É exactamente aí que bate o ponto, nos generais que terão de ir para o desemprego!
Mas alguma coisa vai ter de ser feita. Com 90% do orçamento das forças de segurança a ser gasto pelos vencimentos do pessoal e com apenas 10% para despesas de funcionamento, aquisição de equipamentos, etc., não há dinheiro que chegue para fazer face ás constantes solicitações (em crescendo) a que as forças de segurança são sujeitas. Com a criminalidade a subir em flecha, essas despesas tendem a aumentar. É urgente fazer alguma coisa. Assim como está é que não pode ser. A GNR tem em Lisboa cerca de 8 mil homens – não são meia dúzia, são oito mil, o mesmo número que a PSP, que faz a segurança da cidade. Estamos a pagar o ordenado a estes homens, que não fazem segurança. Acho muito bem que os distribuam pelos postos. Não é aceitável, acho mesmo que é pornográfico, ter postos da GNR com 15 ou 16 elementos (há uns três anos conhecia um que tinha apenas 11!!!!! – já o fecharam). Alguém já pensou que escala é possível fazer com 15 elementos? Enquanto esses tais que estão em Lisboa entram de serviço às 09H00 e saem às 17H00, com 37 horas semanais, estes desgraçados dos postos territoriais chegam a fazer 80 horas. É desumano e injusto, já que no fim do mês ganham exactamente o mesmo.
Já afirmei por diversas vezes aqui neste forum, que não compreendo como é possível manter a existência de uma corporação do género da GNR e com a organização da GNR. Para mim é absurdo. A GNR tem 26 mil elementos. No entanto os postos territoriais estão todos às moscas, porque grande parte do efectivo não faz segurança. Não é aceitável que o cidadão tenha de pagar o vencimento de polícia a um tipo que é empregado de mesa, barista, mecânico, cozinheiro, etc. Não faz sentido.