Marinha da Dinamarca

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Nuno Bento

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« Responder #15 em: Abril 05, 2006, 12:24:35 am »
O nosso grande problema é em portugal existir a cultura da mesquinhez e do facilitismo. Desde que exista um minimo de controlo as pessoas não se querem é chatear (e se ainda puderem ganhar alguma coisa com isso) dai NÃO CONSEGUIRMOS SER COMPETITIVOS :!:  :!:
 

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p_shadow

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« Responder #16 em: Abril 05, 2006, 04:55:47 am »
Citação de: "Leonidas"
Caro P_Shadow, vejo que não entendeu o tom irónico que pretendia dar na minha intervenção. Peço desculpa por não terem entendido. É claro que não reconheço nenhuma incompetência à Dinamarca.

Peço desculpa então, o erro foi meu. É que aparecem tantas barbaridades neste forum... :evil:

Esta questão é muito mais complexa do que se possa pensar.

A "ordem" para a mudança tem de vir "de cima". Enquanto isso não acontecer...


Cumptos
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Spectral

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« Responder #17 em: Abril 05, 2006, 09:55:59 am »
Onde se podem consultar dados sobre os orçamentos para a defesa dos vários países da NATO ?

(Claro que este tipo tipo de comparações igonara sempre as condições políticas e estratégicas em que tais forças foram construídas, mas há certas pessoas aqui muito teimosas  :roll: ).
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NVF

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« Responder #18 em: Abril 06, 2006, 02:32:50 pm »
Aqui http://www.nato.int/issues/defence_expe ... index.html

E chega-se 'a conclusao que a Dinamarca gasta mais que nos em Defesa (cerca de 400 milhoes de USD anualmente). Mais interessante ainda, segundo a NATO, as FFAA da Dinamarca tem cerca de 20.000 elementos em oposicao aos 47.000 portugueses (acho que este numero e' exagerado).

Uma analise ligeira, leva-nos a concluir que temos um longo caminho a percorrer e, o pior de tudo, e' que ainda nao comecamos a fazer-nos 'a estrada.
Talent de ne rien faire
 

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NVF

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« Responder #19 em: Abril 06, 2006, 02:39:10 pm »
Citação de: "p_shadow"

Peço desculpa então, o erro foi meu. É que aparecem tantas barbaridades neste forum... :twisted:
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Leonidas

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« Responder #20 em: Abril 08, 2006, 04:42:08 pm »
Saudações guerreiras

Caro Spectral, pouco tempo depois do desanuviamento entre potências, de uma maneira geral, todas as forças dos países da NATO (e não só) no continente europeu, sofreram reestruturações. Os contingentes de uma maneira geral foram reduzidos. Por isso não creio que neste momento a justificação da guerra fria tenha lógica suficiente para que haja então ainda contingentes na Europa de fazer inveja a qualquer um. (pelo menos aos portugueses).

Porque razão então todas as forças aéreas que operam os F-16 na Europa optaram pelo programa MLU em vez de fazerem atualizações menos ambiciosas ou até mesmo adquirirem outros aviões com mais capacidades?

A Holanda está a desfazer-se de material que considera excedentário. A Bélgica optou por uma atualização parcial da frota de F-16 e alguns estão encostados ás boxes. A Dinamarca julgo não ter tido tantos F-16, como a Holanda, mas já operou outras aeronaves igualmente credíveis, para além dos seus F-16. Todas elas estão a reduzir, mas repare que de uma maneira geral têm quantidades OPERACIONAS que encostam os tugas a um lado.

Troque o lugar da Dinamarca com Portugal. Será que dada a posição muito mais próxima que se teria da ex-URSS, não teríamos que ter aquilo que eles tinham no passado? O que eles têm, tal como outras forças aéreas é suficiente (no mínimo), e operam tão bem, ou melhor ainda, como se da guerra fria se tratasse, acrescida a vantagem de pouparem muito mais dinheiro com a desativação de meios e outras reestruturações.

Já não vou tão longe e dizer que teríamos que operar várias frotas diferentes ao mesmo tempo. Isso nós nunca conseguimos fazer com aviões de reconhecido valor militar e não outros de treino ou aqueles que nem eram carne nem peixe.

Olhe a Suíça. Para além daquilo que numa força aérea tem que se ter, aviões de transporte, etc., operaram os Mirage III S/RS, F-5E/F, e F-18C ao mesmo tempo, e mais algum que me escape, logo depois de terem comprado os F-18, até há relativamente pouco tempo.

Aquela força aérea que talvez não tenha mudado muito, deva ser ainda a da Suécia. Já não operam mais que 1 tipo de aviões diferentes, mas a quantidade é impressionante, tendo em conta a quantidade de JAS 39 Gripen encomendadas(204 unidades) e tendo em conta a atualidade.

Durante a guerra fria os JA 37 Viggen (339 unidades) e os J35 Draken (540 unidades só na suécia) não deixaram de serem usados em simultâneo mas não todos claro, porque íam-se substituindo. Contar também com os J 32 Lansen (450 unidades) que até 1995 ainda operavam (poucas quantidades, é certo), mas como caça principal até a entrada do Viggen. Numa era pós queda Muro de Berlim e pós guerra do Golfo, cerca de 150 Viggen não deixaram de serem atualizados.
Não me ademiraria nada, que no auge da guerra fria, teriam no mínimo só uns 250/300 aviões prontos a entrarem em ação.  
Para um país que nunca teve mais população que Portugal… UPA, UPA!!

Cumprimentos
 

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SKY

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« Responder #21 em: Abril 21, 2006, 06:15:53 pm »
A diferenca e que a dinamarca e um pais organizado pouco corrupto etc...em portugal não  e mtas vezes quando se compra  coisas e logo a pensar onde se pode ganhar comissões .Nunca se faz projectos a pensar no futuro e so para hoje amanha logo se ve e esta a mentalidade de quem esta a frente do nosso pais.Sobre termos assim tantos caças para que para estarem parados com falta dinheiro para manutencão e combustivel.Infelizmente e o pais que temos.
 

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Spectral

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« Responder #22 em: Abril 21, 2006, 08:39:38 pm »
Citar
Caro Spectral, pouco tempo depois do desanuviamento entre potências, de uma maneira geral, todas as forças dos países da NATO (e não só) no continente europeu, sofreram reestruturações. Os contingentes de uma maneira geral foram reduzidos. Por isso não creio que neste momento a justificação da guerra fria tenha lógica suficiente para que haja então ainda contingentes na Europa de fazer inveja a qualquer um. (pelo menos aos portugueses).

Porque razão então todas as forças aéreas que operam os F-16 na Europa optaram pelo programa MLU em vez de fazerem atualizações menos ambiciosas ou até mesmo adquirirem outros aviões com mais capacidades?

A Holanda está a desfazer-se de material que considera excedentário. A Bélgica optou por uma atualização parcial da frota de F-16 e alguns estão encostados ás boxes. A Dinamarca julgo não ter tido tantos F-16, como a Holanda, mas já operou outras aeronaves igualmente credíveis, para além dos seus F-16. Todas elas estão a reduzir, mas repare que de uma maneira geral têm quantidades OPERACIONAS que encostam os tugas a um lado.

Eles têm quantidades razoáveis porque tinham grandes quantidades durante a Guerra Fria. Se formos a ver muito do equipamento "high-profile" como caças ou tanques de países como a Holanda, Dinamarca, Bélgica, Noruega foi adquirido numa lógica de Guerra Fria, em que eram a linha da frente, ou naquele período até cerca de 1995 em que não se sabia bem como a situação ia-se desenrrolar mas os alemães já estavam a pôr os Leopards II ao preço da chuva ( e nós ficámos com os M60s  :roll: ) e muitos países aproveitaram bem a situação.


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Aquela força aérea que talvez não tenha mudado muito, deva ser ainda a da Suécia. Já não operam mais que 1 tipo de aviões diferentes, mas a quantidade é impressionante, tendo em conta a quantidade de JAS 39 Gripen encomendadas(204 unidades) e tendo em conta a atualidade.

Encomendaram tantos que uma boa parte deles está armazenada e os Suecos estão desesperados por vendê-los ( ainda por cima modelos A/B, algo espartanos).  Mais outra aquisição ligeiramente desfasada com o fim da Guerra Fria... Os últimos Viggen também estão agora a ser retirados.

Citar
Para um país que nunca teve mais população que Portugal… UPA, UPA!!


Pois, mas estamos a falar de um país com uma base económica e industrial que não se compara à nossa, que não teve um séc. XX como o nosso e que teve o "soviet bear" à porta durante 50 anos. Como disse, cada caso é um caso.


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Lancero

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« Responder #23 em: Dezembro 23, 2006, 02:04:12 pm »
Citar
Denmark has ordered 3 frigates from Odense Steel Shipyard.

The firm's press announcement:

Contract with the Danish Naval Material Command for delivery of 3 patrol vessels for the Danish Navy

On Wednesday 20 December 2006 Odense Steel Shipyard Ltd entered a contract with the Danish Naval Material Command for 3 patrol vessels for the Danish Navy, the vessels will be delivered in the period 2010-2012.

Design and construction of the vessels has since 2004 been performed in close corporation between Odense Steel Shipyard Ltd and the Danish Naval Material Command, the construction of the first vessel will commence in 2008. The construction of the vessels will give employment to about 300 people in average until the delivery of the last vessel in 2012.

The patrol vessels will be approximately 138,7 metres in length with a beam of 19,8 meter. The hull form will be similar to the two vessels of the Absalon class delivered from Odense Steel Shipyard in 2003 and 2004.

Odense Steel Shipyard Ltd
20 December 2006



Citar
The ships will have a deplacement of approx. 5850 tons(light) and will be operated by 100 crewmembers(but will have accommedation for 160). The actionradius will be 9000 nm at 15 knots and it can operate for 28 days without resupply.
It will be fitted with APAR and SMART L radars. Weapons will be a 127 mm mk.45 mod.4, 2 35mm Millennium CIWS, 8 Harpoon block ll, 16 ESSM, 2 launchers for MU90 torpedos and a 32 cell mk 41 VLS for Standard SM2 and SM6 SAMs.
The ship is planned too operate a EH-101 Merlin helicopter and a number of UAV's....

















Um EH-101 numa fragata? Isso está em uso em alguma Marinha?
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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typhonman

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« Responder #24 em: Dezembro 23, 2006, 02:34:09 pm »
O Reino Unido opera EH101 nas suas type23 e no futuro nos destroyers type45.
 

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Lightning

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« Responder #25 em: Dezembro 23, 2006, 09:57:20 pm »
A Itália também possui EH101 na Marinha mas não sei se operam de fragatas.
 

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« Responder #26 em: Dezembro 24, 2006, 12:26:57 pm »
Pessoalmente acho esta classe de navios hibridos um conceito brilhante.
E sem dúvida veremos mais projectos baseados neste conceito
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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João Oliveira Silva

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« Responder #27 em: Dezembro 25, 2006, 06:59:06 pm »
Não acho este conceito assim tão brilhante. Tem o seu interesse mas pouco mais que isso.

Importa ver que para descarregar a sua carga têm que ter um porto, uma rampa e ainda se têm que atravessar o navio de 5.800 ton? no porto, ou seja, fazer um ângulo de 90º com o cais, fugindo assim em muitos casos do canal de navegação. Se o conceito fosse para vingar, mais valia que se aplicasse ao navio a tradicional rampa de abater que os navios de transporte de carros sempre têm a bombordo ou estibordo.

Ora acontece que, em conflito, não se entra com um navio destes para um porto, que ainda por cima poderá estar bastante destruido e obstruido, sem que o mesmo tenha sido tomado pelas nossas forças e assegurada uma testa de ponte razoável. Como é que se toma um porto quando os tanques e outro material com valor militar está dentro do navio? Um golpe de mão? e a doutrina não diz que os portos são as primeiras instalações a defender?

E se não houver portos num raio aconselhável? não me parece que seja possível atirar um Leopard, como o da foto, com 50 ton borda fora quando o mar ainda está 1 ou 2 metros abaixo. Ou se vira, ou se afunda, e em qualquer dos casos o resultado é igual: está perdido. E os camiões  flutuarão? Isto contando que o mar está chão. E mesmo que o conseguisse, era obrigatório que o navio estivesse a 100 ou 200 metros duma praia. Moral da história: qualquer canhãozinho ou até lança-rocketes em terra fazia tiro ao alvo à desgraçada da fragata.

O espaço que 12 tanques ocupam é muito e isto leva a uma questão de arquitectura naval: para se disponibilizar esse espaço têm que se projectar uma fragata grande, logo um alvo potencial maior e com maior assinatura ao eco. Está em clara desvantagem com outra fragata de valor militar igual mais pequena, mais esguia,  mais manobrável e mais furtiva.

Cumprimentos,
 

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Get_It

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« Responder #28 em: Dezembro 25, 2006, 07:30:11 pm »
Verdade, e bem lembrado meu caro. Mas no "meu ver" até que é ideal para um país como a Dinamarca.
Citação de: "João Oliveira Silva"
Importa ver que para descarregar a sua carga têm que ter um porto, uma rampa e ainda se têm que atravessar o navio de 5.800 ton? no porto, ou seja, fazer um ângulo de 90º com o cais, fugindo assim em muitos casos do canal de navegação. Se o conceito fosse para vingar, mais valia que se aplicasse ao navio a tradicional rampa de abater que os navios de transporte de carros sempre têm a bombordo ou estibordo.

A Dinamarca contribui com homens e equipamento para teatros de operações que já costumam ter portos seguros, ou seja, que tenha já lá pessoal de outro país (seja membro da NATO ou ONU) a garantir a segurança do desembarque, por isso já não será um problema tão grandes para eles. Acho que chega-se facilmente à conclusão que eles preferem três navios multi-funções do que apenas um ou dois LPD's e algumas fragatas, que fica mais caro que os primeiros e que também garante mais alguma capacidade de transporte.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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João Oliveira Silva

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« Responder #29 em: Dezembro 25, 2006, 08:42:02 pm »
Get It:

Antes de mais sinceramente desejo-lhe muito boas festas. Saúde e tudo de bom para si.

Relativamente a este assunto, há questões que não podemos nem devemos confundir.

Primeiro:  um LPD, tal como e Galicia,  Roterdam e outros, são navios complexos, de construção não acessível a todos os estaleiros ( não quero dizer que os ENVC não os consigam construir mas ao construir é porque há muito know-how em resultado das contrapartidas dos submarinos ),  não são baratos, e depois a operação não é assim tão fácil.

Segundo:  Por tal ser assim, esses LPD's são utilizados em circunstâncias específicas, segundo conceitos já muito bem defenidos, de modo a que alguns dos casos são o navio mais importante, logo aquele que o inimigo primeiramente procurará afundar e, assim, aquele que mais temos que defender. O folhetim OHP começou porque desde o primeiro dia se entendeu que seriam as fragatas destinadas a operar com o LPD, a defendê-lo e tudo o mais.

Terceiro: É assim que um LPD, até bastante afastado da costa, protegido pelos navios que o defendem, parcialmente se afunda, lança ou recolhe os seus veículos anfíbios e os que não são anfíbios mete nas lanchas de desembarque que os vão deixar ou buscar à praia, fazendo muitas viagens se necessário. Os fuzileiros também são desembarcados nas lanchas de desembarque.  Está a entender a questão das lanchas de desembarque: em situações de combate, não é lançar leopard's borda fora.  É assim que se faz e é assim que se tem possibilidade de sucesso.

Agora se estamos a falar de levar material ou homens para as situações que descreve, que são  reais e que muito bem refere, não é preciso ir longe. Navios civis ou então algo como este http://en.wikipedia.org/wiki/Berlin_cla ... hment_ship, de fácil construção e operação barata, com mais ou menos armamento, o podem fazer.

Se você fosse o comandante naval, na situação que aponta, mandava um "cargueiro" destes com uma boa fragata ( serve a Vasco da Gama ) a escoltá-lo e algum tempo depois tinha o material entregue ao destinatário e tinha o navio na base a salvo com a missão cumprida.

Cumprimentos