Efemérides

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« Responder #105 em: Novembro 11, 2005, 02:54:39 am »
A 11 de Novembro de 1918 (às 11 horas da manhã) cessaram as hostilidades (pelo menos na Frente Ocidental) da Grande Guerra, iniciada em Agosto de 1914. Mais de 65 milhões de soldados foram mobilizados por ambos os lados; com mais de 37 milhões de baixas (mortos, feridos, desaparecidos e prisioneiros); cerca de 6,5 milhões de civis terão falecido (em comparação com os cerca de 8,5 milhões de militares) no conflito. As baixas dos Aliados (vitoriosos) superaram largamente as das Potências Centrais. A Grande Guerra provocou o colapso de quatro impérios: Alemão, Austro-Húngaro, Otomano e Russo. Há quem diga que na realidade esta guerra só acabaria verdadeiramente em 1945...
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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Miguel

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« Responder #106 em: Novembro 11, 2005, 11:13:44 am »
:Soldado2:  :Soldado2:  :Soldado2:

Homenagem aos nossos soldados do CEP
 

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Luso

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« Responder #107 em: Novembro 13, 2005, 11:24:40 pm »
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IN FLANDERS FIELDS the poppies blow
Between the crosses row on row,
That mark our place; and in the sky
The larks, still bravely singing, fly
Scarce heard amid the guns below.

We are the Dead. Short days ago
We lived, felt dawn, saw sunset glow,
Loved and were loved, and now we lie
In Flanders fields.

Take up our quarrel with the foe:
To you from failing hands we throw
The torch; be yours to hold it high.
If ye break faith with us who die
We shall not sleep, though poppies grow
In Flanders fields.


IN FLANDERS FIELDS
Tenente Coronel John McCrae, MD
Real Exército Canadiano
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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pedro

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« Responder #108 em: Novembro 13, 2005, 11:51:55 pm »
e verdade uma homenagem aos nossos soldados do cep. :Soldado2:  :Soldado2:  :Soldado2:  :Soldado2:  :Soldado2:  :Soldado2:
 

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Miguel

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« Responder #109 em: Novembro 25, 2005, 09:40:53 pm »
25 Novembro de 1975!!!

Ninguem se lembra?? :oops:
 

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Luso

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« Responder #110 em: Novembro 25, 2005, 10:17:48 pm »
É para esquecer...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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TOMKAT

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« Responder #111 em: Novembro 26, 2005, 05:48:00 am »
Citação de: "Luso"
É para esquecer...

Nem tanto assim...
Até convém lembrar, até porque para muitos dos frequentadores do fórum, o 25 de Novembro de 1975 não faz parte da sua memória.

Para reavivar um pouco a memória dos que viveram esse período conturbado da nossa história recente ou para que os que não viveram entendam com a nossa democracia é ainda tão jovem nada melhor que um artigo do jornalista José Pedro Castanheira na ACTUAL do Expresso de sábado passado...

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VENCEDORES E VENCIDOS

Desde 11 de Março até 25 de Novembro de 1975 foi uma escalada contínua de 229 longos e intensos dias, a que se convencionou chamar
«Verão Quente» ou PREC - a sigla para designar o Processo Revolucionário Em Curso.
Em causa, estavam dois modelos de sociedade antagónicos.
Derrubada a ditadura salazarista, a luta institucional, inerente a qualquer democracia, foi relegada para um plano marginal.
Os palcos privilegiados e decisivos passaram a ser as ruas e praças, as fábricas e quartéis, numa espécis de xadrez complexo e arriscado.
A angústia tomou conta do país, que passou a viver à beira do abismo de uma guerra civil.
Ninguém esteve verdadeiramente indiferente à vertigem: os partidos políticos, cujo protagonismo dependia não dos votos na surnas, mas da capacidade de mobilização; os «média», transformados em armas de agitação e propaganda; a Igreja Católica, que, criticada até à humilhação; também desceu à rua; os sindicatos e outras organizações de base, células de um mirífico poder popular; a extrema-esquerda, frenética e militante, desejosa de fazer a revolução a cada hora; a xetrema-direita golpista golpista, que semeou bombas por tudo quanto saosse de esquerda; os militares radicais, que em vez de devolverem o poder ao povo e à sociedade civil, quiseram ocupar a arena política.
O Parlamento, coração e alma de qualquer democracia, não conseguiu como o orgão do poder legítimo.
A 12 de Março ainda não se tinham dissipado as nuvens do fracassado golpe spinolista, e já na Assembleia do MFA - que passou para a história com o epíteto de «selvagem» - se faziam ouvir vozes contrárias ás eleições.
Oito meses depois, a 12 de Novembro, os deputados conheceram o supremo enchovalho, com o cerco e o sequestro de S. Bento por uma gigantesca manifestação operária, com o poder ao alcance de um palmo.
Marginalizados por um Conselho da Revolução castrense e depositário do verdadeiro poder, sucessivos governos foram incapazes de governar.
Que o diga Vasco Gonçalves, o «companheiro Vasco», primeiro miniatro de um govreno de antologia - o V, apoiado por partidos adeptos da democracia polpular.
Que o diga Pinheiro de Azevedo, o «almirante sem medo» do VI Governo, que a 19 de Novembro decretou uma inédita greve, por falta de condições para governar.
Com golpes e contragolpes, anunciados, dia sim dia não, nos jornais, a solução só poderia vir da área militar, onde a relação de forças - numa semana em que o país assistiu estupefacto ao deveras sui generis juramento de bandeira no Ralis - era cada vez mais apertada.
Tal como se previa, perdeu quem tomou a iniciativa.
«Não sei quem ganhou ao certo» escreveu Eduardo Lourenço no «Jornal Novo» de 3 de Dezembro, dia imediato ao termo do estado de sítio em Lisboa. «Mas sei quem perdeu - o verbalismo, o mimetismo ultra-revolucionário e a sua miragem frnética de sovietizar em dois tempos este país».

J.P.C.


Tudo isto aconteceu apenas à 30 anos...
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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PereiraMarques

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« Responder #112 em: Novembro 27, 2005, 10:32:20 pm »
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Cerimónia do Exército Evocativa dos 30 Anos do 25 de Novembro de 1975
Em 25 de Novembro de 2005, o Exército Português realizou-se uma Cerimónia Militar evocativa dos acontecimentos ocorridos em 1975, passados que foram trinta anos dessa data, em que três militares perderam a sua vida.

A Cerimónia Militar decorreu no Regimento de Lanceiros n.º2, em Lisboa, pelas 11h45, nela participando Forças de Comandos e da Polícia do Exército. O programa incluiu o cerimonial de Homenagem aos Mortos, seguida de uma alocução de S. Ex.ª o General Chefe de Estado-Maior do Exército, General Luís Valença Pinto, terminando com o desfile das Forças em Parada. No final foi descerrada uma placa em memória dos militares falecidos no local, em 25 de Novembro de 1975.
Fonte: http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... ge=2&id=99

Discurso do General CEME: http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... vembro.pdf
 

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PereiraMarques

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Restauração da Independência - 1 de Dezembro de 1640
« Responder #113 em: Novembro 30, 2005, 05:38:25 pm »


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A Restauração da Independência é um feriado comemorado em Portugal anualmente no dia 1 de Dezembro, para assinalar a recuperação da independência nacional face à Espanha em 1640, que durante 60 anos ocupou o país e o oprimiu.

A morte de D. Sebastião (1557-1578) na batalha de Alcácer-Quibir, apesar da sucessão do Cardeal D. Henrique (1578-1580), deu origem a uma crise dinástica. Nas Cortes de Tomar de 1580, Felipe II de Espanha é aclamado rei de Portugal. Durante sessenta anos Portugal sofreu o domínio filipino. No dia 1 de Dezembro de 1640, os Portugueses restauraram a sua independência.

Ao contrário daquilo que o monarca prometeu nas cortes de Tomar de 1581, ainda no seu mandato, e de modo mais intenso no reinado seu sucessor, Filipe III de Espanha, o desrespeito dos privilégios nacionais vinha agravando-se. Os impostos aumentavam; a população empobrecia; os burgueses ficavam afectados nos seus interesses comerciais; a nobreza estava preocupada com a perda dos seus postos e rendimentos; e o Império Português era ameaçado por Ingleses e Holandeses perante o desinteresse dos governadores filipinos.

Portugal estava também envolvido nas controvérsias europeias que a Espanha estava a atravessar, com muitos riscos para a manutenção dos territórios coloniais, com grandes perdas para os ingleses e, principalmente, para os holandeses em África (Mina, 1637), no Oriente (Ormuz, em 1622 e o Japão, em 1639) e fundamentalmente no Brasil (Salvador, Bahia, em 1624; Pernambuco, Paraíba, rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe desde 1630).

Finalmente, um sentimento profundo de autonomia partilhado por toda a população, que estava sempre presente, estava a crescer e foi consumado na revolta de 1640, no qual um grupo de conspiradores, constituído por nobres e juristas aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à 4ª Dinastia - Dinastia de Bragança.

O esforço nacional foi mantido durante vinte e oito anos, com o qual foi possível suster as sucessivas tentativas de invasão do exército Espanhol e vencê-los nas mais importantes batalhas, assinando o tratado de paz definitivo em 1668. Esses anos foram bem sucedidos devido à conjugação de diversas vertentes como uma forte aliança com a Catalunha, os esforços diplomáticos da Inglaterra, França, Holanda e Roma, reorganização do exército português, intensificação ou reconstrução de fortalezas e consolidação política e administrativa.

Paralelamente, os Portugueses conseguiram expulsar os Holandeses do Brasil, como também de Angola e de São Tomé e Príncipe (1641-1654), restabelecendo o poder Atlântico Português. No entanto, as perdas no Oriente tornaram-se irreversíveis e Ceuta ficaria na posse de Espanha.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Restaura%C ... %C3%AAncia

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

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Luso

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« Responder #114 em: Novembro 30, 2005, 10:49:50 pm »
O meu avatar pede desculpa.
Está arrependidíssimo. Mas diz que vem já.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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fgomes

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« Responder #115 em: Novembro 30, 2005, 11:48:18 pm »
Numa manhã de nevoeiro...
 

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Benny

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« Responder #116 em: Dezembro 01, 2005, 12:17:31 am »
Poucas vezes foi a independência da nossa pátria defendida com tanto vigor quanto durante as guerras da Restauração. Pior que esta, só mesmo as invasões napoleónicas.

Viva a Restauração!

Benny
 

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papatango

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« Responder #117 em: Dezembro 01, 2005, 02:22:36 am »
http://arraiamiuda.blogspot.com/

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Morra a Espanha e Viva El Rei D. João IV, foram as primeiras palavras que se ouviram nas ruas de Lisboa, quando foi conhecido pela população o levantamento que acabou com a monarquia dos Habsburgos espanhóis.

Trezentos e sessenta e cinco anos. Tantos quantos dias tem um ano, são os anos que passam hoje, da revolução que retirou do poder a dinastia austriaca/castelhana, que ocupava o trono do Reino de Portugal desde 1580.

1 de Dezembro, é uma data para recordar. Recordar pela revolução em si - naturalmente - pelas pessoas que de forma determinada se dispuseram a acabar com o anacronismo do dominio castelhano sobre Portugal, mas também para pensar.

Pensar nas causas e nas razões, que sessenta anos antes estiveram na origem do fim da dinastia de Aviz, e da sua substituição por uma dinastia estrangeira, que a continuar no poder colocaria em causa a própria existência de Portugal como país, com a sua autonomia, a sua cultura, e a sua lingua próprias.

Que ninguém duvide, e que n~
ao haja dúvidas. A continuação da dinastía dos Habsburgos espanhóis, acabaria por liquidar Portugal e as suas características próprias, das quais os portugueses se orgulham, mesmo sabendo, que não são tão ricos ou tão "finos" quanto outros povos da Europa.

Não esqueçamos 1580, quando o país se encontrava deprimido, doente, desorientado. O país não tinha rumo, e as elites agiram de forma indigna, e imoral. Venderam Portugal, e prostituiram-se por 30 dinheiros, numa situação que em muito nos recorda o que hoje ocorre.

Sessenta anos depois, foram essas mesmas elites, que finalmente entendendo o seu erro, percebendo o que as esperava nas mãos de um estado centralizado, que decidem mudar de campo e voltar a implantar uma monarquia com um rei português.

As elites que venderam o país, e depois deram um golpe para o libertar. Venderam a honra para evitar a guerra, e para beneficio próprio. Ficaram sem honara, e acabaram por ter a guerra na mesma.

Mas o povo, esse, teve que amargar os sessenta anos de opressão (a que os nobres escaparam), e ainda mais vinte e oito anos de uma guerra longa e sangrenta, contra um país que embora enfraquecido, continuava a ser muito mais poderoso que Portugal.

Acaba sempre por ser o povo a pagar os erros catastróficos das elites, quando elas esquecem a sua condição de elites de uma nação, e a sua capacidade para definir rumos, para se transformarem em meros espectadores.

Hoje como ontem, há sombras no horizonte, e essas sombras falam castelhano. Como no passado cantam como as sereias da mitologia. O seu cantar é apetecível, parece bom e sensual, mas oculta no meio das suas estrofes melosas um abismo tenebroso, onde caem todos os marinheiros que não sabem aprender as lições da História.

Lembremos que as elítes, quando deviam guiar o país, o desgovernaram e o entregaram aos estrangeiros.
E lembremos todos aqueles que morreram durante os 28 anos de guerra qu e se seguiram a 1640.
É acima de tudo a esses que devemos o nosso direito de falar a nossa lingua, sem ter que pedir desculpa por sermos portugueses.
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É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Luso

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« Responder #118 em: Dezembro 01, 2005, 10:14:40 pm »
Nem um comentário no Canal 1 sobre o Dia da Restauração. Ninguém quer saber "disto"!
Impressionante.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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TOMKAT

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« Responder #119 em: Dezembro 01, 2005, 11:10:47 pm »
Citação de: "Luso"
Nem um comentário no Canal 1 sobre o Dia da Restauração. Ninguém quer saber "disto"!
Impressionante.


Como canal estatal e devido ao caso "amoroso" existente no momento   entre os governos português e espanhol, ainda algum "apaixonado ciumento" faria rolar cabeças na direcção da RTP se esta decidisse falar da nossa història de conflitos com Espanha.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein