não consegui discernir diferenças significativas nas respectivas fichas técnicas... !
São diferentes, repare que os navios Holandeses nem sequer podem levar um helicoptero, nem levam um canhão médio, os navios Americanos podem.
As perguntas que se me suscitam são:
- será que, adoptando-se as "Karel Doorman", fica resolvida a tão propalada necessidade de fragatas anti-aéreas, por aquelas desempenharem razoavelmente esse papel?
Não, nem pouco mais ou menos, actualmente as KD contam com o "Sea Sparrow" e com um CIWS "Goolkeeper" (baseado no canhão do A10, o "Avenger"), ou seja defesa de ponto, o alcance teórico de 55 km´s que aparece em determinados sites de internet são um disparate, estamos a falar de uma arma com um alcance real de pouco mais de 10km´s, e o "NEZ" do missil é ainda menor...
- não seria preferível ter-se encontrado uma modesta combinação entre, por exemplo, duas KD e apenas uma "Van Hemmskerk"(já que me parece que duas seriam talvez demais, e uma já foi pelo menos possível)?
Não, as capacidades anti aéreas do Standard 1MR podiam ser uteis em 1982 nas Falklands, mas hoje em dia com a multiplicação de aviões e outras plataformas equipados com radares de muito longo alcance e misseis anti navio capazes de abrir um buraco a dezenas/centenas de km´s num casco, este missil tornou-se praticamente inutil...
Qualquer confronto Navio/avião quando o primeiro não tem uma arma com uma REAL capacidade de alcançar a plataforma aérea a mais de 75/90 km´s de distância torna-se um duelo barco/missil anti-navio, o SM1 MR não serve para nada neste tipo de situação. O tempo em que alguém tenta atingir um navio de guerra à "bomba" já passou à história. E não é preciso ter "Harpoons", "Exocet´s", "yakhont´s", etc, para se fazer estragos muitissimo elevados num navio, imaginem o que é que um esquadrão de 12 caças equipados com 6 "Mavericks" (nas suas versões mais recentes) cada poderiam fazer a toda a frota combinada da Marinha Portuguesa.
Além do mais, adquirir um unico navio de uma determinada classe é um erro crasso, ou vinham as duas fragatas "Classe L" ou não vinha nenhuma, criar toda a estrutura logistica de manutenção para um navio é uma forma ineficiente de gerir recursos escassos, já com dois navios é discutivel (graças a Deus que as KD têm uma série de material em comum com as VDG). Normalmente para se manter um "combatente" no mar, o ideal é ter três navios idênticos na frota.
assim (e tendo em conta que não deveremos esperar mais do que um LPD), poder-se-ia aparelhar ocasionalmente uma "Taskforce" mínima com uma fragata de comando e de defesa aérea de área, o LPD, uma navio reabastecedor e duas escoltas "multipurpose" (nas eventualidades em que tal fosse indispensável), ou não?
O LPD ainda está muito longínquo, tendo em conta os sucessivos atrasos que a compra de equipamento militar sofrem em Portugal (Submarinos, NPO´s, substituição das G3´s, Helis ligeiros, etc, etc, etc) poderá chegar ao caso em que esse equipamento nem sequer seja encomendado devido a alterações ao nivel de orientação política, na melhor das hipóteses poderá demorar mais uns 7/9 anos antes de cá chegar...
De qualquer modo, compreendo que a hipótese seja apenas teórica, porque a realidade é que perdemos irremediavelmente essa oportunidade...
E que sorte que nós tivemos em perder essa oportunidade, dois navios com 21 anos cada, construidos à volta de um lançador MK13, sem poderem levar helis, sem um canhão médio...
Completamente especializada em AAW, só que equipada com sistemas ultrapassadas e tremendamente chata de levar um "upgrade" em condições porque é muito pequena para poder utilizar um nº razoável de VLS do tipo MK41...
Pior que comprar estes navios só mesmo os "chassos" americanos...
Ficámos muito melhor com as KD, então se receberem uns ESSM´s