são fontes de inspiração: o jornal “Daily Prophet”, de leitura obrigatória no mundo de Harry Potter, cujas fotografias são animadas e que interage com o leitor, poderá ser uma realidade de tecnologia de ponta que o Cenimat pretende liderar.

No próximo ano deverá começar a funcionar uma unidade-piloto de investigação e produção de papel eletrónico, usando como matriz um material fabricado há mais de dois mil anos.

Elvira Fortunato, galardoada pela descoberta do transístor de papel, aponta usos como a criação de passaportes impossíveis de falsificar, com a aplicação de “eletrónica transparente embebida numa folha de papel.

No Cenimat já se estudam inúmeras aplicações da eletrónica flexível e descartável, como uma pulseira que os bombeiros podem usar no pulso para detetar a presença de gás inflamável ou papel de embalagem para alimentos com sensores que detetam o ph e dizem quando está fora de prazo.

João Ferrão, um aluno de mestrado em Engenharia Biomédica, trabalha num biossensor de glucose de papel que poderá tornar obsoletos os atuais aparelhos usados pelos diabéticos, desempenhando a mesma função por uma fração do preço.

Usando nanopartículas de ouro que mudam de cor conforme a concentração de glucose, trata-se de uma pequena tira de papel onde uma pessoa pode colocar uma gota de sangue e obter, usando uma aplicação para telemóvel que lê a amostra através da câmara, uma leitura exata dos níveis de glucose no sangue.

Ao lado, uma impressora a três dimensões fabrica paulatinamente uma estrutura a partir de resina líquida que será usada para cultivar pele artificial, que poderá ser usada para testar cosméticos e medicamentos.

“Este metro quadrado custou um milhão de euros”, aponta Elvira Fortunato ao passar pelo microscópio eletrónico onde se observam fibras individuais de celulose que podem ser cortadas, impressas ou manipuladas com um feixe dirigido de eletrões.

Este equipamento já serviu para encontrar defeitos nos airbags de uma marca de carros que afetou milhares de veículos, o que segue a filosofia de “colocar estes conhecimentos ao serviço da sociedade e das empresas”, refere a cientista.

Na chamada “câmara limpa” do Cenimat, onde só se entra vestido com material protetor e depois de passar por uma câmara de descontaminação, é onde a pesquisa mais “hi-tech” se realiza.

O ambiente é cuidadosamente controlado e pressurizado para evitar qualquer contaminação de partículas que, à nano-escala, podem arruinar as experiências.

O trabalho com microscópios eletrónicos consiste na impressão de intricados circuitos eletrónicos em material flexível, onde cada partícula é meticulosamente colocada.

"Aqui não há livros bolorentos", refere Elvira Fortunato, rodeada de ideias, pessoas e máquinas que já concretizaram e superaram a profecia do cientista norte-americano Richard Feynman, pioneiro no estudo da nanotecnologia, que há quase sessenta anos previu que se poderiam escrever todos os volumes da 'Encyclopaedia Britannica' na ponta de um alfinete.

>>>>>>  http://24.sapo.pt/tecnologia/artigos/o-futuro-desenha-se-a-grafeno-e-papel-eletronico-em-laboratorios-portugueses
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 11, 2018, 08:35:26 pm
Investigadores portugueses descobrem como reverter o envelhecimento celular


Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 22, 2018, 11:03:02 am
Investigadores de Coimbra criam algoritmo de inteligência artificial que pode revolucionar visão computacional


Um novo algoritmo de inteligência artificial que desenvolve “uma abordagem vanguardista para automatizar processos de aprendizagem no campo da visão computacional” foi criado por investigadores da Universidade de Coimbra (UC), foi hoje anunciado.

Quatro investigadores do Centro de Informática e Sistemas da UC (CISUC) “desenvolveram uma abordagem vanguardista para automatizar processos de aprendizagem no campo da visão computacional”, ao criarem “um novo algoritmo de inteligência artificial para a evolução das denominadas redes neuronais (que imitam o comportamento do cérebro) profundas”, afirma a UC, numa nota enviada hoje à agência Lusa.

O novo algoritmo de inteligência artificial, denominado DENSER – acrónimo de Deep Evolutionary Network Structured Representation –, “pode muito bem vir a revolucionar a forma de responder ao problema de classificação do conteúdo de imagens”, admite a UC.

Na área da inteligência artificial e ‘machine learning’ (aprendizagem de máquina), “a classificação de imagens é altamente complexa e enfrenta grandes desafios”, o que “é compreensível”, se se considerar que, “nos humanos, um terço do cérebro é dedicado ao processamento visual, envolvendo centenas de milhões de neurónios”.

Desenvolvido no âmbito de um projeto de investigação financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), o DENSER “tem vindo a despertar o interesse da comunidade científica”, destaca a UC, adiantando que será apresentado na próxima EvoStar, “a mais importante conferência europeia na área da computação evolucionária” (computação de inspiração biológica para resolver problemas de elevada complexidade).

O DENSER destaca-se das abordagens convencionais por não exigir intervenção humana, por não usar conhecimento prévio sobre o domínio e por ser uma solução de baixo custo.

Comparativamente com outras, a técnica desenvolvida na UC apresenta “duas grandes vantagens”, afirmam os coordenadores do projeto, Bernardete Ribeiro e Penousal Machado, citados pela UC.

“Na maioria das abordagens a este problema, otimizam-se os parâmetros de uma rede que, à partida, obtém uma performance elevada; na nossa abordagem a rede é evoluída de raiz, ou seja, sem intervenção humana”, salientam.

“O que a maioria faz é afinar um Bugatti Veyron, um automóvel que, como sabemos, já é bastante rápido, de forma a conseguir boas performances; o que nós fazemos é dar ao algoritmo um conjunto de peças (jantes, pneus, peças para o motor, travões, etc.) e deixar que o algoritmo entenda o contexto da situação, isto é, descubra como combinar aquelas peças de forma a construir um veículo que obtenha uma performance competitiva”, mas sem sequer o informarem que “tem de ser um carro”, explicam, com recurso à analogia, os cientistas.

Para comparar a performance das diferentes abordagens, incluindo as convencionais, os especialistas utilizaram o teste CIFAR (constituído por 60 mil imagens), dividido em duas categorias: CIFAR 10 e CIFAR 100, em função do número de classes (por exemplo, tipos de objetos) a identificar nas imagens.

O sistema que mais se aproxima da solução arquitetada pelos investigadores do CISUC é o do projeto Google Brain, que obtém resultados marginalmente inferiores.

Conforme sublinham os outros dois investigadores da equipa, Filipe Assunção e Nuno Lourenço, eles obtêm “um resultado competitivo” com o seu CIFAR 10, mas não reportam os resultados no CIFAR 100, que “é um problema mais difícil” e, além disso, usam “algum conhecimento sobre o problema”, o que os ajuda a “alcançar bons resultados”.

A outra vantagem é o baixo custo do DENSER. Enquanto os investigadores do projeto Google Brain “usam 800 GPUs (placas gráficas) topo de gama”, os do CISUC recorrem a “4 GPUs das mais acessíveis, que são usadas, por exemplo, nos videojogos” – as 800 GPUs da Google “custam 1,3 milhões de euros” e estas “apenas 2.500 euros”.

Os resultados do projeto, que podem vir a ser aplicados em vários domínios do conhecimento, “decorrem da experiência de mais de duas décadas do CISUC nas áreas da inteligência artificial, ‘machine learning’ e computação evolucionária, e de um esforço e investimento mais recente no domínio da ‘evolutionary machine learning’”, salienta a UC.


>>>>>>>  http://24.sapo.pt/tecnologia/artigos/investigadores-de-coimbra-criam-algoritmo-de-inteligencia-artificial-que-pode-revolucionar-visao-computacional
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: HSMW em Fevereiro 26, 2018, 06:54:45 pm
Estava a dar na RTP1 agora mesmo uma reportagem sobre esta associação:
http://www.blc3.pt/img/blc3_logo_horizontal.png
O projecto que apresentavam eram de reutilização de resíduos florestais como fonte de energia mas existem mais no seguite link:
http://www.blc3.pt/projects.php

Do site:

O BioREFINA-Ter é um projeto multidisciplinar de I&D que está desenhado para desenvolver, em rede, a adaptação de tecnologias avançadas para efetuar a conversão de resíduos de exploração florestal e agrícola, de solos sem aptidão agrícola, em biocombustíveis de 2ª geração substitutos do gasóleo e da gasolina.

Já conseguiu congregar uma rede internacional de conhecimento composta por 55 entidades de I&D de nove países europeus. O projeto arrancou com um financiamento em 2011 pelo Estado Português, através do IFAP, no valor de 0,5 Milhões de Euros, e – numa primeira fase – permitiu avançar para estudos científicos e técnicos sobre a viabilidade de conversão de matos e incultos e resíduos florestais em biocombustíveis avançados de 2ª geração (substitutos diretos da gasolina e do gasóleo).

O projeto BioRefina-Ter tem como objetivo a construção de uma biorrefinaria de demonstração industrial, com capacidade para produzir 25 milhões de litros por ano de biocombustíveis de 2ª geração e não concorrentes com o sector alimentar e da indústria transformadora de madeira, num território piloto que abrange os concelhos de Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e Tábua. Representa o investimento de 125 milhões de euros nos 4 municípios e ser uma unidade de demonstração industrial para a replicação pelo território nacional. Ambiciona ainda criar o primeiro território a nível internacional com total autonomia energética, ou seja, os recursos naturais do território são suficientes para gerar energia para os consumos da atividade económica existente.

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Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Maio 17, 2018, 03:58:02 pm
Tecnologia criada no Porto calcula fadiga dos condutores analisando os rostos


Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) estão a desenvolver um demonstrador facial que permite extrair informação a partir dos rostos dos condutores, para avaliar o seu estado de fadiga.

O objetivo do Facial Analytics é extrair informação sobre a orientação da cabeça, pontos característicos na face - e valores calculados a partir destes pontos -, batimento cardíaco (obtido pelas variações na cor da pele) e a direção do olhar, avaliando de seguida o estado de fadiga do condutor, disse à Lusa o investigador do INESC TEC Jaime Cardoso, um dos responsáveis pelo projeto.

Segundo indicou, caso existam sensores adicionais nos veículos (no volante ou no assento) que permitam medir a atividade elétrica do coração (eletrocardiograma ou ECG), essa tecnologia pode estar integrada, "para caracterizar com mais robustez o estado de fadiga".

Este tipo de funcionalidades pode ser aplicado em qualquer veículo no futuro, referiu o investigador, salientando que a análise do estado físico do condutor permite aumentar a segurança rodoviária.

"Combinando o reconhecimento do condutor com a análise da fadiga, podemos personalizar e otimizar os algoritmos para cada condutor, particularmente interessante em empresas de transportes em que os condutores trabalham por turnos e o condutor de um dado veículo muda constantemente", explicou o docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

De acordo com o investigador, a informação visual do condutor é recolhida a partir de um vídeo, capturado através de uma câmara colocada na parte superior do para-brisas. Essa informação é então analisada, automaticamente e em tempo real, pelo demonstrador facial.

Para transformar a informação extraída dos sensores em informação com significado semântico (fadiga, emoção e identidade, por exemplo), os responsáveis utilizam metodologias de inteligência artificial e de 'machine learning' (algoritmos de aprendizagem automática).

Além da análise do estado físico, a equipa trabalha noutras duas linhas de investigação em análise facial: reconhecimento biométrico (potenciando aplicações de controlo de acessos) e análise do estado emocional (com aplicações em sistemas de interação homem-máquina, realidade virtual e impacto de eventos nas audiências, entre outros).

Jaime Cardoso referiu que, embora já exista algum trabalho na análise da fadiga dos condutores, este é ainda embrionário.

Ao associar as informações do ECG (obtida de forma transparente para o condutor, através de um sensor no volante), do vídeo (conseguida de forma não intrusiva) e do próprio veículo (como a evolução da posição angular do volante ao longo do tempo), a equipa espera melhorar todo o processo de avaliação do estado físico do condutor.

Este trabalho, que se encontra numa fase inicial, está a ser realizado em colaboração com a empresa Cardio-ID e inclui os investigadores do INESC TEC Licínio Oliveira (na análise da fadiga), Pedro Ferreira e Filipe Marques (na análise das emoções) e Ana Rebelo.


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Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 08, 2018, 05:55:10 pm
Universidade do Minho desenvolve solução saudável para limpar solos contaminados com petróleo


Investigadores do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho (UMinho) estão a desenvolver uma solução amiga do ambiente e da saúde pública para limpeza de solos e águas subterrâneas contaminados com petróleo, foi hoje divulgado.

Em comunicado, o CEB refere que a solução recorre à nanotecnologia e pretende converter o petróleo em substâncias inócuas, no próprio local onde ocorreu a contaminação.

“O recurso a nanomateriais férricos é um fator distintivo deste projeto, já que vai permitir acelerar e estimular a atividade dos microrganismos, de maneira a que o tratamento do local se processe de forma mais rápida, eficaz e ambientalmente correta”, sublinha.

Explica que a técnica utilizada para a descontaminação dos terrenos é a “biorremediação” e acrescenta que esta técnica “apresenta um elevado potencial de recuperação das áreas contaminadas, uma vez que é uma técnica mais económica e amiga do ambiente do que os tratamentos físico-químicos”.

“No futuro, esta solução poderá vir a ser comercializada, uma vez que ainda é muito reduzido o estudo da biorremediação de solos”, lê-se ainda no comunicado.

Segundo o CEB, este projeto “coloca a investigação feita neste setor na linha da frente e capitaliza a liderança de Portugal e da UMinho nesta área, promovendo conhecimento internacional”.

Paralelamente, acrescenta, “ajudará a estimular o empreendedorismo, a criação de novas empresas e o envolvimento de potenciais investidores, alavancando a economia e o desenvolvimento do país”.

O comunicado lembra que os óleos minerais, derivados do petróleo, são um dos “principais poluentes” do solo e das águas subterrâneas, “sendo que na Europa são cerca de 342 mil os locais contaminados identificados e mais de 2,5 milhões podem estar potencialmente contaminados”.

Diz ainda que os óleos minerais representam 22 a 24 por cento dos incidentes relatados referentes à contaminação local de solos.

Criado em 1995, o CEB da Universidade do Minho atua nas áreas da biotecnologia e Bioengenharia, centrando-se a sua atividade nos setores ambiental, da saúde, industrial e alimentar.

Tem ao seu dispor um valor de financiamento para projetos na ordem dos 14 milhões de euros.

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Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 29, 2018, 10:24:22 pm
Equipa do Porto leva Internet a navios no alto mar


Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), no Porto, desenvolveram uma solução que permite levar a Internet de banda larga aos navios que operam em alto mar.

Em declarações à Lusa, Rui Campos, responsável pelo projeto, explicou que a equipa "procurou desenvolver uma solução de comunicações de Internet de banda larga que permitisse levar serviços e aplicações usados em terra para o ambiente marinho", e assim "trazer a inclusão digital" para junto dessas comunidades.

O projeto, intitulado MareCom e liderado pela empresa de engenharia portuguesa Wavecom, consiste numa caixa de comunicações, que pode ser instalada em embarcações e estações de comunicações costeiras, juntamente com antenas.

O equipamento foi testado na Base Naval de Lisboa, no dia 3 de outubro, numa vídeoconferência com terra a partir de uma embarcação da Marinha Portuguesa que navegava no estuário do Tejo.

"O INESC TEC desenvolveu uma componente de hardware, que consiste nas antenas multissetoriais que definem a orientação da embarcação mais próxima, e duas componentes de software, uma relacionada com a gestão de acesso das embarcações à terra e outra que permite que as embarcações consigam estabelecer uma rede entre si, ajudando-se mutuamente", explicou o investigador.

Rui Campos acredita que esta solução, que surge como alternativa às comunicações via satélite atualmente utilizadas, "pode completar diferentes serviços e ter aplicações em cenários bastante distintos".

"Este sistema pode permitir que um navio da Marinha, que vai fazer uma operação de busca e salvamento, possa fazer uma videoconferência com terra, podendo consultar os médicos em terra para prestar auxílios às vítimas, através de um serviço de telemedicina", exemplificou.

Segundo o investigador, esta solução, que poderá atingir alcances de 25 a 30 milhas da costa, é também capaz de auxiliar as comunidades piscatórias no contacto com a terra, ao permitir que "anunciem o tipo e a quantidade de peixe que pescaram".

"Esta solução tem inúmeras vantagens, nomeadamente no acesso a aplicações e serviços que possam melhorar a eficácia e a eficiência das operações que são desenvolvidas no mar", acrescentou.

O projeto MareCom, onde participa também o Centro de Investigação Naval (CINAV) da Marinha Portuguesa e da Ubiwhere, foi financiado pelo Compete 2020 e pelo Lisboa 2020.


:arrow: https://www.jn.pt/inovacao/interior/equipa-do-porto-leva-internet-a-navios-no-alto-mar-10104762.html?fbclid=IwAR1adYLM7cnAhKYgVIG2QkcJMNp-_soABWDXfvMhDPCN__QTwcUOi49dpVo
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 14, 2019, 12:20:14 pm
Cientistas portugueses estudam estratégias para tornar telecomunicações mais resistentes


Onze investigadores da Universidade de Coimbra e do Instituto de Telecomunicações de Aveiro estão a desenvolver "novos modelos matemáticos e algoritmos", tendo por base uma ideia do cientista David Tipper. Investigadores de Coimbra e de Aveiro estão a desenvolver "novos modelos matemáticos e algoritmos" para "aumentar a resiliência das redes de comunicações" de serviços críticos, como hospitais, bolsa, banca e serviços de emergência, foi hoje anunciado.

Onze investigadores das faculdades de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e de Economia (FEUC) da Universidade de Coimbra (UC) e do Instituto de Telecomunicações de Aveiro estão a desenvolver "novos modelos matemáticos e algoritmos", tendo por base uma ideia do cientista David Tipper, revela a FCTUC numa nota enviada hoje à agência Lusa.

O projeto tem como objetivo "aumentar a resiliência das redes de comunicações que sustentam os serviços críticos (hospitais, bolsa, banca, serviços de emergência, etc.)", afirma a FCTUC, sublinhando que "uma avaria em redes de comunicações que suportam serviços essenciais pode causar danos incalculáveis".

As redes devem, por isso, ser "resilientes, isto é, devem ter a capacidade de reagir e continuar a funcionar perante eventos indesejados como, por exemplo, corte de cabos, ou devem ser capazes de mitigar os efeitos no caso de desastres naturais ou de ataques de origem humana", acrescenta.

Os novos modelos que os especialistas estão a estudar têm por base uma ideia de David Tipper, cientista e professor da Universidade de Pittsburgh, que defende que "para aumentar a robustez e fiabilidade de uma rede de comunicação não é necessário que todos os elementos que a constituem apresentem elevada disponibilidade".

Importante é "escolher a "espinha dorsal" (subestrutura física) da rede e trabalhar na disponibilidade diferenciada", sustenta David Tipper.

Esta abordagem é "muito interessante, porque, devido à enorme complexidade das estruturas que compõem as redes, melhorar todos os seus elementos seria excessivamente dispendioso para os clientes", afirma, citada pela FCTUC, Teresa Gomes, coordenadora do projeto, intitulado 'ResNeD (Resilient Network Design - enhancing availability for critical services)'.

"Assim, o nosso desafio é selecionar os elementos da rede a melhorar, de forma a conseguir atingir os objetivos de disponibilidade exigidos pelos serviços críticos a um custo reduzido", acrescenta a docente do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da FCTUC e investigadora do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra (INESCC), considerando que, no entanto, a ideia de David Tipper, só por si, não é suficiente.

Por isso, "além de utilizar mecanismos clássicos de proteção, vai-se também seguir uma outra abordagem, focada no estabelecimento de rotas alternativas geograficamente distantes e/ou que contornem as zonas de risco elevado".

Na maioria das vezes, "quando há um desastre, esse evento afeta uma determinada zona da rede e teoricamente as zonas circundantes que continuam operacionais deveriam poder comunicar entre si", mas, "atualmente, tal pode não acontecer porque o funcionamento e a arquitetura da rede não foram planeados para reagir rapidamente e adequadamente a esses eventos. É necessário explorar esse potencial", explicita Teresa Gomes.

Para implementar as estratégias propostas no âmbito do projeto, a equipa de investigadores recorre à flexibilidade de gestão de rede proporcionada pelo atual paradigma, designado por Software Defined Networking (SDN), permitindo tirar partido da introdução de elementos com disponibilidade diferenciada e otimizar o funcionamento multicamada das redes de comunicações, refere a FCTUC.

No final do projeto, os cientistas esperam fornecer um conjunto de ferramentas para tornar as "redes do futuro mais resistentes a anomalias, garantindo que os serviços que são críticos para o país não são afetados", conclui Teresa Gomes, que investiga na área de redes de comunicações há mais de duas décadas.

O projeto ResNeD é financiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), através do Programa Operacional de Competitividade e Internacionalização COMPETE 2020, e por fundos nacionais, através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).


:arrow: https://sicnoticias.sapo.pt/pais/2019-01-14-Cientistas-portugueses-estudam-estrategias-para-tornar-telecomunicacoes-mais-resistentes?fbclid=IwAR2hFte44sT2TaYdBO4_GVqMtAqro1FM1llf5RO__paOKzq1HnlIQWVFpIs
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 02, 2020, 05:31:47 pm
Ubiwhere “é idónea” no leilão do 5G. Recusa suspeitas da Meo

A Ubiwhere recusa que esteja "em posição" de violar o contrato com a Anacom para desenvolver a plataforma do leilão do 5G. Acusa a Meo de "utilizar o nome da empresa para atacar o processo de leilão".

Ubiwhere “rejeita que esteja em posição de violar o contrato celebrado com a Anacom” para desenvolver a plataforma eletrónica onde decorrerá o leilão do 5G. Numa reação à queixa enviada pela Altice Portugal ao Governo e ao regulador, em que a operadora suspeita da “isenção” da empresa sedeada em Aveiro, a tecnológica recorda que tem “parcerias” com várias empresas de telecomunicações, incluindo com a própria dona da Meo.

“No seguimento de notícias vindas a público que questionam a credibilidade da empresa portuguesa Ubiwhere no âmbito do concurso público para a implementação da plataforma do leilão do 5G, a empresa sediada em Aveiro esclarece que tem parcerias com diversas operadoras de telecomunicações portuguesas, nomeadamente com a Altice Labs (empresa de inovação do Grupo Altice), Vodafone e Nos, cujo enquadramento e objetivos são do conhecimento público”, indica a Ubiwhere numa nota enviada à imprensa.

Na passada semana, o ECO noticiou em primeira mão a queixa da Altice Portugal enviada ao Governo, concretamente aos ministros Pedro Nuno Santos (Infraestruturas e Habitação) e Pedro Siza Vieira (Economia e Transição Digital), levantando várias suspeitas sobre a Ubiwhere por alegadas ligações desta tecnológica à Vodafone. Na carta a que o ECO teve acesso, a empresa mostra mesmo “sérias preocupações” sobre a “potencial falta de isenção e equidistância” da Ubiwhere “face a todos os operadores que se assumem como interessados na atribuição das frequências”.

Perante estas alegações da Altice Portugal, a Ubiwhere recorda que “está a trabalhar em conjunto com a Altice Labs” em vários projetos, em linha com o que fez com outros projetos no passado, uma informação também noticiada pelo ECO. A empresa confirma ainda que faz parte de um consórcio com a Vodafone e acrescenta ainda que, em conjunto com a Nos e com a Altice Labs, é promotora do projeto Mobilizador City Catalyst “que está neste momento a arrancar”.

A empresa de Aveiro indica ainda que é “detentora de um contrato de telecomunicações com as três operadoras por questões de redundância e/ou disponibilidade do serviço nos escritórios que atualmente dispõe” e assegura que “não tem atualmente qualquer relação comercial como fornecedor das várias operadoras em Portugal”.

Violação do contrato? “Problemática” levantada não tem “fundamento”

Antes da notícia da queixa da Altice Portugal, o Jornal Económico e o jornal i tinham noticiado que a Ubiwhere poderá estar em violação do contrato assinado com a Anacom. O contrato tem o valor de 119,8 mil euros e foi adjudicado à Ubiwhere por concurso público, em que participaram três outras empresas: a alemã Specure, o pólo português da OMIP e a Ano – Sistemas de Informática e Serviços.

O documento, publicado no portal Base dos contratos públicos, inclui uma cláusula de “prevenção de conflitos de interesses”. Com a assinatura do mesmo, a Ubiwhere assume “sob compromisso de honra” que “não mantém, não manterá, direta ou indiretamente, qualquer vínculo ou relação contratual, remunerada ou não, com empresas, grupos de empresas ou outras entidades destinatárias da atividade reguladora da Anacom que possam originar conflitos de interesses na prestação dos serviços abrangidos pelo presente contrato, durante a vigência do mesmo”.

A Ubiwhere assegura ainda, através da assinatura do contrato, que “não detém qualquer participação social ou interesses” nas empresas do setor durante a vigência do mesmo, entre outras garantias gerais comuns neste tipo de procedimentos.

Face a isto, num comunicado de imprensa, a Ubiwhere assegura que “trabalha todos os dias para manter um comportamento inatacável a todos os níveis e para honrar escrupulosamente os contratos e obrigações por si assumidas, sendo estes os requisitos que continuará a cumprir na íntegra, inexistindo qualquer fundamento para a problemática que está agora a ser levantada”.

A empresa, liderada por Rui Arnaldo Costa e Nuno Ribeiro, indica igualmente que “assume uma posição equidistante de todas as empresas de telecomunicações que operam no mercado português, pelo que não se compreende, nem é aceitável, que se coloque em causa a idoneidade da empresa”.

“A Ubiwhere rejeita que esteja em posição de violar o contrato celebrado com a Anacom para a disponibilização e operacionalização de uma plataforma eletrónica de leilão, de suporte ao procedimento de atribuição de direitos de utilização de frequências, insinuando uma conflitualidade de interesses que não existe e que nunca existiu, procurando utilizar o nome da empresa para atacar o processo de leilão atualmente em curso”.

Na sexta-feira, o Jornal Económico noticiou que a Anacom está a “avaliar a situação”, depois de a Altice Portugal ter suscitado dúvidas e exigido explicações ao regulador presidido por João Cadete de Matos.

https://eco.sapo.pt/2020/11/02/ubiwhere-e-idonea-no-leilao-do-5g-recusa-suspeitas-da-meo/
Título: Re: Tecnologia Portuguesa
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 19, 2023, 06:19:56 pm
Critical Software: Tecnológica portuguesa quer duplicar volume de negócios