Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas

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« Responder #15 em: Maio 03, 2009, 10:30:07 pm »
Esperemos que sea un caso aislado..  :?
El futuro tiene muchos nombres: para los débiles, lo inalcanzable. Para los temerosos, lo desconocido. Para los valientes, la oportunidad.



Correções na minha escrita são siempre bem vindas.
 

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« Responder #16 em: Maio 04, 2009, 11:20:14 am »
Eu tambem fui praxado violentamente quando cheguei ao 2º Bimec.... os meus camaradas sabiam que nao gostava de cerveja na altura.... e embebedaram-me com cerca de 20 sumois de laranja e ananas alternados.... no fim ja pedia era bejeca tal era o gas a subir-me a cabeça..... uma noite a vomitar 4 anos de alta camaradagem e amizade para a vida :lol:  :lol:  muitas das vezes os media tem tendencia a exagerar no que dizem e muitas vezes erradamente..... qualquer dia voltam-se para as praxes academicas.
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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Cabeça de Martelo

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Re: resposta
« Responder #17 em: Maio 05, 2009, 11:02:14 am »
Citação de: "fabio_lopes"
boas tudo bem que foi um pouco duro...mas a uns tempos atras li por ai que tiveram de reduzir a intensidade de curso de tropa especial lembro me no tempo do meu pai fazer tropa que ate pessoas morriam na instruçao...pode ser maxismo mas se acontece se a um homem sabem o que dizia? É FRACO


Os Comandos ficaram muito conhecidos por morrerem militares nos cursos. Lembro-me que o Vale Escuro foi proibido nos Pára-quedistas depois de 2 recrutas terem morrido, actualmente a mesma prova já não se faz na recruta mas no Curso de Combate.

As praxes por si não são más, é uma forma de inserir e integrar o militar na vida militar e/ou na sua respectiva unidade. Eu pessoalmente até tive umas praxes porreiras, feitas com cabeça, tronco e membros. Fui praxado várias vezes ao longo da minha "estadia" na vida militar e com algumas excepções não fiquei com grandes mazelas.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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« Responder #18 em: Maio 05, 2009, 11:12:50 am »
Em todo o lado existem excessos que quando poe em risco a propria vida da pessoa é necessário punir, existem muitas formas de praxes desde psicologicas a fisicas, é preciso é ser moderado e saber quando existem limites....... estamos a formar camaradas nao estamos a combater o inimigo. Muitas vezes até o inimigo tem mais direitos que certos camaradas, nada de devaneios nem diarreias mentais.... as praxes servem para inserir os camaradas na vida militar, ja os treinos são outras coisas dados por instrutores altamente profissionais se nao o sao deveriam ser, motivadores e acima de tudo respeitadores sobre a dignidade humana. Como sabem eu fui instrutor de M113 para alem de operacional em CATMEC e PELREC, mas nomeadamente quanto a instrução dos militares condutores de VBTP M113 eu nao precisava de humilhar os meus homens o respeito mutuo e a confiança é fundamental nestas situaçoes, muitos camaradas meus instrutores observam o meu método de trabalha e vinham-me perguntar como é que eu conseguia o respeito e ao mesmo tempo a amizade dos meus "subordinados" eu dizia-lhe que a tropa serve para formar seres humanos não para formar maquinas assassinas, com isto quero dizer que nao são necessários berros, nomes como filhos da p..... nalguma GAM, a que saber diferenciar as coisas...... não é por acaso e nao me quero gabar longe de mim que durante o tempo que fui instrutor de M113 no 2º BIMEC a minha escolinha assim designada as secçoes dos pelotoes de instruçlão em 5 cursos que participei em 4 consegui de forma geral os melhores resultados dessa companhia.... nao foi por acaso que quando era 2º Furriel estive nesse posto 1 ano por falta do 12º Ano mais tarde e na tropa acabei como aqui tb ja disse ja tinha dois louvores dados pelo meu Comandante de Batalhao.
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Cabeça de Martelo

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« Responder #19 em: Maio 05, 2009, 11:43:05 am »
Li há muitos anos um artigo no Jornal do Exército de um Tenente (?), que foi aos EUA fazer o "Tirocinio" que eles fazem. Havia muitas diferenças no Tirocinio feito na EPI:
- Havia mais meios à disposição dos instruendos;
- Os Instruendos não davam instrução (algo que é parte integrante da formação feita na EPI);
- Instrução dada de uma forma positiva em vez de negativa.

Ou seja, se um militar em questão não estava a dar o rendimento requerido, eles não começavam com o velho: - Ó sua amélia, mas que $%%& estás a fazer?...

Era mais na base do diálogo, ou seja, mantendo a pressão (até porque eles fazem exercicios com fogo real como nós não fazemos em Portugal), tentavam criar uma empatia com os instruendos. O mais próximo possível que eu tive a isso foi durante o Curso de Pára-quedismo, onde a pressão psicológica exercida pelos nossos instrutores diminui significativamente.

Esse mesmo oficial defendia o mesmo sistema em Portugal, com um reparo, que o Tirocinio tirado na EPI era mais completo e que qualquer Oficial QP de Infantaria Português tem obrigação de tirar bons resultados nesse curso.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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« Responder #20 em: Maio 05, 2009, 11:55:38 am »
Cabeça de Martelo, mas é mesmo isso que se pertender, crianar empatia com os subordinados, claro mantendo a distancia ate que pelo posto que se tem, mas as coisas podem ser feitas e pode-se tirar o maximo de rendimento sem humilhar...... alias uma pessoa quando é humilhada o que nos podemos tirar dessa pessoa não é o aumento de rendimento, mas sim revolta, amargura e desanimo......... Sei que é uma hipotese remota mas mais real em missoes de paz...... Eu preferia um milhao de vezes ir para a guerra ou missoes de manutenção de paz com "subordinados" amigos que confie e que saiba que poderiamos estar protegidos, do que com "subordinados" que nao nos gramam, rovoltosos pelo que lhes fizemos na recruta/especialização, estando-se a marimbar se a missao corre bem ou nao, sem a mínima preocupaçao se levamos algum balazio ou nao. Com isto nao quero dizer que apartir de agora os instrutores devam passar a mao pelo pelo dos instruendos ou recrutas nada disso, com isto quero alertar que existem muitas formas de levar os instruendos ao máximo das suas capacidades, mas sem humilhar nem maltratar.
O incentivo e a coragem são palavras de ordem hoje em dia.......... as palavras obscenas em nada dignificam o instrutor nem o próprio Exercito.
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« Responder #21 em: Julho 27, 2009, 12:01:33 am »
Tenho conhecimeto pessoal deste caso, e em nada a impressa exagerou, infelismente...mais não adianto
 

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voador

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« Responder #22 em: Julho 27, 2009, 05:16:09 pm »
A praxe é saudavel se for feita entre militares da mesma classe.

Não confundir instrução dura com violencia ou praxe nos cursos,

E também não confundir acção psicológica com praxe.

Do que li parece me que há mta gente com conceitos errados.

Não há mal nenhum em um instruendo (agora diz-se formando - é mais humano e moderno lol) comer um gafanhoto vivo numa instrução de sobrevivencia

Actualmente a juventude já tem muito menos rusticidade e com os pruridos que eu li, parece que o melhor é dar as aulas todas em power point.

lol

Já agora, eu sou graduado e orgulho me dos meus subordinados e farei tudo por eles (dever de tutela). Mas a instrução deve ser o mais possivel dura. Claro que não se pode matar o militar na instrução e treino, mas há que saber resistir a dor, fome, frio, cansaço, sono e mesmo assim cumprir a missão.
 

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Ranger Rebelde

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« Responder #23 em: Julho 27, 2009, 07:36:08 pm »
Citação de: "voador"
Actualmente a juventude já tem muito menos rusticidade e com os pruridos que eu li, parece que o melhor é dar as aulas todas em power point.

lol

E essa é que é a verdade da questão... c34x
 

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Linkxx

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« Responder #24 em: Julho 30, 2009, 03:28:42 pm »
Bem , não compreendo ao ler os comentários deste tópico fico com ideia de que as forças armadas tem "politicas" pouco coerentes , sempre pensei que nas instruções não poderiam usar "violência" , claro que tinha conhecimento de que levar umas porradas de vez em quando faria parte , mas ao que parece é com muita frequência e abusiva .. Não era suposto sermos todos " camaradas" e lutar lado a lado pelas mesmas causas ? Pela pátria , pela nação ? Qual é o intuito dessas praxes violentas ?
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Jimy

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« Responder #25 em: Julho 30, 2009, 10:34:10 pm »
Citação de: "Linkxx"
Bem , não compreendo ao ler os comentários deste tópico fico com ideia de que as forças armadas tem "politicas" pouco coerentes , sempre pensei que nas instruções não poderiam usar "violência" , claro que tinha conhecimento de que levar umas porradas de vez em quando faria parte , mas ao que parece é com muita frequência e abusiva .. Não era suposto sermos todos " camaradas" e lutar lado a lado pelas mesmas causas ? Pela pátria , pela nação ? Qual é o intuito dessas praxes violentas ?


Sim normalmente a violencia é algo a evitar, mas ha sempre os que fogem á regra como tudo na vida, no que diz respeito ás praxes penso que normalmente o pessoal nao tem vontade de magoar ninguem por vezes os que lá chegam é que dizem respostas menos proprias para com os mais velhos!
Lembro-me que muita gente veem fresquinhos da recruta e nao tem a noçao da "antiguidade" no exercito que é algo a respeitar.
Conosco que quiser, contra nós quem puder!
 

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lazaro

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« Responder #26 em: Julho 31, 2009, 01:00:05 pm »
Citação de: "Ranger Rebelde"
Citação de: "voador"
Actualmente a juventude já tem muito menos rusticidade e com os pruridos que eu li, parece que o melhor é dar as aulas todas em power point.

lol
E essa é que é a verdade da questão... c34x


Se as aulas forem todas em power point até pode ser bastante duro. Já viram a resistência que é necessária para passar os dias inteiros sentado a ver passar slides? ... é duro ...  :D
 

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Linkxx

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« Responder #27 em: Julho 31, 2009, 04:32:09 pm »
Citação de: "voador"
A praxe é saudavel se for feita entre militares da mesma classe.

Não confundir instrução dura com violencia ou praxe nos cursos,

E também não confundir acção psicológica com praxe.

Do que li parece me que há mta gente com conceitos errados.

Não há mal nenhum em um instruendo (agora diz-se formando - é mais humano e moderno lol) comer um gafanhoto vivo numa instrução de sobrevivencia

Actualmente a juventude já tem muito menos rusticidade e com os pruridos que eu li, parece que o melhor é dar as aulas todas em power point.

lol

Já agora, eu sou graduado e orgulho me dos meus subordinados e farei tudo por eles (dever de tutela). Mas a instrução deve ser o mais possivel dura. Claro que não se pode matar o militar na instrução e treino, mas há que saber resistir a dor, fome, frio, cansaço, sono e mesmo assim cumprir a missão.


Isso de comer o gafanhoto .. Não pode levar molho de tomate por cima ? :P Agora asério , não é um "menu" muito sugestivo , mas se tiver de ser , que seja , tal como numa situação de sobrevivência , não podemos estar a escolher os alimentos , temos de nos alimentar do que a terra tiver para nos oferecer.Cumprimentos
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Portucale

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« Responder #28 em: Julho 31, 2009, 06:25:13 pm »
As praxes são um erro, não têm utilidade nenhuma.
Só servem para humilhar os mais novos e para marcar posição dos mais velhos.
O que para alguns tem piada para muitos outros é um momento de puro desprezo e de mau gosto.
Já para não falar nas consequências que daí vêm, mau relacionamento e falta de confiança com receio das reacções futuras.
Toda e qualquer praxe deve ser proibida e devidamente punida, não fomenta a verdadeira essência militar, ou seja, a camaradagem.

A energia dedicada a esses momentos deve ser investida no conhecimento dos novos camaradas, em saber se eles estão bem preparados e treinados, perceber se podemos contar com eles para o futuro.
Não confundir testar as capacidades dos novos elementos com praxes que não servem para nada.
Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

Versos de Camões
 

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lazaro

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« Responder #29 em: Julho 31, 2009, 06:39:42 pm »
Citação de: "Portucale"
As praxes são um erro, não têm utilidade nenhuma.
Só servem para humilhar os mais novos e para marcar posição dos mais velhos.
O que para alguns tem piada para muitos outros é um momento de puro desprezo e de mau gosto.
Já para não falar nas consequências que daí vêm, mau relacionamento e falta de confiança com receio das reacções futuras.
Toda e qualquer praxe deve ser proibida e devidamente punida, não fomenta a verdadeira essência militar, ou seja, a camaradagem.

A energia dedicada a esses momentos deve ser investida no conhecimento dos novos camaradas, em saber se eles estão bem preparados e treinados, perceber se podemos contar com eles para o futuro.
Não confundir testar as capacidades dos novos elementos com praxes que não servem para nada.


Subscrevo tudo.

A Praxe para resultar devia ser feita por alguns indivíduos escolhidos pelo seu extraordinário carácter e personalidade, algo a que geralmente pessoas deste nível não se dedicam.
... eu já me dediquei a estas actividades  :lol: